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A organização
A Indonésia é um arquipélago com o terceiro maior litoral
do mundo localizado entre o Oceano Índico e o Oceano
Pacífico na região do Sudeste Asiático. Mais de 700 idiomas
são falados no país, sendo que o idioma oficial é o Bahasa
Indonésia e existem diversos dialetos locais como javanês,
inglês e holandês. Por ser um arquipélago que faz fronteira
terrestre Malásia, Papua-Nova Guiné e Timor-Leste e fron-
teira marítima com Filipinas, Singapura, Palau, Austrália e
Índia, sua maior dificuldade é definir os limites marítimos e
terrestres do seu território com os seus vizinhos, para que
assim possa assegurar as atividades que movimentam o PIB
do país. Derivado dessas disputas vários litígios já aconte-
ceram, como o com o Timor-Leste e Austrália. A sua econo-
mia é a maior do Sudeste Asiático, mas a assimetria entre
as regiões do país ainda é muito elevada. É membro de or-
ganizações como ONU, OMC, G15, OPEP, ASEAN e G20.
Possui ainda um tratado bilateral com a Austrália - Tratado
de Lombok- que prevê cooperação em defesa e atuação
conjunta contra o terrorismo. Esse tratado teve seus altos e
baixos, mas gerou um grande desenvolvimento, principal-
mente marítimo, para ambas as partes.
Perfil Militar, tecnológico e Direitos Humanos
A Indonésia despende cerca de 2% do PIB em despesas
militares, um grande incremento se comparado a décadas
anteriores, uma vez que entende que o desenvolvimento da
sua tecnologia e infraestrutura militar geram ganhos para o
país, tanto econômicos quanto políticos. As forças ainda
não estão completamente reestruturadas, mas o apoio fi-
nanceiro e de treinamento militar dos EUA (cedido em no-
me da guerra ao terrorismo) tem sido fundamental e, acre-
dita-se que em pouco tempo ela poderá ser reintegrada nas
atividades de segurança da ASEAN. Mesmo assim busca se
fazer presente no mar Indo-asiático devido a sua posição
estratégica - é uma importante rota marítima mercante
mundial, especificamente no cruzamento entre as rotas
oeste-leste e norte-sul- e, para favorecer a segurança das
navegações que por ali passam, possui uma base militar no
sul da China. Não participou de muitos engajamentos mili-
tares, destacando se a Revolução Nacional da Indonésia,
Operação Trikora, Confronto Indonésia – Malásia e Invasão
indonésia de Timor-Leste. No que se refere aos Direitos
Humanos, o país tem tido avanços nos seus sistemas demo-
crático desde o fim do regime ditatorial de 1998, contudo, é
assolada pela corrupção e discriminação violenta de grupos
minoritários, alguns governos locais cerceiam seus direitos
civis de possuírem registro de nascimento, carteira de iden-
tidade e etc.
O país, os armamentos autônomos e participação inter-
nacional
Atualmente tem boa capacidade de produção interna de
armamentos e, graças a acordos bilaterais vem se desen-
volvendo cada vez mais. O desafio geográfico da Indonésia
–dificuldade de acessar algumas partes de seu território-
concerne com a importância do domínio marítimo na segu-
rança da Indonésia e, por isso, em 2016 já utilizava equipa-
mentos autônomos para vigilância marítima, importados
de Israel. Assim sendo, os equipamentos autônomos são de
extrema relevância para o país e tem ajudado a combater a
pirataria. Eles atualmente são equipados com armamentos
e, alguns, já são disparados de forma autô-
noma, contudo apenas tiros de aviso. Por
fim, outra aplicação que vem sendo feita
desde 2018 é na detecção e desarmamento
de minas subaquáticas, evitando acidentes.
Dossiê
República da Indonésia
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