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N os idos de 2004 a 2006, a PRECE se viu envolvida em inúmeras situações negavas, nos âmbitos estratégicos, polícos e operacionais que deixaram enormes perdas por conta de invesmentos, realizados à época. DÉFICIT E DEFAULT: A VERDADEIRA SITUAÇÃO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS DA PRECE Ano IX – Nº 06 – Maio 2017 A carteira de invesmentos da Endade se encontra- va numa situação críca. Os avos, em sua grande maioria, apresentavam baixa liquidez. Os invesmen- tos realizados naquele período se mannham impac- tando negavamente os resultados dos Planos. Por outro lado, o Passivo, representado pelas obriga- ções a pagar, foi influenciado por fatores tais como longevidade acima da prevista (tábua atuarial); taxa de juros e inflação divergentes do previsto; alterações na base cadastral; incremento salarial (ganho real) e alterações legislavas, que contri - buíram para a elevação do déficit em todo perí - odo. Destacamos que desde 1983, ano de criação Com o objevo de recuperar a saúde financeira e reduzir significavamente o déficit, a Prece, em 2011, deu início ao processo de migração dos par - cipantes dos Planos Prece I e Prece II para o Plano Prece CV. As patrocinadoras, como determinava o marco legal, aportaram 50% do déficit e, a tulo de incenvo migratório, arcaram com mais 37%, totalizando 87%, cabendo aos parcipantes e as- sisdos, os restantes 13% do total devido. Buscando solucionar os problemas citados e atender a legislação vigente, por determinação da Instrução MPS SPC nº 34 que rege o tema, diversos tulos de invesmentos adquiridos antes de 2007, caracte- rizados como de baixa liquidez e com alto grau de risco, venceram e não foram pagos, obrigan- do a realização de baixa contábil. A perda com- promete parte do patrimônio dos Planos Prece I, II e CV e será amorzada ao longo de 2017. da Prece, até dez/2016, as contribuições pagas pelos parcipantes se manveram no mesmo nível percen- tual, não acompanhando as alterações e as necessi - dades dos Planos. A parr de 2007, com a composição de novas Dire- torias Execuvas e Conselhos Deliberavo e Fiscal, comprovadamente compromedos com os interes- ses dos parcipantes, a PRECE, atuando de maneira determinada e prudente, buscando não só realizar aplicações financeiras com liquidez, segurança e rentabilidade, mas também, minimizar os prejuízos causados pelas transações temerárias do passado, começou a apresentar resultados posivos. Frente a esse quadro, as novas administrações passaram a invesr efevamente em governança, controle e gestão de pessoas para tornar possível equacionar os angos déficits e administrar os defaults atuais, ainda presentes nas carteiras de invesmentos. Dada a relevância do assunto, esta edição especial do Jornal da PRECE vem esclarecer, com detalhes, a real situação desses tulos de invesmentos e seu impac- to na saúde financeira dos planos acima citados. Esta matéria vem reafirmar a postura corporava diligente e transparente da administração da Prece na úlma década, que adota uma gestão pautada nas boas prácas de governança corporava e de invesmentos, atendendo as exigências e obriga- ções legais do órgão fiscalizador PREVIC, além do compromemento efevo com a segurança do fu- turo dos seus parcipantes e assisdos.

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Page 1: DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS DA PRECE · N os idos de 2004 a 2006, a PRECE se viu envolvida em inúmeras situações negativas, nos âmbitos estratégicos, políticos e operacionais

N os idos de 2004 a 2006, a PRECE se viu envolvida em inúmeras situaçõesnegativas, nos âmbitos estratégicos, políticos e operacionais que deixaram

enormes perdas por conta de investimentos, realizados à época.

DÉFICIT E DEFAULT:A VERDADEIRA SITUAÇÃODOS PLANOS DE BENEFÍCIOS DA PRECE

Ano IX – Nº 06 – Maio 2017

A carteira de investimentos da Entidade se encontra-va numa situação crítica. Os ativos, em sua grande maioria, apresentavam baixa liquidez. Os investimen-tos realizados naquele período se mantinham impac-tando negativamente os resultados dos Planos. Por outro lado, o Passivo, representado pelas obriga-ções a pagar, foi influenciado por fatores tais como longevidade acima da prevista (tábua atuarial); taxa de juros e inflação divergentes do previsto; alterações na base cadastral; incremento salarial (ganho real) e alterações legislativas, que contri-buíram para a elevação do déficit em todo perí-odo. Destacamos que desde 1983, ano de criação

Com o objetivo de recuperar a saúde financeira e reduzir significativamente o déficit, a Prece, em 2011, deu início ao processo de migração dos par-ticipantes dos Planos Prece I e Prece II para o Plano Prece CV. As patrocinadoras, como determinava o marco legal, aportaram 50% do déficit e, a título de incentivo migratório, arcaram com mais 37%, totalizando 87%, cabendo aos participantes e as-sistidos, os restantes 13% do total devido.Buscando solucionar os problemas citados e atender a legislação vigente, por determinação da Instrução MPS SPC nº 34 que rege o tema, diversos títulos de

investimentos adquiridos antes de 2007, caracte-rizados como de baixa liquidez e com alto grau de risco, venceram e não foram pagos, obrigan-do a realização de baixa contábil. A perda com-promete parte do patrimônio dos Planos Prece

I, II e CV e será amortizada ao longo de 2017.

da Prece, até dez/2016, as contribuições pagas pelos participantes se mantiveram no mesmo nível percen-tual, não acompanhando as alterações e as necessi-dades dos Planos. A partir de 2007, com a composição de novas Dire-torias Executivas e Conselhos Deliberativo e Fiscal, comprovadamente comprometidos com os interes-ses dos participantes, a PRECE, atuando de maneira determinada e prudente, buscando não só realizar aplicações financeiras com liquidez, segurança e rentabilidade, mas também, minimizar os prejuízos causados pelas transações temerárias do passado, começou a apresentar resultados positivos.

Frente a esse quadro, as novas administrações passaram a investir efetivamente em governança, controle e gestão de pessoas para tornar possível equacionar os antigos déficits e administrar os defaults atuais, ainda presentes nas carteiras de investimentos. Dada a relevância do assunto, esta edição especial do Jornal da PRECE vem esclarecer, com detalhes, a real situação desses títulos de investimentos e seu impac-to na saúde financeira dos planos acima citados. Esta matéria vem reafirmar a postura corporativa diligente e transparente da administração da Prece na última década, que adota uma gestão pautada nas boas práticas de governança corporativa e de investimentos, atendendo as exigências e obriga-ções legais do órgão fiscalizador PREVIC, além do comprometimento efetivo com a segurança do fu-turo dos seus participantes e assistidos.

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O QUE É DÉFICIT?

É o resultado da diferença entre o patrimônio (Ativo) existente no Plano e as despesas (Passivo) com o pagamento dos benefí-cios atuais e futuros.

QUAL O IMPACTO NOS ATIVOS DA PRECE?

Agora em 2017, o default compromete aproximadamente R$ 498 milhões de patrimônio dos Planos PRECE I, PRECE II e PRECE CV.

O DEFAULT FOI RESOLVIDO?

PARTE 1 - RECUPERAÇÃO DE VALORES - Desde 2007, as novas gestões da Prece tentaram vender os títulos herdados antes do seu vencimento, porém, diante da falta de liquidez, risco de default (não pagamento pelos emissores), falta de garantias dentre outros motivos, não havia interessados na com-pra. Contudo, apesar de todos os esforços, foram negociados em torno de 30 milhões de reais antes do seu vencimento, referentes aos títulos herdados. Em razão dos investimentos negativos realizados entre 2004 e 2006, há inúmeros processos judiciais acionados pela PRECE não só contra as instituições devedoras, mas também contra os ex gestores da Entidade (diretores e conselheiros indicados e eleitos), por conta das enormes perdas sofridas. Algu-mas dessas ações já obtiveram êxito, chegando a recuperar cerca de R$ 12 milhões. A Prece permane-cerá em busca contínua de novos ressarcimentos devidos pelos emissores inadimplentes.

PARTE 2 - BAIXA DOS ATIVOS - Em 2017, foi dado o início da segunda fase. Por determinação da PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, a PRECE teve que aplicar a instrução MPS/SPC nº 34, que obriga a baixa contábil do investimento quando os emissores não honram o pagamento. Desse modo, a PRECE, em janeiro de 2017, deu baixa contábil no valor de R$ 271 milhões; em fevereiro R$ 16 milhões e em março R$ 58,5 milhões.Vale destacar que ao longo do ano de 2017 ainda teremos que baixar outras partes, dos mesmos ativos herdados, algo em torno de R$ 153 milhões, totalizando aproximadamente R$ 498 milhões de reais.

POR QUE OS PLANOS APRESENTARAM DÉFICIT?

No caso da Prece, estamos falando dos Planos Prece I e Prece II (ge-ridos até 2007) que apresentavam títulos de crédito com baixa liqui-dez, que, até hoje, ainda respondem por uma parte dos investimen-tos com reflexos negativos.A legislação que rege os fundos de pensão obriga, quando há défi-cit, que o mesmo seja equacionado, visando solucionar a questão. O ajuste é feito por meio do aumento das contribuições dos participan-tes, assistidos e também das patrocinadoras para gerar o equilíbrio.

O QUE É DEFAULT?

Dívida não paga. Mais conhe-cido como “CALOTE”. O default ocorre quando um devedor não cumpre com o pagamento acordado com seu credor.

POR QUE OS PLANOS APRESENTARAM DEFAULT?

O default aconteceu por conta dos ativos ruins, adquiridos entre 2004 e 2006, presentes na carteira de investimentos, onde diversos dos seus emis-sores não honraram com os devidos pagamentos.Esses Títulos com “Default”, ou seja, sem pagamento de créditos, se mos-traram extremante prejudiciais para a Prece, ocasionando elevados e su-cessivos déficits ao longo dos anos. Quando da migração para o Plano CV em 2011, as patrocinadoras absorve-ram perdas da ordem de R$ 390 milhões, derivadas exclusivamente de títu-los adquiridos antes de 2007 e que apresentaram default entre 2009 e 2011.

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E AGORA COMO FICA?A partir de 2018, não haverá novas baixas em decorrência desses títulos herdados. A Diretoria da PRECE está trabalhando para que a médio e longo prazos, haja recuperação das perfor-mances dos planos em referência.Após essas baixas, os ativos que compõem as atuais carteiras de investimentos, na sua grande maioria são líquidos, seguros e de boa rentabilidade.Do lado do Passivo, a Diretoria de Seguridade está empenhada em reduzir os riscos inerentes ao cadastro e os operacionais, gerenciando o fluxo de caixa para pagamento dos benefícios futuros.

NOVA GESTÃO DOS FUNDOS DA PRECE

A partir de 2007, com total autonomia em sua gestão, a PRECE implantou inúmeras mudanças estratégicas, táticas, funcionais e operacionais para reverter o nocivo quadro de perdas e retomar o crescimento. A Entidade, atualmente, é composta por um corpo técnico altamente qualificado e ca-pacitado e uma equipe com graduação em universidades estaduais e federais. Possui profissionais com especialização em previ-dência e investimentos, com pós-graduação, MBA (Master in Business Administration) e Mestrado em instituições de ensino reno-madas como UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, IBMEC – Instituto Brasilei-ro de Mercado de Capitais e FGV – Fundação Getúlio Vargas, além de larga experiência de mercado.As equipes da Prece, inclusive a de investi-mentos, possuem diversas certificações de destaque no setor como a CPA-20 - Certifica-ção Profissional AMBIMA (Associação Brasi-leira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais); ICSS – Instituto de Certifica-ção dos Profissionais da Seguridade e Gestor

CVM – Comissão de Valores Imobiliários. Todos os segmentos da Prece participam ati-vamente nas comissões regionais e nacionais da ABRAPP – Associação Brasileira das Enti-dades Fechadas de Previdência Complemen-tar, além de integrar cargos de direção em associações respeitadas no segmento como ABRAPP, APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais e ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira.A Prece investe na qualificação continuada também dos seus colaboradores de todas as áreas, com a sua inserção em programas de mestrado em economia, especializações em atuária e gestão de benefícios, reforçando o valor institucional, baseado nas premissas de avaliações técnicas para tomadas de de-cisões estratégicas do Setor.Importante registrar que atualmente, todos os gerentes, assessores e empregados são participantes dos planos de benefícios da Prece o que, sem dúvida, confirma o grau de comprometimento e confiança com os obje-tivos da Entidade.

O Plano Prece III é o único que está aberto à novas adesões. Vale destacar que a Carteira de Investimentos deste Plano é totalmente independente dos demais planos de benefícios que a Prece administra e possui um notável histórico de performance, se colocando a frente da maior parte dos planos administrados por fundos de pensão.

E O PLANO PRECE III?

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PRECE PrevidênciaDiretor Presidente: Sidney do Valle Costa

Rua Prefeito Olímpio de Melo, 1676 - Benfica - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20930-005Tel.: (21) 3282-8160 / SMS e WhatsApp (21) 99163-8180 - Setor de Benefícios

SMS e WhatsApp (21) 97323-4796 - Setor de EmpréstimoSetor de Agendamento: (21) 3282-8218 e 3282-8234

[email protected] - www.prece.com.br

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E O FUTURO?2017 está sendo um ano de grandes mudanças e decisões políticase econômicas e todos devem estar especialmente atentos.É preciso ter clareza na percepção das expectativas. Se o futurofala de mudanças, não somente os órgãos colegiados, mas também, todos os empregados da PRECE estão sempre visando o futuro, mas sem descuidar-se do presente, com transparência nas suas açõese com atuação pautada nas melhores práticas de gestão corporativa, com o objetivo de oferecer um futuro seguro e tranquilo a seusParticipantes e Assistidos.