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Dois cravos e uma rosa 1ª Edição
Vitória Silva Paiva; Renier Mendes; Stefson Souza
Dois cravos e uma rosa
Lajes, RN
Vitória Maria Avelino da Silva Paiva
2019
Copyright © 2019 dos autores
Todos os direitos desta edição são reservados com exclusividade à VITÓRIA MARIA AVELINO DA SILVA PAIVA
RENIER LUIZ MARTINS MENDES FRANCISCO STEFSON DE SOUZA
Rua Joaquim Capitão, 220 – Bairro Antônio de Melo 59535 – 000 –Rio Grande do Norte, RN
Tel.: 84 3532 2143 – 9905 4442 E-mail: [email protected]
Printed in Brazil / Impresso no Brasil
Capa: Vitória Maria Avelino da Silva Paiva Preparação de originais: Os autores Revisão: Os autores Editoração: Vitória Maria Avelino da Silva Paiva Publicação: E-book em formato PDF
SILVA PAIVA, Vitória Maria Avelino da; MENDES, Renier Luiz Martins; SOUZA, Francisco Stefson de.
Dois Cravos e uma rosa. [recurso eletrônico] 78 páginas. Lajes-RN, 2019. 1,03 MB; PDF;
ISBN: 978-85-914704-3-3 Modo de Acesso: https://mangalhodogeraldo.wordpress.com
1. Literatura Brasileira – Poesia – Amor – Amizade - Homenagem. I. Título
Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou duplicada sem
autorização expressa dos autores.
Novembro de 2019.
SUMÁRIO Prefácio ................................................................................................................................................07 Vitória Silva Paiva STEFSON SOUZA Infinito Olhar........................................................................................................................................09 Pôr do Sol.............................................................................................................................................10 Saudação a Flor....................................................................................................................................11 Estrela de um Novo Dia.......................................................................................................................12 Contraste..............................................................................................................................................13 Vi a Chuva no Sertão...........................................................................................................................14 Papel de Pão.........................................................................................................................................15 Contemplação........................................................................................................................................16 Ao Foco do Amor.................................................................................................................................17 Um Toque de Luz................................................................................................................................18 Vida Animal.......................................................................................................................................19 O Circo.................................................................................................................................................20 Ópera na Praça.....................................................................................................................................21 A Força do olhar..................................................................................................................................22 Rosa Paixão.........................................................................................................................................23 A Árvore do pensamento.......................................................................................................................24 Arco Íris...............................................................................................................................................25 Amuleto Milenar..................................................................................................................................26 Semeando o Amor.................................................................................................................................27 Configuração Existencial.......................................................................................................................28 RENIER LUIZ Quatro estações......................................................................................................................................30 Meu brilho............................................................................................................................................31 Solitude.................................................................................................................................................32 Eu, professor.........................................................................................................................................33 Queimaduras.........................................................................................................................................34 Rio .......................................................................................................................................................35 O teu olhar............................................................................................................................................36 Ópera....................................................................................................................................................37 Policromasia..........................................................................................................................................38 Falsidade..............................................................................................................................................39 O sonho.................................................................................................................................................40 Revolução..............................................................................................................................................41 O ciúme.................................................................................................................................................42 Teimosia...............................................................................................................................................43 Novidade..............................................................................................................................................44 Lágrimas..............................................................................................................................................45 Indiferença.............................................................................................................................................46 Exclusividade........................................................................................................................................47 Sem limites............................................................................................................................................48 Indigência..............................................................................................................................................49
VITÓRIA SILVA PAIVA Leve .....................................................................................................................................................51 Poeira....................................................................................................................................................52 Chá de sumiço.......................................................................................................................................53 Conjuntos..............................................................................................................................................54 Metonímia.............................................................................................................................................55 Ciúme...................................................................................................................................................56 Se você ficar...........................................................................................................................................57 Paixão..................................................................................................................................................60 Tempo...................................................................................................................................................61 Viver o amor.........................................................................................................................................62 Espinhos...............................................................................................................................................63 Eu amo.................................................................................................................................................64 Musas da inspiração..............................................................................................................................65 Oferta...................................................................................................................................................66 Avante, Alampeana!............................................................................................................................67 Olhos de óleo.........................................................................................................................................68 Aprendendo e ensinando........................................................................................................................69 Contradição...........................................................................................................................................70 Palavras................................................................................................................................................71 Cidade em época de eleição.....................................................................................................................72 OS AUTORES O cravo Stefson Souza...........................................................................................................................74 O cravo Renier Luiz.............................................................................................................................76 A rosa Vitória Silva Paiva...................................................................................................................77
7
Prefácio
Dois cravos e uma rosa é uma antologia poética à três. Três amigos: dois
poetas e uma poetisa, juntos, resolvem publicar algumas de suas poesias,
expondo suas almas poéticas ao escrutínio dos olhares dos seus leitores
atemporais.
A mescla de estilos poéticos denuncia o traço de cada um dos compositores
da antologia, ao mesmo tempo em que justifica porque os três se uniram nessa
composição: A poesia filosófica e profunda de Steferson Souza, que leva o
leitor a imergir em si mesmo, buscando respostas aos desafios da vida abrem a
antologia, seguida pela poesia urbana e contemporânea de Renier Martins, que
provoca e instiga seu leitor a ler nas entrelinhas, a enxergar além do óbvio.
Fechando a tríade, a poesia de Vitória Silva Paiva é um convite ao delírio das
percepções. Sua poesia suave e arrebatada conduz o leitor ao mundo
particular da poetisa.
Os três autores, então, oferecem uma variedade de estilos, uma riqueza na
exposição de seus pensamentos em forma de poesia. Usam com propriedade
as formas poéticas ou a ausência destas, nos versos que compõem.
Dois cravos e uma rosa é um livro para se ler pausando, experimentando,
pensando, filosofando... permitindo à mente se acostumar e ser contagiada
pela diversidade de poesias nele contidas. É, ao mesmo tempo, um livro para
se usar e para se ousar...assim: Ouse! Use-o! é teu...
Vitória Silva Paiva
8
Stefson Souza “Não pretendo ser o melhor poeta do mundo, veementemente almejo ser um simples
catador de sonhos. Stefson Souza
9
Infinito Olhar
Foi na tentativa
De alcançar o imponderável
Que encontrei, em atmosfera densa
A razão do teu olhar.
Refiz o meu pensamento,
Como se fora num ato plausível,
A primeira ópera
Da última cena.
Senti, na ternura
Do teu beijo inesquecível
O afago que
Antecedeu tua partida.
Acreditei na vida!
Eternizei teu olhar!
Pois se o amor é imortal,
Quiçá essa saudade linda.
Stefson Souza
10
Pôr do Sol
Final de tarde,
Lenta solidão enegrecida
Traços visíveis de expressão d’alma!
Ouve-se ao longe
Uma estranha voz,
Quem diria ser o assobiar do vento,
Insinuante, opressivo, forte...
Agora sinto
Uma melhor facilidade de expressão,
Pois a noite trouxe consigo
O mais alto semblante
De uma beleza imutável;
Olho para o meu mundo,
Agradeço ao Senhor.
Stefson Souza (Composição aos meus 16 anos).
11
Saudação a Flor
Quero viver
Esse momento,
Como se fora
A nossa primeira festa
Sim, Aladiar-me a ti, em caricia,
Sentir no teu aroma ideal,
A fixação pura
Dessa essência divinal!...
Quero ser recebido
Em teu peito,
Ao fulgor do nosso leito,
Oh flor! Que acolhimento perfeito!
Fica comigo flor!
Não apenas por um momento,
Mas sim eternamente!
Vem, vem, vem conjugar esse amor.
Stefson Souza (dedicado à sua esposa Eliene em 12/11/2014).
12
Estrela de Um Novo Dia
Logo aos primeiros raios,
Resplandece uma esperança
Ensejando nova alvorada
Em brilho de amor pujança
Harmonioso pulsar,
Me gratifica ao sentir
Tamanha e pura emoção
Que me chega ao coração
De pé não pude ficar,
De joelho agradeci,
Muito feliz fiquei
Meditei, cresci, venci
Jamais teria vencido,
Se o amor não existisse,
Amor que exulta e acalma
Habitando o coração!
Gratificante momento
De grande ilação de amor,
Nunca se chega à vitória
Sem o enlevo do amor.
Stefson Souza, em 20/01/2017
13
Contraste
É mais difícil sorrir na dor,
Que chorar na alegria,
É mais fácil beber na fonte
Que conservar a nascente
Entre risos e lágrimas
Fatiaremos nossa sorte
Para depois indagarmos
Sem sobroço com a morte
Podemos chamar epitáfio
De placa comemorativa?
Ou melhor será
Elogiar sempre em vida!
Na indecisão do poder ter sido
Abriremos nossos olhos à vida
E diremos;
Fui, sou e serei feliz: BRINDEMOS!
Stefson Souza, em 10/02/2017
14
Vi a Chuva no Sertão
Rejubiloso momento
Vem do céu, se multiplica
Chove aos cântaros, que momento!
O campo se modifica...
De fome bezerro não berra,
De sede miunça não morre,
Em cima do cheiro da terra
Vaza a água que escorre...
Benzi-me, agradeci
A virgem da Conceição,
Lembrei-me, até padeci,
Depois chorei de emoção
Na serra pia cancão cantando,
Fica verde a juremeira,
Com riacho esborrotando
E barreiro de canto a beira.
Tanta alegria e amor,
Só vindo do coração,
Foi Jesus que abençoou
Esse povo do Sertão
Stefson Souza, em 12/02/2017
15
Papel de Pão
Grandes poemas,
Escritos simples
Voando a ermo
Vi numa esquina!
Saco de pão
Letra engomada,
Puro alimento
Pro coração!
Tomei café,
Galo cantou
La na cancela
Có Có Ró Có!
Regido encanto
Da natureza
Poema santo
Oraçoeiro...
O que pareceu desperdício
Tornou-se
Um bom frontispício
Papel de pão te guardei no âmago do meu espirito.
Stefson Souza, em 15/02/2017
16
Contemplação
Sensibilizei-me;
Pelo silêncio, pelo esvoaçar das nuvens,
Pelo transmutar do dia
Até pela expectativa de um luar romântico.
Concluí, por analogia espiritual,
Que tudo que manifesta a alma
Credibiliza o coração
Recepcionando a emoção...
Quantos pores de sol ainda contemplarei
Antevendo penumbras azubilantes
Em transcorrer notívago
Ao fito do sol descortinando a natureza
Sou saudação, contemplação,
Reflito o céu com inspiração
Porque de lá transcendem
Cadenciais respingos luminescentes
Festejo em atmosfera horizontal
Os primeiros raios D’aurora
No que a poética induziu ao homem
Sublimar em mistérios bem regidos.
Stefson Souza, em 03/03/2017
17
Ao Foco do Amor
No mar, uma sombra afetiva,
No ar, a garoa sutil
No peito, a razão conclusiva
De um coração quase a mil!
Por que não dizer que se adora
O que a natureza aduzil
Se o bem com vigor sempre mora
Na casa que o amor construiu
Que sombra, que encanto,
Com a lua custodiando o amor
Na sagração desse manto
Que divinal esplendor!
Não há paradoxo no amor,
Há sim, sinergismo total!
Pra se ofertar uma flor
Nuance de um canto autoral.
Stefson Souza, em 23/03/2017
18
Um Toque de Luz
Concentrei meu pensamento
Ao alumiar de um novo dia,
Roguei com fé, acolhimento
Para o sol me banhar todo dia...
Juntei três pedrinhas na mão,
A mais atrativa a guardei
No meu embornal, que condão!
Bem maior que imaginei
Ao toque do sino da igreja,
Repicou meu coração,
De amor a alma lateja
Ao prenúncio da oração...
Só posso então ativar
Meu louvor, posto em canção,
E em tempo algum aviltar
Quem um dia me deu a mão.
Stefson Souza, em 02/04/2017
19
Vida Animal
Até moveu-me
Aquela angustia inesperada,
Ao porvir da nova aurora
Consultei o tempo;
Quão meticuloso
Se torna o pensamento,
Se a implacabilidade das horas
Move o transcorrer dos fatos?
Do alto daquela colina
A águia exemplarmente
Articulava a presa;
Um cordeiro,
Lógico;
Pura sobrevivência.
Os animais procriam e crescem,
Se energizam para desenvolver,
Depois nessa multiplicidade
Completam seus ciclos existenciais; é a vida!...
Stefson Souza, em 25/04/2017
20
O Circo
Sortilégios
Produzidos em palco,
Posta a cena principal,
Momento estático do espetáculo circense!
Plateia animada,
Bilheteria lucrativa,
Muito do que a sociedade merece
Para um bom deleite.
No picadeiro
O palhaço furta a cena dizendo:
Brindemos a vida!
A vida é maravilhosa!
Aquilatemos o nosso humor
Manifestemos nossos espíritos,
Tudo em busca do bem, da paz e da alegria
Viva o circo!...
Stefson Souza, em 13/05/2017
21
Ópera na Praça
Aquele tom erudito
Na tela que a luz suscitou
Inspiração e grandeza
Orquestração em esplendor!
Aquela luz amarela
Aquilatava o momento
Quando vi em passarela
A musa do meu pensamento...
Logo senti que na praça
Tem som, desfile bonito
Tem poesia e tanta graça
Do circense ao erudito!
Do banco da praça assisti
O soprano executar
Um preludio, uma sonata
Pra eu e meu bem escutar.
Stefson Souza, em 21/05/2017
22
A Força do olhar
Postei-me
Front ’auto ao mirante
D’onde avistei lindas flores,
Muitas delas cambiantes!...
Banhei-me numa cascata,
Todei meus pés num regato
De alma bem avocada
Inspirei-me com emoção
Naquele momento exato
Senti no ar um perfume
Enterneci-me de fato,
Razão desse amor, presumi...
Fiz uso do barro sagrado
Essência pro meu coração,
Oh florilégio encantado!
Matiz dessa minha paixão.
Stefson Souza, em 02/06/2017
23
Rosa Paixão
Não fora assim que pensei,
Nem tão pouco imaginei
O que refleti em silêncio,
Só agora relembrei...
Rebusquei meu pensamento
Frente as agruras da dor,
Ultrapassei o tormento
Pelo incremento do amor.
Pura ação relevante
Esbocei naquele momento,
Ledo pleito mitigante
Arbítrio do meu pensamento!...
Encontrei uma luz lá na treva
Em plena clausura a amplidão,
Avistei na verde relva
A rosa da minha paixão.
Stefson Souza, em 12/06/2017
24
A Árvore do pensamento
Antever o crescimento
Em avalia de glória,
É amoldar o momento,
Consolidar a vitória
Desenvolver uma semente
Cultivando o arvorecer
É regar simplesmente
O fruto do amanhecer!
A árvore do pensamento
É uma planta abstrata
Que irradia sentimento
Que só a mente retrata
Sempre tenha em sua mente
O foco da boa expansão
Ao usar constantemente
Bons frutos pro seu coração.
Stefson Souza, em 24/06/2017
25
Arco Íris
Senti chegar a minha íris
Num alegrar palpitante
O esplendor de um arco íris
Naquele matiz cambiante...
Não medi contemplação
Da beleza que seduz,
Coisas do coração
Que sempre acende uma luz.
Aquela visão tão sagrada
Em perfeição e grandeza
Certamente amoldada
Nos braços da natureza
É lá que um dia se encanta
Quem merece um bom lugar,
Quando a alma se alevanta
Pra lá no céu ir morar.
Stefson Souza, em 30/06/2017
26
Amuleto Milenar
Encontrei um amuleto
De origem milenar,
Ao colocar no meu peito
Senti minha vida mudar.
Que poder miraculoso
Força maior estou pra ver,
De alcance tão milagroso
Motivo pra nunca esquecer.
Eu sei que é coisa do bem
Mandada com muito amor
Em grandeza que convém
Se agradecer com fervor!
Meu milagroso amuleto
Te recebi com atenção
Fiz colocar no meu peito
Juntinho ao meu coração
Stefson Souza, em 01/07/2017
27
Semeando o Amor
Surpreendeu-me um dia
Como a manhã se instalava
Também com força luzia
A estrela que ao longe brilhava
A estrela da Manhã,
Que é a mesma estrela da tarde,
Traz pra mim em grande afã
A emoção sem alarde.
Caminhei por um caminho,
Suscitando grande amor,
Pela força do destino
Fiquei de frente com a flor,
Da semente nasce a planta
No pistilo vinga a flor,
De sua essência demanda
Toda grandeza do amor.
Muitas flores colherei
Ao caminhar pelo campo
Entre amores viverei
Rememorando o encanto.
Stefson Souza, em 10/07/2017
28
Configuração Existencial
Quando um dia, intimamente
Nada mais se manifestar
A alegria de viver
E a força do caminhar
Quando a noite tentar chegar
Antes do alvorecer,
E o vigor da alma entristecer
E, pelo balanço involuntário do sofrimento
A voz ameaçar silenciar
Quando a memória e o corpo se ressentirem
Quase a convalescer...
Daí o homem tentará se aproximar de Deus.
E já em crepúsculo existencial, se fortalecerá,
Concluindo, em comprovação lógica e indubitável
Que tudo que começa, um dia se encerrará
Com o poder e a determinação infinita de Deus.
Stefson Souza
29
Renier Luiz
30
Quatro estações
Se eu te amo?
Pergunte ao inverno,
Ele há de te dizer
Que sou teu cobertor.
Pergunte ao verão,
Ele há de te falar
Que sou quem te aquece.
Pergunte ao outono,
Ele há de sussurrar
Que sou a folha e tu, o vento.
Pergunte a primavera,
Ela certamente dirá
Que sou flores contigo.
Se eu te amo?
Pergunte ao teu coração
Se nele existem quatro estações
Em nenhuma eu parti.
Pergunte...pergunte...Coração!
Renier Luiz
31
Meu brilho
Se chover,
serás o meu sol.
Se fizer sol,
Minha iluminância.
Se vier a tristeza,
Serás minha alegria.
A distância...
Contigo, não existirá.
Todos os dias...
Serão primavera,
Tendo você comigo.
Renier Luiz
32
Solitude
No passeio, uma flor
Solitária...
Entre polígonos acinzentados,
Fantasiados de colmeias.
Ousada flor
Bela, altiva, entre ladrilhos.
Talvez em um jardim
Outras roubassem seu esplendor,
Sua plenitude.
E, decerto, uma pisadela,
O mau tempo ou...
Afanarão suas pétalas.
Todavia o seu mister
Haverá realizado:
Embevecido vidas.
Renier Luiz
33
Eu, professor
Sou professor,
Não sou sofredor;
Sou formador de opinião,
De cidadãos e cidadãs;
Promovo o amor, a paz,
O desenvolvimento no meu país.
Hoje...
Sou também salvador de vidas,
Sou defensor da igualdade social,
Da democracia, da inclusão;
Sou colaborador da cultura,
Não ensino somente a ler,
Contar e escrever;
Ensino a viver.
Renier Luiz
34
Queimaduras
Minha terra tem queimadas,
Onde morrem os sabiás,
Onde morrem os bem-te-vis,
Onde morrem as araras,
Onde morrem os pintassilgos,
Onde morrem os macacos,
Onde morrem as andorinhas,
Onde morrem os leões,
Onde morrem os peixes.
Morrem, morrem, morrem...
Onde morre a educação,
Onde morre a saúde,
Onde morre a paz,
Onde morre a esperança.
Morrem, morrem, morrem...
Na minha terra só não morre
A corrupção, a misoginia,
A escravidão, o assédio,
A pseudo-religião, a homofobia.
Renier Luiz
35
Rio
Meu coração dói uma dor que não é minha,
Meus olhos choram um pranto que não é meu,
Às vezes grito, às vezes rio
E o rio de tristeza ou de alegria,
Contorna pedras, abre caminhos,
Forma cachoeiras, sangra barragens
E segue estuário abaixo,
Levando a vida e a morte,
Como se viver fosse morrer,
Como se morrer fosse viver:
O mar.
Renier Luiz
36
O teu olhar
Sedução!.
Renier Luiz
37
Ópera
Quando falo o teu nome,
Um coro canta em mim
E ouço uma música suave
Cujo autor, velho amigo,
Fonte de energia dos sonhos
Maestra cuidadosamente,
Ritmando minhas emoções.
Prossegue o canto...
Até tomar-me os sentidos.
Todos eles, agora, embriagados
Com tua linda imagem
De anjo que me anuncia
A forma feminina do amor.
Renier Luiz
38
Policromasia
Quero pintar um quadro...
Nele, quero ser negro,
Sendo púrpura,
Sendo magenta,
Sendo rosa,
Sendo vermelho,
Sendo laranja,
Sendo amarelo,
Sendo oliva,
Sendo verde,
Sendo turquesa,
Sendo ciano,
Sendo celeste,
Sendo azul.
Sem ter dor,
Confundir-me nas cores,
Ser simplesmente um pintor.
Colorir a tela Vida
E obter o quadro Amor.
Que invenção: a cor!
Renier Luiz
39
Falsidade
Máscara do fingimento,
Alegria involuntária, fel;
És tu a cor pálida
Que enegrece à partida;
És o maior de todos os males:
O mel que alimenta e mata.
Renier Luiz
40
O sonho
A vida é um sonho
Em cujo cenário nos vemos
Quase sempre protagonistas
Ou vilões de nós mesmos.
E nessa peça dramática
Da qual não podemos fugir
Inconscientes, somos a verdade
Aos olhos de ninguém.
Temos todos o nosso papel
E devemos bem representá-lo
Ou nos vem o pesadelo.
O fim é o acordar
Quando descobrimos que a vida
É um eterno sonhar.
Renier Luiz
41
Revolução
Gira sempre nua
A amiga da lua,
Gira sempre só
A amiga do sol,
Gira como pião
A amiga do Plutão.
Gira, gira, gira...
O Homem segue cantando,
A vida girando, girando,
Não houve sua casa gritando,
Pedindo socorro urgente.
A Terra amiga gira
E de tanto girar,
Deixou o Homem tonto.
Renier Luiz
42
O ciúme
Às vezes, maior que o ódio
Torna-se esta dor fantasma,
Esta catarata da verdade
Que assusta o nosso ser.
Surge-nos inconfessável,
Embora confessado esteja;
Premente, ridiculamente vivo
Em ações e reações infantis.
Sou eu, és tu, somos nós
O alimento desta fantasia
Que empalidece a realidade.
Sofre a paixão, sofremos nós.
O fantasma continua amedrontando
(meu amor);
Ganha o roteiro da ficção.
Renier Luiz
43
Teimosia
Escrevi o teu nome na areia,
O mar com inveja
Veio e te beijou.
Quase morri de ciúmes,
Mas na teimosia de quem ama,
Voltei a escrevê-lo.
O mar voltou a beijar-te...
Quase caí em desespero;
Quando, pouco a pouco,
O mar se afastou,
Deixando-nos a sós.
E, até hoje, tenho o teu amor
Gravado na minha praia.
Renier Luiz
44
Novidade
Uma janela, ao ser aberta,
Mostra sempre uma nova realidade
Inimaginável à mente,
Enquanto o instante existe.
Essa mesma janela se abre,
Quando versos de um poema
São consumidos na leitura
Mesmo despreocupada de alguém.
Quem abre uma janela
Não tem medo de ver
O novo diante de si.
Quem abre uma janela
Inconscientemente é poeta,
Faz poesia sem querer.
Renier Luiz
45
Lágrimas
Eu estava triste
E uma criança sorriu para mim;
Com medo do seu sorriso
A tristeza me deixou.
Mas uma mulher feia
Bateu na criança;
A minha tristeza nela se fez.
Vieram as lágrimas...
Nos seus olhos e nos meus.
Ela chorou porque estava feliz,
Porque amava a vida;
Eu chorei porque estava triste
E a minha felicidade chorava.
Renier Luiz
46
Indiferença
Eu sonhei:
Que era mudo
E o meu silêncio incomodava
Como se mil vozes
Falassem ao mesmo tempo.
Que era cego
E na escuridão
Eu podia ver.
Que era surdo
Mas o som existia
Harmoniosamente na vida.
Eu acordei:
Foi um pesadelo.
Renier Luiz
47
Exclusividade
Não sei...
Se foi o teu perfume,
Se foi o teu sorriso,
Se foi o teu andar,
Se foi o teu olhar,
Se são os teus mistérios;
Não sei...
Todavia, quando estou sozinho,
Dou-me cara a cara contigo
E tenho um sonho só:
Estar no teu coração,
Ser exclusivo teu.
Renier Luiz
48
Sem limites
Tenho a tinta e o papel,
Vontade de escrever-te,
Mas as palavras fogem
Ou perderam o cabimento.
Insisto em buscá-las;
Em vão. distanciam-se mais.
Vejo-me então num deserto
Infinito, perdido, com sede.
É sempre assim, meu amor,
Quando quero rimar contigo
E ver-te no meu poema.
Não bastam as palavras,
Morrem os dicionários.
Meu amor é indefinido.
Renier Luiz
49
Indigência
Jesus, um homem!
Maltrapilho e sujo,
Não é um bicho:
Ele pensa,
Ele fala,
Ele ver,
Ele ouve.
Mas tem fome
E cata comida no lixo.
Renier Luiz
50
Vitória Silva Paiva
51
Leve
Leve, como a primeira brisa
Solta nos braços do vento.
Leve, como beijo de orvalho
Em pétala rubra de flor.
Leve.
Estou leve.
Me leve.
Vitória Silva Paiva
52
Poeira
Poeira limpa, me suja de aventura
Nas curvas, nas dunas, nas estradas carroçais.
Poeira seca do chão...
Poeira úmida dos manguezais...
Poeira vermelha, amarela, marrom
Pinta-me das cores das tardes e manhãs
De nossos dias de passeio.
Vitória Silva Paiva
53
Chá de sumiço
Eu sou do tipo que não te liga,
Não te procura,
Não te manda notícias,
Do tipo que some!
Só para que,
Quando te reencontrar,
Tenha muito o que falar.
E assim, possa te abraçar,
Como se nunca houvesse separação,
Te tratar como se nunca houvéssemos nos afastado
E viver o momento de forma tão intensa,
Que nem mesmo a maior ausência
Possa ousar ser solidão.
Vitória Silva Paiva
54
Conjuntos
Eu te pertenço, você me contém
E não há intersecção entre nós
Que não venha para o bem
Porque eu estava só,
Era conjunto vazio
E não queria um mal elemento,
E você, conjunto unitário,
Pôs seu elemento em mim
Hoje dividimos o mesmo jardim
Multiplicamos o amor sem fim
Subtraímos as coisas que são ruins
E adicionamos mais leveza
Eu ∩ você Є a mim, ambos estamos em U (Eu estou contida em vc e vc
pertence a mim e ambos estamos em união.)
E aguardamos de nós dois
Os subconjuntos que virão.
Vitória Silva Paiva
55
Metonímia
Eu trago a causa, você faz o efeito,
Por você me pinto e me enfeito.
Eu sou o seu lugar, você é meu produto,
Expressas em teu ser não mais teu estado bruto.
Trago meu amor abstrato, levo teu beijo concreto
E de concreto constróis o nosso lar, perto do asfalto
E meus sinais, que também te confundem
Trazem à tona muitos significados em tua face, meu slide
Aonde leio nosso amor, sobretudo.
Eu sou continente, você conteúdo.
Eu te agradeço: obrigada de nada,
Por você ser, simplesmente, meu tudo.
Vitória Silva Paiva
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Ciúme
O ciúme vem sem pena,
Sua sanha ele encadena
Sem remorso ou rancor.
Pega o coração aflito,
desavisado e em agito
E crava setas de horror.
Desgasta o relacionamento,
Deixa um rastro de tormento
E um atalho para a morte.
O seu traçado é do mal,
Ainda que seja normal,
E independe da sorte.
Ah ciúme, sentimento malvado
Nos corações é levado
Enchendo de dúvida e dor.
Impiedoso e culpado,
Machuca a alma do coitado
Que o abriga em seu rancor.
E ao invés de sonhos dourados
Do homem e seu ser amado,
O ciúme é a insônia do amor
Vitória Silva Paiva
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Se você ficar (versão para Ne me quitte pas)
Se você ficar
Prometo esquecer
O que fez sofrer,
O que fez chorar.
Mudarei o tom,
Para não te ofender
E os mal entendidos
Prometo olvidar.
Prometo cessar
Com tantos porquês
E mesmo sem ver
Em ti confiar.
Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar...
Mas se você ficar,
Eu te darei o sol,
Para te aquecer
E te iluminar,
Farei um colar
De pingos de chuva,
Para teu pescoço
Poder adornar.
Farei um país
Onde o amor é rei,
Onde amar é lei,
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Para você morar.
Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar...
Se você ficar,
Eu inventarei
Palavras de amor
Para me declarar.
E te narrarei, à luz do luar
Romances que eu sei
Vão te agradar.
Para te dar prazer
E te fazer ver
Que por teu amor,
Faço o que for.
Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar...
Podemos soprar
E reacender
O fogo que havia
Em nosso olhar.
Como um vulcão,
A se reativar
Após tanto tempo
Inativo estar.
Mesmo negra a noite,
No céu vai haver
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Sempre as estrelas
Para o iluminar.
Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar...
Se você ficar,
Não vou mais chorar,
Nem vou mais lembrar
Do que é para esquecer.
Vou me absorver
Em te contemplar
E te ver sorrir,
E te ver dançar.
Te ouvir cantar
E poder viver
Como uma sombra
A te acompanhar.
Se você ficar, Se você ficar, Se você ficar...
Vitória Silva Paiva
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Paixão
Ah, esse vinho inebriante que é a paixão!
A queimar as entranhas,
A entorpecer a mente,
com seu selvagem perfume de desejo...
A fazer palpitar o coração, que renova-se.
A trazer nova vida:
Fôlego de ânimo à autoestima enfraquecida...
A paixão é o tônico da vida!
O elixir milagroso que traz sorrisos bobos,
Gestos lânguidos e graciosos
E o inconfundível colorido que ilumina
As faces de todas as cores.
Vitória Silva Paiva
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Tempo
Os anos são pétalas de flores
Que o tempo vai soltando, ao passar...
Vitória Silva Paiva
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Viver o amor
Eu quero viver
Uma história de amor
Ainda que seja um livro
De uma página só
Ainda que sua eternidade
Dure apenas um instante
Eu quero viver,
Viver o amor.
Vitória Silva Paiva
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Espinhos
Para não dizer que não falei dos espinhos...
Os espinhos estão nas flores,
Mostrando que elas não são tão desprotegidas:
Também podem causar dores!
É que , mesmo belas ou delicadas
Podem machucar quem as toca,
De maneira inadequada.
Vitória Silva Paiva
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Eu amo
Eu amo,
E como é glorioso o amor!
Ainda se juntássemos
Todos os poemas,
Canções e teoremas,
Não definiríamos o seu êxtase grandioso!
O amor é a sede
Que a água não sacia.
É a fome da alma,
Sublime dor,
Doce agonia.
O amor é querer mais que tudo,
É tornar-se poesia,
É morrer para ressuscitar,
Vivendo a eternidade
Em um único dia.
Vitória Silva Paiva
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Musas da inspiração
Polímnia! Calíope!
Venham, venham depressa!
Depressa, eu tenho pressa
De escrever a meu amado.
De amor, meu peito é alado
E ao alar-se, um alarido:
Meu amado está partindo,
Ai, nem mesmo ele indo
O meu coração sossega!
Depressa, venham depressa,
Musas da inspiração!
Venham a mim que vos chamo:
Meu amor não pode ir
Sem saber que eu o amo.
Vitória Silva Paiva
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Oferta
Pedi-te a Deus.
Arrependi-me.
Pessoas não são coisas,
Não devem ser pedidas a Deus.
Devem, elas sim,
Por elas mesmas,
E ofertarem aos amores.
Eu me oferto a ti.
Oferta-te a mim,
Amor meu!
Vitória Silva Paiva
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Avante, ALAMPEANA!
Avante Alampeana!
Que já sois avant-garde!
A vanguarda da poesia
Foi confiada a você!
Avante, alampeana!
Mulher de artes, criativa
Criatura que aplica
Um dom que só Deus explica.
Avante, Alampeana!
E de artes ou de letras,
Mostra tua vida em bondade.
Avante, Alampeana!
Ajuda às outras mulheres,
A usarem a criatividade!
Vitória Silva Paiva
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Olhos de óleo
Teus olhos,
Santos óleos
Que lubrificam
Minha feminilidade.
Vitória Silva Paiva
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Aprendendo e ensinando
A mente que aprende
Se apaixona pela mente que ensina.
Segura na mão que lhe é ofertada.
E, ambas unidas,
Caminham solenes
Ao supremo altar da sabedoria
Por ambas alcançada.
A mente que ensina
Se apaixona pela mente que aprende.
Aperta a mão que lhe é segurada.
E, ambas unidas,
Desfrutam, perenes
As alegrias indizíveis
De duas mentes conectadas.
Vitória Silva Paiva
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Contradição
Às vezes ocultamos O que não deveríamos ocultar. Às vezes magoamos Quem não deveríamos magoar. Às vezes tratamos bem Quem merece nosso desprezo. E às vezes desprezamos Nosso objeto de desejo. Às vezes escondemos Nossos sentimentos mais valiosos E só deixamos que vejam Sentimentos rancorosos.
Às vezes nós caminhamos Com nossas preocupações E não sabemos deixar Onde achamos os problemas, E nem sabemos lidar Com nossas próprias emoções, Envolvendo outros, em nossos dilemas.
Às vezes é preciso ser um pouco tolerante, Trocar a sinceridade por carinho e educação, Saber ouvir calado e perdoar, mesmo em segredo. Sem ter que justificar o porquê desse perdão. Saber olhar os outros, com os olhos de si mesmo. E ainda em desvantagem, estender a sua mão.
Vitória Silva Paiva
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Palavras
Suas palavras me aquecem,
Enchem meu coração de cor.
É tanto bem que me acontece
Só em ouvir tua voz, amor.
Vitória Silva Paiva
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Cidade em época de eleição
Era uma vez uma cidade
Em época de eleição.
Nesta cidade que falo,
Não havia oposição.
Os políticos debatiam
Apenas seus interesses:
Em qual mesa vou sentar?
Qual vai ter melhor banquete?
Os partidos, quando convinha
De pronto se coligavam,
Quando não convinha mais,
De novo se separavam.
E o povo da cidade, narrador? Diga-me agora!
O povo desta cidade
Assiste a tudo de fora.
Só seu voto tem valor,
Sua voz se ignora.
Fica quieto e conformado,
Acatando o resultado
Da eleição que o devora.
Como assim, que o devora?
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É que ainda tem eleitor,
Que se confia em partido:
Pega briga com vizinho,
Arranja até inimigo.
Tudo isso por pessoas
Que vivem sorrindo à toa
E só pensam no seu umbigo.
Vitória Silva Paiva
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OS AUTORES
O cravo Stefson Souza
Por alguma razão atávica, herdei de meus ancestrais familiares o gosto pela
escrita poética, tornando-me assim um vate, ou melhor, como disse nessa
obra um simples catador de sonhos. Gostaria de citar nessa tendência, o poeta
e ex-tabelião do cartório de Santa Cruz do Inharé meu tio Cleto Antunes, que
filosofou assim:
"Nessa vida tudo passa, Nessa vida de ilusão, Pra o céu vai a fumaça, Na terra fica o carvão."
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Passei então a ter convivência com grandes expressões do gênero, como: a
poetisa Palmira Wanderley, que por ação do destino tinha raízes lajenses e
ligação (também atávica), com outros poetas da região como Rômulo
Wanderley, Berilo Wanderley. Citando ainda o meu amigo escritor poeta
Nilson Patriota, esse de naturalidade santacruzense (todos em memória). Foi
quando aos meus 16 anos em 1961 escrevi o meu primeiro trabalho a poesia
"Por do Sol", a qual tenho a honra de apresentar na parte inicial dessa
antologia.
Estudei por muitos anos no colégio Marista, depois no Atheneu norte-
riograndense. Ao recesso de muitos anos voltei a estudar e vim a me graduar
em direito pela universidade potiguar (UnP), isso em fevereiro de 2010.
É com grande satisfação em compor esse ensaio, que assino meu nome nessa
trilogia apreciável, junto aos colegas de poesia, Drª Vitória Silva Paiva e Ms.
Renier Luiz.
Lajes: 15/11/2019
Francisco Stefson de Souza
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O cravo Renier Luiz
Renier Luiz Martins Mendes, Professor Renier, como gosta de ser
chamado, é natural de Lajes/RN, cidade onde atualmente mora, tendo se
ausentado desse município no final da década de 70 (1979) rumo à Natal com
o propósito de estudar, pois em Lajes à época não existia escola com ensino
médio.
Assim cursou essa etapa do ensino na E. E. Anísio Teixeira, onde concluiu o
Curso Técnico em Serviços Bancários. Foi Fuzileiro Naval da reserva não
remunerada(Marinha do Brasil), Cursou Letras - licenciatura plena na UFRN,
é pós-graduado pelo IFRN (especialização) em Educação Profissional
Integrada à Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Recentemente tornou-se mestre em Letras pela UERN (profLetras), foi
professor de algumas escolas particulares em Natal por mais de uma década (
Colégio das Neves, Instituto Reis Magos, Colégio Executivo Ponta Negra) e
hoje é professor concursado com vínculo na rede de ensino do Estado do Rio
Grande do Norte (Escola Pedro II – Lajes/RN) e Prefeitura do Natal.
Lajes: 15/11/2019
Renier Luiz Martins Mendes
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A rosa Vitória Silva Paiva
Sou a professora Doutora Vitória Maria Avelino da Silva Paiva, poetisa,
escritora, cordelista, missionária, feirante e alampeana. Sou graduada em
Letras, com especialização no Ensino de Línguas, pela UERN. Cursei
mestrado e doutorado pela UFRN, ambos voltados aos Estudos da
Linguagem. Sou natural de Lajes, terra de minério, de agricultura e de
caprinocultura, onde a primeira brasileira se elegeu a um cargo público, Alzira
Soriano. É da minha terra que tiro minhas maiores inspirações para escrever,
o que faço desde a mais tenra idade.
Publiquei meu primeiro livro em 2008, Lendas de Pedras – história e
estórias de Lajes, RN, uma compilação de fatos históricos de minha cidade
e a minha interpretação sobre as lendas contadas pelo nosso povo. Os outros
livros que se seguiram foram: Para quem ama amar (poesia, 2013) Alzira
(Biografia, 2015); Avaliação de Língua Inglesa na sala de aula: uma
construção coletiva (Acadêmico, 2016); Lajes em prosa e poesia (Gêneros
diversos, 2017).
Agora, juntamente com estes dois grandes vates, lançaremos nossa primeira
antologia poética juntos, que espero, seja a primeira de outras mais.
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Dois cravos e uma rosa
Dois cravos e uma rosa é um livro para se ler pausando,
experimentando, pensando, filosofando... permitindo à mente
se acostumar e ser contagiada pela diversidade de poesias nele
contidas. Os três autores que o compõem oferecem uma
variedade de estilos, uma riqueza na exposição de seus
pensamentos em forma de poesia: usam com propriedade as
formas poéticas ou a ausência destas, nos seus versos. É, ao
mesmo tempo, um livro para se usar e para se ousar...
Ouse! Use-o! é teu...