a revolução dos cravos – 25 de abril

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A Revolução dos Cravos – 25 de Abril de 1974 Professora Anabela Aparício

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Page 1: A revolução dos cravos – 25 de abril

A Revolução dos Cravos – 25 de Abril de 1974

Professora Anabela Aparício

Page 2: A revolução dos cravos – 25 de abril

Antecedentes

Depois da 2ª Guerra Mundial…

(Rendição alemã)

…Portugal manteve um regime ditatorial.

(Rendição japonesa)

Page 3: A revolução dos cravos – 25 de abril

Salazar

Regime ditatorial de Portugal depois da 2ª Guerra Mundial

• Oposição sem liberdade de

acção

• Resultados eleitorais

fraudulentos

General Humberto Delgado

General Norton de Matos

Page 4: A revolução dos cravos – 25 de abril

Salazar defendia que Portugal possuía províncias ultramarinas…

Page 5: A revolução dos cravos – 25 de abril

Há movimentos defensores da independência das colónias mas Salazar recusa…

… é o início da Guerra Colonial…

Page 6: A revolução dos cravos – 25 de abril

Guiné Bissau1963

Angola1961

Moçambique1964

Início das hostilidades nas colónias portuguesas de África

Page 7: A revolução dos cravos – 25 de abril

E a guerra de guerrilha em África iria durar…

13 longos anos…

… e causará pesados custos humanos e materiais…

… quase 9 mil mortos e cerca de 30 mil feridos ou estropiados…

Page 8: A revolução dos cravos – 25 de abril

Menino africano e soldado português…

Page 9: A revolução dos cravos – 25 de abril

Transporte de tropas

Evacuação de feridos em combate

Page 10: A revolução dos cravos – 25 de abril

Soldados portugueses e combatentes independentistas

Page 11: A revolução dos cravos – 25 de abril

2º Grupo de Combate da CCAÇ 12 , deslocando-se numa bolanha em zona controlada pela guerrilha do PAIGC (Guiné-Bissau).

Page 12: A revolução dos cravos – 25 de abril

Regime ditatorial de Salazar:

• algum desenvolvimento industrial;

• do turismo;

• das remessas dos emigrantes

Estagnação do País, apesar de:

Page 13: A revolução dos cravos – 25 de abril

No princípio de Setembro de 1968, Salazar adoeceu depois de sofrer um acidente, …

… o que o impossibilitou de continuar à frente do governo.

Page 14: A revolução dos cravos – 25 de abril

Salazar foi então substituído por:

Marcelo Caetano

Page 15: A revolução dos cravos – 25 de abril

Com Marcelo Caetano…

Abrandamento da actuação da Censura e da

PIDE…

Alguns exilados políticos foram autorizados a

regressar ao país…

Realização de um congresso da

oposição

… é a “PRIMAVERA MARCELISTA”

Page 16: A revolução dos cravos – 25 de abril

Manutenção da Guerra Colonial e

dos presos políticosAumento do custo

de vida

P.I.D.E passou a designar-se D.G.S

… mas …

Page 17: A revolução dos cravos – 25 de abril

A Polícia Internacional de

Defesa do Estado (P.I.D.E) / Direcção Geral de Segurança

(D.G.S).

Page 18: A revolução dos cravos – 25 de abril

Exilados políticos

Mário Soares D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto

Page 19: A revolução dos cravos – 25 de abril

O Povo

A emigração

Um bairro degradado

Page 20: A revolução dos cravos – 25 de abril

A restauração da liberdade…

Em 25 de Abril de 1974…

… o M.F.A (Movimento das Forças Armadas) pôs fim ao regime…

• Militares do M.F.A ocuparam os estúdios do Rádio Clube Português

Leitura do 1º comunicado do MFA

Page 21: A revolução dos cravos – 25 de abril

Através da rádio, explicaram à população que pretendiam que o País fosse de novo….

… uma

democracia!

• liberdades;

• eleições…

com…

Page 22: A revolução dos cravos – 25 de abril

… e punham no ar músicas de que a ditadura não gostava, como….

Grândola Vila Morena, …

… de José Afonso

Grândola Vila MorenaTerra da fraternidade

O povo é quem mais ordenaDentro de ti ó cidade

Dentro de ti ó cidadeO povo é quem mais ordena

Terra da fraternidadeGrândola Vila Morena

Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdade

Grândola Vila MorenaTerra da fraternidade

(…)

Page 23: A revolução dos cravos – 25 de abril

… Ao mesmo tempo, uma coluna militar, comandada pelo capitão Salgueiro Maia, …

… saiu da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e marchou para Lisboa.

Page 24: A revolução dos cravos – 25 de abril

Em Lisboa e em todo o país, não houve praticamente resistência e quase nenhum

derramamento de sangue…

…durante o dia, a população foi-se juntando aos militares….

Page 25: A revolução dos cravos – 25 de abril
Page 26: A revolução dos cravos – 25 de abril

… e o que era um golpe de Estado transformou-se numa verdadeira revolução…

A certa altura, uma vendedora de flores começou a distribuir cravos…

Page 27: A revolução dos cravos – 25 de abril

Os soldados enfiavam o pé do seu cravo no cano da espingarda e os civis punham a flor ao peito….

Por isso se falava de...…Revolução dos Cravos

Page 28: A revolução dos cravos – 25 de abril

…Ao fim da tarde, Marcelo Caetano, que se tinha refugiado no Quartel da GNR do Carmo, em Lisboa, rendeu-se ao general António de Spínola, «para o

poder não cair na rua».

O general António de Spínola, embora não pertencesse ao M.F.A, não pensava da mesma maneira que o governo

acerca das colónias (sabia que a guerra estava perdida)…

Capitão Maia

Largo do Carmo

A Chaimite que transportou Marcelo Caetano

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Page 30: A revolução dos cravos – 25 de abril

Marcelo Caetano e Américo Tomás (Presidente da República) foram presos e deportados para a Madeira

e, depois, autorizados a partir para o Brasil.

Page 31: A revolução dos cravos – 25 de abril

Depois do dia 25 de Abril de 1974…

Portugal democrático

Acção democratizante da Junta de Salvação Nacional

(J.S.N)

Nova organização institucional

Descolonização e retorno dos

nacionais (500 000 “retornados”)

Instabilidade político-social (“Verão Quente” de 1975)

• Ataques a sedes de partidos;

• Controlo dos “medias” pelos comunistas;

• greves, comícios…

… a construção de um Portugal livre e democrático:

Page 32: A revolução dos cravos – 25 de abril

J.S.N

• Extinção da Polícia Política,

da Legião Portuguesa e da

Mocidade Portuguesa

• Abolição da censura;

• Reconhecimento da liberdade de

expressão e pensamento

• Libertação dos presos

políticos

• Lançamento de uma política ultramarina que conduzisse à paz (a partir de Julho de

1974).

General Spínola (Presidente da

República)

Page 33: A revolução dos cravos – 25 de abril

O general Spínola indicou o Prof. Adelino da Palma Carlos para chefe do Governo Provisório que deveria governar o país até à realização das primeiras eleições legislativas em liberdade (Maio de 1974).

Contudo, divergências ideológicas impediram este governo, bem como outros que se lhe seguiram, ( seis, no total…) de levar a cabo a rápida construção de um Portugal novo.

Page 34: A revolução dos cravos – 25 de abril

Em 25 de Abril de 1975, apesar do ambiente revolucionário, tinham-se realizado, de forma ordeira, as eleições para a Assembleia Constituinte, tendo a nova Constituição Democrática sido aprovada em 2 de Abril de 1976 e entrado em vigor no dia 25 desse mês.

Page 35: A revolução dos cravos – 25 de abril

A Constituição de 1976(foi, e é ainda, o garante da construção da Democracia em Portugal)

Igualdade de todos perante a Lei

Liberdade de expressão, de opinião,

de reunião e de associação

Direito à greve e à organização sindical

Direito ao trabalho, à segurança social e à protecção da saúde

Direito à educação Direito ao voto

Page 36: A revolução dos cravos – 25 de abril

Órgãos de soberania

Presidente da República

Governo (órgãos do

poder central)

Assembleia da República

Tribunais

Descentralização política: garantia da existência do poder local das autarquias e criação das Regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Poder executivo Poder legislativo Poder judicial

Page 37: A revolução dos cravos – 25 de abril

As dificuldades económicas (anos 70)Crise económica mundial de 1970 (subida do valor do dólar e do preço

do petróleo)

Afectou Portugal

Instabilidade revolucionária após o

25 de Abril de 1974

Agravou as dificuldades económicas

Pedido de ajuda ao F.M.I (Fundo Monetário Internacional).

Aumento do desemprego; inflação sempre crescente (30% anuais, em 1977)

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Portugal adere à Europa Comunitária (1 de Janeiro de 1986)

• Transferência de avultadas verbas para Portugal;• Estabilidade política;• Acentuada baixa do valor do dólar e do preço do

petróleo…

… a economia nacional cresce a uma média superior à média europeia.

Page 39: A revolução dos cravos – 25 de abril

… mas …

• … muitos agricultores portugueses tiveram de abandonar a agricultura;

• …Portugal foi obrigado a reduzir a sua frota pesqueira, tal como as zonas de captura (= desemprego…).

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O que mudou com a revolução dos cravos…Antes Depois

Só havia um partido político, a Acção Nacional Popular, que apoiava o governo.

Passou a haver muitos partidos políticos.

Não havia eleições livres. Só se podia votar no partido do governo.

As eleições passaram a ser completamente livres.

As mulheres só podiam votar se tivessem concluído o curso secundário.

Toda a gente pode votar a partir dos 18 anos de idade (e é pena que muitos se abstenham de o fazer). As mulheres só votariam um ano depois (25 de Abril de 1975).

As mulheres não podiam viajar sozinhas para fora do país sem autorização escrita do marido.

Mulheres e homens têm os mesmos direitos.

Não se podia dizer mal do governo e quem o fizesse era preso.

Passou a haver liberdade de opinião.

Havia uma polícia política, com milhares de informadores em toda a parte, que escutava praticamente todas as conversas.

Não existe polícia política.

As pessoas casadas pela Igreja não se podiam divorciar. O divórcio estendeu-se a toda a população.

Cada patrão pagava o que queria aos seus trabalhadores. Passou a haver um salário mínimo nacional.

As notícias só podiam sair nos jornais depois de terem sido lidas e autorizadas pelos Serviços de Censura.

A imprensa é livre.

Os jovens passavam quatro anos na tropa, dois dos quais na guerra.

Acabou a Guerra Colonial. Os jovens já não teriam de ir combater. Uns anos mais tarde, o serviço militar deixou mesmo de ser obrigatório.

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http://www.youtube.com/watch?v=O2MJxj06kho&NR=1