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DOENAS OCUPACIONAIS E DO TRABALHO CAUSADAS POR AGENTES QUMICOS

DOENAS OCUPACIONAIS E DO TRABALHO

CAUSADAS POR AGENTES QUMICOS(XENOBITICOS)

NR-15ATIVIDADES E OPERAES INSALUBRES

So consideradas atividades ou operaes insalubres as que se desenvolvem:

acima dos limites de tolerncia previstos nos anexos n. 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

nas atividades mencionadas nos anexos n. 6, 13 e 14;

comprovadas atravs de laudo de inspeo do local de trabalho, constantes dos anexos nmeros 7, 8, 9 e 10.

As condies insalubres garante a percepo de adicionais correspondentes a:

40% do salrio-minimo em insalubridade de grau mximo;

20% do salrio-minimo em insalubridade de grau mdio;

10% do salrio-minimo em insalubridade de grau mnimo.

No h possibilidade de acumulao de mais de um fator de insalubridade. Ser considerado o de grau mais elevado para efeito de acrscimo salarial.

A eliminao ou neutralizao da insalubridade determinar a cessao do pagamento do adicional respectivo. Ela ocorrer com a:

com a adoo de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerncia;com a utilizao de equipamento de proteo individual.

Cabe ao chefe da DSST, comprovada a insalubridade por laudo tcnico de engenheiro de segurana do trabalho ou mdico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido.

A eliminao ou neutralizao da insalubridade ficar caracterizada atravs de avaliao pericial pela DSST que comprove a inexistncia de risco sade do trabalhador.

facultado s empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministrio do Trabalho, atravs das DRTs, a realizao de percia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.

1. CONSIDERAES INICIAIS

A Higiene Ocupacional uma atividade multidisplinar que visa antecipar e reconhecer situaes potencialmente perigosas e que aplica medidas de controle de engenharia antes que agresses srias sade do trabalhador sejam observadas.

Pela definio acima j se verifica o carter preventivo da Higiene, que foi aprimorada pela American Conference of Governamental Industrial Hygienists (ACGIH) que a define como: "A cincia e arte devotada ao reconhecimento, avaliao e controle dos riscos ambientais e estresse originados do ou no local de trabalho, que podem causar doena, comprometimento da sade e bem-estar ou significativo desconforto e ineficincia entre os trabalhadores, ou membros de uma comunidade".

Neste texto enfatizaremos a questo dos riscos qumicos, pois esta tem sido a maior demanda e um problema complexo enfrentado pelos trabalhadores

A cada dia sua importncia cresce na medida que em conseqncia do aumento de consumo de novos produtos decorrente de novas tecnologias, se faz uso de um maior arsenal de novos agentes qumicos na indstria de sntese, especialmente na rea de derivados orgnicos como frmacos, polmeros, adesivos, corantes, aditivos alimentares para diversos fins, etc.

Neste contexto verificamos que cada vez mais a sociedade depende da indstria qumica para a sua sobrevivncia.

O preo que se paga por esta dependncia na maioria das vezes muito caro. A comear pela utilizao de insumos no renovveis pela natureza, como so os derivados petroqumicos; a seguir pelos no to bem conhecidos efeitos fisiopatolgicos que os produtos finais e seus intermedirios provam no manipulador industrial; e finalmente os efeitos adversos provocados no meio ambiente do planeta pelo uso ostensivo deste produtos produzidos pela indstria qumica.

Na indstria qumica via de regra so utilizados processos fsicos e qumicos com o objetivo de modificar estruturas moleculares com adio, substituio, e/ou supresso de elementos; e/ou fuso de molculas menores dando origem a outras maiores. Evidentemente parte-se de uma estrutura mais simples - a matria prima -, e que sofre transformao, resultando em um produto final.

A grande questo que para se partir do incio e chegar ao final do processo, uma srie acontecimentos qumicos acontecero. Nenhum processo sinttico qumico unirreacional, isto vrias so as reaes qumicas que ocorrero, produzindo uma srie de produtos intermedirios, que podero ser ou no reaproveitados pelo processo, alm da utilizao de aditivos, catalisadores, e processos fsicos que podem levar ao meio ambiente este agentes.

Catalisadores Aditivos

Matrias Produtos Finais

Primas

Produtos

Intermedirios Subprodutos

Hoje so conhecidas 7 milhes de substncias qumicas, das quais cerca de 65.000 so de uso industrial, e destas somente cerca de 1000 substncias possuem algum estudo e propostas de Limites de Exposio.

Na legislao brasileira contam-se 136 substncias com limites de tolerncia estabelecidos.

Alm do grande nmero de substncias possveis de serem usadas tem-se ainda grande dificuldade, por parte dos usurios de produtos qumicos, de ter acesso composio qumica do mesmo, pois diversas empresas produtoras ou fornecedoras negam-se a fornecer informaes alegando tratar-se de segredo industrial, ou apenas manipulam o produto e realmente desconhecem sua composio.

Assim a empresa usuria se v obrigada a ter seus trabalhadores potencialmente expostos a um risco totalmente desconhecido, cuja amplitude pode ir desde um risco praticamente nulo at srios comprometimentos da sade ou mesmo da vida.

Soma-se a este fato a falta de interesse ou de conhecimento, ainda existente em algumas empresas, em assuntos relativos proteo da sade do trabalhador.

Por outro lado, produtos industriais no so quimicamente puros em sua grande maioria e podem possuir resduos que, embora no afetem o processo industrial, podem ser prejudiciais sade como nitrosaminas em leos de corte ou benzeno em "thinners".

Do ponto de vista fsico os agentes qumicos decorrentes dos processos industrias que podem vir a afetar o ser humano apresentam-se no meio ambiente, basicamente sob trs formas: Gasosa, Lquida ou Slida.

importante considerar a forma de apresentao dos agentes qumicos no meio ambiente, pois em funo de seu estado fsico que o RISCO DE CONTATO que o ser humano sofre pode ser maior ou menor. Os gases e vapores por apresentarem grande expansibilidade propagam-se em todas as direes, eis porque esta forma de apresentao a mais grave do ponto de vista toxicolgico. J os lquidos por tender a fluir por ao da gravidade, embora possa ser volatilizado oferece, em tese um risco menor; e finalmente os slidos microfragmentados apesar de em funo de correntes areas poderem se disseminar pelo meio ambiente oferece uma menor possibilidade de risco. Esta possibilidade ir depender no s do estado fsico como tambm da densidade, da volatilidade, da granulometria, da solubilidade dos agentes e da temperatura ambiental.

Comportamento habitual dos agentes qumicos

Slidos

Gases Microfrag-

Lquidos mentados

Lquidos

As principais vias de absoro dos agentes qumicos, que passaremos a designar de xenobitico (xenus = estranho, bios = ser; agente qumico estranho ao metabolismo animal).

a) Vias respiratrias - responsveis por 90% das formas de absoro do xenobitico

b) Derma , compreendendo pele e mucosas externas, e

c) Aparelho digestivo

Em decorrncia deste contato os resultados podero redundar em:

a) leso local sem posterior absoro. ex.: cido sulfrico

b) leso local com posterior absoro. ex.: cido fluordrico, que causa queimadura cutnea e leso profunda de vasos sangneos.

c) absoro com ao txica em outros stios do organismo - os fumos de chumbo metlico podem ser absorvidos atravs dos pulmes, sem les-los, e, aps distribuio no organismo, o chumbo ir exercer ao txica em diversos locais do organismo, saber, glbulos vermelhos do sangue, medula ssea, rins, nervos etc.

d) ausncia de leso local e de absoro - ocorre quando a substncia no custica, nem se apresenta em condies de atravessar as membranas biolgicas.

2. CONCEITOS BSICOS DE TOXICOLOGIA

A Toxicologia o estudo das aes nocivas das substncias sobre os tecidos biolgicos. Ela no , a rigor, uma cincia, isto , uma disciplina cientfica que possui metodologia prpria. uma abordagem multidisciplinar de qumica, fsica, matemtica, estatstica, fisiologia, bioqumica, e patologia) que permite determinar a ao nociva dos xenobiticos.

A crescente produo e utilizao de produtos qumicos pelo homem ampliou intensamente as reas de repercusso da Toxicologia que hoje abrange:

a) Toxicologia das drogas e combinaes medicamentosas

b) Toxicologia das substncias que produzem dependncia

c) Toxicologia dos alimentos e aditivos alimentares

d) Toxicologia dos defensivos

e) Toxicologia Ambiental

f) Toxicologia Forense

g) Toxicologia de guerra qumica

h) Toxicologia Industrial ( o mais importante da atualidade)

Nesta o objetivo prevenir a ocorrncia de doenas e acidentes ocupacionais. Neste caso, essencial o conhecimento da toxicidade dos xenobiticos industriais. Seus objetivos consistem na preveno do tipo de leso causada pela exposio, definio dos mecanismos de ao dos xenobiticos, isto , a natureza das alteraes bioqumicas e fisiolgicas relacionadas com o desenvolvimento das leses, determinao do limite ambiental de exposio, sem surgimento de efeitos txicos, descobrimentos de antdotos e estudo de interaes sinrgicas e antagnicas entre diferentes xenobiticos.

2.1 - SUBSTNCIA TXICA

aquela que:

- demonstra potencial de induzir cncer ou outros efeitos neoplsicos no homem ou em animais de experincia;

- induz modificaes transmissveis permanentes nas caractersticas genticas de uma prole de pais humanos ou animais de experincia;

- causar a ocorrncia de defeitos fsicos no embrio humano ou animal de experincia;

- produz a morte em animais de experincia ou domsticos expostos por via respiratria, pele, olhos, boca ou outras vias;

- produz irritao ou sensibilizao da pele, olhos ou vias respiratrias;

- diminui o estado de alerta, a motivao ou altera o comportamento humano, afeta negativamente a sade de um indivduo normal ou incapacitado parcial de qualquer idade ou sexo, acarretando injria corporal reversvel ou irreversvel, expondo-o a perigo de vida ou provocando sua morte por exposio atravs a via respiratria, a pele, a boca ou qualquer outra rota, em qualquer quantidade, concentrao ou dose, relacionados com qualquer tempo de exposio.

2.2 - TOXICIDADE

uma propriedade das substncias assim como o calor de combusto, densidade ou presso de vapor. Um combustvel especfico tem um calor de combusto definido quer exista ou no uma fonte de ignio. Do mesmo modo, uma substncia ter uma toxicidade definida quer exista ou no uma situao de risco.

TIPOS DE TOXICIDADE

Ao Txica e suas Trs Fases

O organismo humano um complexo sistema com vrios nveis de organizao desde o molecular at o tecidual. um sistema aberto que troca matria e energia com o meio por intermdio de numerosas reaes bioqumicas atravs de um equilbrio dinmico.

A penetrao de xenobiticos no sistema biolgico pode provocar distrbios, reversveis ou irreversveis nos processos bioqumicos. Esses distrbios so reconhecidos como Efeitos Txicos.

O destino de uma substncia no organismo desde a sua penetrao at o stio de seu efeito txico se d em trs fases:

I - Fase de Exposio - ao se expor um sistema biolgico a uma substncia somente ocorrer um efeito biolgico ou txico quando houver a absoro da substncia; como regra, somente a frao da substncia que se encontra disponvel na forma dissolvida, isto , dispersa molecularmente e que ser absorvida pelo organismo. Vale neste ponto assinalar a diferena entre efeito e exposio. Enquanto a Medicina est principalmente voltada para os efeitos, a Higiene Industrial lida fundamentalmente com a exposio.

II - Fase Toxicocintica - somente uma frao da quantidade da substncia absorvida chegar eventualmente ao local de ao, isto , os receptores.

Nesta fase incluem-se a absoro, transporte, distribuio, biotransformao e excreo do agente txico e seus metablitos.

A frao da dose que alcana a circulao geral a medida da disponibilidade biolgica.

III - Fase Toxicodinmica - esta fase refere-se interao entre as molculas do agente txico e os pontos especficos do seu ataque aos receptores atravs do qual induz o efeito.

A concentrao de um agente txico no stio de um receptor influencia a intensidade do efeito txico.

- Exposio aguda - aquela de curta durao (segundos, minutos ou horas) ou que resulta de uma dose nica.

Exemplo: exposio a concentraes atmosfricas moderadas ou fortes de gs sulfdrico.

- Exposio crnica - est relacionada a maiores perodos (meses ou anos) com a implicao de que uma nica exposio no resulta em qualquer risco particular.

Exemplo: exposies repetidas a traos de um hidrocarboneto clorado como o clorofrmio ou o cloreto de metileno.

- Toxicidade local - refere-se ao local de um material txico sobre a pele ou membranas mucosas.

Exemplo: queimadura cutnea provocada pelo contato com soluo concentrada de cido sulfrico.

- Toxicidade sistmica - diz respeito ao de uma substncia txica quando absorvida no organismo por inalao, por contato cutneo mucoso ou por ingesto.

Exemplo: A exposio prolongada ao dissulfeto de carbono pode resultar em intoxicao com repercusso em vrios setores do organismo como o sistema nervoso, o aparelho circulatrio etc.

- Efeito localizado: o que afeta um rgo especifico, por exemplo, fgado, rim ou outro rgo.

Exemplo: a hepatite qumica provocada pelos naftalenos clorados

- Efeito sistmico - o que afeta o organismo como um todo

Exemplo, a anemia provocada pelo benzeno ou o bloqueio das molculas de hemoglobina causado pelo monxido de carbono.

2.3. OUTRAS DEFINIES IMPORTANTES:

1 - Substncia Carcinognica - uma substncia considerada como tal se capaz de induzir cncer em conseqncia de exposio aguda ou crnica.

Exemplo: Benzidina

2 - Substncia Mutagnica - toda substncia capaz de induzir uma modificao permanente transmissvel (mutao) nas caractersticas genticas de um ser vivo.

Exemplos: Hidroxilamina e xido de etileno

3 - Substncia Teratognica - aquela que pode produzir um defeito fsico no embrio em desenvolvimento.

Exemplo: Talidomida.

4 - Substncia Bio-acumulativa - aquela que se concentra nos tecidos humanos ou animais ou no ambiente. Se uma substncia sofre biodegradao lenta ou eliminada de forma muito limitada pequenas doses de baixa toxicidade podem se acumular no organismo at atingir concentraes perigosas.

Exemplos de substncias txicas bio-acumulativas so o mercrio e os difenispoliclorados,

5 - Substncia Fitotxica - aquela capaz de causar injria local ou sistmica vida vegetal. O campo da Fitotoxicologia consideravelmente menos definido que o da Toxicologia Humana ou Animal. Entretanto esta rea tem recebido maior ateno em virtude do interesse crescente na deposio de efluentes industriais na terra, por formao de alagados ou por lanamento direto. Merece ser citado o caso dos compostos de boro, como o cido brico, que no so muito txicos para o homem ou animais mas so extremamente fitotxicos e podem destruir muitas formas comuns de vida vegetal, em concentraes baixas como 5 a 10 ppm. Estas substncias podem matar a biota de estaes de tratamento de esgotos em concentraes de 1 a 2 ppm.

Apenas recentemente os pesquisadores reconheceram os efeitos que as exposies agudas ou crnicas a substncias carcinognicas, mutagnicas e teratognicas podem produzir.

2.4 - CONCEITOS DE DOSAGEM

1 - Limites de Tolerncia

H uma relao entre a quantidade de txico absorvida pelo organismo e seu efeito biolgico. Esta relao permite o estabelecimento de limites de segurana para as exposies ocupacionais a substncias txicas abaixo dos quais no existiria risco para a sade dos trabalhadores e no seria afetado o grau de bem estar necessrio para manter a produo e reduzir os riscos de acidentes.

2 - Classificao dos efeitos biolgicos consecutivos exposies ocupacionais aos agentes qumicos: (COMIT PARA HIGIENE DO TRABALHO - OIT - 1968)

Categoria A - Zonas de exposio segura: exposies que no produzem nenhuma alterao, pelo menos conhecida, da sade ou da capacidade das pessoas durante sua vida;

Categoria B - exposies que podem produzir rapidamente efeitos reversveis sobre a sade ou a capacidade das pessoas;

Categoria C - exposies que podem produzir uma enfermidade reversvel;

Categoria D - exposies que podem produzir uma enfermidade ou a morte.

Esta classificao a mesma adotada para o controle dos efeitos da poluio atmosfrica.

bom lembrar que a populao apresenta certos grupos mais suscetveis como os doentes em geral, crianas, idosos e mulheres grvidas.

Como conseqncia podemos afirmar que os limites de segurana para exposies ocupacionais so mais amplos e devem ser considerados at dez vezes superiores aos limites recomendados para poluio atmosfrica.

Considera-se que os limites de tolerncia correspondam categoria A anteriormente exposta.

A concentrao de gases, vapores, fumos e poeiras na atmosfera dos locais de trabalho pode variar amplamente, em funo da: fase no ciclo de trabalho; do volume de produo; das variaes na ventilao e na temperatura ambiente; das falhas tcnicas; das interrupes durante o trabalho.

O comit misto constitudo pela Comisso da Comunidade Europia (CCE), Occupational Safety and Health Administration (OSHA) e o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), definiu a monitorizao (monitoring) como uma "atividade sistemtica, contnua ou repetitiva, relacionada sade e desenvolvida para implantar medidas corretivas sempre que se faam necessrias". A monitorizao dividida em ambiental e biolgica.

Monitorizao Ambiental

A monitorizao ambiental foi definida como sendo a medida e a avaliao de agentes no ambiente para estimar a exposio ambiental e o risco sade por comparao dos resultados com referncias apropriadas.

Constitui-se na medida prioritria de avaliao do risco sade atravs da identificao e quantificao dos agentes qumicos nesses ambientes, de forma sistemtica, de modo a permitir a obteno de uma srie histrica de dados de exposio de um grupo de trabalhadores ou indivduos isolados.

A avaliao da exposio profissional a uma substncia qumica composta de duas fases distintas: inicialmente realiza-se uma medio instrumental ou laboratorial da concentrao do agente e a seguir compara-se o resultado com os limites de exposio (limites de tolerncia).

Uma primeira dificuldade a ser enfrentada na fase de comparao dos resultados com um padro de exposio a escolha da fonte destes padres, pois segundo sua origem tm-se diferentes valores, como se pode observar nos exemplos da Tabela abaixo.

TABELA - Limites da Exposio Ambiental Segundo Diversas Fontes

SUBSTNCIAACGIHOSHAURSSNR 15

cromo500100010---

cobre200100------

mangans10005000300---

ferro5000100006000---

chumbo1505010100

nquel100100005---

toluol1002005078

cloreto de vinila051010156

acetato de celosolve05100---78

Desta forma o higienista depara-se com um srio problema: Qual valor utilizar como padro? Estes valores so diferentes porque so originados por diferentes entidades que utilizam diferentes critrios para sua determinao.

A ACGIH considera apenas os dados tcnicos e cientficos disponveis. A OSHA, alm dos dados tcnicos e cientficos, est envolvida com os aspectos legais, polticos e sociais, uma vez que seus limites tm fora de lei. Na URSS os valores so quase sempre muito mais baixos em virtude dos critrios usados serem bem mais rigorosos, buscando efeitos muito mais precoces, contidos tambm os valores como ideal a ser atingido. Na NR-15 encontram-se valores adaptados da ACGIH de 1977 e reduzidos a 78% em virtude de nossa jornada mensal de 48 horas (em 1978) com 40 horas do padro da ACGIH.

Os limites devem ser bem estudados e conhecidas suas origens para uma adequada interpretao e escolha do valor a ser utilizado na ausncia na legislao brasileira, a exemplo do que ocorre com os Limites de Tolerncia Biolgica.

O higienista dever, claro, obedecer os valores ditados pela legislao vigente, mas deve-se notar que, embora exigente demais em alguns pontos, pode ser omissa ou ainda permissiva demais em outros, se comparada com os dados cientficos da literatura mundial, necessitando o higienista de bons conhecimentos e sobretudo de bom senso para escolher adequadamente o padro.

Como orientao aconselhvel utilizar sempre que possvel os padres preconizados pela ACGIH, pois estes so tcnica e cientifica mente recomendados e revisados anualmente, no sendo to sensveis s influncias poltico-sociais normalmente encontradas na legislao.

Concentraes Atmosfricas Permissveis

1 - Concentraes Mdias Permissveis ou TLV (Threshold Limit Values)

So as concentraes mdias de substncias no ar, aplicveis para uma exposio repetida de 8 h/dia, cinco dias/semana, durante toda a vida profissional sem que ocorram efeitos nocivos sobre a sade da maioria dos trabalhadores.

O grau de flutuao tolerado em torno da mdia varia de acordo com certas caractersticas da substncia, como por exemplo:

a) risco de intoxicao aguda aps exposio e concentraes elevadas da substncia;

b) efeitos cumulativos da substncia;

c) leses resultantes de uma exposio breve a concentraes elevadas de substncia.

2 - Concentraes Mximas Permissveis ou MAC (Maximum Allowable Concentrations)

Para certas substncias particularmente txicas existe uma concentrao mxima que no deve ser nunca ultrapassada (concentraes "teto"). Isto define uma MAC. Neste caso, a concentrao no ar deve flutuar abaixo da MAC. Uma substncia classifica-se nesta categoria, se a exposio durante alguns minutos concentraes elevadas da mesma produz:

a) irritao intolervel;

b) danos tissulares irreversveis:

c) narcose de intensidade suficiente para aumentar o risco de acidente.

3 - Concentraes Permissveis para Asfixiantes Simples

Para os asfixiantes simples (metano; nitrognio, etano etc.) o fator a ser considerado a concentrao atmosfrica de oxignio. Este no deve cair abaixo de 18% em volume presso atmosfrica normal. Alguns destes gases apresentam tambm risco de exploso que deve ser levado em considerao.

4 - Concentraes Permissveis para Substncias Cancergenas

Para as substncias cancergenas impossvel definir uma concentrao abaixo da qual todo o risco tenha sido eliminado. Recomenda-se a concentrao zero.

5 - Alcance e Restries dos Limites de Segurana

Anualmente a Associao Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH) divulga uma relao de TLVs para cerca de 500 substncias, com explicaes sobre seu propsito e para permitir sua correta interpretao.

Este grupo de especialistas recomenda que as TLVs devam ser utilizadas como um guia para o controle dos riscos contra a sade e no podem ser interpretadas como limites absolutos entre as concentraes seguras e as perigosas.

A elaborao dos limites de tolerncia fundamenta-se em:

a) estudos epidemiolgicos em trabalhadores expostos;

b) estudos em voluntrios; e

c) estudos em animais.

A maior parte dos limites de tolerncia est baseada nas experincias em animais e os riscos inerentes a esta abordagem tornam necessria a introduo de um fator de segurana. Isto significa que a concentrao permissvel para a exposio ocupacional aquela considerada incua para as diversas espcies de animais testadas, dividida pelo fator de segurana. Este fator depende da substncia em questo e, geralmente, varia de 2 a 10.

Obs.: TLV e MAC so indicadores apenas da quantidade de substncias que entram em contato com o organismo por inalao. Se possvel a absoro cutnea ou digestiva da substncia, estes indicadores tornam-se insuficientes para refletir a real exposio ao toxico.

Suscetibilidade individual e fatores ambientais:

As concentraes permissveis podem no ser vlidas para indivduos que padeam de alteraes orgnicas significativas nem para pessoas que tenham desenvolvido uma sensibilizao. Alm disso, as concentraes permissveis devem ser corrigidos para determinadas condies ambientais especiais como, por exemplo:

a) grandes altitudes;

b) climas tropicais;

c) "riscos" adicionais: radiaes ultravioleta, por exemplo, que podem determinar reaes qumicas entre os contaminantes atmosfricos;

d) aumento da presso atmosfricas;

e) sobrecarga de trabalho;

f) fadiga

Unidades de Concentrao Atmosfrica

a) Gases e Vapores: p.p.m., ou mg/m3 de ar. A 25C de temperatura e 760 mmHg de presso pode-se usar as seguintes frmulas para converso de unidades:

quantidade em m/m3 x 24,45= p.p.m.

peso molecular

b) Poeiras: ppcm3 = partculas por cm3 de ar

mppcf = milhes de partculas por p cbico de ar.

ppcm3 x 35,3 = mppcf

2.5 - Avaliao da Toxicidade - Parmetros bsicos para avaliao da toxicidade:

A toxicidade das substncias pode ser expressa por meio de diversos parmetros.

Os mtodos mais fcil para exprimir a toxicidade aguda de urna substncia administrada por qualquer via, exceto a pulmonar, so:

a) Dose Efetiva 50 = DE50. Trata-se da quantidade da substncia que afeta a metade de um grupo de animais de uma certa espcie, em condies bem determinadas. A experincia tem demonstrado que a DE50 varia de espcie para espcie e, ainda, conforme as condies experimentais (habitat, sexo, idade, peso, estado de nutrio, regime alimentar, via de administrao, estado fsico do txico, o solvente utilizado e sua concentrao etc.). Embora o efeito mais comumente referido seja a mortalidade (neste caso, fala-se de DL50 - Dose Letal 50), uma determinao de toxicidade aguda no est necessariamente limitada determinao da dose letal. qualquer outra manifestao (por exemplo: vmito, convulso, queda de presso arterial) pode ser considerada e, neste caso, fala-se de dose efetiva 50 - DE50..

b) Concentrao Letal 50 = CL50. Quando se trata de uma substncia que penetra no organismo por inalao, o parmetro mensurvel a concentrao da substncia no ar, e define-se ento a CL50 e CE50 (Concentrao Efetiva 50), mencionando-se, naturalmente, o tempo de exposio.

c) Dose Txica Mnima - a dose conhecida mais baixa de uma substncia capaz de produzir qualquer efeito txico, carcinognico, mutagnico ou teratognico.

d) Concentrao Txica Mnima - a concentrao conhecida mais baixa de uma substncia capaz de produzir qualquer efeito txico.

e) Dose Letal Mnima - a mais baixa dose conhecida de uma substncia capaz de ter causado a morte no homem ou em animais.

f) Concentrao Letal Mnima - a mais baixa concentrao atmosfrica conhecida capaz de provocar a morte no homem ou em animais.

2.6 - Fatores que modificam a resposta do organismo aos txicos

A intensidade da resposta do organismo a um txico depende da concentrao do txico no sitio de ao; em certos casos, da velocidade com que aquela concentrao atingida e da durao de sua manuteno. Em geral, esta resposta determinada pelos seguintes fatores:

a) propriedades fsico-qumicas da substncia - solubilidade, tenso de vapor, constante de ionizao, reatividade qumica, estabilidade, dimenso das partculas, etc.

b) fatores experimentais - via de penetrao, dose, velocidade de administrao, solvente, etc.

c) fatores biolgicos - absoro, distribuio, metabolismo e reatividade dos receptores; espcie, idade, sexo, peso, constituio gentica, alterao prvia da sade, condies metablicas (repouso, trabalho), alimentao, hbitos, etc. Assim, o macaco resistente aos agentes meta-hemoglobinizantes, enquanto que o homem muito sensvel. Esta diferena entre as espcies pode ser causada por:

a) variabilidade na sensibilidade do local de ao; por isso a acetilcolinesterase de diferentes espcies pode manifestar uma sensibilidade diferente inibio pelos steres organofosforados. Parece, contudo, que esta diferena de sensibilidade do rgo, clula ou molcula alvos tem um papel secundrio;

b) mais importantes parecem ser as diferenas na absoro, na distribuio e no metabolismo dos txicos. realmente, a concentrao plasmtica necessria para produzir um efeito geralmente a mesma em diferentes espcies.

2.7 - Transporte atravs de membranas biolgicas.

A absoro, a distribuio e a excreo de substncias requerem a transferncia de molculas atravs de diversas membranas tais como o epitlio gastrointestinal, os tbulos renais, o parnquima heptico, a pele, a placenta e mesmo as estruturas intracelulares. Esta transferncia atravs de membranas biolgicas pode resultar de 4 mecanismos:

a) difuso: depende da existncia de um gradiente de concentrao

b) filtrao atravs dos poros de uma membrana: este mecanismo importante para o transporte de pequenas molculas hidrfilas como a uria;

c) pinocitose: resulta da invaginao da membrana celular que engloba gotculas de fluido extracelular;

d) transporte ativo: neste caso intervm as substncias transportadoras.

As substancias orgnicas lipossolveis no ionizadas passam facilmente atravs das membranas biolgicas, assim, as substncias orgnicas no ionizveis sero transportadas em funo de sua lipossolubilidade e as substncias ionizveis em funo do seu grau de ionizao e da lipossolubilidade da forma no ionizada. O grau de ionizao de uma eletrlito orgnico funo de sua constante de ionizao Ka e do pH do meio.

Exemplo: uma base fraca (anilina pka - 4,6) estar essencialmente sob a forma ionizada no estmago, mas existir sobretudo sob a forma no ionizada no plasma. A anilina vai difundir do plasma em direo ao interior do estmago at que a concentrao da forma no ionizada ser a mesma em ambos os lados da barreira gstrica. Nos intestinos (pH = 5,3), pelo contrrio, ela estar presente sobretudo sob a forma no ionizada e difundir para o plasma.

Para substncias com o mesmo pKa a lipossolubilidade determinar sua passagem preferencial atravs das membranas biolgicas. Uma vez na circulao sangnea a substncia deve ainda atravessar diferentes membranas para atingir seu sitio de ao. A parede capilar oferece, em geral, pouca resistncia passagem de substncias. Ela suficientemente porosa para permitir a passagem de substncias polares de larga dimenso.

As membranas celulares apresentam as caractersticas de uma membrana lipdica em virtude disto, as substncias lipossolveis penetraro mais rapidamente que as fracamente lipossolveis. Finalmente, mesmo no interior das clulas existem ainda barreiras para o trnsito de agentes qumicos constitudos pelas organelas celulares. Duas barreiras do organismo merecem especial ateno:

a) barreira crebro-espinhal; e

b) barreira placentria

2.8 - Ciclo toxicolgico: absoro, distribuio, fixao, biotransformao e eliminao dos txicos no organismo

a) Absoro - corresponde passagem do agente qumico atravs de uma membrana biolgica em contato com o meio ambiente. O(s) caminho(s) que os txicos seguem para penetrar no organismo dependem das suas caractersticas fsicas como, por exemplo, volatilidade, solubilidade, densidade, viscosidade, etc.

O organismo pode sofrer exposio ocupacional aos agentes qumicos principalmente por inalao, absoro cutnea e ingesto.

b) Inalao - o aparelho respiratrio a mais importante via atravs da qual as substncias txicas penetram no organismo. A maior parte das substncias txicas entra em contato com as pessoas, em seu local de trabalho, sob a forma de aerodispersides: poeiras, fumos, gases, vapores etc.

Qualquer destas formas sofre rpida disseminao por toda a rea de trabalho sendo conseqentemente inalada. Os especialistas estimam que 90% das intoxicaes ocupacionais decorrem da inalao. As substncias em contato com os pulmes podem afetar estes rgos ou passar para outros por meio do sangue ou da linfa. A intensidade do efeito das substncias txicas depende da natureza da substncia absorvida, bem como da quantidade, da velocidade da absoro, da suscetibilidade individual e de outros fatores. A superfcie pulmonar (90m2 de superfcie total, 70m2 de superfcie alveolar), junto com a superfcie da rede capilar (140m2) com seu continuo fluxo sangneo, apresentam uma extraordinria capacidade de lixiviar que possibilita uma alta velocidade de absoro de muitas substncias ao nvel pulmonar. Apesar deste mecanismo, h diversas substncias ocupacionalmente importantes que resistem solubilizao. Por combinarem-se com os componentes do tecido pulmonar. Tais substncias incluem o berlio, o trio, a slica e o tolueno - 2,4 diisocianato (T.D.I.). Nos casos de persistncia das substncias nos pulmes pode ocorrer irritao, inflamao, fibrose, transformao maligna e sensibilizao alrgica.

A quantidade de txico que atinge os pulmes (Q) diretamente proporcional sua concentrao atmosfrica (C) e durao da exposio (T):

Q = K . C x T (Lei de Haber)

Nota:

Poeiras

Partculas

Fumos

Nvoas ou Neblinas (< 10)

Aerodispersides

Fog (> 10)

Gases

Vapores

Aerosol

Fumaa

c) Absoro cutnea - a pele representa em mdia 16% do peso corporal e desempenha papel essencial na proteo do organismo contra os agentes ambientais. No homem adulto mdio, a superfcie cutnea avaliada em cerca de 2m2. Apesar de uma maior espessura em relao as outras membranas biolgicas e de possuir uma camada externa impermeabilizante (camada crnea), a pele permevel a grande nmero de substncias, entre elas os derivados aromticos nitrados e aminados, os solventes clorados, o chumbotetraetila, os steres organofosforados, os sais de tlio etc. Aps o contato de um agente qumico com a pele, quatro eventos podem ocorrer:

I) a pele e sua camada de lipdios e suor podem agir como uma barreiras efetiva que o txico no pode modificar, injuriar ou atravessar;

II) o txico pode reagir com a superfcie cutnea e causar irritao primria;

III) o txico pode penetrar na pele, conjugar-se com protenas tissulares e provocar sensibilizao cutnea (alergia); e

IV) o txico pode penetrar na pele atravs dos folculos pilosos, atingir a corrente sangnea e provocar uma intoxicao sistmica.

Diversos solventes orgnicos, particularmente os hidrocarbonetos clorados, so usados na remoo de graxas e tintas das mos e braos. Estes produtos so irritantes ao contato, sofrem imediata absoro cutnea, apresentam toxicidade moderada ou acentuada e so bio-acumulativas.

Esta prtica , sem dvida, perigosa.

Cada txico, uma vez absorvido pelo organismo, poder afetar um ou mais rgos:

Tetracloreto de carbonoFgado

ToluenoCrebro

MetanolRetina

Monxido de carbonoHemoglobina (sangue)

ChumboGlbulos vermelhos (sangue)

BenzenoGlbulos vermelhos, brancos e plaquetas (sangue)

d) Ingesto - a possibilidade de absoro de agentes qumicos ocupacionais pela via digestiva est relacionada principalmente com a ingesto acidental e com a falta de cuidados higinicos individuais, como: unhas sujas, alimentar-se e fumar em reas de utilizao de produtos qumicos, ou seja, situaes que permitam o contato dos agentes qumicos com a boca. Estima-se em 10 m2 a rea total de absoro do aparelho digestivo.

As intoxicaes ocupacionais por ingesto so menos comuns que por inalao ou por absoro cutnea. A via digestiva contribui passivamente para a absoro de txicos inalados e retidos no trato respiratrio. Este material removido por ao ciliar e se for ingerido poder sofrer absoro posterior no aparelho digestivo.

Excetuando-se os efeitos locais sobre o trato digestivo, a resposta do organismo ao txico depender, em grande parte, do grau de absoro da substncia. Esta absoro depender no somente das caractersticas fsico-qumicas do txico, mas tambm de outros fatores (solvente utilizado, contedo gastrointestinal, etc.). Quando absorvido por via digestiva, o txico atinge em primeiro lugar o fgado, por via sangnea. A absoro por via linftica, mesmo para as substncias muito solveis em lipdios, no tem um papel importante. O fgado constitui-se no principal rgo alvo e metabolizador dos txicos ingeridos.

Aps a absoro, os agentes qumicos caem na circulao sangnea, que propicia: sua distribuio pelo organismo, seu armazenamento ou fixao em tecidos definidos do organismo, dependendo da afinidade qumica do txico.

e) BIOTRANSFORMAES

No organismo, as substncias orgnicas exgenas sofrem transformaes metablicas que em geral as transformam em metablitos mais polares, mais facilmente excretados. Estas transformaes so sobretudo catalisadas por enzimas do retculo endoplasmtico do fgado (microssomas hepticos). Certas reaes so, contudo, catalisadas pelas enzimas no microssomiais.

Os compostos qumicos exgenos podem tambm ser metabolizados pela flora intestinal.

As principais reaes de transformao dos corpos qumicos estranhos so:

I - Oxidao por enzimas microssomiais:

- Hidroxilao de compostos alifticos, aromticos e alicclicos em lcoois e cidos.

- Epoxidao

- N-Hidroxilao das aminas aromticas em hidroxilaminas

- N-Oxidao das aminas secundrias e tercirias

- S-Oxidao

- Dealquilao

- Desanimao

- Dessulfurao

II - Oxidao pelas enzimas no microssomiais:

- Desanimao oxidativa pela amino-oxidase

- Oxidao de lcoois e aldedos

III - Reduo pelas enzimas microssomiais:

- Reduo dos compostos nitrados e azicos

IV - Reduo pelas enzimas no microssomiais:

- Reduo de aldedos e cetonas, reduo de dupla ligao, reduo de dissulfetos em tiis.

V - Hidrlise pelas enzimas microssomiais ou no microssomiais:

- Hidrlise de steres, amidas, carbamatos e nitrilas.

VI - Conjugao de txicos ou de seus metablitos:

- Glicuronoconjugao

- Sulfoconjugao

- Metilao

- Acetilao

- Conjugao com glicina

- Conjugao com glutation

- Conjugao com glutamina

- Conjugao com enxofre

VII - Reaes Diversas

- Desalogenao

- Abertura de cadeia cclica

- Ciclizao

VIII - Combinao de diferentes reaes

Objetivos das Transformaes Metablicas

I - favorecer a excreo de agentes qumicos = a maior parte das transformaes metablicas tende a tornar o agente qumico mais polar e favorecer pois sua excreo renal.

As transformaes metablicas podem originar substncias mais txicas.

Exemplos:

- O metanol oxidado pela alcool-desidrogenase (do fgado e da retina) em formaldedo que parece ser o agente responsvel pela cegueira produzida por esta substncia.

- A 2-naftilamina oxidada em 2-naftil-hidroxilamina que parece ser o agente causal do cncer de bexiga produzido por esse txico.

- O chumbotetraetila transformado em chumbo-trietila, responsvel pela leso do SNC.

- A atividade cancergena (para o fgado e rim) da dimetilnitrosamina resulta de sua transformao nesses dois rgos em monometil-nitrosamina, metildiaznio e diazometano.

- O parathion transformado no organismo em paraoxon, o inibidor ativo da acetilcolinesterase.

- O triortocresil fosfato metabolizado em fenil-saligenina fosfato, responsvel pela leso nervosa (paralisia perifrica) provocada pela absoro deste composto.

II - Reduo da toxicidade = a situao mais freqente.

Exemplos:

- Transformao de cianetos em tiocianatos

- Conjugao do fenol em fenilglicuronato

- Hidrlise do paraoxon em paranitrofenol e dietilfosfato.

- Glicuronao do anilina em glicuronato de p-aminofenila

- Epoxidao do aldrin em dieldrin

f) ELIMINAO OU EXCREO

A ltima etapa de passagem dos agentes qumicos no organismo constituda pela sua eliminao e/ou pela eliminao de seus derivados formados pela biotransformao.

A eliminao realiza-se pelas seguintes vias:

- pulmes = para os gases e vapores a principal via de absoro e de eliminao;

- rins = importante via de eliminao de substncias hidrossolveis;

- sistema biliar = semelhante ao anterior;

- glndulas sudorparas = importantes para a eliminao de diversas substncias como, por exemplo, o mercrio;

- pele, pelos e unhas = importantes vias secundrias para eliminao do arsnico;

- glndulas salivares = podem eliminar chumbo e mercrio

- glndulas mamrias = o leite pode veicular chumbo, DDT, antibiticos e diversos outros txicos.

Monitorizao Biolgica

A monitorizao ambiental, isoladamente, ao estimar a intensidade da exposio, no inteiramente satisfatria para evitar o risco decorrente da exposio ocupacional a xenobiticos.

Existem inmeras variveis que prejudicam a associao direta entre a exposio e os efeitos nocivos: a intensidade e a durao da exposio aos contaminantes da atmosfera, ingesto de alimentos e gua so diferentes entre os indivduos; alm disto, as caractersticas individuais tais como sexo, idade, estado nutricional, entre outros, resultam na diversidade de resposta das diferentes pessoas frente exposio mesma concentrao de um xenobitico.

As principais finalidades da monitorizao ambiental so:

- verificar se as concentraes dos agentes qumicos determinados em amostras ambientais esto de acordo com os padres de segurana estabelecidos legalmente ou recomendados e aceitos por um grupo de especialistas de forma consensual;

- estabelecer a relao, quando possvel, entre a concentrao de agentes qumicos no ambiente e o estado de sade dos indivduos expostos;

- verificar a eficincia das medidas de controle dos agentes qumicos contaminantes do meio.

Para vrios agentes qumicos, o controle ambiental o nico meio de se evitar o aparecimento de agravos sade. Neste caso, destacam-se os que apresentam, exclusiva ou predominantemente, ao nociva local, como os xidos de nitrognio, os xidos de enxofre, e as neblinas de cidos, entre outros. Isto posto, dizemos que a monitorizao biolgica constitui-se num procedimento complementar da monitorizao ambiental.

Foi definida pelo comit misto CCE/NIOSH/OSHA que o monitoramento biolgico a medida e avaliao de agentes qumicos ou de seus produtos de biotransformao em tecidos, secrees, excrees, ar exalado ou alguma combinao desses, para estimar a exposio ou risco sade quando comparados com uma referncia apropriada.

O objetivo principal da monitorizao biolgica , essencialmente, o mesmo da monitorizao ambiental, ou seja, de prevenir a exposio excessiva aos agentes qumicos que podem provocar efeitos nocivos, agudos ou crnicos, nos indivduos expostos.

Indicadores biolgicos de exposio

Para se avaliar a exposio humana a agentes qumicos por meio da monitorizao biolgica deve-se dispor de indicadores biolgicos de exposies.

O indicador biolgico de exposio (IBE) compreende todo e qualquer xenobitico ou seu produto de biotransformao, assim como qualquer alterao bioqumica precoce cuja determinao nos fluidos biolgicos, tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade da exposio ocupacional.

O desenvolvimento dos indicadores biolgicos tem fornecido possibilidades de exames mais especficos refletindo, por exemplo, a dose de uma substncia no rgo-alvo, bem como as diferenas individuais relacionadas toxicocintica.

Para se avaliar o risco txico de um agente qumico atravs de um indicador biolgico devem ser feitas as seguintes consideraes:

- dispor de informaes acerca das concentraes consideradas normais ou de base na populao em geral ou para algum grupo em particular que est sendo estudado;

- decidir para qual nvel, de um dado efeito, este considerado como indesejvel;

- promover a educao dos trabalhadores, autoridades governamentais e empresariais.

Os indicadores biolgicos de exposio classificam-se em indicadores de dose interna e de efeito.

1) Indicadores de dose interna (absoro)

Este tipo de indicador pode refletir a dose real da substncia no stio onde ela exerce a sua ao ou estimar, de forma indireta, o grau de exposio, desde que o teor da substncia no material biolgico esteja correlacionado com a concentrao ambiental.

Exemplo: o fenol urinrio, usado na monitorizao biolgica da exposio ao benzeno, visto sua correlao com a exposio ambiental.

A significao de um indicador biolgico varia com a meia-vida do agente qumico ou de seus produtos de biotransformao no organismo:

- agentes qumicos com meia-vida curta (10-15h): a monitorizao biolgica significa exposio recente, como a carboxihemoglobina em indivduos no fumantes, ou para produtos de biotransformao eliminados rapidamente, como o cido hiprico, na exposio ao tolueno;

- agentes qumicos com meia-vida moderadamente longa (1-2 meses): a monitorizao biolgica vai indicar a exposio dos ltimos meses, com a determinao do chumbo ou mercrio na urina aps a administrao de substncias quelantes;

- agentes qumicos com meia-vida longa (meses-anos): a monitorizao biolgica indica exposio longa a baixos teores, como inseticidas organoclorados no tecido gorduroso e cdmio nos rins.

2) Indicadores de efeito

So aqueles que revelam alteraes no organismo resultantes da ao do agente qumico em qualquer tecido, rgo ou sistema. Essas alteraes devem ser identificadas precocemente para serem reversveis. Tais indicadores permitem avaliar diretamente o risco sade e prevenir a manifestao de efeitos nocivos.

O indicador ideal o que fornece boa relao, exposio/absoro/efeito nocivo. Infelizmente, at o momento, so poucos os que atendem a tal quesito, como: a carboxihemoglobina (COHb) na exposio ao monxido de carbono; a metahemoglobina no sangue para indicar exposio a substncias metahemoglobinizantes (anilina e nitrobenzeno); o cido delta-aminolevulnico na urina para indicar exposio ao chumbo, a acetilcolinesterase eritrocitria para indicar exposio aos inseticidas organofosforados.

Resumindo, a grande vantagem da monitorizao biolgica est no fato de que o parmetro biolgico da exposio est mais diretamente relacionado com os efeitos nocivos sade, seja coletiva ou individual, que com a monitorizao ambiental.

Limitaes da monitorizao biolgica

A monitorizao biolgica somente possvel quando se dispe de informaes relativas toxicocintica e/ou toxicodinmica dos agentes qumicos a que os indivduos esto expostos. De fato, para poucos xenobiticos pode ser proposta a monitorizao biolgica devido escassez dessas informaes.

A ACGIH formou, em 1982, um grupo de estudos composto por profissionais de diferentes reas para elaborar proposio de limites biolgicos, visando utiliz-los, juntamente com os limites ambientais (Threshold Limit Values - TLV), para melhor proteger a sade dos trabalhadores. Tais limites, denominados de ndices Biolgicos de Exposio (BiologicaI Exposure Indexes) so definidos como "nveis' de advertncia da resposta biolgica ao agente qumico ou nveis de advertncia da substncia qumica ou de seus produtos de biotransformao em tecidos, fluidos ou ar exalado de trabalhadores expostos, independentemente da via de introduo".

Para o estabelecimento dos limites biolgicos deve-se dispor de estudos realizados em nmero elevado de pessoas expostas por perodos relativamente longos, verificadas as diferenas individuais na resposta.

3. CONTROLE AMBIENTAL DA EXPOSIO PROFISSIONAL

As medidas de controle ambiental da exposio, quando implantadas, devero ser realmente necessrias e suficientes pana eliminar a exposio profissional ou ao menos reduzi-la a um nvel aceitvel.

Citam-se inicialmente algumas principais medidas que, tecnicamente estudadas e recomendadas, so de execuo essencialmente administrativa, tais como:

- interdio ou paralisao de atividades ou operaes, total, parcial ou setorial;

- proibio de uso de certos produtos;

- eliminao do agente;

- substituio do agente;

- segregao fsica do agente ou atividade.

- proibio de emprego de certas tcnica de trabalho;

- modificao do mtodo, processo ou tcnicas de trabalho;

- limitao do tempo de exposio;

- limitao do nmero de expostos;

- realizao da tarefa em horrios com menos expostos;

- treinamento dos trabalhadores;

- melhoria das condies de ventilao;

- instituio de comisses tcnicas para controle de: materiais perigosos, emergncias, segurana, e outras;

- utilizao de equipamentos de proteo individual.

MEDIDAS DE CONTROLE

Visam eliminar ou reduzir ou controlar os riscos ambientais, observados nas etapas vistas, em razo de:

- superao do LTA (da NR-15 ou ACGIH ou outros advindos de negociao coletiva de trabalho - desde que mais rigorosos)

- alterao mdica caracterizada como nexo causal.

ELIMINAR OU REDUZIR A UTILIZAO OU A FORMAO

DE AGENTES AGRESSIVOS

PREVENIR A LIBERAO OU DISSEMINAO

DO AGENTE PELO MEIO AMBIENTE

REDUZIR NVEIS DE CONCENTRAO

DE AGENTES AGRESSIVOS

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS OU

DE ORGANIZAO DO TRABALHO

UTILIZAO CRITERIOSA* DE EPI

*Critrio:- EPI adequado tecnicamente ao risco

- Programa de treinamento

- Estabelecer normas ou procedimentos de uso, guarda, higienizao, conservao, manuteno e reposio

- Caracterizar as funes indicadas para o uso

NVEL DE AO

Valor acima do qual devem ser iniciadas aes preventivas de monitorizao de modo a minimizar a probabilidade de que as exposies a agentes ultrapassem os limites de exposio, para:

Agentes qumicos - metade do valor do LTA

Rudo - dose de 0,5 (dupla interpretao: ( 83 dB(A) ou Cn/Tn = 0,5)

RESUMO GERAL

Xenobitico

Absoro

Armazenamento

Circulao Sangnea

Biotransformao

Eliminao

Sero abordados os efeitos nocivos sade de diversas substncias e em especial daquelas reconhecidas pela Previdncia Social como agentes causadores de Doenas Profissionais ou do Trabalho de acordo com os anexos II e IV do Decreto 2.172 de 05/03/97.

1. Arsnico e seus Compostos Arsenicais

2. Asbesto ou Amianto

3. Benzeno ou seus Homlogos Txicos

4. Berlio e seus Compostos Txicos

5. Bromo

6. Cdmio ou seus Compostos

7. Carbonetos Metlicos de Tungstnio Sintetizados

8. Chumbo ou seus Compostos Txicos

9. Cloro

10. Cromo ou seus Compostos Txicos

11. Flor ou seus Compostos Txicos

12. Fsforo ou seus Compostos Txicos

13. Hidrocarbonetos Alifticos ou Aromticos (seus derivados halogenados txicos)

- cloreto de metila

- tricloroetileno

- cloreto de metileno

- tetracloroetileno

- clorofrmio

- cloreto de vinila

- tetracloreto de carbono

- brometo de metila

- cloreto de etila

- brometo de etila

- dicloroetano

- dibromoetano

- tricloroetano

- clorobenzeno

- tetracloroetano

- diclorobenzeno

14. Iodo

15. Mangans e seus Compostos Txicos

16. Mercrio e seus Compostos Txicos

17. Substncias Asfixiantes:

- Monxido de Carbono

- Cianeto de Hidrognio ou seus Derivados Txicos

- Sulfeto de Hidrognio (cido Sulfdrico)

18. Slica Livre (xido de Silcio)

19. Sulfeto de Carbono ou Dissulfeto de Carbono

20. Alcatro, Breu, Betume, Hulha Mineral, Parafina e Produtos ou Resduos dessas substncias causadoras de Epiteliomas Primitivos da Pele

21. Algodo, Linho, Cnhamo, Sisal

Os agentes qumicos podem apresentar-se nos trs estados da matria: slido, lquido e gasoso e ainda sob as formas aerodispersides.

Gs: Molculas livres de qualquer substncia que ocupam todo o recipiente que as contm em estado fsico regulado pelas leis gasosas nas Condies Normais de Temperatura e Presso CNTP.

Vapor: Fase gasosa de uma substncia normalmente lquida nas CNTP.

Aerodispersides: Sistemas dispostos em meio gasoso, cuja fase dispersa consiste de partculas slidas ou lquidas.

Poeiras: Partculas slidas geradas normalmente pelo manuseio, moagem, raspagem, esmerilhamento, impacto rpido, detonao de materiais orgnicos e inorgnicos (granito, carvo, madeira, gros minrios, etc.) em dimenses que variam entre 0,5 e 10 milimicra. Tendem a flocular e precipitar a no ser quando sob a ao de foras eletrostticas.

Nvoas: Formadas por partculas lquidas (nvoas de H2SO4 de Pintura, etc.)

Fumos: Formados por condensao, sublimao ou reao qumica e constitudos por partculas slidas geralmente com dimetro inferior a 1 mcron (fumos metlicos, fumos de Cl2NH4, etc.).

Fumaas: resultantes da combusto incompleta de materiais orgnicos, geralmente constitudas por partculas inferiores a 1 mcron.

Neblinas: Aerossis slidos e lquidos formados pela queima de combustveis.

Caractersticas fsicas dos gases e vapores determinantes nos efeitos biolgicos

- concentrao no ar

- solubilidade no sangue e tecidos

- toxicidade

- local e modo de entrada no organismo

Riscos adicionais dos gases e vapores com repercusso sobre a sade:

- Inflamabilidade: Acetileno, etileno, butano, ciclopropano, etc.

- Reao com metais: Acetileno e Amnia ( Cobre

Cloro (em presena d'gua) ( Cobre

GASES MAIS FREQENTES NOS AMBIENTES INDUSTRIAIS

INFLAMVEISNO INFLAMVEIS

ACETILENO

AMNIA

BUTANO

CIANETO DE HIDROGNIO

CICLOPROPANO

CLOROETANO

CLOROMETANO

ETANO

ETILENO

HIDROGNIO

METANO

METILAMINA

MONXIDO DE CARBONO PROPANO

PROPILENOCLORETO DE HIDROGNIO CLORO

CLORODIFLUORMETANO DIXIDO DE CARBONO

DIXIDO DE ENXOFRE

DIXIDO DE NITROGNIO

DICLORODIFLOURMETANO

FOSGNIO

FREON

HLIO

NON

NITROGNIO

XIDO NITROSO

OXIGNIO

CLASSIFICAO DOS GASES E VAPORES

CLASSIFICAOPRINCIPAIS REPRESENTANTES

ASFIXIANTES SIMPLESACETILENO

DIXIDO DE CARBONO

METANO E HOMLOGOS E

NITROGNIO

ASFIXIANTES QUMICOSCIDO HIDROCINICO E

MONXIDO DE CARBONO

IRRITANTES DO

TRATO RESPIRATRIO SUPERIORCIDO ACTICO

AMNIA

DIXIDO DE ENXOFRE E

FORMALDEIDO

IRRITANTES PULMONARESCLORO

FOSGNIO E

XIDO DE NITROGNIO

VAPORES DE

SOLVENTES ORGNICOSACETONA

LCOOIS

BENZENO

DISSULFETO DE CARBONO

TETRA CLORETO DE CARBONO E

TRICLOROETILENO

XILENO

OUTROS GASES ORGNICOS E INORGNICOSARSINA

PESTICIDAS E

SULFETO DE HIDROGNIO

cianeto de hIDROGNIO (hcn)

Gs ou lquido incolor, inflamvel e explosivo, com odor de amndoas amargas, altamente venenoso. (-CN)

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Operaes de fumigao de inseticidas, sntese de produtos qumicos orgnicos; eletro-galvanoplastia; extrao de ouro e prata; produo de ao e de plsticos (especialmente o acrilonitrilo-estireno); siderurgia (fomos de coque);trabalhadores em minas de ouro e prata, altos fornos, coquerias, siderrgicas. Fabricao de polidores, sais de amnia, ciangenos, manipuladores de gs, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante suave de vias areas superiores e olhos.asfixiante. Inativa sistemas de transferncia de eltrons ao oxignio molecular (citocromooxidase) letal em poucos minutos nas intoxicaes. Agudas. Intoxicao. Leves causam debilidade, cefalia, perda do conhecimento e morte se no forem interrompidas.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Monitoramento ambiental permanente (dosador passivo).

Cortina de ar em fluxo laminar na borda da cuba de galvanoplastia.ateno ao func. Sist. Cardiovascular, SNC, heptico e renal. Antecedentes de lipotmia e enjos. Anlise das concentraes de CN no sangue e tiocianato na urina (inespecfico em fumantes).

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 8 ppm ou 9 mg/m3

Tricloroetileno (Cl CH: CCl2)

Lquido incolor, no inflamvel, no corrosivo de odor doce

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Usos como diluente e intermedirio qumico na produo de agrotxicos, cras, gomas, vernizes, tintas e do cido cloroactico.

Desengraxante, agente de limpeza a seco e de extrao, snteses qumicasTrabalhadores em fabricao de diluentes, sabes, anestsicos, medicamentos, perfumes, sapatos, limpeza de equipamento eletrnico, metais, vidros, tinturarias, resinas, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Irritante dos olhos , nariz e garganta.

Contato prolongado com a pele leva a dermatite.

Irritao na pele, bolhas, lacrimejamento, sensao de queimao e danos nas crneasDepresso do SNC (cefalia, enjo, vmitos, arritmias, sonolncia e sintomas de embriaguez - efeitos narcticos. O lcool piora os sintomas de sobreexposio com enrubecimento facial. Pode induzir tumores hepticos em ratos.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada e uso de mscara de filtro de carvo ativadoAteno para pele, aparelho cardiovascular e respiratrio, SNC e perifrico e ingesto alcolica.

Dosagem de triclorocompostos totais

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 78 ppm e 420 mg/m3

TETRACLORETO DE CARBONO OU TETRACLOROMETANO (CCl4)

Lquido incolor, no inflamvel, odor caracterstico.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Usos como diluente de leos, graxas, vernizes, cras, lacas e resinas e base para a sntese dos fluorocarbonos, limpeza a seco. E fabrico de extintores de incndioTrabalhadores em:

fabricao de cras, inseticidas, lacas, tintas, fumigadores de gros, limpadores de metais, conservao de pelculas, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Remove a camada lipdica da pele e a expe a dermatites.

Irritao dos olhos, da pele e das vias respiratrias.Depresso do SNC e sintomas gastrointestinais. Leses hepticas e renais aps exposio aguda.

Dor de cabea, nuseas, clicas, vmitos, queimaduras, diarria, sonolncia, confuso mental, hemorragias, danos no fgado e nos rins.

Efeitos txicos potencializados pelo lcool.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada e uso de mscara de filtro de carvo ativadoAteno para ingesto alcolica. Provas hepticas e renais. possvel fazer a dosagem de TCC no sangue e ar expirado para avaliar exposio.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 8 ppm e 50 mg/m3

SULFETO DE CARBONO OU DISSULFETO DE CARBONO(CS2)

Substncia lquida cujos vapores so altamente inflamveis com odor fortemente adocicado e altamente reativos.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Fabricao de sais de amnia, rayon (seda artificial), tetracloreto de carbono, desinfetantes, inseticidas, corantes, vidros, tintas, solventes de vernizes e cras, explosivos, galvanizao e desengraxante.Metalrgicos em galvanizaes, trabalhadores da indstria qumica de base, em pintura industrial e indstria txtil, processamento de vernizes, cras e lacas.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante dos olhos, pele e mucosas podendo provocar queimaduras profundas. Absoro cutnea pode provocar degenerao de nervos perifricos principalmente das mos.manifestaes neuro-psiquitricas: irritabilidade, ira incontida, tendncias suicidas e PMD. Nas exposies crnicas comum insnia, pesadelos, perda de memria e impotncia sexual, alm de leses do SNC (piramidais e extrapiramidais), e de pares cranianos (Sulfocarbonismo). Provoca ainda arteriosclerose cerebral, renal e miocrdica. Mortalidade por insuficincia coronariana 5 vezes maior nos trabalhadores expostos.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Enclausuramento de processo, manuteno preventiva permanente contra vazamentos.Ateno para antecedentes neuro-psiquitricos, de vasculopatias e principalmente insuficincia coronariana. Dosagem de cido 2 tio-tiazolidnico

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 16 ppm ou 47 mg/m3

Amnia (nh3) OU HIDRXIDO DE AMNIA (NH4OH)

Gs incolor, fortemente alcalino, altamente solvel e de odor pungente e odor caracterstico.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

fonte de nitrognio para sintetizao de produtos nitrosos; produo de fertilizantes a base de sulfato e nitrato de amnio; produo de cido ntrico, uria sinttica, fibras sintticas, corantes e plsticos; refrigerante, e na indstria petroqumica.trabalhadores em cortumes, chapeamento eletroltico, produo de fertilizantes, laboratrios qumicos, usinas de tratamento d'gua, refrigerao, fabricao de polpa de papel, galvanoplastias, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante de mucosas, olhos e pele. Sintomas oculares vo desde lacrimejamento com blefaroespasmo e edema palpebral at aumento da presso intra-ocular (sintomas de glaucoma de ngulo agudo), ulceraes da crnea e cegueira.cefalia, salivao anosmia, sudorese, nuseas, vmitos e dor retroesternal. Exposies prolongadas podem levar a edema de glote, broncoespasmo e EAP (por leso alvolo-capilar).

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Manuteno preventiva permanente contra vazamentosateno especial para portadores de doenas da crnea, glaucoma e doenas pulmonares. Exames peridicos com nfase na pele, olhos e vias respiratrias.

Insalubre em grau mdia (anexo 11) - LTA = 20 ppm ou 14 mg/m3

Dixido de ENXOFRE (so2)

Gs incolor a temperatura ambiente, odor forte e sufocante, solvel em gua e em solventes orgnicos.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

fabricao de sulfito de na, cido sulfrico, cloreto de enxofre, desinfetantes, vidro, vinhos, protenas industriais e comestveis, branqueamento do acar, curtio de couros fermentao e conservao de alimentos, etc. Subproduto da fundio de minrios (ligas), combusto do carvo e leo combustvel e na refinao do petrleo.operadores e reparadores de mquinas diesel, branqueamento de acar, cervejarias, cortumes, colorao da madeira, refinarias de petrleo, refrigerao, tratamento d'gua para caldeiras.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante de mucosas e olhos (rinites, ressecamento da garganta, tosse, conjuntivite, queimadura e opacidade da crnea).Exposio aguda pode levar morte por asfixia. Sobreviventes podem desenvolver broncopneumonia qumica com bronquiolite obliterante.

Exposio moderada pode levar a broncoconstrio e aumento da resistncia pulmonar.

Exposio crnica: rinofaringite, fadiga e distrbios olfativos. H evidncias de aumento da atividade eritropoitica e de hipersuscetibilidade congnita. Diminuio do limiar olfativo para a substncia. Carcingeno em ratos.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada e uso de mscara de filtro de carvo ativadoateno especial para pele, olhos e trato respiratrio. Fumo e exposio e outros irritantes pulmonares.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 4 ppm ou 10 mg/m3

Cloro (cl2)

Gs esverdeado de odor picante, ligeiramente solvel ngua e em lcalis.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

agente branqueador da indstria da madeira e txtil. Produo de cal clorada, produo de compostos orgnicos e inorgnicos como cloretos metlicos. Agrotxicos, borracha sinttica, plsticos, refrigerantes, desinfetante de gua e esgoto, remoo de estanho e zinco do ferro.trabalhadores em: fabricao de plsticos, branqueadores de papel, corantes, agrotxicos, rayon, lavanderias e indstria do ferro.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante dos olhos e mucosas. Corroso dos dentes.asfixiante em grandes concentraes. Causa paralisia da musculatura da laringe e aumento do volume das mucosas. Dificuldade respiratria pode evoluir para EAP e pneumonia.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada e uso de mscara de filtro de carvo ativadoateno para pele, olhos, dentes e mucosas.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 0.8 ppm e 2.3 mg/m3

xidos de nitrognio (nxox)

xido nitroso; xido ntrico; di, tri, tetra e penta xido de nitrognio.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

fabricao de cidos ntrico e sulfrico, explosivos, fertilizantes, tintas e corantes, produtos farmacuticos, nitritos e nitratos. Manufatura de jias, gravaes metlicas, limpeza de metais, soprador de vidro, solda a gs com arco eltrico. Escapamento de veculos, silos e galerias.trabalhadores na fabricao de fertilizantes, cidos, joalheiros, mineiros, fotogravadores, jias, corantes, garagens, sntese orgnica, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante dos olhos e mucosas.irritao pulmonar e metahemoglobinemia exposio crnica leva a insuficincia pulmonar com diminuio da complacncia (dispnia de esforo).

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada e uso de mscara de filtro de carvo ativadoolhos, pele e antecedentes cardio-plumonares.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = LTA no = 20 ppm e 23 mg/m3). (n20: asfixiante simples)

Sulfeto de hidrognio (h2s)

Gs incolor, inflamvel, solvel em gua e com odor de ovos podres.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Estaes de tratamento de guas residuais: minerao; metalurgia; trabalhos em silos; processamento de acar da beterraba; curtumes e matadouros; produo de viscose e celofane; indstria qumica (produo de cido sulfrico, sais de brio); construo de tneis; perfurao de poos petrolferos e gs; carbonizao do carvo e baixa temperatura; litografia e fotogravura.trabalhadores em: fabricao de carbonato de brio, corantes celofane, depilantes, fibras sintticas, purificao h2so4 , mineiros, caixes hidrulicos, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

edema palpebral, conjuntivite e outras leses oculares.exp.. Agudas EAP hemorrgico e coma com ou sem convulses. Inibio da citocromooxidase; sinais post mortem: cianose esverdeada no trax e face. Exposies sub-agudas provocam cefalia, nuseas, excitao, tremores e polineurite.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada e uso de mscara de filtro de carvo ativado e viseiraafeces neurolgicas, oculares e respiratrias prvios.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 8 ppm ou 12 mg/m3

Arsina (AsH3)

Gs incolor, com leve odor de alho.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

no usada em processos industriais mas pode ser gerada por reaes secundrias ou inesperadas em limpeza de metais ou quando compostos orgnicos da as entram em contato com hidrognio. Impureza do acetileno. Maioria das exposies ocorre na indstria qumica.bronzeadores, estanhadores, galvanizadores, joalheiros, soldadores, trabalhadores em anilina e mergulhadores. Fabricao de fertilizantes, corantes papel, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante dos olhos em altas concentraes.intoxicao aguda: hemlise intravascular massiva, vmitos, diarria e EAP. 1o sinal a hemoglobinria seguida de ictercia e posteriormente insuficincia renal.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada.ateno para antecedentes de doenas hepticas, renais e anemias. Treinamento dos trabalhadores. Dosagem de arsenitos urinrio.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 78 ppm e 420 mg/m3

Arsnio e seus compostos

Arsnio encontra-se em forma limitada na natureza. Principal composto: trixido de arsnio (as2o3).

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

o as2o3 e usado principalmente na indstria farmacutica. Os arseniatos e arsenitos como inseticidas, herbicidas, larvicidas e praguicidas. Outros compostos so usados na produo de pigmentos, vidro , no endurecimento de munies e para aumentar a resistncia a corroso.trabalhadores em fundies, munies, semicondutores, cermica corantes, pigmentos, impressores, fogos de artifcio, inseticidas, medicamentos, inseticidas, herbicidas, raticidas, refinao de ouro e prata, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

compostos trivalentes so mais corrosivos para pele quanto maior a umidade. Podem provocar sensibilizao e dermatite de contato.geralmente por ingesto. Por inalao rara na indstria. A intoxicao crnica por ingesto leva a perda de peso, nuseas, diarria, queda de cabelo e neurite perifrica. Leses cutneas melanticas e estrias brancas nas unhas (polineurite) .

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com ventilao e exausto forada.ateno a leses alrgicas e cnicas da pele, doenas oculares, psorase, arsnico urinrio admissional e peridico, peso e dosagem de hemoglobina periodicamente.

Insalubridade mxima, mdia e mnima, qualitativa em funo da atividade

Berlio e seus compostos

Metal cinza claro, altamente solvel em gua quente, cidos e lcalis diludos.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

ampla utilizao no campo da indstria nuclear como moderador das reaes de fisso. Fonte de neutrons quando misturado ao urnio. Indstria aeroespacial, em ligas endurecedoras de metais (Ni, Zn, Mg, Fe, Ag, Au e ao), nas janelas de aparelhos de raio X, cermicas refratrias, etc.trabalhadores com ligas de Be, em reatores nucleares, indstria aeroespacial, fabricao de equipamentos eletro-eletrnicos, ceramistas e de material refratrio.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante e sensibilizante da pele, mucosas, olhos podendo produzir leses cutneas granulomatosas de difcil cicatrizao.beriliose aguda: produzida por sais solveis (cloreto, sulfato e fluoreto). Nasofaringite, traqueobronquite, bronquiolite ou EAP, 1-2 dias aps a exposio. Beriliose crnica: produzida por compostos pouco solveis (Be metlico e xido de Be). Processo imunopatolgico em indivduos sensveis que pode instalar-se anos aps a exposio. Leses granulomatosas pulmonares (tambm no fgado e bao) que podem progredir rapidamente para insuficincia cardio-respiratria. Cancergeno em animais e provvel/ p/ homem.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

provas de funo respiratria e Raio X trax freqentes. Be urinrio no reflete adequadamente a exposio.

Insalubre em grau mximo (anexo 13)

Bromo

substncia lquida de colorao caf-avermelhado, voltil, de odor sufocante, solvel em gua e lcool, no combustvel, incompatvel com combustveis orgnicos, alumnio, amnia, hidrognio, acetileno e fsforo.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Produo de antidetonantes

Extrao de ouro

Brometizao de hidrocarbonetos

Branqueamento de fibras de seda e sintticas

Agente oxidanteRefinarias de petrleo

Snteses qumicas orgnicas

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Irritantes da pele, mucosas de vias areas superiores e conjuntivaTonteiras, cefalia, epistaxe

Edema e espasmo de glote

Crises asmatiformes com tosse e secreo mucosa abundante

EAP (muito aps a exposio)

Dor abdominal e diarria

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistemas de ventilao/ exausto eficiente

Uso de respiradores com filtro qumico ou ar mandado

Utilizao de EPIs visando proteo da pele e olhos Exame dermatolgico

Monitoramento radiolgico torcico

Eventual monitoramento de funes heptica e renal (dependendo do grau de exposio).

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 0,08 ppm ou 0,6 mg/m3

Cdmio e seus compostos

Metal branco azulado, insolvel em gua e solvel em cidos, obtido como subproduto de outros metais, particularmente o zinco. Efeitos de bio-acumulao sobre o meio ambiente.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

dada a alta resistncia corroso amplamente usado em revestimento de proteo ao ferro, ao e cobre. Galvanoplastia de outros metais, ligas com Cu. Ni, Au, Ag, Bi e Al. Eletrodos de baterias alcalinas, estabilizador de plsticos de polivinil, fabricao de lmpadas fluorescentes, semicondutores e clulas fotoeltricas. Compostos so utilizados como fungicidas, nematicidas, catalisadores de polimerizao, etc.fabricao de ligas, amlgamas dentrios, baterias, tintas, impresses txteis, metalizaes refinadores de zinco e soldadores a arco.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritante do trato respiratrio.

intoxicao aguda: aps grandes inalaes ou ingestes produzindo sintomas gastrointestinais e broncoespasmo.

Intoxicao crnica: repercusso predominante. Sobre o rim com leses do tbulo proximal, proteinria tubular (baixos peso molecular). Proteinria pode ser acompanhada de glicosria e aminoacidria, perda da capacidade de concentrao renal, aumento da excreo de fsforo e clcio (clculos) e aumento de creatininemia. Exposies crnicas levam a enfisema, DPOC, fibrose intersticial difusa e mais raramente osteoporose e fraturas expontneas.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

antecedentes de nefro e pneumopatias. Proteinria de baixo peso molecular. Anlises quantitativas mais especficas.

Insalubre em grau mximo (anexo 13)

Cromo

Metal duro, branco acinzentado. Apresenta-se em trs valncias: (+2), instveis e reduzindo-se rapidamente a (+3),estvel. Os sais (+6) oxidam-se rapidamente forma trivalente. Mais comum Fe3Cr3O3

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

usado principalmente nas indstrias metalrgicas e qumicas na produo de pigmentos, galvanoplastia, couros e como ligas de cr e ao inoxidvel. Pequenas quantidades em certos tipos de cimento.anodizadores, chapeadores, fotogravadores, litografia, soldadores, decapagem, indstria txtil, vidro, fotografia e ao inoxidvel.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

alrgenos e sensibilizante pulmonar.intoxicaes agudas por inalao ou ingesto do Cr (+6) causam hemorragia digestiva, necrose heptica e renal. A deposio crmica de Cr nas mucosas produz ulceraes e perfuraes do septo nasal de difcil cicatrizao (tambm na garganta e vias respiratrias. Efeito mais adverso alergia cutnea e dermatite de contato. Reao asmatiforme nos expostos a aerossis de Cr. Compostos hexavalente so carcingenos (predominante. Brnquico).

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

exposies prvias, leses cutneo-mucosas , alergias e avaliao respiratria.

Insalubre em grau mximo e mdio (anexo 13)

Flor e seus compostos

Principais caractersticas: gs amarelo, muito reativo, na forma elementar . Seus compostos so obtidos pelo reao do H2SO4 com o CaF2 (fluorspar), originando inicialmente o cido fluordrico.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Converso de tetra em hexafluoreto de urnio e oxidante de combustveis de foguetes.

Indstria de plsticos e na produo de compostos de orgnicos e inorgnicos de flor

Alquilao de parafina

Processos de decapagem

Produo de alumnio, fundio de Ni, Au e Ag

Fluoretao dgua

Inibio da fermentaoRefinarias

Indstria qumica e metalrgica

Siderrgicas

Produo de alimentos e cervejas

Fundies

Gravaes e polimentos em vidros e cermicas

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Irritantes da pele, mucosas de vias areas superiores e conjuntiva. (queimaduras qumicas com destruio tissular profunda)Epistaxe, espasmo brnquico e EAP

Osteoporose (bacia e coluna dorsal) e ossificao de ligamentos

Manchas dentrias em crianas

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Enclausuramento processo

Sistemas de ventilao/ exausto eficiente

Utilizao de EPIs visando proteo da pele, olhos e vias areas superioresMonitoramento do f urinrio aps a jornada de trabalho e carga corprea de f

Monitoramento radiolgico de leses sseas.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 2,5 ppm ou 1,5 mg/m3

Carbonetos de tungstnio sinterizado

- sinterizao = processo de aglutinao de duas ou mais partculas, pelo efeito do aquecimento e temperatura inferior ao do porto de fuso mas suficiente para possibilitar a difuso dos tomos das duas redes cristalinas.

- Principais caractersticas: metal slido, quebradio, branco acinzentado, com altssimo ponto de fuso (3.400 oC), combustvel quando pulverizado e passvel de auto ignio, incompatvel com fluoretos de Br, Cl e I. Encontrado na natureza sempre associado a Ca, Fe e Mn.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Produo de ligas para armamentos e na industria automobilstica

Produo de ferramentas de corte

Produo de lmpadas, tubos de vcuo e Raio X

Componentes de tintas fluorescentes

Proteo de feixes de Raio X

Isolante altas temperaturasExtrao (minas) e beneficiamento

Metalurgia (fabricao de ligas)

Fabricao de lmpadas e equipamentos radiolgico)

Processos de corte a frio e abraso

Efeitos nocivos

Toxicidade pouco conhecida. Manifestaes respiratrias (pneumoconiose) podem estar associadas a outros minerais presentes nos processos de trabalho

LocaisSistmicos

Irritantes da pele, mucosas de vias areas superiores e conjuntivaAnorexia, nuseas, tosse

Fibrose pulmonar difusa

Alteraes hematolgicas

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Enclausuramento processo

Sistemas de ventilao/ exausto eficiente

Utilizao de EPIs visando proteo da pele, olhos e vias areas superioresMonitoramento radiolgico torcico e hematolgico

Testes pre-admissionais de hipersensibilidade.

No passvel de suscitar insalubridade isoladamente

Chumbo

Metal pesado, cor azulada, muito malevel, levemente solvel em gua na presena de nitratos, sais de amnia e monxido de carbono.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

revestimento de depsitos e tubulaes contra corroso, produo de H2SO4, pigmentos, tintas acumuladores, vidros plsticos e compostos orgnicos. Mineraes, fundies, refinao, operaes de soldagem, fabricao de placas de baterias, etcTrabalhadores em: fabricao de baterias, cermica, fsforos de segurana, lubrificantes, vidro, fundies de bronze, pintores, soldadores, aplicadores de inseticidas

Efeitos nocivos

Conseqentes inalao do gs, nvoas e poeiras ou ingesto de p e relacionadas s propriedades irritativas.

LocaisSistmicos

Sobre o sistema gastrointestinal: clicas intestinais precipitadas pela ingesto alcolica, pigmentao cinza-azulada nas gengivas.

Sobre o sistema hematopoitico: inibe a desidrogenase conversora do cido gama aminolevulnico nos eritroblastos e nas hemcias cuja concentrao aumentada neurotxica.

Sobre o sistema nervoso: varivel com a exposio e idade. Mais graves encefalopatias convulsivas, delirante e comatosa.

Sobre o sistema renal: nas intoxicaes agudas. No h leso definitiva

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com fluxo laminar de ventilao exaustoVigilncia mdica: plumbinemia, protoporfirina nas hemcias, (-ala urinrio e coproporfirinria

Insalubridade em grau mximo (anexo 11) - LTA = 0,1 mg/m3

Cromo

Metal duro, branco acinzentado. Apresenta-se em trs valncias: (+2), instveis e reduzindo-se rapidamente a (+3),estvel. Os sais (+6) oxidam-se rapidamente forma trivalente. Mais comum Fe3Cr3O3

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

usado principalmente nas indstrias metalrgicas e qumicas na produo de pigmentos, galvanoplastia, couros e como ligas de cr e ao inoxidvel. Pequenas quantidades em certos tipos de cimento.anodizadores, chapeadores, fotogravadores, litografia, soldadores, decapagem, indstria txtil, vidro, fotografia e ao inoxidvel

Efeitos nocivos

Conseqentes inalao do gs, nvoas e poeiras ou ingesto de p e relacionadas s propriedades irritativas.

LocaisSistmicos

alrgenos e sensibilizante pulmonarintoxicaes agudas por inalao ou ingesto do Cr (+6) causam hemorragia digestiva, necrose heptica e renal. A deposio crmica de Cr nas mucosas produz ulceraes e perfuraes do septo nasal de difcil cicatrizao (tambm na garganta e vias respiratrias. Efeito mais adverso alergia cutnea e dermatite de contato. Reao asmatiforme nos expostos a aerossis de Cr. Compostos hexavalente so carcingenos (predominante. Brnquico).

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Sistema de proteo coletiva com fluxo laminar de ventilao exaustoVigilncia mdica: exposies prvias, leses cutneo-mucosas , alergias e avaliao respiratria

Insalubre em grau mximo e mdio por avaliao qualitativa

Fsforo e seus compostos

O fsforo existe em trs formas alotrpicas: branco, vermelho e negro. No ocorre livre na natureza, escurece na luz e inflama-se na presena de ar com odor de alho. O fsforo vermelho menos nocivo

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

fabricantes de explosivos, fogos, raticidas, fertilizantes, praguicidas, revestimentos eletroluminescentes, semicondutores, compostos clorados, ligas de bronze, trabalhadores agrcolas e responsveis armazenamento, transporte e distribuio dos praguicidas organofosforados.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Anorexia, fadiga, anemia, perturbaes digestivas leves, aumento do fgado com dor apalpao, protoplasma (clulas hepticas), dos tubos renais, do crtex supra-renal, degenerao gordurosa do fgado, vmitos, diarrias, adinamia, hemorragias, colapso circulatrio, leses nos rins, no fgado e nos ossos, dermatoses, edema pulmonar, anemia e morte.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Insalubre em grau mximo e mdio (anexo 13)

- Principais compostos:

Fsforo vermelho: relativamente sem riscos, desde que puro.

cido fosfrico (h3po4),: cido forte usado na produo de fertilizantes, decapagem de peas metlicas. Queimaduras e carbonizao da pele e mucosas, inclusive de vias areas superiores p/ inalao.

Pentxido de fsforo (P2O5): usado em snteses orgnicas como desidratante. Corrosivo para pele, mucosas e olho. A inalao pode causar EAP.

Pentacloreto de fsforo: usado em snteses orgnicas como agente cataltico e clorador. Efeitos semelhantes anterior.

Fosfina (PH3): produzida acidentalmente quando H nascente reage com fosfetos presentes como impurezas metlicas. Fumigao de gros. inflamvel e explosiva. Inalao provoca tosse, dispnia e EAP severo. (LTA = 0,23 ppm ou 0,3 mg/m3 ) (insalubridade mxima)

Iodo

substncia levemente solvel ngua, azulada com brilho metlico, odor caracterstico e sabor acre. No ocorre livre na natureza mas sob a forma de iodetos e iodatos (salitre do Chile). Explosivo na presena de amnia e acetileno dado suas propriedades altamente oxidantes.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Agente oxidante em qumica orgnica

Processos fotogrficos

Processos de antissepsia e farmacolgicosLaboratrios de pesquisa pura e aplicada

Laboratrios fotogrficos

Indstria farmacutica

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Irritantes da pele, mucosas de vias areas superiores e conjuntiva mesmo em baixas concentraes

Na forma cristalina pode causar queimadurasIngesto de 2-3 g geralmente fatal

Provoca reaes de hipersensibilidade

Acnes, dermatites, idiossincrasias, queimaduras, intoxicao das mucosas, lacrimejamento, coriza, bronquites, cefalias, neuralgias, transtornos digestivos, acnes crnicas, problemas no sistema gastrintestinal, nos rins e nos pulmes - EAP

Absoro crnica leva a hipertireoidismo

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Manipulao em sistemas de enclausuramento e com sistemas de ventilao/ exausto eficiente

EPIs protetores de pele, olhos e rvore respiratria Monitoramento rigorosos de trabalhadores pneumopatas (bronquticos e enfisematosos)

Monitoramento da funo tireoidiana

Monitoramento de reaes de hipersensibilidade.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 16 ppm ou 47 mg/m3

Mangans e seus compostos

Metal frgil, cinza avermelhado ou prateado, em oito estado de oxidao cujo mais estvel o xido de Mn (MnO2).

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

maior utilizao na siderurgia em ligas com ao e ferro e como agente redutor da oxidao. Ligas com Zn Cu e Al. Fabricao de baterias sacas, tintas e vernizes, fogos de artifcio, fertilizantes, desinfetantes, branqueadores, sntese de permanganato de potssio, vidro e cermica.trabalhadores na fabricao de baterias, medicamentos, tintas, soldadores, estaes de tratamento dgua, aditivos alimentares, etc.

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

irritantes leves de pele, mucosas, olhos e vias respiratrias.absoro de fumos e poeiras na dependncia de suscetibilidade individual deposita-se. No fgado, bao e em algumas clulas cerebrais e da medula. Fases subclnica com sintomas inespecficos. Perodo clnico com sinais e sintomas neuro-psquicos (riso incontido, euforia, amnsia, confuso mental, tom monocrdio ou mutismo, fcies de mscara, alteraes da marcha, perodo de estado: PMD ou Parkinsonismo.

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

ateno para sade geral e antecedentes e avaliaes neuro-psiquitricas. Peridicos trimestrais. No h provas laboratoriais de diagnstico e acompanhamento.

Insalubre em grau mximo (anexo 11) - LTA = 5 mg/m3

Parafina

substncia slida, branca semi-transparente, constituda pela mistura de hidrocarbonetos alifticos, que pode ser obtida do petrleo.

Principais processos de trabalho e atividades de risco

ProcessosAtividades

Produo de papel, velas e embalagens

Produo de vernizes e cras impermeabilizantes

Produo de cosmticos e perfumesFbricas de papel, velas cras e vernizes

Indstria alimentcia

Indstrias de perfumes e cosmticos e farmacutica

Efeitos nocivos

LocaisSistmicos

Freqentes reaes de hipersensibilidade

Dermatites, foliculites, ppulas e hiperceratose nas exposies crnicasCarcinoma do escroto e outra regies (menos freqente) principalmente com a parafina do petrleo

"parafinoma" com o uso para fins cosmticos

Controle de segurana e sade, grau de insalubridade e limites de tolerncia

PpraPcmso

Medidas de estimulao da higiene pessoal

EPIs visando minimizar o contato com a pele Monitoramento dermatolgico de leses cutneas em toda economia

Insalubre em grau mximo (anexo 13) - LTA = hidrocarbonetos e outras substncias cancergenas afins)

Nquel e seus compostos

Metal duro, magntico, dctil, branco prateado, insolvel em gua e solv