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Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde Curso de Ciências Farmacêuticas DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Prof. MSc. Manoelito Coelho dos Santos Jr. Feira de Santana / BA

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Universidade Estadual de Feira de SantanaDepartamento de Saúde

Curso de Ciências Farmacêuticas

DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Prof. MSc. Manoelito Coelho dos Santos Jr.

Feira de Santana / BA

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DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS

• Perda progressiva e irreversível de neurônios localizados em regiões especificas do cerebro

• Tipos: • Doença de Parkinson

• Doença de Huntington

• Doença de Alzheimer

• Esclerose Lateral Amiotrófica

Controle do movimento

Memória e funções cognitivas

Neurônios motores

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FREQUENCIA DE DISTRIBUIÇÃO

• Doença de Parkinson: 1% à 65 anos • Doença de Alzheimer: 10% • Doença de Huntington: menos frequente. Pode afetar 50% de cada geração portadora do gene • Esclerose Lateral: rara à incapacidade e morte

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VULNERABILIDADE SELETIVA

• Doença de Parkinson: neurônios dopaminérgicos da substância negra • Doença de Alzheimer: hipocampo, neocórtex e no cortex (perda heterogênea) • Doença de Huntington: neoestriado (gene mutante) • Esclerose Lateral: neurônios que geram estimulos descendentes

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VULNERABILIDADE SELETIVA

Toxinas ambientais

Metabolismo neuronal

Envelhecimento

Lesão do DNA

Peroxidação lipídica

Desnaturação protéica

Formação de radicais livres, estresse oxidativo,

excitotoxicidade

Vulnerabilidade seletiva das populações neuronais

MORTE CELULAR

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VULNERABILIDADE SELETIVA Genética

• Predisposição genética • Doença de Huntington:

Padrão autossômico dominante

• Esclerose Lateral, Parkinson e Alzheimer: esporádicas à familias com alta incidência

• Doença de Parkinson: proteínas envolvidas • α-sinucleína • Parquina • UCHL-1 • DJ-1

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VULNERABILIDADE SELETIVA Genética

• Doença de Alzheimer: Proteína Percursora Amilóide (PPA) e pré-senilinas

• Esclerose lateral: dismutase do superóxido de cobre-zinco

• Constiuição genética como fator determinante na probabilidade de surgimento

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VULNERABILIDADE SELETIVA Genética

• Exemplo:

• Apoliproteína E (apo E) Apo E 4 vs apo E 2

Mecanismo desconhecido

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VULNERABILIDADE SELETIVA Fatores desencadeantes ambientais

• Agentes infecciosos

• Toxinas ambientais

• Lesões cerebrais

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VULNERABILIDADE SELETIVA Excitotoxicidade

• Lesão neural resultante do acumulo de quantidades excessivas de glutamato

• Regulação de canais iônicos

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VULNERABILIDADE SELETIVA Metabolismo energético

• Disturbios metabólicos tendem s suprir o efeito do magnésio

• Metabolismo oxidativo à compostos reativos (peróxido de hidrogênio e redicais de oxigênio)

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Doença de Parkinson

• É um distúrbio progressivo do movimento que ocorre mais comumente no indivíduo idoso. • Causa tremor em repouso, rigidez muscular e hipocinesia, freqüentemente demência. • TREMOR DE REPOUSO – geralmente começa nas mãos ( rolar pílulas) • RIGIDEZ MUSCULAR - aumento da resistência ao movimento passivo. • HIPOCINESIA - supressão dos movimentos voluntários.

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ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SNC

Glutamato GABA Dopamina

NEOESTRIADO

CÓRTEX CEREBRAL

SUBSTÂNCIA NEGRA PARS COMPACTA

GLOBO PÁLIDO

LATERAL

SUBSTÂNCIA NEGRA PARS RETICULAR E GLOBO PÁLIDO MEDIAL

NÚCLEO SUBTALÂMICO

TÁLAMO

STANDAERT; YOUNG, 2003 (Adaptado)

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DOENÇA DE PARKINSON

•Freqüentemente de causa idiopática

• Pode ocorrer após AVC, infecção viral, induzida por drogas neurolépticas

• Associada a uma perda acentuada de dopamina nos gânglios da base.

• Pode ser induzida por MPTP, uma toxina que afeta os neurônios de dopamina no corpo estriado.

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DOENÇA DE PARKINSONDiagnóstico

• Anamnese + exame neurológico. –Assimetria no início dos sintomas. –Presença de tremor de repouso. –Boa resposta à terapia dopaminérgica.

• Não há exames de sangue que façam o diagnóstico.

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DOENÇA DE PARKINSONDiagnóstico

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DOENÇA DE PARKINSONDiagnóstico

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TRATAMENTO DA DP

• Escala de Hoehn e Yard (HY) e Escala Unificada da Doença de Parkinson (UPDRS).

NÃO-FARMACOLÓGICO

• Medidas educativas; • Mudanças alimentar; • Exercícios físicos; • Tratamento fonoaudiológico e psicológico; • Terapia ocupacional.

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TRATAMENTO DA DPLevodopa

• Eficaz na redução da bradicinesia e da rigidez. • Efeito altamente variável sobre o tremor. • Complicações a longo prazo (4 a 8 anos) em 50%

dos casos: – Flutuações motoras (deterioração fim de dose =

degeneração neuronal diminui a capacidade de armazenar dopamina derivada da levodopa ) “On e off”

– Discinesias (movimentos anormais involuntários)

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TRATAMENTO DA DPLevodopa

• Precursor da Dopamina = muitas náuseas e vômitos.

• A administração concomitante de Inibidores de Decarboxilase Periférica (Carbidopa ou Benzerazida).

– Levodopa/carbidopa (Sinemet®, Cronomet®) – Levodopa/benzerazida (Prolopa®, Parkidopa®)

• Iniciar 1/4 comp 2x/dia e aumentar a cada semana.

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TRATAMENTO DA DPSelegilina

•Retardam a degeneração neuronal, tornando mais lenta a progressão da doença.

•Selegilina (Niar®, Jumexil®, Deprilan®) = IMAO, inibe o metabolismo oxidativo da Levodopa e pode reduzir o estresse oxidativo e a formação de radicais livres.

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TRATAMENTO DA DPSelegilina

•Efeito dura 3 a 4 meses após interrupção da droga.

•Retarda a terapia com Levodopa - cerca de 9 meses.

•Efeito sintomático fraco.

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TRATAMENTO DA DPSelegilina

Medicamentos que devem ser evitados com os IMAO:

• Inibidores da recaptação de serotonina (Citalopram, Fluoxetina, Paroxetina e Sertralina)

• Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos (maproptilina) • Meperidina • Opiáceos • Dextrometorfano (Silencium®) • Triptofano (Forten® ) SÍNDROME SEROTONINÉRGICA:Confusão, agitação,

rigidez, hiperreflexia, tremores, mioclonias, febre, náuseas, diarréia, coma, rabdomiólise e morte .

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TRATAMENTO DA DPAgonistas dos receptores da dopamina

•Estimulam diretamente os receptores pós-sinápticos da Dopamina no corpo estriado. •Benefícios sintomáticos como monoterapia no início da doença ou como coadjuvante da Levodopa. •Torna-se ineficaz como monoterapia dentro de, no máximo, 3 anos ⇒ deve-se adicionar Levodopa.

•Bromocriptina (Parlodel®) - 2,5 mg a 40 mg/dia •Pergolida (Celance®, Pergolide®) - 0,25 mg 3x/dia •Pramipexol (Sifrol®) -0,25mg a 4,5 mg/dia

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Doença de Alzheimer

•Principais características: placas amilóides, emaranhados neurofibrilares, e perda de neurônios (particularmente dos neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal).

• PLACAS AMILÓIDES à fragmentos Aβ da proteína precursora amilóide (APP).

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Doença de Alzheimer

• Causas que levam à formação excessiva de Aβ permanecem desconhecidas, mas podem incluir:

- mutações que afetam APP - fosforilação excessiva de APP - APP-proteases anormais.

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Doença de Alzheimer

• Atrofia do cortex cerebral e perda dos neurônios corticais e subcorticais

• Anormalidades: -Placas Senis (beta-amilóide) -Emaranhados neurofibrilares

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Doença de Alzheimer

• Queda do neurotransmissor acetilcolina

• Atrofia e degeneração dos neurônios colinérgicos subcorticais

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Doença de Alzheimer Tratamento

• Melhorar as funções colinérgicas do cerebro

• Primeira abordagem: precursores de acetilcolina (cloridrato de colina e fosfatidilcolina)

• Estratégia mais bem sucedida: inibidores da aceticolinesterase

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Doença de Alzheimer Tratamento

• Fisostigmina -Ação rápida - Melhoras na memória - Limitação: meia vida

• Tacrina - Melhora no desempenho da memória - Reações adversas que limitam seu uso: cólicas

abdominais, anorexia, náuseas e vômitos

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Doença de Alzheimer Tratamento

• Donepezila -Inibidor seletivo da acetilcoliesterase do SNC - Melhora no estado cognitivo - Longa meia-vida

• Rivastigmina e galantamina - Mesma melhora cognitiva - Reações adversas menos freqüentes e intensas que a

tacrina - Não causam hepatotoxicidade

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Doença de Alzheimer Tratamento

• Memantina - Antagonista do receptor NMDA - Reduz a deterioração clínica - Cefaléia e tontura

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Doença de Alzheimer Tratamento Não Farmacológico

Por que reabilitar se o curso da doença é inexorável?

Tempo de sobrevida: 5 a 8 anos

Hoje: até 20 anos

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Doença de Alzheimer Tratamento Não Farmacológico

“Se estamos frente a um doente que pode viver em condições de saúde relativamente boas do ponto de vista físico e, se sabemos que a evolução da doença é lenta, porém, inexorável, terminando por levar o indivíduo ao estado terminal, acamado com vida apenas vegetativa, porque não tentarmos desacelerar ou mesmo retardar o aparecimento destas complicações que afetam de forma dramática a qualidade de vida desses indivíduos?” (ALOIS ALZHEIMER)

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Doença de Alzheimer Tratamento Não Farmacológico

Existem, basicamente, para estes pacientes, quatro tipos principais: a)terapia da orientação para a realidade, que privilegia os aspectos cognitivos e intelectuais, memória etc. b) terapêutica física, que se preocupa com a parte motora c) terapia ocupacional , que maximiza o desempenho para as atividades da vida diária d) terapia ambiental.

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Doença de Huntington

•Doença caracterizada pelo inicio gradativo de incoordenação motora e declínio cognitivo •Inicio: movimentos rápidos de estremecimento dos membros, tronco, face, pescoço, alterações da personalidade. •Idade: ate 20 anos à bradicinesia e distonia •Progressão: disartria e disfagia, perda do equilibrio

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Doença de Huntington

•Processos cognitivos: lentidão dos processos mentais, dificuldade em organizar tarefas complexas •Memória afetada •Depressão, Irritabilidade e ansiedade são frequentes •Leva ao óbito pela imobilidade

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Doença de Huntington

•Perda dos neurônios do estriado •Outras regiões afetadas: córtex cerebral, hipotálamo e tálamo •Comprometimento da via indireta aumenta a estimulação excitatória à movimentos involuntários.

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Doença de Huntington Tratamento

• A DH é uma enfermidade incurável;

• O tratamento é puramente sintomático, com d rogas b l oqueado ras dos recep to res dopaminérgicos (fenotiazinas ou Haloperidol);

• Esses fármacos podem induzir um quadro de discinesia tardia superposta ao distúrbio crônico

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Doença de Huntington Tratamento

• Estados depressivos: Fluoxetina ou Carbamazepina • Clorzapina: tratamento da paranóia à usar com cautela

pois deprimem a atividade cognitiva e a mobilidade • Coréia: reserpina ou um antipsicótico • Convulsões: clonazepam e ácido valpróico

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Esclerose Lateral Amiotrófica

• Distúrbio dos neurônios motores do corno ventral da medula espinhal e dos neurônios corticais que geram estimulação aferente.

• Progressão rápida de fraqueza, atrofia e fasciculações

musculares, espaticidade, disartria, disfagia e disfunção respiratória

• Funções sensor ia l , congni t ivas e autônomas

preservadas

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Esclerose Lateral Amiotrófica

• Doença progressiva • Morte por disfunção respiratória em até 3 anos • 10% dos casos são familiares à padrão autossômico

dominante • Mutação na enzima Dismutase do Superóxido de Cobre-

Zinco (20%)

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Esclerose Lateral Amiotrófica

• 90% esporádica: • Autoimune • Excitotoxicidade • Toxicidade dos radicais livres • Infecção viral

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Esclerose Lateral Amiotrófica Tratamento

• Riluzol:

- Boa absorção oral - Altamente ligado a proteínas plasmáticas - Metabolização hepática - Meia-vida de 12h - Bloqueia a liberação de glutamato - Bloqueia os receptores NMDA e cainato - Inibe canais de sódio voltagem dependente - Aumento da sobrevida em 60 dias

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Esclerose Lateral Amiotrófica Tratamento

• Tratamento da espasticidade

• Baclofeno: - Agonista GABAB

- Doses de 5 a 10 mg/dia à 200mg/d - Se fraqueza a dose deve ser reduzida - Vias de administração: oral e intratecal

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Esclerose Lateral Amiotrófica Tratamento

• Tratamento da espasticidade

• Tizanidina: - Agonista alfa-2 adrenérgico - Doses de 2 a 4 mg/dia - Reações adversas: sonolência, astenia e tontura

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Esclerose Lateral Amiotrófica Tratamento

• Tratamento da espasticidade

• Outras Medidas: - Benzodiazepínicos (cautela) - Dandroleno: age diretamente nas fibras musculares,

reduzindo o fluxo de cálcio (não usar)