doenças nosocomiais

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Doenças Nosocomiais Breno Cantuara Marcolino 9819805 Filipe de Lima Pizzico 9764412 Murillo Turgante Bedinotti 9819614 Nayara Soares Pina 9820043 Victoria Vieira Ribeiro 9819889 Viviane Souza do Nascimento 9394222 Microbiologia Básica para Farmácia - BMM0160 - Noturno

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Page 1: Doenças Nosocomiais

Doenças Nosocomiais

Breno Cantuara Marcolino 9819805Filipe de Lima Pizzico 9764412

Murillo Turgante Bedinotti 9819614Nayara Soares Pina 9820043

Victoria Vieira Ribeiro 9819889Viviane Souza do Nascimento 9394222

Microbiologia Básica para Farmácia - BMM0160 - Noturno

Page 2: Doenças Nosocomiais

Definições ● Doenças contraídas em função da permanência do paciente em

estabelecimento de saúde;● Relacionadas à infecções virais e bacterianas;● Aparecimento de infecções em até 30 dias após cirurgia, são

consideradas hospitalares.

Page 3: Doenças Nosocomiais

Consequências

● Maior tempo de internação/estadia no centro de saúde;

● Maior taxa de mortalidade e morbidade;

● Alto custo.

Page 4: Doenças Nosocomiais

Dados no Mundo● Um estudo incluindo Canadá, Israel e seis países europeus

mostrou que 20,6% dos pacientes admitidos em UTI estavam infectados;

● Análise de 6 milhões de registros hospitalares nos EUA estimou 751.000 casos de sepse grave anualmente e com mortalidade de 28,6%;

● México: Estudo transversal em 254 UTI, 58% de pacientes infectados e entre eles 22% de óbito.

Page 5: Doenças Nosocomiais

Dados no Brasil

● Escassez de dados confiaveis;

● População heterogênea quanto o acesso à saúde e realidade regional tem implicações no desenvolvimento de políticas que visam o rastreamento e controle adequado;

● Predomínio de bactérias resistentes; Pulmão como foco mais importante; bacilos Gram-Positivos e cocos Gram-negativos.

Page 6: Doenças Nosocomiais

Rio Grande do Sul● Estudo realizado em 16 UTI´s;

● 174 pacientes;

● 97 (56%) Homens;

● 122 apresentavam infecções no dia do Estudo;

● 29% delas adquiridas na UTI.

Page 7: Doenças Nosocomiais

Rio Grande do Sul● Staphylococcus aureus

(43%) (63% resistentes à oxacilina);

● Pseudomonas aeruginosa (31%) (6% resistentes à cefalosporinas);

● Acinetobacter (22%);

● Klebsiella (17%);

● E.coli (15%).Fonte: LISBOA et al (2007).

Page 8: Doenças Nosocomiais

Paraíba - João Pessoa● Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Público Municipal

de João Pessoa-PB;

● 244 pacientes;

● 126 sexo masculino / 118 femino;

● Faixa etária 63,02 ± 19,64 anos;

● Distribuição das infecções: 38,59% Primária de corrente sanguínea; 36,84% Pneumonia relacionada à ventilação mecânica; 21,05% trato urinário; 3,51% sítio cirúrgico.

Page 9: Doenças Nosocomiais

Paraíba - João PessoaPseudomonas Aeruginosa (31,58%)

Acinetobacter Baumanni (15,79%)

Klebsiella Pneumoniae (10,53%)

Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (8,77%)

Fonte: FIGUEIREDO et al. 2013

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Fatores que influenciam Agente microbiano

Suscetibilidade

Fatores ambientais

Resistência bacteriana

Page 11: Doenças Nosocomiais

Agente microbianoInfecção cruzada

Infecção endógena

Infecções ambientais

Page 12: Doenças Nosocomiais

Suscetibilidade do individuoIdade

Estado imunitário

Doença de base

Intervenções diagnósticas

Page 13: Doenças Nosocomiais

Fatores ambientaisSuperlotação hospitalar

Contaminação de instrumentos

Page 14: Doenças Nosocomiais

Resistência bacteriana

Page 15: Doenças Nosocomiais

Pneumonia nosocomialInfecção aguda dos pulmões

Tosse, dores no peito, respiração curta e rápida, produção de secreção

Segunda causa mais comum

Page 16: Doenças Nosocomiais

Pneumonia nosocomialBarreira mecânica

Barreira humoral

Barreira celular

Streptococcus viridans (individuos saudaveis)

Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Haemophilus influenza e Pseudomonas aeruginosa

Page 17: Doenças Nosocomiais

Pneumonia nosocomialPode depender da colonização da cavidade oral e da orofaringe por potenciais patógenos respiratórios;

da sua aspiração pelas vias aéreas inferiores;

da falência dos mecanismos de defesa do hospedeiro.

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Acinetobacter Baumanni: A. BaumanniMorfologia e metabolismo

● Cocobacilos Gram-negativos; ● Catalase-positivos;● Oxidase-negativos; ● Não-motilados;● Não fermentadores;● Aeróbio Restrito;● Gram-negativa.

Esta MEV representa um aglomerado altamente amplificado de bactérias Gram-negativas, não móveis, de Acinetobacter baumannii.

Fonte: Public Health Image Library (PHIL)(phil.cdc.gov)

Page 19: Doenças Nosocomiais

Acinetobacter BaumanniCondições de Cultivo

● Difícil de descolorir, pode ser confundido com Gram +

● Ágar simples, não seletivo. ● Complexo

calcoaceticus-baumannii. ● Ágar de carneiro (colônia opaca, mucóide não hemolíticas)

● Agar MacConkey (Não fermentador de Lactose) Imagens disponiveis em:

https://phil.cdc.gov. Acesso: 15/10/2018

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Acinetobacter BaumanniFatores de Virulencia e Mecanismo de Patogenicidade

Cápsula: LOS, mimético à estruturas do hospedeiro, escapam da resposta imunológica. (Resistência ao SC)

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Acinetobacter BaumanniFatores de Virulência e Mecanismo de Patogenicidade

Cápsula: LOS, mimético à estruturas do hospedeiro, escapam da resposta imunológica. (Resistência ao SC)

Fímbrias: Formação de Pili curto e Pili longo. Aderência a superfícies vivas e não vivas, e cooperação na formação do biofilme.

Quorum Seeing: Comunição intra e ineterspécie.

(Imagem adaptada de Dijkshoorn et al. 2007

Page 22: Doenças Nosocomiais

Acinetobacter BaumanniFatores de Virulência e Mecanismo de Patogenicidade

Formação de Biofilme: ● Colônia com o metabolismo

mais organizado;

Habilidade de captar Fe+: ● Sobrevivência em locais com

déficit;

Apoptose Celular: ● Poteínas de membrana

(ompA);(Imagem adaptada de Dijkshoorn et al. 2007)

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Acinetobacter BaumanniManifestações Clínicas

● Pneumonia;● Bacteriemia;● Infecções de pele e Tecidos moles;● Infecção do trato urinário;● Raramente Meningite;● Outras infecções.

Page 24: Doenças Nosocomiais

Acinetobacter BaumanniTransmissão

● Colônia preexistente● Respiração Mecânica● Longo período de Internação

Os indivíduos com colônias dessa bactéria infectam os profissionais de saúde. E assim, a transmissão paciente-paciente e paciente-equipamento médico é feita.

Page 25: Doenças Nosocomiais

Acinetobacter BaumanniTransmissão

(Imagem adaptada de Dijkshoorn et al. 2007)

Page 26: Doenças Nosocomiais

Acinetobacter BaumanniDiagnóstico

Características morfotintoriais:

● Coloração método de Gram;● Teste de oxidase;● Teste de catalase;

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Acinetobacter BaumanniTratamento

● Multiresistente;● Carbapenêmicos;● A profilaxia é o mais efetivo.

Imagem: Estrutura do Meropenem. Fonte: Pubchem, acesso em: 15/10/2018

Page 28: Doenças Nosocomiais

Acinetobacter BaumanniTratamento

● Multiresistente

Mecanismos de Resistência -> Pressão seletiva

● Beta- Lactamases de amplo espectro;● Bomba de Efluxo;● Enzimas modificadoras de aminoglicosídeos;● Alterações em porinas e PBP.

Regulação Intrínseca e adquiri mecanismos de outros microorganismos.

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Pseudomonas aeruginosaMorfologia e metabolismo

● Bacilo reto ou ligeiramente curvo● Cerca de 0,6 x 2,0 mm;● Gram-negativa, não esporulada;● Bactéria móvel● Presença de fímbrias● Bactéria ubiquitária e oportunista● Não fermentadores● Necessidades nutricionais mínimas ● Aeróbio estrito

Ilustração representa imagem gerada em 3D de três bactérias Pseudomonas aeruginosa resistentes a múltiplos fármacos, baseada em imagens de microscopia eletrônica de

varredura (MEV). Fonte: Public Health Image Library (PHIL)(phil.cdc.gov)

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Pseudomonas aeruginosaCondições de cultivo

● Meio de Ágar-sangue: hemólise● Placa de Ágar Base Pseudomonas

CN (cetrimida e ácido nalidíxico) - recuperação e inibição de sp.CFC (cetrimida, fucidina e cefaloridina) - isolamento seletivo

● Suplementos para energia (nitrogênio / carbono)Nitrato, peptona, amônia, sulfato de amônioCitrato, acetato, glicerol

● TemperaturaA 42ºC: inibem outras espécies; baixa temperatura com altas concentrações de corantes e sais (PIRNAY, J. P. et al. 2005)

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Pseudomonas aeruginosaCondições de cultivo

Pigmentos hidrossolúveisEstimulados por cloreto de magnésio e sulfato de potássio

Imagem à esquerda: Presença de pigmentos hidrossolúveis da Pseudomona aeruginosa. À direita, pigmento piocianina fluorescente. Fonte: Rev. argent.microbiol.v.39 n.3 Ciudad Autó oma de Buenos Aires jul./sep. 2007.

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Pseudomonas aeruginosaFatores de virulência

Principais fatores de virulência da P. aeruginosa. Fonte: FERNANDES, Ary Jr. Pseudonomonas aeruginosa. IBB-Unesp. 2014.

Page 33: Doenças Nosocomiais

Pseudomonas aeruginosaFatores de virulência

Principais fatores de virulência da P. aeruginosa. Fonte: FERNANDES, Ary Jr. Pseudonomonas aeruginosa. IBB-Unesp. 2014.

Mobilidade

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Pseudomonas aeruginosaFatores de virulência

Principais fatores de virulência da P. aeruginosa. Fonte: FERNANDES, Ary Jr. Pseudonomonas aeruginosa. IBB-Unesp. 2014.

Aderência ao epitélio respiratório(Receptores do gangliosídeo GM-1 na célula do

hospedeiro)

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Pseudomonas aeruginosaFatores de virulência

Principais fatores de virulência da P. aeruginosa. Fonte: FERNANDES, Ary Jr. Pseudonomonas aeruginosa. IBB-Unesp. 2014.

Polímeros de ácido manurônico e gulurônico Aderência ao epitélio traqueal, inibe ligação de anticorpos,

anti-fagocitoseCrescimento em forma de biofilme, colônias mucóides

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Pseudomonas aeruginosaFatores de virulência e Mecanismos de patogenicidade

ESTRUTURA / PRODUTOS FATORES DE VIRULÊNCIA MECANISMOS PATOGÊNICOS

Endotoxina (LPS)(lipídeo A)

Anormalidades metabólicas;Liberação de citocinas;

Adesão ao tecido pulmonar e às células da córnea.

Febre, oligúria, leucopenia, leucocitose, coagulação intravascular disseminada, choque

Exotoxina AExoenzima S

Inibe a síntese proteica;Inibe ação de fagócitos.

Danos a tecidos

Proteases

Elastase A (LasA) ; Elastase B (LasB)

Quebra elastina e colágeno;Inibição da função dos neutrófilos;

Inativação da IgG e IgA;

Lesão parede vascular e tecido pulmonar, lesões hemorrágicas (éctima gangreoso) e necrose

Interferência na resposta inflamatória e imunológica

Fosfolipase C (Plc) Degradação de lipídeos e lecitina (fosfatidil colina da membrana de eritrócitos)

Ação necrosante

Leucocidina Inibe ação de neutrófilos e linfócitos Interferência na resposta inflamatória e imunológica (capaz de matar o fagócito mesmo

após a bactéria ter sido fagocitada)

Fonte: Adaptado de FERNANDES, Ary Jr. Pseudonomonas aeruginosa. IBB-Unesp. 2014.

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Pseudomonas aeruginosaFatores de virulência

Pigmentos

Piocianina

Pioverdina

Piorrubina

Produção de radicais hidroxilaEliminação da atividade ciliar respiratóriaSideróforo (ligação aos íons ferro)Regula secreção de Exotoxina A

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Pseudomonas aeruginosaManifestações clínicas

- Indivíduos imunocomprometidos- Com queimaduras ou fibrose cística- Pacientes de UTI

- Produção de exsudato azul-esverdeado- Dor no local da infecção

Locais de manifestação de infecções pela Pseudonoma aeruginosa no corpo humano. Fonte: FERNANDES, Ary Jr. Pseudonomonas aeruginosa. IBB-Unesp. 2014.

Page 39: Doenças Nosocomiais

Pseudomonas aeruginosaManifestações clínicas

Imagem 1- Fonte: History of Pseudomonas Aeruginosa. Disponível em: https://breannarachelgorry.weebly.com/history-of-pseudomonas-aerugino

sa.html. Imagem 2- Fonte: Pseudomonas aeruginosa Infecções.https://www.radij.xyz/pseudomonas-aeruginosa-infeces.html

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Pseudomonas aeruginosaTransmissão

Ambientes úmidos, presente no solo e água.

● Ambiente hospitalar: lavatórios sanitários, pias, soluções antissépticas vencidas ou inativadas

● Materiais contaminados, como: cateteres, tubos de ventilação, ventiladores mecânicos, próteses, lentes de contato, recipientes de coleta de urina, agulha ou seringa

Page 41: Doenças Nosocomiais

Pseudomonas aeruginosa

DiagnósticoPercepção de:

● Morfologia das colônias; ● Positividade da oxidase● Presença de pigmentos;● Crescimento a 42ºC.

Modos:

● Amostras de lesões cutâneas, pus, urina, sangue, líquor, escarro e outros, conforme o tipo de infecção;

● Cultura de amostra de sangue ou outros líquidos corporais: como ela não fermenta a lactose, é facilmente diferenciada das bactérias fermentadoras de lactose.

● Testes de atividades bioquímica: reação da oxidase e o metabolismo de diversos substratos diferenciam de outras espécies de Pseudomonas.

● Pacientes com fibrose cística apresentam colônias mucóides = superprodução de alginato

Page 42: Doenças Nosocomiais

Pseudomonas aeruginosaTratamentos e controle da doença

Teste de antibiograma

● Resistente: penicilina, ampicilina, cefalosporinas de 1ª e 2ª gerações, sulfametoxazol-trimetoprima e cloranfenicol.

● Usualmente sensíveis: aminoglicosídeos (associados, geralmente), penicilinas semi-sintéticas (como piperacilina e ticarcilina), cafalosporinas, cefalosporinas de 3ª e 4 ª gerações e fluorquinolonas.

Page 43: Doenças Nosocomiais

Pseudomonas aeruginosaTratamentos e controle da doença

Resistência natural e adquirida

● Baixa permeabilidade da membrana externa e a sistemas de efluxo● Hiperexpressão de bombas de efluxo (maioria no cromossomo =

intrínseco)● Capacidade de formar biofilme● Apresenta ß-lactamase cromossômica na presença de indutor adequado

que confere elevada resistência a antibióticos ß-lactâmicos.

Page 44: Doenças Nosocomiais

Pseudomonas aeruginosaTratamentos e controle da doença

Controle da doença

● Evitar o contato de pacientes com flores, frutas e vegetais● Lavagem das mãos antes e depois do contágio com o paciente● Isolamento de pacientes infectados● Utilização de materiais estéreis (cuidado ao manipular)● Controle periódico da qualidade da água e dos alimentos● Evitar uso indiscriminado de antimicrobianos

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Enterobacter sp. Características gerais

➔ E. Aerogenes e E.cloacae;

➔ Bacilos Gram (-) da família Enterobacteriaceae;

➔ 1~3 mícrons de comprimento;

➔ Motilidade através de flagelos peritricosos;

➔ Anaeróbia facultativa.

Page 46: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Características gerais

➔ Catalase positiva e oxidase negativa;

➔ Reduzem Nitrato a nitrito;

➔ Não formam esporos.

Page 47: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Cultivo

➔ Meios de cultivo: Ágar MacConkey (seletivo) e Ágar sangue (não seletivo);

➔ Temperatura ótima de crescimento: 30~37ºC.

Placa Ágar MacConkey

Placa ágar-sangue

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Enterobacter sp. Fatores de virulência

➔ Endotoxinas (LPS): Resposta inflamátória de febre

Page 49: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Fatores de virulência

➔ Toxinas formadoras de poros

Page 50: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Fatores de virulência

➔ Hemolisina: lise de eritrócitos

Page 51: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Patogenicidade

➔ São bactérias oportunistas: infecções hospitalares;

➔ Infecções mais frequentes no emprego de cateteres.

Page 52: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Resistência antibiótica

➔ AmpC β-lactamase;

➔ Cefalosporinase: resistência à 1st gen. cefalosporinas;

➔ Indução por tratamento com cefalosporinas de 3rd gen;

➔ Mutação no repressor do AmpR.

Page 53: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Resistência antibiótica

➔ Integração do gene blaCMY-10 a um plasmídio de 130kb;

➔ Resultado da translocação de genes das β-lactamases cromossômicas;

➔ Sistemática transmissão de genes mesmo na ausência da pressão antibiótica.

Page 54: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Tratamento

➔ Administração do injetável CAZ-AVI: Combinação de Ceftazidima e Avibactam.

Page 55: Doenças Nosocomiais

Enterobacter sp. Tratamento

➔ Tratamento com tigeciclina: um antibibacteriano de amplo espectro do grupo das tetraciclinas.

Page 56: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase

➔ Bactéria gram negativa, encapsulada, anaeróbica facultativa, em forma de bastonete.

➔ Produz a enzima carbapenemase.

➔ Já é considerada uma superbactéria

Page 57: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae CarbapenemaseCondições de cultivo

● semeadas em 2 ml de caldo BHI

● ágar MacConkey®

Page 58: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase

Fatores de Virulência➔ Polissacarídeos capsulares ➔ Lipopolissacarídeos tóxicos➔ Adesinas ➔ Sistemas de aquisição de

ferro

Está enzima, hidroliza não só os carbapenemicos, como também as

penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos

(aztreonam). Outros fatores ainda são desconhecidos.

Page 59: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase

Mecanismos de Patogenicidade1. Gene SHV-1 que a torna resistente a quase todos os tipos de

antimicrobianos, inclusive os carbapenêmicos.

2. Combinação de impermeabilidade da membrana com β-lactamase cromossômicas (AmpC) ou de amplo espectro (ESBL)

“Estudo dos mecanismos de patogenicidade e correlação com resistência a antimicrobianos de Klebsiella pneumoniae isoladas no Brasil e em países dos cinco continentes”Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Campus Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, SP, Brasil

Page 60: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase

Manifestações Clínicas

➔ Primeiros Sinais:

➔ febre ou hipotermia➔ Taquicardia➔ piora do quadro

respiratório.

➔ Casos Graves:

➔ Hipotensão➔ Inchaço➔ falência múltipla dos órgãos

➔ Sítios de Infecção:

➔ Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica

➔ Infecção do Trato Urinário➔ Infecção de Corrente Sanguínea➔ Infecção de partes moles➔ outros tipos de infecção

Page 61: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae CarbapenemaseTransmissão

● Contato com secreções ou excreções de pacientes infectados contato indireto, por meio do uso de um objeto comum.

● Através das mãos dos profissionais de saúde pela falta de higienização adequada

● Ventilação mecânica, uso de cateteres, sondas e outros,

Page 62: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase

Diagnóstico● Cefalosporinas de

terceira geração, exemplo, a ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima;

● Transmissão horizontal entre os pacientes

Page 63: Doenças Nosocomiais

Klebsiella Pneumoniae CarbapenemaseTratamento

A dosagem de agentes antimicrobianos deve ser otimizada com base nos dados farmacocinéticos, especialmente para colistina e carbapenêmicos.

Recomenda-se o uso de um carbapenêmico e um segundo agente, como colistina, tigeciclina e gentamicina, mas a melhor abordagem ainda está por ser definida.

Carbapenêmico (beta-lactâmicos)

Colistina

Page 64: Doenças Nosocomiais

● Lavagem das mãos antes e depois de manipular um paciente;● Realização de culturas de vigilância, incluindo a cultura do

swab anal;● Educação permanente da equipe de saúde a respeito da

lavagem das mãos, precauções de contato e o perigo das bactérias multirresistentes;

● Reforçar os cuidados com limpeza e desinfecção de superfícies, mobiliários e artigos que entram em contato com o paciente;

● Enfatizar o uso racional de antimicrobiano pelos médicos.

Controle da doença Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase

Page 65: Doenças Nosocomiais

Referências BibliográficasABBOTT, I. et al. Carbapenem resistance in Acinetobacter baumannii: laboratory challenges, mechanistic insights and therapeutic strategies. Expert Rev Anti Infect Ther, v. 11, n. 4, p. 395-409, Abr 2013.ÁGAR BASE PSEUDOMONAS (ISO) PSEUDOMONAS AGAR BASE (9222). Neogen Corporation, set. 2008. Disponível em http://foodsafety.neogen.com/pdf/acumedia_pi/9222_pt_pi.pdf.Apidianakis Y, Mindrinos MN, Xiao W, Lau GW, Baldini RL, Davis RW, Rahme LG. Profiling early infection responses: Pseudomonas aeruginosa eludes host defenses by suppressing antimicrobial peptide gene expression. Proc Natl Acad Sci U S A. 2005 Feb 15;102(7):2573-8.CABRAL, M. P. et al. Proteomic and functional analyses reveal a unique lifestyle for Acinetobacter baumannii biofilms and a key role for histidine metabolism. J Proteome Res, v. 10, n. 8, p. 3399-417, Ago 2011.DE BREIJ, A. et al. CsuA/BABCDE-dependent pili are not involved in the adherence of Acinetobacter baumannii ATCC19606(T) to human airway epithelial cells and their inflammatory response. Res Microbiol, v. 160, n. 3, p. 213-8, Abr 2009.Dijkshoorn L, Nemec A, et al. (2007). An increasing threat in hospitals: multidrug-resistant Acinetobacter baumannii. Nat Rev Microbiol.;5 (12):939-51.Gaynes R, Edwards JR. (2005). Overview of nosocomial infections caused by gram-negative bacilli. Clin Infect Dis; 41:848.Gootz TD, Marra A (2008). Acinetobacter baumannii: an emerging multidrug-resistant threat. Expert Rev Anti Infect Ther. 6(3): 309-325.

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