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Documentos pontifícios Encíclica Providentissimus Deus de Leão XIII (18 novembro 1893). Sobre o estudo da Sagrada Escritura, tímida e apologética. Reconhece a diversidade de gêneros literários na Bíblia. Encíclica Divino afflante Spiritu de Pio XII (30 setembro 1943). Encorajamento à liberdade responsável e ato de confiança da Igreja nos exegetas católicos e abertura da Igreja hierárquica ao contributo das ciências modernas para o estudo da Bíblia. Abriu caminho e criou espaços para as leituras diferenciadas da Bíblia: sociológica, psicológica, psicanalítica, semiótica... Declaração Sancta Mater Ecclesie (21 abril 1964) da Pontifícia Comissão Bíblica . Constituição Dogmática Dei Verbum do Concilio Vaticano II (18 novembro 1965). Documento, A interpretação da Bíblia na Igreja da Pontifícia Comissão Bíblica (15 de abril de 1993). Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Verbum Domini de Bento XVI (30 de setembro de 2010).

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Toda Bíblia é comunicação

de um Deus amor, de um Deus perdão.

É feliz que crê na revelação,

quem tem Deus no coração.

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RELIGIÃO DO LIVRO?

Não!

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A fé nasceno encontro com o Deus vivo, que nos chamae revelao seu amor. (LF 4)

A fé cristã é fé na encarnação do Verboe na sua Ressurreiçãona carne;é fé em um Deusque Se fez tão próximoque encarnou na nossa história. (LF 18)

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ComuniçaçãoEmissor > mensagem > receptor

DEUS FALOU, DEUS CRIOU!

Deus inventou a História,Deus entrou na História!Deus AMA, Deus LIBERTA!

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Deus inspirou...

Os homens escreveram!

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A Bíblia (literalmente os livros) é um heterogêneo espaço literário. Reúne desde o desenho que as genealogias repetem monotonamente, traço a traço, até ao nome que assoma uma só vez, como um relâmpago. Desde cosmogonias a acordos políticos e guerreiros, desde alterações cósmicas a altercações domésticas. Nela encontramos: tragédias, comédias, epopeias, autobiografias, cantos de amor, relatos de naufrágios, índices historiográficos, peças de folclore, inventários, livros de viagem, registros de propriedade, bênçãos, maldições, calendários, aforismas... numa profusão que infinitamente se desdobra.A Bíblia representa um «atlas iconográfico», «estaleiro de símbolos», «imenso dicionário», como Paul Claudel lhe chamou.É um reservatório de histórias, um armário cheio de personagens, um teatro do natural e do sobrenatural, um fascinante laboratório de linguagens. Usa a língua literária, claro, mas não recusa o linguajar desnudo que é o dizer corrente. Mantém uma respiração polifônica, sumptuosa e litúrgica, mas também uma sintaxe pobre, esforçada, cheia de lacunas e de anomalias. A Bíblia não escolhe propriamente uma linguagem: é uma monumental acumulação de possibilidades.

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É tudo isso e também aquilo que nem conseguimos dizer, porque é tão difícil, tão diferente dizer uma literatura construída, não o esqueçamos, por poetas e escritores anônimos, uma literatura que foi segredada e recitada durante séculos, antes de ser escrita, que é tecida de palavras que solicitam o indizível, e que foram, e que são, não apenas a expressão das histórias, mas o rastro de um estremecimento que as atravessa.

Talvez seja isso o vento de Deus!

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Manuscrito bíblico - é o termo utilizado para referir-se a qualquer cópia feita a mão de um texto bíblico. A palavra Bíblia vem do grego biblion (livro, singular > tá bibia = os libros). Já a palavra manuscrito vem do latim manu (mão) e scriptum (escrito). Manuscritos bíblicos variam grandemente em tamanho, indo desde pequeníssimos rolos de pergaminho contendo versos da escrituras judaicas até grandes códices poliglotas contendo tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento, assim como textos não canônicos.O estudo de manuscritos bíblicos é de grande importância, pois cópias manuscritas de textos costumam apresentar erros. A ciência da crítica textual procura reconstruir o conteúdo dos textos originais a partir destes manuscritos, produzidos em geral antes da invenção da imprensa.

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O Codex Aleppo (c. 920) e o Códice de Leningrado (c. 1008) são as mais antigas cópias manuscritas completas do Antigo Testamento . No entanto, a descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto em 1947 em Qumran levou a história dos manuscritos judaicos um milênio para trás destes códices. Dos cerca de 800 manuscritos encontrados em Qumran, cerca de 220 são referentes ao Antigo Testamento . Notavelmente foram encontradas em Qumran dois rolos de pergaminho contendo o livro de Isaías, um completo (1QIsa) e outro contendo 75% deste(1QIsb). Esses manuscritos são geralmente datados entre 150 A.C. e 70 D.C. A precisão com que o conteúdo dos livros foi mantido sem erros durante mais de 1000 anos foi fruto de técnicas desenvolvidas pelos antigos escribas judeus. O resultado é que erros significativos surgem apenas na taxa de uma consoante em cada 1500, em média.

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Hebraico Grego

Aramaico

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TRADUZIRÉ preciso

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PrólogoRecebemos muitos e profundos ensinamentos da Lei, dos Profetas e dos Escritos que vieram depois deles. Por tudo isso, deve-se louvar a Israel como povo instruído e sábio. Não basta que os leitores aprendam, mas também sejam capazes de ajudar os de fora, à viva voz e por escrito. Por isso, meu avô Jesus, depois de se dedicar intensamente à leitura da Lei, dos Profetas e dos outros Livros de nossos antepassados e tendo adquirido um bom domínio sobre eles, decidiu escrever alguma coisa na linha da instrução e sabedoria. Desse modo, os que desejam aprender podem familiarizar-se com isso e progredir sempre mais na conduta segundo a Lei.Vocês, portanto, estão convidados a ler com atenção e benevolência, perdoando se, apesar do esforço, não consegui traduzir bem algumas expressões. De fato, as coisas expressas originalmente em hebraico não têm a mesma força quando traduzidas para outra língua. Isso acontece também com a Lei, os Profetas e os outros Livros: são muito diferentes na língua original.

ECLESIÁSTICOTrata-se de uma obra escrita entre 190-124 a.C. por Jesus Ben Sirac, e chegou até nós graças à tradução grega feita pelo seu neto em 132 a.C.

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Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para o grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século a.C. em Alexandria.

É a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, lingua franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo de Alexandre, o Grande.

A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a história, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.

A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia. A Septuaginta inclui alguns livros não encontrados na bíblia hebraica. Muitas bíblias da Reforma seguem o cânone judaico e excluem estes livros adicionais. Entretanto, católicos romanos incluem alguns destes livros em seu cânon e as Igrejas ortodoxas usam todos os livros conforme a Septuaginta.

Septuaginta - LXX

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A Septuaginta foi tida em alta conta nos tempos antigos. Fílon de Alexandria e Flávio Josefo consideravam-na divinamente inspirada. Além das traduções latinas antigas, a Septuaginta também para as versões armênia, georgiana e copta do Antigo testamento. De grande significado para muitos cristãos e estudiosos da Bíblia, é citada no Novo Testamento e pelos Padres da Igreja.

Fragmento da Septuaginta,do século I.

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Em torno do século VI, um grupo de competentes escribas judeus teve por missão reunir os textos considerados inspirados por Deus, utilizados pela comunidade hebraica, em um único escrito. Este grupo recebeu o nome de "Escola de Massorá". Os "massoretas" escreveram a Bíblia de Massorá, examinando e comparando todos os manuscritos bíblicos conhecidos à época. O resultado deste trabalho ficou conhecido posteriormente como o "Texto Massorético“.O termo "massorá" provém na língua hebraica de mesorah ."e indica "tradição (מסורת .alt ,מסורה) Portanto, massoreta era alguém que tinha por missão a guarda e preservação da tradição

O texto massorético é composto de 24 livros: Torá ( תורה ), livros conhecidos como Pentateuco. Neviim ( נביאים) "Profetas" Kethuvim (כתובים) "os Escritos".

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Escrito em hebraico antigo, com letra quadrada, os massoretas levantaram a pronúncia tradicional do texto de consoantes ( o hebraico não tinha vogais), graças a um sistema de pontuação inventado para atender a acentuação vocálica. Com isso, eles padronizaram uma pronúncia das palavras do texto, tornando-o igual para qualquer pessoa que o lesse após a época em que iniciou-se a compilação. Nessa época o hebraico já não era um idioma popular e havia, principalmente por parte da comunidade hebraica muita dificuldade em pronunciá-lo corretamente, conforme a pronúncia original.

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A metodologia utilizada era bastante rigorosa: ao

final de cada cópia pronta, todas as letras eram contadas, e uma letra era estabelecida como letra central de referência. Assim, as letras do início da cópia até a letra central teriam de estar perfeitamente iguais às do documento original. Também eram contadas todas as letras desde a letra final até a letra central.

Em caso de discordância, todo o trabalho era destruído e uma nova compilação realizada.

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O Papiro Nash (Século II a.C.) contém uma parcela do texto pré-Massorético, especificamente os Dez Mandamentos e as práticas do Shemá Israel. Texto Massorético do Antigo Testamento

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Vetus Latina foi o nome comumente dado aos textos bíblicos traduzidos para o latim antes da tradução de São Jerônimo, conhecida como Vulgata.Vetus Latina é uma expressão em latim que significa "Latim Antigo".

Com a pregação do cristianismo por todo Império Romano, houve a necessidade de se traduzir os escritos bíblicos para os cristãos que não liam o grego ou o hebraico.

Acredita-se que esta tradução dos escritos bíblicos seja do início do século I, e que foram realizadas por tradutores informais.

Não existiu nenhuma Bíblia "Vetus Latina" como uma coleção de manuscritos bíblicos traduzidos para o Latim que precedeu a Vulgata de São Jerônimo. A estas traduções precedentes, muitos estudiosos adicionam freqüentemente citações das passagens bíblicas que aparecem nos escritos dos Pais da Igreja Latina. Acredita-se que alguns deles compartilham da leitura de determinados grupos de manuscritos.

Vetus Latina

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Muitas das versões da Vetus Latina não foram consideradas autorizadas como traduções bíblicas que poderiam ser usadas por toda Igreja. Entretanto, muitos dos textos que fazem parte dos manuscritos da Vetus Latina foram desenvolvidos para suprir uma necessidade de uma comunidade local, ou para ajudar em uma homilia ou sermão. Muitos dos manuscritos existentes da Vetus Latina contêm os quatro Evangelhos canônicos e também possuem várias diferenças substanciais de um para o outro. Por outro lado, em outras passagens bíblicas possuem exatamente o mesmo texto. Em sua obra "A Doutrina Cristã" (2,16), Santo Agostinho lamenta a variação na qualidade dos textos presentes nos manuscritos disponíveis. Do mesmo modo, os vários manuscritos da Vetus Latina refletem as várias recensões da Septuaginta. Várias particularidades gramaticais são das formas gramaticas em uso no Latim vulgar que se encontram nos textos.

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Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto. No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do bispo Dâmaso I. Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. no século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina. Jerônimo começou por revisar as traduções latinas mais novas, mas finalizou voltando ao grego original, perpassando por todas as traduções, e retornando ao Hebraico original aonde ele pudesse em vez de usar a Septuaginta. A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos.

Vulgata

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Esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções. O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, o qual Jerônimo considerava seu mestre. A denominação Vulgata consolidou-se na primeira metade do século XVI, sobretudo a partir da edição da Bíblia de 1532, tendo sido definitivamente consagrada pelo Concílio de Trento, em 1546. O Concílio estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários manuscritos existentes, o qual foi ratificada mais uma vez como a Bíblia oficial da Igreja, confirmando assim os outros concílios desde o século II, e a essa versão ficou conhecido como Vulgata Clementina. Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia oficial da Igreja Católica .

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A primeira tradução da Bíblia hebraica foi para o grego, a Septuaginta (LXX), que mais tarde se tornou o textus receptus do Antigo Testamento na Igreja e na base do seu cânon. A Vulgata latina por São Jerônimo foi baseada no hebraico para esses livros da Bíblia preservados no cânone judaico (o que se refletiu no Texto Massorético), e sobre o texto grego para o resto . Traduções cristãs também tendem a ser desenvolvidas com base no hebraico, embora algumas denominações prefiram a Septuaginta (ou citem escritos variantes de ambos). Traduções bíblicas incorporando a crítica textual moderna geralmente começam com o Texto Massorético, mas também levam em conta todas variáveis de todas as versões antigas. O texto original do Novo Testamento cristão está em grego koiné, e quase todas as traduções são baseadas mediante o texto grego. A Vulgata latina era dominante no cristianismo através da Idade Média. Desde então, a Bíblia foi traduzida em muitos mais idiomas.

Traduções

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O Novo Testamento foi traduzido para o gótico no 4º século por Úlfilas.

No século 5º, Santo Mesrob traduziu a Bíblia em armênio. Também datando do mesmo período são as traduções sírias, copta, etiópia e georgiana.

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Idade Média Durante a Idade Média, a tradução, sobretudo do Antigo Testamento foi desencorajada. No entanto, existem alguns fragmentos de antigas traduções inglesas, nomeadamente uma tradução perdida do Evangelho de João para o Inglês pelo Venerável Beda, o qual escreveu um pouco antes de o seu óbito por volta do ano 735. Uma versão alemã antiga do evangelho de Mateus datada de 748. Carlos Magno em ca. 800 cobrados Alcuíno de Iorque, com uma revisão da Vulgata Latina. A tradução para a Igreja Velha eslovena data para do final do século 9. Alfredo de Inglaterrra tinha um número de passagens da Bíblia circulando no vernáculo, em cerca de 900. Estas incluíam passagens a partir dos Dez Mandamentos e do Pentateuco, que ele prefixou a um código de leis promulgadas por ele por volta deste tempo. Em cerca de 990, uma versão completa e independente dos quatro Evangelhos, no idiomático inglês antigo apareceu no dialeto Wessex; estes são chamados de "evangelhos wessex“.

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O Papa Inocêncio III, em 1199 proibiu versões da Bíblia sem autorização como uma reação para as heresias do Catarismo e Valdenses. Os sínodos de Toulouse e de Tarragona (1234) baniu a posse de tais escritos. Há indícios de algumas traduções vernáculas terem sido permitidas, enquanto outras eram questionadas. A mais notável tradução da Bíblia para o inglês médio é a Bíblia de Wycliffe (1383), baseada na Vulgata, foi proibida pelo Sínodo de Oxford em 1408. Uma Bíblia hussita húngara surgiu em meados do século 15 e, em 1478, uma tradução catalã no dialeto da Comunidade Valenciana.

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Período das reformas e pré-moderno Em 1521, Martin Luther foi posto sob o banimento do Império, e ele retirou-se para o de Castelo Wartburg. Durante o seu tempo ali, traduziu o Novo Testamento do grego para o alemão. Ele foi impresso em setembro de 1522. A primeira Bíblia completa neerlandêsa, foi parcialmente baseada em porções das traduçõe de Lutero existentes, foi impressa na Antuérpia em 1526 por Jacob van Liesvelt. ; A tradução do novo testamento de Tyndale (1526, revista em 1534, 1535 e 1536) e sua tradução do Pentateuco (1530, 1534) e do Livro de Jonas foram respondidas com pesadas sanções dada a convicção generalizada que Tyndale tinha "mudado" a Bíblia enquanto tentava traduzí-la. A primeira Bíblia francesa completa foi uma tradução por Jacques Lefèvre d'Étaples, publicada em 1530 na Antuérpia. A Bíblia Froschauer de 1531 e a Bíblia Luther de 1534 (ambas aparecendo em partes durante a Década de 1520) foram parte importante da Reforma.

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As primeiras traduções em Inglês dos Salmos (1530), Isaías (1531), Provérbios (1533), Eclesiastes (1533), Jeremias (1534) e [[[Livro das Lamentações|Lamentações]] (1534), foram executados pelo tradutor protestante George Joye na Antuérpia. Em 1535 Myles Coverdale publicou a primeira Bíblia em inglês completa também na Antuérpia.; Em 1584, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento foram traduzidos para o esloveno pelo escritor protestante e teólogo Jurij Dalmatin. Os eslovenos, assim, passaram a ser a 12ª nação no mundo, com uma Bíblia completa em sua língua. A atividade missionária da ordem jesuíta levou a um grande número de traduções no 17o século para as línguas do Novo Mundo.

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Esforços de tradução na modernidade A Bíblia continua a ser o livro mais traduzido no mundo. Os números seguintes são aproximados. Em 2005, pelo menos um livro da Bíblia foi traduzido em 2400 dos 6900 idiomas listados pela SIL, incluindo 680 línguas na África, seguida a 590 na Ásia, 420 na Oceania, 420 na América Latina e das Caraíbas, 210 na Europa, e 75 na América do Norte. A Sociedade da Bíblia Unida atualmente assiste na tradução da Bíblia em mais de 600 projetos. A Bíblia está disponível em todo ou em parte, a cerca de 98 por cento da população do mundo em uma linguagem em que eles são fluentes.

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A Sociedade Bíblica Unida anunciou em 31 de dezembro de 2007 A Bíblia, com material deuterocanonical estava disponível em 123 idiomas. O Tanakh e o Novo Testamento estavam disponíveis em 438 línguas. O Novo Testamento estava disponível em 1168 línguas, e porções da Bíblia estavam disponíveis em 848 línguas, para um total de 2454 línguas. Em 1999, os tradutores da Bíblia Wycliffe anunciaram a "Visão 2025". Este projeto pretende ver a tradução da Bíblia começar em 2025 em todas as línguas restantes da comunidade que precisa dele. Eles estimam que atualmente 2251 idiomas, representando 193 milhões de pessoas, precisam de uma tradução da Bíblia.

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Abordagens modernas

Uma variedade de lingüística, filológica e ideológica de abordagens da tradução têm sido utilizadas, incluindo:Tradução de: equivalência dinâmica; equivalência formal (semelhante à tradução literal); Idiomática, ou por paráfrase. Uma grande parte do debate ocorre sobre qual a abordagem com maior precisão comunica a mensagem da bíblica desejada nos textos originais nas línguas desejadas. Apesar destes debates, no entanto, muitos que estudam a Bíblia intelectualmente ou de forma devocional acham que utilizar mais de uma tradução é útil na interpretação e aplicação do que eles lêem. Por exemplo, uma tradução literal pode ser muito útil para cada palavra ou estudo de tópico, ao mesmo tempo que uma paráfrase pode ser empregada para achar o significado original de uma passagem. Além da lingüística, há também questões teológicas que permeiam as traduções bíblicas.

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A Bíblia foi traduzida, ao longo dos séculos, em mais de 2400 línguas e idiomas diferentes, incluindo a língua portuguesa.Desde as primeiras traduções parciais em português arcaico no século XIII, diversas versões estão disponíveis ao público em livrarias, bibliotecas e na internet.

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A primeira tradução que se tem notícia é a do rei Dinis de Portugal, conhecida como Bíblia de D. Dinis, que teve grande tiragem durante o seu reinado. É uma tradução dos 20 primeiros capítulos de Gênesis, a partir da Vulgata. Houve também traduções realizadas pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, mais especificamente o livro de Atos dos Apóstolos. Durante o reinado de D. João I de Portugal, este ordenou que fosse traduzida novamente a Bíblia no vernáculo. Foi publicada grande parte do Novo Testamento e os Salmos, traduzidos pelo próprio rei. A sua neta, D. Filipa, traduziu os evangelhos do francês. Bernardo de Alcobaça traduziu Mateus e Gonçalo Garcia de Santa Maria traduziu partes do Novo Testamento.

Durante a Inquisição houve uma grande diminuição das traduções da Bíblia para o português. A Inquisição, desde 1547 proibia a posse de Bíblias em línguas vernaculares, permitindo apenas a Vulgata latina, e com sérias restrições.

Português

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A tradução feita por João Ferreira de Almeida é considerada um marco na história da Bíblia em português porque foi a primeira tradução do Novo Testamento a partir das línguas originais. Anteriormente supõe-se que havia versões do Pentateuco traduzidas do hebraico. Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol. Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola. Aos 35 anos, iniciou a tradução a partir de obras escritas no idioma original, embora seja um mistério como ele aprendeu estes idiomas. Usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento e uma edição de 1633 (pelos irmãos Elzevir) do Textus Receptus. Utilizou também traduções da época, como a castelhana Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

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O texto foi enviado para a Holanda para revisão. Os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. O próprio Almeida revisou o texto durante dez anos. Enquanto revisava, trabalhava também no Antigo Testamento. O Pentateuco ficou pronto em 1683. Há uma tradução dos Salmos que foi publicada em 1695, anexo ao Livro de Oração Comum, anônima, mas atribuída a Almeida. Almeida conseguiu traduzir até Ezequiel 48:12 em 1691, ano de sua morte, Jacobus op den Akker completou a tradução em 1694. A tradução completa, após muitas revisões, foi publicada em dois volumes, um 1748, revisado pelo próprio den Akker e por Cristóvão Teodósio Walther, e outro em 1753. Em 1819, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publica uma 3ª edição da Bíblia completa, em um volume.

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O trabalho de João Ferreira de Almeida é para a língua portuguesa o que a Bíblia de Lutero é para alemã, a King James Version para a inglesa e Reina-Valera é para a espanhola.

No entanto, a única tradução moderna em Português, que utiliza os mesmos textos-base em grego e hebraico que foram utilizados por João Ferreira de Almeida, é a versão Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

As demais traduções modernas, embora utilizem o nome "Almeida", como a Almeida Revista e Atualizada e Almeida Revista e Corrigida baseiam-se em maior ou menor grau nos manuscritos do chamado Texto Crítico, que passou a ser utilizado somente a partir do século XIX. Teófilo Braga, ao comentar sobre a versão original de Almeida, disse: "É esta tradução o maior e mais importante documento para se estudar o estado da língua portuguesa no século XVIII."

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O comerciante natural de Hamburgo, Pedro Rahmeyer é responsável por uma tradução completa da Bíblia em português. Ficou conhecida como "Bíblia de Rahmeyer" e está em exposição no Museu de Hamburgo. Supõe-se que, durante os 30 anos que ficou em Lisboa, tenha traduzido do alemão.Em 1933, com apoio papal, o padre Matos Soares publica sua tradução da Bíblia em português, traduzida a partir da Vulgata. Ganhou a aprovação da Igreja Católica, sendo a mais popular no Brasil, desde que foi publicada em 1942.

A Tradução Interconfessional em Português Corrente foi fruto de um trabalho conjunto entre católicos e protestantes. Iniciada em 1972, é revisada em 2002.

Padre António Ribeiro dos Santos traduziu os Evangelhos de Mateus e Marcos no final do século XIX, baseado na Vulgata.

OUTRAS

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A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. No prefácio, havia acusações contra os protestantes, chamando suas versões da Bíblia de "falsificadas". Foi publicada em São Luís, no Maranhão, em 1847, sendo impressa em Portugal em 1875.

Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral publica uma revisão do Novo Testamento de Almeida. Foi revisada por José Manoel Garcia, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa e pelo pastor Alexandre Latimer Blackford. O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o hebraico, que era a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Velho Testamento para o latim.

No Brasil

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Duarte Leopoldo e Silva traduz e publica os Evangelhos em forma de harmonia. O Colégio da Imaculada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publica uma tradução dos Evangelhos e Atos, do francês, preparada por um padre, em 1904.

Padres franciscanos iniciam um trabalho de tradução a partir da Vulgata, sendo concluído em 1909.

No mesmo ano, o padre Santana traduz o Evangelho de Mateus diretamente do grego. É a primeira tradução parcial da Bíblia, em português, dos idiomas originais feita por um padre católico, embora tenha sido apoiado pelo latim.

O padre Huberto Rohden foi o autor de uma tradução do Novo Testamento. Começou a traduzir enquanto estudava na Leopold-Franzens-Universität Innsbruck, Áustria, completando em 1930. Foi publicado pela Cruzada da Boa Imprensa (atualmente é pela editora Martin Claret). Utilizou como base o Textus Receptus.

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A primeira tradução completa foi a Tradução Brasileira

Foi uma tradução da Bíblia que não contava somente com teólogos, como H. C. Tucker, William Cabell Brown, Eduardo Carlos Pereira, mas também com eruditos como Ruy Barbosa, José Veríssimo e Virgílio Várzea. A tradução se principiou em 1902. Publicada em sua inteireza em 1917, apresenta características eruditas, sendo bastante literal em relação aos textos originais. Não obteve o agrado dos leitores, por traduzir nomes hebraicos de uma maneira próxima à daquela língua, falta de literalidade e falta de revisões.

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A Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948. Está em circulação a revisão de 1995.

A Editora Paulinas publicou desde a década de 1950 até 1990, a Bíblia traduzida da Vulgata Latina pelo padre português Mattos Soares na década de 1930.

Publicada em 1959, a Almeida Revista e Atualizada utiliza o Texto Crítico, ao invés do Textus Receptus. Ganhou aprovação da CNBB.

Em 1959 é publicada a tradução dos monges Maredsous em português. O trabalho de tradução foi coordenado pelo franciscano João José Pedreira de Castro, do Centro Bíblico de São Paulo. Foi traduzida a partir da versão francesa publicada na Bélgica. É conhecida como Bíblia da Ave Maria

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A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é uma tradução da Bíblia feita pelas Testemunhas de Jeová. Foi publicada em 1963, sendo traduzida da versão inglesa. Recebeu uma revisão em 1984 (em português em 1986), com a inclusão de notas marginais. A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. É de orientação batista.

Em 1976 é publicada a Bíblia de Jerusalém, pelas Edições Paulinas. É baseada na versão francesa, sendo que as notas e comentários são traduzidos. Em 2002 é publicada a revisão, chamada de Nova Bíblia de Jerusalém.

Em 1981 é publicada a Bíblia Viva, uma paráfrase da Bíblia. A versão original foi elaborada por Kenneth Taylor e foi traduzida na base da equivalência dinâmica (idéia por idéia). Em 1982 é publicada a Bíblia Vozes, pela editora Vozes, traduzida por uma comissão, presidida pelo franciscano Ludovico Garmus. No ano de 1983 é publicada a Bíblia Mensagem de Deus pelas edições Loyola.

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Em 1988 é publicada A Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e tradução flexível. Um exemplo é a tradução de Juízes 3:24: Aí os empregados chegaram e viram que as portas estavam trancadas. Então pensaram que o rei tinha ido ao banheiro. Muitos eruditos vêem uma excessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido a esses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, em 2000.

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Em 1990 é publicada a Edição Pastoral. Coordenada pelo teólogo Ivo Storniolo, é uma tradução afinada com a teologia da libertação, sendo voltada para uso dos leigos. Ainda em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição contemporânea da Bíblia de Almeida (EAC). Essa edição eliminou arcaísmos e ambiguidades do texto original de Almeida, mas com a promessa de preservar as excelências do texto que lhe serviu de base. Em 1997 é publicada a Tradução Ecumênica da Bíblia (sendo baseada na versão francesa), sendo parte de sua comissão católicos, protestantes e judeus. O Antigo Testamento foi mantido do modo como se utiliza nas Bíblias judaicas. Em 2001, a CNBB produziu uma tradução comemorativa dos 50 anos da CNBB, e já está na 3ª edição e envolveu cooperação entre sete editoras católicas. No mesmo ano é publicada a Torah Viva, traduzida por Adolfo Wasserman, baseada na versão inglesa. É publicada também a versão completa da Nova Versão Internacional.,

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Em 2002 é publicada a Bíblia do Peregrino, traduzida por Luís Alonso Schökel. É uma tradução da versão espanhola. Em 2006 é publicada a Bíblia Hebraica. É o primeiro Tanakh completo publicado em português, desde 1553. Os tradutores foram David Gorodovits e Jairo Fridlin e foi revisada por rabinos e professores. Em 2007 é publicada a Bíblia Almeida Século 21, uma atualização da "Versão Revisada" do texto de Almeida (também conhecida como "Versão revisada segundo os melhores textos") por uma parceria entre a Imprensa Bíblica Brasileira/Juerp, a Editora Hagnos e a Editora Atos.

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Bíblia Sagrada — Edição Pastoral é uma tradução da Bíblia católica feita pela atual Paulus Editora.Diferentemente de outras traduções publicadas pela mesma editora (Bíblia de Jerusalém e Bíblia do Peregrino), é voltada para os uso de leigos e devocional, possuindo, por isso mesmo, um texto simplificado e de leitura razoavelmente fácil.Sua primeira edição foi em 1990, apresentando um pequeno vocabulário (suprimido em edições posteriores, por ter gerado polêmicas), notas de rodapé e introduções aos livros bíblicos baseados na perspectiva da Teologia da Libertação, o calendário oficial de leituras estipulado pelo Vaticano e, em edições mais recentes, um devocionário com orações comuns aos católicos e estrutura básica utilizada em celebrações da palavra.Tornou-se uma das edições mais vendidas no Brasil, chegando em 2012 a 86ª reimpressão da edição tamanho médio e a 33ª reimpressão do formato bolso, ambas com texto integral. Estão disponíveis versões em tamanho grande, médio e de bolso, além de diversas variantes e combinações de livros (antigo e novo testamento, apenas novo testamento, novo testamento e salmos, apenas salmos, apenas evangelhos).

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A Bíblia do Peregrino é uma versão brasileira traduzida da original Biblia del Peregrino - Edicion de estudio, que tem como colaborador principal o jesuíta Luis Alonso Schökel. No Brasil, foi impressa pela editora Paulus.

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A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição "revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas."

Essas notas diferenciais em relação às outras traduções prestam-se a ajudar o leitor nas referências geográficas, históricas, literárias etc. Suas introduções, notas, referências marginais, mapas e cronologia — traduções de material elaborado pela Escola Bíblica de Jerusalém — fazem dela uma ferramenta útil como livro de consulta, para quem precisa usar passagens bíblicas como referência literária ou de citações.

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A Bíblia Sagrada - Ave Maria (popularmente conhecida como Bíblia da Ave Maria) é uma versão da Bíblia cristã publicada pela Editora Ave Maria em 1959, traduzida do grego e hebraico, por monges beneditinos de Maredsous (Bélgica). Foi considerada uma das melhores traduções do mundo na época e em sua primeira edição teve uma tiragem de 42.000 exemplares. É a tradução mais popular entre os católicos no Brasil.Com poucas notas de rodapé, tem uma linguagem coloquial, porém sem prejuízo para a compreensão dos aspectos históricos e culturais.Na década de 50 publicaram a Bíblia católica do Brasil, cuja tradução, supervisionada pelo frei João José Pedreira de Castro, vice-presidente da LEB – Liga de Estudos Bíblicos – e fundador do Centro Bíblico de São Paulo, foi feita a partir da versão francesa dos monges beneditinos, de Maredsous, Bélgica, uma tradução direta do hebraico, grego e aramaico.Com uma linguagem popular, que tornou sua leitura bastante acessível, a Bíblia Ave-Maria completa agora 50 anos. Encontrada em diversos modelos e tamanhos, é hoje a Bíblia mais lida e conhecida pelos católicos.

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A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou uma tradução oficial da Bíblia que servirá de referência para a Igreja Católica no país. A primeira edição tem 70 mil exemplares.Como recomenda o Concílio Vaticano 2º (1962-65), a tradução se baseia nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos, cotejados com a Nova Vulgata -a tradução oficial católica.O projeto teve início em 1991, após a aprovação da Assembléia Geral da CNBB. A edição integral foi produzida por sete editoras -Vozes, Paulinas, Paulus, Santuário, Salesiana, Ave Maria e Loyola-, várias delas com traduções próprias. Textos citados em documentos eclesiais serão extraídos dessa tradução, que integra as comemorações dos 50 anos da CNBB, fundada em 1952.O texto, mais fluido que o existente em outras versões, apresenta-se simples nas narrativas. Conserva, porém, as metáforas comuns no texto bíblico. A linguagem mantém relativa homogeneidade e evita o uso de termos excessivamente característicos de uma região -o léxico procura atender à diversidade linguística brasileira. Foram evitados ainda termos como "homem", em referência ao ser humano em geral, e tempos verbais complexos.

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A diferença se mostra clara, por exemplo, numa comparação com a

Bíblia de Jerusalém (editora Paulus), recomendada para estudos bíblicos. Os versículos 29-33 do capítulo primeiro do Evangelho Segundo São Marcos dessa Bíblia dizem: "E logo ao sair da sinagoga, foi à casa de Simão e de André, com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre, e eles imediatamente o mencionaram a Jesus. Aproximando-se, ele a tomou pela mão e a fez levantar-se. A febre a deixou e ela se pôs a servi-los. Ao entardecer, quando o sol se pôs, trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos e endemoninhados. E a cidade inteira aglomerou-se à porta".

Já a tradução oficial da CNBB, mais fluida, diz: "Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. Ele aproximou-se e, tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los. Ao anoitecer, depois do pôr-do-sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que tinham demônios. A cidade inteira se ajuntou à porta da casa".

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D. Walmor Oliveira de Azevedo, 47, um dos nove tradutores responsáveis, disse à Folha que "a primazia é o texto, que se aproxima muito da linguagem

comum". Segundo ele, esta Bíblia não invalida outras versões. "Outras traduções são importantes e necessárias", disse. Entre as dificuldades, citou

as variações regionais.Mais próxima das atuais leituras litúrgicas, a Bíblia deverá servir, com as

devidas adaptações, para uma futura atualização dos livros litúrgicos. "Escutar o mesmo texto na catequese e na liturgia facilita a memorização", explicou o coordenador-geral da tradução, d. Francisco Javier Hernández

Arnedo, responsável pela dimensão bíblico-catequética da CNBB.O texto contém uma introdução geral à Bíblia, glossário de conceitos,

tabelas cronológicas, mapas e sucintas notas de rodapé, que indicam outras formas do texto nos antigos manuscritos e versões, além da tradução literal,

quando a adotada tiver sido muito livre.A preocupação com o ecumenismo aparece na numeração de capítulos e versículos, que segue a Nova Vulgata, mas indica em subscrito itálico as

numerações divergentes encontradas em outras edições. A Bíblia, na tradução oficial da CNBB, servirá de referência para a Igreja Católica no Brasil. Dela extrair-se-ão os textos citados nos documentos eclesiais e, além da leitura individual e comunitária, seu uso é especialmente recomendado para a catequese, as reuniões, os encontros de oração e de formação. É intenção da CNBB oferecer, num futuro próximo, uma edição da Bíblia que tenha, ao mesmo tempo, a aprovação para ser usada na proclamação das leituras na Liturgia.

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A Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB), publicada no Brasil pelas Edições Loyola, editora vinculada à Companhia de Jesus, é uma tradução para o português da Traduction œcuménique de la Bible (TOB - 3ª ed., Paris:Éditions du Cerf; Pierrefitte: Société Biblique Française, 1989).

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A Nova Versão Internacional (NVI) é uma das mais recentes traduções da Bíblia. Foi publicada pela Sociedade Bíblica Internacional, hoje denominada Biblica, sediada em Colorado Springs.Essa tradução foi feita a partir das línguas em que os textos bíblicos foram originalmente escritos (hebraico, aramaico e grego). A NVI foi produzida com o seguintes objetivos fundamentais:•Clareza - O texto foi traduzido de forma que pudesse ser lido pela população em geral sem maiores dificuldades, porém sem ser demasiadamente informal. Arcaísmos, por exemplo, foram banidos, e regionalismos evitados.•Fidelidade - A tradução deve ser fiel ao significado pretendido pelos autor original.•Beleza de estilo - O resultado deve permitir uma leitura agradável, e uma boa sonoridade ao ser falado em público.A tradução definitiva e completa em português foi publicada em 2001, a partir das línguas originais, com base na mesma filosofia tradutológica da New International Version (NIV).

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A tradução da "Bíblia na Linguagem de Hoje" coube a uma Comissão de tradutores brasileiros, auxiliados por pessoas que deram sugestões.Foi patrocinada pelas Sociedades Bíblicas Unidas e coordenada pela Sociedade Bíblica do Brasil.No trabalho de tradução e publicação do Novo Testamento foram gastos quatro anos.A primeira edição saiu em 1973, seguindo-se duas edições revistas (1975 e 1979). Em dezesseis anos foi traduzido o Antigo Testamento (1972 - 1987).Os defensores da tradução argumentam que o importante é extrair o sentido da Bíblia, por isso são acusados de estarem meramente parafraseando seu conteúdo.Os críticos afirmam que a tradução é "nitidamente protestante". Ademais, afirmam que nessa nova versão perdem-se as figuras de linguagem e as palavras carregadas de significado próprias da tradução original.Cristãos fundamentalistas alegam que a Bíblia na Linguagem de Hoje é "perversa", "corrupta" e "criminosa“.

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A Nova Tradução na Linguagem de Hoje, abreviadamente chamada NTLH, é uma das traduções da Bíblia no Português Brasileiro. Lançada no ano 2000 pela Sociedade Bíblica do Brasil, essa tradução da Bíblia adota uma estrutura gramatical e linguagem mais próximas da utilizada por pessoas de baixa escolaridade no Brasil.A versão foi desenvolvida pela Comissão de Tradução da Sociedade Bíblica do Brasil, num processo que tomou 12 anos de pesquisas, buscando manter o texto com significado mais próximo aos textos originais – hebraico, aramaico e grego. A NTLH é uma revisão da Bíblia na Linguagem de Hoje, lançada em 1988. Porém, ela recebeu uma revisão tão profunda que é considerada pela própria SBB como uma nova tradução das Escrituras Sagradas.

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O problema da interpretação da Bíblia não é uma invenção moderna como algumas vezes se quer fazer crer. A Bíblia mesma atesta que sua interpretação apresenta dificuldades. Ao lado de textos límpidos, ela comporta passagens obscuras. Lendo certos oráculos de Jeremias, Daniel se interrogava longamente sobre o sentido deles (Dn 9,2). Segundo os Atos dos Apóstolos, um etíope do primeiro século encontrava-se na mesma situação a propósito de uma passagem do livro de Isaías (Is 53,7-8) e reconhecia ter necessidade de um intérprete (At 8,30-35). A segunda carta de Pedro declara que « nenhuma profecia da Escritura resulta de uma interpretação particular » (2 Pd 1,20) e ela observa, de outro lado, que as cartas do apóstolo Paulo contêm « alguns pontos difíceis de entender, que os ignorantes e vacilantes torcem, como fazem com as demais Escrituras, para sua própria perdição » (2 Pd 3,16).

Interpretação

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Marcos 1,15

“Cumpriu-se o prazo e o

reino de Deus está próximo,

mudem de mentalidade e acreditem na boa notícia!

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LEITURA FUNDAMENTALISTA

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Exegese é a interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico ou literário. A exegese como todo saber, tem práticas implícitas e intuitivas.A tarefa da exegese dos textos sagrados da Bíblia tem uma prioridade e anterioridade em relação a outros textos. Isto é, os textos sagrados são os primeiros dos quais se ocuparam os exegetas na tarefa de interpretar e dar seu significado. A palavra exegese é oriunda do grego exegeomai, exegesis: ex tem o sentido de retirar, derivar, ex-trair, ex-ternar, ex-teriorizar, ex-por e "hegeisthai" o de conduzir, guiar.

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Por isso, o termo exegese significa, como interpretação, revelar o sentido de algo ligado ao mundo do humano, mas a prática se orientou no sentido de reservar a palavra para a interpretação dos textos bíblicos.

Exegese, portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas Escrituras desde o século II da Era Cristã.

Orígenes, cristão egípcio que escreveu nada menos que 600 obras, defendia a interpretação alegórica dos textos sagrados, afirmando que estes traziam, nas entrelinhas de uma clareza aparente, um sentido mais profundo. O termo exegese ficou ligado à interpretação alegórica, ensejando abusos de interpretação, a ponto de alguns autores afirmarem, ironicamente, que a Bíblia seria um livro onde cada qual procura o que deseja e sempre encontra o que procura.

Ser exegeta é contextualizar o que foi escrito com a cultura da época e extrair os princípios morais para o tempo presente

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Ex.: Várias religiões, usam o texto sagrado conforme suas conveniências. Isto pode ser

combatido através de uma leitura crítica dos textos sagrados, a partir de um método

científico que é a exegese.ex.: Exegeta é a pessoa que faz exegese.

Comentário para esclarecimento ou interpretação minuciosa de um texto ou de uma palavra. Aplica-se especialmente em relação a Gramática, à Bíblia, às leis!

Exegese ?

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Tá falando sério?

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Por fidelidade à grande Tradição, da qual a própria Bíblia é testemunha, a exegese católica deve evitar tanto quanto possível esse gênero de deformação profissional e manter sua identidade de disciplina teológica, cuja finalidade principal é o aprofundamento da fé. Isso não significa ter um compromisso menor com uma pesquisa científica mais rigorosa, nem a deformaçãos dos métodos por preocupações apologéticas. Cada setor da pesquisa (crítica textual, estudos linguísticos, análises literárias, etc.) tem suas próprias regras, que é preciso seguir com toda autonomia. Mas nenhuma dessas especialidades é uma finalidade em si mesma. Na organização de conjunto da tarefa exegética, a orientação em direção à finalidade principal deve permanecer efetiva e evitar os desperdícios de energia. A exegese católica não tem o direito de se parecer com um curso d'água que se perde nas areias de uma análise hiper-crítica. Ela deve preencher na Igreja e no mundo uma função vital, isto é, de contribuir a uma transmissão mais autêntica do conteúdo da Escritura inspirada.

Roma, 15 de Abril de 1993.

PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICAA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA NA IGREJA

É bem a esta finalidade que tendem desde já seus esforços, em ligação com a renovação das outras disciplinas teológicas e com o trabalho pastoral de atualização e de inculturação da Palavra de Deus. Examinando a problemática atual e exprimindo algumas reflexões a esse respeito, a presente exposição espera ter facilitado a todos uma tomada de consciência mais clara do papel dos exegetas católicos.

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O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão".Alguns defendem que o termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente.Encontra-se desde os séculos XVII e XVIII o uso do termo no sentido de uma interpretação correta e objetiva da Bíblia. Spinoza é um dos precursores da hermenêutica bíblica.

Hermenêutica ?

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Outros dizem que o termo "hermenêutica" deriva do grego "ermēneutikē" que significa "ciência", "técnica" que tem por objeto a interpretação de textos poéticos ou religiosos, especialmente da Ilíada e da "Odisséia"; "interpretação" do sentido das palavras dos textos; "teoria", ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico. Hermes é tido como patrono da hermenêutica por ser considerado patrono da comunicação e do entendimento humano.

A hermenêutica filosófica refere-se principalmente à teoria do conhecimento de Hans-Georg Gadamer como desenvolvida em sua obra "Verdade e Método" (Wahrheit und Methode), e algumas vezes a Paul Ricoeur.

Consistência hermenêutica refere-se à análise de textos para explicação coerente. Uma hermenêutica (singular) refere-se a um método ou vertente de interpretação.

A hermenêutica moderna, ou contemporânea, engloba não somente textos escritos, mas também tudo que há no processo interpretativo. Isso inclui formas verbais e não-verbais de comunicação, assim como aspectos que afetam a comunicação, como proposições, pressupostos, o significado e a filosofia da linguagem, e a semiótica

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Faça hermenêutica, explica pra ele...

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O que é Hermenêutica:Hermenêutica significa interpretar, e é um termo de origem grega. Hermenêutica na Bíblia é a compreensão das escrituras, para compreender o sentido das palavras de Deus. Hermenêutica BíblicaHermenêutica na Bíblia é a arte que estuda as escrituras, o que cada palavra, frase e capítulos significam. Existem muitos textos na Bíblia difíceis de compreender, por isso a hermenêutica faz-se essencial para as pessoas que não tem muito conhecimento das palavras e dos símbolos.Hermenêutica na FilosofiaNa filosofia, hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da interpretação, e surgiu na Grécia Antiga. A hermenêutica estuda diversos assuntos em diversas áreas, como literatura, religião e direito. Na filosofia, hermenêutica é fundamentada por Hans-Georg Gadamer, que escreveu um livro sobre como explicar e analisar textos de forma coerente, através de métodos especiais.Hermenêutica JurídicaNa área jurídica, hermenêutica é a ciência que criou as regras e métodos para interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas com seu sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram. Toda norma jurídica deve ser aplicada em razão do todo do sistema jurídico vigente, e não depende da interpretação de cada um, ela deve estar vinculada aos mandamentos legais de uma sociedade.

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hermenêutica aplicada...rs!

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A hermenêutica da Palavra desenvolvida por Gerhard Ebeling e Ernst Fuchs parte de uma outra abordagem e depende de

um outro campo de pensamento. Trata-se mais de uma teologia hermenêutica do que uma filosofia hermenêutica. Ebeling está de acordo, no entanto, com autores tais como

Bultmann e Ricoeur para afirmar que

a Palavra de Deus só acha plenamente seu sentido

quando encontra aqueles aos quais ela se dirige.

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A necessidade de uma hermenêutica, isto é, de uma interpretação no hoje do nosso mundo, encontra um fundamento na própria Bíblia e na história de sua interpretação. O conjunto dos escritos do Antigo e do Novo Testamento apresenta-se como o produto de um longo processo de reinterpretação dos acontecimentos fundadores, ligado com a vida das comunidades de fiéis.

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Na tradição eclesial, os primeiros intérpretes da Escritura, os Padres da Igreja, consideravam que a exegese que faziam dos textos só era completa quando eles evidenciavam o sentido para os cristãos do tempo deles e na situação em que viviam. Só se é fiel à intencionalidade dos textos bíblicos na medida que se tenta reencontrar no coração de sua formulação a realidade de fé que eles exprimem, e se esta se liga à experiência dos fiéis do nosso mundo.

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Trabalho de Grupo

Lucas 24,13-48Atos 8,26-39

Esegese?Hermenêutica?

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A este propósito, porém, deve-se evitar o risco de uma abordagem individualista, tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão, para nos unir na Verdade no nosso caminho para Deus. Sendo uma Palavra que se dirige a cada um pessoalmente, é também uma Palavra que constrói comunidade, que constrói a Igreja. Por isso, o texto sagrado deve-se abordar sempre na comunhão eclesial.

Com efeito, «é muito importante a leitura comunitária, porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura é o Povo de Deus, é a Igreja. (…) A Escritura não pertence ao passado, porque o seu sujeito, o Povo de Deus inspirado pelo próprio Deus, é sempre o mesmo e, portanto, a Palavra está sempre viva no sujeito vivo. Então é importante ler a Sagrada Escritura e ouvi-la na comunhão da Igreja, isto é, com todas as grandes testemunhas desta Palavra, a começar dos primeiros Padres até aos Santos de hoje e ao Magistério atual» (VD 86)

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87. Nos documentos que prepararam e acompanharam o Sínodo, falou-se dos vários métodos para se abeirar, com fruto e na fé, das Sagradas Escrituras. Todavia prestou-se maior atenção à lectio divina, que «é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva». Quero aqui lembrar, brevemente, os seus passos fundamentais:

começa com a leitura (lectio) do texto, que suscita a interrogação sobre um autêntico conhecimento do seu conteúdo: o que diz o texto bíblico em si? Sem este momento, corre-se o risco que o texto se torne somente um pretexto para nunca ultrapassar os nossos pensamentos.

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Segue-se depois a meditação (meditatio), durante a qual nos perguntamos: que nos diz o texto bíblico? Aqui cada um, pessoalmente mas também como realidade comunitária, deve deixar-se sensibilizar e pôr em questão, porque não se trata de considerar palavras pronunciadas no passado, mas no presente.

Sucessivamente chega-se ao momento da oração (oratio), que supõe a pergunta: que dizemos ao Senhor, em resposta à sua Palavra? A oração enquanto pedido, intercessão, ação de graças e louvor é o primeiro modo como a Palavra nos transforma.

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Finalmente, a lectio divina conclui-se com a contemplação (contemplatio), durante a qual assumimos como dom de Deus o seu próprio olhar, ao julgar a realidade, e interrogamo-nos: qual é a conversão da mente, do coração e da vida que o Senhor nos pede? São Paulo, na Carta aos Romanos, afirma: «Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, a fim de conhecerdes a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável e o que é perfeito» (12, 2). De fato, a contemplação tende a criar em nós uma visão sapiencial da realidade segundo Deus e a formar em nós «o pensamento de Cristo» (1 Cor 2, 16). Aqui a Palavra de Deus aparece como critério de discernimento: ela é «viva, eficaz e mais penetrante que uma espada de dois gumes; penetra até dividir a alma e o corpo, as junturas e as medulas e discerne os pensamentos e intenções do coração» (Hb 4, 12).

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Há que recordar ainda que a lectio divina não está concluída, na sua dinâmica, enquanto não chegar à ação (actio), que impele a existência do fiel a doar-se aos outros na caridade.