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Página 1 ADVENTISMO ARTIGOS NESTE MATERIAL: 1. METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?............................................ ...01 2. NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!.....................................05 3. O DESAPONTAMENTO ADVENTISTA...................................... .......26 4. DOMINGO - O DIA QUE O SENHOR FEZ!........................................34 1. METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU? Por João Flavio Martinez Ellen. G. White, profetisa e baluarte da Igreja Adventista do Sétimo Dia e da Igreja Adventista da Reforma, tem nos seus escritos grande credibilidade e admiração por todos os membros dessas seitas. Diz, em êxtase, o autor do livro Sutilezas do Erro (p. 30): ...Os testemunhos orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e na forma.

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ADVENTISMOARTIGOS NESTE MATERIAL:

1. METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?...............................................012. NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!.....................................053. O DESAPONTAMENTO ADVENTISTA.............................................264. DOMINGO - O DIA QUE O SENHOR FEZ!........................................34

1. METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?

Por João Flavio Martinez

Ellen. G. White, profetisa e baluarte da Igreja Adventista do Sétimo Dia e da Igreja Adventista da Reforma, tem nos seus escritos grande credibilidade e admiração por todos os membros dessas seitas. Diz, em êxtase, o autor do livro Sutilezas do Erro (p. 30): ...Os testemunhos orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e na forma. Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato.

A Palavra de Deus diz que de uma mesma fonte não pode sair bênção e maldição ao mesmo tempo (Tg 3.10). Ou é de Deus ou não. Como nos foi dito por certo adventista: se um elo da corrente está podre, toda corrente está comprometida. Baseado nesse raciocínio, gostaria de levar o leitor ao questionamento, pois a inerrância só pertence a Deus e sua Palavra. Se a Sra. White errou em um ponto, ela pode ter errado em muitos outros, e até comprometido a salvação de alguém. O que vamos relatar abaixo não é com o intuito de ofender ninguém, mas trazer à tona a falibilidade do homem.

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Percebemos, no texto extraído do livro O Futuro Decifrado, como a profetisa adventista se preocupa em fazer uma cronologia de eventos que se encaixem na pseudoprofecia de 22 de outubro de 1844 — dia marcado pelos adventistas para a volta de Cristo. Ela citou um evento isolado e o usou para florear a doutrina do suposto advento que, mais tarde, passou a ser chamado de Juízo Investigativo, quando Jesus teria saído do santo lugar e entrado no santíssimo (referindo-se ao templo judaico). Até hoje esse evento é amplamente difundido em seus livros a fim de mostrar que aquele engodo teve fundamento. Não só a doutrina da volta de Cristo e o Juízo Investigativo estavam errados como também os fatos astronômicos citados pela Sra. White estão fora de contexto. Mas os atuais adventistas insistem em admitir que cientificamente estão corretos.

Tivemos, portanto, a alegria de escrever para o Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo sobre o fato descrito pela Sra. White e ficamos surpresos com o que obtivemos. É claro que, através da Palavra de Deus, já sabíamos que tudo não passava de um engano, mas depois da carta recebida percebemos que usar esse argumento até hoje é abusar da ingenuidade cultural do povo brasileiro.

1) Ela associa a chuva de meteoros ao texto de Ap 6.13. No entanto, ela se esquece que o v.14 está dentro de um contexto. Se um dos fatos tivesse ocorrido, o outro não poderia passar desapercebido. Vejamos, então, o que nos diz os vv. 13 e 14: E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. É fato concreto que o v.14 não ocorreu, pois todas as ilhas e montes ainda estão intactos, mostrando que esta teoria adventista é, com certeza, infundada. Se a predição do v.14 não ocorreu, por conseqüência a do v. 13 também não. Isso deveria ser compreendido facilmente pelos adventistas, mas o problema é a afirmação de E.G. White, considerada

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por eles como o espírito da profecia: Esta profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833. Se ela disse que tal profecia teve o seu cumprimento, como dizer o contrário? Como seguidores de E.G.White, os adeptos do Adventismo não têm como desmentir ou corrigir a edificadora e codificadora das doutrinas dessa denominação.

2) De acordo com o Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo, o evento em pauta só ocorre com essa intensidade de 33 em 33 anos. Leiamos a carta que nos foi enviada: ...Apesar de a Leonídea (chuva de meteoro) ocorrer anualmente, em intervalos de 33 anos, aproximadamente, as chuvas são mais intensas, fato vinculado ao cometa com a qual os Leonídeos estão associados: O Tempel (1866 I), cujo período orbital é de 32,2 anos. (parênteses nosso.) Ou seja, assim como o cometa de Halley não é um evento apocalíptico, também não o é a chuva de meteoros.

3) Há registros desse acontecimento desde o ano 902 d.C. Assim, esse evento fica desqualificado como sendo sinais eminentes da volta de Cristo. O que percebemos é que os adventistas querem mistificar o dia 22/10/1844, sendo que foi o fato ocorrido em 1833 que concebeu a idéia da suposta volta de Jesus Cristo. O que a Sra. White não imaginava é que, num futuro próximo, a sua teoria a colocaria na posição de falsa profetisa. Vejamos: Há registros de sua ocorrência desde o ano 902 de nossa era. Entretanto, somente a partir do final do século XVIII é que os registros são mais freqüentes, provavelmente pelo fato de os astrônomos profissionais e amadores terem sido despertados ...

A Sra. White errou no fato descrito acima e qualquer estudante da Bíblia que observar as doutrinas adventistas perceberá que eles estão equivocados. Não há dúvidas, esses erros qualificam a Sra. E.G. White como falsa profetisa. A Palavra de Deus diz o seguinte: Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu

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não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás (Dt 18.20-22).

Em seu livro O Futuro Decifrado, Ed.32º, p.36, a Sra. White narra o seguinte: Em 1833... apareceu o último dos sinais prometidos pelo Salvador como indícios de seu segundo advento. Disse Jesus: As estrelas cairão do céu (S. Mateus 24.29). E S. João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte (Apocalipse 6.13). Esta profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833.

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2. NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!

Por Natanael Rinaldi

Mandaram-me, pelo correio, um livrete com o título “Qual o verdadeiro dia de repouso?”. De autoria de Williams Costa Jr. e Alejandro Bullón, ambos pastores adventistas, a obra é distribuída pelo curso “Está Escrito”, da referida seita. O texto é composto de perguntas e respostas.

Acredito que esse material me foi enviado por alguém que conhece a minha posição com relação aos ensinos adventistas sobre a guarda do sábado, posição essa exposta ao longo dos anos aqui mesmo em Defesa da Fé, e também em programas de rádios e seminários, entre outros eventos. Tanto é assim que fui até mesmo citado pelos autores no livrete, o que me motivou ainda mais a me pronunciar. Aproveito a oportunidade também para responder, de uma só vez, às cartas e aos telefonemas, que não são poucos, que chegam, por parte dos adventistas, ao ICP. Dessa forma, eles me criticam e instigam a replicar seus argumentos sabatistas ardilosos e polêmicos. Alguns desses argumentos são, de certa forma, infantis, como se vê na página 12 do livro em referência. Vejamos:

– Wiams, você fala inglês, como se diz domingo em inglês? – pergunta Bullón.

– Sunday – responde Costa Júnior.

– E o que quer dizer Sunday? – Bullón novamente.

– O dia do sol. E não é somente em inglês, em alemão também. Eu não falo alemão, mas em algumas línguas o domingo significa o dia do sol – finaliza Costa.

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Qualquer criança que estuda inglês sabe que a palavra para sábado nessa língua é saturday. Se perguntarmos a essa mesma criança qual o significado do termo saturday ela responderá “o dia de Saturno”. Quem era Saturno? Um deus pagão, do qual vem o vocábulo saturnais, que indica uma festa realizada com licenciosidade e baixeza moral.

Mas o adventista dá valor apenas ao argumento sobre a palavra sunday, mesmo sabendo que todos os dias da semana eram conhecidos por nomes de deuses ou planetas: o Sol (domingo), a Lua (segunda-feira), Marte (terça-feira), Mercúrio (quarta-feira), Júpiter (quinta-feira), Vênus (sexta-feira) e Saturno (sábado).

Para um líder espiritual de uma igreja que se vangloria por conhecer profundamente a Bíblia (o que não é verdade, pois os adventistas baseiam seus ensinos nas visões e revelações de Ellen Gould White), esse argumento infantil tem validade.

Embora os adventistas queiram ser reconhecidos como evangélicos, na verdade são sabatólatras. São sucessores dos fariseus dos dias de Jesus, que levaram o Mestre à morte por causa de duas acusações. A primeira delas era porque o Salvador não guardava o sábado. A segunda, porque Jesus se declarava Filho de Deus, com natureza igual à de Deus. Isso era caso gravíssimo para os judeus. Imperdoável mesmo! Por isso, pois, os judeus “Ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”(Jo 5.17-18).

Através de um exame, ainda que superficial, do livro “Qual o verdadeiro dia de repouso?”, percebe-se facilmente que faltou seriedade intelectual aos seus autores. Não é possível que alguém se proponha a defender o sábado como sendo o verdadeiro dia de repouso e, propositadamente, ao citar as Escrituras como prova da sua validade, omita a palavra sábado (no plural, sábados) de Colossenses 2.16. Pois é justamente dessa forma que o senhor Bullón age. Vejamos o diálogo

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entre ele e o pastor Costa Júnior:

Pastor COSTA JÚNIOR – (referindo-se aos crentes que costumam dizer)... “eu sou cristão, sou seguidor de Jesus e guardo o domingo. E uma das razões pelas quais eu guardo o domingo é porque Jesus foi perfeito. Ele cumpriu a Lei e Ele pregou a Lei na cruz. Pastor Bullón, há necessidade de continuar guardando a Lei, apesar de Jesus ter feito seu sacrifício na cruz?”

Pastor BULLÓN – “Muitos cristãos acham que depois da morte de Cristo já não se deve guardar mais o sábado porque Cristo cravou na cruz os mandamentos de Deus. Em primeiro lugar, não há base bíblica dizendo que Jesus cravou os mandamentos de Deus. Jesus cravou na cruz todas as festas do povo de Israel, que apontavam para a sua vinda, como o sacrifício do cordeiro e a circuncisão. Muitas das festas, cerimônias e leis cerimoniais do povo de Israel tinham como objetivo anunciar que Jesus viria para morrer na cruz do Calvário pelos nossos pecados. Agora, uma vez que Jesus veio, para que sair sacrificando cordeirinhos se o Cordeiro de Deus já fora sacrificado? A circuncisão, as festas, as luas novas, as festas religiosas de Israel, tudo isto chegou ao fim porque, isto sim, Jesus cravou na cruz do Calvário” (p. 4).

Todos sabemos que a honestidade é fundamental quando se trata de refutar doutrinas bíblicas. Pergunto: por que foi omitida propositadamente a palavra “sábados” de Colossenses 2.16? Vimos que os autores falaram das festas, das luas novas, mas omitiram a palavra “sábados”. Por que fizeram isso?

Vejamos o que de fato foi cravado na cruz (o que é reconhecido pelos próprios adventistas): “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17). Como podemos ver, à luz da Palavra de Deus, não foram apenas os dias de festas, as luas novas cravados na cruz, mas também

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os sábados. E devemos saber que esses sábados não são os sábados anuais, porque os chamados sábados anuais ou cerimoniais são identificados no texto em pauta pela expressão dias de festas.

Razões que indicam que os sábados de Cl 2.16 são semanais

Diante da clareza de Cl 2.16-17, os adventistas do sétimo dia costumam refutar essa posição alegando que a palavra sábados não se refere ao sábado semanal, mas aos cerimoniais ou anuais, conforme mencionados em Lv 23.1-39.

Essa afirmação, no entanto, não é correta, e por três razões:

A - Os sábados anuais ou cerimoniais eram chamados de festas, e eles já estão incluídos na frase dias de festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa ou sábados anuais eram designados como tais. A saber:

1 Festa da Páscoa - Lv 23.5,7;2 Festa dos Asmos - Lv 23.8;3 Festa de Pentecostes - Lv 23.15-16;4 Festa das Trombetas - Lv 23.23-25;5 Festa da Expiação - Lv 23.26,32;6 Festa dos Tabernáculos - 1º dia de festa;7 Festa dos Tabernáculos - último dia de festa - Lv 23.34,36.

Em Levíticos 23.37, lemos: “Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas convocações...”. Na seqüência do texto, mas precisamente no v. 38, os sábados são, propositadamente, excluídos. Vejamos: “Estas ofertas são além dos sábados do Senhor, além dos vossos dons, além de todos os vossos votos, e além de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao Senhor”.

Assim, os chamados sábados anuais estão incluídos nos dias de festas, o que mostra, distintamente, que os sábados semanais, conforme

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indicados por Paulo em Cl 2.16, não constam dessa relação: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.

B - A fórmula dias de festa, luas novas e sábados serve para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais:

1º Exemplo:

– Em Números 28 encontramos os holocaustos para os sábados (semanais), para as luas novas (mensais) e para os dias de festa (anuais) nos seguintes versículos: “... no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha... Holocausto é do sábado em cada semana...” (vv. 9,10). “E as suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro... este é o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano” (v. 14). “Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; e aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos” (vv. 16,17).

2º Exemplo:

– Em 1 Crônicas 23.31, lemos: “E para cada oferecimento dos holocautos do Senhos, nos sábados, nas luas novas e nas solenidades por conta, segundo o seu costume, continuamente”. O significado de cada período: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades” (cada ano).

3º Exemplo:

– Em 2 Crônicas 2.4 está escrito: “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para o pão contínuo da proposição, e para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas

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e nas festividades do Senhor nosso Deus...”. O significado de cada período: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas festividades” (cada ano).

4º Exemplo:

– Em 2 Crônicas 8.13, registra-se: “E isto segundo o dever de cada dia, oferecendo segundo o preceito de Moisés, nos sábados e nas luas novas, e nas solenidades, três vezes no ano”. O significado dos períodos: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades” (cada ano).

5º Exemplo:

– Em 2 Crônicas 31.3, lemos o seguinte: “Também estabeleceu a parte da fazenda do rei para os holocaustos, para os holocaustos da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos sábados, e das luas novas, e das solenidades, como está escrito na lei do Senhor”. O significado dos períodos: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “das solenidades” (cada ano).

6º Exemplo:

– Em Ezequiel 45.17, lemos: “E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações nas festas e nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel”. Significado dos períodos: “nas festas” (cada ano), “nas luas novas” (cada mês) e “nos sábados” (cada semana).

7º Exemplo:

– Em Oséias 2.11 está escrito: “E farei cessar todo o seu gozo, a suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades. E, finalmente, temos Cl 2.16-17: “Portanto, ninguém vos

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julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. O significado dos períodos desses dois textos é o mesmo dos anteriores.

C- As palavras sábado, sábados e dia de sábado (no singular ou no plural) ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento. Mas os adventistas do sétimo dia reconhecem que apenas 59 dos casos se referem ao sábado semanal. Negam justamente o texto de Cl 2.16. Dizem eles: “Os termos sábado, sábados e dia de sábado ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso, exceto um, refere-se ao sétimo dia. Colossenses 2.16,17 faz referência aos sábados anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB).

Se perguntarmos aos adventistas qual o sentido da palavra sábados em qualquer passagem do Novo Testamento em que ela aparece, a resposta será sempre a mesma: sábado semanal. A única exceção é Colossenses 2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a procedência da nossa declaração de que, segundo essa referência bíblica, o sábado semanal deixou de ser uma obrigação para os cristãos.

Repetindo: se dermos à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido semanal teremos em favor da nossa interpretação 59 referências reconhecidas por eles. Mas, ao darem à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido de sábados anuais ou cerimoniais, eles não têm nenhuma referência que apoie sua interpretação. Por isso argumentam dessa forma. Caso contrário, teriam de reconhecer que o sábado foi abolido na cruz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).

“Meus sábados e seus sábados”

Os adventistas do sétimo dia dizem que a expressão meus sábados

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indica a distinção entre os sábados semanais e os sábados cerimoniais. Mas isso não é bíblico. As duas expressões são utilizadas para indicar os mesmos sábados - os semanais. São de Deus - meus sábados - porque foram dados por Ele. E são dos judeus - seus sábados - porque foram dados para eles.

Vejamos a aplicação dos pronomes meus e seus na Bíblia:

A - O Templo - Is 56.7 comparado com Mt 23.38 (minha casa, vossa casa);

B - O mesmo Deus indicado por meu Deus e vosso Deus - Jo 20.17

C - Os mesmos sacrifícios e holocaustos são chamados de meus e vossos em Nm 28.2. Comparar com Dt 12.6.

Resposta às outras citações bíblicas

Pastor COSTA JÚNIOR – Pastor, qual é o fundamento bíblico, que nós temos, para o verdadeiro dia de guarda? Qual o verdadeiro dia de repouso?

Pastor BULLÓN – Teríamos de ir, para esta resposta, ao início da criação deste mundo. No capítulo 2 do livro de Gênesis, versículos de 1 a 3, diz assim: “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”.

Se o sábado semanal deve ser o dia de repouso, por que então Deus trabalhou nele? O texto é claro: “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito”. Deus não terminou sua obra da criação no sexto dia e descansou no sétimo. Ele trabalhou no sétimo dia, e descansou no mesmo dia em que concluiu a obra da criação.

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Ora, se se invoca o descanso de Deus para impingir-se a guarda desse dia como sendo o dia de repouso, como admitir que Deus trabalhou justamente nesse dia? E se Ele trabalhou para concluir a obra da criação, então não é pecado trabalhar nesse dia seguindo o exemplo de Deus! O senhor Bullón declara: “Você sabe que Deus não se cansa, nem se fadiga. Portanto, se Ele descansou no sábado não era porque estava cansado”. Seguindo esse raciocínio de Bullón, o registro bíblico merece correção, porque está declarando algo que não é verdade.

Devemos ver uma coisa, se o senhor Bullón queria apenas indicar com isso que o sétimo dia deveria ser de descanso universal, surge então uma pergunta: “Todos os homens da terra têm o dia sétimo, ao mesmo tempo, como dia de repouso, inclusive o próprio Deus? Diz a Bíblia que o sábado deveria ser guardado a partir do pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado (Lv 23.32). Logo, os habitantes da terra teriam de guardar o mesmo período. Mas, quando são 6 horas da manhã de sábado aqui no Brasil, no Japão são 6 horas da tarde. E isto significa que, quando os guardadores do sábado aqui se levantam para guardá-lo, os seus irmãos japoneses o acabaram de guardar. E quando os brasileiros começarem a guardar o sábado, seus irmãos na Califórnia, USA, trabalharão ainda durante cinco horas antes de começarem a guardá-lo. Qual dos grupos de guardadores do sábado estarão realmente observando o período de tempo que Deus descansou ao concluir a obra da criação?

Os adventistas guardam realmente o sábado?

Dentro das exigências da lei estava a proibição de acender fogo no dia de sábado: “Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado” (Êx 35.3). Isso significa que é proibido acender qualquer tipo de fogo, seja um fósforo ou um fogão a gás. Implica também na proibição de andar de carro movido a combustão. Os judeus radicados no Brasil, notadamente os de São Paulo, onde se localiza a maioria

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deles, vão à sinagoga a pé no dia de sábado, e não de carro, respeitando as observâncias com relação a esse dia.

Caro leitor, pergunte ao primeiro adventista que lhe falar sobre a obrigatoriedade da guarda do sábado se ele acende fogo nesse dia? Observe como ele titubeia e não sabe como responder! Falta-lhe coragem para admitir que sim. Paulo declarou: “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.10-11). Assim, os adventistas estão sob a maldição da própria lei que pretendem guardar. Pior, agem como os fariseus, que punham fardos pesados sobre os ombros do povo e eles mesmos não tocavam nem com a mão. Mas Jesus os denunciou: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.4). O mesmo disse Pedro: “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo quem nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também” (At 15.10,11). E Paulo reitera a impossibilidade da guarda da lei, que não era completa apenas com os dez mandamentos.

O que abrangia o livro da lei? Nada menos do que 613 mandamentos, mas os adventistas resolveram criar apenas duas leis. Uma delas denominaram como Lei Moral, os dez mandamentos, e o restante como Lei de Moisés, cancelada na cruz. Fácil, não? Baseados em quê fizeram essa distinção de leis? Tem apoio bíblico? Onde aparecem na Bíblia expressões como Lei Moral e Lei Cerimonial? Por isso confessam: “Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias categorias: 1. Lei moral; 2. Lei Cerimonial; 3. Lei Civil, 4. Estatutos e Juízos; 5. Leis de saúde. Esta classificação é, em parte, artificial” (Lições da Escola Sabatina, Lição n. 2, p. 18, de 8-1-1980).

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Pastor BULLÓN – Então, como eu posso saber, pela Bíblia, que depois da morte de Cristo, os seus discípulos ainda continuaram guardando o sábado? Muito simples: em S. Lucas, capítulo 23, a partir do versículo 50, está relatado como José de Arimatéia foi reclamar o corpo de Cristo. Cristo já estava morto. Dentre as pessoas havia algumas mulheres. “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamentos” (Lc 23.54-56). Ou seja, Jesus já havia morrido, e no sábado, o primeiro sábado após a morte de Cristo, as mulheres ainda continuaram guardando o mandamento do sábado.

Ora, se os próprios sabatistas reconhecem que o nosso argumento para a guarda do primeiro dia da semana, como dia do Senhor (Ap 1.10), é decorrente da ressurreição de Jesus, ocorrida no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3), e o texto de Lc 23.54-55 se refere ao descanso das mulheres no sábado antes da ressurreição, que valor tem o exemplo dessas piedosas mulheres judias para nós, cristãos?

Pastor BULLÓN – A Bíblia está cheia de referências de que Jesus guardou o sábado quando viveu nesta terra. E quem quer ser cristão, quer seguir a Jesus. Porque cristão é aquele que faz o que Jesus fez.

Jesus guardou o sábado porque era judeu e nasceu sob a lei (Gl 4.4), portanto obedeceu todas as leis do Antigo Concerto. Como exemplo de cidadão judeu, Ele foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote pela purificação, guardou a festa da Páscoa, etc (Lc 2.21-24; 5.12-14; Mt 26.18,19). Mas, quando morreu, Ele inaugurou uma nova aliança e revogou a velha (Jo 19.30; Mt 27.51). “Mas, antes que a fé viesse estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo do aio” (Gl 3. 23-25).

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Se o fato de Jesus ter guardado a Páscoa não prova que também devemos guardá-la, ou se o fato de Ele ter-se circuncidado não recomenda que também devemos nos circuncidar, do mesmo modo não devemos também guardar o sábado por que Ele o guardou.

A natureza dos mandamentos de Jesus

A que Jesus se referia quando falava de seus mandamentos? Os adventistas associam a palavra ‘mandamentos’ no Novo Testamento aos dez mandamentos. Mas esse modo de pensar não é correto. Jesus foi bem específico quando falou de seus mandamentos.

Vejamos a que Jesus se referia quando falava de mandamentos:

- “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34);

- “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” ( Jo 15.12);

- “O seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo seu mandamento” (1Jo 3.23);

- “E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão” (1Jo 4.21);

- “E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros” (2Jo 5).

O leitor pode perceber que em nenhum dos textos acima se fala na

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guarda do sábado.

O Novo Testamento não repete os dez mandamentos

Não há dúvida de que o Novo Testamento cita mandamentos do Velho Testamento. Fala de toda a Lei de Moisés, mas não repete o quarto mandamento em nenhum lugar. Façamos uma comparação dos dez mandamentos dentro do Novo Testamento:

VELHO TESTAMENTO

1º mandamento - Êx 20.2,32º mandamento - Êx 20.4-63º mandamento - Êx 20.74º mandamento - Êx 20.8-115º mandamento - Êx 20.126º mandamento - Êx 20.137º mandamento - Êx 20.148º mandamento - Êx 20.159º mandamento - Êx 20.1610º mandamento - Êx 20.17

NOVO TESTAMENTO

1º At 14.152º 1Jo 5.213º Tg 5.124º Não existe5º Ef 6.1-36º Rm 13.97º 1Co 6.9,108º Ef 4.289º Cl 3.910º Ef 5.3

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Pastor BULLÓN – Mesmo São Paulo, que não foi discípulo de Jesus, pois São Paulo se converteu depois, ou seja, já se havia passado anos e São Paulo disse que quando chegou a Corinto foi, aos sábados, à sinagoga: “E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos... O texto bíblico diz: “Todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos”. (A citação correta é Atos 18.4, e não Lucas 18.4, como indicado no livrete). E os gregos não guardavam o sábado, portanto Paulo não ia por causa dos judeus, ele ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor.

O sábado era o dia quando pessoas se juntavam na sinagoga para adoração dentro do culto judaico. A maioria dos participantes era judeu. Os gregos compareciam em menor número. Paulo aproveitou essas oportunidades para ensinar que Jesus era o Cristo prometido nas Escrituras do Velho Testamento, procurando ganhar aquelas pessoas para Jesus Cristo. E fez de tudo para conseguir seu objetivo: “Fiz-me como judeu para com os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (Não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele” (1Co 9.19-23).

Foi dessa forma que circuncidou Timóteo (At 16.3) e declarou que a circuncisão nada vale (Gl 5.2; 6.15); observou o Pentecostes (At 20.16); tosquiou a cabeça (At 18.18); e fez ofertas segundo a lei (At 21.20-26). Sua explicação para a observância de todas essas práticas judaicas está no desejo que tinha de ganhar os judeus e os gregos para Cristo. Será que os adventistas circuncidam pessoas como Paulo o fazia? Observam o Pentecostes? Tosquiam suas cabeças? Fazem ofertas segundo a lei? Que parcialidade dos adventistas: só se lembram do sábado! É muito sectarismo da parte deles!

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Outra declaração absurda é a que diz que Paulo “não ia por causa dos judeus, ele ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor”. Interessante! Paulo escreveu treze cartas, e se considerarmos Hebreus como sendo de sua autoria, teremos quatorze. Será que Paulo se esqueceu de dizer isso em suas epístolas: que o sábado era o dia do Senhor? Quanto à observância do sábado, Paulo declarou: “Guardais dias (sábados) e meses, (luas novas), e tempos, e anos (festas anuais). Receio de vós que não haja trabalho em vão para convosco” (Gl 4.10-11). A preocupação de Paulo era com o fato de os gálatas estarem se voltando para o judaísmo.

Pastor COSTA JÚNIOR – Existe um fundamento bíblico para nós guardarmos outro dia que não o sábado, seja qual for a razão?

Pastor BULLÓN –Existe aqui uma declaração, que eu vou ler, no livro de Hebreus, capítulo 4, versículos 4,5 e 9, que diz assim: “Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso... Portanto, resta um repouso para o povo de Deus”. Isto quer dizer que, para a Igreja de Deus dos nossos dias, continua um dia de repouso (p. 7).

É evidente que o repouso de que se trata aqui nada tem a ver com o repouso do sétimo dia indicado no quarto mandamento, senão o repouso de uma de fé em Deus. A idéia central do texto é:

A - Deus repousou depois de haver criado o mundo;

B - Os profetas falaram de antemão de um outro dia (Sl118.24), em vez do sétimo, para comemorar o repouso maior que se seguiria a uma obra maior do que a criação;

C - A este repouso maior, Josué nunca pode guiar o seu povo;

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D - Jesus, havendo terminado sua obra de redenção na cruz (Jo 19.30), repousou Ele mesmo no primeiro dia da semana (Mc 16.9), como Deus havia repousado da sua;

E - Na cruz foi abolido o sábado (Os 2.11 comparado com Cl 2.14-17);

F - Portanto, em comemoração ao glorioso repouso que se seguiu a uma obra maior de redenção, resta guardar um descanso para o povo de Deus. Esse descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30);

G - Foi necessário esse argumento para mostrar ao judeu, que se gloriava no seu sábado, que o cristão tem um descanso melhor e superior ao sábado (Ap 1.10, Sl 118.22-24).

Pastor BULLÓN – Porém, na História, descobrimos que houve um imperador romano, chamado Constantino, que no ano 331 DC definitivamente tornou-se cristão, mas com uma condição: “Ele disse: eu vou me tornar cristão, mas junto comigo, eu quero trazer muitas coisas nas quais acredito. E ele guardava o domingo e, oficialmente, a partir do ano 331 passou-se a guardar o domingo como dia santo. Mas, este é um legado que vem do paganismo, de Constantino (p. 10).

Se tal absurdo fosse escrito por um adventista leigo, não teríamos dificuldades em entender a sua falta de conhecimento histórico relativo ao imperador Constantino. Mas não dá para entender uma pessoa que se intitula escritor e líder de uma igreja que se vangloria de conhecer a Bíblia jogar, através de um curso bíblico, esse absurdo na mente do povo, mediante emissoras de rádio e TV, e ainda se dá ao luxo de publicá-la em livrete e espalhá-la por todo o Brasil. Essa é uma atitude suspeita e vergonhosa. Quando foi que o imperador Constantino condicionou sua adesão ao cristianismo à exigência de trazer para o “arraial cristão” aquilo que pertencia ao paganismo? Em que parte da história isso é mencionado? Se o paganismo já guardava o domingo -

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como afirma o pastor Bullón - por que então o decreto de Constantino em 331 DC feito nesse sentido?

Os adventistas raciocinam do mesmo modo que as testemunhas de Jeová fazem em relação à deidade absoluta de Jesus. As testemunhas de Jeová ensinam, em seus livros, que a Doutrina da Trindade foi firmada no Concílio de Nicéia, em 325 DC, presidido por Constantino. Se o senhor Bullón admite que a instituição do primeiro dia da semana como dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo é de origem pagã porque Constantino decretou esse dia de guarda ao se tornar cristão, os adventistas deveriam, na verdade, ser chamados de pagãos por adotarem a doutrina da Trindade em cujo Concílio foi instituída essa doutrina? Os adventistas concordam com as testemunhas de Jeová que nos acusam de paganismo por crermos na deidade de Jesus e na doutrina da Trindade?

A instituição do primeiro dia da semana como dia do senhor

No Salmo 118:22-24, lemos: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Da parte do Senhor se fez isto: maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”. Essa passagem foi aplicada por Jesus a si mesmo em Mt 21.42: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?”.

Não é algo difícil darmos a interpretação correta dessa referência bíblica. A pedra rejeitada é Jesus Cristo (At 4.11,12). Ele iniciou seu ministério reivindicando ser Filho de Deus, igual a Deus (Jo 10.30-33). E, ao ser acusado de quebrar o sábado (Jo 5.16-18), foi rejeitado e crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa sexta-feira (Mc 15.42-47). Mas a morte não pôde retê-lo e, ao terceiro dia, ressurgiu dentre os mortos. Esse fato aconteceu no primeiro dia da semana: “E Jesus, tendo

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ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios” (Mc 16.9). Outras referências são: Jo 20.1,19,20; Mt 28.18.

Diz a Bíblia sobre o dia da ressurreição de Jesus: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Ao levantar seu Filho dentre os mortos, fez Deus essa coisa maravilhosa. E essa “coisa maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.

A expressão ‘dia do senhor’ de Apocalipse 1.10

O significado da expressão ‘dia do Senhor’ de Ap 1.10 é encontrada em algumas traduções da Bíblia, como segue:

“Eu fui arrebatado em espírito num dia de domingo...” (Tradução de Antônio Pereira de Figueiredo)

“Num domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz...” (Edições Paulinas)

“Um dia de domingo, fui arrebatado em espírito” (tradução de Mattos Soares)

“No dia do Senhor: no domingo” (anotação no rodapé da TLH)

Dizem os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Remanescente, no seu livro “Sonhos e visões de Jeanine Sautron”, pp. 384/85, que “Samuel Bacchiocchi (líder adventista) realiza seminários no ‘Dia do Senhor” referindo-se ao Domingo. Em seu livro FROM SABBATH TO SUNDAY (Do Sábado Para o Domingo) o ‘dia do Senhor’ é mencionado como sendo o domingo 51 vezes somente nas primeiras 160 páginas do livro.

Provas adicionais dos pais da igreja

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“Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o sábado, porém vivendo de acordo com o ‘dia do Senhor’”. (Inácio, 100 A D).

“No dia chamado domingo há uma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas cidades ou nos campos, e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidos” (Justino Mártir 140 A D.).

“Nós guardamos o dia oitavo com alegria, no qual também ressurgiu dos mortos e tendo aparecido ascendeu ao céu” (Barnabé, 120 A D).

“Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos” (Bardesanes, 180 A D.).

Como vemos pelos testemunhos dos pais da igreja primitiva e diferentemente do que afirma o pastor Bullón (p. 9), a igreja cristã não guardava o sábado, mas o dia glorioso da ressurreição de Jesus.

É como disse o próprio Bullón: Eu acredito que muitos cristãos sinceros acreditam que porque Jesus ressuscitou no domingo, eles têm de guardar o domingo. É uma maneira bonita de homenagear a ressurreição de Cristo, e eu também fico feliz porque Jesus ressuscitou num domingo, mas já pensou se Jesus tivesse morrido e nunca tivesse ressuscitado, o que seria da cristandade? (p. 8)

Exatamente isso, pastor Bullón! O que seria da cristandade se Jesus não tivesse ressuscitado? Paulo responde a essa pergunta dizendo simplesmente que não haveria cristianismo: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a vossa fé,... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15.14,17). Está aí a importância da ressurreição e devemos então ter presente que os dias são iguais entre si e existem dias mais importantes uns dos que outros, por causa dos fatos que eles registram. Para um cristão é mais

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importante o dia em que Deus terminou a criação do mundo ou o dia da ressurreição gloriosa de Jesus? A resposta só pode ser uma para um cristão genuíno: o dia da ressurreição de Jesus. Quanto a esse dia, diz o salmista: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”.

Pastor COSTA JÚNIOR – Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer uma coisa, que precisa ficar bem clara na nossa mente: ninguém guarda o sábado para salvar-se. Se você acha que tem de guardar o sábado para se salvar, você está perdido (p. 13)

Ou o pastor Costa está perdido ou a Sra. White. Ela declarou que a guarda do sábado é fundamental para a salvação. Textualmente ela escreveu: “Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 - 2ª edição, 1956).

Um pastor que sai em público fazendo declarações sobre as crenças adventistas porventura ignora esse ensino de Ellen Gould White? Ou o conhece mas quis encobri-lo para dar a idéia que não é bem assim como os opositores declaram dos adventistas: que eles ensinam que a guarda do sábado é fundamental para a salvação?

Mais uma pergunta: “como os benefícios da morte de Cristo, segundo EGW, no livro ‘O Grande Conflito’, podem ser aplicados a nós?”. Ela declara: “...Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna” (p. 487).

Logo, os crentes adventistas têm pecados perdoados, mas não cancelados. O cancelamento só se dará se o seu caráter estiver em

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harmonia com a lei de Deus, para que sejam dignos da vida eterna. Salvação por fé (Rm 5.1) ou salvação por obras? “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê naquele que o justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.4-5).

Porventura, isso significa que alguém deve ser julgado digno da vida eterna por estar vivendo em harmonia com a lei de Deus? Ainda EGW declara: “Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão salvos. Isto é enganoso” (Parábolas de Jesus, p. 55, citado em 95 Teses, p. 133).

3. O DESAPONTAMENTO ADVENTISTA

Por João Flávio Martinez

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Dissertando sobre as frustrações emocionais pelas quais muitas pessoas passam em determinados movimentos religiosos, o psicólogo Henry Gleitman, em seu artigo: “A teoria da dissonância cognitiva”, elucida, do ponto de vista psicológico, a persistente confiança do adepto de seita na doutrina, no grupo ou em seu líder, mesmo após freqüentes decepções. Diz ele em sua introdução:

“As pessoas tentam dar um sentido ao mundo ao redor, mas como? Procuram uma analogia entre as próprias experiências e lembranças, e buscam uma confirmação de que a analogia está certa na opinião dos outros. Se tudo vai dar certo, ótimo. Mas o que acontece quando encontram-se incoerências?”.

Deparar-se com incoerências doutrinárias (heresias) é uma constante que alguns sectários sinceros são incapazes de negar. Prosseguindo em sua declaração, Henry diz que: “O estudo de Asch (Solomon Asch, 1956) mostrou o que acontece quando há discordância entre as próprias experiências (e as crenças fundadas nelas) e as das outras pessoas. Mas, e se a incoerência estiver no interior das próprias experiências ou nas crenças das pessoas? Isso vai provocar uma inclinação a reconstruir uma coerência cognitiva, ou seja: a reinterpretar a situação de maneira a tornar menor o desacordo encontrado. De acordo com as teorias de Leon Festinger, isso acontece porque cada incoerência percebida entre os aspectos do conhecimento, dos sentimentos e do comportamento é causa de angústia — dissonância cognitiva — que as pessoas logicamente tentam aliviar (Festinger, 1956)”.

Cabe salientar que muitos grupos denominados “cristãos” passaram por isto. Entre eles está o grupo religioso da senhora Ellen G. White. Pela analogia, o leitor irá perceber que a “teoria da dissonância cognitiva” explica, de modo satisfatório, o fenômeno vexatório chamado pelos adventistas de “o grande desapontamento de 1844”.

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Cabe ressaltar, ainda, que a Sra. White fazia parte do movimento adventista de então, que esperava a parousia (o aparecimento de Cristo em glória) para aquela época. Mais tarde, porém, ela se tornou uma das fundadoras e profetisa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, grupo religioso com fortes raízes na doutrina do advento.

A “arte” de “interpretar determinada situação com o objetivo de esconder incoerências foi, sem dúvida, um artifício que envolveu os adventistas daquela época. Henry propõe um fato ilustrativo que se encaixa perfeitamente na frustrante experiência do movimento adventista. Ele explica isso empregando o exemplo de uma seita esotérica que, por meio de sua profetisa, havia recebido uma mensagem dos “guardas do universo” para esperarem o fim do mundo em uma data fixa, à meia-noite, ocasião em que aconteceria uma inundação enorme e apenas os verdadeiros fiéis se salvariam, sendo arrebatados por discos voadores. Empregaremos aqui o mesmo método para traçar um paralelo com o que ocorreu com os adventistas.

Observe que, semelhantemente, os adventistas da primeira geração acreditavam, por meio das teorias de Guilherme Miller (um leigo pregador batista), que Jesus voltaria em 1843. O principal pilar da teoria de Miller eram os 2.300 dias e, ligado a isto, estava a idéia da purificação terrestre do santuário, ambos contidos no livro do profeta Daniel. Como nada aconteceu na data fixada, remarcaram a data, desta vez para 1844. Novamente, a profecia falhou. A Sra. White fazia parte daquela geração que esperava o retorno de Cristo para aquele tempo, conforme acreditavam os adventistas. Posteriormente, Ellen White declarou que os estudos de Miller foram guiados por Deus, confirmando, assim, a crença na predição do segundo advento com data fixa.

Mas o que o desapontamento adventista tem de comum com o grupo esotérico apontado por Henry? Deixemos que a profetisa White nos ajude a encontrar a resposta.

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A primeira pergunta é: Há alguma prova de que Miller havia recebido seu cálculo profético de Deus? Veja o que pensava Ellen G. White acerca disso: “Deus encaminhou a mente de Guilherme Miller para as profecias, e deu-lhe grande luz quanto ao livro do Apocalipse”.1

Mas será que os adventistas acreditavam, de fato, que seriam arrebatados naquela ocasião? Segundo Ellen White, os adventistas que vivenciaram aquela frustração não “desejavam ser instruídos ou corrigidos por aqueles que estavam indicando o ano em que acreditavam expirarem os períodos proféticos, e os sinais que mostravam estar Cristo perto, às portas mesmo2 [...] Os santos esperaram ansiosamente pelo seu Senhor, com jejuns, vigílias, e oração quase constante”.3

Como podemos perceber, a Sra. White não só afirmava em seus escritos que Miller fora instruído por Deus como também dizia que Cristo voltaria num dia prefixado para buscar os que acreditavam naquela profecia, circunstância em que se daria o fim do mundo.

Acompanhe o exemplo mencionado por Henry e veja como os membros da seita amenizaram o problema (correlacione o fato com a IASD): “No Dia do Juízo, os membros da seita reuniram-se à espera da inundação. À hora prevista para o pouso dos discos voadores chegou e passou, a tensão era maior com o passar das horas, quando a líder da seita recebeu a suposta mensagem ‘aliviadora’: o mundo foi poupado como prêmio pela confiança dos fiéis. Houve muita alegria e os crentes tornaram-se mais fiéis”.

Da mesma forma, com os adventistas, o tempo foi passando e as expectativas aumentando cada vez mais. Alguns dizem que os adventistas até mesmo se vestiram de roupas brancas para esperar o grande acontecimento, contudo, isto é hoje negado veementemente pela IASD. Seja como for, os alardes das predições de Guilherme Miller

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arrastaram multidões de crédulos na crença de que Jesus voltaria na data marcada. Entretanto, a predição falhou mais uma vez. Mas isso não foi o suficiente, pois muitos preferiram permanecer na pertinácia, procurando alternativas para a falha profética.

Atente para os fatos que envolveram esta circunstância. Qual foi o resultado desta grande expectativa? Jesus realmente voltou? Ellen White responde: “Vi que os que estimavam a luz olhavam para o alto com ardente desejo, esperando que Jesus viesse e os levasse para si. Logo uma nuvem passou sobre eles, e seus rostos ficaram tristes. Indaguei a causa dessa nuvem, e foi-me mostrado que era o seu desapontamento. O tempo em que esperavam o seu Salvador havia passado, e Jesus não viera”.4

Qual foi então a desculpa, ou “nova mensagem”, que a Sra. White encontrou para explicar esse fracasso e amenizar a angústia dos desapontados? Ela explicou a questão nos seguintes termos: “Estão de novo desapontados em suas expectações. Jesus não pode ainda vir à terra. Precisam suportar maiores provações por seu amor. Devem abandonar erros e tradições recebidos de homens e voltar-se inteiramente para Deus e sua Palavra. Precisam ser purificados, embranquecidos, provados. Os que resistirem a essa amarga prova obterão eterna vitória. Jesus não veio à terra como o grupo expectante e jubiloso esperava, a fim de purificar o santuário mediante a purificação da terra pelo fogo. Vi que eles estavam certos na sua interpretação dos períodos proféticos; o tempo profético terminou em 1844, e Jesus entrou no lugar santíssimo para purificar o santuário no fim dos dias. O engano deles consistiu em não compreender o que era o santuário e a natureza de sua purificação. Ao olhar de novo o desapontado grupo expectante, pareciam tristes. Examinaram cuidadosamente as evidências de sua fé e reestudaram a interpretação dos períodos proféticos, mas não lograram descobrir erro algum”.

Mas isso não é tudo. A Sra. White continua: “Foi-me mostrado o

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doloroso desapontamento do povo de Deus por não ter visto a Jesus no tempo em que o esperava. Não sabiam porque seu Salvador não viera; pois não podiam ter evidência alguma de que o tempo profético não houvesse terminado. Disse o anjo: ‘Falhou a Palavra de Deus? Deixou Deus de cumprir suas promessas? Não; Ele cumpriu tudo o que prometera. Jesus levantou-se e fechou a porta do lugar santo do santuário celestial, abriu uma porta para o lugar santíssimo, e entrou ali para purificar o santuário’. Todos os que pacientemente esperarem compreenderão o mistério. O homem errou; mas não houve engano da parte de Deus. Tudo o que Deus prometeu foi cumprido; mas o homem erroneamente acreditou que a terra era o santuário a ser purificado no fim do período profético. Foi a expectativa do homem, não a promessa de Deus, que falhou”.5

Observe que Ellen White confirmou que os crentes, na teoria do advento pregado por Miller, se reuniram para esperar, no dia marcado, o retorno de Cristo, porém, o dia chegou e passou e Cristo não veio, para o desapontamento de todos. Daí, ela alegou que alguns receberam de Deus algumas explicações para o fracasso ocorrido. Entre essas explicações, a que dizia que Deus resolveu, de “última hora”, provar o seu povo, adiando, assim, a oportunidade para que outros aceitassem a mensagem do advento. Aqueles que aceitaram essa explicação tornaram-se ainda mais fiéis.

Novamente, retomando o paralelo com a seita esotérica, Henry comenta: “Com o ridículo fracasso de uma profecia tão exata, era lógico imaginar, como reação, o abandono daquelas crenças e o afastamento dos fiéis da seita. Mas a teoria da dissonância cognitiva explica este comportamento: deixando de acreditar nos ‘guardas do universo’, a pessoa tem de aceitar uma dissonância entre o atual cepticismo e as crenças antigas, e isso é causa de dor”. Trazendo para o contexto adventista, isso quer dizer que se os adventistas deixassem de acreditar na profecia, teriam de aceitar e reconhecer a enorme incoerência que envolveu o episódio, e isso lhes traria uma frustração ainda maior.

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Ellen White explica a persistência dos adventistas na derrocada doutrina dos 2300 dias? Ao invés de reconhecerem o erro, passaram a acreditar numa suposta resposta (forjada) para o acontecido, a fim de amenizar a decepção que tiveram. “Aqueles fiéis e desapontados, que não puderam compreender porque seu Senhor não viera, não foram deixados em trevas. De novo foram levados às suas Bíblias, a fim de examinar os períodos proféticos. A mão do Senhor removeu-se dos algarismos, e o erro foi explicado. Viram que o período profético chegava a 1844, e que a mesma prova que haviam apresentado para mostrar que o mesmo terminava em 1843, demonstrava terminar em 1844. Ao passar o tempo, os que não haviam recebido inteiramente a luz do anjo se uniram com os que haviam desprezado a mensagem, e voltaram-se contra os desapontados, ridicularizando-os”.6

Naturalmente, com tamanho erro de predição era de se esperar que aquela idéia da volta de Cristo com data marcada se encerraria por aqueles dias. Mas confirmando a teoria da “dissonância cognitiva”, a dor da decepção foi “superada” por uma nova teoria.

Comentando a desilusão que acometeu alguns adeptos da seita esotérica, Henry diz: “A sua antiga fé seria agora uma humilhante idiotice. Alguns membros da seita chegaram até a perder o trabalho e a gastar todo o seu dinheiro, e, agora, recusando a ideologia dos ‘guardas do universo’, tudo isso teria parecido como uma ridícula bobagem sem sentido. A dor da dissonância teria sido intolerável. Assim foi reduzida de importância acreditando na nova mensagem, e, vendo outros membros aceitá-la sem dúvida nenhuma, a fidelidade saiu até fortalecida. Agora podiam se considerar como heróicos e leais membros de um corajoso grupo que salvou o mundo”.

Da mesma maneira, os adventistas procuraram esconder os erros cometidos atrás de eufemismos sutis. Os adventistas mais radicais não deram “o braço a torcer” reconhecendo seu erro e, ao invés disso,

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procuraram amenizar o problema, interpretando de outra maneira o cálculo profético das 2.300 tardes e manhãs, espiritualizando-o: o tabernáculo não era mais a terra, mas o céu. Portanto, não havia fim de mundo, ou volta literal de Cristo, que apenas havia passado de um compartimento do santuário celestial para outro. Essa nova interpretação, admitida paulatinamente, desembocou na aberração teológica da doutrina do “Santuário”, do “Juízo Investigativo” e do “Bode Emissário”. E tudo isso debaixo de uma suposta visão que Hiram Edson teve após o “grande desapontamento”. É importante esclarecer que tudo isso não passou de uma desculpa acanhada para tentar remendar o desastre teológico de Miller. Assim, o grupo poderia novamente assegurar-se de que estava no rumo certo. Ou seja, não eram mais considerados fanáticos ou heréticos, pois tinham recebido uma nova revelação de Deus como resposta para o fiasco anterior.

Os adventistas que perseveraram nessa idéia da nova revelação sofreram algumas privações. “Os que não ousaram privar os outros da luz que Deus lhes dera foram excluídos das igrejas; mas Jesus estava com eles, e estavam alegres ante a luz de seu semblante. Estavam preparados para receber a mensagem do segundo anjo7 [...] De igual maneira, vi que Jesus considerou, com a mais profunda compaixão, os desapontados que haviam aguardado a sua vinda; e enviou os seus anjos para dirigir-lhes a mente, de maneira que pudessem segui-lo até onde Ele estava. Mostrou-lhes que a terra não é o santuário, mas que Ele devia entrar no lugar santíssimo do santuário celestial, a fim de fazer expiação por seu povo e receber o reino de seu Pai e, então, voltaria à terra e os tomaria para ficar com Ele para sempre”.8

160 anos depois

Ainda muito poderia ser comentado sobre o desapontamento adventista, todavia, acreditamos ter sido possível compreender, pelo paralelo entre o movimento do advento e o exemplo que Henry

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forneceu, as técnicas psicológicas empregadas pelos então pioneiros adventistas, com o objetivo de aliviar a frustração angustiante (dissonância cognitiva) por uma profecia não cumprida. A fim de amenizar a seriedade do fracasso e da incoerência da predição, inventaram uma nova teoria (supostamente revelada por Deus), que tornou menor o desacordo encontrado. Com isso, conseguiram tirar a atenção dos adeptos dos pontos mais críticos do erro profético ocorrido em 1843-4. E hoje, cerca de 160 anos após esse grande desvio ter ocorrido, a IASD continua acreditando que é a única igreja verdadeira na face da terra — os remanescentes. Estes foram os resultados do desapontamento adventista.

• Todas as citações de Henry Gleitman foram extraídas da obra Basic Psychology, Norton (1983), traduzida por A. Maria De Florim M. Martinelli.

Notas:

1 Primeiros escritos de Ellen Gould White. Tradução de Carlos A. Trezza. Casa Publicadora Brasileira. Santo André: São Paulo, 1967, p. 231.2 Ibid., p. 234.3 Ibid., p. 239.4 Ibid., p. 241.5 Ibid., p.250-1.6 Ibid., p. 246.7 Ibid., p. 237.8 Ibid., p. 244.4. DOMINGO - O DIA QUE O SENHOR FEZ!

“Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”(Sl 118.24)

Por Edmar Cunha de Barcellos

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“Domingo, no Novo Testamento, é chamado de ‘O dia do Senhor’. Em latim, dominica die, de onde deriva seu nome nas línguas neolatinas, por exemplo: no espanhol, ‘domingo’; no italiano, ‘domenica’; e no francês, ‘dimanche’, faladas por cerca de 400 milhões de pessoas”.

Domingo é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Essa palavra, bem como as suas análogas, não existia em nenhuma língua do mundo até o final do século 1o, quando merao apóstolo João criou a expressão grega: Kuriakh ‛ (kyriake hemera), vertida para o latim como: dominica die.

Antigos documentos da Igreja primitiva, transcritos para o russo, relatam que João, encarcerado na ilha de Patmos, chorava muito ao chegar o primeiro dia da semana, ao lembra-se das uniões para a Ceia do Senhor, celebrada sempre nesse dia: “No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão...” (At 20.7). E foi justamente em um “primeiro dia da semana” que Jesus, ressuscitado, lhe apareceu e lhe revelou os maravilhosos eventos do Apocalipse (Ap 1.10).

Certamente que todo o livro não foi elaborado naquele mesmo dia. Mas o fato indiscutível é que Jesus apareceu a João exatamente no “primeiro dia da semana”. Isso explica porque a Ucrânia e a Rússia trocaram os nomes do primeiro dia da semana, que entre os pagãos era chamado “dia do sol”, por uma expressão tão ou mais significativa do que aquela adotada nos países de línguas neolatinas.

Lemos na Bíblia ucraniana João afirmando que foi arrebatado no “dia da ressurreição” (Dien voscrecii). De igual modo, na Bíblia russa também lemos: “Eu fui arrebatado em espírito, no dia da ressurreição”. Aliás, na língua russa, todos os dias da semana ficaram subordinados ao dia da ressurreição! Por exemplo: segunda-feira, em russo, é pondielnik (“o dia após a ressurreição”); terça-feira, voftornik (“o segundo dia após a ressurreição”); quarta-feira, sreda (“terceiro dia após a ressurreição”),

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e assim por diante.

Vale realçar que o apóstolo João, ao frisar o dia da semana em que Jesus lhe apareceu, criou uma nova expressão na língua grega: Kuriakh hmera (kyriake hemera). Expressão esta que deu origem à palavra “domingo”, conforme explanaremos a seguir. Mas antes de continuarmos, para melhor compreensão dos nossos argumentos, recorreremos à etimologia, que nos revelará a origem das palavras, o seu desenvolvimento histórico e as possíveis mudanças de seu significado.

Vejamos alguns exemplos de como as palavras evoluem:

•A palavra “efeméride” provém de dois termos gregos: epi (“sobre”) e ‛he hemera, que significa “dia”, de onde veio também o adjetivo efêmero, ou seja, “o que é breve, transitório, passageiro”.

•A palavra “castigar” provém do latim: castus (“irrepreensível”, “puro”, “fiel”) + agere (“fazer”). Temos um emprego bíblico neste sentido quando o escritor aos hebreus declara que Deus “castiga a quem ama” com a finalidade de nos tornar puros e fiéis a Ele (Hb 12.6).

•As palavras “mouco” (ou surdo) e “domingo” possuem também sua origem num texto de João. Vejamos: “Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco” (Jo 18.10). Malcus, do latim, deu origem à palavra “mouco”, em português, significando aquele que não ouve, ou que ouve pouco ou mal; surdo.

Analisemos, agora, Apocalipse 1.10 à luz do original grego, da etimologia, da hermenêutica bíblica, da história e dos escritos patrísticos.

Eis o que os mais abalizados biblicistas afirmam sobre a expressão

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joanina: kyriake hemera:

“Temos aqui a palavra kyriakos, em um sentido adjetivado, isto é, “pertencente ao Senhor”. Originalmente, esta palavra era usada com o sentido imperial, como algo que pertencia ao César romano. ‘Os crentes primitivos [...] aplicaram-na ao domingo, o primeiro dia da semana’. Esse é o uso que se encontra em Didaché 14 e Inácio, Magn. 9, que foram escritos não muito depois do Apocalipse”.

“‘O dia do Senhor’, em Apocalipse 1.10, é tido pela maioria dos autores como o domingo”.

“O primeiro dia da semana é, sem dúvida. ‘o dia do Senhor’, referido em Apocalipse 1.10”.

“A frase: ‘O dia do Senhor’, Kuriakh ‛mera (kyriake hemera), ocorre uma só vez, e isto se dá no último livro. Apocalipse 1.10 [...] expressava a convicção de que o domingo era o dia da ressurreição, quando Cristo Jesus conquistou a morte e se tornou Senhor de todos” (Ef 1.20-22; grifo do articulista).

Nem mesmo no texto grego da Septuaginta encontramos a expressão Kuriakh‛mera, criada pelo apóstolo João para aludir ao dia da ressurreição! A expressão hebraica “dia do Senhor” sempre foi vertida para o grego como ‛ (hemera tou kyriou). Mas o que João escreveu foi: Kuriakh ‛mera. Por que João teria usado uma expressão jamais encontrada em qualquer outro escrito, sagrado ou profano? Cremos que pelas seguintes razões:

1) Para indicar algo também inédito na história da humanidade: a ressurreição de Cristo.

2) Para deixar bem claro que se referia ao dia da ressurreição, o domingo, e não aos eventos escatológicos da segunda vinda de Cristo, a

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parusia, que também é chamada “dia do Senhor”, como nestes versículos:

a) “O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor” (At 2.20).

b) “... Seja entregue para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor” (1Co 5.5).

c) “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (1Ts 5.2).

d) “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (2Pe 3.10).

Há uma significativa diferença entre a expressão “dia do Senhor”, alusiva à segunda vinda de Cristo, e a expressão que encontramos escrita em Apocalipse 1.10, “dia do Senhor”, referindo-se ao dia da ressurreição.

Kyriakos é uma forma adjetivada da palavra KurioV (Kýrios – Senhor) e significa literal e exatamente: “que diz respeito ao Senhor”; “concernente ao Senhor”; “pertencente ao Senhor”; “senhorial”, ou “dominical”, e não “do Senhor”, como lemos em algumas das nossas traduções.

A tradução literal de Apocalipse 1.10 seria: “Eu fui arrebatado pelo espírito no dia senhorial”. Mas este adjetivo, “senhorial”, derivado do termo “senhor”, raramente é usado. O seu sinônimo é “dominical”, porque o português é uma língua neolatina. “Senhor”, em latim, é Dominus. Assim, quando dizemos Dom Pedro II ou Dom Evaristo Arns, estamos abreviando a palavra Dominus, para dizer: Senhor Pedro II, Senhor Evaristo Arns. O mesmo processo etimológico acontece com o adjetivo “popular”. Quando algo pertence ao povo, não dizemos “povoal”, mas “popular”, porque, em latim, populus, significa “povo”.

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Acertadamente, Jerônimo verteu Kuriakh ‛mera (kyriake hemera) para a Vulgata Latina como Dominica die (“dia dominical”, “domingo”) e não como dia domini (“dia do Senhor”). Veja:

“Fui in spiritu in dominica die et audivi post me vocem magnam tamquam tubae”(Ap 2.10).

Daí, a clássica versão de Antônio Pereira de Figueiredo traduzir: “Eu fui arrebatado em espírito hum dia de domingo, e ouvi por detrás de mim huma grande voz, como de trombeta” (1819).

Resgatando verdades históricas

Documentos escritos nos três primeiros séculos, muito antes de Constantino existir (280-337), adotaram e conservam, todos eles, a mesma expressão concebida pelo apóstolo João para referir-se ao glorioso dia da ressurreição de Jesus Cristo.

Século 1º: O ensino dos apóstolos

Possivelmente, contemporâneo do Apocalipse: “E no dia do Senhor Kyriake hemera, congregai-vos para partir o pão e dai graças”.

Século 2º : Escritos de Melito de Sardes

Nestes escritos, há um tratado sobre a adoração no domingo, intitulado: peri kyriakes (acerca do dia dominical), “dia do Senhor”, isto é, “domingo”.

Ano 115: Epístola de Inácio aos magnesianos

“Porque se no dia de hoje vivermos segundo a maneira do judaísmo, confessamos que não temos recebido a graça [...] Assim pois, os que

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haviam andado em práticas antigas alcançaram uma nova esperança, já sem observar os sábados, porém modelando suas vidas segundo o ‘dia do Senhor’ (Kyriaken zontes)”.

Ano 130: O “evangelho de Pedro”

É um documento histórico comprovadamente escrito no princípio do século 2o, e também se refere ao dia da ressurreição usando o mesmo adjetivo kyriakes, que, na edição de Jorge Luís Borges, é traduzido corretamente por “domingo”.

Ano 132, ou antes: Epístola de Barnabé

“Portanto, também nós guardamos o oitavo dia ( Kyriake hemera, ‘domingo’) para nos alegrarmos em que também Jesus se levantou dentre os mortos e, havendo sido manifestado, ascendeu aos céus”.

150—168: Justino Mártir, Eusébio, Clemente de Alexandria

Escritores dos séculos 2º e 3º, todos eles também adotaram o Kyriake hemera criado por João para o “dia da ressurreição”, vertido para o latim como Domínica die (“dia dominical”) e passado para o português como “domingo”!

A singularidade do nome domingo

“E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana...” (Mc 16.9).

Alguns alegam que a palavra “domingo” não consta na Bíblia. É verdade. Não encontramos nos textos originais a palavra portuguesa “domingo”, como também não encontramos as palavras: Deus, casa, livro, amor ou sábado, mas, sim, as suas correspondentes nas línguas hebraica, aramaica ou grega.

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Domingo é a tradução literal da expressão criada pelo apóstolo João: Kuriakh ‛mera (kyriake hemera), vertida para o latim como Domínica die e corretamente traduzida em todas as versões da Vulgata para as línguas neolatinas como dominu lui, domingo, mingo, domenica, dimanche, e outros nomes semelhantes no galego, no provençal, no franco-provençal, no romeno, no reto-romano, no sardo e no dalmático, faladas por mais de 400.000 000 de pessoas!

As seguintes traduções: de Antônio Pereira de Figueiredo, do Centro Bíblico Católico, dos Monges de Maredsous, de João José Pedreira de Castro, do dr. José Basílio Pereira, do Mons. Vicente Zioni e Matos Soares, bem como qualquer outra versão do Novo Testamento para o português ou para o espanhol, feita da Vulgata Latina, trazem em Apocalipse 1.10 a palavra “domingo”.

Domingo não é um nome importado do paganismo, como saturday (“dia de Saturno”), nem do judaísmo, como shabath (“descanso”).

Domingo não é dia comemorativo da criação do mundo nem da libertação do povo de Israel, tampouco dia de descanso, pasmaceira, televisão, futebol, pescarias, clubes ou jogatina.

Domingo é dia de oração, de adoração, dia de cultuarmos a Deus, dia de atividade espiritual, como evangelismo, visita aos necessitados, aos encarcerados ou enfermos!

Domingo é o nome de um dia exclusivo do cristianismo, criado por João para caracterizar e distinguir o dia da vitória de Jesus sobre a morte, consumando a libertação de toda a humanidade.

Domingo é o dia aclamado por Davi, em sua jubilosa profecia sobre o dia da ressurreição: “Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão. Louvar-te-ei, pois me escutaste, e te fizeste a minha salvação.

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A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina. Da parte do SENHOR se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele” (Sl 118.20-24).

Observemos a exatidão do cumprimento de cada sentença, de cada afirmação, de cada palavra desta impressionante profecia escrita por volta de mil anos antes de Jesus nascer.

Esta é a porta

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9).

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).

“Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito” (Ef 2.18).

A pedra

“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina” (At 4.11).

Os edificadores rejeitaram

“Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mt 21.42,43).

Da parte do Senhor se fez isto

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“O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro” (At 5.30).

Maravilhoso é aos nossos olhos

“Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela” (At 2.24).

Este é o dia que fez o SENHOR

“E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt 28.1).

“E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol” (Mt 16.2).

“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas” (Lc 24.1).

“E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro” (Jo 20.1).

“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (Jo 20.19).

“E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até a meia-noite” (At 20.7).

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“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar (1Co 16.2).

Regozijemo-nos, e alegremo-nos nele

“Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará” (Jo 16.22).

“Regozijai-vos sempre” (1Ts 5.16).

“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos” (Fp 4.4).

Notas:

Enciclopédia Encarta 99. 1993-1998 Microsoft Corporation, sobre o verbete: domingo.Patrísticos. Escritos dos proeminentes líderes cristãos dos primeiros séculos, também chamados “pais da Igreja”.Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora e distribuidora Candeia, 1991, vol. 2, p. 213.HENRY Mattthew. Comentário Bíblico. Editorial Clie (Barcelona),1999, p.1924-cPETTINGILL William D.D. Bible Questions Answered, p.177. “The first day of the week is doubtless ‘the Lord’s day’ refereed to in Ap 1.10”. Zondervan Publishing House, Ninth Printing, Michigan, 1974.ELWELL A. Walter. Enciclopédia Histórica Teológica da Igreja Cristã. Soc. Religiosa Edições Vida Nova, 1988.Septuaginta, Versão dos LXX, ou Alexandrina, é uma tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego feita em Alexandria, a mando de Ptolomeu II (Filadelfo) (284-247 a.C.). Alguns livros não pertencentes ao cânon judaico foram incluídos nessa versão: (Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, I e II Macabeus, e acréscimos aos livros de Ester e

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Daniel). Jerônimo verteu para a Vulgata Latina, explicando que tais livros não pertenciam às Escrituras Sagradas judaicas. Mas o Concílio de Trento, em 1548, os anexou ao Antigo Testamento, classificando-os como “Deuterocanônicos”. Para os judeus, e para os evangélicos, porém, continuam sendo “apócrifos”, úteis apenas como subsídios ao estudo da história e da cultura judaica, mas sem a autoridade dos livros canônicos, inspirados por Deus.IUXTA VULGATAM VERSIONEM Robertus Weber, Editio Altera Emendata, Stuttgart,1975.Primeira edição completa da Bíblia Católica. Lisboa, MDCCC XVIIII. Na Officina da Acad. R. das Sciencias com licença da Meza do Desembargo do paço e privilégio.(Didaché Ton Apostollon). O Ensino dos Apóstolos, XIV. Libros Clie. Barcelona, Espanha.R.N.Chaplin & J.M. Bentes. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. 1991, vol. 2, p.213.IGNÁCIO. (Pros tous magnesiai). Aos magnesianos IX.Evangelios Apócrifos. Vol. 1, p.323-5. Hyspamérica ediciones S.A.Santiago, 12. 28013 Madrid, 1985.Epístola de Barnabé, 15. LIGHTFOOT, J. B. Los Padres Apostólicos, p. 299-301- Libros Clie. Barcelona, Espanha.R.N.Chaplin & J.M. Bentes. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. 1991, vol. 2, p. 214.

FONTE:

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