trabalho de teologia prática vii - apologética cristã

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  • 8/6/2019 Trabalho de Teologia Prtica VII - Apologtica Crist

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    Elenilda Gramiscelli Sales

    TEOLOGIA PRTICA VII APOLOGTICA CRIST

    ESCOLA DE THEOLOGIA MINAS GERAISBelo Horizonte / MG

    Junho / 2011

  • 8/6/2019 Trabalho de Teologia Prtica VII - Apologtica Crist

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    Elenilda Gramiscelli Sales

    TEOLOGIA PRTICA VII APOLOGTICA CRIST

    Trabalho apresentado disciplina TeologiaPrtica VII Apologtica Crist, comoexigncia parcial para a obteno do grau deBacharel em Teologia - na Escola de Theologia

    Minas Gerais - Extenso Belo Horizonte / MG,no 15 Perodo.

    Professor Jos Ronaldo de Freitas Machado

    ESCOLA DE THEOLOGIA MINAS GERAISBelo Horizonte / MG

    Junho / 2011

  • 8/6/2019 Trabalho de Teologia Prtica VII - Apologtica Crist

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    SUMRIO

    INTRODUO................................ ................................ ................................ ................................ ................ 3O LIBERALISMO TEOLGICO ................................ ................................ ................................ ................... 5PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS ................................ ................................ ............................. 6JOHN SUNG (1901-1944) LIBERTO DAS GARRAS DO LIBERALISMO ................................ ............ 7JESUS E A QUESTO DOS MILAGRES ................................ ................................ ................................ . 11A) MILAGRES DE CURA ................................ ................................ ................................ ........................ 11B) MILAGRES QUE DEMONSTRAM O PODER SOBRE A NATUREZA................................ .......... 12C) MILAGRES DE RESSURREIO ................................ ................................ ................................ .... 12JESUS E O SEU AUTOCONHECIMENTO ................................ ................................ ............................... 13TESTEMUNHAS CEGAS DE JEOV GUIANDO CEGOS ................................ ................................ .. 18JESUS E A RESSURREIO ................................ ................................ ................................ .................... 19CONCLUSO ................................ ................................ ................................ ................................ ............... 22BIBLIOGRAFIA ................................ ................................ ................................ ................................ ............ 24

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    INTRODUO

    Com a queda do racionalismo e o surgimento do existencialismo, alguns estudiosos

    procuraram entender Jesus luz da experincia religiosa. Jesus passou a ser visto

    como um homem cujo sentido de dependncia de Deus havia alcanado a plenitude.

    Esse conceito serviu de base para o desenvolvimento do seu retrato pintado pelos

    liberais, em que Cristo era simplesmente um homem divinament e inspirado.

    No sculo passado, os estudiosos, em busca do Jesus histrico, comearam a aceitar

    a idia do mito, ou seja, a idia de que os evangelhos so relatos mitolgicos sobre

    Cristo, lendas piedosas criadas em torno da figura histrica de Jesus pel os seus

    discpulos. Assim, firmou-se a idia de que Jesus no ressuscitou fisicamente. A

    ressurreio, na verdade, era a crena dos discpulos na presena espiritual de Jesus.

    A essa altura, os prprios estudiosos perceberam que a busca no os estava

    levando a lugar algum. Era fcil destruir o Cristo dos evangelhos, mas eles no

    conseguiam reconstruir um Jesus histrico que os satisfizesse. As vidas de Jesus

    reconstrudas pelos pesquisadores diziam mais acerca dos autores do que da pessoa

    que eles tentavam descrever. Os autores olharam no poo profundo da histria em

    busca de Jesus, e o que viram foi seu prprio reflexo no fundo do poo. Tambmperceberam que haviam esquecido ou minimizado um importante aspecto da vida e

    do ensino de Jesus, que foi o escatolgico-apocalptico, proclamando o aspecto ainda

    futuro do reino de Deus. Essa conscientizao desfechou um golpe fatal na

    concepo liberal de um reino de Deus que se confundia com uma sociedade tica

    no mundo presente, ou numa experincia espiritual int erior, que dominava na

    poca.

    Alm disso, o estudo crtico dos evangelhos comeou a afirmar que eles (os

    evangelhos) no eram biografias no sentido moderno, mas apresentaes de Jesus

    altamente elaboradas e adaptadas por diferentes alas da comunidade cri st

    nascente. Portanto, era impossvel achar o verdadeiro Jesus, pois ficara soterrado

    debaixo da maquiagem imposta pela Igreja primitiva. Como conseqncia, alguns

    insistiam em dizer que o centro da f para a Igreja no era o Jesus da histria, mas

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    o Cristo da f, criado pela igreja nascente. Portanto, a busca estava baseada num

    erro (que o Jesus histrico era importante) teologicamente sem valor. O nico Jesus

    em que os estudiosos deveriam se interessar era o Cristo da f da igreja, pois foi o

    nico que influenciou a histria. Alguns, assim, tornaram-se absolutamente cticosquanto possibilidade de se recuperar o Jesus histrico.

    Tentando salvar a busca, esses estudiosos acabaram por piorar a situao. Quando

    separamos a f dos fatos histricos, o cristianismo, despido do seu carter histrico,

    e dos fatos que lhe servem de fundamento, torna-se uma filosofia de vida. Uma f

    que se apia num Cristo que no tem nenhum ancoramento histrico se torna

    gnosticismo ou docetismo.

    Assim, os evangelhos e o retrato de Jesus que eles nos trazem passaram a ser vistos

    como uma elaborao mitolgica produzida pela f da Igreja. Segundo seus

    defensores, foi a imaginao da comunidade que criou as histrias dos milagres e

    muitos dos ditos de Jesus.

    Apesar das diversas tentativas de reconstruo, ao fim sempre se chegava a um

    Jesus cuja existncia no era apenas implausvel, mas tambm impossvel de ser

    provada. O Jesus liberal, desprovido do sobrenatural e da divindade, foi uma criaoda obstinao liberal, que se recusa va a receber como autntico o relato dos

    evangelhos sobre Jesus. A falta de comprovao histrica e documentria quanto ao

    Jesus liberal acabou por dar fim busca.

    O Jesus do liberalismo pouco se parecia com o Jesus da concepo histrica da

    Igreja de Jesus Cristo, como sendo tanto humano quanto divino, as duas naturezas

    unidas organicamente numa mesma pessoa. O racionalismo eliminou a natureza

    divina de Cristo e a considerou um produto da Igreja, dissociada do Jesus dahistria. Jesus era apenas o grande exemplo, e a religio que Ele ensinou era

    simplesmente um moralismo tico e social.

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    O LIBERALISMO TEOLGICO

    O liberalismo teolgico tem suas razes no Iluminismo, movimento surgido no incio

    do sculo XVIII (o chamado "sculo das luzes", pois acontecia o esclarecimento

    atravs das cincias e o mundo no era visto apenas sob o prisma da religio) . O

    principal proponente do liberalismo teolgico foi Hermann Samuel Reimarus (1694-

    1768), um erudito alemo que ficou conhecido com o o pai do liberalismo teolgico.

    Reimarus era filsofo, escritor do Iluminismo, maom e defensor de um desmo

    racionalista que propunha uma religio baseada na razo e no na revelao . O

    Iluminismo tinha em seus princpios uma revolta contra o poder da religio

    institucionalizada, pois entendia que cada pessoa tinha a liberdade de pensar por si

    prpria, no sendo obrigadas a fazerem nada com o que no concordassem, o serhumano tambm possu liberdade de expresso e religiosa. O Iluminismo foi um

    movimento intelectual que enfatizava a razo e a cincia como formas de explicar o

    universo. Pode-se dizer que este movimento foi uma revolta contra a opresso que a

    Igreja vinha realizando na sociedade daquele perodo, pois nada podia ser feito sem

    que antes passasse pela Igreja, e isso em todas as reas, uma obra de arte, um

    trabalho sobre o plantio da terra, qualquer coisa era averiguado e tinha que ser

    autorizado pela Igreja e quem discordasse passava pelo crivo da temida Inquisio. E

    no desenvolvimento dessa liberdade que a Bblia passa a ser estudada a luz dos

    saberes cientficos, a razo agora era um critrio importante para se compreender o

    texto bblico e a revelao divina. em meio a essa liberdade e ao uso da razo para

    o estudo das Escrituras que nasce o que chamamo s de Liberalismo Teolgico ou

    como alguns tambm denominam O Modernismo Teolgico. O Liberalismo Teolgico

    fez com que a religio e os seus componentes, Bblia, dogmas e crenas, passassem

    a serem vistas agora as luzes das cincias e no apenas pelo crivo da f. Pode-se

    entender o liberalismo teolgico como o emprego de mtodos e tcnicas originriosdas cincias histricas, sociais e naturais no estudo da Bblia e de seus manuscritos,

    com grande reflexo teolgica. Por isso podem-se perceber alguns elementos

    pertencentes ao liberalismo teolgico como a aceitao das teorias das cincias da

    natureza e de outros saberes cientficos, fazendo do estudo bblico algo mais

    criterioso.

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    PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS

    Antes de passarmos a um posicionamento apologtico acerca das questes

    fundamentais que envolvem a existncia da f crist, cumpre -nos avaliar quais foram

    as intenes e os frutos gerados pelo liberalismo teolgico e seus efeitos para a

    Igreja de Cristo, especialmente pela rea das misses, impulsionada pela paixo de

    cumprir o Ide.

    Reimarus, o pai da Teologia Liberal, era maom, assim como o eram muitos dos

    nomes que se levantaram contra a historicidade de Jesus Cristo. A lista extensa,

    mas podemos citar alguns como exemplo: Francois Marie Arouet (Voltaire), Charles

    Franois Dupuis, Thomas Paine, Godfrey Higgins , Bruno Bauer, Ralph Waldo

    Emerson e Albert Schweitzer. Todos estes homens empenharam-se desmedidamente

    para estraalhar com a f crist usando suas filosofias e vs sutilezas.

    Curiosamente, quais os interesses destes maons destas em demitologizar o Cristo

    ressurreto seno os mesmos do inimigo de nossas almas?

    Jesus nos deu pistas para que examinssemos os falsos profetas e suas ms

    intenes analisando os seus frutos. Quais so ento os frutos do liberalismo

    teolgico? Quais eram suas reais intenes? Atenhamo-nos ao que Jesus disse emadvertncia:

    Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarados em ovelhas,

    mas por dentro so lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se,

    porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda rvore boa

    produz bons frutos, porm a rvore m produz frutos maus. No pode a rvore boa

    produzir frutos maus, nem a rvore m produzir frutos bons. Toda rvore que no

    produz bom fruto cortada e lanada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos osconhecereis (Mateus 7:15-20).

    A missiloga Ruth A. Tucker, em sua obra biogrfica de misses mundiais Misses

    at os Confins da Terra, narra entre outras, a vida do missionrio chins John

    Sung (1901-1944), que como outros mencionados no mesmo livro, foi

    profundamente afetado pelo liberalismo teolgico e quase perdeu completamente

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    sua f, tendo sido resgatado a tempo de ser aquilo que a histria conta a seu

    respeito. Considerando a importncia de sua peculiar experincia com o Deus da

    Palavra e com a Palavra de Deus, e bem assim, a relevncia de sua obra missionria,

    depois de ele ter sido liberto das amarras do liberalismo teolgico, passo atranscrever aqui todo o contedo do livro de Ruth A Tucker destinado sua

    biografia.

    JOHN SUNG (1901-1944) LIBERTO DAS GARRAS DO LIBERALISMO

    John Sung, como muitos outros lderes da Igreja e da misso no mundo no

    ocidental, com freqncia, viu-se em conflito com os missionrios ocidentais, cuja

    influncia dominou o cristianismo chins durante sua vida. Ele foi o sexto filho de um

    ministro metodista de Hinghwa, distrito a sudeste da China. Sua me fora uma

    fervorosa budista at quase morrer no parto de seu quinto filho experincia

    assustadora que a levou a se converter. A converso de John mesmo ocorreu

    quando ele tinha nove anos, acontecendo durante um reavivamento conhecido como

    "Pentecoste de Hinghwa", ocasio em que milhares de pessoas dessa fortaleza

    budista fizeram profisso de f. Logo depois da converso, ele comeou a viajar com

    o pai, s vezes, pregando ele mesmo e, com freqncia, as pessoas o chamavam de

    "pequeno pastor" de Hinghwa.

    Sung, depois de completar o segundo grau, recebeu uma oferta de uma americana

    de financiar sua educao na Universidade Wesleyana de Ohio. Em 1923, aps trs

    anos de estudos universitrios em qumica e fsica, ele graduou -se com as mais altas

    honras e foi eleito para a Phi Beta Kappa. Embo ra ele tenha sido premiado com bolsa

    de estudos em Harvard e outras universidades, continuou seus estudo na

    Universidade Estadual de Ohio, obtendo seu doutorado em Qumica, em 1926. Suas

    realizaes foram to notveis que sua histria apareceu em jornais d e todo o pas, e

    ele recebeu convites para ensinar em universidades de prestgio. Mas a despeito das

    oportunidades e das honras, ele sentia -se incompleto quando se lembrava do

    chamado para ministrar que sentira em criana. Ele estava determinado a continu ar

    sua educao mudando da cincia para o seminrio. A conselho de um amigo,

    ele matriculou-se no Seminrio Union Theological, em Nova York, onde

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    estudou sob orientao de Henry Sloan Coffin, Harry Emerson Fosdick e

    outros notveis estudiosos liberais.

    Os cursos que seguiu, em vez de prepar-lo para o ministrio, fizeram com

    que questionasse os prprios fundamentos da f crist. Ensinaram -lhe que

    a Bblia era um dos muitos textos sagrados das grandes religies do

    mundo e no a revelao especial de Deus. Em vista disso, no fazia

    sentido tentar converter pessoas ao cristianismo. Ele questionou sua

    prpria converso e, em desespero, comeou a estudar a religio de seus

    ancestrais e a salmodear as Escrituras budistas. "Minha alma vagava em

    um deserto", confessou ele depois. "No conseguia dormir nem comer.

    Minha f era como um vazamento, um navio na tempestade sem capito

    nem bssola. Meu corao estava repleto de profunda infelicidade".

    Durante esse perodo de depresso e de dvida, Sung foi convidado a ir Igreja

    Batista Calvrio para ouvir um estudioso visitante com esperana de que o

    estudioso pudesse ter respostas que neutralizassem os estudiosos do Seminrio

    Union. Mas, na noite em que ele compareceu, o estudioso no pde falar e, no lugar

    dele, falou uma missionria de quinze anos, Uldine Utley. Ela, como ele fora, era

    uma "pequena pregadora", e ele foi cativado pela mensagem dela. Ele retornou nasquatro noites seguintes para ouvi-la, jurando que oraria at que Deus lhe desse o

    mesmo poder para pregar que essa menina tinha. Sua vida transformou-se, e, nas

    semanas e meses seguintes, ele dedicou seu tempo leitura Bblia e de biografias de

    cristos, alm de testemunhar sua recm-recuperada Quando ele ganhou um globo

    de presente de um estranho, ele tomou isso um sinal de Deus de que, um dia,

    poderia pregar o evangelho ao redor do m Em vez de salmodiar as Escrituras

    budistas, ele comeou a entoar hinos enquanto andava pelos corredores do

    seminrio comportamento visto por algumas autoridades do seminrio como sinal

    de instabilidade mental.

    Sung recebeu ordem para se submeter a exames psicolgicos e, depo is de internado,

    contra sua vontade, na ala psiquitrica do Hospital Bloomingd ale. Durante esse

    perodo, ele testificou sua f para outros pacientes e leu a Bblia quarenta vezes,

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    referindo-se, mais tarde, ao hospital e a esse perodo de confi namento como seu

    verdadeiro seminrio teolgico. Com a ajuda do cnsul chin s ele foi solto no vero

    de 1927 e retornou China para pregar o evangelho deixando de lado oportunidades

    de ensinar cincia em universidades chinesas .

    Nos anos seguintes, Sung trabalhou com a Misso Betel como evangelista itinerante,

    s vezes, pregando mais que cinco vezes por dia. Durante o perodo d e seis meses,

    cerca de quatorze mil pessoas fizeram confisso de f, e quase trs m il delas se

    ofereceram como voluntrias para servir em equipes evangelsticas formando

    cerca de setecentas delas que receberam o nome de grupos Bete l.

    Em 1930, Sung tornou-se evangelista para a Conferncia Hinghwa da Igreja

    Metodista. Nessa poca, sua reputao o precedia, e vinham pessoas de grand es

    distncias para ouvi-lo pregar. Ele realizou campanhas evangelsticas na maioria das

    principais cidades da China, incluindo Xangai, Nanking, Tenghsien e Amo y. Em

    Amoy, as multides inundaram a maior igreja "erigida em um galpo para abrigar

    duas mil e quinhentas pessoas". Em outra ocasio, cinco mil pessoas foram para a

    campanha que foi realizada em um campo de futebol.

    Sung era um pregador animado que, com freqnc ia, andava de um lado para outrona plataforma e, algumas vezes, foi comparado com Billy Sunday. Os que eram

    tocados por sua pregao, muitas vezes, choravam abertamente e confessavam seus

    pecados. Foi por intermdio de seu ministrio que "irrompeu o reav ivamento do

    Esprito Santo de 1933-1936". Mas junto com o sucesso tambm veio a crtica

    especialmente de missionrios e lderes chineses que o acusavam de falar mal dos

    missionrios ocidentais. William Schubert, em seu livro I Remember John Sung

    [Lembro-me de John Sung], escreve a respeito dessa animosidade:

    Ento, fui ao missionrio, amigo meu, e perguntei -lhe: "Por que voc se ope ao dr.

    Sung?". Ele respondeu: "Porque ele critica a ns missionrios; ele fica l de p e diz:

    'Vocs missionrios hipcritas no banco de trs'". Disse-lhe: "Bem, Frank, vou lhe

    dizer o que fazer: sente-se na minha frente e o que voc no agentar, jogue sobre

    os meus ombros, pois preciso disso".

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    Sung no limitou seu ministrio China. Nos anos seguintes aos seus grandes

    reavivamentos na China, ele viajou para Taiwan, Filipinas, Singapura, Malsia,

    Indonsia e Tailndia em alguns casos, retornou diversas vezes. Para todo lugar

    que ele ia havia converses, e igrejas eram plantadas. Suas exigncias eexpectativas eram altas. Quando, em sua terceira jornada missionria para a

    Indonsia, em 1939, ele visitou Java e anunciou para a congregao de Surabaja

    que tinha vinte e duas mensagens para transmitir durante sua visita de uma semana,

    insistindo que o povo comparecesse em trs reunies por dia. Mas o

    comparecimento era apenas um aspecto do treinamento de uma semana. Esperava -

    se que adultos e jovens sassem em equipes e evangelizasse as vilas vizinhas.

    Sung foi evangelista e missionrio, mas talvez seja ainda mais conhecido comohomem de orao do que por esse ministrio exterior. David Smithers escreve sobre

    esse aspecto da vida dele:

    Quando John Sung no estava pregando ativamente nem organizando uma nova

    equipe evangelstica, ele, em geral, era encontrado escrevendo em seu dir io ou

    aumentando sua sempre crescente lista de orao. Ele orava cuidadosamente para

    uma extensa lista de necessidade das pessoas, que eram acompanhadas de dezenas

    de pequenas fotos. [...] Para todo lugar que ia, ele incentivava as pessoas a sededicarem orao. [...] John Sung tinha o hbito regular de orar por duas ou trs

    horas todas as manhs s 5 horas. "Para John Sung, orar era como uma batalha. Ele

    orava at o suor descesse por sua face". s vezes, ele, ao p da letra, caa sobre sua

    cama e chorava e soluava descontroladamente sob o fardo angustiante da orao.

    John Sung acreditava que a orao era o trabalho mais importante do cristo. Ele

    definia a f como assistir a Deus operar, enquanto voc est ajoelhado.

    Em meio a sua agenda lotada, Sung tentava cumprir suas obrigaes como marido e

    pai. Seu casamento foi arranjado antes de ele retornar China, mas, de acordo com

    Seamands, o casamento foi bastante bem -sucedido, e a sra. Sung tornou-se a

    companhia fiel de Sung durante os dezoitos anos de vi da conjunta. Eles tiveram trs

    filhas e dois filhos que, alm dos nomes chineses, receberam nomes bblicos:

    Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros e Josu.

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    Sung morreu de cncer e causas relacionadas doena antes de fazer 43 anos, mas

    seu legado continua como um dos maiores missionrios evangelistas da China.

    JESUS E A QUESTO DOS MILAGRES

    Os milagres realizados por Jesus Cristo so inquestionveis do ponto de vista

    histrico sob o prisma do Novo Testamento, visto que Cristo conta com vrios

    testemunhos a favor destes milagres at mesmo entre os seus opositores mais

    severos e isto em todos os Evangelhos. Se Cristo no os tivesse realizado, seus

    crticos o teriam acusado de falsrio e teriam muito mais facilmente os argumentos

    que desejavam para que Ele fosse condenado. Outra questo que os opositores de

    Cristo compreendiam que Ele realizava milagres at mesmo no sbado e andavam

    espreita tentando apanh-lo infringindo a Lei do Sbado, tendo sido em todas as

    oportunidades, duramente repreendidos por Jesus. Assim, como eles mesmos

    compreenderam que seus milagres eram realmente extraordinrios, no intuito de

    negar que reconheciam que Ele era divino, e assim terem que aceitar a autoridade

    de suas reivindicaes contra eles, eles atriburam os seus sinais a Belzebu, mas no

    negaram que Ele os tenha realizado. Abaixo, uma lista dos milagres de Jesusencontrados no Novo Testamento, alguns mencionados mais de uma vez.

    A) MILAGRES DE CURA

    Milagre Mateus Marcos Lucas Joo

    Um leproso 8:2-4 1:40-42 5:12-13 O servo de um centurio romano 8:5-13

    7:1-10

    A sogra de Pedro 8:14-15 1:30-31 4:38-39

    Dois gadarenos (gerasenos) 8:28-34 5:1-15 8:27-35

    Um paraltico 9:2-7 2:3-12 5:18-25 Uma mulher com hemorragia 9:20-22 5:25-29 8:43-48 Dois cegos 9:27-31 Um endemoninhado que no podia falar 9:32-33 Um homem com a mo atrofiada 12:10-13 3:1-5 6:6-10

    Um endemoninhado cego e mudo 12:22

    11:14

    A filha de uma canania 15:21-28 7:24-30

    Um menino endemoninhado 17:14-18 9:17-29 9:38-43

    Dois cegos (um dos quais Bartimeu) 20:29-34 10:46-52 18:35-43

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    Um surdo e gago 7:31-37

    Um possesso na sinagoga 1:23-26 4:33-35 Um cego de Betsaida 8:22-26

    Uma mulher encurvada 13:11-13

    Um homem com hidropisia 14:1-4

    Dez leprosos 17:11-19

    O servo do sumo sacerdote 22:50-51

    O filho de um oficial em Cafarnaum 4:46-54

    Um invlido beira do tanque de Betesda 5:1-9

    um cego de nascena 9:1-7

    B) MILAGRES QUE DEMONSTRAM O PODER SOBRE A NATUREZA

    Milagre Mateus Marcos Lucas Joo

    Jesus acalma a tempestade 8:23-27 4:37-41 8:22-25

    Jesus anda sobre as guas 14:25 6:48-51 6:19-21Jesus alimenta 5000 homens 14:15-21 6:35-44 9:12-17 6:6-13

    Jesus alimenta 4000 homens 15:32-38 8:1-9

    A moeda na boca do peixe 17:24-27

    A figueira seca 21:18-22 11:12-14,20-25

    A grande pesca 5:1-11 Jesus transforma gua em vinho 2:1-11

    Outra grande pesca 21:21-11

    C) MILAGRES DE RESSURREIO

    Milagre Mateus Marcos Lucas Joo

    A filha de Jairo 9:18-19,23-25 5:22-24,38-42 8:41-42,49-56

    O filho de uma viva de Naim 7:11-15

    Lzaro 11:1-44

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    JESUS E O SEU AUTOCONHECIMENTO

    O autoconhecimento de Jesus de quem Ele era e de seu papel messinico, da

    transcendncia deste papel e do impacto que ele teria sobre toda a histria humana

    atravs dos tempos irrefutvel. H uma infinidade de textos que o mostram

    totalmente cnscio de sua natureza divina. Haja vista que este foi o motivo principal

    de sua condenao e conseqente execuo. Seria pouco que Jesus fosse executado

    como herege alegando menos do que ter uma autoridade divina para no s para

    perdoar pecados, mas para condenar o status quo da nao judaica bem assim como

    de sua liderana corrompida em observncia normas e preceitos gerados pela

    tradio, em que aprenderam sobre sacrifcios e no sobre misericrdia. Vejamos

    algumas passagens em que o vemos mostrando o autoconhecimento que possua:

    (Joo 14:7-9) Se vs me tivsseis conhecido, conhecereis tambm a meu

    Pai. Desde agorao conheceis e o tendes visto.

    Ele afirmou sua unidade com o Pai, a ponto de os judeus tentarem o apedrejar:

    (Jo 10,30-31 Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em pedras para

    lhe atirar.

    Ele reconhece que sobre Ele se cumpriam as profecias messinicas de Isaas:

    (Lucas 4:17-21) Ento, lhe deram o livro do profeta Isaas, e, abrindo o livro, achou

    o lugar onde estava escrito: O Esprito do Senhor est sobre mim, pelo que me ungiu

    para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertao aos cativos e

    restaurao da vista aos cegos, para pr em liberdade os oprimidos, e apregoar o

    ano aceitvel do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-

    se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Ento, passou Jesus a dizer-lhes:

    Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.

    A prerrogativade perdoarpecados. Uma das prerrogativas divinas distintas a

    capacidade de perdoar pecados. Israel sabia que aos homens comuns no fora dada

    esta autoridade, nem ao menos aos sacerdotes, que se serviam dos animais para

    fazer propiciao entre o culpado e Deus. Haja vista o que os prprios judeus

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    respondem s suas alegaes. Vejamos como Jesus Cristo lida com a possibilidade

    de perdoar os pecados das pessoas:

    (Mateus 9:5) Pois qual mais fcil? Dizer: Esto perdoados os teus pecados, ou

    dizer: Levanta-te e anda?

    Vejamos como os seus opositores reagem s suas alegaes de que podia perdoar

    os pecados dos homens:

    (Marcos 2:7) Por que fala ele deste modo? Isto blasfmia! Quem pode perdoar

    pecados, seno um, que Deus?

    (Lucas 5:21) E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem este que dizblasfmias? Quem pode perdoar pecados, seno Deus?

    (Mateus 9:6) Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra

    autoridade para perdoar pecados disse, ento, ao paraltico: Levanta-te, toma o

    teu leito e vai para tua casa.

    (Marcos 2:10) Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra

    autoridade para perdoar pecados 266 disse ao paraltico:

    (Lucas 5:24) Mas, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra

    autoridade para perdoar pecados disse ao paraltico: Eu te ordeno: Levanta-te,

    toma o teu leito e vai para casa.

    A conscincia de sua imortalidade. Uma outra maneira de reconhecer como

    Jesus sabia quem Ele era tratar de seu aspecto transcendental. Voltemo-nos ao

    testemunho da Escritura para averiguar estas asseveraes:

    Ele respondeu aos fariseus:

    Antes que Abrao existisse, Eu sou (Joo 8:58).

    Isso Ele disse fazendo aluso ao EU SOU do Antigo Testamento, pelo que os Fariseus

    pegaram em pedras para o apedrejarem.

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    Ele respondeu a Filipe quando este o questionou dizendo que lhes mostrasse o Pai

    dizendo que h muito tempo Ele estava com eles, e que quem o v, v o Pai:

    (Joo 14:7-9) Se vs me tivsseis conhecido, conhecereis tambm a meu Pai. Desde

    agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e

    isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, h tanto tempo estou convosco, e no me

    tens conhecido? Quem me v a mim v o Pai; como dizes tu: Mostra -nos o Pai?

    Ele estava cnscio de sua morte e ressurreio. Ele asseverou que ningum tirava a

    sua vida, mas que Ele mesmo a daria e a reassumiria novamente.

    (Joo 10:17-21) Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a

    reassumir. Ningum a tira de mim; pelo contrrio, eu espontaneamente a dou.

    Tenho autoridade para a entregar e tambm para reav -la. Este mandato recebi de

    meu Pai. Por causa dessas palavras, rompeu nova dissenso entre os judeus. Muitos

    deles diziam: Ele tem demnio e enlouqueceu; por que o ouvis? Outros diziam: Este

    modo de falar no de endemoninhado; pode, porventura, um demnio abrir os

    olhos aos cegos?

    Ele respondeu aos judeus usando a expresso enftica , que remete ao

    Antigo Testamento, colocando-o em igualdade com o Adonai para os patriarcas:

    (Joo 8:56-59) Abrao, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se.

    Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda no tens cinqenta anos e viste Abrao?

    Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abrao

    existisse, EU SOU. Ento, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se

    ocultou e saiu do templo.

    A aceitao da adorao. Outra nuance do autoconhecimento de Jesus Cristo erao fato de ter Ele aceitado a adorao. O que no ocorre com relao aos anjos e

    mesmo com os discpulos. Pedro na casa de Cornlio um exemplo claro de que

    homens no poderiam aceitar adorao :

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    Atos (10:25-26) Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornlioao encontroe,

    prostrando-se-lhe aos ps,oadorou. Mas Pedroo levantou,dizendo: Ergue -te, que

    eutambmsouhomem.

    Mas Jesus, estando totalmente cnscio de sua natureza divina, no repreendeu

    queles que lhe ofereceram adorao. Vejamos alguns dos exemplos onde Jesus

    Cristorecebe aadoraodoshomens:

    Ele recebeu a adorao da mulher que usou um vaso de precioso nardo e lhe

    derramounosps e os enxugavacomoscabelosnumgestode profundasubmisso:

    (Joo 12:3) Ento, Maria, tomando uma libra de blsamo de nardo puro, mui

    precioso, ungiu os ps de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se

    todaacasacomoperfume do blsamo.

    Ele permitiu que muitas pessoas se prostrassem diante dele, em sinal explcito de

    adorao. Explcito porque o verbo utilizado pelos Evangelistas sempre o

    ,que remete adorao.

    (Mateus 9:18)Enquantoestascoisaslhesdizia, eisque umchefe,aproximando -se,o

    adorou e disse: Minha filha faleceuagoramesmo; masvem,impe amosobre ela,

    e viver.

    (Mateus15:25)Ela,porm,veioe oadorou,dizendo: Senhor,socorre-me!

    (Marcos5:6) Quando,de longe,viuJesus,correue oadorou.

    (Joo9:38)Ento,afirmou ele: Creio , Senhor; e oadorou.

    (Mateus 8:2) E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo:

    Senhor,se quiseres,podespurificar-me.

    (Mateus 9:18)Enquantoestascoisaslhesdizia, eisque umchefe,aproximando -se,o

    adorou e disse: Minha filha faleceuagoramesmo; masvem,impe amosobre ela,

    e viver.

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    Em outras ocasies, Ele aceitou que homens e mulheres se prostrassem diante dele,

    ou expressassem de alguma forma a adorao:

    (Mateus 26:7) aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio

    de precioso blsamo, que lhe derramou sobre a cabea, estando ele mesa.

    (Marcos 14:3) Estando ele em Betnia, reclinado mesa, em casa de Simo, o

    leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosssimo perfume

    de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o blsamo sobre a cabea de

    Jesus.

    (Lucas 7:37) E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava

    mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungento;

    (Marcos 5:22) Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado

    Jairo, e, vendo-o, prostrou-se a seus ps.

    (Marcos 5:33) Ento, a mulher, atemorizada e tremendo, cnscia do que nela se

    operara, veio, prostrou-se diante dele e declarou -lhe toda a verdade.

    (Marcos 7:25) porque uma mulher, cuja filhinha estava possessa de esprito imundo,tendo ouvido a respeito dele, veio e prostrou-se-lhe aos ps.

    (Lucas 5:8) Vendo isto, Simo Pedro prostrou-se aos ps de Jesus, dizendo: Senhor,

    retira-te de mim, porque sou pecador.

    (Lucas 17:16) e prostrou-se com o rosto em terra aos ps de Jesus, agradecendo-

    lhe; e este era samaritano.

    Tom, expressou sua adorao reconhecendo -o como Senhor e Deus:

    (Joo 20:28) Respondeu-lhe Tom: Senhor meu e Deus meu!

    At os demnios se prostaram diante dele e ainda o reconheceram como o Filho do

    Deus Altssimo:

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    (Lucas8:28) E,quandoviua Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo

    emaltavoz: Que tenho eucontigo, Jesus, Filhodo DeusAltssimo?Rogo -te que no

    me atormentes.

    Ele afirmou ser o Messias esperado pelos judeus e pelos samaritanos perante a

    mulhersamaritana:

    (Joo 4:25-26) Eu sei, respondeu a mulher, que h de vir o Messias, chamado

    Cristo; quando ele vier,nosanunciartodasascoisas. Disse-lhe Jesus: Euosou, eu

    que falocontigo.

    TESTEMUNHAS CEGAS DE JEOV GUIANDO CEGOS

    Assim como os liberais, a Seita das Testemunhas de Jeov, para negarem a

    divindade de Jesus Cristo precisaram adulterar o texto inmeras vezes em sua verso

    de Bblia substituindo o verbo grego adorar ( ) por prestarhomenagem. Vejamos apenas um exemplo da Bblia deles a TNM (Traduo do Novo

    Mundo das Escrituras Sagradas):

    (Mateus 8:2) E eis que veio um leproso e comeou a prestar- lhe homenagem,

    dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar -me.

    Vejamos como a Almeida Revista e Atualizada trazo mesmo texto:

    (Mateus 8:2) E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo:

    Senhor,se quiseres,podespurificar-me.

    Agoraleiamosomesmotextono Novo Testamento Grego, 4 Ediorevisada:

    (Mateus8:2) .

    Grego Transliterao STRONG

    S Morfologia Portugus

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    kai 2532 CONJ E

    idou 2400 V-2AAM-2S ver

    lepros 3015 A NSM- leproso

    proselthn 4334 V-2AAP-NSM veio

    prosekunei 4352 V-IAI-3S adorado

    automtico 846 P-DSM ele

    Legon 3004 V-PAP-NSM

    dito

    kurie 2962 N-VSM Senhor

    ean 1437 COND se

    Theles 2309 V-PAS-2S voc ir

    dunasai 1410 V-PMI-2S voc capaz

    me 3165 P-1AS me

    katharisai 2511 V-AAN para limpar

    Como vimos acima, o texto grego precisou ser violentado na TNM para que pudesse

    comportar a negao da divindade de Cristo. Entretanto, aquilo que as Testemunhas

    de Jeov usam em sua defesa, se lhes torna como lao, pois ao dizerem que ns oscristos somos tritestas e eles so corretamente monotestas, ficam totalmente

    embaraados quando mostramos que na sua verso, a TNM existe dois deuses

    distintos, um Deus e um deus, vejamos o verso 1, de Joo 1:

    (Joo 1.1) No princpio era a Palavra e a Palavra estava com o Deus, e a

    palavra era [um] deus.

    JESUS E A RESSURREIO

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    No que diz respeito ressurreio de Jesus Cristo, lida-se no apenas com uma

    doutrina isolada e, que possa ter mais de uma vertente como acontece na

    Antropologia Bblica, em que existem duas correntes distintas como a Dicotomia e a

    Tricotomia, mas daquilo que pode ser chamado com acerto de o prprio cerne detodo o cristianismo. O Apstolo Paulo, em sua 1Epstola aos Corntios, captulo 15,

    desenvolve o tema com meticulosidade quando compreende que precisava mostrar

    aos cristos que a esperana da ressurreio futura deles, era fundamentada no em

    teorias, mas na ressurreio do prprio Cristo, da qual muitas pessoas foram

    testemunhas. Sendo assim, como Cristo ressuscitou, e isso fato, que seus

    seguidores estejam certos de sua prpria ressurreio.

    As objees quanto ressurreio corprea de Jesus Cristo so baseadas apenas nalgica humana em respeito s leis naturais e na especulao . Entretanto, o fato de a

    ressurreio desafiar a lgica humana em sua percepo das leis naturais e exigir

    esforo sobre-humano para tentar compreend-la do ponto de vista cientfico, no a

    torna desprovida de verdade. Haja vista que todos os apstolos foram mortos por

    afirmar esta verdade, e h registros histricos destas execues. A Igreja primitiva

    sofreu desde sua fundao at Constantino por esta verdade e muito sangue foi

    derramado ao longo de muitos anos por esta verdade. Seria inconcebvel que

    pessoas que no viveram no contexto judaico da formao da Igreja, muitos anos

    depois aceitassem perder a vida ante a proposta de negar que Cristo tenha

    ressuscitado e isso por muitos e muitos anos. Jesus Cristo no foi um mrtir comum.

    A ressurreio, mais do que a prpria morte de Jesus Cristo fez com que a histria se

    dividisse em, o perodo anterior ao seu nascimento, e o perodo posterior ao seu

    nascimento. Tendo sido um embuste, os opositores do cristianismo quando de seu

    estabelecimento ainda em Israel o teriam neutralizado, e, se tivessem um corpo

    realmente para apresentar, isso resolveria todos os problemas que os cristos lhescausariam posteriormente. A ressurreio no pde ser negada nem mesmo pelos

    mais ferrenhos crticos de Jesus, a ponto de eles se verem obrigados a subornar os

    guardas para omitirem que o corpo no estava no tmulo. Ora, se os soldados no

    podiam dar conta do corpo e estavam guardando a entrada do tmulo, era aplicvel

    a todos eles a punio mxima, por terem falhado em seu trabalho. Mas o que

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    relataram aos principais dos sacerdotes fez com que estes tomassem outra atitude, a

    de coibi-los a mentir a troca de muito dinheiro, quando, perante o Estado, eram

    passiveis de morte, foram protegidos pelos mesmos principais dos sacerdotes que,

    dias antes, fizeram com que houvesse um corpo para ser colocado ali, no tmuloemprestado de Jos de Arimatia. Mataram a Jesus porque concluram que estava

    assim terminada a onda de curas, sinais e alvoroos populares por mais um luntico

    blasfemo. Lembremos do conselho de Gamaliel, e que as palavras que ele proferiu se

    voltaram contra os judeus da poca. Atravessando a histria da humanidade,

    encontramos em pleno sculo 21, cristos sendo queimados vivos por esta mesma

    verdade na Costa do Marfim, a despeito de todas as ideologias de tolerncia religiosa

    apregoadas por muitas entidades em nosso tempo de carter ecumnico. O que

    torna o cristianismo singular no apenas a mensagem de seu lder, mas um grande

    testemunho, de nada menos do que um tmulo vazio.

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    CONCLUSO

    Nenhum personagem fora tanto escrutinado como o homem de Nazar; cientistas,

    arquelogos, paleontlogos, antroplogos, historiadores, socilogos, psiclogos,

    telogos, ateus, agnsticos... Enfim, todos querem comentar sobre esse personagem

    chamado Jesus! Uns para abordar sua importncia sociolgica e o teor de suas

    mensagens, outros para absorver sua teologia e ensinamentos. Entretanto, os que

    mais chamam ateno e batem recordes de vendas de livros e revistas, so aqueles

    que querem desmistificar o homem Jesus ou aqueles que arvoram a no existncia

    do Cristo. A mdia atual sabe que, apesar da morte de Deus ter sido anunciada pelos

    iluministas, o mundo est cada vez mais voltado religiosidade e ao espiritualismo,

    por isso as abordagens sobre o tema se tornam cada vez mais acirradas econtrovertidas.

    Um desses autores que tem batido recordes de vendas a escritora K. Armstrong,

    ela afirma o seguinte sobre a existncia de Jesus:

    "Sabemos muito pouco sobre Jesus. O primeiro relato mais abrangente sobre sua

    vida aparece no evangelho segundo Marcos, que s foi escrito por volta do ano 70,

    cerca de 40 anos depois de sua morte. Aquela altura, os fatos histricos achavam -semisturados a elementos mticos... esse significado, basicamente, que o evangelista

    nos apresenta, e no uma descrio direta e confivel" .

    Quando no conseguem negar a historicidade do Cristo Jesus de quem Paulo falava

    tentam negar os milagres, a ressurreio e o autoconhecimento da natureza divina

    do Jesus Cristo dos Evangelhos.

    Ao examinar todas estas questes, e quais eram as intenes dos escrutinadores deJesus Cristo, conclumos, luz das Escrituras que, o autoconhecimento de Jesus, sua

    ressurreio e os milagres que Ele operou entre os homens sempre foram alvos de

    ataques. Dentro do prprio contexto Bblico, vemos que os apstolos Joo, Paulo e

    Judas foram os que primeiramente traaram as mais rudimentares e ao mesmo

    tempo profundamente slidas linhas apologticas defendendo as bases da f crist.

    Para eles, combater o gnosticismo era de primordial importncia e urgncia, j que

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    este se infiltrava maliciosamente na Igreja tentando minar o poder do Evangelho de

    Cristo. Era ento preciso deixar claro que o Cristo que Paulo conheceu j glorificado

    era o mesmo Jesus histrico conhecido por Joo e pelos outros apstolos . Este

    mesmo Jesus, o que operou milagres, morreu e ressuscitou deixando nada menosdo que um grande testemunho de um tmulo vazio, desafiando as leis naturais e as

    mentes no regeneradas. Segue-se que, os questionamentos propostos pelo

    Liberalismo Teolgico, nada mais so do que uma heresia velha com nova

    roupagem, sempre associada filosofia e capacidade humana de racionalizar

    aquilo que no detm.

    Finalmente, se Cristo no operou milagres, no ressuscitou e no sabia sequer quem

    Ele era, nada nos resta, a no ser nos conformarmos ao legado deixado por Ele emseus ensinos morais e ticos. Mas ficaremos novamente confundidos ao tentarmos

    explicar que estes princpios basilares do cristianismo so a causa de verdadeira

    transformao de vida de milhares de milhares de seres humanos h mais de dois

    mil anos. As vrias cincias do homem, embora no possa explic-las

    satisfatoriamente, tm que conviver com o fato de que elas so reais. Que mentira

    atravessaria dois mil anos para alcanar em nossos tempos um drogado, uma

    prostituta, um bbado, uma adltera e transform-los em gentis servos do Senhor

    pela causa de Cristo???

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    BIBLIOGRAFIA

    CRAIG, William Lane, A Veracidade da F Crist Uma Apologia Contempornea,

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    Traduo do Novo Mundo das Escrituras Sagradas 1986.