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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM EDUCACIONAL PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O CÉREBRO HUMANO E O USO DA TECNOLOGIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Maria Luzia Lima Cuman ORIENTADOR: Prof. Marta Relvas Rio de Janeiro 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM EDUCACIONAL

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O CÉREBRO HUMANO E O USO DA TECNOLOGIA NO

PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Maria Luzia Lima Cuman

ORIENTADOR: Prof. Marta Relvas

Rio de Janeiro

2018

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM EDUCACIONAL

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Educacional como

requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Neurociência Pedagógica.

Por: Maria Luzia Lima Cuman

O CÉREBRO HUMANO E O USO DA TECNOLOGIA NO

PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Rio de Janeiro

2018

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AGRADECIMENTOS

À Deus, aos meus professores pelo tempo

dedicado ao ensino, aos amigos e familiares, que

me apoiaram nesse tempo de estudo árduo.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha mãe, Iésse de Souza

Lima (in memorium), que sempre me incentivou a

lutar pelos meus sonhos com ética e amor.

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RESUMO

Embora haja vários estudos sobre o processo de aprendizagem, ainda não se

chegou a conclusão se a tecnologia beneficia ou prejudica o cérebro humano.

Existe uma linha que defende que a tecnologia prejudica, pois é uma forma de

distração, que leva a falta de atenção e foco aos assuntos importantes, ficando

seu conteúdo na superficialidade. Há outra linha que defende que a tecnologia

beneficia, pois o processo de aprendizado fica mais interessante para o aluno.

Nesse trabalho estão expostos os pontos positivos e negativos da tecnologia

processo de aprendizagem. O objetivo é que com esse estudo, é explorar o que

há de melhor e de pior no envolvimento da tecnologia no aprendizado, de forma

que o educador possa desenvolver um bom trabalho em sala de aula. O Capitulo

I traz informações de como a neurociência explica o processo de aprendizagem,

no Capitulo II a influência da tecnologia no processo de aprendizagem e no

Capítulo III A relação entre a neurociência e a tecnologia no processo de

aprendizagem e o desenvolvimento do cérebro humano através de novas

conexões neurais.

Palavras-Chaves: Tecnologia. Neurociência. Plasticidade. Cognição.

Aprendizagem. Atenção. Emoção. Motivação.

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METODOLOGIA

Para a elaboração desse trabalho a metodologia aplicada foi a de

pesquisa bibliográfica, através de leitura de livros, revistas e artigos já

publicados, por Jean Piaget, Lev Vygotsky, Tizuko Kishimoto, Marta Relvas,

Robert Lent, David Ausubel e Paulo Freire a respeito da aprendizagem e

tecnologia, permitindo a investigação sobre a atuação da tecnologia na

aprendizagem e no desenvolvimento do cérebro humano.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Como a neurociência explica o processo de aprendizagem. 09

CAPÍTULO II

A influência da tecnologia no processo de aprendizagem. 20

CAPÍTULO III

A relação entre a neurociência e a tecnologia no processo de aprendizagem e

o desenvolvimento do cérebro humano através de novas conexões neurais 28

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 39

ÍNDICE 41

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INTRODUÇÃO

A utilização das ferramentas tecnológicas no processo de

aprendizagem tem atingidos diferentes aspectos da vida social, tanto em casa,

como na escola e na formação profissional.

O processo de aprendizado atualmente tem sofrido grande influência

das novas tecnologias da informação e comunicação - NTICs, que estão sendo

incorporadas nas práticas pedagógicas e contribuindo para a construção do

saber. A utilização da NTIC como apoio ao ensino aumenta a motivação dos

alunos para os estudos; para o interesse pela pesquisa e trabalhos em grupos;

e também aumenta a rede de contatos pessoais e profissionais. (MORAN, 1997).

A interatividade possibilitada pelas NTICs, e em particular pela

internet, pode despertar o interesse do aluno em buscar suas próprias respostas,

passando de uma postura passiva, a uma postura ativa, em que participa da

construção do conhecimento e da decisão sobre seus itinerários formativos

(FROES; PIRES, 2008)

O primeiro capítulo traz informações de como a neurociência explica

o processo de aprendizagem, bem como a estrutura cerebral envolvida.

O segundo capítulo mostra a influência da tecnologia no processo de

aprendizagem, bem como os tipos de tecnologias usadas.

O terceiro capítulo faz a relação entre a neurociência e a tecnologia

no processo de aprendizagem e o desenvolvimento do cérebro humano através

de novas conexões neurais.

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CAPÍTULO I

COMO A NEUROCIÊNCIA EXPLICA O PROCESSO DE

APRENDIZAGEM

A neurociência buscar explicar o funcionamento do cérebro humano

no processo de aprendizagem. Com base em alguns estudos, foi concluído que

há a interferência da emoção, motivação e atenção nesse processo.

Através desse conhecimento, a neurociência vem contribuindo

bastante no aumento do rendimento de alunos, em qualquer fase de

aprendizado, alcançando resultados positivos.

1.1. Neurociência

Neurociência é uma ciência multidisciplinar, que estuda o sistema

nervoso, com o objetivo de conhecer sua estrutura, funcionamento e

desenvolvimento.

O Sistema Nervoso, objeto de estudo da neurociência é dividido em

Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. É no Sistema Nervoso

Central que está localizado o Cérebro - órgão importante no processo de

aprendizagem.

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Figura 1: Divisão esquemátiva do sistema nervoso

Fonte: https://ibralc.com.br/o-sistema-nervoso-como-um-todo/

A neurociência cognitiva é uma das especialidades da neurociência

que está voltada à investigação da capacidade de aprendizado e memória na

aquisição de conhecimentos e está dividido em 3 fases:

a) Fase de aquisição – quando acontece o contato com a nova

informação, original do ambiente externo, que se aloja na memória

de trabalho ou de curta duração, para que possamos raciocinar,

aprender e ativar a memória de longo prazo a fim de buscar as

informações relacionadas a esta.

b) Fase de retenção – quando aprendemos, armazenamos essa

nova a informação na memória de longa duração.

c) Fase de aplicação – quando pomos em prática aquilo que

aprendemos.

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) participa do processo de

aprendizagem através dos receptores sensoriais, como: audição, visão, olfato,

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paladar e tato, que captam as novas informações através de estímulos externos

e os transportam até o Sistema Nervoso Central.

O Sistema Nervoso Central (SNC) participa do processo de

aprendizagem através do encéfalo, cerebelo e tronco encefálico e da medula

espinhal:

a) Medula Espinhal – Processa as informações captadas pelas

vias sensoriais;

b) Cérebro – Processa as atividades mais significativas do

processo. A maior parte do Cérebro humano é chamada de

Córtex Cerebral, que está associado à funções cerebrais

superiores, como: formular pensamentos complexos, frear

comportamentos indesejáveis, capacidade de manter a

atenção etc. Ele se divide em 4 seções:

i. Lóbulo Frontal – Associado com o raciocínio e o

planejamento, e com as partes da fala, as emoções, os

movimentos e a solução de problemas.

ii. Lóbulo Temporal – associado com a percepção e o

reconhecimento dos estímulos auditivos, da memória e

da linguagem.

iii. Lóbulo Parietal – associado com o movimento, o

reconhecimento, a orientação e a percepção dos

estímulos.

iv. Lóbulo Occipital – associado ao processamento visual.

Uma parte mais primitiva do cérebro é o Sistema Límbico, que é

responsável pelo processamento das emoções e se divide em:

i. Hipocampo – essencial para a memória.

ii. Amígdala – associações a reações emocionais, como

memória e medo.

iii. Hipotálamo – regulação de temperatura corporal, sede e

fome.

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c) Cerebelo – estrutura semelhante a do cérebro e está associado

à regulação e a coordenação dos movimentos, a postura e o

equilíbrio. Ele é responsável pela organização de informações

complexas recebidas a partir do ouvido interno, dos nervos

sensoriais e do sistema visual auditivo, coordenar os

movimentos motores e os processos de memória e

aprendizagem básica.

d) Tronco Encefálico – está associado às funções de atenção e

estado de alerta, sendo responsável pelos ciclos de sono e de

vigília, além de controlar a respiração e o funcionamento

cardiovascular. Contém também neurônios importantes para

ativar áreas cerebrais que vão promover a vontade ou a

motivação.

Figura 2: Áreas cerebrais do Sistema Nervoso

Fonte: http://ap_mentehumana.blogs.sapo.pt/2920.html

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Figura3: Áreas cerebrais do Sistema Nervoso Fonte: http://sistemanervosocentral304.blogspot.com.br/p/curiosidades.html

1.2. Processo de Aprendizagem

A aprendizagem é um processo contínuo e incremental que ocorre do

início ao final da vida do ser humano, através do desenvolvimento cognitivo, que

associa o conceito novo ao pré-existente, realizando a ressignificação.

A neurociência, com base em seus estudos e experimentos, concluiu

que no processo de aprendizagem há a interferência da emoção, motivação e

atenção.

“A aprendizagem é uma mistura de memória, atenção,

concentração, interesse, desejos, estímulos intrínsecos e

extrínsecos, que permeiam a mente e o cérebro humano. ”

(RELVAS, 2014).

Os processos de aprendizagem e memória modificam o cérebro e a

conduta do ser vivo que experimenta a aquisição de novas informações.

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Existem estilos diferentes de aprendizagem que quando são

identificados em um ser, o mesmo torna a aprendizagem mais fácil, pois irá a

florar a motivação e a atenção do ser.

1.2.1. Estilos de aprendizagem

Em uma sala de aula, existem alunos que aprendem de formas

diferentes, e para estimular um melhor aproveitamento se faz necessário

identificar o estilo de cada um deles, e utilizar de vários recursos para ensinar a

mesma matéria.

Os estilos de aprendizagem são diferenciados pelo tipo de “sentido”

que é estimulado, descritos abaixo:

a) Aprendizagem visual

O grupo de pessoas que se enquadram nesse perfil possui

facilidade de organizar as ideias, formar conceitos e abstrações

a partir de estímulos sensórias da visão.

b) Aprendizagem auditiva

O grupo de pessoas que se enquadram nesse perfil possui

facilidade de organizar as ideias, formar conceitos e abstrações

a partir de estímulos sensoriais auditivos.

c) Aprendizagem cenestésica ou tátil

O grupo de pessoas que se enquadram nesse perfil possui

facilidade de organizar as ideias, formar conceitos e abstrações

a partir de estímulos pelos movimentos corporais.

1.2.2. Cognição

Cognição é o ato de adquirir conhecimento e de acordo com a

neurociência nesse processo há a interferência da emoção, motivação e

atenção.

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1.2.2.1. Emoção

A emoção tem suas respostas fisiológicas moduladas pelo Sistema

Nervoso Simpático e Parassimpático, interferindo no processo de retenção da

informação.

Os substratos neurais responsáveis pela emoção – sistema límbico

são:

a) Córtex cingulado

b) Córtex pré-frontal

c) Ínsula

d) Amigdala.

Figura 4: Sistema Límbico Fonte: http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp

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1.2.2.2 Motivação

A motivação põe em movimento os organismos, através de uma ação

orientada a uma determinada meta com direção, sentido e intensidade. A

motivação é dividida em dois tipos:

a) Intrínseca

É a motivação interna determinada pelo cérebro e atua com a

liberação de neurotransmissores, como a dopamina.

b) Extrínseca

É a motivação externa determinada pela recompensa e/ou

punição.

1.2.2.3. Atenção

A atenção é ativada quando o cérebro identifica algo relevante, pois

se houver desvio da atenção, haverá prejuízo na memorização e na aquisição

de habilidades.

A atenção é dividida em 5 tipos:

a) Sustentada – envolve a concentração durante um longo

período de tempo

b) Dirigida – ocorre quando se seleciona conscientemente um

estímulo particular, dentre muitos outros que estejam

bombardeando o ambiente.

c) Seletiva – envolve concentra-se em um estímulo particular por

uma razão pessoal ou sensata.

d) Dividida – ocorre quando rapidamente se desloca o foco de um

estímulo para outro.

e) Focalizada é a atenção dirigida a um aspecto específico de um

estímulo.

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1.2.3. Abordagens do Processo de Aprendizagem

Existem várias abordagens no processo de aprendizagem, que

segundo Mizukami, podem ser:

a) Abordagem tradicional – o professor é a autoridade em sala de

aula e o aluno deve apenas executar as tarefas definidas pelo

professor.

Baseia-se em aulas expositivas, com o objetivo de que o aluno

receba uma grande quantidade de conceitos e informações a

serem assimilados em detrimento da formação de pensamentos

reflexivos e questionadores.

b) Abordagem comportamentalista – tem como base do

conhecimento a experiência, sendo o ponto de partida: estímulo -

resposta.

Baseia-se no planejamento da experiência como base para o

conhecimento e o conhecimento em si é o resultado dessa

experiência planejada.

c) Abordagem humanista – o foco é no aluno, pois ele é o principal

elaborador do conhecimento. O professor é apenas um facilitador,

criando condições para seu aprendizado.

Baseia-se na criação de condições que facilitem a aprendizagem

e desenvolvimento intelectual e emocional do aluno, que deverão

tomar a iniciativa de aprender.

d) Abordagem cognitivista – o conhecimento é o produto da interação

entre o sujeito e o objeto.

Baseia-se no estabelecimento de reciprocidade intelectual e

cooperação, no desenvolvimento da inteligência e no

entendimento de que o conhecimento é uma construção contínua

e) Abordagem sociocultural – os alunos recebem informações e

analisam os aspectos na sua própria experiência.

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1.3. Teóricos da Aprendizagem

Vários teóricos trouxeram em seus estudos dados científicos, que a

neurociência, hoje em dia, vem comprovando através de seus experimentos.

1.3.1. Teoria da Aprendizagem Significativa

David Ausubel (1918-2008), pesquisador norte-americano, dizia que

quanto mais sabemos, mas aprendemos, ou seja, o conhecimento prévio é a

chave para a aprendizagem significativa.

Aprendizagem significativa é a ampliação e reconfiguração de ideias

já existentes na estrutura mental, sendo capaz de relacionar e acessar novos

conteúdos, consolidando assim, o conhecimento.

1.3.2. Teoria do Desenvolvimento (Aprendizagem)

Jean Piaget (1896-1980), biólogo e cientista suíço, acreditava que o

desenvolvimento cognitivo das crianças ocorre em quatro fases:

a) A 1ª. Fase - “Sensório-motor”, que ocorre até os dois anos de

idade;

b) A 2ª. Fase - “Pré-operacional”, que ocorre dos três aos sete

anos de idade;

c) A 3ª. Fase - “Operatório Concreto”, que ocorre dos oito aos

onze anos de idade;

d) A 4ª. Fase - “Operatório Formal”, que ocorre a partir dos 12 anos

de idade.

1.3.3. Teoria Sócio-Histórica ou Socioconstrutivismo ou

Sociointeracionismo

Lev Vygotsky (1896-1934), psicólogo russo, dizia que a aprendizagem

era um processo interno, ativo e interpessoal. Ele percebia a constituição

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psicológica como um processo de desenvolvimento profundamente enraizado

nas ligações entre história individual e história social, entendendo o

desenvolvimento como produto de trocas recíprocas.

1.3.4. Teoria da Afetividade

Henry Wallon (1879-1962), educador francês, dizia que a vida

psíquica é formada por três dimensões: motora, afetiva e cognitiva, que atuam

de forma integrada. E a emoção é a forma mais expressiva de afetividade.

Ele divide o processo de desenvolvimento humano em cinco etapas,

a saber:

(a) Impulsivo-emocional

(b) Sensório-motor e projetivo

(c) Personalismo

(d) Categorial

(e) Puberdade e adolescência

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CAPÍTULO II

A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM

O uso das novas tecnologias propicia o trabalho em sala de aula com

investigação e experimentação, considerando que permite ao aluno vivenciar

experiências, interferir, fomentar e construir o próprio conhecimento. O aluno

participa dinamicamente da ação educativa através da interação com os

métodos e meios para organizar a própria experiência.

A participação do professor como facilitador do processo de

aprendizagem é relevante para permitir que o aluno desenvolva habilidades e

seja capaz de realizar a atribuição de significados importantes na sua articulação

dentro do processo.

2.1. Tecnologia

Tecnologia é uma palavra de origem grega, na qual o prefixo “tekhne”

significa Técnica, arte, etc. e o sufixo “logia” significa estudo. É também um

produto da ciência, que envolve um conjunto de métodos e técnicas com o

objetivo de resolver problemas em diversas áreas.

“Tecnologia é tudo aquilo que o nosso corpo não é capaz de fazer,

mas o homem por cognição e construção do conhecimento

produz.” (Relvas, 2014).

Há séculos atrás foram inventadas várias tecnologias para utilização

em salas de aula, a fim de apoiar o processo de ensino-aprendizagem, tais como:

a) O Abaco, a primeira calculadora da história, tendo sua tecnologia

utilizada até hoje em cursos que visam exercitar a memória – 5.500

a.C.;

b) A Lousa, implementando uma educação mais visual, criada por

James Pillans - 1800;

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c) O Mimeógrafo, implementado para fazer cópias de exercícios,

provas, etc, patenteada por Thomas Edison - 1876;

d) O Retroprojetor, implementado para agilizar as aulas - 1950;

e) A Máquina de ensinar, implementando o gabarito instantâneo ,

para que o aluno progredisse em seu próprio ritmo, criado por

Burrhus Skinner - 1957;

f) A Fotocopiadora, implementando as cópias automáticas, que

substituiu os mimeógrafos, criado pela Xerox - 1959;

g) A calculadora portátil, implementada para ser transportada

facilmente, criada por engenheiros da Texas Instrument - 1967;

h) O Computador surgiu no Brasil, para ensino da física, avaliação de

física e química (simulados), implementados na década de 70;

i) As aulas na TV, através de programas de vídeoaulas com

conteúdos para ensino médio e fundamental - telecurso - 1978;

j) A Enciclopédia em disco (CD-ROM), através do armazenamento

de coleção inteira de enciclopédias - 1985;

k) O WWW (World Wide Web), utilizada para conectar-se com o

mundo - 1989;

l) A TV escola, para o aperfeiçoamento à distância de educadores

da rede pública, através do canal de televisão do MEC - 1996;

m) A Lousa interativa, para implementação de aula multimídia -1999;

n) O Youtube, espaço utilizado para que educadores compartilhem

conteúdos - 2004;

o) Os Smartphones e tablets, dispositivos móveis que permitem a

interação, produção e consumo de matéria de fotos, textos e

vídeos em tempo real – 2007;

p) O PROUCA – Programa Um Computador por Aluno, permitindo

que cada aluno tenha acesso a um pequeno computador com

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material didático digital, para levar para casa e para as salas de

aula – 2010;

q) Os Aplicativos que personalizar as aulas, de forma que o aluno

possa estudar o que quiser, em qualquer hora e em qualquer lugar

e medem o desempenho individual e traçam planos específicos de

aula – 2015.

O avanço dessa tecnologia vem crescendo de forma galopante e

provocando grande impacto na sociedade. O que se discute é: quais são os

benefícios e os malefícios desse avanço?

2.2. Novas Tecnologias da Informação e Comunicação – NTIC

Segundo Goethals, Aguiar e Almeida, 2000, durante a II Guerra

Mundial e a Guerra Fria, surgiram várias tecnologias, que se fazem presentes

até hoje, dentre elas o computador (ENIAC) e a internet (ARPANET), que

inicialmente eram disponíveis apenas para os militares e depois para uso

acadêmico e em seguida difundida a população do mundo todo.

Na década de 80 surgiram os primeiros websites, permitindo acesso

a informações de forma simples e rápida, vindo quase 20 anos depois a interação

e colaboração entre os internautas, através de e-mails, chats, Google docs,

skype, youtube, podcasts, Orkut, facebook, blogs, wikis e outros. A internet é

uma ferramenta, que amplia o acesso às informações, tendo potencial

exploratório e investigativo.

As NTICs são tecnologias que proporcionam facilidade e rapidez na

distribuição da informação, como celulares, computadores, redes sociais, etc.

As novas tecnologias da informação e da Comunicação - NTIC tem

avançado muito rapidamente e com isso muitas soluções são disponibilizadas

quase que diariamente.

A NTIC nos coloca na era da informação ou era digital, que se

caracteriza pela rede de interações entre as pessoas, que recebem, repassam e

criam informações, utilizando ferramentas com o objetivo de facilitar o alcance

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de um alvo em comum, beneficiando a produção industrial e comercial, a

educação, o contato social, etc.,

Com essa tecnologias tem sido um desafio despertar e manter o

interesse dos alunos, pois a quantidade de informações que chegam ao cérebro

pelos órgão sensoriais – olhos e ouvidos são grande e fazem com que eles

tenham a sua atenção dispersa.

2.3. A tecnologia no processo de Aprendizagem

A utilização de novas tecnologias no processo de aprendizagem,

ainda está na fase de crescimento, ou seja, ainda se está estudando, para

identificar os potenciais que elas apresentam nesse processo, bem como, qual

a relação entre tecnologia, educação e neurociência.

Novas tecnologias aparecem a todo momento, para auxiliar alunos,

professores e outros, mas o que não está claro ainda é se elas são benéficas ou

prejudiciais ao cérebro humano.

Envolver os estudantes naquilo que mais interessa a eles é um truque

muito útil para desenvolver o aprendizado em aula e as mídias sociais não estão

fora dessa tendência.

A tecnologia transforma o significado e a motivação para a

aprendizagem, trazendo um modelo inovador e atraente para a sala de aula.

2.3.1. Ciberespaço

Monteiro define o ciberespaço como um espaço no qual se reúne uma

infinidade de mídias, que proporcionam interação entre as pessoas, para

intercambiar ideias, conhecimento, etc.

A cibercultura é um movimento social e cultural, que estabelece uma

relação nova com o conhecimento e com o saber, ou seja, apresenta novas

formas e possibilidades de se aprender e ensinar.

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2.3.2. Ferramentas Tecnológicas

A utilização de novas tecnologias para o ensino, trazem novos

horizontes à escola. O processo de aprendizagem pode ganhar assim um

dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitada. A seleção e

classificação destes sites pode ser útil para professores e alunos da disciplina,

no sentido de aumentar as possibilidades para busca de materiais e para o

estudo da disciplina.

Segundo Valente, as tecnologias educativas são ferramentas

disponíveis, que se bem utilizadas, produzem transformações significativas no

processo de ensino e aprendizagem.

Para aprender de forma on-line, o aluno precisa apresentar

características como: iniciativa, motivação, autodisciplina e autonomia.

Existem muitas ferramentas que facilitam e estimulam a

aprendizagem do aluno, dentre elas, temos:

(a) Jogos

Segundo Lev Vygotsky, é jogando que as crianças mais se

desenvolvem. O jogo proporciona interação social, disciplina,

cumprimento de regras, estimulam a criatividade, etc. Sejam

eles digitais ou de tabuleiros, organizados ao ar livre ou em

ambientes fechados, são muito úteis para a aplicação de

conteúdos teóricos aprendidos em sala de aula, desde que

tenham definidos objetivos e metas claras para o professor e

para o estudante.

Cientistas comprovam que os que jogam videogames são mais

criativos ao desempenhar tarefas como desenhar ou escrever

histórias. Existe um novo modelo de ensino, chamado

“Gamification”, que alia noções de jogos ao modo de ensinar.

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(b) Livros Eletrônicos

Os livros eletrônicos além de ser uma ideia sustentável é uma

forma de poder ter vários livros a mão ao mesmo tempo, com

possibilidade de lê-los em qualquer lugar.

Esses livros não precisam de marcadores, podem ser

marcados e comentados virtualmente, podem ser interativos

também, possibilitando a navegabilidade por vários links

voltados ao assunto do mesmo, como dicionário, blog do autor,

etc.

(c) Simuladores

Os simuladores proporcionam a vivência em uma situação

próxima à realidade, a verificação de hipóteses, que

possibilitam traçar estratégias para a vida real.

A maioria dos jogos são grandes simuladores, como pilotar

avião, pilotar carros de corrida, jogo de tênis, e provas para

certificação e ingresso em faculdades, etc.

(d) EAD – Estudo à Distância

Segundo Saraiva, no Brasil o ensino a distância teve início em

1939 através das escolas radiônicas, com os projetos Instituto

Rádio-Motor, Instituto Universal Brasileiro e Projeto Minerva e

posteriormente com os telecursos na década ade 60 com os

projetos Madureza Ginasial, Telecursos 2º grau e Telecurso

2000.

Para Estudo À Distância é disponibilizado o Ambiente Virtual de

Aprendizagem (AVA), com comunicação assíncrona, na qual o

aluno interage de acordo com a sua disponibilidade, como por

exemplo acessar os e-mails, os grupos de discussão, as vídeo-

aula e outros e a comunicação síncrona na qual o aluno

necessita interagir num horário pré-agendado, como por

exemplo: chats, videoconferência, teleconferência, audio-

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conferência, ou seja, ferramentas de comunicação que exigem

uma troca de informações simultânea.

2.3.3. Geração Digital

A geração Z, é uma “geração silenciosa”, de pessoas nascidas a partir

do início da década de 90, conhecidas como “nativas digitais”. Elas estão sempre

conectadas, pois não conhecem o mundo sem computador, smartphone, etc,, e

assim sua interação social é prejudicada.

Essa geração já conheceu o mundo globalizado e tendo a informação

sempre ao seu alcance. Essas pessoas são críticas, dinâmicas, exigentes,

autodidata, sabem o que querem e são imediatistas.

São pessoas que costumam executar atividades simultâneas que

induzem a atenção dispersiva.

3.3. Construção do Conhecimento

Para Piaget o conhecimento é fruto de um processo de construção

contínua, que ocorre indefinidamente ao longo da vida, na ação pessoal, em

cada realidade, oportunidade, contexto social, cultural e econômico.

Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos e sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecendo vínculos, laços, entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando lhes significado, encontrando um novo sentido (MORAN, 2000, p. 23).

A construção do conhecimento se baseia nos conhecimentos e

experiência já adquiridas desde o nascimento, buscando uma melhor

compreensão do novo e a forma e o ritmo da aprendizagem variam de acordo

com a capacidade, motivação e interesse individual.

A utilização das NTICs permite estimular um processo de mudança

de postura tanto do professor como do aluno.

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3.3.1. Relação Professor - Aluno

A relação professor-aluno é vertical, onde o professor detém o poder

decisório quanto a metodologia, conteúdo, avaliação, forma de interação em sala

de aula, etc.

Ao aluno, por muito tempo cabia apenas aprender os conteúdos

ensinados de forma passiva. Hoje, com as tecnologias disponíveis, o aluno deve

ter disciplina, criatividade, motivação, etc, para atuar de forma ativa.

Nos estudos de educação, Piaget afirma que o conhecimento é

construído pelo indivíduo, e este se constitui sujeito do processo de

aprendizagem. Já Vygotsky considera que o desenvolvimento cognitivo ocorre

dentro de um determinado contexto social e que o indivíduo constrói

conhecimento com a colaboração e interação com o ambiente e com os seus

pares. Ambas as abordagens contribuem para os novos processos de

aprendizagem, pois enfatizam a construção do conhecimento numa visão que é

individual e também social, mas sempre vinculada a um contexto histórico

cultural.

A neurociência é uma grande aliada do professor ajudando-o a

identificar o indivíduo como um ser único, pensante e que aprende à sua

maneira. Ao analisar o processo de aprendizagem, deve-se perceber um múltiplo

enfoque, explanando propriedades psicológicas, neurológicas e sociais do

indivíduo, já que a construção da aprendizagem considera aspectos biológicos,

cognitivos emocionais e do meio que constroem o ser.

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CAPÍTULO III

A RELAÇÃO ENTRE A NEUROCIÊNCIA E A

TECNOLOGIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E O

DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO HUMANO

ATRAVÉS DE NOVAS CONEXÕES NEURAIS

A aprendizagem é um processo que depende fundamentalmente da

experiência, pois o cérebro vai conectando as informações novas as já existentes

e formando novas conexões, o que propicia nosso cérebro mudar a todo o

momento - plasticidade.

Perkins, constatou que o uso sistemático de novas mídias (celulares,

mensagens eletrônicas, livros eletrônicos, internet, mídias sociais, etc.) pode

contribuir, para uma melhora das estratégias de pensamento já existentes em

um indivíduo, bem como para estimular o surgimento de outras novas.

3.1. Funcionamento Cerebral

Em 1990, os cientistas L. Cahill e J. McGaugh, da Universidade da

Califórnia-EUA publicaram o resultado de estudos que comprovam que a

emoção interfere no processo de retenção da informação.

É preciso motivação e atenção para aprender e o cérebro possui um

sistema dedicado a motivação e a recompensa e quando o aluno é afetado

positivamente por algo, a região responsável pelos centros de prazer produz uma

substância chamada dopamina, substância neuromoduladora capaz de

modificar as conexões neurais, gerando bem-estar e mobilizando a sua atenção

para esse objeto. A dopamina está relacionada a capacidade de memorização.

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Figura 5: Sistema de Recompensa Fonte: Livro Neurociência da mente e do corpo

3.1.1. Memória

Segundo Izquierdo, 2011, nosso cérebro dispõe de múltiplos sistemas

de memória, com diferentes características e redes neurais. Através de estudos

neurocientíficos descobriu-se que a formação de novas memórias depende da

plasticidade sináptica.

Na aprendizagem, o armazenamento das informações acontece em

diferentes áreas cerebrais, conforme descrito abaixo:

a) Memória de procedimentos ou não declarativa - Corpo estriado –

Usada para armazenar habilidades e hábitos;

b) Memória declarativa ou explícita - Lobo temporal medial e

hipocampo. Armazena datas e fatos.

i. Memória de curto prazo – que armazena informações de

forma temporária para definição de guarda ou descarte da

mesma.

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ii. Memória de longo prazo – que armazena informações de

forma definitiva, através da consolidação da memória de

curto prazo.

iii. Memória operacional – para resolução de problemas.

c) Aprendizagem associativa – Cerebelo. Sua evocação pode ser

através do cheiro e do som.

d) Memória emocional – Amigdala.

e) Memória primming (Pré-ativação) – Neocortex. Sua evocação

pode ser feita através de dicas, como fragmentos de uma palavra,

de uma imagem, gestos, odores ou sons.

f) Memória sensorial – sensações físicas.

As memórias são resultado do armazenamento de informações nas

redes neurais, moduladas pelas emoções, pelo nível de consciência e pelo

estado de ânimo.

O processo de memorização tem início a partir do momento que se

recebe uma informação através dos sentidos e a partir desse momento ocorre a

sinapse formando padrões de comunicação entre os neurônios de diferentes

áreas do cérebro.

O processo de memorização é dividido em etapas a saber:

a) Decodificação – a memória é formada a partir do conteúdo

recebido através dos sentidos – visão, audição, olfato, tato e

paladar. Nesse ato há a transformação da informação em sinais

químicos e elétricos no cérebro.

b) Percepção – a memória sensorial criar os sentimentos em relação

ao conteúdo apresentado (capta as sensações físicas).

c) Armazenamento – esse processo é para determinar o que é

memória de curto prazo e memória de longo prazo.

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d) Repetição – quanto mais se repete e pratica uma determinada

informação recebida, mais ela será fixada na memória.

e) Esquecimento – todas as informações que não são utiliza ou não

possui nenhum significado, são descartadas.

Segundo Varella, há vários modelos de processo que podem explicar

como o cérebro armazena e relembra informações adquiridas, tais como:

a) Modelo baseado em circuitos elétricos – como foco nos neurônios

b) Modelo relacionado a produção de substâncias químicas – nesse

caso os neurônios são capazes de sintetizar o ARN (ácido

ribonucleico) e nessa substância conteria um código da memória

semelhante a DNA, que contém uma codificação genética.

c) Modelo conexionista, que está associado as alterações das

conexões entre os neurônios.

O modelo conexionista é o mais aceitável, porque explica não

somente como são guardadas as informações na memória, como também o

enfraquecimento das lembranças, pois todo o processo está ligado a função

sináptica.

Posner desenvolveu um modelo que prevê três circuitos neurais

reguladores, a saber:

a) Estado de alerta ou de vigilância, que permite que receba as

informações que vêm dos órgãos dos sentidos – córtex.

b) À orientação da atenção, que muda o foco da atenção, quando o

mesmo se faz necessário – córtex parietal e frontal.

c) Controle do foco atencional – é a base da atenção executiva, que

mantém a atenção voluntariamente focalizada pelo período de

tempo que for necessário para atingir um objetivo ou concluir uma

tarefa. Atua também, na detecção de erros e conflitos e, ao mesmo

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tempo, inibe estímulos que poderiam causar distração – Córtex

frontal medial e cíngulo anterior.

Figura 6: Circuitos Neurais Reguladores Fonte: Revista Neuroeducação no. 5

3.2. Plasticidade

A plasticidade cerebral é a capacidade de o sistema nervoso alterar o

funcionamento do sistema motor e perceptivo baseado em mudanças no

ambiente, por meio da conexão e reconexão das sinapses nervosas,

organizando e reorganizando as informações dos estímulos motores e

sensitivos, sendo controladas por grupos especiais de neurônios (Relvas, 2014).

Plasticidade cerebral pode ser aplicada a educação considerando a

tendência do sistema nervoso em ajustar-se frente às influencias ambientais

durante o desenvolvimento. Podem ocorrer através de eliminação de neurônios

que não estão sendo utilizados; modificações do dinamismo morfológico e

funcional; modificações das estruturas envolvidas nas sinapses e modificações

da produção das substâncias.

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3.2.1. Sinapse

Sinapse é responsável pelo processamento de informações recebidas

pelos sentidos e se dá através do contato entre as terminações das células

nervosas – neurônios. Esse contato ocorre através do impulso nervoso de um

neurônio emissor ou pré-sináptico que chega a célula receptor ou pós-sináptico

que é excitado pela substância neurotransmissora.

As sinapses ocorrem através de dois tipos de impulso nervoso, que

são:

a) Sinapse elétrica – permite um fluxo livre e íons - correntes iônicas,

que passam diretamente pelas junções comunicantes até

chegarem as outras células, sem necessidade de mediação

química.

b) Sinapse química -a transmissão ocorre através de

neurotransmissores, que se propagam pela fenda sináptica quase

que instantaneamente, fazendo a ligação entre os neurônios.

i. Sinapse Excitatórias

ii. Sinapse Inibitórias

3.2.2. Neurotransmissores

Os neurotransmissores são substância químicas produzidas

continuamente pelos botões sinápticos ou pelo corpo celular, capazes de alterar

a permeabilidade da membrana do neurônio pós-sináptico e são eles:

a) Dopamina, que controla os níveis de estimulação e controle motor

no cérebro.

b) Serotonina, que controla o humor, ansiedade e agressão.

c) Acetilsolina (ACh), que controla a atividade de áreas cerebrais

relacionadas a atenção, aprendizagem e memória.

d) Noradrenalina, que induz a excitação física e mental e o bom

humor.

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e) Glutamato, que excita o cérebro, sendo vital para estabelecer os

vínculos entre os neurônios que são a base da aprendizagem e da

memória de longo prazo.

f) Encefalinas e Endorfinas, que modulam a dor e reduzem o

estresse.

3.2.3. Neurônios

Os neurônios são células do sistema nervoso, quem tem a função de

conduzir impulsos nervosos com o objetivo de realizar a sinapse. Eles são

formados de três partes, que são:

a) O corpo celular, que é a região na qual está localizo o núcleo do

neurônio, tendo seu formato variado – esférico, estrelado ou

piramidal.

b) O axiônio que é a extensão responsável por transmitir os sinais

para outras células

c) Os dentritos que são extensões ramificadas responsáveis por

receber os sinais químicos de outro neurônio.

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Figura 7: Os neurônios e a s inapse Fonte: google

3.3. O lúdico no processo de aprendizagem

O trabalho com jogos e brincadeiras acelera o desenvolvimento físico,

emocional e intelectual da criança, além de servir como recurso motivacional ao

aprendizado, pois instiga os alunos a aprender de maneira significativa e

prazerosa, resgatando o gosto pelo aprender.

Os jogos e brincadeiras estimulam o desenvolvimento cognitivo, das

habilidades motoras, da linguagem, do pensamento, do espírito de equipe, da

autoconfiança, da autonomia, da concentração, da observação, da atenção, da

disciplina, da criatividade, da estratégia, de respeito as regras, de respeito

hierarquia, da capacidade analítica, da capacidade lógica. Essas atividades

estimulam o aluno a expressar suas emoções, a se envolver nas tarefas de sala

de aula e a aprender a separar objeto e significado.

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Figura 8: Lobos cerebrais e suas funções no processo de aprendizagem Fonte:https://www.google.com.br/search?q=como+o+c%C3%A9rebro+aprende&source=lnms&t

bm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwioj4i1vYLZAhWCGJAKHZz3CYwQ_AUICygC&biw=1175&bih=583#imgdii=ZPKrgAg5UOWWrM:&imgrc=MoSBpdwSrt3A7M

Para Piaget (1978) os jogos não são apenas para fins de

entretenimento, também contribuem para o desenvolvimento intelectual, físico e

mental dos indivíduos, fazendo com que os mesmos assimilem o que percebem

da realidade.

Na visão do professor conhece melhor o aluno e suas dificuldades,

pois através de jogos e brincadeiras ele expressa suas emoções e se torna mais

espontâneo.

Os jogos desencadeiam prazer, satisfação e interesse e precisam

fazer parte do contexto escolar.

Pesquisadores suíços compararam usuários de jogos de ação com o

de jogos sociais e observaram que os primeiros apresentavam melhor

coordenação motora e capacidade de realizar múltiplas tarefas.

Os jogos, sejam eles sociais, de ação, esportivos, educativos, etc. são

estímulos importantes para o desenvolvimento do córtex cerebral.

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CONCLUSÃO

A tecnologia é realmente sensacional, pois aproxima as pessoas,

agiliza as necessidades, facilita os afazeres, mas infelizmente, como tudo na

vida, tem seu lado positivo e negativo dependendo do uso que o ser humano faz

dela.

Com a tecnologia pode-se aprender, ensinar, pagar contas, fazer

pesquisas, etc. sem necessidade de deslocamento, no horário que melhor

convém. Entretanto, se não tiver cuidado ela leva a distração, a falta de atenção

e de foco.

Como foi visto nos capítulos anteriores, Perkins também afirma que a

exposição as mídias contribuem para melhor formação neural, que está na base

da construção dos esquemas cognitivos.

Segundo Gee, a tecnologia atua como fator motivacional para a

aprendizagem e podem promover um aumento e uma expansão da capacidade

cognitiva do ser humano, ampliando a capacidade cerebral para um ambiente

informacional e vasto.

A tecnologia, por outro lado, acaba quase que eliminando o contato

físico entre as pessoas, uma vez que se pode manter contatos através das

mídias sociais. Essas mídias que tem uma dualidade peculiar, pois ao mesmo

tempo que aproxima pessoas que estão longe, afasta as pessoas que estão

perto.

A tecnologia também, acaba por prejudicar uma parte da memória,

uma vez que já não se faz mais necessário guardar um número de telefone,

datas de aniversário, fazer contas, aprender tabuada, etc., pois tudo isso está a

um click do ser humano.

Há que se aprender a utilizar a tecnologia de forma a usufruir do que

ela proporciona de melhor, sem perder o que de melhor o ser humano pode

usufruir.

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Ter conhecimento do funcionamento do cérebro na aprendizagem é

fundamental para alunos e professores, pois facilita a identificar as melhores

técnicas e formas de aprender mais facilmente.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 09

1.1. NEUROCIÊNCIA 09

1.2. PROCESSO DE APRENDIZAGEM 13

1.2.1. ESTILO DE APRENDIZAGEM 14

1.2.2. COGNIÇÃO 14

1.2.2.1. EMOÇÃO 15

1.2.2.2. MOTIVAÇÃO 15

1.2.2.3. ATENÇÃO 16

1.2.3. ABORDAGENS DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 17

1.3. TEÓRICOS DA APRENDIZAGEM 18

1.3.1. TEORIA DA APRENDIZAGEM SIFNIFICATIVA 18

1.3.2. TEORIA DO DESENVOLVIMENTO (APRENDIZAGEM) 18

1.3.3. TEORIA SOCIO-HISTÓRICA OU SOCIOINTERACIONISMO OU

SOCIOINTERACIONISMO 18

1.3.4. TEORIA DA AFETIVIDADE 19

CAPÍTULO II 20

2.1. TECNOLOGIA 20

2.2. NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO –

NTIC 22

2.3. A TECNOLOGIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 23

2.3.1. CIBERESPAÇO 23

2.3.2. FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS 24

2.3.3. GERAÇÃO DIGITAL 26

3.3. CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 26

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42

3.3.1. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO 27

CAPÍTULO III 28

3.1. FUNCIONAMENTO CEREBRAL 26

3.1.1. MEMÓRIA 29

3.2. PLASTICIDADE 32

3.2.1. SINAPSE 33

3.2.2. NEUROTRANSMISSORES 33

3.2.3NEURÔNIOS 34

3.3. O LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 35

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 39

INDICE 41