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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
CONCORRÊNCIA E SUAS PRATICAS
Por: Natasha Sharon Cohen
Orientador
Prof. Willian Rocha
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
CONCORRÊNCIA E SUAS PRATICAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Direito do Consumidor e
Responsabilidade Civil sob orientação do professor
William Rocha
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AGRADECIMENTOS
Dedico aos meus pais Elias e Peter pelo
eterno incentivo.
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DEDICATÓRIA
Agradeço a todos que contribuíram nas pesquisas realizadas,
proporcionado a finalizar minha especialização.
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo destacar a importância da
concorrência honesta e legal aos empreendedores e consumidores,
consubstanciada em seus princípios constitucionais do direito a livre concorrência.
Serão focados seus princípios, praticas e sanções aplicáveis aqueles
empreendedores que lançam mão das praticas de concorrência desleal, visando a
captação de seus clientes.
Sendo ao final apresentada a conclusão de que o mercado econômico está
condicionado a livre concorrência, sendo o Estado o gerenciador da regulamentação
das boas praticas da concorrência.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................08
CAPÍTULO I – CONCORRENCIA ............................................................................10
1.1 - Conceito ...........................................................................................................10
1.2 – Classificação da Concorrência ........................................................................12
CAPÍTULO II – PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA LIVRE
CONCORRENCIA .....................................................................................................14
2.1 – A importância da livre iniciativa na sistematicidade
do principio da livre concorrência ....................................................................16
CAPÍTULO III – O DIREITO DA LIVRE CONCORRENCIA ......................................19
CAPÍTULO IV - CONCORRENCIA DESLEAL ..........................................................21
4.1 – Conceito ...........................................................................................................21
4.2 – Classificação da Concorrência Desleal ............................................................22
4.3 – Pressupostos da Concorrência Desleal ...........................................................25
4.4 - Praticas da Concorrência Desleal .....................................................................27
CONCLUSÃO ............................................................................................................31
BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................32
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho fazemos uma análise de conteúdos de livros e artigos sobre
as características de maior importância da livre concorrência, atualmente presente
em razão da tão famosa globalização, que acabou por ensejar mudanças relevantes
na economia.
Iniciamos com a análise do conceito de concorrência, tomando por base o
mercado, a disputa por consumidores e as formas que as ações dos
empreendedores se tornam atos de concorrência desleal.
Damos prosseguimento descrevendo as espécies de concorrência,
classificada em concorrência pura ou perfeita, concorrência monopolística,
concorrência oligopólio e por ultimo a concorrência monopólio, não deixando de
explorar o principio da livre concorrência na Constituição Federal de 1988, suas
características e peculiaridades, fazendo a distinção entre o principio da livre
concorrência e o principio da livre iniciativa, analisando a sistematicidade do
principio da livre concorrência, prosseguindo o trabalho demonstrando a importância
do direito de livre concorrência no poder econômico.
Seguindo conceituando a concorrência desleal, apresentando sua
classificação e seus pressupostos.
Finalizamos com a citação de algumas práticas de concorrência desleal
aplicada pelos empreendedores.
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CAPÍTULO I
CONCORRENCIA
1.1 Conceito de Concorrência
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra concorrência é a “competição;
rivalidade entre os produtores ou entre negociantes, fabricantes ou empresários”.
No conceito de Isabel Vaz “a concorrência é um fenômeno complexo e um
dos seus pressupostos essenciais é a liberdade, para que os agentes econômicos
façam o melhor uso de sua capacidade intelectual e organizem da melhor maneira
possível os fatores de produção de bens ou de prestação de serviços, de modo q
obter produtos de boa qualidade e a oferecê-los no mercado a preços atraentes”.
Podemos entender que concorrência é competitividade, ou seja, capacidade
de formular e implementar estratégias para disputa de um mesmo grupo consumidor
de um mercado. Produtos idênticos ou afins fabricados por empresas diferentes as
colocam em situação de concorrência, pois buscam os mesmos consumidores
potenciais para seus produtos e serviços.
Portanto, é mediante a livre concorrência que se propiciam melhores
condições de competitividade das empresas, forçando-as a um constante
aprimoramento dos seus métodos tecnológicos, dos seus custos, enfim, da procura
constante de criação de condições mais favoráveis ao consumidor.
Nesse sentido, a livre concorrência, na área econômica, representa a
disputa entre todas as empresas para obter maior e melhor espaço no mercado.
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No campo de direito privado, a concorrência é a disputa, o ato pelo qual
uma pessoa procura estabelecer competições de preços, com o fim de apurar as
melhores condições para efetivação de compra ou realização de uma obra
Em outras palavras, a concorrência é a situação do regime de iniciativa
privada em que as empresas competem entre si, sem que nenhuma delas goze de
supremacia em virtude de privilégios jurídicos, força econômica ou posse exclusiva
de certos recursos.
A positivação da livre concorrência decorreu de três motivos fundamentais.
São eles:
• Motivo Econômico, que se refere à promoção da eficiência econômica e do
bem-estar social, a partir de uma adequada alocação de recursos, evitando-
se distorções na distribuição do produto nacional, à medida que se garante o
livre funcionamento dos mercados, sem necessidade de intervenção direta do
Estado na economia. As economias de mercados concorrentes obtêm uma
utilização mais eficiente dos recursos produtivos, produzindo bens e serviços
a custos mais reduzidos;
• Motivação Sociológica, estaria na legitimação da liberdade das decisões
econômicas dos consumidores, empresários e trabalhadores. Aos
consumidores, a concorrência propicia as necessárias condições para
exercer, de forma livre e racional, o poder de decidir sobre as suas reais
necessidades, escolhendo o que adquirir e a que preço; aos empresários, a
liberdade de alocarem os recursos de que dispõem; e aos trabalhadores, a
ampliação de oportunidades de emprego, e por fim;
• Motivação Política, por seu turno, estaria na necessidade de submeter-se a
controle legal o poder econômico, em virtude da estreita correlação entre as
forças econômicas e políticas, muitas vezes reunidas para a defesa de
interesses privados que atentam contra a ordem política e até mesmo contra
o regime democrático.
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Nos dizeres de Fábio Ulhoa Coelho, in Curso de Direito Comercial: “O
objetivo imediato do empresário em competição é simplesmente o de cativar
consumidores, através de recursos (publicidade, melhoria da qualidade, redução de
preço etc.) que os motivem a direcionar suas opções no sentido de adquirirem o
produto ou serviço que ele, e não outro empresário, fornece. Ora, o efeito necessário
da competição é a indissociação entre o benefício de uma empresa e o prejuízo de
outra, ou outras. Na concorrência, os empresários objetivam, de modo claro e
indisfarçado, infligir perdas a seus concorrentes, porque é assim que poderão obter
ganhos”.
Assim, podemos dizer que a concorrência constitui um dos modelos de
dinâmica de mercado, caracterizado pela presença de elementos que viabilizam a
competitividade entre os agentes econômicos em um dado segmento, entretanto, se
empreendedor desrespeita as regras de captação de um grupo de consumidor,
estabelecidos no mercado pelos concorrentes, estaremos diante da concorrência
desleal.
1.2 Classificação da Concorrência
A concorrência aqui estudada, pode ser classificada em 4 modalidades, são
elas:
• Concorrência Pura ou Perfeita
Corresponde a existência de um grande número de empresas a produzir o
mesmo produto ou serviço (bem) e com dimensão e estrutura de custos
semelhante; Existência de um grande número de consumidores e todos com a
mesma informação disponível sobre a oferta existente no mercado; Existência de
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homogeneidade nos produtos ou serviços oferecidos no mercado; Inexistência de
barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado.
Nessas condições, os preços do mercado formam-se perfeitamente
segundo a correlação entre oferta e procura, sem interferência predominante de
compradores ou vendedores isolados. Os capitais podem, então, circular livremente
entre os vários ramos e sectores, transferindo-se dos menos rentáveis para os mais
rentáveis em cada conjuntura econômica.
• Concorrência Monopolística
Um único vendedor de um produto/serviço para um grande nº de
consumidores no mercado, ou seja, É uma condição do mercado caracterizada pelo
controle, por um só vendedor, dos preços e das quantidades de bens ou serviços
oferecidos aos usuários e consumidores. Designa uma situação na qual a
concorrência é restrita.
O monopolista pode escolher vender uma quantidade maior de bens a um
preço menor ou menor quantidade de bens a um preço mais elevado, bem como,
atuar sobre o preço, aumentando a produção se deseja reduzi-lo, ou, o que é mais
freqüente, reduzindo a produção para elevá-lo.
A maior parte dos países proíbe o monopólio, exceto aqueles que são
exercidos pelo Estado, os chamados Monopólios Estatais ou Institucionais, sobre
produtos estratégicos e serviços de utilidade pública ou segurança nacional.
Exemplos: energia, comunicação, petróleo.
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• Concorrência Oligopólio
Um pequeno número de ofertantes de um produto no mercado para um
grande número de consumidores.
Tem como característica um pequeno grupo de empresas detém a oferta de
um produto ou serviço. Esse grupo de empresas geralmente é formado por
empresas de grande porte, e em setores que exigem grandes investimentos. Ex.:
cigarros, automóveis, lâmpadas elétricas, etc. podendo permitir que as empresas
obtenham lucros elevados a custo dos consumidores e do progresso económico,
caso a sua atuação no mercado seja baseada em cartéis, pois assim terão os
mesmos lucros como um monopólio.
CAPÍTULO II
PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA LIVRE CONCORRENCIA
Ao estabelecer a livre concorrência como principio, a constituição adota
explicitamente uma opção, impondo que a conformação da ordem econômica se de
com a presença de mercados funcionando sob a dinâmica concorrencial. Portanto, a
política econômica e o conjunto de normas infraconstitucionais dela decorrentes
devem obedecer a esse principio, buscando conformar os mercados de tal modo em
que se constate a manutenção dos níveis concorrenciais e, para tanto, a pluralidade
de agentes econômicos nos diversos mercados relevantes.
A concorrência tem um enquadramento especificamente constitucional, pois
no ordenamento jurídico pátrio seus dois pontos extremos, a livre concorrência e o
monopólio, só são firmados pelos artigos 160, I e 163 da Constituição Federal.
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A livre concorrência se agrega a livre iniciativa, na medida em que constitui
um instrumento necessário a estabilidade do sistema, garantindo a manutenção das
regras do jogo de mercado e a segurança dos empreendedores, logo, incentivando o
investimento e fomentando a livre iniciativa.
Desta forma, a livre concorrência assumirá dois papeis fundamentais: i - o
coloca como um principio conformador, na medida em que revela uma opção política
do constituinte, refletindo a ideologia neoliberal inspiradora da Constituição, impondo
o estabelecimento de uma ordem econômica baseada na economia de mercado,
dinamizada pelo modelo concorrencial. ii - por sua vez, diz respeito ao papel
instrumental da livre concorrência, uma vez que imprescindível para assegurar a
concretude da livre iniciativa, na medida em que impede o abuso do poder
econômico, estabelecendo as regras do jogo de mercado e viabilizando,
principalmente, os pequenos empreendimentos.
O principio da livre concorrência está previsto na Constituição Federal, no
artigo 170, IV e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser
restringida por agentes econômicos com poder de mercado.
Em um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou
serviço, os preços praticados tendem a se manter nos menores níveis possíveis e as
empresas devem constantemente buscar formas de se tornarem mais eficientes, a
fim de aumentarem seus lucros. Na medida em que tais ganhos de eficiência são
conquistados e difundidos ente os produtores, ocorre uma readequação dos preços
que beneficia o consumidor.
Assim, a livre concorrência garante, de um lado, os menores preços para os
consumidores e, de outro, o estimulo à criatividade e inovação das empresas.
A Constituição Federal no § 4º do artigo 173 estabelece,
programaticamente, que a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise a
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dominação dos mercados, a eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário de
lucros.
Os programas estão diretamente relacionados a efetividade do principio da
livre concorrência, na medida em que o abuso do poder econômico voltado para
dominação de mercados, ainda que não elimine a concorrência, deve, por si só, ser
alvo da reprimenda legal, uma vez que tais condutas reduziriam o nível de
competitividade em dado mercado relevante e, consequentemente, proporcionariam
o distanciamento da concorrência perfeita. O estabelecimento de tais programas,
portanto, visam atender ao princípio da livre concorrência, tanto na sua acepção
protetiva e instrumental da livre iniciativa, como na sua roupagem conformadora.
2.1 – A importância da livre iniciativa na sistematicidade do principio da livre
concorrência
A livre iniciativa é a base que sustenta a ideologia capitalista, garantindo a
coerência e o desenvolvimento do sistema. É no contexto de liberdade social que se
deve examinar a livre iniciativa referida na Constituição, pois é onde aparece como
um valor social, associada ao trabalho.
Compõem-se de dois elementos primordiais:
• A propriedade Privada – é de acordo com a ideologia liberal, um
desdobramento da liberdade natural do individuo, ou seja, um direito
intrínseco ao individuo, anterior a qualquer instituição.
Esse direito inclui a apropriação dos meios de produção, se situa na grande
maioria dos sistemas jurídicos dos países capitalista no plexo dos direitos
fundamentais do homem.
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• A livre iniciativa - traduz o ideal de liberdade econômica, e seu
reconhecimento pela ordem jurídica importa assegurar aos indivíduos a livre
escolha da atividade que queiram desenvolver para seu sustento, e limitar a
atuação do Estado no Campo das opções econômicas dos agentes. Significa
a possibilidade de os agentes econômicos entrarem no mercado sem que o
Estado crie obstáculos.
Acentua Grau que “... a liberdade de iniciativa econômica não se identifica
apenas com a liberdade de empresa. Pois é certo que ela abrange todas as formas
de produção, individuais ou coletivas... assim, entre as formas de iniciativa
econômica encontramos, alem da iniciativa privada, a iniciativa cooperativa, a
iniciativa autogestionaria e a iniciativa pública.“
Assim ressalvadas as razões de ordem publica que reservam ao Estado a
iniciativa econômica e o controle do exercício de certas atividades, há de ser
assegurado a todo o individuo o direito de livremente inicial a atividade econômica
que lhe aprouve.
Desta forma, a livre iniciativa não pode ser interpretada como ampla outorga
de liberdade para exercer atividade econômica. As restrições, em geral, não são
apenas de ordem material, caso em que o Estado se reserva a exploração de
setores produtivos específicos, referem-se ainda, aos meios de que se valem os
agentes na exploração econômica.
Podemos dizer então, que, o principio da livre iniciativa passou por
significativas transformações. Em sua origem, no Estado liberal, era impregnado do
mais absoluto individualismo, acreditando-se que até o bem coletivo era fomentado
a partir do plano individual, pois o individuo, na persecução egoística de seu
interesse pessoal, seria conduzido por uma mão invisível no sentindo da realização
do interesse geral.
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A Constituição Federal de 1988 recebeu expressamente a livre iniciativa
como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, atribuindo-lhe a
qualidade de valor social, ao lado do trabalho. Alem desses valores, aparecem
também na nossa Constituição, como fundamentos da ordem econômica.
Tais fundamentos são a própria causa da ordem econômica, que se efetiva
mediante princípios, que não podem ser relegados, pois registram a ideologia que
deve predominar por ocasião de sua concreção1.
Portanto, segundo José Afonso da Silva, podemos dizer que “...o principio
constitucional da livre iniciativa acha-se densificado, no próprio texto constitucional,
mediante a regra estatuída no § único do artigo 170, que a todos assegura o livre
exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização dos
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.”
Assim sendo, a importância da livre iniciativa na sistematicidade do principio
da livre concorrência, nada mais é do que a realização da ordem econômica
constitucional mediante a integração da livre iniciativa à livre concorrência,
porquanto a iniciativa só será livre à medida que os agentes econômicos puderem
ter acesso aos meios de produção, o que só se concebe em um mercado onde
concorrentemente, as forças produtivas possam atuar.
Observamos então que tanto a livre concorrência como a livre iniciativa
apresentam-se como fundamentos da economia numa relação quase que simbiótica,
funcionando a primeira como instrumento da segunda.
1 Washington Peluso Albino de Souza. A Experiência de Constituição Econômica,. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, Nova Fase, Belo Horizonte, v.32, n.32, p. 59-91, 1989, p.71.
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CAPÍTULO III
O DIREITO DE LIVRE CONCORRENCIA
O direito de livre concorrência, emanando da basilar garantia da liberdade
individual, conheceu necessariamente restrições, gerando direitos e deveres, pois
que sua extensão infinitamente pequena seria a permanente e desenfreada luta, o
caos, a subversão da mesma liberdade e concomitantes direitos do cidadão.
O abuso da livre concorrência é a concorrência desleal, que será vista ao
longo do presente estudo. E assim, ao passo que nos códigos se foram
judiciosamente inscrevendo preceitos de plena garantia e proteção de lei para
aquele que seu direito exerce.
Por uma gradual emancipação de suas fundamentais garantias ao indivíduo
foi dado transmitir ao corpo social a sua livre feição econômica e paralelamente o
não menos livre reconhecimento de sua legitima posse e fruição dos bens.
E assim, ao passo que nos códigos, se foram judiciosamente inscrevendo
preceitos de plena garantia e proteção de lei para aquele que seu direito exerce.
Desde logo a doutrina, procurando estabelecer os eqüitativos limites do
exercício de qualquer direito, demarcou-lhe primeiramente as indiscutíveis restrições
do interesse geral, da utilidade publica e da equidade, uma vez transladadas em
textos de lei. Então vejamos.
Para nortear os legisladores comuns, desde 1946, o poder constituinte
brasileiro vem estabelecendo, no título da Ordem Econômica, os princípios gerais da
atividade econômica, com base na liberdade de iniciativa.
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Assim, a livre concorrência está inscrita Capítulo I do Título VI ( Da Ordem
Econômica E Financeira) da vigente Constituição Federal, como um dos princípios
gerais que regem a atividade econômica. O livre exercício de qualquer atividade
econômica é direito assegurado a todos( C.F,Art.170, inciso IV e § único).
Nesse sentido, igualmente o suporte constitucional:-" A lei reprimirá o abuso
do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros." (§ 4º do Art. 173 C.F) A lei
estabelecerá a responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica e a
responsabilidade desta, "sujeitando-a (os) às punições compatíveis com a sua
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira..."( § 5º Art.
173).
Sob a égide da legislação vigente são exemplos de condutas
anticoncorrenciais:- cartel, ilícitos de associações profissionais, preços predatórios,
fixação de preços de revenda, restrições territoriais e de base de clientes, acordos
de exclusividade, recusas de negociação, venda casada e discriminação de preços.
Em defesa da livre concorrência, foi criado o CADE – Comissão
Administrativa de Defesa Econômica, órgão técnico, que tem por escopo a
prevenção e repressão das práticas anticorrenciais, com poder de aplicação de
sanções, pelo Decreto Lei 7.666/42 e extinto em 1945 pelo Decreto Lei 8162.
Entretanto, posteriormente em 1962 através da Lei 4137 retornou com
CADE passando a ser designado por Conselho Administrativo de Defesa
Econômica,. O CADE foi mantido pela Lei nº 8.158 de 08.01.1991, e agora pela Lei
nº 8.884, de 11.06.1994, tratando da prevenção e repressão as infrações contra a
ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais da liberdade de iniciativa
e da livre concorrência, protegendo a própria estruturação do mercado e seu livre
funcionamento, bem como os empresários vitimados por praticas lesivas, os
consumidores e os trabalhadores.
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Sendo o CADE, autarquia, vinculada ao Ministério da Justiça, responsável
pela decisão final sobre matéria concorrencial na esfera administrativa2,
E, visto que em direitos ou interesses redunda toda a susceptibilidade do
individuo ou pessoa jurídica, compreendendo-se como indispensável se torna uma
coordenação, para que as unidades componentes possam realizar harmonicamente
seus fins, dando a cada um o que lhe pertence e doseando com equidade os
benefícios e garantias sociais.
Desta forma, toda uma legislação excepcional, editada sob o signo da
emergência ou da eventualidade, com o passar do tempo, tornou-se definitiva,
cristalizando-se em compartimentos estanques, de modo a converter-se em um
direito comum, irreversível, ou o chamado direito econômico, regendo relações
humanas propriamente econômicas.
CAPÍTULO IV
CONCORRENCIA DESLEAL
4.1 - Conceito
Como o nome já diz, a concorrência desleal é uma forma de captar clientes
de maneira ilícita dos concorrentes, ou seja, todo ato de concorrente que, valendo-
se de força econômica de outrem, procura atrair indevidamente sua clientela.
Pode-se dizer então, que existe concorrência desleal em toda ação de
concorrente que se aproveita indevidamente de criação ou de elemento integrante
do aviamento alheio, para captar, sem esforço próprio, a respectiva clientela.
2 Eros Roberto Grau. A Ordem Econômica na Constituição de 1988. São Paulo: Malheiros, 1997, p.71-78
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Contudo, a concorrência desleal, nada mais é do que todo ato de
competência contraria aos usos honrados, devendo merecer sanção especial a
aqueles empreendedores:
• que criem confusão, por qualquer meio, com o estabelecimento,
os produtos, ou a atividade industrial ou comercial, de um concorrente;
• as alegações falsas, no exercício do comercio, que
desacreditem o estabelecimento, os produtos ou a atividade industrial ou
comercial do concorrente;
• as indicações ou alegações cujo uso, no exercício do comercio,
sejam suscetíveis de induzir o publico a erro sobre a natureza, o modo de
fabricação, as características, a aptidão no emprego ou na qualidade de
mercadorias.
Sendo assim, a expressão concorrência desleal traduz todos os meios de
pérfida e desonesta rivalidade no campo mercantil e é a conquista de êxito pela
pratica de meios nem sempre conformes a moral social e atentatórios dos direitos de
outrem ou do interesse publico.
4.2 - - Classificação da Concorrência Desleal
A Concorrência Desleal é mais um dos fantasmas que o anti-capitalista usa
para assombrar as pessoas, fazendo-as temer a liberdade e aceitar a rédea que ele
oferece como alternativa. Basta entender que o Capitalismo é conseqüência natural
da ação humana quando os direitos individuais são assegurados para espantar este
fantasma.
Compreendido este conceito, fica evidente que concorrência desleal não
viola os direitos individuais de ninguém. Um entendimento funcional de como as
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escolhas individuais move a economia permite ver que “concorrência desleal” não
seria um problema no Capitalismo.
Para João da Gama Cerqueira, pode-se classificar a concorrência desleal
envolvendo interesses particulares em duas categorias: a ESPECÍFICA, que se
traduz pela tipificação penal de condutas lesivas aos direitos de propriedade
intelectual titularizados por empresários (isto é, os direitos sobre marcas, patentes,
título de estabelecimento, nome empresarial); e a GENÉRICA, que corresponde à
responsabilidade extracontratual.
A concorrência desleal ESPECÍFICA que trata da violação de segredos de
empresas ou informações confidenciais da empresa, sendo que o sujeito ativo do
ilícito tem acesso a tais informações, as quais a empresa pretendia ocultar de seu
concorrente, contudo, tal acesso não ocorre por acaso, nem tão pouco por falta de
cuidados da empresa, visto que o próprio funcionário da empresa ou colaborador
aliciado pode fazer uso indevido de tal informação, comercializando ou fornecendo
conhecimento a concorrente.
Tal prática ilícita consubstancia a concorrência desleal tipificado na Lei nº
9.279/96, que trata de Propriedade Intelectual, definindo o crime de concorrência
desleal em seu artigo 195, transcrito abaixo.
“Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:
(...)
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou
alheio, clientela de outrem;
(...)
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente,
para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe proporcione
vantagem;
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X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou
recompensa, para, faltando ao dever de empregado, proporcionar
vantagem a concorrente do empregador;
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos,
informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio
ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento
público ou que sejam evidentes para um técnico no assunto, a que teve
acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o
término do contrato;
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou
informações a que se refere o inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a
que teve acesso mediante fraude; ou
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.”
O Código Civil Brasileiro também garante ao prejudicado o direito ao
ressarcimento por prejuízos decorrentes de concorrência desleal de atos que
maculem a reputação ou negócios alheios, obedecendo aos postulados básicos da
teoria do ato ilícito no seu artigo 927.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.”
Referente a concorrência desleal GENÉRICA, encontramos seus contornos
jurídicos descritos no art. 209 da Lei de Propriedade Intelectual (9.279/96):
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“Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos
em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de
propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos
nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a
criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou
prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no
comércio.”
Portanto, identifica-se a concorrência desleal após análise dos meios
empregados pelo empresário para conquistar mercado, ou seja, observando-se se
os meios utilizados são condenáveis (enquadram-se nos tipos descritos no art. 195 e
209 da Lei de Propriedade Intelectual) ou não.
4.3 - Pressupostos da Concorrência Desleal
Na delimitação do campo de incidência da concorrência desleal, são fixados
certos pressupostos por doutrina e por jurisprudência, para a identificação de sua
existência em concreto.
São os seguintes os requisitos assentados na doutrina universal3:
• Desnecessidade de dolo ou de fraude – esse pressuposto se
mostra coerente com a teoria geral da responsabilidade civil, de que se
considera modalidade especial a concorrência desleal, encontra-se sufragado
universalmente, em doutrina e em jurisprudência. Assim, responde o agente
por simples negligencia.
3 Carlos Alberto Bittar. Teoria e Pratica da Concorrência Desleal. São Paulo:Saraiva, 1989, p.40 ss.
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• Desnecessidade de verificação de dano - em seguida não se
exige a concretização de dano, basta a possibilidade ou o perigo de sua
superveniência. Também nesse ponto há concordância na doutrina universal,
rompendo-se, assim, com a teoria tradicional, em que se demanda a
existência de dano.
Inserido na jurisprudência francesa, esse principio estendeu-se a outros
sistemas, contentando-se aqui com o simples perigo de dano, de sorte que os
tribunais têm considerado suficiente a demonstração de risco de dano. È que a ação
de concorrência objetiva, principalmente, a cessação dos atos definidos como
repreensíveis, reparando-se os prejuízos conseqüentes.
• Necessidade de existência de colisão - depois, para que haja
o implemento da concorrência desleal, mister se faz que hajam campos
colidentes de interesses.
Vale dizer, que os atos ou procedimentos repreensíveis sejam praticados
em função de concorrente, da mesma atividade negocial e nem um mesmo âmbito
territorial , seja em indústria, seja em comercio, seja em atividade profissional, como
tem entendido doutrina e jurisprudência.
Assim, a diversidade de negócios ou de bases de atuação elide a
configuração, como se tem entendido em concreto na jurisprudência.
• Necessidade de existência de clientela – alem disso, exige-se,
para a caracterização, a existência de clientela, mesmo em potencial, alias
objetivo precípuo visado, no todo ou em parte, pelo agente.
27
Todo o direcionamento das ações, nesse campo, se volta para a clientela. É
disputa por sua captação que qualifica, pois, o ato como de concorrência desleal,
quando buscada por meios abusivos.
• Ato ou procedimento suscetível de repreensão – por fim, na
concretização da concorrência desleal, o ato ou procedimento de
concorrência deve destacar-se das praticas normais dos negócios. Há que
ser qualificado por ausência ou por desrespeito a preceitos de direito ou de
dano moral, em função dos pressupostos enunciados.
Cumpre que se caracterize a deslealdade, que se trate de ato repreensível,
que constitua abuso, na justificativa mesma da própria existência de teoria da
concorrência desleal.
4.4 - Práticas da Concorrência Desleal
A concorrência desleal é relacionada com o abuso de poder na eliminação
da concorrência, domínio dos mercados ou aumento arbitrário dos lucros, que
consiste em algumas praticas que veremos.
Na concorrência desleal podem ingressar inúmeras ações que se perdem
ao infinito, em face da inesgotável gama de procedimentos e de maquinações que a
imaginação humana pode engendrar.
Com efeito, muita ação, destacadas na casuística da matéria, vem sendo
estratificadas em normas, como caracterizadoras de concorrência desleal.
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Nesta razão, que as legislações se tem abstido de definir concorrência
desleal, enunciando apenas noções gerais em convenções, códigos ou leis
especiais, mas tipificando, de outro lado, para efeito penal, em virtude do rigor
necessário nesse âmbito, as ações já classicamente admitidas como tal4. São
algumas delas:
Dumping - É uma prática comercial que consiste em uma ou mais
empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços
extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente
se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador), por
um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares
concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços
altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos
nacionais, quando comprovado. Esta técnica é utilizada como forma de ganhar
quotas de mercado.
O competidor que faz isso tenta inviabilizar o negócio de seu concorrente
apostando que, embora perca dinheiro, seu concorrente perderá mais ou terá menos
fôlego para suportar as perdas.
Na maioria dos casos, a empresa que usa este artifício aplica os preços
baixos apenas onde concorre com a empresa alvo – visando cobrir as perdas com
lucros obtidos em outras regiões ou produtos. O objetivo maior seria eliminar um
concorrente para poder praticar preços maiores no futuro, compensando as perdas
presentes.
Cartel - É um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para,
principalmente, fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de
mercados de atuação[1] ou, por meio da ação coordenada entre os participantes,
4 Carlos Alberto Bittar. Teoria e Pratica da Concorrência Desleal. São Paulo: Saraiva, 1989,p.38.
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eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros,
em prejuízo do bem-estar do consumidor.
Os Cartéis normalmente ocorrem em mercados oligopolísticos, nos quais
existe um pequeno número de firmas, e normalmente envolve produtos
homogêneos. Na prática o cartel opera como um monopólio, isto é, como se fosse
uma única empresa.
Tal pratica é considerado a mais grave lesão à concorrência e prejudicam
consumidores ao aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens e serviços
mais caros ou indisponíveis, no entanto, tem um limitante adicional. Cada vez que o
cartel obtém sucesso em aumentar os preços de mercado, aumenta também a
tentação de cada participante de aumentar o volume de sua participação.
Naturalmente, se aumentarem os volumes oferecidos os preços caem.
Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime
no Brasil, punível com multa ou prisão de 2 a 5 anos em regime de reclusão. De
acordo com a Lei de Crimes Contra a Ordem Econômica (Lei nº 8.137, de 27 de
dezembro de 1990[3]), essa sanção pode ser aumentada em até 50% se o crime
causar grave dano à coletividade, for cometido por um servidor público ou se
relacionar a bens ou serviços essenciais para a vida ou para a saúde.
Truste - É o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual
leva a fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de
atividades a abrirem mão de sua independência legal para constituir uma única
organização, com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços.
Pode-se definir truste também como uma organização empresarial de grande poder
de pressão no mercado.
Truste é a expressão utilizada para designar as empresas ou grupos que,
sob uma mesma orientação, mas sem perder a autonomia, se reúnem com o
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objetivo de dominar o mercado e suprimir a livre concorrência e também são
grandes grupos ou empresas que controlam todas as etapas da produção, desde a
retirada de matéria-prima da natureza até a distribuição das mercadorias.
Os trustes podem ser de dois tipos:
Trustes Verticais - são aqueles que visam controlar de forma seqüencial a
produção de determinado gênero industrial desde a matéria-prima até o produto
acabado, sendo que as empresas podem ser de diversos ramos.
Trustes Horizontais - Constituídos por empresas que trabalham com o
mesmo ramo de produtos. Com o truste, há o controle maior da economia em um
determinado ramo (ex: siderurgia - extração até distribuição) para se eliminar os
custos de produção.
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CONCLUSÃO
Diante de tais considerações, verifica-se que o mercado é movido pela livre
concorrência, que, no entanto, deve ser regulada pelo Estado, por meio de políticas
econômicas, visando a evitar abuso e prejuízos à ordem econômica.
Induvidoso, que para que o poder público possa agir como interventor no
mercado econômico, cabe a este estipular não somente quais os atos prejudiciais à
economia ou os efeitos de tais atos, tendo em vista que necessária a imposição de
sanção em caso de descumprimento.
Cabe-nos, apenas, apontar o efeito reflexo de toda essa massa de atos
intervencionistas no fato de concorrência para deduzir a conclusão final de que a
intervenção do Estado no domínio econômico, eliminou o principio da livre iniciativa.
Então impõe-se a conclusão de que o mercado respectivo deixou de ser o
reflexo da livre iniciativa calcada na Lei da Oferta e da Procura, para ser a expressão
de uma “regulamentação” discriminatória, em beneficio de poucas classes ou grupos
fechados, e com manifesto sacrifício do principio da igualdade de todos perante a lei.
Por fim, vale lembrar que tal intervenção do Estado na economia ocorre nos
termos da Lei 8.884/94, denominada Lei Antitruste, bem como pela atuação do
órgão administrativo criado para tal função, pela Lei 4.137/62, o CADE.
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BIBLIOGRAFIA
• COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva,
2000.
• ENRIQUEZ GARCIA, Manuel; SANDOVAL DE VASCONCELLOS, Marco
Antonio. Fundamentos da Economia. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
• OLIVEIRA, Gesner; RODAS, João Grandino. Direito e economia da
concorrência. Rio de Janeiro, 2004.
• CERQUEIRA, João da Gama; Tratado da Propriedade Industrial. 1ª ed. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
• SILVA, José Afonso da; Curso de Direito Constitucional Positivo. 27ª. Ed.
São Paulo: Malheiros, 2006.
• Eros Roberto Grau. A Ordem Econômica na Constituição de 1988. São
Paulo: Malheiros, 1997, p.71-78
• Carlos Alberto Bittar. Teoria e Pratica da Concorrência Desleal. São
Paulo:Saraiva, 1989
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ...................................................................................................02
AGRADECIMENTO ...................................................................................................03
DEDICATÓRIA ..........................................................................................................04
RESUMO ...................................................................................................................05
SUMÁRIO ..................................................................................................................07
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................08
CAPÍTULO I – CONCORRENCIA ............................................................................10
1.1 - Conceito ...........................................................................................................10
1.2 – Classificação da Concorrência ........................................................................12
CAPÍTULO II – PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA LIVRE
CONCORRENCIA .....................................................................................................14
2.1 – A importância da livre iniciativa na sistematicidade
do principio da livre concorrência ....................................................................16
CAPÍTULO III – O DIREITO DA LIVRE CONCORRENCIA ......................................19
CAPÍTULO IV - CONCORRENCIA DESLEAL ..........................................................21
4.1 – Conceito ...........................................................................................................21
4.2 – Classificação da Concorrência Desleal ............................................................22
4.3 – Pressupostos da Concorrência Desleal ...........................................................25
4.4 - Praticas da Concorrência Desleal .....................................................................27
CONCLUSÃO ............................................................................................................31
BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................32