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10 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO Por: Elizabete Maria Rosa Fonseca Orientador Prof. Vilson Sérgio Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS: UM OLHAR

PSICOPEDAGÓGICO

Por: Elizabete Maria Rosa Fonseca

Orientador

Prof. Vilson Sérgio

Rio de Janeiro

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS: UM OLHAR

PSICOPEDAGÓGICO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em psicopedagogia

Por: Elizabete Maria Rosa Fonseca

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que me deu condições de

vencer esta etapa da minha vida. Aos meus pais

que me ensinaram o valor da ética, do respeito, da

justiça e do amor ao próximo. Aos meus irmãos,

que apesar da distancia me amam muito e

torceram sempre por mim. Ao meu orientador

Vilson Sérgio que me ajudou na realização deste

trabalho. A todos os professores da Pós-

Graduação que contribuíram para o meu

crescimento. As minhas amigas Marcelene e

Daniele que sempre estiveram ao meu lado me

orientando, ajudando e acreditando em mim.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu marido Julio André pelo incentivo e

pelo apoio.

A minha filha Bianca que teve paciência em aceitar

as minhas ausências e que diariamente me ensina a

ser uma pessoa melhor.

A todas as crianças que ao longo da minha trajetória

profissional me ensinaram a ser uma profissional

melhor.

Ao meu sogro Wilson Espósito que se estivesse

entre nós, teria muito orgulho de mim.

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RESUMO

O propósito deste trabalho é discutir a importância dos jogos e brincadeiras

na construção do conhecimento tendo como ponto de partida o ato de aprender

como uma forma prazerosa. Tendo em vista que e este ato de liberdade que

proporciona a construção do conhecimento que a criança adquire pelas relações e

não por imposições e conceitos isolados. É, portanto através do lúdico que a criança

desenvolve seus aspectos cognitivos emocionais e afetivos. Nesta pesquisa é

abordado a evolução histórica dos jogos e das brincadeiras, a importância do lúdico

na educação infantil e o professor construtivista. Este estudo teve como princípio

conhecer os problemas entre o ato se ensinar e aprender. Desta forma é esperado

que os educadores deem mais atenção ao ato e aprender brincando. É concluído

que é de fundamental importância a participação do professor nas atividades

lúdicas, contribuindo na ampliação das experiências das crianças, lhes

proporcionando bases solida e culturais. Quanto mais as crianças experimentarem,

aprenderem e assimilarem elementos reais, melhor serão suas atividades

desenvolvidas futuramente.

Palavras chaves: evolução histórica, resgate dos jogos e brincadeiras, o

lúdico na educação, desenvolvimento.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 16

1. A BRINCADEIRA NA HISTÓRIA 18 1.1 BRINQUEDOS 19

1.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA INFÂNCIA 21

1.2.1 Brincar e o Desenvolvimento Infantil 23

1.2.2 A Educação Infantil e o Brincar 24

1.3 O BRINQUEDO, AS BRINCADEIRAS E AS CRIANÇAS NO ESPAÇO DA INSTITUIÇÃO INFANTIL 25

1.3.1 Condutas Cognitivas 28

1.3.2 Condutas Simbólicas 29

1.3.3 Conduta Infinitiva 29

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA E.I 33

3. O PROFESSOR CONSTRUTIVISTA 39

CONCLUSÃO 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46

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INTRODUÇÃO

O presente estudo, parte do interesse de alcançar um entendimento acerca das

inferências que brincadeiras e jogos com uma visão psicopedagógica que se

desenvolvem dentro do processo de aprendizagem trabalhados na Educação

Infantil.

O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiveram presentes na vida de

todo ser humano, e com isso é possível perceber a real importância que estes têm,

se for trabalhado corretamente na Educação Infantil.

A relevância de tal estudo está em identificar qual o valor do ato brincar,

atribuído pelos professores em sua prática educativa, afinal, todos os dias nos

depararamos com os mais diversos tipos de relações, e estas são inerentes ao meio

em que vivemos. O ser humano por sua natureza é expressivo, afetivo e relacional,

mas muitas vezes, por algum motivo, essas qualidades são bloqueadas. É

necessário trabalhar as emoções, independente da idade.

Um adulto bem informado e preparado terá condições de intervir e proporcionar com

maior intensidade o desenvolvimento da criança, pois o brincar na escola tem

também uma função informativa para o professor.

Se pensarmos nesse adulto educador, ele deve procurar se superar a cada

dia. Um professor bem informado e preparado, tem condições de proporcionar a

criança uma aprendizagem melhor, pois o Brincar na Educação Infantil é de função

e responsabilidade do professor. É muito importante que o mesmo se oriente no

sentido de sempre ampliar seus conhecimentos para poder contribuir de verdade

para o desenvolvimento do aluno.

A brincadeira acontece onde quer que a criança se encontre, independente do

local. Basta um pequeno estímulo para que sua imaginação a leve para um mundo

repleto de criatividade e movimento, expressando o seu interior.

Esta proposta faz com que se perceba que o é uma opção de trabalhar o

conhecimento de forma prazerosa, pois é através do brincar que a criança aprende a

lidar com o mundo, e formar sua personalidade, recriando situações do seu dia a dia

na busca de novas experiências.

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É importante refletirmos a maneira como o brinquedo vem sendo trabalhado

nas escolas, e se eles favorecem um aprendizado significativo nas atividades

pedagógicas.

Assim pode se disser que o lúdico na Educação Infantil não pode ser

considerado uma atividade como outra de natureza ditas pedagógicas, mas o lúdico

é de fundamental importância para a construção da identidade da criança e também

da sua personalidade, formando assim um cidadão crítico.

E para direcionar a pesquisa desta monografia ao tema proposto,

prevalecerão os pensamentos de autores conceituados, que contribuíram para este

trabalho monográfico, tais como: PIAGET (1978), ANTUNES (2000), BENJAMIM

(1984), BRUNELLI (1996), BERTANE (2002), FRIDMANN (2004), GADOTTI (1994),

VYGOTSKI (1984).

Estes servirão de base para o estudo em questão e que me darão suporte para a

elaboração da minha obra.

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CAPÍTULO I

A BRINCADEIRA NA HISTÓRIA

Brincar é o principal meio de aprendizagem da criança, pois gradualmente

desenvolve conceitos de relacionamentos casuais, poder de descriminar, de fazer

julgamento de analisar e sintetizar, de imaginar e formular e ainda simplificar.

O ato do brincar faz com que o ser humano se socialize e aprenda a conviver

em sociedade.

A brincadeira está presente em todas as épocas, desde os tempos mais

remotos até a atualidade. Ela surgiu na Era do Romantismo e permanece viva até os

dias de hoje.

Todos nós um dia, já fomos crianças onde existem brinquedos e brincadeiras.

O brincar é um fenômeno universal que tem atravessado épocas mesmo passando

por várias transformações, mas continua perpetuo na sua essência. Todas as

crianças brincam independentes de sua raça. É nas brincadeiras que as crianças se

divertem, elas recriam e constroem seus pensamentos. È uma forma muito divertida

de descobrir, conhecer e até mesmo de entender melhor o mundo a qual vivemos.

Moyles (2002) afirma que “para cada criança o brincar tem sua importância e

valor”, sendo que da mesma forma Macedo defende que:

“(...) Brincar é envolvente, interessante e informativo. Envolvente porque coloca a criança em um contexto de interação em que as atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topológico.Interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da criança dando-lhes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, neste contexto, ela pode aprender sobre características dos objetos, os conteúdos pensados ou imaginados.”

(MACEDO, 2005, p. 13)

Os brinquedos e as brincadeiras existem a muitos e muitos anos, não se sabe

quem as inventou, mas sabemos que são passadas de boca em boca, de pai para

filho, de gerações para gerações em todos os lugares do mundo.

Na sociedade antiga as brincadeiras eram muito comuns entre os adultos, as

brincadeiras eram usadas como forma de se estreitar as amizades entre as pessoas.

No século XX, alguns pesquisadores começaram a discutir a questão das

brincadeiras, entre eles, Piaget (1978) afirmando que a partir da brincadeira a

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criança pode demonstrar o nível cognitivo que se encontra além de permitir a

construção de conhecimentos e Vygotski (1984), que compreendeu a brincadeira

como resultado de influências sociais que a criança recebe ao longo do tempo.

Criar brinquedos e brincadeiras pode ser muito divertido, podem variar de cor,

de tamanho e de forma, vai de acordo com cada imaginação, de quem se propõe a

construir e descobrir maneiras diferentes de usar o brincar, sempre cativando todas

as crianças. São criados de acordo com o meio em que elas vivem.

As brincadeiras de bonecas, cavalo de pau, pipa, bolinhas de gude,

barquinhos, robô e etc., esteve e está sempre presente na vida das crianças. O mais

interessante disso tudo, é que tem sempre alguém inventando novos brinquedos e

brincadeiras.

Brincando constrói-se conhecimento, apropria-se da cultura, aprende-se as

tradições, revive-se memórias, combina-se regras, inventa-se novos sentidos e

significados, através de sua linguagem comum a brincadeira é expressão,

representação, significação e reinterpretação da cultura.

Em nossa cultura brasileira a um espírito lúdico por natureza, o brincar é de

estrema importância para a sociedade. É no brincar que se desenvolvem os

movimentos físicos, emocionais e morais nas crianças, nos torna mais humano e

resgatam valores.

1.1 . BRINQUEDOS

Segundo pesquisadores, os brinquedos surgiram há 40 mil anos, na África e

na Ásia pelo Homo sapiens, as primeiras estatuetas de barro. Acreditam que a partir

desses objetos que surgiu o primeiro brinquedo do mundo. No Museu de História

Natural de Viena, na Áustria, encontra-se uma das mais antigas figuras humanas

conhecida, a Vênus de Willendorf (25 mil-20 mil a.C), uma pequena estatueta de

formas arredondadas. Mas a transição das bonecas como ídolos para brinquedos

provavelmente ocorreu no Egito, há 5 mil anos, foi aí que ela se transformou em

brinquedo.

Desde os tempos antigos os brinquedos tiveram um importante papel na vida

das crianças. Por milhares de anos crianças brincaram com brinquedos dos mais

variados tipos. Bolinhas de gude foram usadas por crianças no continente africano

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há milhares de anos. Na Grécia Antiga e no Império Romano, brinquedos comuns

eram barquinhos e espadas de madeira, entre os meninos, e bonecas entre

meninas. Durante a Idade Média, fantoches eram brinquedos muito comuns entre as

crianças.

Os brinquedos eram construídos através dos objetos que os adultos

costumavam usar no seu cotidiano como o cavalo de pau e a boneca de madeira.

Os primeiros brinquedos das crianças brasileiras foram criados pelos índios

para os seus filhos como: arco e flecha, peteca e bonecos de barro.

Alguns brinquedos chegaram ao Brasil no século XIX, vindo da Europa junto

com a Família Real, bolas de gudes, soldadinhos de chumbo, espadas, bonecas de

porcelana e outros brinquedos.

Já com a colonização do Brasil, os europeus trouxeram as pipas e as

marionetes. Foi nessa época que os imigrantes trouxeram também para a nossa

cultura brasileira as cantigas de roda e adivinhas como forma de brincadeiras.

E a partir daí foram surgindo diversas brincadeiras como: pique, bandeirinha,

queimado, pular corda, pega-pega e outros. E até os dias atuais as crianças utilizam

esses tipos de brincadeiras.

A presença dos escravos trouxe para o nosso país as cantigas de ninar e

também importantes personagens do nosso folclore, como: saci pererê, mula sem

cabeça, a cuca, lobisomem e entre outros.

No final do século XIX que chegou ao Brasil a bola de futebol e também a

bicicleta, carrinhos, trens de metal, bonecas de madeira, com a evolução dos

brinquedos não impediam que as crianças construíssem os seus próprios

brinquedos como o carrinho de rolimã, boneca de pano, cavalo de pau e outros.

A família Rabelo abriu no bairro de Jabaquara, em São Paulo, uma loja de

brinquedos que virou o centro de referencias do assunto no Brasil. A Rabelos

Funhouse é hoje a loja mais visitada na América Latina e tem um estoque e um

acervo invejável a qualquer loja da Europa e EUA.

No início do século XX começaram a funcionar as primeiras indústrias de

brinquedos, que vieram lançados os jogos de vareta e também os bonecos

mecânicos.

Alguns brinquedos que estão muito presentes na vida das crianças

apareceram na década de 60, como por exemplo: a boneca Suzi, o autorama, os

carrinhos eletrônicos e etc.

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Já na última década do século XX, fazem-se inúmeros lançamentos, como os

robôs, jogos, videogames e jogos eletrônicos. Logo depois a sofisticação e a

tecnologia ganham o mercado, e, é a vez dos inúmeros jogos eletrônicos de

tecnologia japonesa invadindo o mundo, virando assim a cabeça de nossas

crianças, trazendo também muita violência para o cotidiano delas.

Com a evolução tecnológica abriu-se as portas para a era da informática e da

eletrônica, o que ocasionou a redução dos espaços físicos, levando muitos

brinquedos e brincadeiras ao esquecimento e fazendo com que as crianças

deixassem de lado o que de mais precioso podiam fazer, que é o brincar. Alucinadas

com a evolução tecnológica e com os muitos afazeres como natação, inglês,

computador, etc. A falta do brincar ou explorar diversos espaços e materiais pode

limitar o desenvolvimento das suas potencialidades e habilidades.

O brinquedo representa uma oportunidade de desenvolvimento de uma

criança. Ele traduz o real para a realidade infantil, suavizando o impacto provocado

pelo tamanho e força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da

criança. Os problemas que surgem na manipulação dos problemas que surgem na

manipulação dos brinquedos, jogos, etc., fazem a criança crescer através da procura

de soluções e alternativas.

É através do brinquedo que a criança faz sua incursão no mundo, saciando

sua curiosidade de tudo conhecer, ainda que para isso tenha que quebrar

determinados brinquedos, não num sentido destrutivo, mas sim pela curiosidade de

conhecer como é por dentro.

Por isso é que o brinquedo estimula a inteligência da criança, quando

desmonta um brinquedo estimula sua inteligência, quando brinca solta a imaginação

e sua criatividade e ao mesmo tempo exercita sua construção.

1.2 A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA INFÂNCIA

Brincar nada mais é do que o principal meio de aprendizagem da criança, ela

gradualmente desenvolve conceitos de relacionamento casuais, o poder de

descriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular.

Antigamente as crianças não tinham espaço para brincar, pois eram

misturadas entre os adultos sem nenhuma distinção de ordem física ou psicológica.

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“Com o início do renascimento, as brincadeiras que antes englobavam o adulto e a criança paulatinamente, foram transformados numa especialidade da criança. O brinquedo então passou a se tornar um mediador entre a criança e o mundo. A criança passa ter um espaço para brincar junto ao brinquedo que torna possível sua inserção no mundo lúdico.”

(KISHIMOTO, 1993, p. 32)

O brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano,

principalmente durante a infância. É a forma mais completa que a criança tem de

comunicar consigo mesma e com o mundo. É uma condição essencial para o

desenvolvimento da criança. Através do brincar, ela pode desenvolver capacidades

importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação. Ao brincar,

exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual estão inseridas,

interiorizando-as e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papéis sociais.

O brincar infantil é um processo importante na construção de conhecimentos

e no desenvolvimento integral da criança, independente do local em que vive, do

grupo ou da cultura da qual faz parte, proporcionando a mediação entre o real e o

imaginário.

É no brincar que as crianças podem colocar desafios e questões além do seu

comportamento diário tentando compreender os problemas que lhes são propostos,

pois ao brincar, ao mesmo tempo em que desenvolvem sua imaginação, elas

constroem relações entre si.

Segundo Vygotski (1998), são as regras da brincadeira que fazem com que

as crianças se comportem de forma mais avançada do que aquela, habitual para sua

idade.

O brincar estimula a inteligência porque faz com que a criança solte a sua

imaginação e desenvolva a criatividade, possibilitando o exercício da concentração e

da atenção, levando a criança a absorver-se na atividade. Assim, o brincar é para a

criança uma fonte inesgotável para o exercício de sua criatividade.

A criatividade resulta em criar algo novo, melhor dizendo, em recriar, a partir

de elementos do mundo em que a criança esta inserida. Por isso é que se afirma

que brincar é explorar e conhecer melhor o real, criando-o ou recriando-o a sua

maneira.

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1.2.1 Brincar e o desenvolvimento infantil

Para Macedo (2005) a brincadeira é uma aprendizagem social: ela não é

inata, aprende-se a brincar (p.13). Cabe aos educadores proporcionar e criar um

ambiente que estimule a brincadeira, pois a criança se desenvolve pela experiência

social e nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência dos adultos

e do mundo que por eles foi criado. A brincadeira é uma atividade social privilegiada

de interação específica e fundamental que garante a interação e construção do

conhecimento da realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito

criança como sujeito produtor da história. É no brincar que as crianças podem se

colocar desafios e questões além do seu comportamento diário tentando

compreender os problemas que lhes são propostos, pois ao brincar, ao mesmo

tempo em que desenvolvem sua imaginação, elas constroem relações entre si.

Segundo Vygotski (1998), são as regras da brincadeira que fazem com que

as crianças se comportem de forma mais avançada do que aquela habitual para sua

idade. Para brincar conforme as regras têm que se esforçar para exibir um

comportamento semelhante à realidade.

Tanto pela criação imaginária como pela identificação de regras específicas, o

brincar cria uma zona de desenvolvimento proximal. No brincar a criança se

comporta de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também

aprende a separar objetos e significados. Embora num exame superficial possa

parecer que o brincar tem pouca semelhança com as atividades psicológicas mais

complexas do ser humano, uma análise mais aprofundada revela que as ações do

brincar são subordinadas aos significados dos objetos, contribuindo claramente para

o desenvolvimento da criança.

Macedo (2005) relata que a promoção de atividades que favoreçam o

envolvimento da criança com a brincadeira, principalmente aquelas que promovem a

criação de situações imaginárias, têm nítida função pedagógica. A escola e,

particularmente, a pré-escola poderiam utilizar, deliberadamente, esse tipo de

situação para atuar no processo de desenvolvimento das crianças. Para Winnicott

(1975), no brincar, ocorre um processo de troca, partilha, confronto e negociação,

gerando momentos de desequilíbrio e equilíbrio, e propiciando novas conquistas

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individuais e coletivas. Este autor considera que, a ação de brincar é fonte de prazer

e, ao mesmo tempo, de conhecimento.

1.2.2 A Educação Infantil e o Brincar

Macedo (2005) relata que a educação básica de hoje é valorizada para todas

as crianças, mas que na escola seletiva de antigamente não era assim. Nela

ingressavam crianças que preenchiam requisitos, e somente permaneciam as que

atendiam minimamente aos critérios de aprendizagem e de bom comportamento

exigidos pela escola.

O brinquedo e a brincadeira ajudam na prática escolar, agindo como uma

ação motivadora para a criança, experimentando as necessidades onde seus

desejos não realizáveis sejam supridos através do brinquedo, como um mundo real

e o imaginário. A criança vai construindo seu conhecimento de mundo de modo

lúdico, transformando o real com os recursos da fantasia e da imaginação. Tem a

chance de dar vazão a uma afetividade que, freqüentemente, é tolhida na difícil luta

pela sobrevivência enfrentada dia a dia por seus pais.

Observa-se na educação infantil que é na sala de aula que as crianças constroem a

aprendizagem através do brincar, criando e imaginando situações de

representações simbólicas entre o mundo real e o mundo a ser construído. A

brincadeira deve estar no contexto escolar, onde pais e educadores precisam levar a

sério esta tarefa, como uma ação motivadora, pois a criança começa a experimentar

necessidades, onde os desejos não realizáveis podem ser realizados através do

brincar (KISHIMOTO, 2002). A criança que brinca precisa ser respeitada, pois seu

mundo é mutante, e está em permanente oscilação entre fantasia e realidade.

Precisa tanto de brinquedos como de espaço, o suficiente para que se sinta a

vontade e dona do mesmo. É através da atividade lúdica que a criança se prepara

para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ele se integrando,

adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir

cooperar com seus semelhantes e conviver como um ser social.

A garantia do espaço do brincar no contexto escolar é a garantia de uma

possibilidade de educação da criança em uma perspectiva criadora, voluntária e

consciente. A escola obrigatória que não é lúdica não mantém seus alunos, porque

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eles não têm meios de pensar na escola como algo que lhes será bom em um futuro

remoto, aplicada a profissões que eles nem sabem direito o que são ou significam. O

professor, através do brincar, deve dar condições à criança para que ela adquira

conhecimentos formais e para que desenvolva seu pensamento. Na escola se deve

brincar por brincar e o professor torna-se a peça chave no processo educativo,

oferecendo ferramentas no sentido de possibilitar novas aprendizagens.

Toda a criança pode construir e ampliar conceitos através da interação de

outras crianças ou indivíduos mais experientes, conceitos estes que talvez ela não

tivesse condições de realizar sozinha. As brincadeiras assumem características

diferentes nos vários períodos do desenvolvimento.

Macedo (2005, p. 14) diz que “brincar é sem dúvida uma forma de aprender.

Mas é muito mais do que isto, é experimentar, relacionar-se, transformar-se,

negociar”. Assim os educadores devem oportunizar o crescimento da criança de

acordo com seu nível de desenvolvimento, oferecendo um ambiente de qualidade

que estimule as interações sociais, um ambiente enriquecedor de imaginação, onde

a criança possa atuar de forma autônoma e ativa, fazendo com que venha a

construir o seu conhecimento.

1.3 O BRINQUEDO, AS BRINCADEIRAS E AS CRIANÇAS NO ESPAÇO DA INSTITUIÇÃO INFANTIL. Um brinquedo é sempre associado à criança e na psicopedagogia também

é usado, para que a criança aprenda com mais facilidade, fazendo com que a

criança aprenda e se divirta ao mesmo tempo. Alguns brinquedos ajudam as

crianças no desenvolvimento da vida social, principalmente os jogos educativos.

Por isso os brinquedos têm uma fundamental importância no desenvolvimento

de uma criança, estimulando a sua imaginação, capacidade de raciocínio e também

eleva a sua auto estima.

As crianças que possuem problemas emocionais, com distúrbio de

comportamento, baixo rendimento escolar são usados como tratamento

psicopedagogico alguns brinquedos para obterem um bom rendimento em seu

problema.

Desde os tempos antigos os brinquedos têm uma grande importância na vida

de uma criança.

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Com a tendência dos brinquedos muitos fabricantes criam e fabricam muitos

brinquedos hoje em dia. São brinquedos para todas as faixa etária, desde 0 até 12

meses e de 1 a 14 anos para crianças e ainda tem jogos para adultos.

Esses brinquedos para a faixa etária de 0 a 12 meses, possuem sons

musicais, luzes que estimulam o bebê na sua coordenação motora, na visão e

audição.

Depois de um ano de idade, os brinquedos são feitos para estimular o tato, a

percepção e atenção da criança, e os mais comuns são brinquedos de encaixe.

Para as crianças na faixa etária de 3 anos é importante os brinquedos de

quebra cabeça, jogos da memória, dominó de bichos e as bonecas. A partir daí as

crianças começam a perceber mais as coisas do seu cotidiano, esses brinquedos

são muito bons para estimular a memória das crianças.

Na faixa etária de 3 a 6 anos, a criança começa a explorar o mundo a sua

volta, alguns brinquedos ajudam a fortalecer os músculos e a imaginação.

A partir dos seis anos todos os brinquedos dessa faixa etária fazem com que

as crianças usem a sua imaginação, brincam de faz de conta, passam a brincar

vivenciando a sua vida, a sua história, e isso tudo se faz através dos brinquedos.

Exemplos de brinquedos em cada faixa etária:

• 1 aos 4 meses: móbilis e varais de berço;

• 4 a 8 meses: chocalhos, brinquedos de borracha, brinquedos de borracha,

pano e plásticos que façam sons e sejam coloridos, mordedor e etc.;

• 8 a 12 meses: cubos de espuma, potes de encaixe, bichos de plásticos e

perfumados e etc.;

• 8 meses aos 18 meses: brinquedos de puxar, caixas para por e tirar

objetos, carrinhos, caminhões e etc.;

• 18 aos 24 meses: brinquedos sonoros, brinquedos com encaixes de

formas, cubos e etc., bate estacas, torres de encaixe, livros de panos ou

plásticos, triciclo, bichos de pelúcia e etc.;

• 2 aos 7 anos: livros, baldes, pás, quebra cabeça, fazendinhas, blocos de

construção, telefones, completar peças, tintas guache, água, giz de cera,

lousa, casa de bonecas, boliches, ábacos, dominós, bola e outros;

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• 7 aos 12 anos: pescaria, fantoches, mosaicos, balança, bingo, peteca, jogo

da velha, palito, cuboteca, jogos de silabação e soletração, jogos de

socialização e etc.

Nas brincadeiras as crianças entram na vida social, elas brincam em ruas,

parques, escolas e etc. As brincadeiras são vistas pelas crianças de uma forma

muito simples, mas com isso aprender regras e limites.

“Quando nós éramos pequenos, nossas brincadeiras desde muito cedo eram brincadeiras de rua, brincadeiras de moleque... então a gente era mais livre dentro daquele espaço que a sociedade tinha estabelecido que era o espaço da criança. Ela não podia sair daquilo, mas dentro daquele espaço, ela era mais livre do que hoje em dia, com que um espaço maior.”

(Don Edith)

Vários estudos constataram a mudança do brincar no decorrer do século,

tanto no Brasil quanto em outros países. A partir de uma coletânea minuciosa de

documentos, foi realizada uma análise da brincadeira espontânea das crianças

brasileiras no decorrer do século XX.

Será que houve uma transformação do brincar?

No que se refere a importância e compreensão do brincar sim. A segurança

na fabricação de brinquedos e a adequação dos brinquedos, as diferentes faixas

etária também, já no que diz respeito aos fatores externos do brincar, de certa forma

comprometeram, com a tal da modernidade. As brincadeiras do passado, hoje em

dia não estão presentes no cotidiano das crianças, mas mesmo assim não deixam

de brincar.

Não importa a classe social da criança, se ela é estimulada ou não, elas estão

sempre procurando forma de se expressar e de descobrir o mundo através das

brincadeiras.

È através do brincar que a criança estabelece as relações com o mundo,

porque brincar é essencial para o emocional de uma criança. Brincando ela deixa

fluir suas fantasias, expressa sua realidade que de alguma forma está bloqueada.

É brincando que a criança exerce seu companheirismo, aprende a

compreender e conviver com outras crianças e ainda aprende regras.

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Os educadores de Educação Infantil sabem da importância do brincar para o

ensino e aprendizagem de seus alunos. A criança nessa faixa etária está sendo

estimulada através do lúdico para o desenvolvimento integral.

“A infância é um conjunto de possibilidades criativas que não devem ser abafadas. Todo ser humano tem necessidade de saber, de pesquisar, de trabalhar. Essas necessidades se manifestam nas brincadeiras, que não são apenas uma diversão, mas um verdadeiro trabalho.”

(GADOTTI, 1994, p. 53)

Para Piaget (1995), os jogos caracterizam-se no primeiro período de

desenvolvimento da criança e também na vida adulta. De acordo com ele, os fatores

do desenvolvimento mental-cognitivo são exercício para o crescimento orgânico. Ele

diz que as condutas, ações, os tipos de brinquedos e jogos contribuem para a

aprendizagem e o desenvolvimento infantil.

1.3.1 Condutas Cognitivas

Essa conduta foi criada pelo suíço Jean Piaget para explicitar o

desenvolvimento cognitivo humano. Foi uma contribuição para a psicologia do

desenvolvimento, pois muitos psicólogos tiveram a certeza que a construção do ser

humano é um processo que vai acontecendo ao longo da vida das crianças.

O desenvolvimento cognitivo é dividido em quatro estágios:

* sensório motor: dura do nascimento até o 2º ano de vida, a criança busca adquirir

controle motor e aprende sobre objetos que a rodeiam. O bebê adquire

conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações

sensoriais imediatas. Neste período o desenvolvimento físico acelerado é o suporte

para o aparecimento de novas habilidades, como sentar, andar, o que proporciona

um domínio maior do ambiente;

* pré-operacional: coincide com a fase da pré-escola e vai dos dois anos de idade

até os 7 anos em média. Nesse período, as características observáveis mais

importantes são a inteligência simbólica, o pensamento egocêntrico, interino e

mágico, a centralização, confusão entre aparência e realidade, a ausência da noção

de reversibilidade, o raciocínio transdutivo e a característica do animismo. A criança

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desenvolve a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos, habilidades

preceituais e motoras, atividades de comunicação;

* operatório concreto: dura dos 7 aos 11 anos de idade em média, a criança começa

a lidar com conceitos como os números e relações. Esse estágio coincide com o

início da escolarização formal. O egocentrismo passa a ser mais visível. A criança

passa a levar em conta o ponto de vista do outro, assim objetos e pessoas passam a

ser mais bem explorados nas interações das crianças. Surge a capacidade de fazer

análises lógicas.

* operatório formal: é desenvolvido a partir dos doze anos de idade em média. Os

adolescentes começam a raciocinar em lógica e sistematicamente. Esse estágio é

definido pela habilidade de engajar. As deduções lógicas podem ser feitas sem o

apoio de objetos concretos. Esse adolescente tem o pensamento formal abstrato.

1.3.2 Conduta Simbólica

Essa conduta é a manifestação do símbolo na ação do brincar e também

evolui a inteligência sensório-motora. A criança passa pela fase da imitação, ela

associa-se ao desenvolvimento cognitivo e de linguagem, a daí aparece a linguagem

verbal.

O simbolismo presente na brincadeira da criança encontra-se mais complexo,

estando a aplicação de ações no outro e nos bonecos. A criança brincando

apresenta coordenação espaço-temporal. Por exemplo, a criança que está

brincando com um boneco, e quer levá-lo para a escola, ela coloca o boneco vestido

com um uniforme escolar, com mochila e tudo. Vivencia o seu cotidiano.

1.3.3 Conduta Infinitiva

Nessa conduta a criança passa a conhecer cores, formas, tamanho, textura,

tempo. A criança de idéias, tem um raciocínio intuitivo.

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Na educação Infantil o papel do professor é muito importante, pois ele precisa

criar espaços, disponibilizar matérias, participar das brincadeiras, ou seja, ser um

mediador na construção do conhecimento.

Os jogos e as brincadeiras devem encontrar espaços na educação. O

professor deve ter as brincadeiras como atividades pedagógicas, mas podemos

dizer que na prática não é tão fácil de ser adotado.

É preciso que os profissionais da educação infantil tenham acesso ao

conhecimento produzido na área da educação e da cultura em geral, para pensarem

na prática, se reconstruírem e atuarem como sujeitos da produção do conhecimento,

e para que possam mais do que implantar currículos ou implantar propostas a

realidade da creche / pré escola em que atuam.

As atividades na educação infantil deve ser proposta sob forma de recreação,

de uma maneira que adicione a criança integralmente.

É através do brincar e manusear materiais concretos que a criança percebe

aos poucos as diferentes semelhanças entre as pessoas. Esse processo na

educação infantil visa favorecer o desenvolvimento de habilidades sociais,

psicomotora e intelectuais que facilitam a aprendizagem para fazer com êxito o

processo de alfabetização.

Por isso os professores da educação infantil devem ter em mente que o

brincar é coisa séria e tem como finalidade a educação pedagógica.

Conforme documentos da UNICEF sobre a situação da infância no Brasil

(2001) têm demonstrado que a primeira infância desde a gestão, é a fase mais

crítica da pessoa no que diz respeito ao desenvolvimento biológico, cognitivo,

emocional e social.

As crianças que fazem uma boa educação infantil têm melhores resultados na

alfabetização. Cabe ressaltar que no mundo moderno, diferente do passado,

frequentar o espaço da educação infantil não é só para filhos de mulheres

trabalhadoras que precisam de uma instituição para cuidar e educar seus filhos.

As mudanças sociais têm conferido a educação infantil um papel importante

na vida das crianças de qualquer classe social. Sendo assim, as crianças passam a

ter seu cotidiano regulado por uma instituição educativa, um lugar de socialização,

de convivência, de trocas, de interação, de afetos, de inserção sócio cultural, de

identidade e de subjetividade. Neste ambiente as crianças partilham situações,

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experiência culturais, rotinas, regras de convivências, estão sujeitos ao tempo e

espaços coletivos e controle dos adultos.

Ter acesso a educação infantil é um direito constitucional da criança.

No processo interativo, as crianças não apenas recebem e se formam, mas

também criam e transformam.

As brincadeiras são fundamentais para a criança interagir e construir os

conhecimentos sobre si e a realidade que a cerca. Um bom trabalho na instituição

infantil exige um ambiente aconchegante, desafiador, criativo, alegre e divertido,

onde as atividades elevam a auto estima e agucem curiosidade nata.

Para o poeta Carlos Drummond de Andrade (1962) brincar não é perder

tempo, é ganhar. É triste ter meninos sem escolas, mais triste ainda é vê-los

enfileirados em salas com exercícios que os tornam estéreis, sem valor para a

formação humana.

É nesse espaço de brincadeira que a criança expressa sua dificuldade e

coloca em palavras o que sente. Nenhuma criança brinca só, sua escolha é

motivada por algum processo íntimo e daí expressa os seus problemas, ansiedades,

desejos dentre outros. O professor deve respeitar o brincar desta criança mesmo

não entendo o porquê daquilo. E daí os educadores devem chamar as famílias para

que juntos possam resolver e desenvolver aquele problema, para poderem preparar

essas crianças para serem cidadãos críticos.

Enfim as instituições infantis devem proporcionar momentos onde as crianças

possam ter interação total de aprendizagem, de trocas e de saberes.

Segundo Vygotsky o ser humano cresce num ambiente social e essencial ao

seu desenvolvimento, portanto um ambiente estimulante para as crianças é aquele

que ela se sinta segura e do mesmo tempo desafiada, onde sinta prazer de

pertencer aquele ambiente. O professor deve perceber as necessidades de cada

criança, portanto é importante proporcionar para a criança o brincar estruturado pelo

ambiente.

Para o Horn (2004, p. 15) o olhar de um educador atento é sensível a todos

os elementos que estão postos em uma sala de aula.

O modo como organizamos materiais e móveis é a forma como as crianças e

adultos interagem com eles, são reveladores de uma concepção pedagógica.

Portanto o educador é o mediador entre a criança e o objeto de conhecimento

dentro da instituição infantil. Podemos dizer que a instituição infantil é fundamental

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para o desenvolvimento integral da criança, desenvolvendo suas potencialidades e

propondo novas habilidades, sejam elas motoras, cognitivas ou afetivas.

A criança que vive em um ambiente construído por ela, e por ela vivencia

emoções que a farão expressar sua maneira der pensar, bem como a maneira como

vivem e a sua relação com o mundo.

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CAPÍTULO II A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Conceito: Lúdico - “que tem caráter de jogos, brinquedo e divertimento; é uma

necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades

essenciais da dinâmica humana” (FERREIRO, 1988, p.139).

As atividades lúdicas ajudam as crianças a construírem o conhecimento.

Essas atividades podem ser entendidas como situações em que as crianças possam

expressar diversos sentimentos. Elas melhoram a socialização entre as crianças,

propiciam o respeito em equipe, além de proporcionar um enorme prazer. Essas

atividades dão as crianças possibilidades para ordenar, estruturar e resolver

pequenos problemas. Elas sentem-se motivadas a ultrapassar seus próprios limites,

quando estão brincando criam pensamentos e desenvolvem o seu pensamento

crítico.

A brincadeira é uma linguagem muito natural das crianças e é muito

importante que esteja presente na Educação Infantil, para que eles possam se

expressar através das atividades lúdicas.

Podemos considerar como lúdico os jogos, as músicas, a arte, a expressão

corporal, ou seja, toda atividade que mantenha a naturalidade das crianças.

“As brincadeiras são linguagens não verbais nas quais as crianças expressam

e passam mensagens, mostrando como elas interpretam e enxergam o mundo.”

Brincar é um direito de todas as crianças, é uma atividade de grande

importância, pois faz dessas crianças seres vivos ativos, criativos, mas propensos a

serem bondosos e amáveis para com as pessoas. Segundo Oliveira (1990), as

atividades lúdicas é a essência da infância.

Se retornarmos a história e a evolução do homem, perceberemos que a

criança sempre foi considerada miniaturas de adulto, ou um quase adulto. As

crianças de classe alta eram educadas para o futuro e as de classes mais baixas,

seus valores iniciavam quando a mesma podia ser útil ao trabalho, colaborando na

renda familiar.

A criança não é um adulto, tem suas próprias características, e até a chegada dessa

fase adulta na sua vida, precisa percorrer várias etapas de seu desenvolvimento

físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio é sempre a família, logo

depois esse grupo se amplia para os colegas de brincadeiras e de escola.

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Negrini (1994, p. 41) destaca em sua obra que as atividades lúdicas possibilitam

fomentar a resiliência, pois permite a formação do auto conceito positivo.

O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a

inversão da criança na sociedade. Brincar é uma necessidade básica, assim como é

a nutrição, a saúde, a habitação e a educação. O brincar ajuda a criança no seu

desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, as crianças formam conceitos,

relacionam idéias, estabelecem relações lógicas, desenvolvem a expressão oral e

corporal, reforçam habilidades sociais, reduzem a agressividade, integram-se na

sociedade e constroem o seu próprio conhecimento.

Ao brincar a criança tem possibilidades de comparar, analisar, observar,

nomear, associar, calcular, classificar e criar o lúdico, traduzir o mundo para a

realidade infantil, possibilitando resolver sua habilidade, criatividade, além de

aprender a se socializar com outras crianças.

Com o lúdico o espaço da educação infantil se transforma em um lugar

agradável e muito prazeroso para criança. Quando essa criança encontra uma sala

de aula voltada para o lúdico ela se sente feliz e completa naquele ambiente e

permite também que o educador alcance um sucesso em seu trabalho. Os

educadores devem ser multifuncionais, ou seja, não basta apenas serem

‘educadores’, mas filósofos, sociólogos, psicólogos, pedagogos, recreadores e muito

mais, para que possam desenvolver as suas habilidades e confiança necessárias

para com seus alunos.

O lúdico deve acompanhar a criança na educação infantil, porque é nessa

etapa que a criança desenvolve todo o seu aspecto de sua formação, pois como um

ser bio-psico-social, cultural. É nessa fase que as crianças dão os passos definitivos

para uma futura escolarização e sociabilidade adequada como membro do grupo

social que pertence. Negrini (1997) em estudo realizado, diz que: quando a criança

chega a escola ela traz consigo toda uma pré história construída a partir de suas

vivências, grande parte dela através das atividades lúdicas.

Segundo o autor é muito importante que o docente tenha conhecimento do

saber que a criança conta na interação com o ambiente familiar para então formular

sua proposta pedagógica. A criança de tempo e espaço é muito importante para o

educador na educação infantil. Cabe ao professor organizar o tempo para a prática

lúdica de modo a permitir as diferentes formas de brincadeiras. Todas as crianças

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devem estar em condições de aproveitar oportunidades educativas que satisfaçam

suas necessidades básicas de aprendizagem.

As instituições Infantis devem oferecer oportunidades para a construção do

conhecimento através de suas descobertas e invenções do lúdico, é uma das

atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da

criança. O lúdico faz com que a criança desenvolva sua imaginação, amadurecer

muitas capacidades de socialização por meio de interação, de experimentação de

regras e papeis sociais. Cada vez que a criança brinca de pai, mãe e filho, médico,

paciente, heróis, vilões e etc., ela imita, recria e expõe suas vivencias diárias, a

imaginação e a fantasia são essenciais e necessárias para a relação entre as

crianças. O lúdico faz com que a criança não só imite a vida pessoal, mas também a

transforme.

Gonçalves (2003) afirma que “o brincar permite à criança fluir sua fantasia,

sua imaginação, sendo ponte para seu imaginário, um meio pelo qual externa suas

criações.” As crianças colocam no lúdico toda sua sensibilidade, uma simples

brincadeira pode ser muita coisa. Através do lúdico a criança explora o mundo e

sacia suas curiosidades.

Para Kishimoto (2002) se os brinquedos são sempre de brincadeiras, sua

utilização deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais percebem

as incertezas do ato e não se buscam resultados. Porém, se os mesmos objetos

servem como auxiliar da ação docente busca resultados em relação à aprendizagem

de conceito e noções, ou mesmo ao desenvolvimento de algumas habilidades,

nesse caso o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica, deixa

de ser brinquedo para tornar-se material pedagógico (2002, p. 14).

Para Macedo (2005) a brincadeira é uma aprendizagem social, ela não inata

a criança, ela simplesmente aprende a brincar. Cabe ao professor proporcionar a

prática do lúdico em sua sala de aula, ele deve analisar a relação do lúdico como

facilitador do ensino aprendizagem. O lúdico é indispensável na aprendizagem, nas

relações sociais, no desenvolvimento da vida das crianças.

Os professores devem e precisam tomar conhecimento de conceitos

importantes como: o respeito humano do conhecimento, contextualização da

implementação do lúdico nas Instituições de Educação Infantil a partir do momento

que o docente perceba a importância do lúdico na construção do conhecimento e

das relações interpessoais.

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Por muito tempo a sociedade via a educação infantil como lugar para brincar,

pois é nessa fase que a criança tem seus primeiros contatos para desenvolver seu

cognitivo, suas emoções e também o seu social com os demais integrantes do

grupo o qual ela está inserida.

Criar um ambiente que estimule o lúdico faz a criança se desenvolver pelas suas

experiências nas interações a qual ela vive. A brincadeira é uma atividade lúdica e

especifica e fundamental para a criança na construção do conhecimento das

realidades que a criança vivencia.

Fazer uma aula lúdica não é necessário ter jogos ou brinquedos, o que traz a

ludicidade para uma sala de aula é uma atitude “lúdica” do professor e dos alunos.

Para assumir essa postura deve haver sensibilidade, envolvimento e mais do que

isso, deve haver uma mudança interna e não externa. Essa mudança não deve ser

apenas cognitiva, mas o que deve realmente haver é uma mudança interna afetiva.

O lúdico exige disposição externa coisa que não se adquire apenas com a

aquisição de conceito de conhecimento, embora estes também sejam muito

importantes. Vale dizer também que negar a cultura lúdica se estará negando a

capacidade crítica e criativa da criança. Neste sentido pode-se dizer que é

necessário valorizar a cultura lúdica da criança, pois brincar é uma arte, como já

tinha dito anteriormente é um direito tão necessário quanto a alimentação, a saúde,

a moradia.

O lúdico proporciona a criança condições de humanização, construindo na

evolução enquanto um adulto mais humano, por isso a importância de valorizar o

lúdico no âmbito escolar. Não há dúvida de que nas atividades lúdicas bem

elaboradas permitam a construção de um conhecimento e de um sentimento que

acompanha uma perspectiva de vida, por isso as Instituições devem programar e

valorizar a idéia do método, técnica e recursos pedagógicos com o objetivo de

ensinar e aprender prazerosamente.

A Instituição deve resgatar o lúdico com sucatas, jogos e brincadeiras e entre

outros. É jogando que a criança aprende o valor do grupo, o sentimento de

competição, portanto o lúdico, os jogos e as brincadeiras são atividades sérias. A

proposta de permitir que a criança aprenda o conteúdo brincando é de construir os

seus próprios brinquedos com sucatas, participar de brincadeiras que envolva o

lúdico, isso faz com que a criança encontre resistência e descubra manobras que as

motivem a enfrentar o desafio de andar com suas próprias pernas e também faz

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com que eles pensem com responsabilidades por seus atos, o que se é realmente

aprender brincando.

O lúdico faz-se fundamental para o desenvolvimento psicológico da criança,

possibilitando a liberdade, permitindo a criança ultrapassar seus limites. Através do

lúdico a criança toma posse e faz uma transferência do real para a ilusão. Ele

significa desenvolver-se para a vida e ordenar para a idade adulta todas as crianças

para que tenham capacidades para desenvolver o seu potencial e aflorar para a

vida. Dessa forma é que a Instituição de Educação Infantil define a sua proposta

pedagógica, deixando transparente o reconhecimento da importância da identidade

do aluno, de suas famílias, professores e dos outros funcionários.

As propostas pedagógicas da Instituição de Educação Infantil devem ter em

suas práticas a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos,

cognitivos, linguísticos e sociais da criança. Desta forma a criança deve ser um ser

humano completo, ter sentimentos, brincar, expressar-se, cuidar-se, agir e

responsabilizar-se consigo próprio, com as pessoas e o ambiente. A partir do

momento que se reconhece, a criança como um ser íntegro, aprende a conviver.

A proposta pedagógica deve buscar a interação entre as diversas áreas do

conhecimento, buscando como conteúdo aspecto da vida cidadã, com o conteúdo

básico para a construção do conhecimento e valor. É através do lúdico na Educação

Infantil que a criança vai lentamente estabelecendo vínculo passando por trocas

intensas com a realidade e a fantasia e a partir daí a criança descobre o que se

pode e não pode, o que é certo e o que é errado.

As Instituições devem ter em mente que através do lúdico as atividades

pedagógicas tomam uma proporção espetacular para a construção da autoimagem

positiva. Para ela proporcionar para a criança esse momento é preciso um espaço

físico diversificado. É preciso um espaço rico e diversificado. Taille (1992, p. 49)

citando Piaget, nos diz que o desenvolvimento moral da criança se constitui de três

fases que são elas: anomia, heteronomia e autonomia.

A Anomia se caracteriza por brincadeiras individuais. As crianças brincam

com um grupo de amigos, porém individualmente, apesar de estarem no mesmo

espaço, não significa que estejam brincando juntas. A brincadeira é com seus

objetos internos e sua visão de mundo é muito egocêntrica, somente o seu ponto de

vista é percebido.

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Na Heterônomia, as crianças aceitam as regras do jogo, nessa fase já se

brinca em grupo, porém, as regras do jogo não podem sofrer modificações

propostas pelos participantes do próprio grupo, as regras são vistas como imutáveis

essa regra é percebida como algo sagrado no decorrer dessa fase. A criança vai

mudando sua posição no que diz respeito às regras. É comum criar regras próprias

e não comunicar aos colegas a sua decisão é uma regra pessoal e unilateral. A

criança heterônema não assimilou ainda o sentido da existência de regras, só no

final desta fase é que ela segue essas regras com exatidão, são cobradas uns dos

outros e em situações de conflito se faz necessário a presença do professor para

servir de juiz.

E já na autonomia a criança já abandonou sua fase egocêntrica e já começa a

entender o sentido social das regras regular e harmonizar as ações coletivas. A

tendência de uma criança muito pequena é que seus desejos sejam satisfeito

imediatamente o desejo e sua satisfação é muito curta. Já na idade pré escolar

surjam muitos desejos não possível de ser realizados de imediato. O brinquedo cria

na criança uma nova forma de desejos. Ensina a desejar o fictício, dessa maneira as

maiores aquisições de uma criança que no futuro torna-se a seu nível básico de

ação real e moralidade.

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CAPÍTULO III

O PROFESSOR CONSTRUTIVISTA A concepção construtivista encontra-se num momento muito importante. O

construtivista está ganhando muitos adeptos, isto porque estão ocorrendo muitas

formas e transformações na área da educação em vários países.

No Brasil o construtivismo iniciou a partir da década de setenta, quando a

teoria de Jean Piaget começou a fazer parte no âmbito educacional.

Como ele é um marco na era do construtivismo vou falar um pouco desse

grande homem.

Jean Piaget nasceu na Suíça em 1896 e morreu em 1980, é um dos maiores

autores da ciência psicológica, dedicou grande parte de suas obras a análise do

desenvolvimento infantil. Publicaram mais de quarenta livros e mais de duzentos

artigos.

Ele acreditava que a experiência com o mundo é essencial para o

crescimento cognitivo. Diz que a criança constrói seu mundo ao ordenar o material

bruto fornecido por visões, sons e cheiros.

Divide o desenvolvimento por período de acordo com o aparecimento de

novas qualidades do pensamento.

Com a escola construtivista a criança passa a participar do seu próprio

aprendizado mediante a experimentação, pesquisa e trabalho em grupo, ao

estímulo, aos desafios, o raciocínio e a busca de se aperfeiçoar.

O construtivismo dá importância ao aluno como um todo, valorizando a

aprendizagem de uma forma geral. Sabemos que com o mundo globalizado, o

mercado de trabalho está muito exigente na seleção de profissionais.

Podemos dizer que temos muitos estudiosos construtivistas que nos

influenciou como o Jean Piaget, o Vygotski, o Wallon e entre outros.

Sabendo que o método tradicional restringe o aluno em um saber reduzido

onde não se há o menor esforço da inteligência.

Depois do fracasso desse modelo é que surgiu o construtivista onde os

grandes estudiosos desenvolveram vários estudos para que o aluno seja

aproveitado todo o seu potencial.

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Aos poucos a concepção construtivista tem trazido inúmeros benefícios para

a educação. O educador à medida que ele vai trabalhando com a construção do

conhecimento e vai refletindo ele tece sua prática.

A teoria construtivista vem com inovações para deixar de lado o tradicional.

Ele consiste em desafios na arte de ensinar, é uma ação pedagógica que envolve o

ensino aprendizagem que é representado pelo docente e pelo cliente, na realidade o

aluno deve ser sujeito da sua própria aprendizagem.

Os educadores construtivistas devem atuar criando e descobrindo caminhos

junto com seus alunos, não existem receitas prontas quando a criança é estimulada

constrói o seu conhecimento através do meio a qual ela vive.

Na visão construtivista o humano não nasce inteligente, mas também não é

totalmente moldado pelo meio, ele interage com o meio respondendo aos estímulos

externos.

O educador construtivista não deve permitir que seus alunos reproduzam

suas atitudes ou seus conhecimentos, mas proporcione a ele uma interação com o

meio apresentado para as diversas formas de aprendizagem. Um exemplo

importante para o que acabei de falar são os passeios culturais, como: feiras,

museus, zoológicos e entre outros.

Esse educador construtivista não basta dizer “faça como eu, mas faça

comigo”. A concepção construtivista é útil porque se explicita construindo assim para

o exercício de comparação com as teorias. Em geral toda a situação educativa

correta vem com a contribuição de outras disciplinas.

O educador deve estar atento a muitas questões para tomar decisões sobre o

ensino. Ele precisa se questionar o que significa aprender? O que acontece quando

o aluno não aprende? E como se pode ajudá-lo?

Ele deve levar em consideração em como realizar a interação do meio social

com o educacional auxiliando assim na construção do conhecimento. Também não

deve esquecer a questão da adversidade ligada à tarefa de ensinar no

construtivismo, podem se usar várias formas de interação como jogos por exemplo.

Piaget diz que existem três tipos de jogos que as crianças apresentam após a

aquisição da linguagem. São eles: jogos de exercícios, jogos simbólicos e jogos de

regras. Os jogos de exercícios são os primeiros a aparecerem, surgem antes mesmo

da linguagem, esses exercícios lúdicos são uma espécie de simples funcionamento

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para o prazer. Predomina por dois anos e reaparece na infância e até mesmo na

idade adulta.

Os jogos simbólicos são brincadeiras em que um objeto qualquer representa

um objeto ausente. Eles são interessantes para a imaginação da criança.

Os jogos de regras só são possíveis após um desenvolvimento da

inteligência, podemos dizer que todos os jogos são importantes e fazem parte das

etapas da vida das crianças, todos são muito eficientes na medida em que for

trabalhada paralelamente com a construção do conhecimento sendo auxiliado de

uma forma divertida.

O educador construtivista dá a seus alunos a oportunidade de ampliar suas

descobertas sobre o mundo, a relação do professor e do aluno deve ser de

confiança. A criança dentro da sala de aula construtivista é respeitada como um ser

político e social sujeito ao o seu próprio desenvolvimento, um ser humano autônomo

com a capacidade e liberdade para tomar suas próprias decisões críticas,

observadoras, questionadora, curiosas, criativas, participativa.

A proposta do construtivismo surge para auxiliar o educador a fazer com que

o aluno se sinta satisfeito ao aprender e que seu aprendizado não seja

simplesmente decorar conteúdos, mas realmente que a criança possa absolver o

conteúdo, e que saiba como agregar conhecimentos em sua vida pessoal, social,

escolar, pois tudo está interligado.

O educador construtivista deve entender as dificuldades de seus alunos e

procurar passar o conteúdo quantas vezes forem necessárias até o seu aluno

aprenda totalmente o foi passado.

Ele precisa ter em mente que seus alunos precisam de incentivo, carinho e

paciência, esses alunos não precisam ser julgados por um erro ou dificuldades que

eles possuam.

A criança precisa se sentir seguro e ter confiança em seu professor não

precisam ter medo de errar porque através dos erros é que se aprende e descobre

coisas novas.

O construtivismo faz parte de uma nova forma de ensino e mostra que o

professor não é o único detentor do conhecimento, e que ele pode o tempo todo

aprender com seus alunos e que a melhor forma de ensino é a interação e a troca, e

que ensinar não é jogar conceitos na lousa.

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Portanto pode-se dizer que é possível sim junta praticar a teoria, quando isso

acontece o benefício é para o professor e o aluno, é uma forma muito interessante

para fazer com que isso aconteça é promover projetos, passeios, atividades dentro e

fora da sala de aula e usar materiais diversos, como vídeos, internet, músicas, livros

de histórias, dessa forma a aprendizagem possa ser mais livre.

É fundamental conhecer a história do ensino de arte para perceber a

realidade atual e lidar criticamente com ela independentemente da forma de ensino,

o professor deve ter em mente que a aprendizagem é uma construção pessoal que

acontece em função das inter relações significativas com o meio a qual ela vive.

O educador deve ser facilitador ou um mediador, ele enfrenta muitos pontos

importantes de como a construção do conhecimento pode acontecer no dia a dia,

sendo assim ele pode direcionar uma estratégia de ensino dependendo da

dificuldade e do desenvolvimento do seu aluno. Ele deve saber que ninguém ensina

ninguém, se aprende através de mediações entre sujeitos e as influências do

ambiente a qual ele vive, e na organização de caminho de estratégias levam a

criança a pensar e resolver problemas, então se fica a idéia de que somos seres que

nunca estão prontos, e que o conhecimento nunca é dado como terminado.

Podemos então dizer que o construtivismo é uma forma de propor o

conhecimento que permite um agir, um criar, um construir a partir das realidades

vividas pelos alunos.

Segundo a teoria construtivista o conhecimento se dá através da interação do

sujeito com o meio em que ele vive.

Jean Piaget, o principal teórico do construtivismo, observando a criança

desde o seu nascimento percebeu que o conhecimento vai se construindo através

do seu desenvolvimento cognitivo. O construtivismo tem sido alvo de muitas críticas

e ao mesmo tempo de muitos elogios por vários pedagogos e educadores. Pode-se

dizer que é um método que mais atende as expectativas escolares, as teorias

concordam com a idéia de que a aprendizagem é um processo de construção.

Sendo assim o professor deve propor facilidades no conhecimento, facilitando

que seus alunos direcionem seus próprios interesses permitindo questionamentos.

Na percepção de Paulo Freire (1987) professores e alunos exercem o poder

de produzir impostos pelos currículos escolares, estariam de fato consolidando seu

poder de contribuir pra a transformação da sociedade.

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A Pedagogia Construtivista diz que as realidades das salas de aula não

permitem perceber como o trabalho do professor é importante no contexto social.

Podemos dizer que o professor construtivista está contribuindo para novos estágios

do conhecimento, começa na busca incessante do ser humano. É através disso que

evoluímos como seres pensantes, permeando o conhecimento como a cultura e os

valores éticos.

O educador construtivista entra no mundo da brincadeira junto com seus

alunos. Quando o educador faz parte das brincadeiras ele tem a chance de

transmitir e a cultura da sociedade. Ele possibilita quando trabalha com o lúdico,

possibilita a aprendizagem de uma maneira muito criativa.

Independentemente da raça, cultura, classe social todas as crianças brincam

assim como todos os seus atos ligados a brincadeira. O educador deve oferecer o

brincar de acordo com o seu desenvolvimento naquele momento. Existem

brincadeiras que devem ser estimuladas, outras exigem um envolvimento maior

entre o educador e o aluno.

As brincadeiras são importantes para o educador que acredita na construção

do conhecimento pode-se dizer que é muito mais do que uma simples atividade sem

conseqüência para as crianças.

Brincando a criança não apenas se diverte, mas recria e também interpreta o

mundo a sua volta. Por isso cada vez mais o educador deve deixar que os jogos e

as brincadeiras tomem um lugar de destaque nos projetos escolares desde a

educação infantil.

O educador sabe que educar não se limita simplesmente em repassar

conhecimentos, ou simplesmente mostrar um caminho, ele deve dar as crianças

possibilidades através do lúdico, ferramentas para que seus alunos possam entrar

em vários caminhos, o que mais se adequar com sua visão de mundo.

Sendo assim, a formação do educador da educação infantil não se limita

simplesmente em aspectos intelectuais e cognitivos, mas também aos psicólogos

com especial atenção aos afetivos emocionais.

Para alguns educadores da educação infantil não é fácil se libertar dos

projetos pedagógicos ditados pelas escolas.

Fridmann (1996, p. 11) dizia que os jogos e as brincadeiras evidentemente

mudaram muito neste começo de século até os dias de hoje nos diferentes países e

contexto sociais, mas o prazer do brincar não mudou.

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Mas infelizmente muitas escolas por sua vez esqueceram ou não o interesse

em trabalhar o lúdico em sala de aula, muitas instituições de educação infantil

considera o lúdico como perda de tempo.

O educador construtivista sabe que a criança desenvolve-se por inteiro, o

interesse que dela manifesta-se pelo lúdico e deve ser utilizado para uma boa

causa. É possível dar o aspecto da brincadeira como artifício pedagógico.

Esse educador sabe explorar pedagogicamente o lúdico em todas as

linguagens. Para Piaget (1998) o jogo constitui em expressão e condição para o

desenvolvimento infantil, já que a criança quando joga assimila e pode transmitir a

realidade.

Recentes estudos têm mostrado que o lúdico é uma ferramenta indispensável

no desenvolvimento infantil. Sendo assim o educador construtivista entende que a

criança é um ser social e que seu conhecimento se dá desde que ela nasce, isto é, o

seu desenvolvimento se dá em um espaço compartilhado com outras pessoas.

Percebe-se quer o lúdico é importante para o desenvolvimento das crianças

em especial aos da Educação Infantil, na faixa etária de 2 a 4 anos, pois enfatizam

que é através deles que constroem seus conhecimentos de forma prazerosa.

O brincar é visto como uma motivação para o desenvolvimento cognitivo,

afetivo, social e emocional da criança.

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CONCLUSÃO

Este trabalho pretende dar a percepção de que o jogo e a brincadeira são

fundamentais no desenvolvimento da criança.

Com o esclarecimento do tema em questão, percebe-se que os jogos e

brincadeiras estão presentes em todas as dimensões da existência do ser humano,

e muito na vida de todas as crianças.

Portanto, “Brincar” é viver, e as crianças brincam porque esta é uma

necessidade básica, assim como a alimentação, a saúde e a educação.

O brincar na escola não é exatamente igual o brincar em outros ambientes do

dia a dia, porque a vida escolar é rígida com rotinas e normas que regulam as ações

das crianças e as interações entre elas.

A utilização do brincar na Educação Infantil detém de ser vista com muita

cautela e clareza porque o brincar é uma atividade essencialmente lúdica, se deixar

de descaracteriza-se com o jogo ou brincadeira.

O brincar promove a construção do indivíduo, não podemos deixar de dizer

que incluir os jogos e as brincadeiras na Educação Infantil tem como pressuposto o

aspecto de servir ao desenvolvimento da criança enquanto indivíduo e a construção

do conhecimento, processo esse que estão interligados.

Portanto o brincar como forma de atividade humana que é de grande

predominância na infância, encontra assim o seu lugar no processo educativo.

Sua utilização promove desenvolvimento dos processos psíquicos, dos

movimentos, da linguagem da aprendizagem de conteúdos de áreas específicas

como as ciências humanas e exatas.

Em vista disso tracei metas para alcançar o objetivo dessa pesquisa. Portanto

partindo das análises dos dados, percebi a realidade desses fatores no cotidiano

escolar, e acredito muito na influencia das brincadeiras e dos jogos na

aprendizagem do educando na Educação Infantil.

Percebe-se quer o lúdico é importante para o desenvolvimento das crianças

em especial aos da Educação Infantil, na faixa etária de 2 a 4 anos, pois enfatizam

que é através deles que constroem seus conhecimentos de forma prazerosa.

O brincar é visto como uma motivação para o desenvolvimento cognitivo,

afetivo, social e emocional da criança.

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