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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
GESTÃO DEMOCRÁTICA E CURRÍCULO EMANCIPATÓRIO
WALTER DE JESUS SOUTO FILHO
ORIENTADOR:
Prof. Úrsula Gomes
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Projetos. Por: Walter de Jesus Souto Filho
GESTÃO DEMOCRÁTICA E CURRÍCULO EMANCIPATÓRIO
Rio de Janeiro 2016
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AGRADECIMENTOS
À Deus por estar presente em todos os momentos
me dando força para superar as dificuldades e
seguir sempre em frente. E pelos amigos que
conquistei.
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, exemplos de dedicação. Meus
filhos, Bruno e Gabriel, luzes da minha vi a minha
esposa Cristina pelo amor sincero.
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RESUMO
Baseada na pesquisa bibliográfica apresentada, a monografia
em questão, sinaliza e destaca no decorrer de seus capítulos, o que pode
significar a educação na atualidade nesta passagem de milênios.
Esta tarefa eminentemente crítica, lhe garante meios para resgatar a unidade
entre história e sujeito, que foi perdida durante as operações de desconstrução
da cultura e da educação, levada a efeito pelo racionalismo moderno.
A priori nos dá uma visão de passado que serve para
vislumbrarmos o futuro. Evidenciar o caminho percorrido pela educação através
dos séculos é, sem dúvida, a melhor maneira de compreender suas causas e
superar suas crises.
Nos leva a entender o momento educacional em que vivemos
hoje e oferece conhecimentos que nos ajudam e nos estimulam a participar do
processo de transformação da escola e da sociedade. Enfoca e analisa
questões como GESTÃO DEMOCRÁTICA, AUTONOMIA, CURRÍCULO E
AVALIAÇÃO. Não no sentido de esgotar os temas, mas de evidenciar as suas
múltiplas manifestações, ampliando cada vez mais o debate das questões
citadas.
Aponta caminhos para que se perceba que não basta fazer bem
as coisas, é preciso fazer bem as coisas certas; nem basta solucionar
problemas que tenderão a voltar sob formas diversificadas; é preciso
aproximar-se da realidade como um cientista para que se tenha resultado na
transformação-construção da realidade, além disto, o processo precisa ser
participativo porque assim o exigem os sinais dos tempos.
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METODOLOGIA
Este projeto apresenta uma pesquisa que percorre da Antiguidade
aos dias de hoje e toda a história das ideias pedagógicas, através de textos de
autores que marcaram decisivamente a sua época.
A investigação, que apresenta caráter bibliográfico consiste em
provar que as barreiras que enfrentamos hoje na educação têm em sua grande
parte uma justificativa histórica e que já temos tendências e alternativas para
transportamos essas barreiras.
Nas escolas Municipais do Rio de Janeiro, em particular nas da 7ª
CRE, a descentralização é tendência atual, apesar da resistência oferecida
pelo corporativismo das organizações de educadores e pela burocracia
instalada nos aparelhos do Estado, muitas vezes associados à luta contra a
inovação educacional, decorrente de todo processo histórico apresentado
nesta pesquisa.
Uma gestão democrática que valorize a escola e a sala de aula
eliminaria a mediação entre a direção dos órgãos responsáveis pela educação
e as escolas. As atuais funções de planejamento, A rigor, não havia
necessidade de um “Secretário” da educação, mas um superintendente da
escola pública.
.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – Breve Histórico das Ideias Pedagógicas 10
CAPÍTULO II – Perspectivas Atuais 15
CAPÍTULO III – Gestão Democrática e Autonomia 18
CAPÍTULO IV – O Novo Currículo 21
CAPÍTULO V – Avaliação 25
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA 29
ÍNDICE 31
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INTRODUÇÃO
Como consequência histórica, a educação no Brasil, tomou
e toma rumos ainda contraditórios na atualidade.
Isso acontece porque a evolução da educação está ligada à
evolução da própria Sociedade.
A educação tem um papel importante no próprio processo de
humanização do homem e da transformação social, embora não preconize que,
sozinha possa transformar a sociedade.
Como ultrapassar as barreiras construídas ao longo do tempo,
para buscar no futuro, um trabalho que se fundamente num planejamento
integrado, que resulte num currículo baseado numa pedagogia interacionista e
que realmente se aplique na prática? E os administradores escolares,
ao longo das tendências pedagógicas e da história da educação, têm
propiciado planejamentos interativos que levem a um currículo emancipatório?
“ Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob aquelas com que se defrontam diretamente,legadas e transmitidas pelo passado”.
( Karl Marx, 18 Brumário de Luís B.)
Enquanto os países socialistas já ultrapassaram a fase da
centralização burocrática da educação e procuram hoje desformalizar o
ensino público, os países capitalistas dependentes, do chamado Terceiro
Mundo, tentam se desobrigar de ministrar educação para todos, com políticas
privativas e elitistas.
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Para deixarem de ser países de “Terceiro Mundo”, como
pejorativamente se costuma dizer, será necessário que eles invertam as
prioridades e passem a investir massivamente nas políticas sociais.
A educação nesses países tornou-se instrumento de luta e de
emancipação, associando a luta social com luta pedagógica.
A democracia na educação, quantitativa e qualitativamente, não
pode ser um ato de pura “recomendação”, como pretendiam os teóricos da
educação, instrumento da paz, é resultado da luta, do movimento popular.
Já surgem sistematizações teóricas novas que não aniquilam as
experiências passadas no campo educacional, mas trazem um discurso novo,
superando o conteudismo e o politicismo: é a criação de uma escola uniforme
(não uniforme ), crítica e participativa, autônoma, espaço de um sadio
pluralismo de ideia onde o ensino não se confunde com o consumo de ideias.
Essa escola única e popular não seria a escola padronizada e
doutrinadora, como a concepção burguesa onde o objetivo era a disciplinação
da classe trabalhadora e a formação de dirigentes da classe dominante. Essa
escola busca o desenvolvimento onilateral de todas as potencialidades
humanas, hoje possível graças à concorrência de muitos meios dentro e fora
da escola, mas ainda possibilitado apenas a uma minoria.
Os sistemas educacionais no Brasil, além de possuírem estruturas
muito frágeis, são alvo de frequentes reformas, mas reformas superficiais que
nada chegam a mudar positivamente, além da descontinuidade administrativa,
que é outra características do funcionamento desses sistemas fechados.
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CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS
A educação primitiva era essencialmente prática, marcada pelos
rituais de iniciação. Além disso, fundamenta-se pela visão animista: acreditava-
se que todas as coisas possuíam uma alma semelhante à do homem. A
educação baseava-se na imitação e na oralidade, limitada ao presente
imediato. A escola era a aldeia.
Depois da revolução cultural, no século XX , criou-se um
sistema de exames baseado no ensino dogmático e memorizado. Esse
memorismo fossilizava a inteligência, a imaginação e a criatividade. A
educação tradicional visava reproduzir o sistema de hierarquia, da obediência e
da subserviência ao poder.
As mulheres não tinham acesso à educação.
“ Ocorre uma pulsação entre o jogo de forças que na educação, de tal modo que, de um lado, a forma desta se organizar reflete e reproduz integralmente a forma de estruturação; mas, de outro lado,o processo de atuação constituem a sociedade e o jogo de forças que se concretizam especificadamente pode ser efeito desestruturadores sobre a sociedade, sendo então fator de mudança social”.(Severino,(1994), p.71)
Os egípcios foram os primeiros a tomar consciência da importância
da arte de ensinar. Devemos a eles o uso prático das bibliotecas.
Ao mundo um conjunto de doutrinas, tradições cerimônias
religiosas e preceitos que ainda hoje são seguidos. Foi principalmente através
do cristianismo que os métodos educacionais dos hebreus influenciaram a
cultura ocidental
Entre os povos a educação primitiva ocorreu com características
semelhantes.Esse tradicionalismo pedagógico é orientado por tendências
religiosas diferentes, que se desenvolveram em função da emergência da
sociedade de classes.
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A escola, como instituição formal, surgiu como resposta à divisão
social do trabalho e do nascimento do Estado, da família e da propriedade
privada.
Á divisão do trabalho industrial corresponderia a divisão do
conhecimento em compartimentos estanques; o processo de produção
favorecido pela industrialização exigiria uma maior especialização, que
pudesse atender à nova divisão material da trabalho. Com essa argumentação,
defende-se que, com o processo de globalização econômica e com as novas
formas de produção, o mundo estaria exigindo uma nova configuração do
conhecimento.
“Desse modo, a divisão técnica do trabalho social, destinada
a garantir a produção econômica, leva a uma divisão social do trabalho técnico, de tal modo que o poder econômico, caracterizado pela propriedade dos meios de produção e dos bens produzidos , transmuta-se em poder político, traduzido pela disposição do domínio sobre os próprios sujeitos produtores. É que o poder político, para se constituir e se consolidar, precisa integrar tanto elementos econômicos
Como elementos ideológicos, unindo e fazendo convergir aspectos das esferas do saber e do poder” Severino(1994), p.69.)
Torna-se fundamental que também o conhecimento se globalize,
passe a integrar diferentes campos, sob o risco de se tornar inútil.
A realidade sempre foi entendida como algo complexo e sua
apropriação por intermédio de diferentes disciplinas constituiu um mecanismo
analítico. Claro está que tal mecanismo reflete e engendra formas de poder e
controle, não sendo uma ferramenta neutra de apreensão da realidade.
A hegemonia do pensamento positivista definiu no século XIX os
limites entre ciência e senso comum e constituiu, o chão sobre o qual se
edificou o conceito de disciplina com a qual operamos na modernidade.
Ao mesmo tempo, as fronteiras entre as ciências naturais e sociais e
entre conhecimento científico e senso comum vêm sendo constantemente
questionadas. As promessas não cumpridas do iluminismo positivista
alimentam as críticas, que passam a buscar redefinir o conceito de
conhecimento.
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A Escola Nova representa o mais vigoroso movimento de
renovação da educação depois da criação da escola pública burguesa.
Foi só no início do século XX que tomou forma concreta e teve
consequências importantes sobre os sistemas educacionais e a mentalidade
dos professores.
Fruto certamente de uma renovação geral que valorizava a
autoformação e a atividade espontânea da criança . A teoria da Escola Nova
propunha que educação fosse instigadora da mudança social e, ao mesmo
tempo, se transformasse porque a sociedade estava em mudança.
A Educação Nova seria integral (intelectual, moral e física); ativa;
prática, (com trabalhos manuais obrigatórios, individualizadas); autônomas
(campestre em regime de internato e coeducação).
O educador norte-americano JOHN DEWEY (1859-1952) foi o
primeiro a formar o novo ideal pedagógico, afirmando que o ensino deveria dar-
se pela ação e não pela instrução. Para ele a educação continuamente
reconstruía a experiência concreta, ativa, produtiva, de cada um.
De acordo com tal visão, a educação era essencialmente processo
e não produto; um produto de reconstrução e reconstituição da experiência; um
processo de melhoria permanente da eficiência individual. O objetivo da
educação se encontraria no próprio processo. O fim dela estaria nela mesma.
Não teria um fim ulterior a ser atingido. A educação se confundiria com próprio
processo de viver.
Essa rentabilidade servia, acima de tudo aos interesses da nova
sociedade burguesa: a escola deveria preparar os jovens para o trabalho, para
a atividade prática, para o exercício da competição Poucos foram os
pedagogos que ultrapassaram o pensamento burguês para evidenciar a
exploração do trabalho e a dominação política, próprias da sociedade de
classes.
Essa atitude necessitava de métodos ativos e criativos também
centrados no aluno. Assim os métodos de ensino significavam o maior avanço
da Escola Nova.
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Um dos discípulos de John Dewey, Kilpatrick preocupava-se,
sobretudo com a formação do homem para a democracia e para uma
sociedade em constante mutação.
Outra contribuição da Escola Nova é o método dos centros de
interesse do belga Ovide Decroly (1871-1932) Esses centros de seriam, para
ele, a família , o universo, o mundo vegetal, o mundo animal , etc. Educar era a
partir das necessidades infantis. Os centros de interesse desenvolviam a
observação, a associação e a expressão.
Teve grande importância também a experiência da médica
italiana Maria Montessori (1870-1952), que transpôs para crianças normais seu
método de recuperação para crianças deficientes. Para a pré-escola , constitui
uma enorme quantidade de jogos e materiais pedagógicos que , com variações
, são ainda hoje utilizados em milhares de pré-escolas.
O suíço Edouard Claparède (1873-1940) deu á escola ativa
outro nome: educação funcional, atividade educativa era só aquela que
correspondia a uma função vital do homem.
Jean Piaget (1896-1980), investigou, sobretudo a natureza do
desenvolvimento da inteligência na criança. Piaget propôs métodos de
observação para a educação da criança. Daí a necessidade de uma pedagogia
experimental que colocasse claramente como a criança organiza o real. O
professor devia respeitar as leis e etapas do 10 desenvolvimento da criança. O
objetivo da educação não deveria ser repetir ou conservar verdades
acabadas, mas aprender por si próprio a conquista do verdadeiro. Sua teoria
influenciou outros pesquisadores, como a psicóloga Argentina Emilia Ferreiro,
cujo pensamento é muito difundido hoje nas escolas de 1º grau no Brasil.
O pedagogo francês Roger Cousinet (1881-1973) desenvolveu
o método de trabalho por equipes, adotado até hoje, opondo-se ao caráter
rígido das escolas memoristas e intelectuais e intelectuais francesas. Defensor
da liberdade no ensino e do trabalho coletivo, substituindo o aprendizado
individual , propôs que o mobiliário escolar fosse despregado do chão para que
os alunos pudessem rapidamente formar grupos em classes e ficar de frente
para o outro.
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O educador brasileiro Paulo Freire (1921), herdeiro de muitas
conquistas da escola nova, denunciou o caráter conservador dessa visão
pedagógica e observou corretamente que a escola podia servir para a
educação como prática da dominação,quanto para a educação como pratica de
liberdade.
A escola que temos hoje nasceu com a hierarquização e a
desigualdade econômica gerada por aqueles que se apoderam do excedente
produzido pela comunidade primitiva . A história da educação , desde então ,
construiu-se num prolongamento da historia das desigualdades econômicas.
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CAPÍTULO II
PERSPECTIVAS ATUAIS
A educação nova, que apareceu com vigor na obra de
Rousseau, desenvolveu-se nesses dois últimos séculos e trouxe numerosas
conquistas, Rousseau apresenta uma nova proposta de educação, enfatizando
a necessidade de educar a criança para que se torne autônoma, ou seja,
tornar-se sujeito e dona de seu próprio destino, passando a pensar por conta
própria. Para Rousseau, o princípio fundamental da boa educação é fomentar
na criança o prazer de amar as ciências e seus métodos. E aos mestres
cabiam incitar esses sentimentos. Rousseau pensava a educação guiada não
pelo divino e nem pelo destino e sim pela razão. Ele propunha uma educação
que tomasse conhecimento do homem como essência e ao mesmo tempo
ética, ou seja, um homem ideal para a sociedade que deveria integrar-se.
Sobretudo nas ciências da educação e nas metodologias de ensino. As
técnicas de Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas. No seu livro O
Jornal Escolar diz:
Substituímos a rotina dos manuais, dos trabalhos de casa e das
lições impostas arbitrariamente pelos adultos por: Texto livre, que é a
expressão natural inicial da vida infantil no seu meio ambiente normal.
Adotamos a observação e a experiência como fundamento
indispensável das aquisições de conhecimentos em ciências e em cálculo, em
história e em geografia. Diz ainda Freinet:
Esta técnica de expressão livre, de observação e de experiência
pressupõe, no entanto, a criação de novos utensílios de trabalho que lhe são
simultaneamente o alimento e o objetivo.
Mas a educação tradicional e a educação nova, esses grandes
movimentos da história do pensamento pedagógico e da prática educativa, têm
um traço comum que é o de conceber a educação como um processo de
desenvolvimento pessoal, individual.
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O traço mais original deste século, na educação, é o
deslocamento de formação puramente individual do homem para o social, o
político, o ideológico. A pedagogia institucional é um exemplo disso. A
experiência de mais de meio século de educação nos países socialistas é o
outro exemplo. A educação deste fim de século tornou-se permanentemente
social deste século a ideia de que não existe idade para a educação, de que
ela se estende pela vida e que não é neutra.
Caminhamos para uma mudança da própria função social da
escola, a de educação popular, pelo caráter popular, socialista e democrático
que essa concepção traz.
Tanto a educação socialista democrática,quanto a educação
permanente, podem encontrar-se numa única tendência, não são ideias novas,
mas acabam impondo-se neste final do século por exigência do próprio
desenvolvimento da sociedade. Isso mostra o quanto a educação e a
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sociedade são interdependentes. Elas correspondem às novas exigências de
uma sociedade de massas e da classe organizada, e não de indivíduos
isolados.
A educação tradicional repousa sobre a certeza de que o ato
educativo destina-se a reproduzir os valores e a cultura da sociedade. Os
problemas começaram quando essa convivência harmoniosa entre educação e
sociedade foi rompida. A crise da escola começou com a perda da certeza na
qual ela se apoiava em relação à sua função reprodutora.
“ É lição sabida que o novo não se constrói só e nem surge por passe de mágica. O novo nasce do arcaico, mas não repete o arcaico . O novo cria outros paradigmas, mas preserva do arcaico valores e práticas indispensáveis à construção da ponte para o futuro. A transição entre o velho e novo é um processo. Em uma determinada hora, os dois convivem lado a lado. Como numa corrida de bastão. Até que é chegado o momento em que o novo ganha velocidade ocupa o palco da história e deste se retira o arcaico para desempenhar as funções de referência, de arquivo, de memória, de cultura. Esta concepção do processo histórico é uma norma que é visível até mesmo nos momentos de ruptura.”(Moacyr de Góes)
.
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CAPÍTULO III
GESTÃO DEMOCRÁTICA E AUTONOMIA
A tradição burocrática da escola é um fardo pesado que limita os
ideais de uma escola projetada para a liberdade e a autonomia. Mas é no
interior dessa escola vivida que é possível construir outra escola.
Os sistemas educacionais encontram-se num contexto de explosão
descentralizadora.
A constituição de 1988 estabelece como princípios básicos: o
“pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” e a “gestão democrática
do ensino público” (art. 206). Esses princípios podem ser considerados como
fundamentos da autonomia da escola.
Os educadores estão reencontrando e reconstruindo o sentido e o
prazer de educar. Uma nova educação está sendo construída no interior das
escolas, e ressignificando o ato pedagógico-educativo. Novos conhecimentos
sobre o aprender e sobre a sala de aula acabam produzindo, inclusive,
terminologias mais ricas, dinâmicas e condizentes como aprendência e
ensinância, ecologia cognitiva, autopoiese, sociedade aprendente (Assman,
1998). Ao mesmo tempo, há avanços teóricos e práticos na área da
administração educacional, entendida no sentido amplo, compreendendo a
política, o planejamento, a gestão e a avaliação da educação. As novas
descobertas sobre o aprender e a evolução teórico-prática da educação e de
sua administração constituem fundantes histórico-educativos da autonomia da
escola e da democratização de sua gestão.
Mas não existe uma autonomia absoluta. Ela sempre está
condicionada pelas circunstâncias, portanto a autonomia será sempre relativa e
determinada historicamente.
A Escola Nova se forma como novo paradigma educativo e
encontra em John Dewey ( 1859-1952) seu expoente máximo, cujos princípios
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do “aprender fazendo”, “aprender pela vida” e “ para a
democracia”permanecem vivos até hoje.
A Escola Nova foi um movimento de renovação do ensino que foi
especialmente forte na Europa, na América e no Brasil, na primeira metade do
século XX . O escolanovismo desenvolveu-se no Brasil sob importantes
impactos de transformações econômicas, políticas e sociais. O rápido processo
de urbanização e a ampliação da cultura cafeeira trouxeram o progresso
industrial e econômico para o país, porém, com eles surgiram graves
desordens nos aspectos políticos e sociais, ocasionando uma mudança
significativa no ponto de vista intelectual brasileiro.
Na essência da ampliação do pensamento liberal no Brasil, propagou-
se o ideário escolanovista. O escolanovismo acredita que a educação é o
exclusivo elemento verdadeiramente eficaz para a construção de uma
sociedade democrática, que leva em consideração as diversidades,
respeitando a individualidade do sujeito, aptos a refletir sobre a sociedade e
capaz de inserir-se nessa sociedade Então de acordo com alguns educadores,
a educação escolarizada deveria ser sustentada no indivíduo integrado à
democracia,o cidadão atuante e democrático.
Para John Dewey a escola não pode ser uma preparação para a vida,
mas sim, a própria vida. Assim, a educação tem como eixo norteador a vida-
experiência e aprendizagem, fazendo com que a função da escola seja a de
propiciar uma reconstrução permanente da experiência e da aprendizagem
dentro de sua vida. Então, para ele, a educação teria uma função
democratizadora de igualar as oportunidades. De acordo com o ideário da
escola nova, quando falamos de direitos iguais perante a lei, devemos estar
aludindo à direitos de oportunidades iguais perante a lei.
A palavra chave desta nova concepção de organização social é
participação. Elemento constitutivo da noção de cidadania ativa.
Atualmente, a bandeira pela democratização da gestão escolar
acompanha a luta dos setores mais progressistas da área da educação.
As dificuldades de democratização do sistema público quanto às suas
formas de gestão, as tentativas de aproximação da população com a escola,
em sua maioria evidenciando o fracasso, demonstram que a natureza dos
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problemas encontrados e a superação deles não se limitam à troca ou
propostas de canais mais adequados tendo em vista a gestão democrática
capaz de envolver, efetivamente, professores, alunos e pais.
A presença dos pais, famílias e demais usuários no interior da escola
não constitui novidade histórica. Ela tem sido estimulada há muitas décadas no
âmbito de várias concepções pedagógicas.
Lamentavelmente o que vem aniquilando a educação pública no Brasil, é
o modelo atual, centralizado, burocrático, mutilador do trabalho dos professores
em sala de aula e isolado do conjunto de forças que atuam na sociedade.
Claro está que se o Estado criar efetivas condições em suas políticas
educacionais, será um grande avanço na trajetória recente e a gestão
democrática poderá constituir um caminho real de melhoria da qualidade de
ensino, como mecanismo capaz de alterar práticas pedagógicas.
“ Se o capital divide os homens entre si e os tornam estranhos e agressivos com o próprio mundo em que vivem, a democracia reconcilia os homens entre si e com o mundo onde vivem, e nesse sentido é a maior das utopias”. ( Herbert de Souza)
A gestão democrática introduz na escola movimentos importantes como:
participação de alunos, funcionários, professores, pais e comunidade;
desconstrução nas relações hierarquizadas de poder e dominação; ruptura com
os processos de exclusão de grupos nas decisões sobre os rumos da escola.
Leva-nos a refletir sobre o processo eleitoral dos representantes dos diferentes
grupos e, também, sobre como esses representantes participam na gestão da
escola, na vigilância das decisões tomadas e no controle das aplicações dos
recursos. A gestão democrática deve garantir: o acesso igualitário às
informações a todos os segmentos da comunidade escolar e a aceitarão da
diversidade de opiniões e interesses.
Para as unidades escolares terem condições mínimas para a ampliação
da perspectiva de democratização da gestão escolar, é necessário que haja
efetiva descentralização e autonomia das mesmas. Não há canal democrático
de gestão, que possa ser viabilizado sem profunda alteração administrativa das
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estruturas dos organismos ligados à educação: federais, estaduais e
municipais.
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CAPÍTULO IV
O NOVO CURRÍCULO
O currículo progressivo foi concebido como um processo entre
professores e estudantes que por meio de diálogo iriam determinar o que
valeria a pena ser estudado. Neste sentido, a proposta curricular deste
movimento tinha um cunho muito pragmático caracterizado pela necessidade
de se prover educação em massa voltados àquele contingente imigratório e de
industrialização. Pinar et al. (1995) argumenta que as ideias progressistas de
educação representam “certamente o movimento de reforma mais bem
lembrado da primeira metade do século XX”. Schubert (1986) lembra que em
dois de seus livros, The school and the society e The child and the curriculum,
Dewey explicita os alicerces fundadores do movimento progressivo. Nestes
livros, Dewey argumenta que as experiências e interesses da criança devem
ser a base para a educação. Schubert (1986) e Moreira (1990) pontuam que
Dewey vê na escola uma sociedade em miniatura. Neste sentido, a escola
deveria ter “como meta a cooperação mútua para o crescimento de todos uma
vez que estão ativamente engajados no processo de aprendizagem” (Schubert,
1986, p. 72).
Além disso, Dewey “propõe o currículo centrado nas experiências das
crianças, embora não deixe de enfatizar a importância do conhecimento
sistematizado” (ibid, p. 55). Neste sentido, o professor configura-se como
facilitador e organizador da aprendizagem. Por estas ideias, Dewey tornou-se o
estudioso mais importante do movimento progressivo durante a grande
depressão (the great depression, 1929) nos anos trinta, provocada pelo
colapso das bolsas de valores de Nova York, que abalou o mundo. No Brasil,
seus princípios educativos tiveram grande influência nas ideias escolanovistas
de educação que foram dominantes no país no período de 1945 a 1960
(Moreira, 1990).
Durante o mesmo período (1920 - 1930), uma reforma de currículo
radical que, de certa forma, mantém estreita relação com a pedagogia crítica
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iniciada nos anos 70. Esta reforma se caracteriza pelo movimento
reconstrucionista social (Stanley, 1992). Pinar et al. (1995) explica que Harold
Rugg e George Counts foram os proponentes deste movimento. Os
reconstrucionistas acreditavam que 76 Contrapontos - ano 2 - n. 4 - Itajaí,
jan/abr 2002 o currículo deveria ajudar a reconstruir a sociedade e buscar
soluções para as nossas crises sociais e culturais (Stanley, 1992). Kliebard
(1995) explica que seus proponentes percebiam “o currículo organizado em
torno de problemas sociais reais, e que estes não teriam o potencial de
substituir o que caracterizava os estudos sociais em salas de aula, mas
educariam com uma preocupação voltada para justiça social”.
Nesta perspectiva, o movimento tinha como objetivo uma nova
ordem social. Os currículos deveriam mudar a sociedade em lugar de perpetuá-
la, e as desigualdades sociais e econômicas deveriam ser tratadas no currículo
escolar para defender a reforma social. Esta visão curricular rompe com a
postura tradicional que via os professores como meros transmissores de
conteúdos e, desta forma, propõe que estes sejam articuladores do processo
educacional na sua totalidade. Embora a educação tenha sofrido influências,
muitas das quais ainda persistem, durante estes movimentos que atravessaram
praticamente o período de duas guerras (1ª e 2ª guerra mundial), na prática do
cotidiano escolar o que se implementou mais intensamente foi resultado de
uma postura teórica de currículo tradicional. Um exemplo claro disso é a
experiência vivida pela tradição curricular americana denominada the eight
years study5 .
Logo após a 2ª Guerra Mundial, o campo do currículo foi iluminado
pelo trabalho de Ralph W. Tyler por meio de seu imortalizado livro Princípios
Básicos de Currículo e Ensino, publicado em 1949 na cidade de Chicago. Esta
publicação representou a produção teórica dominante mais usada em
desenvolvimento de currículo nos Estados Unidos e em outros países (inclusive
o Brasil), até a corrente data. Sua influência foi sentida nos currículos de
campos diversos, atingindo uma variedade enorme de audiências.
O currículo que é oficializado nas escolas, com suas metas e
objetivos, não têm permitido a ampla circulação,apropriação e troca de saberes
do mundo de hoje. Muitas vezes isso só acontece porque existe um outro
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currículo, um currículo oculto, que surge sem que a própria escola se de conta
disso, pois a vida não fica do lado de fora e entra sem pedir licença.
A sociedade de hoje exige uma escola sintonizada com a vida
para que juntas possam formar uma parceria, transformar a sociedade e
consequentemente a escola.
A escola é um ambiente privilegiado para a constituição
sistemática de conhecimento, conceitos e valores, alguns duradouros, outros
transformados pelo tempo histórico.
Construir uma ligação estreita entre o cotidiano vivido e o
conhecimento escolarizado, levando-se em consideração que a escola está
situada num espaço sócio cultural onde convivem alunos e professores e que
estes são cidadãos incluídos no contexto social de cidade com direitos e
deveres a serem respeitados e reconhecidos, é o grande desafio de nosso
tempo, articular escola e vida cidadã.
É uma ilusão achar que a educação possa dar conta de esgotar
a transmissão de todos os conhecimentos acumulados. É preciso que,
constantemente, nos interroguemos sobre a natureza dos conteúdos a serem
incorporados aos currículos, sobre o contexto social e histórico em que ocorre
a educação e sobre que tipo de conhecimento está em sintonia com o tempo
em que vivemos e com os alunos que temos.
Busca-se nesta visão, uma escola que desenvolva um currículo
comum de experiências cognitivas, afetivas, sociais e referências culturais,
levando em conta, ao mesmo tempo, a singularidade dos alunos e professores.
Um currículo cuja preocupação seja trabalhar com o local e com o universal,
tornando esta escola verdadeiramente democrática porque parte da cultura do
aluno para inseri-lo na cultura mais ampla.
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CAPÍTULO V
AVALIAÇÃO
Ao criticar a escola então existente esses intelectuais apresentaram
uma proposta educacional que veio compor o ideário da Escola Nova e que se
inspirava nos modernos princípios da Psicologia Experimental. O objetivo dos
escolanovistas era substituir a educação “tradicional”, que consideravam
“livresca e elitista”, por uma educação voltada à adaptação social. Eles também
criticavam duramente a avaliação utilizada pela Escola Humanista, alegando
que a mesma não se pautava em critérios objetivos e justos. Em seu lugar,
defenderam e desenvolveram novos instrumentos de avaliação e seleção, cuja
análise e discussão abordaremos no tópico intitulado “Crítica à avaliação na
Escola Humanista e a introdução de novos métodos avaliativos”.
O novo olhar que se vem dando à educação em favor das classes
populares está nos levando a uma reflexão do significado da prática avaliativa
dos educadores. Abordar como assunto de discussão a avaliação da
educação, é um desafio.
“ O educador libertador tem que estar atento para o fato de que a transformação não é só uma questão de métodos e técnicas. Se a educação libertadora fosse somente uma questão de métodos, então o problema seria mudar algumas metodologias tradicionais por outras mais modernas. Mas esse não é o problema. A questão é o estabelecimento de uma relação diferente com o conhecimento e com a sociedade.”
(Shor, Ira e Freire, Paulo, 1986, p.48.) A avaliação tem que ter caráter investigativo, tem que problematizar
e principalmente, ampliar as perspectivas. O sentido fundamental da ação
avaliativa é o movimento, a transformação.
A única forma de por em prática essa avaliação libertadora seria os
educadores contestarem as interferências que vêm colocando um risco à
dinâmica desta relação.
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Um professor que não problematiza as situações do cotidiano, que
não reflete passo a passo sobre suas ações e as manifestações dos alunos,
instala sua docência em verdades prontas, adquiridas, pré-fabricadas. Ao
mesmo tempo, a avaliação encomendada ( do aluno e do professor) é um jogo
político poderoso. Se o cotidiano é o maior horizonte da avaliação, a
configuração do sistema educacional é um emaranhado de fatores
burocráticos. Existem leis, pareceres, resoluções que regem a organização do
ensino nas escolas, existem regimentos e determinações que regem a ação do
professor na sala de aula, existem as exigências dos professores aos alunos
decorrentes dessa configuração.
Tomar consciência desse jogo de poder é essencial à reconstrução
do significado da avaliação. É a partir da ação coletiva e consensual dos
professores que isso poderá acontecer.
“ Apesar dessas possibilidades de luta, não podemos esquecer que, na realidade, a avaliação é um mecanismo privilegiado para garantir a função seletiva da escola na sociedade capitalista e, como tal está atrelada á contradição básica desta sociedade. Os procedimentos de avaliação (como toda a didática) respondem à organização global do trabalho pedagógico na escola, organização que é produto das expectativas que a sociedade capitalista tem da escola”.(Freitas,1990, p. 28)
Se vemos a escola como local de exercício da democracia
e se nós, educadores temos condições de fortalecê-la através de uma prática
que, em vez de corroborar com a seletividade social, alimente o prazer do
aluno em interagir no ambiente escolar, não podemos desviar desse
compromisso.
Não se avalia para aprovar ou reprovar. Isso é consequência. A
avaliação da aprendizagem deve servir para o aperfeiçoamento do processo
pedagógico... diariamente.
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CONCLUSÃO
Concluo que GESTÃO DEMOCRÁTICA e CURRÍCULO
EMANCIPATÓRIO está longe de ser uma utopia, é efetivamente uma realidade
do futuro.
Essa realidade tem sua efetivação na ESCOLA VIVA, concreta,
formadora da personalidade política, social, ativa, científica, socialista.
Para essa prática não existem receitas. Cada professor, cada
classe, cada centro de ensino, cada sociedade deve desenvolver seu esforço,
unido ao esforço comum da transformação social, pode conseguir que a
educação seja um processo enriquecedor e facilitador do desenvolvimento
pessoal e social; que a escola compense as desigualdades ligadas ao meio de
procedência; que a escola se vincule à vida e às necessidades vitais( família,
bairro, cidade) da criança; que a escola sirva à integração social e à
cooperação entre os indivíduos; que desenvolva ao máximo as possibilidades e
os interesses de cada um; que utilize todos os recursos disponíveis da
sociedade para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos; que a escola,
finalmente, deixe de reproduzir a sociedade e sim ajude a transforma-la.
Para não cair em ilusões, parece-nos que o melhor caminho de
superação da crise educacional é vivê-la intensamente, não fazer economia de
trabalho sobre ela mesma, evidenciar suas contradições, suas disfunções.
Desenvolver as contradições escolares é a única forma de supera-la. Contudo,
como a crise da educação e da sociedade são inseparáveis, o
desenvolvimento das contradições escolares e a sua transformação também
são inseparáveis do desenvolvimento e da superação das contradições sociais.
Podemos afirmar que não é preciso esperar por mudanças
estruturais para se desenvolver uma ação política transformadora. Esta ação
não só estará favorecendo a criação de condições reais favoráveis à
transformação social democratizante como representa, si mesma,
transformação social. Mesmo que saibamos que não é a partir da escola que a
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sociedade vai se transformar, podemos dizer que as mudanças que podemos
produzir dentro da própria escola já modificam a sociedade.
A democratização das práticas sociais envolve, necessariamente,
transformações no campo da ação pedagógica. A revalorização das relações
interpessoais de solidariedade e de cooperação, o reconhecimento do caráter
coletivo dos processos de tessitura de conhecimentos e de construção de
identidades, além da atribuição de uma prioridade pedagógica ao
desenvolvimento da autonomia intelectual, psíquica e social requer, sobretudo,
ações concretas em termos de metodologias do ensino. Estes são alguns dos
aspectos fundamentais que norteiam essa transformação das bases da ação
pedagógica, sempre de acordo com os interesses, desejos e possibilidades dos
sujeitos em interação em cada escola e situação na qual esta tentativa de
mudança ocorre. Os próprios conteúdos do ensino, sempre necessariamente
articulados às metodologias, às convicções de ordem relacional entre sujeitos,
grupos sociais e saberes, são rediscutidos e reorganizados de modo a
questionar as verdades oficiais, científicas e/ou deontológicas. Ou seja, a
construção de uma sociedade democrática implica o desenvolvimento de uma
ação democrática concreta em todos os espaços de interação social inclusive
na escola.
É preciso saber que a luta é árdua e longa, o que deve e não pode
nos imobilizar, mas apenas ser compreendido como mais uma variável a ser
levada em consideração no momento da escolha dos caminhos possíveis para
o desenvolvimento dessa ação, que será diferente em cada espaço/tempo real
nos quais se irá desenvolver. Não é preciso relembrar que toda conquista
democrática é fruto de lutas, possíveis, mas sempre árduas, contra os poderes
instituídos e seus mecanismos de legitimação
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I BREVE HISTÓRICO DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS 10 CAPÍTULO II PERSPECTIVAS ATUAIS 15 CAPÍTULO III GESTÃO DEMOCRÁTICA E AUTONOMIA 18 CAPÍTULO IV O NOVO CURRÍCULO 21 CAPÍTULO V AVALIAÇÃO 25 CONCLUSÃO 27 BIBLIOGRAFIA 29 ÍNDICE 31
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