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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL Por: Luiz Alberto da Silva Conceição Orientador Profa. : Ma. Fátima Alves Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Por: Luiz Alberto da Silva Conceição

Orientador

Profa. : Ma. Fátima Alves

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

PSICOMOTRICIDADE REALACIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como

requisito parcial para obtenção do grau de especialista em

Psicomotricidade. Por: Luiz Alberto da Silva Conceição.

Rio de janeiro

2014

AGRADECIMENTOS

Agradeço a JESUS, Nosso Senhor Salvador, a minha mãe Dulce Helena Ribeiro, Minha noiva Vivianne Cirne Maia e os amigos com que convivi durante o curso.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente а Deus,

pоr ser essencial еm minha vida, autor dе

mеu destino, mеu guia, socorro presente nа

hora dа angústia, ао mеυ pai Stelio da

Conceicão, minha mãе Dulce Helena

Ribeiro Conceicão е а Profa. Fátima Alves.

RESUMO

A relação aluno-professor-escola nos últimos anos tem promovido uma

busca constante de entendimento sobre as questões pertinentes que emergem

durante o processo educacional. Os métodos de ensino, as diretrizes

curriculares e o projeto político pedagógico da escola devem se adequar às

constantes mudanças exigidas pela sociedade em busca da qualidade de

ensino. A psicomotricidade relacional se configura neste trabalho com uma

proposta de ensino nas aulas de Educação Física escolar em conjunto com

uma abordagem coeducativa. Propõem-se abordar a relação da

psicomotricidade com os métodos utilizados, a co-educação e o modelo de

plano de aula utilizado, pelos professores de Educação Física em aulas do

segmento de Ensino Fundamental I. A pesquisa de campo teve a intenção de

analisar os dados durante as aulas de Educação Física escolar ministradas em

instituições privadas e públicas da zona norte e zona sul do Rio de janeiro. O

estudo investigou se as instituições aderem em seus conteúdos de ensino uma

proposta de ensino que inclua a psicomotricidade relacional em conjunto com

uma abordagem co-educacional.

Palavras-chave: psicomotricidade Relacional; escola; Educação Física escolar.

METODOLOGIA

A Pesquisa de campo qualitativa com entrevistas semi-estruturada com

dez professores de Educação Física escolar que atuam no seguimento

Fundamental I. O questionário foi dividido em quatro etapas os dois primeiros

temas, somente, com perguntas fechadas e os demais com perguntas abertas:

1º Tema: A predominância da psicomotricidade funcional nas Aulas de

Educação Física escolar 2º Tema: A relação da escola com a psicomotricidade

analisando o projeto político pedagógico 3º Tema: A prática da

psicomotricidade relacional em Educação Física escolar no Ensino

Fundamental. As repostas serão analisadas dentro de cada tema explicitado

no trabalho, os entrevistados serão representados por uma escala numérica de

1 a 3. Com objetivo de apoiar a pesquisa segue abaixo as referências

bibliográficas que serão citadas no estudo.

Ferreira, C. A. De Mattos; Heinsius, A. M. & Barros, D. Do Rego.

Psicomotricidade Escolar. Rio De Janeiro: Wak, 2008. Fonseca, V.

Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese E Retrogênese. Rio De Janeiro:

Wak, 2009.

100 Jogos Psicomotores: Uma Prática Relacional Na Escola M Machado, José

Ricardo Martins, Marcos Vínicius D A Silva Nunes- Rio De Janeiro;

Wak Editora, 2013. Lapierre, A. Da Psicomotricidade Relacional À Análise

Corporal Da Relação. Curitiba: Ed. UFPR, 2002. Le Boulch, J. O

Desenvolvimento Psicomotor.

Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1982. Fonseca, V. Terapia Psicomotora:

Estudo De Casos. Petrópolis: Vozes, 2008.

Esporte de rendimento na escola / Marcos Paulo Stiguer & Hugo Lovisolo (orgs). – Campinas, SP: Autores Associados, 2009- (Coleção Educação Física e Esportes).

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................9

CAPÍTULO I - A predominância da psicomotricidade funcional nas Aulas

de Educação Física escolar...........................................................................11

CAPÍTULO II - A relação da escola com a psicomotricidade

analisando o projeto político pedagógico.......................................................20

CAPÍTULO III - A prática da psicomotricidade relacional em

Educação Física escolar no Ens. Fundamental.............................................27

CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................35

ÍNDICE..........................................................................................................37

9

INTRODUÇÃO

A psicomotricidade é a relação entre o pensamento e a ação,

envolvendo a emoção. Assim, a Psicomotricidade como ciência da Educação

procura educar o movimento, ao mesmo tempo em que envolve as funções da

inteligência. Portanto, o intelecto constrói a partir do exercício físico, que tem

uma importância fundamental no desenvolvimento não só do corpo, também,

da mente e da emotividade. Sem o suporte psicomotor, o pensamento não

poderá ter acesso aos símbolos e á abstração. (MACHADO &NUNES, 2011p

26).

O conceito de psicomotricidade está relacionado ao esquema corporal. A

criança encontra-se em melhores condições de desenvolver em seus aspectos

motor, intelectual e sócio emocional na faixa etária compreendida entre o

nascimento e os oito anos de idade.

(...) Além disso, a forma como o sujeito se expressa com o corpo traduz sua disposição ou sua indisposição nas relações com coisas ou pessoas. Esse aspecto psicológico, muito importante, ajuda-nos a identificar melhor certas perturbações devidas a fatores afetivos. Chama também nossa atenção para a possibilidade de melhorar a vida social e afetiva das crianças, tornando precisas suas noções corporais e fazendo com que adquiram gestos precisos e adequados Rosa, Brito (apud DE MEUR e STAUS, 1991, p.10).

O primeiro capítulo descreve a relação entre a psicomotricidade

Relacional e Educação Física, neste foi realizado uma análise sobre o nível de

conhecimento que os professores têm sobre a psicomotricidade,

principalmente, a abordagem relacional. A pesquisa contemplou, também,

neste capítulo uma análise do histórico da psicomotricidade e a Educação

Física escolar. No segundo capítulo propomos uma discussão sobre a relação

Educação Física escolar, psicomotricidade relacional e a coleta de dados do

10

questionário elaborado respondendo a questões levantadas durante a pesquisa

nas aulas de Educação Física escolar. O trabalho trouxe algumas questões

pertinentes que renderam discussões. O terceiro capítulo abre uma discussão

sobre como é realizada as aulas de psicomotricidade relacional e se há

compreensão dos docentes da diferença de prática de ensino comparada a

psicomotricidade funcional.

11

CAPITULO I

A predominância da psicomotricidade funcional nas Aulas de Educação

Física escolar

O estudo da psicomotricidade no âmbito da educação, sem dúvida,

produz algumas questões que necessitam de um busca contínua sobre as

possibilidades do trato com o conteúdo na escola. Sendo assim a escola, o

professor, o aluno e a sociedade são componentes que devem ser observados

quando se propõem a utilização da abordagem psicomotora na escola. A

presença da psicomotricidade nas aulas de Educação Física ocorre no início da

década de 70 como afirma:

(...) A psicomotricidade é o primeiro movimento mais articulado que surge a partir da década de 70, em contraposição aos modelos anteriores. Nele o envolvimento da Educação Física é com o desenvolvimento da criança, com o ato de aprender, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, ou seja, buscava garantir a formação integral do aluno. (Soares, 1996 apud DARIDO, Suraya, 2003, p.24).

Ainda sobre esse diálogo esclarece que a psicomotricidade e influenciou

diretamente na prática do professor que priorizava o alto rendimento, passando

a utilizar o conhecimento produzido pela abordagem:

(...) Na verdade, esta concepção inaugura uma nova fase de preocupações para o professor de Educação Física que extrapola os limites biológicos e de rendimento corporal, passando a incluir e valorizar o conhecimento de origem psicológica (DARIDO, 2003, p.24).

A história da psicomotricidade revela fases interessantes entre elas

destaco os seguintes autores:

Em 1935, Eduard Guilmain, neurologista, a vê como campo científico e

impulsiona as primeiras tentativas de estudo da reeducação psicomotora, onde

12

se sobressai e desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de

indicação da terapêutica e de prognóstico.

Ajuriaguerra, 1947 delimita com clareza os transtornos psicomotores que

oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico.

Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, é provavelmente o grande

pioneiro da psicomotricidade, pois se ocupa do movimento humano dando-lhe

uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta

diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao

meio ambiente e aos hábitos do indivíduo. Para ele, o movimento é a única

expressão, e o primeiro instrumento do psiquismo, e que o desenvolvimento

psicológico da criança é o resultado da oposição e substituição de atividades

que precedem umas as outras. Portanto estabeleceremos um panorama da

psicomotricidade no dia a dia da escola atualmente apresentados os conceitos

dos dois enfoques e uma discussão com um entrevistado.

1.1 Conceito de Psicomotricidade Funcional

A psicomotricidade funcional é o enfoque que tem muita semelhança

com a prática da Educação Física é possível observar nas aulas Ed. Física

escolar a todo o momento os professores utilizando elementos da

psicomotricidade indiretamente. A necessidade de estabelecer essa relação e

conseguir dissociar uma disciplina da outro leva alguns profissionais a

questionarem os objetivos da psicomotricidade funcional. A tentativa do

trabalho foi justamente entender o que diferenciou nas aulas o enfoque

funcional do enfoque relacional em que momento do plano de aula isso ficou

evidente. “Segundo Le Bouch (1986) a corrente educativa em psicomotricidade

tem nascido das insufiências na Educação Física que não teve condições de

corresponder às necessidades de uma educação real do corpo” (p.23). Tudo

indica que a psicomotricidade funcional ganhou espaço na Educação Física por

13

meio da união do movimento ao psicológico produzindo a educação real do

corpo. O enfoque funcional dá sentido à educação real do corpo quando

trabalha a lateralidade, espaço corporal, equilíbrio, tonicidade e etc. Em

sintonia com o desenvolvimento intelectual da criança. Quando se cita a

Psicomotricidade relacional a Educação motora, Reeducação Motora são

classificadas como pilares da ação psicomotora com enfoque funcional.

A Educação psicomotora segundo Le Boulch (1988) “é uma “Educação

de Base”, que trabalha com crianças desde a mais tenra idade”. A presença da

psicomotricidade no Ensino Fundamental deve ser tratada como uma das

prioridades no projeto-político-pedagógico da escola, por que pesquisas

anteriores mostram que é de suma importância, o professor relacionar

atividades que estimulem o desenvolvimento psicomotor efetivamente. Não se

pode cair no erro de monopolizar o conteúdo e esquecer-se da real

necessidade da criança. Defendo a proposta de Educação psicomotora no

ambiente escolar recorro a esses dois autores: A Educação psicomotora é

também dirigida à atuação dentro do âmbito escolar, principalmente nos

segmentos da Educação Infantil e no Ensino Fundamental (Nunes & Machado,

2011, p.29).

A Reeducação motora é momento em que o profissional vai analisar a

perturbações motoras e traçar um plano para que a criança consiga assimilar o

conhecimento, que não conseguiu numa etapa anterior por meio de canal de

comunicação e analise é possível detectar com precisão o distúrbio psicomotor.

A Reeducação é o atendimento individual ou em pequenos grupos de

crianças, adolescentes ou adultos que apresentam sintomas de ordem

psicomotora (Machado & Nunes, 2011,p.28).

14

1.2 Conceitos de Psicomotricidade Relacional

O conceito sobre psicomotricidade relacional está diretamente ligado à

vivência e concepção teórica de cada autor, analisando os diferentes conceitos

foi possível citar alguns dentre outros que existem na literatura.

(...) A psicomotricidade com enfoque relacional na perspectiva que se trabalha serve para estimular comunicação vocal (fala expressiva através da palavra), uma vez que ela não fica limitada às expressões verbais que a criança utiliza na ação de brincar, mas também porque são estabelecidas estratégias pedagógicas na rotina da sessão que permitem que a criança desenvolva a capacidade de comunicar ao grupo dos iguais, seus jogos, suas produções e suas representações realizadas no decorrer da sessão” (p. 62). Negrine, 2002 (apud FUNDAMENTO DA ED. INFANTIL, ROSA BRITO, DORIVAL).

A Psicomotricidade relacional dever ser entendida como uma ciência

que deve reelaborar o plano de trabalho na escola e especificamente no campo

da Educação Física. O desenvolvimento pode ser significativo para o sucesso

da aprendizagem ao logo do processo de ensino aprendizagem, portanto, a

forma relacional que traz como conteúdo a introdução do jogo e da brincadeira

com finalidade resgatar o espírito simbólico, a emoção, a ação e (FÁTIMA,

Alves 2007). A Psicomotricidade Relacional visa direcionar o indivíduo a uma

busca pelo equilíbrio do corpo e desenvolvimento motor não reduzindo esse

ato em movimentos estereotipados, assim como nos alerta (Stigger & Lovisolo,

2009, pág. 43).

(...) Portanto, como já foi considerado até aqui, as categorias, atributos humanos, percepção, sensibilidade e intuição apresentam-se intensamente nas práticas esportivas, porém, pelo processo de racionalização que insiste em seguir modelos de cópia e imitação de movimentos estereotipados e padronizados, ocorre a gradativa perda dessas qualidades humanas. E, com essas, outro atributo inerente à natureza humana também se perde a criatividade.

O Ensino Fundamental é a etapa de ensino em que deve apresentar

condições de continuar a aprendizagem em harmonia, ou seja, espera-se que o

aluno ao chegue nesta fase de ensino com adaptação ao meio e intervenção

15

nele, conforme expõem (Malina e Bouchard apud in Voser, Cunha & Giustin,

João Gilberto, pág. 34, 2002).

(...) Entende-se por desenvolvimento a referência às mudanças que o ser ida e que humano experimenta ao longo de sua vida e que são fruto do amadurecimento de todas as estruturas orgânicas e da interação – em duplo sentido, de adaptação ao meio e de intervenção nele – entre o próprio sujeito e seu ambiente. “O desenvolvimento é o processo de mudança biológica e de conduta”. “O desenvolvimento biológico refere-se à diferenciação celular dirigida à função, fruto da ativação e da repressão genética; enquanto o desenvolvimento da conduta supõe a adaptação do indivíduo ao meio cultural no qual se insere”.

O que se tem visto na Educação Física é uma cultura ainda muito

esportiva que reproduz integralmente os códigos e funções da escola

atualmente não é possível observar outros profissionais fazerem atividades que

trabalhe, por exemplo, o respeito ao adversário e a afetividade. É sobre essa

mudança de cultura que este trabalho apresenta uma discussão sobre o

resgate das aulas de Educação Física mais dinâmica e próxima da realidade

social em qual o país passa nesse momento. Trato com o conteúdo deve ser

uma questão política, no sentido de ação, uma ação pedagógica que envolva o

aluno, o professor, a escola e a família. A importância da família no processo

de aprendizagem conta com uma ampla discussão que o tornou o assunto

visível e esclarecedor, portanto é o momento de colocarmos em ação um

planejamento com pretensão de atingir uma aprendizagem efetiva. Essa

ampliação de mundo poder chegar à escola através de atividades lúdica.

Novamente surgem a seguintes palavras: criatividade, lúdico e crítico

estas palavras representa um ensino que confronta um modelo conservador e

elitista produzido pelo esporte nas aulas de Educação Física escolar perceba

que não se defende a exclusão do esporte, ao contrário, entende-se a

necessidade e recriar um proposta que remonte o esporte da escola sobre um

olhar amplamente pedagógico e relacional. (MARTINS, Mendonça, 2011)

escreve que:

16

(...) O bom desenvolvimento mental, aliado ao motor, poderá levar a criança à exploração do mundo exterior, saindo de si e começando a observar e explorar o mundo por meio de experiências concretas.

O esporte de fato deve ser inserido na escola como um conteúdo que

promova o desenvolvimento motor integralmente assim com as outras

atividades que ocorrem na aula aulas de Educação Física, mas, esse corpo

que está sendo desenvolvido precisa perceber o compasso da realidade para

poder interferir nela. As aulas de Educação Física são por naturezas

motivadoras e podem a partir disto criarem ambientes relacionais

surpreendentes. A psicomotricidade Relacional procura auxiliar a criança nesta

descoberta do mundo, o convívio social é importante no sentido de esclarecer

com as interação com meio se estabelece. Cabe ao professor identificar

através do esporte, jogos e brincadeiras a maneira como a criança interpreta e

age em determinada questão de conflito. Perceber a ação não é fácil exige

muita dedicação e experiência do docente sem deixar de fora que essa análise

ás vezes passa pelo grupo para chegar até o “epicentro” do problema. Dessa

forma a Psicomotricidade Relacional pode contribuir para a formação global do

ser. Quando se propõem uma reconfiguração do esporte na escola propomos

uma mudança estratégica no projeto-pedagógico da escola e planejamentos da

Educação Física escolar, acreditamos que esse deve ser o primeiro passo. O

segundo passo seria a inclusão de novos conteúdos que fomentassem a

participação lúdica e prazerosa. Olhar para a realidade e retirar da gama de

conteúdos da Ed. Física algo que esteja relacionado ao convívio social do

grupo. Assim surge a necessidade de ser desenvolvido nessa fase de

aprendizagem uma coleção jogos e brincadeiras que inicie a imersão do aluno

num esporte já modificado através da mudança de conduta, ou seja, mudança

de cultura esportivas O CIAR comenta que:

(...) PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL é a vertente da Psicomotricidade que dá ênfase aos aspectos afetivo-emocionais e relacionais do ser humano. Em Psicomotricidade Relacional, o papel do inconsciente e suas interferências psíquicas sobre as diversas formas de relações humanas norteiam uma intervenção diferenciada, baseada na leitura e decodificação simbólica de ações vividas através de atividades lúdicas. Utiliza-se do jogo simbólico como recurso para desencadear o desenvolvimento do potencial cognitivo, emocional,

17

social e motriz do ser humano. Neste jogo é priorizada a linguagem infra-verbal, que ocorre através da comunicação tônica.

A consciência sobre o a mudança de rumo poder no primeiro momento

apresentar algumas barreiras criadas pelos discentes, porém, o professor deve

continuar o processo de retomada sem infringir em nenhum momento ponto

estabelecido como limite pelos alunos. A concepção aqui defendida defende

um interesse democrático e estimulador esse com certeza é um trabalho duro e

o docente deve ter consciência disto quando se fala em conscientização

(Vygotsky, 1987 apud in FONSECA 2009) diz:

(...) A consciência não é mais do que o contato social consigo mesmo ela sai limites do subjetivo e de uma explicação biológica reducionista, para se projetar nas formas objetivas da vida social e da relação do homem natureza.

Essa é uma relação com a criação de uma consciência interior que deve

partir da escola para os alunos e cabe ao professor intermediar este processo

de forma democrática e clara para os alunos, enfim resume-se na criação de

uma nova cultura corporal e prática pedagógica. A insistir no modelo analítico

configura-se certo descompromisso com a educação e desenvolvimento do

educando para um plano integral. A sociedade necessita de um avanço

expressivo da educação em geral o conhecimento está disponível, pesquisas

são produzidas e dados no remetem o quadro atual das escolas mais ainda

assim a educação continua dando demonstração que o processo vai continuar.

RESULTADO E DISCUSSÕES

Professor 1:

A entrevista com este professor identificado como professor um foi sobre

o tema do primeiro capítulo durante a conversa pude perceber que o

profissional estava com receio do profissional de responder as questões pelo

fato de muito não falar sobre o assunto, mas ao poucos a conversa foi fluiu

tranquilamente. A discussão seu deu como já foi comentada em torno do

18

conceito de Psicomotricidade Relacional e as respostas produziram um texto

sobre a discussão.

O professor abriu a conversa logo expressando que a entrevista tratava

de tema muito motivador, a Psicomotricidade em sua opinião deveria ser mais

divulgada através de congressos, revistas e materiais didáticos para que todo

profissional tivesse um conhecimento amplo da ciência. A primeira resposta

sobre conceito remeteu a lembra de da Psicomotricidade com enfoque

funcional, o cotidiano, educação especial e carência de material sempre eram

recorrentes na discussão. Outra interpretação comentada por esse profissional

foi a Psicomotricidade se resumia apenas em uma ação motriz o que em certo

tempo não continuamos insistindo nesta direção, mas, dando continuação a

entrevista preservando o tema outras ideias foram montado um conceito

subjetivo sobre a Psicomotricidade relacional a condição que as atividades

deveriam estar ligados a funcionalidade da criança não respondia exatamente

o conceito da forma Relacional e sim a objetivos que deveriam ser alcançados

através desta ciência na escola sem outra definição foi possível chegar a

conclusão da seguinte frase extraída do discurso do entrevistado: “A

psicomotricidade Relacional está relacionada a funcionalidade do indivíduo no

seu dia a dia” . Sobre os objetivos da Psicomotricidade Relacional na escola

(Guerra, 2006 p.12 apud in MORO, Daniele Ribas Pré-coma – CIAR) descreve

que:

(...) Promover a ação espontânea da criança através do jogo simbólico; estimular a criação de vínculos afetivos entre as crianças; enriquecer as experiências psicomotoras; prevenir dificuldades de expressão motora, verbal e gráfica; desenvolver a espontaneidade e a criatividade; colaborar no processo de construção dos limites; desenvolver as potencialidades individuais e do grupo; despertar a criança para o desejo de aprender contribuindo para o desenvolvimento dos processos.

Os objetivos da Psicomotricidade Relacional citados pelo autor revelam

uma tentativa do entrevistado indicam que uma relação entre a

Psicomotricidade Relacional e o dia a dia da criança, porém, redefinindo o

conceito de Psicomotricidade com enfoque Relacional não podemos nos

confundir e absorver os objetivos e deixar de entender o conceito da ciência

19

para que possamos intervir no desenvolvimento do educando conscientemente.

Em momento algum se pôde ouvir na definição do entrevistado uma passagem

que citasse as relações interpessoal e intrapessoal que são duas

características importantes para a Psicomotricidade Relacional. Interpessoal

diz respeito relação estabelecida com as pessoas ao redor e Intrapessoal é a

relação estabelecida com si próprio. Essas duas vertentes não surgiram no

diálogo em momento nenhum, embora, o docente tivesse uma noção sobre a

Psicomotricidade isso demonstrou que não foi possível descrever o conceito da

Psicomotricidade Relacional. Quando abordado sobre o que a instituição fazia

para difundir o conceito de psicomotricidade a resposta ganhou um ar de

mistério e em seguida foi respondida num tom crítico e resumido, porém, essa

discussão revelou outro assunto sobre o tema, a relação da Psicomotricidade

Relacional e a Psicomotricidade funcional. A definição continuava sempre em

torno do desenvolvimento corporal, esquema corporal e fatores psicomotores

sem citar as bases da Psicomotricidade e alguns momentos era difícil entender

os conceitos direcionados a Educação Física ou a Psicomotricidade. Ao final da

discussão chegamos a um ponto interessante da entrevista onde foi possível

atingir com satisfação a entrevista realizada. O professor confessou uma

enorme dificuldade em dissociar a Psicomotricidade Relacional da

Psicomotricidade funcional. Este dado nos remete um que apesar existir

inúmeras bibliografias sobre o assunto ainda é confuso para os professores a

diferença entre os dois enfoques talvez a ação de deixar bem claro a questão

principal mudasse a opinião do professor, mas essa não era a intenção do

questionário, que visava interrogar sobre o conceito da Psicomotricidade

relacional no Ensino Fundamental. Outro assunto que surgiu e afirmado com

segurança foi a ideia da Psicomotricidade deve ser aplicada apenas nas

primeiras séries do ensino básico, quando sabemos que a Psicomotricidade

deve ser aplicada em todas a idades com auxílio da avaliação psicomotora

pode-se definir uma forma de atuar Educação, Reeducação ou Terapia Motora.

.

20

CAPÍTULO II

A relação da escola com a psicomotricidade analisando o projeto político-pedagógico

Neste capítulo foi discutido o primeiro passo para refletir sobre uma

mudança e reconstrução dos conteúdos nas aulas de Educação Física escolar

no ensino fundamental. O esporte ainda, sem dúvida, é o conteúdo mais

abordado nas aulas Ed. Física escolar a tentativa de desconstruir essa

modalidade e fazer com que ela se transforme ainda é objeto estudo de muitos

autores, a sua relação com as outras abordagens dentro da escola ainda é

superficial quando se trata da construção de um projeto político-pedagógico. A

tendência de priorizar o ensino de esporte na escola gera consequências do

ponto de vista educacional negativa que certamente irão implicar na formação

integral do aluno. A relação com o esporte realizado no cotidiano da escola não

deve ser abandonada, ao contrário deve ser passar por profunda reflexão

sempre que houver necessidade. Stigger defende um olhar crítico sobre a

escolarização do esporte:

(...) Associo-me àqueles que identificam aspectos negativos na mera reprodução do esporte de rendimento na realidade escolar e que, em síntese, acreditam que a escola é um lugar privilegiado para a transmissão de conhecimento e hábitos historicamente construídos pelos seres humanos, assim como para formação de cidadãos conscientes, críticos, criativos e participativos. (Stigger & Lovisolo, pág.123.)

O autor define bem a necessidade de redimensionar o trato com o

esporte da escola, talvez surge nesse instante uma síntese de reflexão de

conteúdo e historicidade do conteúdo. A primeira reforça a necessidade de

olhar as atividades de forma global considerando todas as variáveis para enfim

manipular o conteúdo. A segunda já nos orienta como buscar a gênese do

tema a ser tratado dentro da escola. Assim será que baseado neste

pensamento de transformação do conteúdo, apenas, é possível reinventar um

novo projeto político- pedagógico que contemple as aulas de Educação Física

escolar mais próxima da realidade da escola?

21

Tentando responder essa questão identifica-se primeiro a necessidade de

fazer com que a escola enxergue o esporte como fenômeno sociocultural e

atualmente tem constituído uma prática hegemônica no contexto da cultura e

movimento. Segundo discutir junto aos profissionais uma forma de reinventar

uma cultura de movimento que amplie a vivência corporal do aluno. Terceiro é

bom começo seria a reelaboração do projeto político- pedagógico da escola.

2.1 Projeto político-pedagógico, a Psicomotricidade e a Escola

O capítulo dois sem dúvidas traz um esforço do estudo para entender a

origem das ações dos profissionais envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem. A dinâmica do projeto político-pedagógico conhecida entre as

instituições de ensino não surpreende os profissionais da escola. Um projeto

possui três dimensões, assim publicado na revista gestão escolar (2011, pág.

01).

(...) É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

Essa dinâmica se configura dentro de um conceito de relevância social

de conteúdos e o acompanhamento na mudança de opinião da sociedade e

estudos que aprimoram a prática docente. É importante somar algumas ações

para modificar um projeto político-pedagógico na escola. Essas mudanças

devem atingir diretamente os conteúdos que serão transmitidos para os

educandos. Um documento dessa natureza não pode se tornar ultrapassado

ele deve se manter vivo, ou seja, atualizado com as questões que surgem no

cenário educacional. Pesquisas ainda apontam que o professor de Educação

Física ainda não participa da construção ou atualização do PPP. É importante

entender que a participação na construção de uma filosofia de ensino dá

significado e importância ao estudo da disciplina na escola e isso é que vai

22

construir a identidade da Educação Física escolar. Sem falar no compromisso

ético e educacional assumido ainda no ambiente acadêmico. E a mudança traz

uma intenção de repensar a prática docente e abandonar o conteúdo

esportivizado e transcender para uma cultura do movimento que amplie a

vivência do ser humano estimulando os aspectos motor, social, psíquico.

Essa é uma discussão que pode ser longa por que a transformação do

conteúdo deve passar pela consciência de cada professor envolvido no

processo de ensino-aprendizagem para se tornar efetiva. A disposição do

conteúdo nos documentos de planejamento ainda segue uma tendência de

bloco, ou seja, bloco de conteúdos, se, é um bloco a percepção que temos é

que ele não é flexível ou não se desmembra para reformar uma proposta. O

significado da proposta bloco pode nos dar uma ideia para analisar essa

proposta de bloco de conteúdos. A sua flexibilidade defendida pela proposta de

bloco de conteúdos refere-se apenas aos conteúdos e não as abordagens.

Os conteúdos estão organizados em três blocos, essa organização tem a função de evidenciar quais são os objetivos de ensino e aprendizagem que estão sendo priorizados. (PCN’S: educação física/ Secretaria de Educação Fundamental -2. ed. – Rio de janeiro, pág.46).

Para se modificar uma proposta de ensino é necessário refletir e

alcançar uma nova concepção de aprendizagem a partir de novas abordagens

ou aperfeiçoamento das antigas. Estabelecer prioridades ainda no Ensino

Fundamental restringe o uso da gama de conteúdo que a Educação Física

despõem em seu acervo. A prioridade se resume em três blocos com sete

temas que talvez não se identifiquem com a cultura da escola no cenário atual.

A escola se coloca entre o processo de ensino e aprendizagem com o

papel de dar subsídios pedagógicos para que aluno reflita e se situe no curso

da aprendizagem redefinindo metas e pesquisando e enfrentando os conflitos.

23

Uma abordagem entra em crise quando seu discurso em relação a pratica

social já não mais convence. Então cabe a escola sinalizar a necessidade de

retomar o projeto político-pedagógico. Uma pedagogia emergente deve ser

sugerida para responder os anseios da comunidade escolar, os conteúdos

precisam ser minuciosamente analisados e discutidos por alunos, professor (a)

coordenadores. Por fim não esses procedimentos devem começar, assim que

os conflitos se tornarem evidentes na aulas.

Os planos de aulas são o reflexo desses projetos que não acompanham

a evolução dos métodos. Surgem no contexto questionamentos que

argumentam o quê fazer com tanto conhecimento despejado na aula, se, não

se sabe o sentido do aprendizado. Esse conhecimento despejado normalmente

parte do docente é sabido que cada docente tem um projeto político-

pedagógico peculiar. Cada professor tem a convicção de que tipo de cidadão

quer ajudar a formar. Então cada profissional deve assumir a missão de

programar um conteúdo que traduz a realidade integralmente.

A Psicomotricidade tem na sua filosofia uma linha de pensamento

voltado para aspecto relacional do indivíduo. A Psicomotricidade relacional

sem dúvida pode ser uma grande aliada na tentativa de combater e reconhecer

a necessidade de mudar o planejamento de conteúdos da Educação Física

escola no ensino fundamental que ainda é predominantemente esportiva. Os

conteúdos seguem uma relação permanente com o que há de moderno sendo

realizado fora dos muros da escola, ou seja, um conteúdo contemporâneo está

ligado ao clássico com adverte Saviani (1991:21):

(...) O clássico não se confunde com o tradicional e também não se opõe, necessariamente, ao moderno e muito menos ao atual, é aquilo que se firmou como fundamental, como essencial.

A intenção não trocar a psicomotricidade pelo esporte e sim defender

uma possibilidade de ampliar a visão do esporte para estabelecer uma cultura

onde a inclusão, a socialização, a participação e o movimento sejam de

24

natureza educativa. Esses princípios devem ser adotados no momento de

seleção dos conteúdos propostos para Educação Física escolar.

A sequência dos conteúdos é algo muito importante que não se deve

deixar de mencionar. É necessário que o aluno perceba que os temas estão

entrelaçados e que ambos não podem ser explicados isoladamente. Ao aplicar

uma aula de psicomotricidade o professor não pode deixar de estimular outros

aspectos que envolvem a formação do aluno. O conhecimento dever ser

pensado e desenvolvido de forma espiralada e vai ampliando. Ampliando o

significado da vida em sociedade e os demais processos que ocorrem

simultaneamente.

Em Go Tani a teoria desenvolvimentista classifica a aprendizagem em

três tipos: a aprendizagem do movimento, através do movimento e sobre o

movimento.

(...) Tomemos como exemplo o pular corda. Na aprendizagem do movimento, o aluno aprende a pular e principalmente a como aprender a pular corda. Em outras palavras, adquire o conhecimento e na medida das possibilidades a capacidade de como controlar os seus movimentos da melhor forma possível para alcançar o objetivo. Isso envolve atividades como pensar, planejar, tomar decisões, tentar, avaliar, ousar e persistir que levam à aquisição de conhecimentos sobre os procedimentos, os processos e os fatores envolvidos na melhoria da qualidade do movimento. Por ter o domínio desses conhecimentos - aprendidos na educação física escolar -, a criança pratica essa atividade de forma consciente, espontânea e diferenciada em todas as situações possíveis fora da escola para enriquecer o seu repertório motor e melhorar a qualidade do movimento.

O trato com o conteúdo depende nesta proposta pedagógica de

categorias do movimento que confrontam indiretamente o papel da Educação

Física em relação a utilização da Psicomotricidade seja com enfoque relacional

ou funcional. É preciso destacar a diferenciação que autor faz sobre as

categorias de movimento e o que realmente deve ser defendido pela Educação

Física no âmbito escolar:

(...) Na realidade, a aprendizagem do movimento e a aprendizagem através do movimento estão intimamente ligadas e não podem ser

25

mutuamente exclusivas. São como duas faces de uma mesma moeda. Numa experiência de movimento é difícil separá-Ias. Quando o movimento de pular corda é praticado na perspectiva da aprendizagem do movimento, poderá também estar resultando na aquisição de conceitos como ritmo e velocidade, assim como no desenvolvimento da capacidade de cooperação e ou competição em razão do movimento ser praticado normalmente em situação de dupla ou de grupo (aprendizagem através do movimento). Isso quer dizer que a aprendizagem do movimento resulta normalmente na aprendizagem através do movimento sendo a condição para tal ocorrência uma decisão adequada de cunho fundamentalmente metodológico. Na aprendizagem sobre o movimento, o aluno aprende sobre as dimensões e implicações bio-psico-sócio-culturais, ou seja, conhecimentos relevantes não apenas pelo seu valor cultural e informacional, mas também utilitário e instrumental. TANI, G. (1991). Perspectivas para a educação física escolar. Revista Paulista de Educação Física, 5, 61-69.

Explorando a colação de Go tani (1991) podemos concluir que a sua

capacidade de enxergar o aspecto motor como principal conteúdo a ser

desenvolvido nas aulas de Educação Física não sustenta a ideia destacar o

desenvolvimento motor dos outros aspectos sejam de ordem social, psico e

afetiva. Cabe ao professor primeiro entender que a proposta da disciplina na

escola é desenvolver o motor por que caso contrário o aluno corre o risco de

não se apropriar deste conhecimento.

RESULTADO E DISCUSSÕES

PROFESSOR 2:

A entrevista realizada com este professor identificado com 02 foi

colocado o tema do segundo capítulo como eixo central do questionário. A

pergunta sobre a relação da escola com a psicomotricidade analisando o

projeto político-pedagógico no primeiro momento causou desconforto, mas, ao

longo do questionário tudo correu com naturalidade. A pergunta de imediato

logo se aproximou da situação política vivenciada na escola que por razões

éticas não será exposta neste trabalho. Recorrendo as produções teóricas do

trabalho o profissional alertou para necessidade de esclarecer o papel da

Educação para o público e especificamente os gestores. Alegando que esses

26

profissionais que são responsáveis pela direção da escola sempre exercem

influência no momento de decidir o rumo da escola. A primeira sugestão foi

diminuir o pode exercidos pelos gestores e aumentar a influência da sociedade

na construção da escola do futuro que visa a formação integral do aluno. A

segunda sugestão foi na verdade uma crítica ampla ao conteúdo aplicado nas

aulas de Educação Física escolar. O professor relata que a ênfase ainda

permanece focada no ensino do esporte e que cabe ao professor descobrir o

caminho de uma proposta de cultura do movimento apoiada no ensino do

esporte, dança, jogos e atividades rítmicas, ou seja, atividades que

contemplem a real necessidade dos alunos que frequentam a escola. Quando

perguntado sobre qual seria a possibilidade de utilizar uma nova abordagem

para diminuir o enfoque mecânico, já nas primeiras séries do ensino

fundamental, logo surgiu a psicomotricidade como solução, porém, não foi

possível entender por meio da resposta como a psicomotricidade seria

apresentada aos alunos sob enfoque relacional ou funcional.

27

CAPÍTULO III

A prática da psicomotricidade relacional em Educação Física escolar no Ens. Fundamental

A prática docente nas aulas de Educação Física escolar nos últimos

anos remeteu-se apenas ao ensino das habilidades motoras dissociadas de um

“sentido pessoal” que exprime sua subjetividade e relaciona as significações

objetivas com a realidade da sua própria vida, do seu mundo e das suas

motivações (Coletivo de autores, 1992).

As raízes da prática em sala de aula na Educação Física escolar ainda

estão profundamente entrelaçadas com o esporte competitivo que visava na

década de 70 à busca pela supremacia, porém, isso não aconteceu e as

nossas escolas foram reprogramadas para receber novas influências de outras

tendências. A prática docente sempre está ligada ao currículo, ou seja, seu

projeto de escolarização que por inúmeras vezes passou por transformações

que ampliaram as sua gama de conteúdo, mas não deixaram uma proposta de

ensino e aprendizagem reconhecida como avanço teórico-metodológico. A

história da Educação Física sempre demonstrou que a prática docente

acompanhou a período político do país. Nessa época as matérias e disciplinas

vinculam à área tecnológica. Então a prioridade era o ensino da técnica, ou

seja, ao ensino das técnicas. Durante muitos anos a Educação Física foi

controlada por esses pensamentos, que não entendiam a necessidade de

respeitar a subjetividade do aluno a reflexão era reprimida. A disciplina não

tinha legitimidade para defender um currículo que a representasse. Assim o

princípio de relevância social que dever ser adotado pela prática docente não

existia assim como outros que atualmente são defendidos pelos autores

modernos. Pensando nisso o (Coletivo de autores, 1992) defende um currículo

capaz de dar conta de uma reflexão pedagógica ampliada e comprometida com

os interesses das camadas populares.

28

A proposta do trabalho defende exatamente a busca por uma ampliação

do currículo que vai possibilitar não só a desportivização da Educação Física

mas aumentar a participação dos alunos no processo de ensino e

aprendizagem. A docente precisa se envolver com uma prática docente que

considere a o conhecimento adquirido pelo aluno nas fases anteriores de

ensino e a partir desse ponto definir o rumo da aprendizagem. O esporte pode

sim continuar a fazer parte do currículo, porém, será necessário adotar uma

prática educativa reflexiva quanto às regras, padrões de qualidade, inclusão e

exclusão de gêneros. Portanto temos a uma luz no final do túnel que nos

permite dizer que é possível criar uma cultura de movimento que não privilegie

o esporte de alto rendimento. Elenor kunz (1992) defende a transformação-

didática-pedagógica do esporte. O autor não mede esforços para convencer os

leitores que é preciso entender esse movimento como uma tentativa de

redemocratização do esporte e reelaboração dos códigos e funções no âmbito

educacional. Não estamos falando de uma impossibilidade, ao contrário, no

seu livro (Kunz, 1992) nos uma sequencia de capítulos que remontam uma

prática docente baseada na transformação-didática- pedagógica do esporte. É

sem dúvidas uma tentativa de estimular um pensamento crítico e desenvolver a

cidadania. Esse é um novo pensamento sobre o esporte na escola. A ciência

do esporte encara a utilização do esporte na escola com estratégia para

alcançar uma excelência no aprimoramento da modalidade ensina. Há uma

corrente que defende até mesmo uma pedagogia do esporte essa que na

opinião de outros autores está longe de ser uma pedagogia que possivelmente

vai transformar o esporte na escola para o esporte da escola. A proposta da

Educação Física escolar vai além do ensino das técnicas isso é preciso ser

entendido pelo docente. As figuras do treinador-atleta deve ser modificadas

pelas figuras do professor- aluno. Segundo o (PCN’S, 2000) um dos objetivos

da Educação Física é ajudar as crianças a conviverem em grupo de maneira

produtiva, de modo cooperativo, é preciso provocar situações em que aprender

a dialogar. Esse deve ser o primeiro passo para a desconstrução de uma

prática docente centralizada no esporte. É preciso permitir a entrada de outras

29

abordagens no ensino da Educação Física escola até mesmo para fortalecer a

identidade da disciplina na escola.

A possibilidade da entrada de novas abordagens para o ensino da

Educação Física escolar sugere um olhar para a psicomotricidade, por

exemplo, como ciência que explorará a relação do corpo com o mundo, ou

seja, na medida em que o professor percebe o caminho percorrido pela criança

em seu desenvolvimento global, assim como afirma Fonseca (1993)

psicomotricidade é a evolução das relações recíprocas, incessantes e

permanentes dos fatores neurofisiológicos, psicológicos e sociais que intervêm

na interação, elaboração e realização do movimento humano. O autor tem um

posicionamento interessante em relação ao corpo, temos o costume de apenas

enxergar a falha e não investigar a causa a partir dos fatos externos e internos

que provocam o surgimento dos fatores psicomotores. A prática do ensino nas

aulas de Educação Física escolar deve partir desse entendimento que só uma

relação mais próxima do educando poderá ampliar o significado da disciplina

para os alunos. Não podemos deixar as aulas serem mecânicas e conclusivas

a ponto de os alunos demonstrarem nitidamente a insatisfação e desmotivação.

As aulas de Educação Física se bem elaboradas podem de fato produzir um

conhecimento valioso para a comunidade escolar. A proposta relacional pode

ser um direcionamento para essa busca pelo entendimento do corpo em

movimento interagindo com o social, afetivo e psicológico em outras palavras

isso é psicomotricidade no combate as práticas seletivas e excludentes do

esporte na escola. Em relação a outros temas será possível dialogar a respeito

da produção de conhecimento e como este saber será mediatizado entre

professor-aluno dentro das etapas de ensino adequadamente. Como aborda

alguns autores que é possível dentro das aulas de Educação Física dialogar

sobre a relação de gêneros, saúde, cultura e orientação sexual. Essa afinidade

com aluno deve ser estimulada no momento em houver a abertura para uma

nova abordagem ou abordagens que se posicionem contra os códigos e

funções do esporte na escola sob um olhar de seleção, exclusão e alta

competitividade.

30

A didática explica como ocorre o sentido que cada profissional dá a sua forma

de transmitir o saber para o educando. Toda proposta didática esta

impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção do processo de

ensino-aprendizagem (Candau, Vera Maria, 2012). É muito simples chegar à

conclusão que o esporte formal institucionalizado que invade a escola

impedindo que outras abordagens de cunho crítico adentre este ambiente,

porém, seria mais significativo, começarmos com mudança na postura

profissional e discutindo através de debates construtivos em sala de aula com

os aluno sobre o que é esse fenômeno cultural denominado esporte. Desta

forma estaremos dando passos significativos para uma nova ordem de filosofia

de ensino nas aulas de Educação Física escolar. A dinâmica curricular também

é outra estratégia que deve ser reconfigurada, os currículos obedecem uma

ordem de blocos de conteúdos, que podem se tornar dinâmicos e variar de

cultura para cultura, ou seja, cabe a cada comunidade escolar estabelecer

aquilo que realmente interessa e define o seu modo de explorar a cultura

corporal de movimento. O discurso pode ter sido afetado mas se a pratica de

ensino continuar sendo a mesma acho pouco provável que a Educação Física

escolar sobreviva a desmotivação generalizada da comunidade escolar. O

esporte está longe de ser preferência de todos não da forma apresentada como

esporte na escola. Ele não se estabelece como preferência porque nessa fase

de ensino proposta pelo trabalho não o aluno ainda não é capaz de fazer um

julgamento mais amplo e crítico a respeito do esporte espetáculo que invade a

escola instalando todas as suas regras, então para mudar o rumo do esporte

na escola somente uma didática firme e direcionada a reflexão crítica do

esporte espetáculo poderá desvendar as façanhas desse fenômeno social.

Precisamos acreditar que o educador é todo ser humano envolvido em sua

prática histórica transformadora (Candau, 2000).

A autora nesse texto enaltece o sentido da didática e a sua

compreensão sobre a importância do recuso para prática pedagógica devemos

refletir muito sobre a relação de tensão permanente entre a teoria e prática nas

aulas de Educação Física escolar.

31

RESULTADO E DISCUSSÕES

PROFESSOR 3:

O questionário seguiu a ordem de perguntas e novamente o professor

segue sendo identificado apenas pelo número. A primeira questão sobre a

prática de ensino da psicomotricidade relacional, tema deste capítulo, se

mostrou uma surpresa tanto para o entrevistador quanto para o entrevistado. A

constatação que a psicomotricidade só é aplicada apenas no segmento da

Educação Infantil ficou bem nítida quando o profissional declarou que é

evidente que esta ciência evidentemente deve ser prioritariamente aplicada na

Educação Infantil. A Psicomotricidade relacional ainda segue muito

desconhecida no meio da Educação Física escolar, embora existam inúmeros

trabalhos sobre o tema ainda se percebe um abismo entre a teoria e prática.

Não se entende a possibilidade de exploração desta abordagem para o ensino

dos conteúdos. A predominância da teoria desenvolvimentista ainda descarta o

uso desta concepção de ensino por conta do histórico profissional e métodos

adotados pelo professor. Outra associação feita foi que a Psicomotricidade

relacional está diretamente relacionada à deficiência mental e que a produção

motora é secundária quando, o aluno apresenta estas características À maioria

dos trabalhos produzidos sobre psicomotricidade sem dúvida indica que a

psicomotricidade está mais presente na Educação Infantil, porém devemos

deixar claro que ela se estende aos outros segmentos e a sua continuidade

depende de bom começo.

A educação psicomotora é uma técnica, que através de exercícios e jogos adequados a cada faixa etária leva a criança ao desenvolvimento global de ser. Devendo estimular, de tal forma, toda uma atitude relacionada ao corpo, respeitando as diferenças individuais (o ser é único, diferenciado e especial) e levando a autonomia do indivíduo como lugar de percepção, expressão e criação em todo seu potencial. (NEGRINE, 1995, p. 15).

Negrine deixa claro nessa citação que a psicomotricidade contribui para

o desenvolvimento global e estimula a autonomia do indivíduo. Isso descarta a

32

ideia de que a Educação Infantil tenha o principal papel no desenvolvimento

motor tudo leva a crer que processo é contínuo e integrado. Temos que

encerrar esse discurso que a psicomotricidade deve ser entendida como

essencial apenas na Educação Infantil, ela deve ser estendida até a terceira

idade fase considerada no projeto integrado período de manutenção ou resgate

do desenvolvimento psicomotor. Assim o trabalho defende uma

Psicomotricidade integrada ao desenvolvimento integral, ou seja, da infância a

terceira idade seja no âmbito educacional ou terapêutico. O segmento Ensino

fundamental estágio de escolaridade, tão importante de aprendizagem, não

foge à regra deve-se estimular jogos que caracterizam a dimensão social,

afetiva, emocional e motora do educando sem priorizar ou reprimir algum

movimento espontâneo ou historicamente produzido.

33

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dinâmica deste trabalho contribuiu sem dúvidas para romper

totalmente com a necessidade de priorizar o esporte na escola. A

psicomotricidade se encaixa como a ciência que certamente deve ser proposta

no currículo da escola como uma disciplina que vai integrar o conjunto de

abordagens que existem e influenciam na prática docente do professor. A

psicomotricidade na forma relacional destaca-se neste trabalho como a mais

adequada quando se trata de transformar uma cultura de movimento que se

perdeu por conta da reprodução do esporte espetáculo. O esporte espetáculo

introduziu durante anos a sua tendência mecanicista que gerou uma

comunidade escolar que não enxergava outras possibilidades de estimular uma

aprendizagem através do corpo. Não existe uma fórmula exata para modificar

esse conceito de movimento, o risco que se corre quando se quer mudar ou

evoluir uma prática corporal é evitar que o corpo não para de se movimentar

em relação a liberdade, em outras palavras, o corpo deve ser estimulado a

demonstrar sinais da evolução da personalidade da pessoa. Uma cultura do

movimento preocupada com a formação integral do indivíduo deve apontar

nesta direção, o foco deve ser a corporeidade desse aluno. A transformação

desse corpo se dará pela estimulação de três fatores: social, afetivo e motor.

Sem provocar esses três eixos, a psicomotricidade corre o risco de ser anulada

e o corpo certamente tornará a origem da, ou seja, a sua ontogênese. Neste

ponto fica bem claro que o processo da psicomotricidade direciona-se para a

evolução do corpo. Este momento não se aplica a apenas a evolução física,

mas a uma transcendência maior o corpo cede aos estímulos provocados pela

psicomotricidade a resposta para cada situação de ensino- aprendizagem não

se esconde ao contrário pode ser revelado através de fatores psicomotores que

estimulados implícita ou explicitamente induzidos através da coordenação,

equilíbrio, tonicidade e etc...

34

A Educação Física terá uma nova visão sobre o ensino de corpo princípios com

a diversidade dos conteúdos e inclusões serão fortalecidos no âmbito da escola

a busca pela legitimação da disciplina na educação também ganhará amplitude

por conta da simples forma reducionista determinada pelo esporte espetáculo

que tanto influência a prática docente o currículo da escola. A

psicomotricidade pode de fato instaurar a sensação de liberdade da criança

através do seu corpo e suas emoções. O jogo deve ser uma ferramenta

primordial para o ensino de educação física no ensino fundamente. Propõem-

se a evolução do ensino do jogo. A característica de uma aula lúdica deve ser

mantida, porém o professor não deve ser uma figura representativa, mediadora

e integradora, para que a proposta da filosofia da psicomotricidade seja

incorporada nas aulas de educação física escolar. O desenvolvimento motor

ainda é o principal objetivo da educação física, mas para que se entenda que o

desenvolvimento motor seja aprimorado deve-se ter a consciência que outros

fatores precisam ser estimulados e que o sucesso no processo de ensino e

aprendizagem depende desta relação permanente entres os fatores. Não

incoerência quando analisamos um contexto da aprendizagem quando dizemos

que a aprendizagem está interligada de fato há pesquisas que indicam que o

ensino da técnica não se torna eficiente por conta da repetição pura, mas ao

contrário que se pensa essa eficiência se dá através da motivação interior e

exterior. Essa deve ser a nova dinâmica da educação pelo movimento

devemos abordar nas aulas apenas tudo que interessa ao aluno e aquela

comunidade escolar envolvida no projeto educacional da instituição. Por isso

defende neste trabalho a inclusão não apenas dos códigos e função do esporte

mas uma proposta de ensino transformadora condizente com a realidade do

aluno que futuramente deverá lutar pela sua liberdade de expressão e

sobrevivência numa sociedade capitalista e que se sustenta sobre conceitos

pré-formados e na maioria das vezes sempre com discurso tecnicista e

excludente. A psicomotricidade deve abrir a suas portas de conhecimento para

a Educação Física escolar entrar e promover mudanças significativas na

proposta de currículo e na prática de ensino do docente.

35

BIBLIOGRAFIA

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relacional na escola. 2 ed. Rio de janeiro: Wak editora, 2011.

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Fundamental. – 2. ed. – Rio de janeiro: DP&A, 2000.

Fonseca, Vitor Manual de observação psicomotora dos fatores psicomotores /

Vitor da Fonseca. – 2.ed. – Rio de janeiro: Wak Editora, 2012.

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Vitor da Fonseca. – 3. Ed. – Rio de janeiro: Wak Ed., 2009.

CANDAU, V.M. A didática hoje: uma agenda de trabalho. In: CANDAU, et al.

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TANI, G. Perspectivas para a educação física escolar. Revista Paulista de

Educação Física, v.5, p.65-9, São Paulo, 1991.

36

Como aplicar a psicomotricidade: uma atividade multidisciplinar com amor e

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Machado, José Ricardo Martins E José Ricardo Martins Educação Física no

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Cortez, 1992 – (coleção magistério. 2º grau. Série formação professor)

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil –

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SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações. São

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Kunz, Elenor transformação didático-pedagógico do esporte/ Elenor Kunz 2 ed.

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Revista escolar, edição 011 - Dezembro 2010/Janeiro 2011.

Suraya Cristina Darido, OSMAR MOREIRA DE SOUZA JR, PAPIRUS editora;

2007.·.

37

ÍNDICE

FOLHO DE ROSTO..................................................................................................2

AGRADECIMENTOS.................................................................................................3

DEDICATÓRIA..........................................................................................................4

RESUMO...................................................................................................................5

METODLOGIA..........................................................................................................6

SUMÁRIO..................................................................................................................8

INTRODUÇÃO...........................................................................................................9

CAPÍTULO l - A PREDOMINÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NAS AULAS

ED. FÍSICA NO ENSINO. FUND...........................................................................11

1.1 Conceito de Psicomotricidade Funcional.............................12

1.2 Conceitos de Psicomotricidade Relacional..........................14

CAPÍTULO II - A RELAÇÃO DA ESCOLA COM A PSICOMOTRICIDADE

ANALISANDO O PPP...............................................................................................20

2.1 O PPP, a Psicomotricidade e a Escola................................21

CAPÍTULO III - A PRÁTICA DA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL ED.FÍSICA

ESCOLAR..................................................................................................................27

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................33

BIBLIOGRAFIA................................................................................................35

ÍNDICE................................................................................................................37

38

39

40

1