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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA
EDUCAÇÃO INFANTIL DE 0 A 3 ANOS
Gislene Santos Silva
Orientador
Professora Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA
EDUCAÇÃO INFANTIL DE 0 A 3 ANOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicomotricidade pela aluna GISLENE SANTOS
SILVA
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo que me deste e o que me dá todos
os dias. Em seguida ao meu marido Antonio Carlos e meu filho Patrick pelo
amor, carinho e muitas brigas que tivemos e teremos durante todas as nossas
vidas. Em relação a minha primeira monografia, agradeço a professora
Fabiane Muniz pela paciência e dedicação com o meu projeto e a todos os
meus amigos que me ajudaram dando sugestões e aos colegas que irei ajudar
com este trabalho.
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis como a minha querida amiga,
companheira de trabalho e minha mais nova filha Daniele, obrigada.
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DEDICATÓRIA
Dedico a minha monografia, a minha grande
amiga Daniele de Oliveira Costa que muito me
ajudou na execução deste trabalho e a todos
os professores que me guiaram visando o
aperfeiçoamento de nossas habilidades e
experiências na psicomotricidade.
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RESUMO
A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e
estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a
prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio
das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se
relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os
educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de
destaque no programa escolar desde a Educação Infantil. A partir deste
conceito e através da nossa prática no contexto escolar, consideramos que a
psicomotricidade é um instrumento riquíssimo que nos auxilia a promover
preventivos e de intervenção, proporcionando resultados satisfatórios em
situações de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem.
O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do
aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu
trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto.
Diante desta visão, as atividades motoras desempenham na vida da
criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas
intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos dos
sentidos, ela percebe também os meios como quais fará grande parte dos
seus contatos sociais. Portanto, a educação psicomotora na idade escolar
deve ser antes de tudo uma experiência ativa, onde a criança se confronta com
o meio.
A educação proveniente dos pais e do âmbito escolar, não tem a
finalidade de ensinar à criança comportamentos motores, mas sim permite
exercer uma função de ajustamento individual ou em grupo. Até ir para a
creche, a criança tem um relacionamento social restrito à sua casa, com os
seus pais ou responsáveis, e a alguns familiares.
Ao freqüentar um novo ambiente, ela precisa de um período para se
adaptar ao espaço, às pessoas e às novas relações que vão surgir.
O sucesso desse processo depende do acolhimento
que a instituição oferece. Na escola, a mediação do educador é determinante,
pois a ele compete introduzir o novato no grupo.
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METODOLOGIA
A expectativa em relação à pesquisa são as melhores possíveis, pois
temos a oportunidade de confrontar opiniões, pensamentos, personalidades e
histórias de vida de vários autores como André Lapierre, Filho e Sá, Jean Le
Boulch, Assunção & Coelho, e Fátima Alves que auxiliaram para o
enriquecimento da minha formação acadêmica.
O trabalho está sendo desenvolvido para auxiliar os professores no
conteúdo psicomotor adequado para crianças de 0 a 3 anos, pois o profissional
deve estar sempre atento as etapas do desenvolvimento dos seus alunos,
colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu
trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto.
A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelos profissionais
da educação, pois ela vem auxiliar no desenvolvimento motor e intelectual de
seus alunos.
Todo professor mesmo sem especialização em psicomotricidade pode
trabalhar com seus alunos independentes do conteúdo programático
utilizando-se de forma criativa a psicomotricidade em suas aulas tornando-as
mais dinâmicas e prazerosas.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Psicomotricidade 09
CAPÍTULO II - Esquema Corporal 15
CAPÍTULO III – Desenvolvimento psicomotor 20
CAPÍTULO IV – Jogos e Recreações 23
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41
INTRODUÇÃO
8
O trabalho aborda sobre a questão da importância da psicomotricidade
no processo de aprendizagem em crianças de 0 a 3 anos para uma melhor
contribuição do desenvolvimento psicomotor e o amadurecimento intelectual
da criança e ainda outros aspectos tais como: a história da
psicomotricidade,sua definição,conceitos e seu desenvolvimento,fases e
etapas do desenvolvimento psicomotor,esquema corporal. A psicomotricidade
ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira
infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande
interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A
psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma
consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos
padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo. E de suma
importância que família e a escola ofereçam um suporte adequado de
participação e atenção, interagindo com a criança numa troca de experiência,
demonstrando segurança e elevando sua auto-estima. Deve também lembrar
que a família tem um papel importantíssimo no processo psicomotor da criança
uma vez que o primeiro contato que a criança tem são seus familiares em
especial seus pais. É imprescindível que a criança tenha uma estimulação
adequada desde seu nascimento através das atividades psicomotoras
valorizando também as brincadeiras, os jogos lúdicos e pedagógicos, inseridos
dentro das fases psicomotoras adequadas a cada faixa etárias. Ao
movimentarem-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e
pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e
posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples
deslocamento do corpo no espaço: constitui - se em uma linguagem que
permite ás crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente
humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.
As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações
sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos
significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades.
CAPÍTULO I
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PSICOMOTRICICADE
Psicomotricidade é a relação existente, entre a motricidade, a mente e a
afetividade. Também podemos dizer que é a relação entre o pensamento e a
ação, envolvendo a emoção. É uma ciência da educação que procura educar o
movimento ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência.
Portanto, o intelecto se constrói a partir do exercício físico que tem uma
importância fundamental no desenvolvimento não só no corpo, mas também
da mente e da emotividade. É a ciência que estuda o homem através do seu
corpo em movimento e em relação o seu mundo interno e externo e de suas
possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro com objetos e consigo
mesmo. Está relacionado ao processo de maturação onde o corpo é a origem
das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A estimulação do
desenvolvimento psicomotor é fundamental para que haja consciência dos
movimentos corporais integrados com a emoção e expressados pelo
movimento o que proporciona ao ser uma consciência do indivíduo integral.
Segundo Fonseca (1989) em Psicomotricidade, o corpo não é entendido
como fiel instrumento de adaptação ao meio envolvente ou como instrumento
mecânico que é preciso educar, dominar, comandar, automatizar, treinar ou
aperfeiçoar, pelo contrário, o seu enfoque centra-se na importância da
qualidade relacional e na mediatização, visando à fluidez eutônica, a
segurança gravitacional, a estruturação somatognósica e a organização
práxica expressiva do indivíduo.
A psicomotricidade também tem como objetivo melhorar ou normalizar o
comportamento geral do indivíduo, desenvolvendo também um trabalho
constante sobre as condutas motoras, neuromotoras e perieptiva-motoras,
onde através dessas condutas o indivíduo vai se conscientizar de seu próprio
corpo desenvolver seu equilíbrio,controlar sua coordenação global e a
fina,respiração,a organizar e estruturar a orientação espaço temporal.
Segundo Vitor da Fonseca (1989, p.9) Psicomotricidade é a evolução
das relações recíprocas, incessantes e permanentes dos fatores neurológicos,
psicológicos e sociais que intervêm na interação do movimento humano.
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O conceito de psicomotricidade é mais visível do ponto de vista do
desenvolvimento infantil, pois as crianças aprendem muito através do
movimento, do toque, do observar e tentar fazer. Toda vez em que agimos
ocorre um complexo planejamento neural prévio, ou seja, para coordenarmos
qualquer movimento precisamos antes de tudo aprender para depois
automatizar.
1.1 - Origens e definições da psicomotricidade
Historicamente, desde 1900 até o presente data o percurso e a evolução
da psicomotricidade desenvolveu-se de acordo com diferentes cortes que vão
se modificando e acionado um olhar clínico específico.
O termo psicomotricidade surgiu com Dupré pela primeira vez em 1920
significando um entrelaçamento entre o movimento e o pensamento.
Segundo Dupré em 1920 ele define que a síndrome da debilidade
motora, através das relações entre corpo e inteligência, se dá em partida para
o estudo dos transtornos psicomotores.
O primeiro corte eptimológico procurava separar o dualismo cartesiano,
utilizando praticas reeducativas determinadas pelo conceito de
correspondências entre paralelismo mental motor. Nesta etapa a influencia da
neuropsiquiatria é determinante numa clinica centrada no aspecto motor e num
corpo instrumental servindo como ferramenta de trabalho para o reeducador
que se propõe a concertá-lo.
Nesse segundo corte, tem grande valor as contribuições do âmbito
psicológico, especialmente da psicologia genética, passando a considerar a
passagem do motor para o corpo, onde este corpo passa a ser um instrumento
de construção de inteligência humana.
Aqui o olhar já não está mais situado no motor, mas num corpo produtor
de sua ação da vida intelectiva. Já não se trata mais de uma reeducação, mas
de uma terapia psicomotora que opera num corpo que se desloca que conhece
que sente que se emociona e que cuja emoção manisfesta-se tonicamente.
Muito tem se escrito sobre o significado e a importância da
psicomotricidade.
11
Ao longo de sua historia o corpo foi marcado por significações diversas,
atribuídas ora pelo social carregado de crenças, ora pela ciência.
Em sua evolução nos termos atuais a psicomotricidade como área de
conhecimento vem sido conhecida como a ciência que tem como objetivo o
estudo, o homem através do seu corpo e movimento.
Segundo Filho e Sá “A psicomotricidade como ciências da educação
procura educar o movimento ao mesmo tempo em que desenvolve as funções
da inteligência considerando todos os aspectos emocionais” (2001, p.36) com
esta afirmação, pode-se perceber que um bom desenvolvimento, motor, o
pensamento, não se desenvolverá de forma completa, permitindo o acesso e
“contato” com a abstração.
O movimento é um suporte que ajuda a criança a adquirir o
conhecimento do mundo que a cerca através de percepções e sensações, pois
o indivíduo não se constrói de uma só vez, mas paulatinamente através de
interação com o meio de suas próprias realizações.
O esquema corporal não é conceito aprendido, que se possa ensinar,
uma vez que não depende de treinamento. Ele se organiza pela
experimentação do corpo da criança, que é uma forma de expressão da
individualidade.
Um esquema corporal organizado permite que a criança sinta-se bem,
na medida em que seu corpo lhe obedece e que passa a ter domínio sobre ele.
O corpo é o ponto de referencia que a criança possui para conhecer o mundo,
servindo-lhe de referencia e de base para o desenvolvimento cognitivo e para a
aprendizagem de conceitos importantes como, por exemplo, os conceitos de
espaço: embaixo, ao lado, atrás, direita, esquerda, etc. Primeiramente a
criança visualiza esse conceito através do próprio corpo e só depois consegue
visualizá-los nos objetos entre si.
A criança descobre sua dominância e com ela seu eixo corporal passa a
ser seu corpo como um ponto de referencia para situar-se e situar os objetos
em seu espaço e tempo.
1.2 – A importância da psicomotricidade na Educação Infantil
12
Na educação infantil a prioridade e ajudar a criança a ter uma percepção
adequada de si mesma compreendendo suas possibilidades e limitações reais
e ao mesmo tempo auxiliá-la a se expressar com maior liberdade conquistando
e aperfeiçoando novas competências motoras.
O movimento corporal e sua aprendizagem abrem um espaço para a
criança desenvolver:
-Habilidades motoras que levem a criança a aprender a conhecer seu próprio
corpo e a se movimentar livremente;
-possibilitar a exploração do mundo físico e o conhecimento do espaço que a
cerca;
-facilitar a comunicação e a expressão das idéias;
-habilidades motoras finas, através de diversas atividades que facilitam à
escrita;
-percepções rítmicas através de jogos corporais e danças,
A criança na escola precisa se sentir segura para que possa ter
possibilidades de se aventurar (arriscar). Trazendo conhecimento acerca de si
mesmo.
É de suma importância salientar que o movimento é a 1ª manifestação na
vida do ser humano. Pois desde a vida intra-uterina realizamos movimentos
com o nosso corpo, na qual vão se estruturando e exercendo enormes
influencias no comportamento.
Segundo Assunção & Coelho (1997, p.108) a psicomotricidade é a
“educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre
pensamento e ação, englobando funções neurológicas e psíquicas”. Além
disso, possui uma dupla finalidade: “assegurar o desenvolvimento funcional,
tendo em conta as possibilidades da criança, e ajudar sua afetividade a se
expandir e equilibrar-se, através do intercambio com o ambiente humano”
Os movimentos expressam o que sentimos nossos pensamentos e
atitudes que muitas vezes estão arquivados em nosso inconsciente. Através da
ação sobre o meio físico com o meio social processa-se o desenvolvimento e a
aprendizagem do ser humano.
O professor deve estar sempre atento as etapas do desenvolvimento do aluno,
colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu
13
trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Ele deverá estabelecer
com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as atitudes de quem ajuda
e para a percepção de quem é ajudado. Diante disso, percebe-se a
importância do trabalho da psicomotricidade no processo de ensino
aprendizagem, pois a mesma está intimamente ligada aos aspectos com a
motricidade, com o simbólico e o cognitivo.
De acordo com Assunção&Coelho (1997,p.108) a psicomotricidade
integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas
partes),relacionando-o com afetividade,o pensamento e o nível de
inteligência.ela enfoca a unidade da educação dos movimentos,ao mesmo
tempo em que põem em jogo as funções intelectuais.As atividades motoras
desempenham na vida da criança um papel importantíssimo,em muitas das
suas primeiras iniciativas intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia
com todos os órgãos dos sentidos,ela percebe também os meios com os quais
fará grande parte dos seus contados sociais.
Portanto a educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de
tudo uma experiência ativa, onde a criança se confronta com o meio. As
educações provenientes dos pais e do âmbito escolar não têm a finalidade de
ensinar a criança comportamentos motores, mas sim permite exercer uma
função de ajustamento individual ou em grupo.
As atividades desenvolvidas no grupo favorecem a integração e a socialização
das crianças com o grupo, portanto propícia o desenvolvimento tanto psíquico
como motor. Os movimentos, as expressões, os gestos corporais, bem como
suas possibilidades de utilização (danças, jogos, esportes...) recebem um
destaque especial em nosso desenvolvimento fisiológico e psicológico.
Segundo Alves “O movimento assim como o exercício é de fundamental
importância no desenvolvimento físico e intelectual e emocional da criança”
(2003, p.02). Através dos exercícios que envolvam movimentos a criança
estará se desenvolvendo no aspecto motor, desenvolvimento este, que
contribuirá para o desenvolvimento dos outros aspectos social, mental e
cognitivo.
14
Com base neste contexto, percebemos a importância das atividades
motoras na educação, pois elas contribuem para o desenvolvimento global das
crianças.
Entretanto as crianças passam por fases diferentes uma das outras e
cada fase exige atividades propícias para cada determinada faixa etária.
A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelo profissional da
educação, pois ela vem auxiliar o desenvolvimento motor do aluno, sendo que
o corpo e a mente são elementos integrados de sua formação. (Sandra Vaz de
lima e Fátima Alves. 2008)
CAPÍTULO II
ESQUEMA CORPORAL
Esquema corporal é a consciência do corpo como meio de comunicação
consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal
pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e
temporais, e da afetividade.
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É um elemento indispensável para a formação da personalidade da
criança sendo seu núcleo central, pois reflete o equilíbrio entre as funções
psicomotoras e sua maturidade.
Para Coste (1978) “o esquema corporal é, portanto resultado da
experiência do corpo do qual o individuo toma pouco a pouco consciência e da
maneira como o corpo se Poe em relação ao meio”
Segundo Fonseca (1983) “é uma adaptação e uma harmonia
preestabelecida que liga o homem ao seu meio, através da criação infinita de
projetos de comportamentos”
O conhecimento adequado do corpo engloba a imagem corporal e o
conceito corporal que podem ser desenvolvidos com atividades que favoreça:
• O conhecer do corpo como um todo;
• O conhecer do corpo segmentado;
• O controle dos movimentos globais e segmentados;
• O expressar corporal harmônico.
Capacidade que o homem tem de simbolizar seu próprio corpo e
interiorizar a sua imagem. Depende de:
- amadurecimento neurológico;
- os diferentes estímulos que recebe;
- está ligado a senso percepção (é através dela que é introjetada a noção
de ter diferentes partes corporais).
O esquema corporal é um elemento básico indispensável para a
formação da personalidade da criança. É a representação relativamente global,
diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo.
A criança que se sente bem com seu próprio corpo é capaz de situar
seus membros uma em relação aos outros, de fazer uma transposição de suas
descobertas progressivamente, localizará os objetos, as pessoas, os
acontecimentos em relação a si, depois entre eles. O conhecimento de seu
próprio corpo como uma unidade e o reconhecimento de suas diferentes partes
dá a possibilidade dela agir
16
Para Jean Lebouch (1986) o esquema corporal é a organização de
sensações relativas do seu próprio corpo em relação com os dados do mundo
exterior.
Huntado (1991) no dicionário de psicomotricidade ,define esquema
corporal com elemento básico indispensável na criança para construção de
sua personalidade.É a representação mais ou menos global,mais ou menos
especifica e diferenciada que ela apresenta do seu próprio corpo
2.1 – Fase do Esquema Corporal
É a formação do “eu” da personalidade da criança, isto é o
desenvolvimento do esquema corporal, a criança toma consciência do seu
próprio corpo das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo.
A experiência do espelho também auxilia no processo de identificação e
conscientização progressiva do “eu”. Alguns autores, com Guillarme, por
exemplo, atribuem grande importância a essa fase na formação do esquema
corporal. Na frente de um espelho, a criança começa por explorar o seu corpo
estranho colocado na frente dele, utilizando a geometria topológica que é sua.
Pouco a pouco a criança chegará à convicção de que o corpo que ela sente e
o mesmo que observa no espelho,como uma figura fechada destacada no
fundo.
1ª Fase (corpo vivido) 2 meses a 3 anos
Caracterizada por comportamento motor global com repercussões
emocionais fortes e mal controladas. A criança vai tomando consciência de
seus movimentos. E à medida que vai tomando a noção de lugar, vai virando
também para os lados.
Segundo Le Bouch (1986,p.71) “No estágio corpo vivido” a experiência
emocional do corpo e do espaço termina com a aquisição de numerosas
práxias,que permitem a criança sentir seu corpo um objeto total no mecanismo
da relação .
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Dois aspectos a serem observados nesta fase:
A) Atividades espontâneas da criança (movimentos não pensados)
-Levantar a barriga
-Pegar e levar objetos a boca
-Rolar pelo berço.
Através dessas atividades espontâneas a criança vai adquirindo
experiências.
B) Importância da experiência vivida pela criança.
- Pela experiência vivida enquanto distingue seu próprio corpo do mundo
dos objetos e que estabelece o primeiro esboço da imagem do corpo e a
criança parte para a descoberta do mundo exterior.
Corresponde a fase da inteligência sensório-motora de Piaget. Criança
não tem consciência do “eu” e se confunde com o espaço em que vive. À
medida que cresce o amadurecimento do seu SNC vai ampliar suas
experiências e pouco a pouco consegue diferenciar de seu meio ambiente.
No estagio do “corpo vivido” a experiência emocional do corpo e do
espaço termina com a aquisição de numerosas praxias, que permitem a
criança “sentir” seu coro como um objeto no mecanismo da relação.
No fim do período sensório motor de Piaget entre 15 e 18 meses, é
adquirido à permanência do objeto.
Aos 3 anos o aspecto práxico do comportamento está muito afinado no
plano global e continua aperfeiçoando-se ao ritmo do desenvolvimento da
função de ajustamento motor.Chega também ao fim o reconhecimento do seu
corpo como objeto.
2ª Fase (corpo percebido ou descoberto) de 3 a 6 anos
18
É nesta fase que a dominância lateral se instala e com ela descobre seu
eixo corporal. Passa a ver seu corpo com um ponto de referencia para se
situar e situar os objetos em seu espaço e tempo. Este é o primeiro passo para
que a criança possa mais tarde chegar á estruturação espaço-temporal
(Oliveira, 1997)
Corresponde a organização do esquema corporal devido à função de
interiorização.
A criança vai descobrindo seu próprio corpo começa a estruturar seu
esquema corporal. Durante o corpo vivido, a experiência emocional do corpo e
do espaço, permite a criança sentir seu próprio corpo como objeto total no
mecanismo de relação. O reconhecimento de um objeto pelo lado dos sentidos
vai por sua vez, ser submetido a uma evolução rápida. É nesta fase que se
desenvolve:
A) Função de interiorização é uma forma de atenção perceptiva
centralizada sobre o próprio corpo, que permite a criança tomar
consciência de suas características corporais e verbalizá-las.
B) interiorização e localização
C) interiorização e controle do desenvolvimento temporal do movimento.
3ª Fase (corpo representado) de 6 a 12 anos
Por volta de 5 a 6 anos as experiências tônicas e dados visuais
produzem a primeira imagem sintética do corpo .Daí se dá a representação de
uma imagem mental do corpo em movimento.
No início a criança poderá controlar involuntariamente sua atitude sem
empregar tensões inúteis, a partir de um esquema postural, verdadeira imagem
do corpo estático. Mas é preciso atingir a idade de 10 a 12 anos para que ,no
momento das aprendizagens praxiológicas ,ela possa dispor de uma imagem
mental no corpo em movimento permitindo uma verdadeira representação
mental de uma sucessão motora. Observa-se a estruturação do esquema
corporal uma vez que a criança já apresenta a noção do todo e das pares do
19
corpo. Também já reconhece as posições e mantém um maior controle do
domínio corporal.
2.2 – Imagem Corporal
Imagem corporal é a correspondência afetiva de como imagino que eu
sou. E a impressão que a pessoa tem de si mesma (alta, baixa, magra, gorda
etc.) Diferente do esquema corporal que aponta o que eu tenho, a imagem
corporal me aponta como sou, o que nem sempre corresponde com a
realidade.
Na imagem corporal estão envolvidas questões imaginarias ligada ao
me aspecto psíquico e emocional, decorrente de como foram vivenciadas
minhas questões afetivas em relacionamentos sociais conflitivos.
O ser humano é o único que consegue desenvolver uma imagem
especular, pois o homem tem a capacidade de simbolizar seu próprio corpo, de
interiorizar a sua própria imagem. A partir da junção da imagem e do esquema
corporal, que serão desenvolvidas todas as outras funções psicomotoras.
CAPÍTULO III
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE 0 A 3 ANOS
“A criança faça-se entender por gestos nos primeiros anos de sua vida, e até o
momento da linguagem o movimento constitui quase que a expressão global
de suas necessidades” (Fonseca, 1998, p.216)
A criança nasce somente com seu equipamento anátomo-fisiológico.
Seus movimentos são desordenados, por que ainda não há intencionalidade,
são apenas movimentos reflexos. A mãe ou quem cuida da criança tem uma
importância fundamental no desenvolvimento de sua noção corporal.
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Segundo Mello (1989, p.31) “Psicomotricidade é uma ciência que tem como
objetivo o estudo do homem. através do seu próprio corpo em movimento nas
relações com seu mundo externo (p.5)
O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer
partes do corpo ou deslocar-se no espaço.
Ao nascer à criança vem com uma bagagem de sensações e
percepções proprioceptivas. Na medida em que há um novo amadurecimento
do sistema nervoso, ela vai podendo organiza as diversas sensações.
À medida que a criança vai crescendo novas habilidades vão surgindo
possibilitando cada vez mais sua independência e ganhando assim maior
autonomia.
3.1 – Etapas do Desenvolvimento Psicomotor
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos
nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central,
crescimento dos ossos e músculos, portanto, são comportamentos não-
aprendidos que surgem espontaneamente, desde que a criança tenha
condições adequadas para exercitar-se. Durante o primeiro ano, a rapidez do
desenvolvimento da criança é extraordinária. Ao nascer o bebê conta apenas
com os reflexos hereditários, no entanto, ao final do primeiro ano, entre outros
comportamentos, será capaz de colocar-se na posição de pé e caminhar
alguns passos sem apoio, compreender o significado de várias palavras, e a
obedecerem a ordens simples; como Não, Vem, Tchau, etc.
As etapas do desenvolvimento psicomotor não devem ser consideradas
apenas segundo um quadro de maturação neurológica, mas como resultado de
um processo reacional. Devemos levar em conta as reações dos seres ao
ambiente que o cerca e as relações com os demais.
A partir de 3 meses: A criança começa a estabelecer ligações entre os seus
desejos e o meio externo e através das reações circulares que ocorre todo o
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processo de aprendizagem vivenciadas por meio do movimento de seu próprio
corpo.Com isto a criança descobre o prazer de brincar com seus pés e mãos.
A partir dos 5 meses: Começa a ocorrer o desaparecimento do “granping
reflex” da aquisição ,da ritmicidade e da visão muscular fina.Começa a
aparecer às primeiras apreensões voluntárias que juntamente com a
coordenação da visão acarretam um controle sobre os objetos e mais tarde a
tomada intencional dos objetos.
A partir de 6 meses: O corre uma descentralização geral através da função
sensório motora e da coordenação motora das ações e dos espaços.
A partir de 9 meses: Começa a diferenciação do sujeito objeto.Suas mãos e
que manipulam os objetos construindo com isto,um “espaço objetivo” A criança
diferencia o mundo exterior do seu mundo interior e passa a dispor do sistema
pratico da relação,onde o objeto é permanente e independente.
Aos 2 anos: Ocorrem as primeiras manifestações simbólicas,onde a criança já
é capaz de utilizar,intencionalmente um esquema “interiorizado” numa nova
situação que tenha parentesco com alguma situação anterior.
É pelas experiências vividas do movimento global que criança vai
delimitar o esquema corporal.
Nesta fase é necessário tocar, manusear, subir, descer, entrar, sair, ou
seja, vivenciar experiências para que ela possa aprender.
Antes mesmo da linguagem verbal, a comunicação se dá com o outro,
por intermédio do corpo. As reações gestuais e mímicas são feitas por meio de
uma imitação inconsciente, motivada pelo afeto. Assim se estabelece um
dialogo corporal com a “mãe”.Esta identificação prossegue até a aquisição da
linguagem,onde a criança imita seus pais,reproduzindo seu modo de falar e
suas entonações .
Aos 2 anos e meio A imitação diferenciada (modelos ausentes);passa a ser
possível através da interiorização de modelos que existem,enriquecendo sua
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bagagem gestual afinando,também com isto o seu controle tônico.Este
fenômeno afetivo de identificação,embora inconsciente encerra todo o
pensamento representativo.
Aos 3 anos: Emerge a vontade de se afirmar e a idade do não,do eu,do
meu,durante o qual a criança se conscientizará de que sua responsabilidade é
distinta dos modelos que toma para si.Se formos resumir as fases do corpo
antes de atingir a perfeição temos primeiramente um corpo percebido,depois
conhecido e finalmente vivido.
CAPÍTULO IV
JOGOS, RECREAÇÕES
As brincadeiras e jogos infantis são muito mais do que simples
entretenimento. Possibilitam a aprendizagem de várias habilidades e
desenvolvem as funções cognitivas. O jogo ganha um espaço como
ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao
interesse do aluno. Fator fundamental ao desenvolvimento das aptidões físicas
e mentais da criança, sendo um agente facilitador para que esta estabeleça
vínculos sociais com os seus semelhantes, descubra sua personalidade,
aprenda a viver em sociedade e preparar-se para as funções que assumirá na
idade adulta. Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de
23
desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que
contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma:
- O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-
motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria,
fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função
das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação
das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material
conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades
intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.
(Piaget 1976, p.160).
"O jogo é para a criança um fim em si mesmo, ele deve ser para nós um meio
de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na
linguagem da pedagogia maternal"
(Girard, 1908, p 199).
Platão (427-348) um dos maiores pensadores afirma que os primeiros anos da
criança deveriam ser ocupados com jogos educativos praticados em comum
pelos dois sexos, sob vigilância e em jardins de crianças e que a educação
propriamente dita deveria iniciar-se aos sete anos.
Pestalozzi (1746-1827) graças ao espírito da observação sobre o progresso do
desenvolvimento psicológico dos alunos e sobre o exílio ou fracasso das
técnicas pedagógicas empregadas, abriu um novo rumo para a educação
moderna. Segundo ele, a escola é uma verdadeira sociedade, o jogo é um
fator decisivo que enriquece o senso de responsabilidade e fortifica as normas
de cooperação.
Froebel (1782-1852) discípulo de Pestalozzi, estabelece que a pedagogia deve
considerar a criança como atividade criadora, o despertar, mediante estímulos,
suas faculdades próprias para a criação produtiva, na verdade como Frobel se
fortalecem os métodos lúdicos na educação o grande educador faz o jogo uma
arte, um admirável instrumento para promover a educação para as crianças.
24
A melhor forma de conduzir a criança à atividade, auto-expressão e à
socialização seria por meio dos jogos. Essa teoria realmente determinou os
jogos como fatores decisivos na educação para as crianças.
Froebel considerava a Educação infantil indispensável para a formação
da criança e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação
que vieram depois dele, o objetivo das atividades nos jardins de infância era
possibilitar brincadeira criativa as atividades e os materiais escolares eram
determinados de antemão para oferecer o máximo e tirar proveito educativo da
atividade lúdica. Froebel desenhou o círculo, esferas, cubos e outros objetos
que tinham por objetivo estimular o aprendizado. Eles eram feitos de material
macio e manipulável geralmente com parte desmontável. As brincadeiras eram
acompanhadas de músicas, versos e danças; os objetos criados por Frobel
eram chamados de dons, ou presentes e havia regras para usá-los que
precisariam ser dominadas para garantir ao ar livre para que a turma
interagisse com o ambiente todo o jogo que envolvia os dons começavam com
as pessoas formando círculos movendo-se cantando, pois assim conseguiam
atingir a perfeita unidade.
Para Piaget, os jogos tornaram-se mais significativos à medida que a
criança desenvolve, pois a partir da livre manipulação de matérias variadas, ela
passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma
adaptação mais completa. Essa adaptação, que lhe deve ser realizada pela
infância, consiste numa síntese progressiva da assimilação com acomodação.
É por isso que, pela própria evolução interna, os jogos das crianças se
transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais
do trabalho afetivo, a ponto de nas classes elementares de uma escola ativa,
todas as transições espontâneas ocorrem entre o jogo e o trabalho. Conclui:
"que em educação das crianças exigem que se forneça a criança um material
conveniente, a fim de que, jogando chegue a assimilar às realidades
intelectuais que sem isso permanecem exteriores a inteligência infantil".
Para ele, sendo o homem o sujeito de sua própria história, toda ação
educativa deverá promover o indivíduo sua relação com o mundo por meio da
consciência crítica, da libertação e de sua ação concreta com o objetivo de
transformá-lo. Assim ninguém se atirara a uma atividade eminentemente séria,
25
penosa, transformadora (visão de uma realidade futura feliz) se não tiver, no
presente, a alegria real, ou seja, o mínimo de prazer, satisfação e
predisposição para isso.
Segundo Makarenko, "o jogo é tão importante na vida da criança como é
o trabalho para o adulto" daí o fato de a educação do futuro cidadão se
desenvolver antes de tudo no jogo, não se pode fazer uma obra educativa sem
se propor um fim, um fim claro, bem definido, um conhecimento do tipo de
homem que se deseja formar. E neste sentido que o modelo pedagógico
mantém uma relação direta com o presente vivido. A coletividade infantil
recusa absolutamente viver uma vida preparatória.
AS BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR.
O educador que esta sempre buscando aperfeiçoar seus conhecimentos
sabe que os jogos e as brincadeiras fazem parte da vida da criança, pois elas
vivem num mundo de fantasia, encantamento, alegria e de sonhos onde as
realidades e o faz de conta se confundem, pois o jogo está no gênese do
pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar,
criar e de transformar o mundo, porém existem hoje vastos e amplos meios e
fontes de informações que podem atualizar e orientar o educando, para que a
mesma possa estar entrando com a criança neste mundo do real imaginário.
Não podemos deixar de lembrar que a criança está sempre perguntando:
''Professor vai brincar?
E nós nos perguntamos: ''Por que não ensinar brincando?''
“O ato de brincar é a melhor metodologia para dar a criança condições de
desenvolver suas potencialidades e caminhar, de descobertas em descoberta,
criando soluções e aprendendo a viver e a conviver com as demais. De
descoberta em descoberta, a criança aguça curiosidade, passando a
manifestar, através das formas variadas de expressões brincadeiras,
desenhos, moldagens e músicas, as bases de sua personalidade em
desenvolvimento” (Marinho, 1993, p.33)
26
Questões como essas se faz presente no dia-a-dia do educador e por
inúmeras vezes nos preocupa e faz com que nos lancemos nesta aventura de
experimentar o que para nós ainda é novo. Mesmo que para tanto temos o
mínimo de espaço possível no currículo pedagógico, por esse motivo cabe
então a todos os educadores lançarem mãos de um tema importantíssimo
interdisciplinaridade onde podemos estar trabalhando temas
Como: sexualidade, meio ambiente, cidadania etc.
Pois nos referimos à educação descobrimos que são inúmeros os
desafios a serem enfrentados para que essa área possa mostrar resultados
mesmo que em longo prazo, porém positivos.
Queremos deixar claro que é de fundamental importância que todos nós
educadores entendamos que educar não se limita apenas a repassar
informações, que jogos não são só para serem jogados, brincadeiras para
serem brincados, porem sim descobrir,acreditar e aceitar que cada jogo,
brinquedo ou brincadeira tem valores e objetivos que deverão ser discutidos,
analisados e colocados em prática oferecendo variadas ferramentas para que
o educando possa escolher entre muitos caminhos,aquele que for compatível
com seu potencial de anseio,e visão de mundo,pois o lúdico é uma
necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista de
maneira nenhuma como apenas diversão, mas sim como desenvolvimento
pessoal, social e cultural,onde colabora em parte fundamental para uma
melhor preparação da saúde mental e social,facilitando os processos de
comunicação,expressão e construção do conhecimento.
A questão conhecimento é sempre recolocada e, apesar das reflexões
teóricas a respeito do processo educacional há muito a se rever e se fizermos
um paralelo entre a educação tradicional e aquela que faz uso do lúdico tanto
na formação do educador como a do aluno sempre faltará na tradicional à
última peça do quebra-cabeça, pois a formação do educador envolvendo o
lúdico se assenta em pressuposto que valorize a criatividade,cultivo da
sensibilidade,busca da afetividade,a nutrição da alma,proporcionando aos
futuros educando vivências lúdicas,experiências corporais que se utilizam da
ação,do pensamento e da linguagem,tanto no jogo sua fonte dinamizadora.
27
E ao resgatarmos as funções do lúdico na formação do educador e do
educando estamos retomando a história e a evolução do homem na
sociedade, pois cada época e cada cultura têm uma visão diferente de mundo,
pois a criança não tinha a existência de hoje ela era considerada miniatura do
adulto ou quase adulto, os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento
sempre presente na humanidade desde seu início também não tinha a
conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinha como objetivo a
distração e o recreio sendo assim dentre as contribuições mais importantes
deste estudo podemos destacar que:
·As atividades lúdicas possibilitam exercitar as resistências ''pois permitem a
formação do auto conceito positivo;
·As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que
através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive
socialmente e opera mentalmente.
·O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a
inserção da criança na sociedade;
·O brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a
habitação e a educação;
·O jogo é essencial para a saúde física e mental.
·O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita
a meditação entre o real e o imaginário.
Em prol desta sugestão será preciso, portanto, que currículos sejam
repensados, dando aos jogos, brinquedos e brincadeiras um novo
desenvolvimento de ensino aprendizado desenvolvendo a alegria de entender
a escola como um espaço, acima de tudo prazerosa.
Segundo Oliveira (1984, P.48) “Em cada brinquedo sempre se esconde uma
relação educativa ao fazer seu próprio brinquedo, a criança aprende a
trabalhar e a transformar elementos fornecidos pela natureza ou materiais já
elaborados constituindo um novo objeto, seu próprio instrumento para brincar.
Outras vezes, ela se aproveita de artigos nem sempre concebidos como
brinquedo, adaptando-se as suas experiências lúdicas”
28
Pois o jogo é para a criança o exercício, e a preparação para a vida
adulta, assim a criança aprende brincando o que a faz desenvolver suas
potencialidades, porém é importante que o educador ao utilizar um jogo,tenha
definidos,objetivos a alcançar e saiba escolher o jogo adequado ao momento
educativo.
Enquanto a criança está simplesmente brincando incorpora valores,
conceitos e conteúdos que o educador poderá estar anotando para serem
analisados e colocados em prática num futuro bem próximo.Para formar
professores com pleno conhecimento lúdico é uma tarefa árdua e difícil, pois o
educador tem que ter um conhecimento profundo e acreditar que ele é capaz
de conscientizar o ensino lúdico como uma forma de aprendizagem, mas no
entanto no mundo em que vive a criança hoje, com a modernização, (jogos
eletrônicos, a TV, se não houver um conhecimento profundo e das condições
para utilizá-los não adianta criticar os pais por não brincarem mais com os
filhos; se não oferecemos conscientização para fazê-los melhorar; da mesma
forma, não adianta falar, criticar, os problemas das escolas como evasão,
repetência, desinteresses e falta de relacionamento, denominação se não
apresentamos propostas reais e convincentes.
A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO JOGO.
É muito comum ouvirmos dizer que "os jogos não servem para nada e
não têm significação alguma dentro das escolas, a não ser na cadeira de
educação física". Tal opinião está muito ligada a pressupostos da pedagogia
tradicional, que exclui o lúdico de qualquer atividade séria ou formal.
Sabemos que a criança fica reconhecida pelo fato de ter se esforçado e
não apenas ter repetido: mais tarde compreenderemos que tudo o que fizemos
com ela e por ela não trará retorno no exato momento, porém em longo prazo,
compreenderemos que valeu muito a pena ter lutado sem medir esforços e que
o esforço difícil e a tensão vão culminar na alegria de compreender, pois a
criança não é apenas um ser de capricho e dispersão, mas quer entrar
vivamente no jogo, mesmo se não puder lá chegar se não com o auxilio
29
externo. Ela gosta do difícil, das vitórias penosas, ainda quando se deixa
arrastar pelo fácil, pelo divertido, pelo engraçado. Podemos acreditar na
seriedade da criança que aspira a grandeza, num anseio que o adulto tem a
certeza de poder manter ainda.
Ao referir-se a intervenção do professor na prática da pedagogia
tradicional, não queremos dizer que deve haver rigidez absoluta, insistência no
pavor, no medo, no sacrifício, muito menos no livresco, no gratuito desprovido
de qualquer significação, mas no equilíbrio entre o esforço, a busca, a
disciplina como prazer e a satisfação.
Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais
abstrato misturando habilmente uma parcela de esforço com uma leve dose de
brincadeiras transformaria o trabalho, o aprendizado num jogo, bem sucedido
momento em que a criança mergulha profundamente sem se dar conta disso.
É preciso não esquecer que o objetivo da escola é transmitir o conhecimento
historicamente acumulado e é por isso que fazemos constantemente uso da
reflexão, inteligência, adaptações e a capacidade de solucionar problemas,
não medindo para tanto o esforço, prazer, instrução e diversão para uma
educação que será sinônimo de vida, educação para a vida.
EDUCAÇÃO PELO MOVIMENTO.
No início dos anos 70, trazido para o Brasil uma corrente denominada
psicomotrocidade surge como crítica ao dualismo corpo mente predominante
na educação física escolar, fundamentadas suas ações nos jogos de
movimento e de exercitação.
O trabalho profissional passa a organizar-se em torno do
desenvolvimento psicomotor de base: coordenação motora, equilíbrio,
lateralidade, organização espaço e temporal e esquema corporal, buscando
integrar homem e espaço, corpo e alma. O desenvolvimento psicomotor torna-
se pré – requisito para aquisição de conteúdos cognitivos, e a educação do
movimento dá lugar a educação pelo movimento.
30
4.1 - Sugestões para o Educador
Para que se tenha um bom relacionamento adulto – criança e que o processo
de aprendizagem revista-se de sucesso, permitindo á criança um nível
adequado de interesse e prazer, é necessário algumas atitudes e qualidades
do educador:
a) Flexibilidade: ser flexível e humildemente aceitar sugestões das crianças e
de outros adultos para mudar qualquer atitude ou programa.
b) Ter sendo de Humor: em qualquer situação saber desvencilhar-se de
imprevistos com diplomacia. As crianças não gostariam de “cara-brava” o dia
inteiro.
c) Curiosidade: que o educador aprenda a motivar as crianças para que
trabalhem sua inesgotável fonte de curiosidade. Que cada vez mais queiram
saber, aprender, buscar soluções criativas, etc.
d) Juventude: o educador deve ser jovem; entretanto é preferível uma pessoa
com mais idade e espírito aberto a alguém precocemente envelhecido.
e) Respeito e Individualidade: a aceitação de que cada criança tem seu próprio
“jeitão”, características pessoais diferentes demonstram uma capacidade do
educador de amar as crianças como elas são e não como gostaríamos que
fossem.
f) Voz: a altura e a entonação da voz do educador são importantes para a
criança ter confiança, respeito e não medo. Através da voz, é demonstrado o
grau de motivação do educador.
g) Linguagem: o uso de palavras e expressões deve ser compatível com o
nível de conhecimento das crianças. A comunicação deve ser clara, simples e
não muito longa. Às vezes uma demonstração na prática vale mais do que
muitas explicações verbais.
h) Sinceridade: a sensibilidade e c2apacidade de observação das crianças não
deixam escapar atitudes insinceras dos adultos. Seja sempre sincero nas suas
ações verbais.
i) Atenção a Todos: se você der atenção aos seus prediletos em excesso,
despertará-nos outros insegurança e ciúmes, acarretando desmotivação nas
31
atividades. Dê atenção a todos indistintamente, assim gerará maior confiança e
incentivo geral.
j) Paciência e Compreensão: o mundo infantil é bem diferente do mundo
adulto. Não veja a criança como “adulto inacabado”, pois ela é um ser
completo, apenas com necessidades, capacidades, desejos, anseios,
perspectivas e atitudes diferentes das dos outros. Aceite e compreenda isto,
sem bloquear sua imaginação e suas ações.
k) Conduta: o adulto educador deve se preocupar principalmente com sua
conduta e gestos diante das crianças, pois elas são irritadoras por excelência,
e a imitação pode tornar-se hábito; sendo assim, todo cuidado é pouco.
l) Motivação: lembre-se de que se oferecer um desafio á criança e ele forem
“muito fácil” ela se distrairá e fará outra coisa qualquer, assim como se for
“muito difícil”. Ofereça a possibilidade de sucesso e ela terá a motivação.
m) Amor: conhecimento teórico é importante, mas amor e carinho espontâneo
e sincero farão bem do que qualquer ensinamento do mundo. Não negue às
crianças contato corporal e atenção.
4.2 - Sugestões de Atividades sem Elementos
As atividades sem elementos ou materiais, são importantes no início do
trabalho de estimulação, pois possibilitam às crianças exercitarem sua
consciência corporal e a relação espaço-temporal. Seus objetivos são
inúmeros e variados:
4.2.1 Promover e desenvolver:
1 - a noção de tempo e espaço;
2 - a criatividade;
3 - o equilíbrio;
4 - a sociabilidade;
5 - a coordenação psico – motora;
6 - o raciocínio;
7 - ritmo, etc.
32
4.2.2 - Andar (descalços de preferência)
a) Andando em um determinado espaço, à vontade;
b) Quem consegue “inventar” uma nova forma de andar? (de lado, de costas,
etc.);
c) Quem sabe andar sem fazer barulho?
d) Quem sabe andar como um gigante? (na pontinha dos pés, passos bem
largos);
e) E agora, quem sabe andar como um anãozinho (de cócoras, passinhos
pequenos).
f) Vocês já viram alguém bêbado? Como é que ele anda?
g) E alguém com frio, muito frio?
h) E com muito calor, está muito quente!
i) E uma bem magrinha, como é, hein?!
j) Cada um criando seu caminho! Nada de andar atrás do outro!
k) Vamos fazer nossos pés gritarem? Como? Vamos bater forte no chão!
Agora batendo palmas, batendo os pés no chão e cantando! (cantar alguma
música conhecida de todos).
l) Quem sabe marchar? Somos todos soldadinhos de chumbo. Cantando
(marcha soldado...)
m) Vamos brincar de robô? Perninhas e bracinhos duros. Quando eu bater no
bumbo, nós mudamos de direção, ta?!
n) Ao ritmo do som (qualquer instrumento) vamos andar devagar, rápido e mais
rápido? Quem consegue?
o) Andando, e à batida de uma palma, ou de outro sinal qualquer, deixar o
corpo cair no chão. Levantar vagarosamente e repetir o exercício outras vezes.
p) Para perceber como são importantes os braços quando andamos, vamos
andar para frente, para os lados, para trás com os braços colados ao corpo.
Andar, parar, andar...
q) De mãos dadas, dois amiguinhos repetem alguns exercícios já
apresentados.
33
r) Vamos brincar de “sombra”? O que o da frente fizer, o de trás repete. Troca
– se a ordem.
s) Quem consegue ficar com 1, 2, 3, 4, 5,... Apoios no chão?
t) Primeiro tocar você mesmo. Depois um companheiro. Andando, executar as
ordens: mão na cabeça; mão no joelho; etc.
4.2.3 - Correr, Pular, Saltitar
a) Correndo, ao sinal, parar. Continuar correndo.
b) Quem sabe correr diferente? Para trás, dos lados, na ponta dos pés, de
calcanhar. Vamos ver quem é bom motorista sem “trombar” com o amiguinho?
c) Agora sim, vamos brincar de “carrinho maluco”. Trombando com o “carrinho”
do outro. Mas cuidado para não machucar.
d) Correndo, ao sinal deitar. Outro sinal de pé. Continua correndo e desviando
do amiguinho.
e) Dividir em 02 turmas. Turma da Mônica e turma do Cebolinha.
f) Turma da Mônica deitados de barriguinha para cima, Turma do Cebolinha,
saltando sem pisar no coleguinha. Depois se trocam as funções.
g) Mesma divisão de turmas. Turma da Mônica, sentados no chão, pernas
abertas. Turma do Cebolinha saltando entre as pernas. Troca-se.
h) Turma da Mônica fazendo túnel. Turma do Cebolinha passando por baixo.
Troca-se.
i) Dois a dois, de mãos dadas. De frente, de lado, de costas, um para o outro.
Saltitar com os pés unidos. Vamos ver quem faz direitinho? Mesma formação
anterior. Exercício combinado, passos, saltita à direita, à esquerda, para frente,
para trás, para o alto. Quem consegue?
j) Dois a dois, sentados de costas um para o outro. Braços entrelaçados. Ficar
de pé. Repetir algumas vezes.
4.2.4 - Empurrar, Tradicionar
a) Dois a dois. Mãos dadas de frente um para o outro. Vamos ver quem tem
mais força? (pedir para não soltar as mãos do outro).
34
b) Dois a dois. Um na frente do outro. O de trás segura na cintura do da frente,
o qual fará força para frente, andando e o de trás força para segurá – lo.
c) De costas um para o outro. Mão nos joelhos. Nádegas com nádegas, força
para desequilibrar o outro.
d) Mão direita segurando mão direita do outro. Bater no “bumbum” do outro e
não deixar bater no seu.
e) Um de frente para o outro. Mãos dadas e pisar nos pés do outro e não
deixar pisar nos seus. (devem estar descalços).
4.2.5 - Transportar, Equilibrar, Força, Coragem
a) Vamos brincar de “Reizinho no trono?”
b) E o João Teimoso, vocês conhecem?
c) Vamos ser “Carriola” (carrinho de mão)? (observe atentamente que as mãos
de quem carregam, são colocadas nas coxas; em outro lugar causa excessivo
arqueamento da coluna).
4.2.6- Observar, Imitar, Criar
Na imitação de animais, máquinas (carro, moto, etc.) a criança aguça
seu senso de observação das coisas que a rodeiam, além de sentir muito
prazer; ouvimos frases como esta: “Olha, tia eu sei!”, “É assim que o coelhinho
faz, né tia”.
a) Agora, nós todos somos carrinhos, ta? Primeiro andando devagar porque
está chovendo, e o chão fica escorregadio...
b) Xi furou um pneu do carro. Como é que fica o carro com o pneu furado?
Quem vai ser o borracheiro e arrumar os pneus furados?
c) Pronto consertamos os pneus, agora nós somos carrinhos bem velhos, um
calhambeque.
d) Eu sou a bomba de gasolina, os carros que precisarem venham abastecer!
35
e) Muito bom! Vamos brincar que somos motocicletas? Cuidado, motos são de
duas rodas.
f) Vamos levar um amiguinho para passear na garupa?
Muito bem! Olha agora nós vamos até a fazenda, ta legal?! Lá
encontramos vários animais, aves, insetos. Vamos brincar de imitá-los?
a) Jóia, uma galinha, como faz uma galinha?
b) Um cavalinho! Como faz um cavalinho?
c) Na lagoa, encontramos muitos sapinhos. Como pula um sapinho?
d) Olha que lindas borboletas! Vamos voar com as borboletas? (Juninho, que
cor é sua borboleta? E você Patrícia qual a cor da sua borboleta?)
e) Vocês já viram uma abelha? Como faz uma abelha, ela bate devagar ou
rápido suas asas? Ela faz algum barulho?
f) E os coelhinhos, como saltam os coelhinhos? O coelhinho salta igual ou
diferente do sapinho?
g) Vocês já observaram como são silenciosos para andar, os gatinhos?
h) Agora os gatinhos estão com sono, vamos dormir?
i) E a galinha, vocês viram como ela toma conta dos seus pintinhos? E o qual o
barulho que ela faz quando bota seus ovos?
Observações: crianças de cidades, metropolitanas, às vezes nunca tiveram
oportunidade de observar animais, aves domésticas. O educador deve ter o
cuidado de mostrar a essas crianças o que nunca viram. Podem ser através de
slides, gravuras, fotos, filminhos, etc. Mostre primeiro o que existe em seu meio
ambiente, para depois mostrar coisas de outros lugares, estados e países
distantes. Por exemplo: criança de cidade grande pode ser que nunca tenha
visto uma vaca, uma galinha de perto, mas em compensação já pode ter
visitado no zoológico um tigre, um urso polar. Oportunize-as a conhecerem a
maior variedade de bichos possíveis.
36
CONCLUSÃO
O professor de educação infantil está sempre lidando com as crianças
orientando-as em seu processo de desenvolvimento e na sua formação de sua
personalidade. A criança passa por etapas evolutivas, cada uma progride de
forma diferente. Cabe ao professor pesquisar e se orientar sobre os estágios
de desenvolvimento que a criança passa para que o mesmo possa aplicar
adequadamente os exercícios de psicomotricidade em sua turma adequando
dessa forma os exercícios psicomotores a cada faixa etária específica. É muito
importante que o professor vivencie a psicomotricidade, pois quando ele tem o
conhecimento fica mais fácil aplicar adequadamente as atividades que irão
auxiliar o educando no aproveitamento e no desenvolvimento de suas
potencialidades.
Por fim é através da educação infantil que a criança poderá expandir
seus movimentos corporais explorando seus sentimentos, seu corpo. Cabe a
escola conscientizar os profissionais da educação infantil do valor da
psicomotricidade para que os mesmos possam reconhecer através de
pequena avaliação dificuldades psicomotoras que não foram trabalhadas,
possibilitando assim o desenvolvimento integral do aluno. Enfim o professor
deve está sempre preocupado de trazer atividades corporais par alem da sala
de aula, proporcionando cada vez mais experiências para seus alunos
favorecendo a psicomotricidade fina, auxiliando os alunos de ritmo normal e de
aprendizagem lenta a vencer os obstáculos, os desafios da leitura a da escrita.
37
BIBLIOGRAFIA CO�SULTADA
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VAYER, Pierre. A criança diante do mundo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
PSICOMOTRICIDADE 9
1.1 – Origens e definições 10
1.2 – Importância da psicomotricidade na educação infantil 12
CAPÍTULO II
ESQUEMA CORPORAL 15
2.1 – Fases do esquema corporal 16
2.2 – Imagem Corporal 19
CAPÍTULO III
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR 20
3.1 – Etapas 20
CAPÍTULO IV
JOGOS E RECREAÇÕES
AS BRINCADEIRAS NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR 26
A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO JOGO 29
EDUCAÇÃO PELO MOVIMENTO 30
39
4.1 – Sugestões para o Educador 30
4.2 – Sugestões de Atividades sem elementos 32
4.2.1 – Promover e desenvolver 32
4.2.2 – Andar 32
4.2.3 – Correr, Pular, Saltitar 34
4.2.4 – Empurrar, Tradicionar 34
4.2.5 – Transportar, Equilibrar 35
4.2.6 – Observar, imitar e criar 35
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41
40
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Título da Monografia: O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL DE 0 A 3 ANOS
Autor: Gislene Santos Silva
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: