a psicomotricidade na educaÇÃo infantil aparecida nunes.pdf · como no práxico. le boulch ( 1984...

33
1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Objetivos: Conscientizar profissionais de educação Infantil do valor da psicomotricidade. Reconhecer através de pequena avaliação, dificuldades psicomotoras que não foram trabalhadas, possibilitando assim o desenvolvimento integral da criança.

Upload: vuminh

Post on 02-Oct-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Objetivos:

Conscientizar profissionais de educação

Infantil do valor da psicomotricidade.

Reconhecer através de pequena avaliação,

dificuldades psicomotoras que não foram

trabalhadas, possibilitando assim o

desenvolvimento integral da criança.

Page 2: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

2

AGRADECIMENTOS

A todo corpo docente do Projeto “A Vez do Mestre”, a professora Mary Sue Pereira pela revisão dos textos. Aos meus alunos que indiretamente contribuíram e inspiraram a confecção desse trabalho.

Page 3: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

3

DEDICATÓRIA Dedico essa monografia ao meu marido Alex pela ajuda, a minha filha Alexia pelo amor e por entender minhas ausências aos sábados e a minha mãe Aparecida por tomar conta de meu maior tesouro, minha filha.

Page 4: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

4

SUMÁRIO

Introdução Capítulo I O que é Psicomotricidade? Capítulo II Construindo o esquema Corporal ( desenvolvimento motor ) Capítulo III Educação psicomotora na escola Capítulo IV Exercícios psicomotores para Educação Infantil Conclusão Bibliografia Índice

Page 5: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

5

INTRODUÇÃO

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional de 20 de dezembro de 1996(Lei nº 9394 )

art.29 “A educação infantil, primeira etapa da educação

básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da

criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico,

psicológico, intelectual e social, complementando a ação

da família e da comunidade.”

Para que aja esse desenvolvimento integral

é preciso que tenhamos profissionais capazes e

conscientes da importância da psicomotricidade.

Considerando a psicomotricidade como a

ciência que envolve toda a ação realizada pelo indivíduo,

que represente suas necessidades e permitem suas relações

com os demais, vemos que é indispensável sua atuação

durante a vida pré-escolar da criança.

O movimento permite a criança explorar o

mundo exterior, sem o contato com o concreto, a criança

pode desenvolver um bloqueio e se isolar por toda vida.

A construção do esquema corporal e a

organização das sensações relativas ao próprio corpo tem

um papel fundamental no desenvolvimento da criança.

Page 6: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

6

Nesse trabalho serão apresentadas

definições de psicomotricidade, pelo olhar de vários

pesquisadores, além de sua importância na vida de

crianças de 3 à 6 anos.

Apresentarei também um projeto elaborado

especialmente para escolas de educação infantil.

Page 7: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

7

CAPÍTULO I

O que é Psicomotricidade?

Para entendermos melhor a importância da

psicomotricidade, precisamos saber exatamente o que essa

ciência quer nos orientar.

Historicamente, o termo “psicomotricidade”

aparece a partir do discurso médico, mais precisamente

neurológico, quando foi necessário, no final do século

XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais

além das regiões “motoras”.

No entanto, a história da psicomotricidade, na

realidade, sua “pré-história”, começa desde que o homem é

humano, quer dizer, desde que o homem fala, já que a

partir desse instante falará de seu corpo.

Apesar da psicomotricidade se desenvolver como

uma prática independente no século XX, seu nascimento

ocorre no momento em que o corpo deixa de ser pura carne

para transformar-se num corpo falado.

Resumidamente podemos descrevê-la como a

integração psiquismo-motricidade, visto que a motricidade

pode ser definida como resultado da ação do sistema

nervoso sobre a musculatura e o psiquismo como o conjunto

de sensações, percepções, imagens, pensamentos, afeto,

etc.

Page 8: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

8

A função psicomotora é a unidade onde se

integram a incitação, a preparação, a organização

temporal, a memória, a motivação, a atenção, etc.

O movimento é de fundamental importância no

desenvolvimento físico, intelectual e emocional da

criança. Estimula a respiração e a circulação.

No início a psicomotricidade foi introduzida

nas escolas especializadas como um recurso

psicopedagógico que visava corrigir distúrbios no

desenvolvimento das crianças especiais.

Nesta abordagem, surgiram os exercícios

conhecidos da maioria dos professores: coordenação viso-

motora, ritmo, orientação espacial, esquema corporal,

lateralidade, etc.

Já na década de 70, se percebia a necessidade

de dar um lugar ao corpo e ao movimento na escola. A pré-

escola começava a se orientar pela idéia de partir da

ação para o pensamento.

A nova abordagem teórico-prática de Lapierre

ampliou o aspecto preventivo da educação psicomotora nas

escolas regulares.

Começava a brotar a idéia de se criar na escola

um espaço para a expressão da criança através de suas

atividades psicomotoras espontâneas.

Page 9: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

9

A educação psicomotora deixa de lado a postura

mais rígida, de reabilitação, terapia, para dar lugar à

expressão da criança.

Esta nova compreensão da educação psicomotora

levou os psicomotricistas a repensar sua prática e

estabelecer novas relações com a escola. Elas deixaram as

salas de psicomotricidade, à parte das salas de aula, e

ingressaram em um diálogo mais próximo com a equipe

pedagógica.

O trabalho em equipe proporciona o espaço para

discussão a respeito dos aspectos do desenvolvimento da

criança. A partir daí, proporcionar maior espaço para as

atividades livres se torna uma intervenção importante

para a observação dos alunos.

Em nível institucional também seria necessário

agir para tornar possível a abertura de um espaço mais

livre na escola, permitindo à criança desenvolver-se e

elaborar espontaneamente os conflitos do crescimento.

Neste espaço a criança teria acesso a um encontro consigo

mesma, através de atividades psicomotoras livres, jogos

criativos e dramatizações inseridas numa relação mais

inteira e afetiva entre ela e o educador.

Assim, a criança de 2 – 3 anos, ao entrar na

escola, perde o prazer dos cuidados da maternagem e do

corpo – a – corpo direto com a mãe, mais conquista sua

autonomia, cresce e pode elaborar suas angústias de

separação.

Page 10: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

10

O período pré-escolar, de 3 a 6 anos,

testemunha uma verdadeira reconstrução do mundo da

criança. Ela passa por mudanças cognitivas. Vai do

conhecimento prático sensório-motor, para o pensamento e

organização do universo representativo. Sua linguagem

evolui permitindo-lhe estruturar melhor suas aquisições

cognitivas e ela é capaz de narrativa, o que lhe

possibilita falar de sua história, expressar suas idéias

e emoções, ou seja, o espaço das relações inter-pessoais

lhe é desvendado.

Nessa idade, a exploração do mundo e de si

mesma através da ação associada à representação do vivido

leva a uma atividade incessante. Tal movimentação é

característica desta etapa e só vai decrescer em

intensidade a partir dos 6 anos.

Para Aucouturier, a prática psicomotora

educativa é preventiva pois é uma ajuda à maturação

psicológica pela via da ação e do jogo. Esta prática está

concebida como um itinerário de maturação, favorecendo a

passagem do “prazer de agir ao prazer de pensar”. Segundo

ele, a prática psicomotora educativa tem um caráter

profilático porque favorece a maturação psicomotora, ela

estimula a comunicação, a expressão, a simbolização, que

são aspectos fundamentais para o acesso pela criança ao

pensamento operatório. Portanto essa prática interessa às

crianças da escola maternal. O objetivo fundamental da

prática psicomotora é favorecer a maturação das

representações e dos afetos e do grupo de crianças.

Page 11: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

11

O psicomotricista educador permanece um

dinamizador da comunicação, também está sempre atento à

resolução dos conflitos no grupo, pelo diálogo e pela

firmeza, de forma que possa garantir uma autoridade

estruturante ao grupo de crianças. A atitude permanente é

de favorecer com suavidade o prazer de agir, de

transformar e de criar junto, como base da comunicação e

do desenvolvimento, do sentimento de solicitude de uns

para com os outros, ele lembra regras de funcionamento,

ele se ajusta às ações e aos jogos, mas propõe também :

favorecer jogos de reasseguramento e os jogos de

identificação, propondo torres para destruição, lugares

para se desequilibrar, para cair, mas também um lugar

para ser cuidado após jogos de acidente ( hospital ),

ajuda a construir, a fantasiar-se, a envolver-se. Ele

pode regulamentar o material para evitar confusão e pode

reduzir sua utilização, se este estimula a instabilidade

ou a agressividade.

Page 12: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

12

CAPÍTULO II

Construindo o esquema corporal Desenvolvimento motor

2.1 - Conceitos de esquema corporal: A expressão esquema corporal é de fundamental importância para o trabalho na área de psicomotricidade. Podemos considerar as seguintes definições: “O esquema corporal não é um conceito inicial ou uma entidade biológica ou física, mas o resultado e a condição da justa relação entre o indivíduo e o próprio ambiente”. ( H. Wallon ) “O esquema corporal pode ser considerado uma intuição de conjunto ou um conhecimento imediato que temos do nosso próprio corpo, seja em posição estática ou em movimento, em relação às diversas partes entre si e, sobretudo, nas relações com o espaço e os objetos que os circundam”. ( J. Le Boulch ) A expressão esquema corporal nasceu em 1911 com o neurologista Henry Head, tendo um cunho essencialmente neurológico. Segundo ele ( Head, in Quiros e Della Cella , 1973 ), o córtex cerebral recebe informações das vísceras, das sensações e percepções táteis, térmicas, visuais, auditivas e de imagens motrizes, o que facilitaria a obtenção de uma noção, um modelo e um esquema de seu corpo e de suas posturas. Head ainda afirma que o esquema corporal armazena não só as impressões presentes como também as passadas. Vayer ( 1984,p.73 ) reconhece que são noções muito complexas, e que são compostas de dados “biológicos, interacionais, inter-relacionais, sociais...” O conceito de corpo envolve um conhecimento intelectual e consciente do corpo e também da função de seus órgãos.

Page 13: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

13

A nominação das partes do corpo, como diz Ajuriaguerra ( 1980,p.343 ), confirma o que é percebido, reafirma o que é conhecido e permite verbalizar ( por um mecanismo de redução ) aquilo que é vivenciado. Para uma criança agir através de seus aspectos psicológicos, psicomotores, emocionais, cognitivos e sociais, precisa Ter um corpo “organizado”. É necessário, que o educador auxilie seus alunos no sentido de fazê-los centrarem sua atenção sobre si mesmos para uma maior interiorização do corpo. A interiorização é um fator muito importante para que a criança possa tomar consciência de seu esquema corporal. Pela interiorização, a criança volta-se para si mesma, possibilitando uma automatização das primeiras aquisições motoras. A criança que não consegue interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano gnosiológico, como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de movimentos que permite um maior controle das praxias. No plano gnosiológico, percebemos que a interiorização garante uma representação mental do seu corpo, dos objetos e do mundo em que vive. Um esquema corporal organizado, portanto, permite a uma criança se sentir bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio sobre ele, em que o conhece bem, em que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder cognitivo. Ela deve ter o domínio do gesto e do instrumento que implica em equilíbrio entre as forças musculares, domínio de coordenação global, boa coordenação óculo-manual. Com a interiorização das sensações a criança aprende a conhecer e a diferenciar seu corpo como um todo e também a sentir suas possibilidades de ação. Ela precisa, também, adquirir um equilíbrio econômico e postural, uma lateralidade bem definida, uma independência dos diferentes seguimentos corporais e um domínio das pulsões e das inibições.

Page 14: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

14

2.2 - Etapas do esquema corporal: Segundo Le Boulch, o esquema corporal possui três etapas fundamentais: 1ª etapa: Corpo Vivido ( até 3 anos de idade ) Esta etapa corresponde à fase da inteligência sensório-motora de Jean Piaget. Um bebê sente o meio ambiente como fazendo parte dele mesmo. À medida que cresce, com um maior amadurecimento de seu sistema nervoso, vai ampliando suas experiências e passa, pouco a pouco, a se diferenciar de seu meio ambiente. Nesse período a criança tem uma necessidade muito grande de movimentação e através desta vai enriquecendo a experiência subjetiva de seu corpo e ampliando a sua experiência motora. Suas atividades iniciais são espontâneas, isto é, não pensadas. De início, portanto, a criança corre, brinca, trabalha seu corpo, passa pelo que De Meur ( 1984, p.13 ) chama de atividade espontânea ( dos brinquedos ) para uma atividade integrada. É dominada pela experiência vivida pela criança, pela exploração do meio, por sua atividade investigadora e incessante. Ela precisa ter suas próprias experiências, para que a criança mesmo que sem a interferência da reflexão, adeque suas ações às situações novas. Ela adquire também uma verdadeira memória do corpo. No final desta fase pode-se falar em imagem do corpo pois o “eu “ se torna unificado e individualizado.

Page 15: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

15

2ª Etapa: Corpo Percebido ou “Descoberto” ( 3 a 7 anos ) Esta etapa corresponde à organização do esquema corporal devido à maturação da “função de interiorização”, permite também a passagem do ajustamento espontâneo, citado na primeira fase, a um ajustamento controlado que, por sua vez, propicia um maior domínio do corpo, culminando em uma maior dissociação dos movimentos voluntários. A criança com isto passa a aperfeiçoar e refinar seus movimentos adquirindo uma maior coordenação dentro de um espaço e tempo determinado. Ela descobre sua dominância e com ela seu eixo corporal. Passa a ver seu corpo como um ponto de referência para se situar e situar os objetos em seu espaço e tempo. Ela tem acesso a um espaço e tempo orientado a partir de seu próprio corpo, assimila conceitos como embaixo, acima, direita, esquerda. Adquire também noções temporais como a duração dos intervalos de tempo, de ordem e sucessão, isto é, o que vem antes, depois, primeiro, último. No final desta fase, diz Le Boulch citando Ajuriaguerra, o nível do comportamento motor bem como o nível intelectual pode ser caracterizado como pré-operatório, porque será submetido à percepção num espaço em parte representado, mas ainda centralizado sobre o próprio corpo.

Page 16: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

16

3ª Etapa: Corpo Representado ( 7 a 12 anos ) Nesta etapa observa-se a estruturação do esquema corporal, ela amplia e organiza seu esquema corporal. No início desta fase a representação mental da imagem do corpo consiste numa simples imagem reprodutora. É uma imagem de corpo estática e é feita da associação estreita entre os dados visuais e cinestésicos. A criança só dispõe de uma imagem mental do corpo em movimento a partir de 10 / 12 anos. Sua imagem de corpo passa a ser antecipatória, e não mais somente reprodutora. A imagem do corpo representado permite à criança de 12 anos “dispor” de uma imagem de corpo operatório que é o suporte que a permite efetuar e programar mentalmente suas ações de pensamento. Torna-se capaz de organizar, de combinar as diversas orientações. Isto quer dizer que os pontos de referência não estão mais centrados no corpo próprio mas são exteriores ao sujeito, podendo ele mesmo criar os pontos de referência que irão orientá-lo.

CAPÍTULO III Educação Psicomotora na Escola

Page 17: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

17

Ao pensar em educação psicomotora, logo

pensamos em prevenção do desenvolvimento integral do

indivíduo em várias etapas de desenvolvimento.

Através da Psicomotricidade e dos órgãos dos

sentidos a criança descobre o mundo e se autodescobre,

segundo Le Boulch:

A educação psicomotora deve ser considerada como

uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todos

os aprendizados pré-escolares; leva a criança a tomar

consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no

espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a

coordenação de seus gestos e movimentos. A educação

psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade;

conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações

difíceis de corrigir quando já estruturadas...

O movimento , como já vimos, é um suporte que

ajuda a criança a adquirir o conhecimento do mundo que a

rodeia através de seu corpo, de suas percepções e

sensações.

A educação psicomotora pode ser vista como

preventiva, na medida em que dá condições à criança de se

desenvolver melhor em seu ambiente. É vista também como

reeducativa quando trata de indivíduos que apresentam

desde o mais leve retardo motor até problemas mais

sérios. É um meio de imprevisíveis recursos para combater a

inadaptação escolar, diz Fonseca ( 1988.p.368 ).

O indivíduo não é feito de uma só vez, mas se

constrói, através da interação com o meio e de suas

próprias realizações e a psicomotricidade desempenha um

papel fundamental.

Page 18: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

18

A psicomotricidade é um caminho, é o “desejo de

fazer, de querer fazer; o saber fazer e o poder fazer”.

Lapierre ( 1986 ) e Le Boulch têm a mesma

posição quando afirmam que a educação psicomotora deve

ser uma formação de base indispensável a toda criança.

Tanto dentro da ação educativa como

reeducativa, concordo com Le Boulch quando afirma que

devemos unir o aspecto funcional ao afetivo, pois os dois

devem caminhar lado a lado.

Por aspecto afetivo ou relacional podemos

entender a relação da criança com o adulto, com o

ambiente físico e com as outras crianças. A maneira como

o educador penetra no universo da criança assume um

aspecto primordial. É muito importante que o professor

demonstre carinho e aceitação integral do aluno para que

este passe a confiar mais em si mesmo e consiga expandir-

se e equilibrar-se.

A boa evolução da afetividade é expressa

através da postura, das atividades e do comportamento.

Uma criança muito fechada em si mesma possui falta de

espontaneidade e tem a tendência de “fechar” também seu

corpo, isto é, tende a encolher-se e a trabalhar com um

tônus muito tenso, muito esticado.

Um bom educador psicomotor, com sua

disponibilidade e competência técnica, pode ajudar muito

o aluno. Ele pode induzir situações que obriguem este

aluno a agir corretamente no ambiente, visando a um maior

desenvolvimento funcional.

Page 19: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

19

Ele pode auxiliar seu aluno a tomar consciência

de seus próprios bloqueios e procurar suas origens e,

principalmente, realizar exercícios adequados para um bom

desempenho de seu esquema corporal.

Um educador, a partir de um bom conhecimento do

desenvolvimento do aluno, poderá estimulá-lo de maneira

que todas as áreas como psicomotricidade, cognição,

afetividade e linguagem estejam interligadas.

O aluno sentir-se-á bem na medida em que se

desenvolver integralmente através de suas próprias

experiências, da manipulação adequada e constante dos

materiais que o cercam e também das oportunidades de

descobrir-se. E isto será mais fácil de se conseguir se

estiverem satisfeitas suas necessidades afetivas, sem

bloqueios e sem desequilíbrios tônico-emocionais.

Muitas dificuldades podem surgir com uma

aprendizagem falha na escola. Está certo que algumas

habilidades motoras começam a ser desenvolvidas na

família, mas não se pode negar a importância dos

primeiros anos de escolaridade. Por outro lado, também há

alunos que já vêm para a escola com problemas motores que

prejudicam seu aprendizado e que não são sanados em

nenhum momento, acarretando uma maior desadaptação

escolar.

Existem alguns pré-requisitos, do ponto de

vista psicomotor, para que uma criança tenha uma

aprendizagem significativa em sala de aula. É necessário

que, como condição mínima, ela possua um bom domínio do

gesto e do instrumento. Isto significa que precisará usar

as mãos para escrever e , portanto, deverá Ter uma boa

Page 20: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

20

coordenação fina. Ela terá mais habilidade para manipular

os objetos de sala de aula, como lápis, borracha, régua,

se estiver ciente de suas mãos como parte de seu corpo e

tiver desenvolvido padrões específicos de movimentos.

Deverá aprender a controlar seu tônus muscular de forma a

saber dominar seus gestos.

É importante , também, que ela tenha uma boa

coordenação global, saindo-se bem ao se deslocar,

transportar objetos e se movimentar em sala de aula e no

recreio. Muitos dos jogos e brincadeiras, realizados nos

pátios das escolas, são, na verdade, uma preparação para

a aprendizagem posterior. Com eles, a criança pode

adquirir noções de localização, lateralidade, dominância,

e conseqüentemente orientação espaço-temporal. Um fator

importante para a educação escolar é o desenvolvimento

do sentido de espaço e tempo. Isto significa que a

criança se movimenta em um determinado espaço e tempo.

Uma boa orientação espacial poderá capacitá-la a

orientar-se no meio com desenvoltura.

A psicomotricidade serve como ferramenta

para todas as áreas de estudo voltadas para a organização

afetiva, motora, social e intelectual do indivíduo

acreditando que homem é um ser ativo capaz de se conhecer

cada vez mais e de se adaptar às diferentes situações e

ambientes.

Emocionalmente, a criança conseguirá todas as

possibilidades para movimentar-se e “descobrir” o mundo,

tornar-se feliz, adaptada, livre, socialmente

independente.

Page 21: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

21

O trabalho do pedagogo, é orientar o professor,

motivando-o através de uma conscientização da validade de

aplicação da mesma e despertando o seu interesse.

Na educação infantil, o mais importante deve

ser ajudar a criança a Ter uma percepção adequada de si

mesma, compreendendo suas possibilidades e limitações

reais e ao mesmo tempo, auxiliá-la a se expressar

corporalmente com maior liberdade, conquistando e

aperfeiçoando novas competências motoras.

O movimento e sua aprendizagem abrem um espaço

para desenvolver: ( Alves,2003 )

• Habilidades motoras que levem a criança a aprender a

conhecer seu próprio corpo e a se movimentar

expressivamente;

• Um saber corporal que deve incluir as dimensões do

movimento, que indiquem estados afetivos até

representações de movimentos mais elaborados de

sentidos e idéias, oferecendo um caminho para trocar

afetividades;

• Facilitar a comunicação e a expressão das idéias;

• Possibilitar a exploração do mundo físico e o

conhecimento do espaço;

• Apropriação da imagem corporal; Percepção rítmica,

através de jogos corporais e danças;

• Habilidades motoras finas, através de diversas

atividades que facilitem a escrita.

CAPÍTULO IV Exercícios Psicomotores para Educação

Infantil

Page 22: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

22

Este período de 3 a 7 anos, correspondente a

uma etapa intermediária que se deve a dois grandes

objetivos:

• permitir à criança alcançar seu desabrochamento no

plano da vivência corporal alcançando com bem-estar o

exercício da motricidade espontânea, prolongada pela

expressão verbal e gráfica;

• assegurar a passagem à escola elementar tendo o papel

de prevenção, a fim de evitar que a criança se depare,

nessa época, com dificuldades na aquisição das

primeiras tarefas escolares.

Nesse aspecto o jogo é de fundamental

importância, pois faz com que a criança se envolva com o

que está fazendo, colocando seu sentimento e emoção

através da ação.

O jogo integra os aspectos motores, cognitivos,

afetivos e sociais .

“Permitir brincar às crianças é uma tarefa

essencial do educador”( Le Boulch )

Os jogos da imaginação e os jogos simbólicos

têm uma valor de expressão; os jogos funcionais, permitem

à criança a aquisição de numerosas praxias. A pedagogia

trabalha estes dois aspectos, a fim de permitir à criança

exercer sua motricidade global.

Page 23: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

23

1- Jogo e expressão livre. Têm uma significação

prática.É importante que o educador saiba

respeitar a atividade da criança, a fim de não

interferir nos seus jogos, propondo-lhe seus

próprios modelos.

2- O aperfeiçoamento e o enriquecimento da atividade

práxica mediante o trabalho de coordenação

dinâmica geral.

3- A coordenação viso-manual e o aperfeiçoamento da

motricidade fina da mão e dos dedos. A

organização das reações combinadas dos olhos e da

mão dominante começa no primeiro ano e só se

completa no fim da escolaridade primária.

Fatima Alves, sugere alguns exercícios citados

abaixo:

1- Exercícios de Esquema Corporal

Page 24: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

24

a) Mímica;

b) Esculturas ( exploração do próprio corpo );

c) Adivinhação ( O que é, o que é? );

d) Nomear partes do corpo, do corpo dos colegas, do corpo

de bonecos;

e) Juntar partes do corpo de um boneco num quebra-cabeça;

f) Desenhar uma figura humana, parte por parte.

2- Exercícios de Lateralidade

a) Colocar mãos sobre o contorno de mãos desenhadas pela

parede;

b) Colocar pés sobre o contorno de pés desenhados pelo

chão;

c) Fazer gestos diante do espelho;

d) Colocar um fio esticado verticalmente entre o teto e o

chão. De frente, encostar o nariz e o umbigo no fio e

perceber as partes do corpo que ficaram para fora.

3- Exercícios de Coordenação

Coordenação dinâmica global

a) Rolar no chão;

b) Engatinhar para frente e para trás;

Page 25: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

25

c) Andar, correr, pular, dançar, subir;

d) Relaxar e tensionar partes do corpo;

e) Chutar bolas.

Coordenação visomanual ou fina

a) Escolher arroz ou feijão;

b) Montar em quebra-cabeça;

c) Modelar com massa ou argila;

d) Rasgar e amassar vários tipos de papel;

e) Tocar qualquer instrumento de teclado;

f) Recortar com o dedo;

g) Recortar com tesoura;

h) Colar, pintar,

i) Perfurar, dobrar;

j) Modular, bordar,traçar;

k) Contornar.

Coordenação Visual

a) Seguir com os olhos e a cabeça os movimentos de um

educador;

b) Andar ao redor de um objeto, sem desviar os olhos

dele;

c) Seguir apenas com os olhos movimentos.

Exercícios grafomotores

a) Passar o dedo indicador da mão dominante sobre uma

reta horizontal;

b) Fazer um traçado sobre o traçado já feito.

Page 26: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

26

4- Exercícios de Orientação Temporal

a) Reproduzir ritmos variados com o próprio corpo e com

objetos;

b) Ouvir histórias, ou músicas que contêm histórias;

c) Ordenar cartões com figuras;

Exercícios de Orientação Espacial

a) Pedir que todos andem pelo ambiente, explorando-o;

b) Jogar amarelinha;

c) Montar quebra-cabeça;

d) Obedecer ordens como: colocar o lápis em cima da mesa,

a caneta embaixo da cadeira, etc;

e) Arremessar bolas em espaços determinados;

f) Traçar uma linha entre contornos de linhas paralelas

sem tocá-las.

5- Atividades na Área de Comunicação e Expressão

a) Fazer caretas, assoprar apitos, mastigação;

b) Imitar sons, fazer bolhas de ar;

c) Jogar beijos;

Page 27: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

27

d) Inspirar pelo nariz e expirar pela boca;

e) Assoprar o ar com força;

f) Contar a história de seus próprios desenhos;

g) Formar histórias a partir de um título;

h) Realizar passeios a pé;

i) Contar o que vê em fotos ou gravuras;

j) Lembrar palavras que comecem ou terminem com um som

pedido.

6- Exercícios de Percepção

Percepção Tátil

a) De olhos abertos e depois fechados, sentir o próprio

corpo e objetos;

b) Reconhecer colegas pelo tato.

Percepção Gustativa

a) Experimentar coisas que têm e que não têm gosto;

b) Provar alimentos em diferentes temperaturas, sabores e

teores.

Percepção Olfativa

a) Experimentar odores como: perfumes, sabonetes, café,

álcool, vinagre, chás e flores;

b) Reconhecer objetos através dos cheiros.

Page 28: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

28

Percepção Auditiva

a) Brincar de cabra-cega;

b) Identificar e imitar sons e ruídos.

Percepção Visual

a) Identificar cores;

b) Separar e/ou agrupar objetos altos e baixos, curtos e

compridos, finos e grossos, largos e estreitos, cheios

e vazios.

Nessas atividades propostas por Fátima Alves e

reproduzidas nesse trabalho, vemos a intenção de fornecer

ao educador de pré-escola um instrumento que facilite e

enriqueça suas intervenções junto aos indivíduos.

Essa proposta visa fazer com que cada profissional

crie e aja com seus próprios recursos e características,

experimentando novas abordagens.

CONCLUSÃO Na idade pré-escolar, a criança necessita de

profissionais que propiciem um clima de segurança e de

confiança no decorrer do trabalho.

Page 29: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

29

A criança deve viver esta experiência de forma

positiva na área afetiva. O objetivo é propiciar à

criança situações na qual ela tenha confiança em seu

corpo e em seu desempenho motor e não fazê-la viver

situações desvalorizantes.

O papel do adulto é assegurar a boa marcha

coletiva das atividades; é necessário observar as reações

das diferentes crianças a fim de ajudá-las conforme suas

dificuldades. Não devendo fornecer ao aluno a resposta

pronta.

A ajuda dada é através do afeto e da segurança

transmitida pela sua presença; um contato manual eventual

poderá assegurar um apoio.

A expressão verbal da experiência vivida do

corpo é a prolongação natural do trabalho psicomotor.

Incentivar uma relação saudável com o próprio

corpo e o uso dele na aprendizagem são práticas que

deveriam ser cultivadas por toda escolaridade.

É importante também que o docente recupere a

sua história, os seus desejos infantis. Somente a partir

desse regresso ao mundo infantil o educador poderá

proporcionar experiências concretas e plenamente vividas

com o corpo inteiro. Relacionando-se com o mundo de forma

equilibrada.

Page 30: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

30

Vemos muitos professores com programas,

procedimentos de ensino, materiais de instrução

totalmente inadequados e desestimulantes e,

principalmente, carentes de flexibilidade necessária para

adaptar os objetivos do ensino às diferenças individuais

dos alunos. Muitas das atividades em sala de aula são sem

sentido para a criança e com isto as aprendizagens

tornam-se difíceis e desestimulantes.

O professor não deverá esquecer que o material

de seu trabalho é seu aluno. Por isso não deverá

preocupar-se apenas em preparar o ambiente escolar com

cartazes painéis, faixas, mas a si mesmo. É necessário

que ele conheça o aluno, seja seu amigo.

Espero que após esta leitura, possa ter

contribuído para um trabalho mais verdadeiro e

satisfatório com as crianças de 3 à 6 anos.

Mãos à obra!

BIBLIOGRAFIA

LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor (do

nascimento até os 6 anos). Trad. Por Ana Guardrola

Brizolara. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.

Page 31: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

31

ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção.

Rio de Janeiro: Wak, 2003.

OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e

reeducação num enfoque psicopedagógico – Petrópolis, RJ :

Vozes, 1996.

KRAMER, Sonia. Com a pré-escola nas mãos. Uma alternativa

curricular para a educação infantil. Editora Ática. RJ,

MEYER, Ivanise Corrêa Rezende. Brincar e viver: projetos

em educação infantil – Rio de Janeiro : WAK, 2003.

SMOLKA, Ana Luiza, GÓES, Maria Cecília Rafael de (

orgs.). A linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky

e a construção do conhecimento. Campinas, SP. Papirus,

1995.

PEREIRA, Mary Sue. A descoberta da Criança – Rio de

Janeiro: WAK, 2002.

ÍNDICE

Page 32: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

32

INTRODUÇÃO CAPÍTULO I O que é Psicomotricidade? CAPÍTULO II Construindo o Esquema Corporal Desenvolvimento Motor 2.1 – Conceitos de Esquema Corporal 2.2 – Etapas do Esquema Corporal CAPÍTULO III Educação Psicomotora na Escola CAPÍTULO IV Exercícios Psicomotores para Educação Infantil CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ÍNDICE

5 7 7 12 12 12 14 17 17 22 22 29 31 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Page 33: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL APARECIDA NUNES.pdf · como no práxico. Le Boulch ( 1984 ) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de ... coordenação

33

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Lato Sensu “

Título: A Psicomotricidade na Educação Infantil

Data da Entrega: 12 / 02 / 2005.

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

Avaliado por: ______________________________ Grau _______

___________________, ____ de ____________ de __