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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO E DO ORIENTADOR EDUCACIONAL DIANTE DOS CONFLITOS DENTRO DA ESCOLA Por: Diovana Maria Lourinho Ferreira Orientadora Profª Mary Sue Pereira Rio de Janeiro DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO E DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL DIANTE DOS CONFLITOS DENTRO DA ESCOLA

Por: Diovana Maria Lourinho Ferreira

Orientadora

Profª Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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2014

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO E DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL DIANTE DOS CONFLITOS DENTRO DA ESCOLA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Orientação Educacional e

Pedagógica.

Por: Diovana Maria Lourinho Ferreira.

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AGRADECIMENTOS

Á Deus que até aqui me deu forças

para jamais desistir, aos meus mestres

que me concederam trocas

inesquecíveis, a meu esposo

Wilkerson, nosso filho Mihael que

tiveram paciência e sempre me

apoiaram, aos meus Diretores Cristiane

e Michel que contribuíram diretamente

para que eu chegasse até aqui.

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DEDICATÓRIA

Primeiramente á Deus que me renova á

cada caminhada, meu esposo e filho que

claro, sempre estão ao meu lado para me

apoiar e ajudar, familiares e amigos que

acreditam no meu sucesso.

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a reflexão de todos para com a importância do

Coordenador Pedagógico e do Orientador Educacional nas escolas, diante dos

conflitos que infelizmente vem tornando-se rotineiros no cotidiano de alunos,

professores e comunidade escolar num todo. Traz ainda uma discussão da

Coordenação e Orientação, suas funções e atividades dentro da escola

identificando seu papel na Instituição, qual sua colaboração para superar junto

com a escola seus desafios do dia a dia, e as possibilidades que temos para

um trabalho articulado integrado, no qual a mediação é o eixo e a fórmula do

sucesso para integrar-mos escola, sociedade e família dentro das realizações

de atividades que requerem a participação de todos dentro e fora da escola.

Conclui-se que a necessária transformação da prática educativa na

Coordenação Pedagógica e na Orientação Educacional está pautada num

referencial de mudança, na qual se discute sobre a função do C.P e do O.E

diante de uma prática coletiva de trabalho integrado. Destaca-se o papel

destes profissionais diante das questões: a organização e concretização do

Projeto Político-Pedagógico, a proposta coerente para a formação continuada

de professores, reuniões pedagógicas e as relações interpessoais no âmbito

educacional.

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METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desta monografia foram utilizadas pesquisas

bibliográficas; consultas á sites de pesquisas científicas e observações

buscadas em diálogos com profissionais da escola de meu bairro sobre a

prática do CP e do OE dentro da escola.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Breve histórico da função do coordenador pedagógico na escola. 11

CAPÍTULO II

Breve histórico da função do Orientador Educacional na escola. 20

CAPÍTULO III

O Coordenador Pedagógico e o Orientador Educacional diante dos conflitos na

escola 27

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 41

WEBGRAFIA 43

ÍNDICE 44

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INTRODUÇÃO

Diante dos sérios problemas que a educação no Brasil vem passando ao longo

de muito tempo, á cada dia se vê a falta de interesse e o desgaste físico e

mental de nossos professores que simplesmente estão ficando doentes e se

aposentam, ou ainda assim, continuam lecionando sem nenhum compromisso

ou estímulo de melhorar o que está muito ruim em todos os sentidos, quando

falamos de processo educacional Brasileiro, seja na escola pública ou privada.

Mesmo assim, a educação ainda é encarada pela sociedade como única

esperança de futuro próspero. No entanto, persistem no continente altos

índices de analfabetismo, evasão, repetência e desigualdades de

oportunidades educacionais entre diferentes países, assim como entre regiões

geográficas de cada um deles. Em muitas sociedades é grave a crise da

escola pública e crescente fragmentação do sistema de ensino, em geral os

mais pobres, só tem acesso a determinadas escolas públicas, enquanto que

outras faixas da população, a de maior poder aquisitivo, freqüentam as

melhores escolas públicas e particulares consideradas de excelência.

Esta crescente diferenciação do sistema traduz também uma equação de

menor e a maior qualidade e viabiliza a tendência á inserção da educação na

lógica do mercado, como um produto de consumo que se compra, segundo as

possibilidades econômicas de cada um. Parte-se daí a geração das

problemáticas que vemos dentro do ambiente escolar, onde a qualidade da

educação é apresentada como a solução da crise que atravessa os sistemas

escolares no continente, relacionando-a com o tipo de sociedade e cidadania

que se quer construir e diferentes abordagens que dela podem ser feitas.

Diante de uma grande responsabilidade das famílias nos dias de hoje, que é

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educar sua criança nos dias de hoje, para que ela se torne um adulto de bem

amanhã diante de uma problemática antiga, onde a muito tempo buscamos

incansáveis soluções.

A desvalorização do profissional de educação pode também ser um dos

maiores fatores da frustração e baixa estima de nossos discentes dentro das

salas de aula de escolas públicas e privadas do País. Contudo, cada vez é

mais comum nas escolas Brasileiras encontrarmos crianças que não

aprendem, ou professores que não ensinam, mas o certo é que já estamos

habituados a nos deparar com um elevado número de alunos que não sabem

nem aquilo que a escola se propõe a ensinar.

Diante de tantas situações problemas, frustrações e falta de auto-estima de

professores, falta de educação e de interesse dos alunos, abandono da família

entre outras situações, o Coordenador Pedagógico e o Orientador Educacional

exercem papéis primordiais na mediação desses conflitos gerados dentro e

fora da escola. Onde o principal papel do Coordenador Pedagógico é

fundamentalmente um trabalho de formação continuada em serviço, ou seja,

favorecer a tomada de consciência dos professores sobre suas ações e o

conhecimento sobre o meio em que atuam e assim promover o bom

desenvolvimento profissional de todos, bem como a certeza de garantir o

aprendizado dos alunos.

O Orientador Educacional por sua vez, é um integrante da vida escolar e atua

em todos os momentos, para promover o desenvolvimento da aprendizagem

do aluno, tornando-se também um suporte pedagógico, pois trabalha

diretamente dando apoio as atividades coletivas desenvolvidas na escola e que

vão além da prática curricular desenvolvida em sala de aula pelos professores,

trazendo para dentro da escola as famílias e a comunidade escolar num todo.

A atuação do OE como profissional de ajuda, faz-se essencialmente junto a

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adolescentes e jovens alunos da escola, adultos em transição ou que ainda

não sabe o que quer ser, um alguém aceito com qualidades e defeitos.

A atual dinâmica do processo educativo, frente aos processos de

transformação de hoje requer, mas do que nunca a presença do Coordenador

Pedagógico e do Orientador Educacional nas escolas. Porém, é necessário no

entanto, que condições sejam criadas, sua importância sentida e reconhecida

como um todo e por todos que estiverem envolvidos na tarefa educacional,

para que realmente haja uma renovação de valores na educação brasileira

dentro de todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas.

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CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO DA FUNÇÃO DO COORDENADOR

PEDAGÓGICO NA ESCOLA

...O trabalho em equipe nos dá resultado mais rápido.

Analisando estudos e pesquisas realizadas por Vera Maria Nigro

e Laurinda Ramalho no aspecto da prática do Coordenador Pedagógico no

cotidiano escolar surgiram-se análises e questionamentos sobre tal profissional

que tem um papel primordial para o desenvolvimento do cotidiano da escola

dia a dia.

Alguns olhares sobre o papel do Coordenador Pedagógico na

instituição escolar, quais suas necessidades, sobre um outro olhar do

Coordenador Pedagógico, na formação continuada de professores o tempo de

construção na construção do trabalho pedagógico, a ação e participação

pedagógica por meio de ações coletivas.

Na escola atual o Coordenador Pedagógico é levado a assumir várias

funções, muitas vezes relegando em segundo plano aquela atividade que

poderíamos considerar como essencial. O coordenador Pedagógico não pode

esquecer jamais que sua proposta faz parte de algo mais amplo, que é o

projeto pedagógico da escola, e que quanto mais conhecera realidade sobre a

qual vai operar e os limites de sua ação maior probabilidade terá de escolher a

alternativa mais adequada. Não esquecer, principalmente, do “escolher e fazer

junto” reflexões e propostas compartilhadas proporciona o envolvimento e

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compromisso de todos na ação. Lembrando Paulo Freire (1980, p.63): “O que

caracteriza o comportamento comprometido é a capacidade de opção”.

1.1.O trabalho do Coordenador Pedagógico na escola.

Entendemos a Coordenação Pedagógica como uma assessoria

permanente e continuada ao trabalho docentes, cujas principais atribuições,

dentre outras, podem ser listadas em quatro dimensões como aponta Piletti

(1998, p. 125):

a) Acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência

e avaliação;

b) Fornecer subsídios que permitam aos professores atualizarem-se e

aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício profissional;

c) Promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a

comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo;

d) Estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas

atividades, procurando auxilia-los na prevenção e na solução dos

problemas que aparecem.

Entretanto, a despeito deste quadro de atribuições e até por desconhecimento

das mesmas, muitos olhares são lançados sobre a identidade e função do

coordenador pedagógico na escola, não raras vezes pelos próprios pais e

comunidade de intra e extra-escolar caracterizando-se em “modelos” distintos

e cobrando-lhe a determinação do sucesso da vida escolar e

encaminhamentos pertinentes as problemáticas que se sucedem no cotidiano.

Várias metáforas são construídas sintetizando o seu papel e a função na

escola com distintas rotulações e imagens, dentre elas, a de “bom-bril” (mil e

uma utilidades) a de bombeiro (o responsável por apagar os fogos dos

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conflitos entre docentes e discentes), a de “salvador da escola” (o profissional

que tem de responder pelo desempenho de professores na prática cotidiana e

do aproveitamento dos alunos) Além destas metáforas, outras aparecem

definindo-o como profissional que assume uma função de gerenciamento na

escola, que atende pais, alunos, professores e também se responsabiliza pela

maioria das “emergências” que lá ocorrem, isto é, como um personagem

“resolve tudo” e que deve responder unidirecionalmente pela vida acadêmica

da escola. Deste imaginário construído, muitas vezes o próprio coordenador o

encapa como seu e passa a incorporar um “modelo” característico forjado em

crenças institucionais e do senso comum.

Outro ponto relevante, apontado como uma das dificuldades do coordenador

pedagógico no desenvolvimento de seu trabalho é a definição no seu campo

de atuação na escola. Assim, por não ter claro o seu papel ou mesmo tendo

claro, mas abrindo mão dele por conta das crenças auto-realizadoras no

interior da escola, acompanha o ritmo ditado pelas rotinas ali designadas.

Quando se indaga sobre seu conhecimento sobre o papel e o campo de

atuação na escola, os coordenadores pedagógicos são unânimes em explicitar

a questão da formação continuada, desenvolvida junto aos professores,

trabalho que necessitaria estar articulado aos princípios pedagógicos

assumidos pela escola, por meio de uma leitura sistemática e intencional da

realidade contextual.

Segundo relatos é isso que a comunidade intra e extra-escolar esperam,

entretanto, frente a inúmeras questões que são colocadas para o profissional

resolver, inclusive no caso de ausência do restante da equipe técnica, mesmo

que essa atribuição não seja suficientemente bem desenvolvida. Diante de

tantas situações e questionamentos ainda acreditamos que a escola foi

pensada como um espaço que garantisse um lugar no mundo do trabalho,

sendo que ao final do curso de formação para qualquer área, o aluno era

considerado pronto para atuar profissionalmente, principalmente aqueles que

seguissem as normas, se mostrassem estudiosos e obedientes. Hoje, nem a

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estes a escola pode garantir um futuro de sucesso, apesar de contribuir para

uma melhor inserção no mercado de trabalho, à medida que a escola

proporcione “[...] oportunidades de desenvolvimento de uma flexibilidade

intelectual, de sensibilidade e abertura para o novo, de criatividade em face de

situações desafiadoras, de atitude crítica e construtiva face aos impasses que

o mundo coloca” (Alves & Garcia, p.133).

Infelizmente podemos pensar que há muito tempo a escola deixou de ser o

único lugar de acesso ao conhecimento, passando a ser apenas mais um entre

muitos, onde ocorre o encontro das múltiplas redes de conhecimento, onde

cada sujeito traz consigo uma bagagem. Portanto, a escola deve ser o espaço

de convergência das várias experiências e vivências que cada um traz consigo,

enfatizando que “ninguém sabe tudo e ninguém nada sabe”. Desse modo, a

escola é chamada a propiciar que os diferentes conteúdos curriculares se

entrelacem aos conhecimentos prévios dos alunos, e principalmente romper

com a divisão disciplinar, através da transversalidade.

Infelizmente nas escolas o que mais vemos na maioria das vezes, são

professores que preferem encaminhar os alunos à direção ou ao Coordenador

Pedagógico, para que sejam aplicadas sanções a esses alunos indisciplinados,

lembrando que ações autoritárias não resolvem o problema e pouco ajuda os

alunos, podendo aumentar ainda mais o comportamento indesejado. Nesse

contexto, destacamos a importância do Coordenador Pedagógico, que pode

junto à equipe escolar, ajudar o grupo a discutir e a refletir sobre o problema da

indisciplina.

Este profissional pode ser pautado em duas dimensões, como investigador da

realidade e na proposição vários pontos podem ser observados pelo

Coordenador Pedagógico, o que os professores entendem por indisciplina? A

relação professor-aluno, a maneira como o professor concebe a disciplina em

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sala de aula influencia a sua relação com o aluno. Geralmente é o docente que

prima por uma relação pautada no respeito mútuo e que é percebido pelos

alunos com admiração. Cabe ao PCP verificar como são as relações entre os

professores e os alunos, pois nessa dinâmica pode estar o fator

desencadeador de muitos conflitos que se apresentam nas escolas. De um

projeto de formação junto ao corpo docente, como formas de buscar

alternativas para mediar o problema.

Diante de algumas situações e explicitando a prática do Coordenador

Pedagógico dentro da escola, ele pode em conjunto com a equipe escolar,

construir um projeto visando à superação dos problemas titulados mais sérios

ou muito graves. Contudo é importante garantir a participação de toda a

comunidade escolar, pois várias ações podem ser planejadas, abrangendo

pais, alunos, funcionários, professores e equipe técnica. Para que isso

aconteça é indispensável que haja um bom relacionamento entre

família/escola, baseado no diálogo, troca de experiência, discussões e

decisões conjuntas.

O principal desafio do Coordenador Pedagógico para alcançar metas na sua

escola de forma satisfatória, além de conhecer o contexto da família é

demonstrar claramente a dimensão política de suas ações, sendo sua principal

função “administrar” os grupos, organizando, orientando e harmonizando. Na

escola os grupos se caracterizam pela diversidade e pelas múltiplas interações

entre o Coordenador Pedagógico, professores, alunos, pais, diretor, etc. No

entanto, o tempo para essas interações é pequeno e restrito aos intervalos,

reuniões, entrada e saída, aumentando a complexidade da função. Questão

que deve ser contemplada na formação inicial e permanente desse

profissional. É com essa diversidade que o Coordenador Pedagógico se

defronta e tem que trabalhar. Já com os pais o grande desafio é criar canais de

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comunicação e convencê-los de que devem participar do processo educacional

de seus filhos, em parceria com a escola.

Há ainda as pressões de instâncias superiores, e a carga de trabalho

burocrático, que ocupa quase todo o seu tempo que deveria ser dedicado às

funções pedagógicas, desta forma, estar e trabalhar com grupos traz como

condição lidar apenas com a diversidade, não sendo possível, contudo, prever

o resultado de um trabalho em grupo, planejando somente o que fazer a partir

de hipóteses até então incertas de qualquer prática. Se neste movimento o

coordenador conseguir entrelaçar os projetos individuais com os coletivos,

maior será sua possibilidade de sucesso. É confortador lembrar que, mesmo

com todos esses cuidados, é impossível ter o controle de todas as situações.

Tomar decisões diante de tantas solicitações, tantas emergências, tantos

conflitos que representam o cotidiano escolar não é fácil, é necessário ter

sagacidade para definir alguns pontos e ataca-los com as atitudes corretas,

levando em conta a situação concreta da escola, inserida num sistema escolar

mais amplo, e os seus próprios limites, profissionais e pessoais. Assim o

Coordenador Pedagógico deve evitar assumir tudo sozinho, pois o trabalho

conjunto possibilita administrar conflitos e chegar às soluções, que por sua vez

permitirão o crescimento do grupo e do processo educativo. Onde cada

problema vivido na escola será uma oportunidade de aprendizado e

amadurecimento pessoal e profissional para todos os envolvidos neste

processo.

Contudo, é preciso realmente ter coragem para fazer escolhas corretas, definir

metas, aproveitar brechas, criar espaços, fazer parcerias e atitudes para

aventurar-se neste cotidiano cheio de diversidades onde embora distante no

tempo, as ações e atividades da orientação pedagógica foram pioneiras e seus

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reflexos permanecem até hoje no dia á dia das escolas, sejam públicas ou

particulares.

1.2.Formação continuada de professores e coordenadores

pedagógicos.

O pressuposto de que construir a identidade de um ofício e construir-se nele

como seu escultor é realizar uma prática em que se busca o significado do

papel e exercício da cidadania e da própria humanidade, pois, a vivência

escolar e esta o desenvolvimento do trabalho pedagógico sustenta-se nos

intercâmbios e as aprendizagens comuns, respeitando-se a diversidade de

posicionamentos.

A este respeito Lima (2007) enfatiza:

O conhecimento da vida escolar, de suas relações, indagações, êxitos, fracassos, completudes e incompletudes em relação às políticas publicas para a educação, em relação a dimensão das relações interpessoais, em relação a organização, metas e projetos da escola; solicita uma visão de

conjunto para que seus contextos e condicionantes sejam suficientemente entendidos e problematizados, desta maneira a educação em sua finalidade

primordialpoderá encontrar encaminhamentos significativos como indicadores de seu norteamento. Na sociedade do conhecimento em que

vivemos, que se caracteriza pelo processo ensino-aprendizagem permanente e continuado

(mundo globalizado e em processo de globalização) não é possível entender a escola e suas relações como se estivessem desvinculadas da totalidade social, materializando seus esforços simplesmente como transmissora de conhecimentos, cujo dever formal se completa na formação de sujeitos

determinados para uma sociedade impessoalizada e alienante.

A coordenação pedagógica em seu sentido estrito, consequentemente, não se

caracteriza como dimensão mecânica e centralizadora, definidora da relação,

alienando-se apenas das questões contextuais que inquietam professores,

alunos e comunidade, muito pelo contrário, garante o espaço do diálogo

fortalecendo a vitalidade projetiva dos grupos sociais, atendendo perspectivas

da comunidade escolar num todo, na luta incessante por uma educação de

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qualidade e primando por pela superação dos obstáculos que inviabilizam as

ações coletivas. Tal ação deverá estar implícita ao trabalho do Coordenador

Pedagógico, bem como de sua atualização, capacitação e formação

profissional, que por sua vez, necessita ser constante e permanente. Cabe ao

coordenador pedagógico, juntamente com todos os outros educadores, exercer

o “ofício de coordenar para educar”, no sentido de sempre possibilitar trocas e

dinâmicas da mesma essência da aprendizagem “aprender e aprender juntos”

para que realmente aconteçam melhorias no profissional de todos e buscando

a formação continuada de forma insistente e constante para o amadurecimento

profissional individual de cada educando.

Não se trata de imaginar que cabe apenas ao coordenador pedagógico a

tarefa de realizar tantas tarefas sozinho, mas de também compreender que

este por sua vez, estando a serviço do grupo, e incumbido diretamente pelo

objetivo de buscar a superação dos problemas diagnosticados e passa a

promovera a dinâmica coletiva e de extrema necessidade para todo o grupo.

Assim, a coordenação pedagógica, muitas vezes exercida por um educador,

guarda suas bases fundamentais no significado e a papel da educação. Como

foi destacado em Lima (2007) a aproximação e interação entre as partes

sociais da escola (professores, coordenadores pedagógicos, diretores,

orientadores educacionais, demais colaboradores, pais e alunos) possibilitam a

identificação da percepção de realidade vivenciada e dos sentimentos que esta

realidade lhes provoca, além das reivindicações que devem conduzir a garantia

de uma educação com qualidade e como prerrogativa cidadã. As trocas de

experiência entre todo o corpo docente da escola provocam leituras além dos

“muros escolares”, o que muitas vezes provoca a orientação e formação do

cidadão em sentido amplo da educação para o exercício da cidadania num

todo, preparando o indivíduo para o concorrido mercado de trabalho; além da

superação do individualismo por meio de um processo de um processo de

socialização da aprendizagem, da convivência e dos interesses e finalidades

comuns do grupo.

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Contudo, precisamos entender que a identidade é um processo de

construção, então, o ideal é propormos que sejam criados termos de

convivência nas escolas, partindo da coordenação pedagógica com

professores e através destes as relações sejam melhor possibilitadas para que

sejam criadas alternativas de formação continuada para todos os educadores

envolvidos nesta construção, pois é certo de que o aprender junto com

responsabilidade, requer comprometimento e amadurecimento das pessoas

para que sejam buscadas melhores condições de trabalho e uma troca de

aprendizado mutuo e satisfatório para todos.

Partindo desta concepção de tempo, formação de educadores precisará ser

pensada como prioridade, buscando uma formação continuada voltada a

reflexão, e isto bem sabemos que é uma arte, semelhante a forma de tecer

como um tecelão, requerendo não somente habilidades, mais a visão mais

ampla e coerente do que se faz e como se faz. Holanda (1995) define a

palavra “tecer” como: “entrelaçar regularmente os fios, tramar, fazer, compor,

trançar, urdir, engendrar, formar, produzir” Neste sentido, a ação coletiva de

administração dos conflitos e encaminhamentos poderá ter um melhor

direcionamento, ficando mais coeso e de forma prudente para ambas as partes

do problema, respondendo sem omissão as ocorrências da escola e de seus

pares, quer sejam políticas, profissionais ou de outra índole.

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CAPÍTULO II

BREVE HISTÓRICO DA FUNÇÃO DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL NA ESCOLA

Quando falamos de Orientação Educacional nos dias de hoje, vemos que a

escola tem um papel bem mais complexo do que antes, pois precisa educar

desafiando as novas formas de educação impostas pela sociedade juntamente

com as mídias que mostram escancaradas e sem pudor algum a “realidade”

em que infelizmente vivemos em nosso cotidiano diário e vivenciamos tais

situações também dentro das escolas, sejam públicas ou privadas. Contudo

torna-se mais que necessário que o Orientador Educacional, tenha uma boa

formação político-pedagógica, psicológica e cultural, pois o aluno de “hoje” não

é o mesmo de “ontem”.

Nas concepções tradicionais, caracterizadas como liberais, a Orientação

Educacional tinha o papel de ajustar o aluno á escola, á família e á sociedade,

levando em consideração um modelo de homem, de sociedade, de escola e

até mesmo de Orientação. Já na Pedagogia tradicional o Orientador tinha a

responsabilidade de aplicar testes e instrumentos de medida. Na Pedagogia

renovada, o Orientador tinha apenas o papel de consultor, identificando as

mudanças no desenvolvimento do aluno através de atividades de estímulo.

Nas concepções progressivas, a Orientação trabalha com a realidade social do

aluno, diante das contradições e conflitos, fazendo sempre a mediação entre

indivíduos e sociedade.

Segundo GRINSPUN (2006, p. 55) “ O Orientador Educacional dialetiza as

relações e vê o aluno como um ser real, concreto e histórico”. Dessa forma, ele

assume uma postura política, percebendo que a educação faz parte de um

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contexto sócio-econômico-político-cultural e que o aluno é o principal sujeito

desse contexto onde, o mesmo está inserido em uma determinada sociedade.

Por isso, o Orientador Educacional é um profissional de grande importância na

escola, pois, ele vai articular/orientar e clarificar as contradições e confrontos, e

nesse meio, buscar ajudar o aluno a compreender as redes de relações que na

sociedade se estabelecem. Sendo um ser em formação, o aluno necessita de

orientação de diferentes instituições desde a família ou até a igreja que

eventualmente o mesmo possa freqüentar. No que se refere á família, a

principal “instituição” educativa, devemos lembrar que o despreparo dos pais e

a possibilidade de que seja necessário a mulher ausentar-se de casa para

trabalhar contribui para que os genitores ou responsáveis tenham menos

condições e disponibilidade para participarem direta ou indiretamente da

educação de seus filhos.

Por outro lado, como o aluno passa boa parte do tempo na escola, e esta por

sua vez é a “instituição” mais bem preparada para exercer influência

sistemática, científica e cultural na educação dessas crianças, espera-se da

escola hoje, bem mais do que a transmissão de conhecimentos. Entretanto,

algumas características negativas do sistema educacional Brasileiro como o

baixo rendimento da aprendizagem, que consequentemente causa altos

índices de repetência e evasão escolar, revelam que as escolas não estão se

quer oferecendo a sua principal tarefa, que é ensinar. Diante desta

problemática e considerando os inúmeros fatores que causam o fracasso

escolar, retificamos que a educação não pode se esgotar unicamente na

relação professor-aluno. Outra função complementar e importantíssima ao

processo ensino-aprendizagem na escola é justamente a do Orientador

Educacional, que por sua vez é um especialista sistemático e contínuo que se

caracteriza por oferecer uma assistência profissional realizada por meio de

métodos e técnicas pedagógicas ou psicológicas, exercida direta ou

indiretamente sobre os alunos, levando-os ao conhecimento de suas

características pessoais e do ambiente sociocultural, afim de que possam

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tomar suas próprias decisões e as melhores perspectivas para seu

desenvolvimento pessoal e social.

Outro ponto que justifica a presença do Orientador Educacional dentro da

escola diz respeito á necessidade do trabalho em equipes multidisciplinares. O

Orientador, aliado aos demais profissionais da escola e a outros pedagogos,

pode contribuir e muito para a organização e dinamização do processo

educativo. É o que dizem Giacaglia e Penteado (2002) “Participando do

planejamento e da caracterização da escola e da comunidade, o Orientador

Educacional poderá contribuir, significativamente, para decisões que se

referem ao processo educativo como um todo”. (p. 15)

O campo de atuação do Orientador Educacional era inicialmente, apenas e tão

somente focalizar o atendimento ao aluno, aos seus “problemas”, a sua família,

aos seus “desajustes” escolares, etc... pouco ou quase nada voltado a

autonomia do aluno e a sua contextualização enquanto cidadão. Algum tempo

depois, voltou-se á prestação de serviços, mas sempre com objetivo de

ajustamento ou prevenção. Hoje, porém, o papel desempenhado por tal

profissional é outro:

“A Orientação, hoje está mobilizada com outros fatores que não penas e unicamente cuidar e ajudar os alunos com problemas”. Há, portanto

necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a “construção de um cidadão que esteja

mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se, significativamente, “onde chegar”, neste momento da Orientação Educacional em termos de trabalho com os alunos. Pretende-se

trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo nas relações estabelecidas” (CRINSPUN, 1994,

p.13).

Villon (1994) diz que o trabalho do Orientador Educacional deve ser o de

propiciar a aproximação entre a escola e a comunidade, desvelando os papéis

e a influência que diversas instituições, tais como clubes, indústrias, comércios

locais, associações etc. exercem a comunidade. Preconiza a liberdade de

extrapolar o espaço escolar indo em rumo a comunidade escolar. A autora

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evidencia desta forma, que o campo de atuação do Orientador Educacional

não se limita á microestrutura escolar.

Assis (1994) apresenta a importância do papel do Orientador Educacional

como co-responsável pela aprendizagem dos alunos. Questiona as práticas

docentes envolvendo os aspectos didático-pedagógicos, tais como,

metodologia, avaliação, relação professor-aluno, objetivos, conteúdos e mostra

a necessidade de os docentes conheçam e reflitam sobre o real significado da

existência da escola e sua função social. Apresenta o papel do Orientador

Educacional numa dimensão bastante ampla e fala também da escola como

lócus privilegiado de participação. Questiona a formação profissional,

mostrando que há necessidade do domínio de conteúdos necessários a uma

nova atuação. A autora diz que a Filosofia ajuda o Orientador Educacional no

sentido da práxis pedagógica e acrescenta:

Outros conhecimentos devem fundamentar a prática do Orientador

Educacional, tais como a Psicologia, Sociologia, História da Educação, História do Brasil (até nossos dias), além de outros,

oriundos da Antropologia, Ciências Políticas, Metodologia e Pesquisa em uma abordagem qualitativa. (p. 137)

Millet (1987), numa atuação ousada para a época é incompreendida pelos

profissionais da educação da própria escola onde trabalhava, já apresentou há

mais de dez anos atrás, uma mudança de enfoque no trabalho do Orientador

Educacional.

É necessário pensar junto com os alunos sobre o ambiente que os circunda e as relações que estabelecem com esse ambiente, para que, tomando consciência da expropriação a que são submetidos,

sintam-se fortalecidos para lutar por seus direitos de cidadãos. (p.43)

Segundo a autora, a indisciplina, agressividade, desinteresse, dificuldades de

aprendizagem (queixas mais comuns dos professores) não podem e nem devem ser

tratadas isoladamente e sim a partir de um estudo das relações “professor-

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aluno”, aluno-conteúdo, aluno-aluno, aluno-estatutos escolares, aluno-

comunidade, professor-comunidade. (p.43).

Através da apresentação de um relato de experiência, a autora conclui

alertando para o caráter político da atuação do Orientador Educacional que

“ultrapassa os limites dos muros da escola” e se envolve com a comunidade.

Placco (1994) conceitua a Orientação Educacional como:

Um processo social desencadeado dentro da escola, mobilizando todos os educadores que nela atuam especialmente os professores –

para que, na formação deste homem coletivo, auxiliem cada aluno a se construir, a identificar o processo de escolha por que passam, os

fatores socioeconômico-político-ideológico e éticos que o permeiam e os mecanismos por meio dos quais ele possa superar a alienação proveniente de nossa organização social, tornando-se, assim, um

elemento consciente e atuante dentro da organização social, contribuindo para sua transformação. (p.30)

A respeito da formação do educador para o desempenho de funções ligadas a

gestão educacional, ou seja, os administradores, orientadores educacionais e

supervisores, Lovatel, Klein e Medeiros (1993) constatam que a especificidade

de formação dos diferentes profissionais que atuam na rede escolar brasileira,

licenciados pelos cursos de Pedagogia, só teriam sentido se trouxessem em

seu bojo a dimensão de totalidade, de compromisso social, de transformação

das condições materiais. Desta forma, há uma “especificidade a ser respeitada

e resguardada na formação de cada especialista em função das condições

sócio-históricas concretas evidenciadas nas escolas e instituições” (p.30).

No que se refere aos aspectos legais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

(LDB 9394/96), em seu artigo 64 diz que:

A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia

ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação a base comum nacional.

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No entanto, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em

Pedagogia, Licenciatura, em parecer aprovado em 13/12/2005, reduzem a

Orientação Educacional á área de serviços e apoio escolar, o que significa

mais um passo para a extinção total da função de Orientação Educacional.

Incoerentemente, o artigo 5º menciona que o egresso do curso de Pedagogia

deverá estar apto para uma série de tarefas possíveis apenas a partir de um

trabalho integrado com outros profissionais da educação.

ll- Compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a contribuir para o

seu desenvolvimento nas dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual, social:

Vll- Promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família, e a

comunidade:

XlV- Realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre alunos e alunas

e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências não-escolares: sobre

processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos: sobre

propostas curriculares e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas.

As tarefas citadas acima são apenas algumas que podem ser realizadas pelo

Orientador Educacional, em trabalho articulado ao gestor e ao coordenador

pedagógico. Algumas frentes de trabalho existem em todas as escolas e não

podem ser relegadas a segundo plano. Toda escola realiza um trabalho

pedagógico composto por situações de caráter pedagógico-adminstrativo.

Envolve, ainda, a organização e divisão do trabalho propriamente dito: divisão

de funções, determinação de horários a serem cumpridos pelos funcionários e

horários de funcionamento dos diferentes setores, a divisão de pessoal nos

diferentes turnos e setores, abertura e fechamento de portões, merenda

escolar, etc. Toda essa parte é importante porque sem ela a escola não pode

caminhar, além de representar a estrutura indispensável para que seja possível

a realização do ato educativo.

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Dentre as tarefas de caráter pedagógico-adminstrativo estão todas as

iniciativas que a escola deve ter para que o ensino e aprendizagem ocorram.

Aliás, este é o coração do trabalho pedagógico. Ai se destaca duas ordens de

necessidades diferentes: uma ligada ao professor e outra ligada ao aluno.

Quanto ao aluno, pode-se dizer que é a razão de ser da escola. Para colaborar

com o aluno e com as suas necessidades, a escola precisa contar com o

trabalho do Orientador Educacional, pois esse é o profissional que trabalha

diretamente com o aluno e se preocupa com a sua formação pessoal. A ele

cabe desenvolver propostas que elevem o nível cultural dos mesmos e que

tudo faça para que o ambiente escolar o melhor possível. Contudo, o

Orientador Educacional diferencia-se do Coordenador Pedagógico, do

Professor e do Diretor. O diretor ou gestor administra a escola como um todo;

o professor cuida da especificidade de sua área do conhecimento; o

coordenador pedagógico fornece condições para que os docentes realizem

sua função da maneira mais satisfatória possível e o Orientador Educacional

cuida da formação de seu aluno, para a escola e para a vida.

Sobre a prática do Orientador Educacional na escola, concluímos que é um

profissional que participa de todos os momentos coletivos da escola, na

definição de seus rumos, na elaboração e avaliação de sua proposta

pedagógica, nas reuniões do Conselho de Classe, oferecendo subsídios para

uma melhor avaliação do processo educacional. Desta forma, é necessária

uma discussão sobre a natureza da vida escolar em que todos os integrantes

da equipe pedagógica “questionem criticamente o currículo existente na

escola, o currículo oculto, o aparelho político em todos os níveis, a forma e o

conteúdo dos textos escolares e as condições de trabalho que caracterizam

escolas específicas.” (GIROUX, 1997, p.48)

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CAPÍTULO IIl

O COORDENADOR PEDAGOGICO E O ORIENTADOR

EDUCACIONAL DIANTE DOS CONFLITOS NA ESCOLA

Em meio aos dilemas de cunho neoliberal, vivenciados pela Orientação

Educacional, tais como: o descaso com a educação, as estratégias

econômicas que são inseridas no âmbito educacional apenas para a promoção

da competitividade e a divulgação de que a educação promove o

desenvolvimento sustentável da economia. Vasconcellos (2004) salienta a

importância de um especialista na escola. Compreende que a escola não

funcionaria sem professores e sem alunos. E sem um “especialista”? Para o

autor fica provado por meio de pesquisas que a escola que tem um

especialista apresenta um ensino de melhor qualidade, até porque, na maioria

das escolas quem tem desenvolvido esta função é a direção, supervisão,

orientação e coordenação pedagógica. Isso se dá pela possibilidade do tipo

de atividade exercida pelos mesmos na instituição. Refere-se ao especialista

como o “intelectual orgânico”ou seja, um especialista que consegue

compreender a realidade, um intelectual competente, ao ponto de conseguir

compreender os problemas e organizá-los, e passar para a frente a fim de

solucioná-los de forma coletiva. Um trabalho que deve ser realizado, e que seja

capaz de despertar interesse de mudança nas pessoas (VASCONCELLOS,

2004).

Muitas vezes a Orientadora Educacional sai da escola para participar do

cotidiano da comunidade como, reuniões para discutir a questão da

violência na favela ou do movimento para a construção da rede de esgoto,

isso não significa que a Orientadora está deixando de cuidar das atividades

do interior da escola, ao contrário, isso representa não perder de vista o

contexto social, onde a escola está inserida e retrata a realidade concreta

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vivenciada pelo aluno. A função da Orientação Educacional é organizar o

processo educacional, buscando um trabalho em conjunto, na qual todos os

profissionais têm uma contribuição a oferecer em sua especificidade de

ação, com um mesmo objetivo, ou seja, atender o aluno na busca de uma

apropriação do conhecimento, no qual esses conhecimentos transmitidos na

escola devem se aproximar da sua vida diária. É por meio das dificuldades

enfrentadas para a sobrevivência dos alunos que a escola precisa se

preocupar, é isso que é preciso ser tratado, mas não tratando-os como

“coitados” ou paternizá-los, mas trabalhar numa perspectiva onde os alunos

possam tomar consciência dos problemas que enfrentam na sociedade

como as questões culturais, econômicas, sociais, políticas etc...

Muitas vezes é a partir desses momentos que o Coordenador Pedagógico e

o Orientador Educacional devem saber mediar esse tipo de conflito e

favorecer a esses alunos, fazendo-os participar de movimentos, um trabalho

coletivo para mudar o percurso da sua história (MILET, 2001).

Milet (2001), responde que o papel da escola diante dos problemas sociais,

em meio a sociedade de classes, é tornar o conhecimento significativo para

o aluno e evitar o fracasso escolar. Conforme ressalta:

[...] dificilmente o aluno aprende, se os conhecimentos transmitidos não são significativos para ele, seja esse aluno pertencente à classe trabalhadora ou não. Mas o que se verifica é que os conteúdos programáticos, a linguagem, as normas escolares, as regras de conduta são estabelecidas em harmonia

com os valores das camadas médias da população. Em nossa sociedade, qualquer que seja o lugar em que esteja localizada, qualquer que seja a

população atendida, a escola veicula os padrões dominantes como sendo os padrões ideais a ser atingidos por todos, indiscriminadamente.

Individualismo, competição, “modos” ao sentar e ao falar passividade, obediência e respeito à hierarquia, são algumas das imposições que a

escola costuma fazer aos alunos ao contrário do espírito de coletividade, da cooperação, de espontaneidade e do respeito mútuo, características dos

segmentos de baixa renda da população. Como se pode verificar, o aluno pobre está mesmo destinado ao fracasso, tal a estranheza que a escola lhe

inspira (MILET, 2001, p.48-49).

Portanto, o papel do Coordenador Pedagógico e do Orientador Educacional

nesta ênfase é de buscar elementos que possa propiciar momentos de

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debates, sobre a vivência do aluno no seu cotidiano e relacionar com os

conteúdos no processo ensino-aprendizagem. Esse trabalho do Orientador

Educacional incluirá toda equipe pedagógica, ou seja, diretores,

professores, supervisores, coordenadores e que os pais e os alunos

devem fazer parte deste trabalho. Compreende-se que para isso o

Orientador Educacional terá que buscar embasamentos teóricos para

aperfeiçoar sua compreensão da história da sociedade relacionando aos

nossos dias, e assim contribuir se sobressaindo dos demais profissionais

para uma melhor compreensão de trabalhar no coletivo em todos os

aspectos, ou seja, questões de relacionamento, afetividade, ética, enfim,

que a prática educativa por meio do seu trabalho seja transformada.

De qualquer forma fica a exigência de uma atividade que seja, significativa

e significadora, integrada e integradora, como aponta Vasconcellos (2004,

p.72):

[...] visando uma melhor qualidade do trabalho pedagógico. os papéis desempenhados pelos especialistas, nesta linha, são tão relevantes que, no caso de ausência de agentes que os ocupem formalmente, serão exercidos por outros profissionais no interior da instituições; não estamos, pois, falando de “cargos”, mas de funções decisivas, tarefas imprescindíveis da prática educativa transformadora.

Já a escola por sua vez, apresenta-se como local privilegiado de

socialização e, portanto, propício ao desenvolvimento de sentimentos,

afetos e emoções que podem em determinado momento gerar conflitos em

que o diálogo cotidiano não seja capaz de solucionar. Quando isso ocorre

percebe-se a necessidade de que sejam tomadas providências para que

essa situação conflituosa não se deteriorize vindo a tornar-se um ato de

violência. A esse respeito Ortega, (2002:143), afirma que:

O conflito emerge em toda situação social em que se compartilham espaços, atividades, normas e sistemas de poder e a escola obrigatória é um deles. Um conflito não é necessariamente um fenômeno da violência, embora, em muitas ocasiões, quando não abordado de forma adequada, pode chegar a deteriorar o clima de convivência pacífica e gerar uma violência multiforme na qual é difícil reconhecer a origem e a natureza do problema.

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Diante dos conflitos é necessário que a escola desenvolva ações

preventivas e curativas no intuito de tornar as relações e o ambiente escolar

harmonioso, por meio da prática do diálogo e da mediação dos conflitos.

Desse modo a mediação de conflitos na escola se apresenta como uma

proposta de pacificação, oferecendo aos sujeitos envolvidos no conflito a

possibilidade de solucioná-lo ou ameniza-lo por intermédio de ajuda

especializada. Nesse sentido, a mediação é definida pelo Coordenador

Pedagógico e o Orientador Educacional, “como um processo confidencial e

voluntário, no qual um terceiro imparcial facilita a negociação entre duas ou

mais partes, e onde um acordo mutuamente aceitável poderá ser um dos

desenlaces possíveis”. Assim sendo, a imparcialidade, o diálogo e o consenso

democrático são práticas imprescindíveis na resolução dos conflitos gerados

dentro da escola.

A importantíssima mediação dos conflitos na escola pelos

Coordenadores Pedagógicos e Orientadores Educacionais pretende contribuir

para a convivência mais saudável entre pais, docentes, discentes e sociedade

escolar num todo para a construção da cidadania e enfrentamento da

violência, já que são os próprios envolvidos no conflito que tentam buscar

meios de superá-lo, prática que ao longo do tempo, possibilita a criação da

cultura e da possível “paz” dentro das escolas.

Contudo confirmamos a extrema importância dos Pedagogos nas

escolas: seja nas tarefas de administração (estendida como organização

racional do processo de ensino e garantia de perpetuação desse processo no

sistema de ensino de forma a consolidar um projeto pedagógico-político de

emancipação das camadas populares), seja nas tarefas que ajudem os

Professores no ato de ensinar pelo conhecimento, e não apenas dos

processos específicos de aprendizagem, mas também na articulação entre os

diversos conteúdos e a busca de uma sala de aula, e de uma escola onde o

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respeito e os valores prevaleçam além da violência que nos cerca todos os

dias dentro e fora dos muros escolares no Brasil.

Entre as diferentes opiniões dadas aos psicólogos sobre conflito,

Freud, citado por Castro & Santos, manifesta a importância da educação na

formação do aluno num ambiente preventivo dos conflitos:

A educação exerce um papel importantíssimo em relação á formação dos alunos. Ela poderá influenciar seu comportamento social de forma positiva ou negativa. Será positiva, á medida que orientar e prevenir os conflitos individuais para que os grupos também possam fluir em seu inter-relacionamento. Será negativo, quando ocorrer os desequilíbrios e não se conseguir promover acções criativas. Estas acções minimizam as tendências e influências negativas do contexto social e auxiliam no fortalecimento da personalidade do indivíduo. (2009, p.14)

Apesar de várias definições sobre o conflito, chegou-se ao consenso de

que o profundo sentimento de solidão e desamparo, inquietude, perplexidade

na tomada de decisão, a pouca capacidade de concentração nas tarefas a

realizar, tristeza acentuada, perda de apetite alimentar, idéias obsessivas são

sintomas que se associam ao estado de conflito.

No ambiente escolar, os conflitos com maior incidência têm origem em

problemas como:

1. Falhas na comunicação entre aluno ↔ professores ↔ profissionais de

educação ↔ comunidade;

2. Ausência de actividades de um programa de educação continuada para

professores e profissionais da educação – acadêmicos, administrativos

e encarregados de educação.

3. Planejamentos inadequados ao grupo alvo (alunos);

4. Resistência à mudança no contexto da escola, tanto no aspecto

académico como no administrativo;

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5. Líderes com acentuado índice de autoritarismo.

6. Desigualdade social entre alunos, professores e outros membros da

comunidade escolar.

No ambiente escolar é constante o aluno manifestar comportamento que

crie conflito na sala de aula. Segundo MACHADO (2004), o conflito surge com

bastante freqüência de duas formas:

a) Em situações de crise de oposição.

b) Em dinâmicas conturbadas ou turbulentas (comummente chamadas de

indisciplina).

Quanto á primeira forma, muitas das vezes essas situações são

confundidas pelo professor como falta de respeito do aluno ou funcionário ao

ter um comportamento de oposição ao passo que as situações de dinâmicas

conturbadas ou turbulentas são caracterizadas pela agitação total de choque

entre a postura rígida do professor e a atitude inquieta dos alunos ou

funcionários. Todos esses aspectos aqui delineados fazem com que os

conflitos se proliferem e as reações emocionais aflorem nas instituições ou nos

estabelecimentos de ensino. Todos os profissionais que trabalham diretamente

com pessoas precisam ter conhecimentos básicos quanto á origem de conflitos

no ambiente escolar; as condições psicológicas que envolvem o indivíduo em

convívio social. Seja em família, no trabalho ou em qualquer concentração

social. É por isso, que cabe aos profissionais de educação estarem atentos

aos estudos mais recentes da psicologia das Relações Humanas e a

operacionalização e gestão de conflitos no ambiente escolar.

Segundo NANSCIMENTO, os conflitos podem ser divididos em duas áreas:

1- Conflito Social – é de reconhecer que hoje, se vive numa sociedade altamente evoluída do ponto de vista social e tecnológico, mas bastante precária em termos de capacidade para negociações. E a violência tem sido no decorrer da história da humanidade, um dos instrumentos mais utilizados para resolver conflitos.

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2- Conflitos tradicionais - são aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo a solidariedade. (2002, p.47)

Na medida em que se diversificam os tipos de conflitos, também se

diferem as consequências para o aproveitamento do aluno. Dentre os vários

aspectos do conflito, alguns podem ser considerados como negativos e

aparecem com frequência dentro das organizações. Quando o indivíduo em

conflito desvia a atenção dos reais objetivos, colocando em perspectiva os

objetivos dos grupos envolvidos no conflito, mobilizando os recursos e os

esforços para a sua solução ou ainda quando tornam a vida numa derrota,

caracterizados pela desmotivação, inibição, solidão, desinteresse, desistência,

etc]

Portanto, o indivíduo em estado de conflito, apresenta algumas atitudes:

• Extroversão – comunicativo.

• Introversão – calado.

O aluno ou indivíduo extrovertido ou introvertido, não significa que está ou

não satisfeito com o embate (choque), somente as características individuais

do comportamento podem determinar se o aluno ou indivíduo em conflito está

ou não satisfeito. No entanto, concluiu-se que depois do choque ou conflito, a

extroversão ou a introversão não determina a motivação ou a desmotivação do

indivíduo em conflito, mas sim, depende das características motivacionais e

comportamentais apresentadas.

“Perante a realidade de conflito, é possível pensar inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes podem ser ignorados ou abafados ou ainda sanados e transformados num elemento auxiliar na evolução de uma sociedade ou organização, ao observar a história:”

Até há pouco tempo a ausência de conflitos era encarada como expressão de bom ambiente, boas relações e no caso das organizações, como sinal de competência. (NASCIMENTO, SAYED, 2002, p.47)

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Alguns profissionais, principalmente da educação, enxergam o conflito

somente de forma negativa, como resultante da ação e do comportamento de

pessoas indesejáveis, associado à agressividade, ao confronto físico e verbal e

aos sentimentos negativos, os quais eram considerados prejudiciais ao bom

relacionamento entre as pessoas e consequentemente ao bom funcionamento

das organizações escolares. Ficou claro que o conflito tanto nos grupos sociais

como escolares é inevitável na medida em que a sua origem se dá no

intercâmbio existencial entre indivíduos que formam a mesma sociedade.

No entanto, seja ele de área social como tradicional percebido no aspecto

positivo ou negativo, afeta em maior ou menor proporção a vida e o

desenvolvimento estudantil, onde o principal objetivo do C.P e do O.E é

mostrar o quanto isso é prejudicial para o aluno no ambiente escolar, controlá-

lo de forma a ajuda-lo diante dos conflitos mais comuns nas escolas, buscando

as causas, a origem e ter a capacidade de lidar com as situações conflituosas

do dia-a-dia, além de diminuir os efeitos de tipo manifesto que são mais

prejudiciais no desenvolvimento intelectual dos alunos. Para que possamos

concluir e termos um entendimento mais preciso sobre a dinâmica dos

conflitos, devemos ter uma visão mais abrangente dentro do ambiente escolar

para que as possibilidades de mediar o conflito da melhor forma possível,

cause impactos não somente negativos dentro da escola, mas que possamos

aprender com os erros também, além de se fazer necessário reconhecer que

existe um modo destrutivo e outro construtivo de proceder.

O conflito é fonte de idéias novas, podendo levar a discussões abertas sobre determinados assuntos, o que se releva positivo, pois, permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores. (Ibdem, p.47)

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Contudo, depois de melhores esclarecimentos sobre as “motivações” que

levam o indivíduo á zona de conflito, espera-se que a presença do C.P e do

O.E neste processo de mediação dos conflitos dentro da escola, possa

viabilizar o diálogo construtivo e a negociação de tomada de decisões, visando

relações interpessoais confortáveis na convivência escolar. Assim, apresenta-

se à escola como uma alternativa democrática para prevenir situações em

torno dos diversos tipos de violência. Portanto, o objetivo deste trabalho é

fornecer à escola, ferramentas alternativas para evitar que situações

problemáticas do cotidiano se desenvolvam e atinjam um nível maior de

violência. Diante disso, qualquer estudo referente a educação, precisa levar em

conta a realidade social. É preciso ter claro que a sociedade é resultado da

maneira em como os homens se organizam para produzir sua existência. Após

termos essa compreensão, pode-se propor como especialistas da educação

um trabalho de forma coletiva que requer a definição básica que delineia um

Projeto-Político-Pedagógico de educação, mesmo porque, para isso, é

necessária a compreensão e ação coletiva de todos os envolvidos.

Faz-se necessário que a escola por sua vez, tenha em mente a prática de

planejar, que tenha um projeto de trabalho, para lutar por esses objetivos, um

trabalho em conjunto, ou seja, Direção, Orientação, Supervisão, Coordenação,

pais, enfim, todos lutando em busca de um mesmo objetivo, auxiliando o

indivíduo a encontrar uma direção para a vida.

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CONCLUSÃO

O interesse em aprimorar conhecimentos sobre o tema escolhido obtém

fatores relevantes para que possamos entender os papéis diferenciados da

prática do Coordenador Pedagógico e do Orientador Educacional dentro de

uma unidade escolar diante de situações que hoje desmoraliza a escola

causando graves conflitos entre professores, alunos, família e sociedade. A

presente pesquisa se dará para discutirmos e tentarmos entender o porquê da

falta de motivação e de compromisso entre docentes, discentes e família para

com a educação de nossos alunos e até onde vai á responsabilidade da escola

para educar nossas crianças diante da precariedade que se encontra a

Educação em nosso país. Como e de que forma o Coordenador Pedagógico

deve trabalhar para melhorar a auto-estima de seus professores e alunos,

colaborando para uma relação onde aconteça o respeito multo entre os

mesmos.

E o Orientador Educacional, que por sua vez tem a responsabilidade de

acompanhar o desenvolvimento do aluno de forma abrangente onde muitas

vezes as famílias são envolvidas. Até onde este profissional pode acompanhar

os alunos em determinadas situações problemas? E nós como sociedade, o

que podemos fazer diante de situações tão graves que acontecem dentro da

escola? Por último, não adianta ficarmos diante desse jogo de empurra, onde

as famílias culpam a escola, que culpam a sociedade e que por sua vez culpa

o governo.

Todavia, vivemos um período de extremos paradoxos onde é certo de que

problemas gerados dentro das escolas em especial no final e início do ano

letivo, onde o desinteresse dos alunos, os elevadíssimos índices de

reprovação, a evasão escolar, a baixa de qualidade de aprendizagem, o

desgaste do professor, a insatisfação de pais, as queixas do mercado de

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trabalho em relação ao perfil do profissional saindo da escola, etc..São alguns

sinais desta triste realidade que viemos atualmente.

Esta é uma tendência dominante, no entanto não se pode ignorar que no Brasil

existem também inúmeras experiências e buscas que se situam em outras

perspectivas, onde a realidade educacional seja diferente da problemática que

descrevemos aqui, onde problemas, tornam-se desafios e alternativas para as

possíveis soluções. É importante que fiquemos ligados somente aos problemas

e com o único pensamento negativo, devemos pensar e acreditar que a

educação ainda é a única solução para um mundo melhor.

A preocupação com a formação humana, com a maneira como o

conhecimento tem chegado até aos alunos e com a complexidade do ensino

na escola, torna-se cada vez mais necessário a presença de outros

profissionais especializados para dar suporte à ação educativa, auxiliando na

capacitação e na orientação das práticas pedagógicas, em tudo que envolve o

universo escolar. Destaca-se nesse contexto o coordenador pedagógico como

articulador da ação que se concretiza na comunidade escolar. No entanto, é

importante analisar e refletir sobre a atuação desse especialista e de onde vem

a necessidade de tê-lo na escola.

Sua origem remonta ao tempo dos jesuítas, sob a influência do método

educacional rátio studiorum e de um modelo oriundo dos Estados Unidos, no

século XVIII, que atendia especificamente ao ensino que tinha como objetivo

criar mão de obra para atender ao mercado em processo de industrialização,

tendo, então, como foco a “supervisão” para coibir e controlar as ações dos

sujeitos. No Brasil, em plena ditadura militar, essa especialidade ganha cunho

legal, porém, como se vê, isso acontece num momento pouco favorável. Com

esse serviço introduzido na escola, porém, sem nenhuma preocupação com as

especificidades dos alunos nem com os desafios presentes na sala de aula,

acontece a partir daí, uma divisão dos trabalhos técnicos, passando o

supervisor a deter para si o comando das ações, de forma arbitrária e

autoritária, desacreditando os professores e assumindo o controle de todas as

funções.

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Após refletir sobre a prática do Orientador Educacional no contexto educativo,

compreende-se que o trabalho desenvolvido pelo Orientador Educacional

torna-se relevante e significativo, mesmo porque, tem-se a compreensão por

meio das discussões dos autores citados, que para compreender a realidade

da escola, suas dificuldades, suas diferenças, serão necessárias além da

compreensão da realidade de mundo, do contexto econômico, social, político,

cultural etc... Um trabalho coletivo, realizado de forma democrática,

oportunizando o diálogo e repensar as medidas a serem tomadas.

Nesse sentido, ressalta-se o compromisso que tem a escola e toda a

sociedade de cuidar da formação dos indivíduos, auxiliando no

desenvolvimento de suas capacidades físicas e sociais, o que acontece

através da prática educativa, que se constitui em um fenômeno social,

universal e imprescindível à atividade humana. Dessa forma, é muito

importante que a escola tenha uma proposta de educação que contemple este

universo. Que os sujeitos envolvidos nesse processo percebam as

transformações sociais e subsidiem meios para que o ensino não seja apenas

uma transmissão de conteúdos pelo professor ou realização e resolução de

exercício de memorização pelo aluno, mas, seja de fato uma aquisição

significativa de saberes. Essa forma de mediar o conhecimento coloca o

educando como sujeito ativo, participante e atuante no processo de ensino

aprendizagem, fugindo à concepção de um ensino praticado nas escolas

tradicionais que vê o aluno como ser passivo, aquele que só responde

mecanicamente o que lhe é repassado pelo professor, sem qualquer chance

de reflexão.

Para continuarmos com o raciocínio, verificamos que a principal característica

da ação docente é fazer a mediação do conhecimento, aluno, escola e

sociedade - o que acontece pela integração e aplicação dos métodos e

organização do ensino, de forma a assegurar esse encontro. Para tanto, o

coordenador pedagógico, deve atuar junto aos professores, de modo a

planejar e desenvolver suas ações com vistas a apropriação de

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conhecimentos, num interagir constante, avaliando o processo de ensino, com

competência e compromisso ético. O saber pedagógico é o saber que o

professor constrói no cotidiano de seu trabalho e que fundamenta sua ação

docente, ou seja, é o saber que possibilita ao professor interagir com seus

alunos, na sala de aula, no contexto da escola onde atua. (PIMENTA et al

1999, p. 43).

Na aquisição e efetivação desses saberes é que se faz necessária a

intervenção do coordenador pedagógico, em favor do professor para contribuir

com sua atuação na sala de aula, onde este deve ter em mente o quão é

importante essa busca essa transmissão de conhecimento, e troca de

experiências para a construção de identidade do educando. Para melhor

elucidar esse aspecto vale ressaltar as várias formas de atuação do

coordenador. Entende-se que nesse processo professor e coordenador atuam

de acordo com suas especificidades, onde o primeiro tem como objetivo

imediato a construção do desenvolvimento do aluno, o segundo, tem como

foco o trabalho do professor que, por sua vez, conhece e domina os conteúdos

sistematizados do processo de ensinar e aprender, enquanto que, o

coordenador detém conhecimentos acerca das atividades e das formas de

encaminhar esses saberes, levando em consideração as condições

subjacentes daqueles que aprendem: os alunos.

Quanto ao trabalho coletivo na escola, Muribeca (1994) destaca que, é

necessário abordar algumas questões, ou seja, analisar as relações existentes

entre sociedade e educação, na qual identifica-se como a sociedade se

organizou ao longo da história. O autor exemplifica o regime feudal na qual a

sociedade se caracterizava pelo trabalho artesão, trabalho este, valorizado,

onde o homem detinha o controle sobre a forma de produzir. A partir da

introdução das máquinas, esse processo sofre alteração, as máquinas passam

a ocupar o espaço do homem, determinando o tempo e a quantidade da

produção. Segundo o autor, esse processo de produção passa a ser

fragmentado, isso se fez necessário para que a classe hegemônica pudesse

garantir o controle do trabalho e também o lucro. Por isso, o autor ressalta

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que, não é interessante desencadear um trabalho coletivo interdisciplinares,

pois isso coloca em risco a hegemonia da classe dominante.

Na verdade para ele, a questão do trabalho coletivo é mais uma questão social

do que metodológica. Precisamos tomar atitudes de resgatarmos nossas

crianças para que não se percam diante de tantas tentações que o mundo

oferece, devemos realmente exercer nosso papel como pais e iniciarmos a

educação de nossos filhos dentro de casa para que a partir daí a escola por

sua vez dê continuidade a esse processo longo e contínuo na vida de qualquer

ser humano.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO DA FUNÇÃO DO COORDENADOR NA ESCOLA 11

1.1 – O Trabalho do Coordenador Pedagógico dentro da escola 12

1.2 – A importância da Formação Continuada de Professores e

Coordenadores Pedagógicos 17

CAPÍTULO Il

BREVE HISTÓRICO DA FUNÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA

ESCOLA 20

CAPÍTULO Ill

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E ORIENTADOR EDUCACIONAL

DIANTE DOS CONFLITOS NA ESCOLA 27

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CITADA 41

WEBGRAFIA 43

ÍNDICE 44

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