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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – Função Social e Sustentabilidade
Prerrogativas Constitucionais
Por: MARIA DO SOCORRO MOREIRA LOUREIRO
Orientador
Prof. Dr. Mario Luiz Trindade Rocha
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – Função Social e Sustentabilidade
Prerrogativas Constitucionais
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Estratégica e
Qualidade.
Por: Maria do Socorro Moreira Loureiro
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS, pela razão da minha existência, o dom da vida, pela fé, pelo alicerce nas dificuldades, por estar sempre comigo, fortalecendo-me nos caminhos do direito, do bem e da justiça. Agradeço à NOSSA SENHORA, pelo Seu olhar maternal, pela Sua proteção, por Seu amor, pelo aconchego divino que me propicia, por tudo o que representa na minha vida. Aos Professores Mario Luiz Trindade Rocha e Glória Jesus, pelo profissionalismo, pela atenção, pelo conteúdo transmitido, pelo fundamental apoio na realização deste objetivo, por tudo. O meu sincero muito obrigada! À minha querida amiga, Dra. Deise Rodrigues Sampaio, pelo fundamental apoio nos momentos difíceis, pela amizade, pela partilha das alegrias, todo o meu carinho e gratidão. O meu sincero muito obrigada! Aos amigos Drs. Luis Carlos de Morais Junior e Renato Nunes Bittencourt, pelo incentivo e pela amizade! À minha querida mãe, Sra. Tereza, pela vida. Por ser a minha fortaleza humana, por tudo o que representa na minha vida. Ao meu amado sobrinho e afilhado Ramon, pela bondade e ternura, por tudo o que representa na minha vida. À minha família, por toda a minha formação, por tudo, em especial às sobrinhas Bruna e Paula, minhas princesas.
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DEDICATÓRIA
A DEUS na Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, por tudo o que sou, pela minha existência, pelo dom da vida, o meu amor... À NOSSA SENHORA, minha mãe querida, meu refúgio e proteção, o meu amor... Ao querido PAPA FRANCISCO, pelo exemplo de caridade, pelo amor à humanidade, o meu amor... Às Dras. Eliane Rosa Faial, Márcia Moraes e Maria Paz Pizzaro, pelo exemplo profissional e de ser humano, por tudo o que representam na minha vida! À Dra. Deise Rodrigues, pela amizade, por tudo o que representa na minha vida! Aos Drs. Andréa Silveira, Ivana Gouvêa e Manuel Alexandre, por todo trabalho desenvolvido, por tudo o que representam na minha vida! À querida Eda Lube Vasconcelos, pelo exemplo das virtudes teologais, por tudo o que representa na minha vida! À minha amada mãe Tereza, pela minha formação, pelo sublime exemplo, pelos meus primeiros passos, por tudo, o meu amor...
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RESUMO
A Constituição Federal pátria vigente aduz a proteção ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, para as presentes e futuras gerações
no Artigo 225, de forma a atribuir a responsabilidade ao Poder Público e à
coletividade.
Como dever constitucional, caracteriza-se a devida
responsabilidade das Organizações empresariais com o aspecto sócio-
sustentável, de maneira que o Planejamento, em especial, o Estratégico,
esteja voltado ao referido compromisso.
Além do compromisso legal que todos têm acerca da
preservação do meio ambiente e da sustentabilidade (sentido amplo), as
Organizações empresariais devem desenvolver suas atividades na cadeia da
globalização, fincadas também no comprometimento voluntário.
PALAVRAS-CHAVE: Planejamento Estratégico,
Função Sócio-Sustentável, Constituição Federal.
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METODOLOGIA
O presente Trabalho Monográfico observará os procedimentos
metodológicos, a rigor, de acordo com a técnica, desta forma, o tipo de estudo
será basicamente bibliográfico, uma pesquisa bibliográfica, a partir do
paradigma qualitativo.
A referida pesquisa bibliográfica terá como fontes: Livros, as
Apostilas-Material específico de cada Módulo do Curso, Teses de Doutorado,
Dissertações de Mestrado, Trabalhos Acadêmicos, Periódicos, Jornais,
Revistas, Artigos Científicos, Publicações reconhecidas e matérias extraídas de
sites da Internet, com a observância de que o respectivo material deve
respeitar a temática apresentada dentro do contexto, portanto, deve estar
atrelado à área da ciência da Administração e de áreas afins.
O período do material coletado deve estar compreendido entre
2012 e 2013, com exceção dos livros.
O material, oriundo de pesquisa na Biblioteca da Universidade
Cândido Mendes e de outras Bibliotecas que vierem a integrar o rol, será
coletado sistematicamente, por área específica de interesse dentro do tema
central do estudo.
Os demais materiais serão coletados de forma sistemática,
também por área específica de interesse dentro da temática central e
devidamente arquivados.
Como limitação do método, o curto espaço de tempo é a indicação
basilar.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - AS ORGANIZAÇÕES E O CONTEXTO
GLOBALIZADO 11
CAPÍTULO II - A ATIVIDADE ORGANIZACIONAL 21
CAPÍTULO III – O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E A
RESPONSABILIDADE SÓCIO-SUSTENTÁVEL 28 CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
BIBLIOGRAFIA CITADA 46
ANEXOS 47
ÍNDICE 60
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INTRODUÇÃO
O presente Trabalho Monográfico destina-se aos operadores da
Ciência da Administração, bem como aos de áreas afins e tem por escopo
apresentar o tema Planejamento Estratégico à luz da função social e da
sustentabilidade, abarcando as prerrogativas constitucionais.
A temática em tela finca-se no desenvolvimento das Organizações
com responsabilidade de cunho social, de maneira que o planejamento
estratégico não perca os seus objetivos propriamente técnicos, mas, que tenha,
no rol de aplicação, a preocupação com o social em sentido amplo, uma vez
que o mundo globalizado e o planeta, necessitam de Organizações que se
sustentem de forma “sustentável”.
A importância da temática apresentada encontra parâmetro na
visão global de sustentabilidade (a nível mundial e no Brasil), uma vez que as
empresas devem ter o referido foco, para que o desenvolvimento não se perca
no “econômico pelo econômico” de forma a perecer, em razão das
conseqüências negativas que compreendem o “lucro pelo lucro”, quando não
há compromisso social e sustentável.
A descrição acadêmica do assunto se fundamenta nas bases
teóricas e práticas, ou seja, na doutrina da Administração propriamente dita e
nos estudos afins das práticas adotadas pelas Organizações.
Quando as Organizações observam as consequências sociais
quando do “lucro pelo lucro”, são vislumbrados de maneira substancial, os
pontos negativos, razão pela qual, diante dos fatos sociais existentes, as
práticas adotadas pelas Organizações devem proceder aos paradigmas do
desenvolvimento com sustentabilidade, nos moldes das Organizações
Internacionais e dos Órgãos de Proteção ao meio ambiente e ao
desenvolvimento social.
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Não há, no estudo contemporâneo, como conceber uma
Organização sem o devido comprometimento sócio-sustentável, não apenas
por supostas razões políticas e mesmo ideológicas, mas porque o mundo
necessita desses moldes.
Importante consignar o objetivo geral da produção, qual seja,
demonstrar que as empresas que desenvolvem planejamento estratégico
voltado ao âmbito sócio-sustentável, garantem desenvolvimento com qualidade
referencial, sem que o ambiente pereça e de forma a ensejar projetos de
desenvolvimento social, bem como os objetivos específicos, a saber, avaliar
como a preocupação pelo sócio-sustentável tem sido absorvida pela atividade
empresarial; pesquisar acerca da valorização do comprometimento das
Organizações com o sócio-sustentável no que se refere à hierarquia e,
estabelecer critérios práticos que devem ser adotados em prol do Planejamento
Estratégico voltado ao desenvolvimento sócio-sustentável.
As Empresas/ Organizações que desempenham planejamento
estratégico, com a abordagem sócio-sustentável, principalmente no mundo
contemporâneo, tendem a ter um crescimento favorável e destacado no próprio
mercado econômico-consumerista, uma vez que a qualidade se sustenta
positivamente, com a preservação ambiental, e o reconhecimento pelo social
torna-se vislumbrado, o que faz com que sejam reconhecidos os atributos
transparência, respeitabilidade e desempenho.
O Primeiro Capítulo abordará a questão das Organizações e o
contexto globalizado, portanto, as características basilares da Ciência da
Administração e o fenômeno da Globalização serão traçados contextualmente
no âmago do século XXI.
O referido Capítulo abordará também os fundamentos da
Organização e do Planejamento (seus objetivos e tipos, de forma a caracterizar
os elementos constitutivos de cada um), observando-se que o objeto do estudo
é o planejamento estratégico e que este deve estar voltado ao desenvolvimento
das Organizações com responsabilidade social, porque as vantagens não
devem ser apenas financeiras, mas de qualidade de vida e de produtos e
serviços.
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O Capítulo Segundo versará sobre a atividade organizacional, de
forma a tratar, objetivamente, do papel das Organizações e do processo de
contextualização sócio-sustentável e os níveis hierárquicos inerentes à cada
tipo de Organização, uma vez que todos devem ter a consciência do
sustentável.
No que se refere ao Capítulo Terceiro, o mesmo aduzirá, de forma
coesa, a essência da temática e da problemática apresentada, de forma a
demonstrar efetivamente que as vantagens são vultuosas e necessárias,
quando as Organizações se atentam à realização de planejamento estratégico
comprometido com o sócio sustentável, razão pela qual, o Capítulo em
questão, tratará, substancial e objetivamente da seguinte gama de estudo:
Planejamento Estratégico nas Organizações, objetivos e compromissos sociais,
vantagens e análise crítica de situações concretas.
Ainda em se tratando do Capítulo Terceiro, o mesmo traçará as
diretrizes constitucionais a respeito da responsabilidade da preservação do
meio ambiente, do sócio sustentável, que não é exclusiva do Poder Público,
mas, de todos, da coletividade.
Por termo, o aludido Trabalho será eivado da conclusão da Autora
e do repertório bibliográfico.
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CAPÍTULO I
AS ORGANIZAÇÕES E O CONTEXTO GLOBALIZADO
“Amai a justiça, vós que governais a terra, tende
para com o Senhor sentimentos perfeitos, e procurai-o na simplicidade do coração, porque ele é encontrado pelos que o não tentam, e se
revela aos que não lhe recusam sua confiança”.
Sabedoria 1, 1.2 Sagrada Escritura
A ciência da administração no mundo contemporâneo encontra-se
vinculada, direta e/ou indiretamente a uma gama científica imensurável, inter,
multi e transdisciplinar, visto que o contexto globalizado exige adaptações a
todo momento, o que denota-se salutar por um lado, preocupante por outro.
Denota-se impossível administrar, realizar administração, sem
estudar o fenômeno da globalização, uma vez que o mesmo impende
desdobramentos de caráter econômico, político e sócio-ambiental.
1.1. Características basilares da Ciência da Administração e o
fenômeno da Globalização – O Século XXI
Na atualidade é possível perceber de forma clara que as
atividades econômicas não estão mais centradas nos aspectos territorial e
produtivo (natural), e sim, no lugar do peixe e da agricultura, o desenvolvimento
tecnológico, a busca pelo lucro desenfreada, a alta competitividade e a procura
de custos baixos com dotada produtividade, isso é o fenômeno da globalização
no setor econômico. (Vide Anexo 01)
O preço da globalização é alto, uma vez que, se as Organizações
não estabelecerem padrões éticos de qualidade sócio-sustentável, haveremos
de ter escassez de matérias-primas, deterioração do ambiente, do meio natura
e conseqüências sócio-naturais gradativamente mais desastrosas.
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Administrar Organizações não é tarefa fácil, notadamente quando
do fenômeno global, razão pela qual o equilíbrio, ou melhor, a devida alocação
dos recursos organizacionais (o ser humano, os materiais, os financeiros, o
acesso às informações e a tecnologia) deve ser prioridade.
Através da administração as Organizações se movimentam,
ganham vida e buscam os seus objetivos.
A Administração no século XXI no mundo globalizado é uma
ciência complexa, portanto, na lição de (CHIAVENATO, 2010, pp. 5 e 6):
“Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicação dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. A administração sempre leva em consideração os objetivos organizacionais a serem alcançados. No fundo, a administração é um complexo processo de tomar decisões a respeito de recursos e de objetivos a serem com eles alcançados. A finalidade desse processo é buscar o alcance de objetivos por meio da utilização de recursos. Assim, a administração é necessária quando há uma situação envolvendo pessoas que utilizam recursos para atingir algum objetivo. As organizações constituem o contexto em que ocorre a administração”.
E continua, a ADMINISTRAÇÃO DE HOJE:
“ADMINISTRAR É FAZER ACONTECER Administrar não significa simplesmente executar tarefas ou operações, mas fazer com que elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto e de maneira satisfatória e que traga resultados. O administrador não é o que faz, mas o que faz fazer. A administração faz as coisas acontecerem através das pessoas em conjunto para permitir que as organizações alcancem sucesso em suas estratégias e operações. Na realidade, a administração não é uma ciência exata, mas uma ciência social, pois ela lida com negócios e organizações basicamente através de pessoas e conceitos”.
O conceito de administração vem sendo modificado
gradativamente, por primeiro era voltado à valorização do trabalho individual,
por segundo, voltado à atividade grupal, por terceiro, à toda atividade
organizacional em conjunto, até chegar à atividade interorganizacional.
As variantes conceituais se expressam inequivocamente, assim,
Administração é:
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1. A coesão entre os recursos organizacionais;
2. A soma de forças para alcançar objetivos determinados no
planejamento;
3. Desenhar a atividade organizacional (na totalidade em consonância com
a departamentalização);
4. Direção e controle da atividade organizacional;
5. Um complexo processo de tomada de decisões;
6. O trabalho inserido no contexto de cada Organização a fim de alcançar
os objetivos, a curto, médio e/ou a longo prazo.
A distinção conceitual se perfaz necessária para o entendimento
do complexo processo de administrar uma Organização no século XXI, atrelado
ao fenômeno global, inevitável. (Vide Anexos 02, 03 e 04)
A Administração não deve e não pode ser, para efeito evolutivo
pós-moderno apenas eficaz, mas também eficiente, o que gera a excelência,
isto é, os critério para o desempenho excepcional são eficiência e eficácia.
(Vide Anexos 05 e 06)
Eficiência + Eficácia = EXCELÊNCIA
Eficácia + Eficiência = EXCELÊNCIA
EXCELÊNCIA = Eficácia + Eficiência
EXCELÊNCIA = Eficiência + Eficácia
EXCELÊNCIA = Desempenho excepcional
DESEMPENHO EXCEPCIONAL = Eficácia + Eficiência
DESEMPENHO EXCEPCIONAL = Eficiência + Eficácia
Eficiência consiste na realização correta das tarefas
determinadas, fundada no alcance dos meios que se farão necessários para
tanto, já a eficácia consiste no alcance dos objetivos traçados, diz respeito ao
fim.
O sucesso das Organizações está justamente na excelência, no
alcance dos objetivos de forma eficiente.
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O papel do administrador é fundamental para o êxito das
Organizações e mesmo por questão de sobrevivência, devendo este ser focado
nos objetivos, sem a ambição de executar tarefas impossíveis, todavia, o risco
na medida certa é plausível, salutar.
O Administrador hoje deve administrar com base no
desenvolvimento da Organização, sobretudo, com comprometimento
sócio-sustentável, não é mais pertinente focar a problemática que se insere no
âmbito da administração das Organizações, sem a preocupação com a
sustentabilidade que é de interesse de cada indivíduo, dos colaboradores e da
sociedade (no mundo globalizado).
Viver e estar inserido numa Organização consiste num ciclo, pois
que as principais atividades da vida em sociedade (prestação de serviços e
consumo de bens) estão intrínsecas ao complexo de Organizações.
Vivemos em Organizações, trabalhamos, e dependemos delas a
todo momento: compramos produtos eletrônicos, roupas, sapatos, acessórios,
carros, imóveis, consumimos produtos perecíveis, lanchamos no Mc Donalds,
levamos as crianças para passear, utilizamos meios de transporte, enfim, as
Organizações integram a vida em sociedade (pós-moderna), de maneira que é
impossível não aderir ao contexto.
Como vimos, as Organizações são responsáveis pelo
desenvolvimento social e por colocar no mercado, produtos e/ou serviços de
qualidade para os clientes/consumidores, por tal razão deve ser administradas
com responsabilidade.
As Organizações são entidades sociais formadas por
colaboradores (pessoas) e bens em vista de objetivo (s) comum (s), de forma a
desencadear uma cadeia de produtos e /ou serviços colocados à disposição de
pessoas.
Em se tratando de Organizações, os níveis organizacionais
merecem ênfase, isto porque envolve o comprometimento dos colaboradores e
a consecução dos objetivos, de forma ordenada, com fulcro na
sustentabilidade.
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Desta forma, os níveis organizacionais são:
1. Nível Institucional – o mais elevado – composição: presidente diretores –
responsáveis pelas principais decisões – caracterizado pela visão
estratégica – os objetivos fundamentais.
2. Nível Intermediário – visa a articulação direta e interna entre os níveis
institucional e operacional – analisa as questões ambientais – tem a
função de interpretar a Missão, a Visão e os Objetivos da Organização –
caracterizado pela visão tática.
3. Nível Operacional – menor hierarquicamente – visa administrar as
tarefas cotidianas – Caracterizado pela visão operacional.
Como conseqüências do fenômeno global na seara da economia,
destaca-se que os Países mais desenvolvidos garantem vantagens sobre os
menos desenvolvidos, uma vez que são detentores de tecnologia mais
avançada, maiores recursos e capacidade configurada na produção em larga
escala em troca de preço menor, se comparado aos Países emergentes.
No Brasil, temos o custo Brasil, ou seja, carga tributária superior à
dos Países emergentes (31% - trinta e um por cento) – quando a média é de
20% (vinte por cento), além dos encargos sociais num patamar acima aos de
todos os Países do mundo (102 % - cento e dois por cento), culminando no
mais alto das Américas. (CHIAVENATO, 2010, p. 98).
A globalização, ao impor aumento da produção real, por outro
lado, simultaneamente, impõe desvantagem aos Países menos desenvolvidos,
visto o desnível entre os mesmos, o que dificulta a competitividade.
1.2. Fundamentos da Organização
O vocábulo organização aplicado na ciência da Administração
possui dois significados, a saber: como unidade ou entidade social
(formal ou informal) e, como função administrativa de organizar.
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Como entidade social caracteriza-se pelo empreendimento
humano em prol de determinados objetivos (bancos, empresas, lojas, comércio
em geral, prestadoras de serviço).
Nesse contexto, abarcam-se dois aspectos elementares, o formal
e o informal.
A organização formal tem como foco o organograma, a
organização planejada, ao passo que a organização informal fulcra-se na
espontaneidade entre os colaboradores, nas relações entre os colaboradores
que inspiram fundamentos para a tomada de decisões.
A Organização como função administrativa integra o próprio
processo administrativo como um todo. (Vide Anexos 07 e 08)
Insere-se que as Organizações precisam de organização para a
obtenção do êxito dos objetivos, desta feita, uma Organização eficaz e eficiente
depende de uma organização.
A Organização tem fundamentos próprios para viver e se manter
viva, deve se organizar ou mesmo, se reorganizar, para atender às
necessidades diversas, inclusive, às ambientais, de modo que:
“A organização (do grego, organon=ferramenta) significa o arranjo e disposição dos recursos organizacionais para alcançar objetivos estratégicos. Esse arranjo se manifesta na divisão do trabalho em unidades organizacionais,como divisões ou departamentos e cargos, a definição de linhas formais de autoridade e a adoção de mecanismos para coordenar as diversas tarefas organizacionais. A reorganização sempre se torna necessária para ajustar-se a essas mudanças. Reorganização significa a ação de alterar a estrutura organizacional para ajustá-la às novas condições ambientais. Muitas organizações estão se reestrutrando continuamente para se tornarem mais ágeis, simples, eficientes e mais eficazes e competitivas em um ambiente global de forte e acirrada concorrência. IBM, General Motors, Xerox e outras grandes organizações adotam conceitos inovadores de organização para se manterem sempre sólidas e firmes”. (CHIAVENATO, 2010, p. 286)
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As Organizações precisam ser organizadas, necessário se faz
uma organização interna que garanta integração entre os setores e
departamentos e os colaboradores, em todos os níveis hierárquicos.
Organizar uma Organização é tarefa árdua diante do contexto
globalizado e das interferências do meio externo, mas deve ser feita com
dedicação e responsabilidade.
Por muito, organizar não basta, mas verifica-se a necessidade de
reorganização para o bem de todos os envolvidos, direta ou indiretamente,
para que os objetivos sejam alcançados, com eficiência e eficácia.
O objetivo da organização da Organização é fincar a estrutura
organizacional em todos os níveis, de modo que o processo desencadeado é o
mesmo para todos, atendidas as peculiaridades inerentes.
Podemos conceituar estrutura organizacional como a forma de
organizar as atividades a serem desenvolvidas, dentro dos parâmetros de
coordenação.
A estrutura organizacional é a “espinha dorsal” da Organização,
com padrão geralmente estático quanto à forma. (Vide Anexo 09).
Para a realização da função administrativa, a estrutura
organizacional é imprescindível, assim:
1. Estrutura Organizacional é a divisão formal de tarefas por
departamentos.
2. Estrutura Organizacional é a divisão formal de responsabilidade dos
colaboradores e a caracterização de níveis hierárquicos e do controle
administrativo.
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1.3. Fundamentos do Planejamento
Planejamento ((LACOMBRE, 2008, p. 162) pode ser visto como a
determinação da direção a ser seguida para se alcançar um resultado desejado
ou como a determinação consciente de cursos de ação, isto é, dos rumos. Ele
engloba decisões, com base em objetivos, em fatos e na estimativa do que
ocorreria em cada alternativa. Planejar é, portanto, decidir antecipadamente o
que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer.
Planejamento é organizar, decidir antecipadamente o que será
feito, ou que deverá ser feito, assim, o mesmo configura-se pela tomada de
decisões, pela fixação dos objetivos (a curto, médio e/ou a longo prazo), nos
fatos e na estimativa inerente a cada fato abordado, bem como deve direcionar
todos os recursos, humanos, tecnológicos, financeiros, informações e insumos.
Na sistemática da Administração e em sua doutrina, 02 (dois)
tipos de planejamento são essenciais ao desenvolvimento organizacional, o
planejamento estratégico e o planejamento operacional.
O planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico
das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja,
aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de
atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa, mas também, e
principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está inserida. O
planejamento estratégico deve definir os rumos do negócio e, portanto,
responder à pergunta: qual é o nosso negócio e como deveria sê-lo? Seu
propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo, a fim de assegurar
o desenvolvimento ótimo de longo prazo da empresa de acordo com o cenário
aprovado.
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O planejamento operacional é uma função gerencial, de acordo
com a concepção de Fayol, que especifica que recursos devem estar
disponíveis para cada produto e fornece os cronogramas, e as principais
decisões a seu respeito são inerentes à atividade de administrar de cada um
dos chefes de unidades organizacionais. O termo original empregado por Fayol
foi prévouyance, que significa literalmente a capacidade de prever, como a de
agir no sentido de influenciar estas previsões. (PORTER, pp. 61 e ss)
Os componentes do planejamento segundo LACOMBRE, 2008,
p.166 são:
1.Premissas básicas; 2. Diagnóstico; 3. Estimativas; 4. Projeções; 5. Cenário;
6. Objetivos (Gerais e Específicos); 7. Metas; 8. Políticas (diretrizes);
9. Procedimentos (normas); 10. Planos (Estratégicos e Operacionais);
11. Programas; 12. Projetos; 13. Cronogramas (Físicos e Financeiros) e,
14. Orçamentos.
Oportuno a definição de plano, assim, plano é o instrumento
formal que expressa os fins da Organização, visando organizar as
atividades cronologicamente.
Verdade é que, para que uma Organização funcione e tenha êxito
em seu desempenho, o planejamento tornou-se, muito mais nos dias atuais,
elemento indispensável, não só para as questões puramente econômicas, mas
humanas e sócio-sustentáveis.
Pelas diretrizes de um bom planejamento, focado em objetivos
coerentes para o bem da Organização, maiores vantagens tendem a aparecer,
e, no século XXI, o planejamento não pode excluir o elemento sócio-
sustentável, isso é fato.
Existem basicamente dois tipos de planejamento, todavia, o foco
do estudo é o estratégico voltado ao comprometimento sócio-sustentável,
enfatiza-se, mas, para que isso seja alcançado, o papel das organizações é
imprescindível, inclusive em nível hierárquico, pois todos integram a
Organização, todos são colaboradores. (Vide Anexos 10 e 11).
Importante colacionar a seguinte definição acerca do assunto,
com propriedade:
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“O planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa, mas também, e principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está inserida. O planejamento estratégico deve definir os rumos do negócio e, portanto, responder à pergunta: qual é o nosso negócio e como deveria sê-lo ? Seu propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo, a fim de assegurar o desenvolvimento ótimo de longo prazo da empresa de acordo com um cenário aprovado”. (LACOMBRE, 2008, p. 163)
O planejamento estratégico é feito pelos dirigentes de mais alto
grau, de forma que o mesmo inicia-se no topo da hierarquia.
A visão operacional era fundamental em outros idos, contudo, a
visão estratégica na atualidade é a essência do planejamento estratégico,
assim, normalmente, as organizações são geridas com base na visão
operacional que vigorou muito bem em épocas de poucas mudanças ou
alterações lentas e graduais. A passagem daquela visão para os processos
estratégicos impõe mudança na visão e que se nota é que as organizações não
têm mudado essa visão com a simples formulação estratégica. O que se vê é a
manutenção de processos de gestão centrados na operação em si ou mescla
de visão operacional com a estratégica.
Ocorre que um plano estratégico, por si só, não é capaz de mudar
o comportamento das pessoas que têm a responsabilidade de gerir o negócio.
Esse aspecto (comportamento), inclusive, é o principal responsável pela
grande quantidade de ações estratégicas voltadas para as funções internas:
estratégias funcionais.
Diante desse quadro, há a necessidade, desde o início do
processo, de se criar e solidificar essa nova visão que deverá nortear a atuação
da empresa. Essas ações são, normalmente, desprezadas pela maioria dos
processos conduzidos por consultores que não penetram nos meandros das
organizações para diagnosticar possíveis setores de resistência ou os mais
carentes de conhecimentos para a implementação estratégica. (ROCHA, pp. 52
e 53)
21
CAPÍTULO II
A ATIVIDADE ORGANIZACIONAL
No atual contexto político, econômico e filosófico mundial, as
Organizações conscientemente caminham em prol do desenvolvimento sócio-
sustentável de forma ampla, visto que todos os setores e níveis hierárquicos
são detentores de funções que envolvem toda a Organização e, portanto a
interação global é fundamental e inevitável, não desprezando a essência e os
princípios basilares.
A abordagem hierárquica no ambiente organizacional se perfaz
fundamental na contextualização do comprometimento sócio-sustentável, visto
que a Organização, enquanto atividade econômica, é também social.
2.1. O papel das Organizações e os Níveis Hierárquicos
O papel da Organizações na sociedade atual-contemporânea e
pós-moderna é de profunda valia e profundamente intrínseco ao “modelo” de
vida das pessoas, pois “tudo” ou “quase tudo” gira em torno da prestação de
serviços e/ou consumo de bens materiais, o que faz concluir que as mesmas
integram a vida social direta e indiretamente, positiva e negativamente.
A título exemplificativo: pessoas estudam nas Escolas,
Faculdades e Universidades (públicas ou privadas); pessoas nascem em
Clínicas e Hospitais (públicos ou privados); pessoas trabalham em empresas –
Organizações (públicas ou privadas);pessoas se utilizam de meios de
transporte (públicos ou privados); pessoas consumem ... pessoas respiram as
atividades das Organizações.
O homem moderno e pós-moderno vive em Organizações ou
precisam destas por razões materiais, sociais e culturais.
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Organização é um grupo de pessoas que se constitui de forma
organizada para atingir objetivos comuns. Incluem-se nesta definição as
empresas, universidades, hospitais, escolas, creches, associações culturais,
partidos políticos, sindicatos, clubes, condomínios, cooperativas, famílias,
organizações não-governamentais, associações de classes profissionais,
corporações militares, associações de moradores de bairro, entre outros.
Quase tudo, portanto, é feito por meio das organizações. Por que isso
acontece? Por que existem organizações e qual a sua origem? Quando o
homem começou a constituir organizações? Desde tempos pré-históricos
existem organizações e podemos mesmo dizer que existem organizações em
outras espécies animais. (LACOMBRE, 2008, p. 13)
A sociedade moderna vem desenvolvendo a opção pelo mais
supérfluo, pelo mais cômodo, pela alta tecnologia, assim, interagem as
Organizações.
A humanidade vive em organizações há milhões de anos, todavia,
a complexidade de organizar e administrar aumentou gradativamente, em
razão do próprio desenvolvimento científico-tecnológico, senão vejamos:
O número de variáveis envolvidas na organização e administração
de uma grande empresa, universidade, ou qualquer outra grande instituição é
enorme, ao contrário do que ocorria nas organizações primitivas. (...). O
julgamento humano varia de uma pessoa para outra. O porte e a complexidade
das organizações também aumentaram muito. Finalmente, embora muita coisa
já se soubesse nos séculos anteriores sobre administração, esses
conhecimentos se encontravam disseminados em várias áreas das ciências
sociais. A sistematização dos conhecimentos relativos à administração é
bastante recente, pois data do fim do século XIX. Embora desde 4000 a.C. os
egípcios já tivessem vislumbrado a necessidade de planejar, organizar e
controlar e algumas contribuições esparsas tenham sido obtidas ao longo de 60
séculos, a primeira teoria abrangente da administração, de autoria de Henri
Fayol, só foi publicada em 1916.
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É interessante notar que no confronto de duas civilizações, como
ocorreu muitas vezes na História, a civilização resultante, embora contendo
valores e princípios de ambas, tende a priorizar os valores, princípios e
costumes da que possui maior divisão de trabalho e organizações mais
complexas, mesmo que do ponto de vista bélico tenha sido dominada.
(KARLOF, pp. 40/46)
A exposição acima permite explicar agora por que tudo acontece
por meio das organizações. Para Drucker, o conhecimento é o principal
recurso, pois os recursos tradicionais, como matéria-prima, trabalho e capital,
podem ser obtidos de forma relativamente fácil, desde que haja conhecimento
especializado. Entretanto, o conhecimento especializado sozinho não produz
nada: ele precisa ser integrado a uma atividade produtiva, motivo pelo qual a
organizações são tão importantes hoje em dia. (DRUCKER, p.76)
Organizar a Organização é tarefa do administrador, exercer a
atividade organizadora por excelência, com arte e eficiência como prelaciona
Henry Dutton.
A responsabilidade deve ser desenhada de forma abrangente e
genérica até o setor departamentalizado, de maneira a identificar todo o
trabalho a ser executado e a devida distribuição do mesmo, consoante os
objetivos organizacionais e capacidade operacional.
A organização tem dois aspectos no entendimento de alguns
estudiosos e doutrinadores, o formal e o informal, destarte, a organização
informal consiste na tomada de decisões que se fazem necessárias em
determinada situação que não tenha sido previamente estudada, a formal é
caracterizada pelo desempenho dos colaboradores na forma já instituída.
O sistema organizacional é um sistema complexo pela
interferência de fatores internos e externos (micro e macroambiente).
Tamanha e substancial é a interferência interna e externa, por
isso, constitui elemento basilar do estudo, o conhecimento dos fatores que
integram o micro e o macro ambiente organizacional.
Os fatores que compõem o microambiente e o macroambiente,
conforme (Lacombre, 2008, p. 21) são:
24
1. Microambiente: Consumidorres – Fornecedores – Concorrentes –
Regulamentadores.
2. Macroambientes: Científicos e Tecnológicos – Políticos – Econômicos
– Institucionais – Demográficos – Ecológicos.
Destacam-se os aspectos ecológicos, pois que o ambiente como
um todo equilibrado, favorece o desempenho qualitativo das Organizações.
A identificação dos objetivos das Organizações expressa o
comprometimento ou não com o aspecto sócio-sustentável,contudo, a mera
identificação não significa o cumprimento destes, uma vez que as atividades
realizadas devem voltar-se ao compromisso social.
O papel das Organizações no mundo é fundamental à
sobrevivência do planeta e da garantia, ou a tentativa de minimizar as
desigualdades sociais, pelo respeito ao meio ecologicamente equilibrado como
direito de todos, à natureza e ao ser humano enquanto pessoa e dependente
da natureza.
A busca do lucro, não pode ser pelo lucro, mas consciente da
preservação das reservas naturais e da valorização de todo ser humano.
A visão utópica deve ser abolida no sentido de que não haja
conformismo com o que já temos.
Os níveis hierárquicos estão presentes nas organizações, razão
pela qual todos os colaboradores devem estar conscientizados do seu papel,
contudo, esse trabalho deve ser contínuo, principalmente através de
treinamentos, de propositura de atividades práticas de conservação do meio
ambiente ecologicamente equilibrado, de ações sociais integradas e inclusivas,
sem que o foco seja disperso.
As Organizações se diferem de outras instituições sociais pela
prioridade dos objetivos, ou seja, por metas específicas a serem alcançadas, a
curto, médio e/ou a longo prazo (no caso do planejamento estratégico).
Quando se trata de responsabilidade sócio-sustentável das
Organizações em todos os níveis hierárquicos, significa versar que todos os
planos e planejamentos denotam-se instrumentos da concretização dos
objetivos e da missão de cada Organização.
25
Doutrinadores renomandos, como Simon, Smithburg e Thompson
explicitam os pontos centrais da teoria organizacional da seguinte forma:
1. Uma Organização é um sistema de comportamentos sociais interligados
de numerosas pessoas, que chamaremos participantes da organização.
2. Cada participante e cada grupo de participantes recebe incentivos da
organização, em troca dos quais contribui para ela.
3. Cada participante continuará sua participação na organização enquanto
os incentivos que lhe são oferecidos forem tão grandes ou maiores do que as
contribuições que dele forem solicitadas.
4. As contribuições trazidas pelos diferentes grupos de participantes são a
fonte da qual a organização retira os incentivos a eles oferecidos.
5. Portanto, a organização só continuará existindo enquanto as
contribuições forem suficientes para proporcionar incentivos suficientemente
grandes para motivar as contribuições. (MARCH, p. 123)
Observa-se dos 05 (cinco) itens acima descritos que o fator
capitalista e a globalização norteiam os ideais, todavia, ouso a acrescentar o
diferencial que cada Organização hoje deve ter: o compromisso sócio-
sustentável.
As Organizações servem à sociedade através da colocação no
mercado de bens e/ou serviços.
Na concepção do desenvolvimento sócio-sustentável, o lucro
como único objetivo das Organizações não mais se sustenta.
No que concerne ao nível hierárquico, as atividades são
direcionadas da seguinte forma: ATIVIDADES DE DIREÇÃO, ATIVIDADES
GERENCIAIS e ATIVIDADES DE EXECUÇÃO.
26
O planejamento estratégico insere no seu contexto objetivo a
problemática dos insumos, de forma direta que as empresas, portanto,
convertem insumos de menor valor em produtos de maior valor. O objetivo
deve ser agregar o máximo de valor ao menor custo possível. Esta é a
essência da produção e do desenvolvimento econômico. Convém, neste ponto,
conceituar insumo. Insumo é tudo aquilo que a organização retira do ambiente
externo para ser usado no seu processo produtivo, tais como: matérias-primas,
energia, informação, trabalho fornecido por empregados ou prestadores de
serviços.
O produto de uma organização pode ser o insumo da outra. E
esse ciclo pode se repetir várias vezes até chegar ao consumidor final. Os
insumos nem sempre são os bens concretos. Numa indústria de alumínio, um
dos mais importantes insumos é a energia elétrica. No caso de um jornal ou
revista, o insumo mais importante é a informação. Quando se pensa em ciclo
de produção, a primeira idéia que vem à mente é a de uma fábrica. No entanto,
qualquer atividade econômica que agregue valor aos insumos equivale a um
ciclo de produção. (LACOMBRE, 2008, p. 34)
Os insumos são elementos essenciais da Organização, e, em
particular, os que denotam-se matérias-primas, fincam a responsabilidade cada
vez maior para os gestores dessas Organizações, que não perdem o escopo
lucrativo, porém, dependem da garantia da matéria-prima a longo prazo e com
qualidade, o que só é possível, mediante planejamento estratégico
compromissado e objetivado em elementos plausíveis de execução por todos
os colaboradores, enfatiza-se, em todos os níveis de hierarquia.
Interessante ao estudo o e.g que segue abaixo:
27
“Uma refeição preparada em casa ou num restaurante transforma
alimentos em pratos à disposição das pessoas e é também um processo
econômico. Uma receita permite preparar uma mistura que seja mais valiosa
que os ingredientes usados. Com boas receitas podemos preparar muitos
pratos. Quando nos referimos à atividade econômica as pessoas pensam em
fábricas. Mas é a descoberta de novas receitas (novos meios de produzir) que
conduz o processo... Nunca vamos parar de descobrir coisas, uma vez que as
descobertas são a mola mestra do desenvolvimento. Se continuarmos
descobrindo novas maneiras de usar matérias-primas, continuaremos a criar
mais valor”. (ROMER, p. 72)
Cada vez mais, o que importa não é executar o processo, mas
descobrir novos processos. As organizações, para terem êxito, devem ser
capazes de gerar novos processos e preservá-los enquanto forem úteis.
Podemos concluir, portanto, que as organizações criam e preservam
conhecimentos.
O centro da sociedade moderna não é a tecnologia, a informação
nem a produtividade; é a instituição administrada. Nos dias atuais, ela é o meio
de que a sociedade dispõe para fazer as coisas acontecerem. E a
administração é a ferramenta, função e instrumento para tornar a instituições
capazes de produzir resultados. DRUCKER. Op Cit, p. 63)
Extrai-se do enfoque contido no parágrafo anterior e
contextualizado, que as Organizações possuem um papel essencial,
fundamental na sociedade moderna e no mundo globalizado, portanto, devem
ser administradas corretamente, e, para que a administração seja eficiente e
eficaz, os gestores devem ter conhecimento e agregar todos os valores que a
sociedade e as circunstâncias impõem.
Com isso, não dissemos que por exemplo, a tecnologia não tem
valor, e sim, que esta deve ser utilizada com o devido conhecimento e aplicada
em prol da Organização e da sociedade, respeitando os limites para que
tenhamos o meio ecologicamente equilibrado, na forma do Artigo 225 da
Constituição Federativa do Brasil.
28
CAPÍTULO III
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E A RESPONSABILIDADE SÓCIO-SUSTENTÁVEL
Todas as Organizações, na atualidade, quando da realização do
Planejamento Estratégico devem seguir os preceitos estabelecidos na
Constituição Federal e na legislação complementar no que se refere ao
comprometimento pelo sócio-sustentável, uma vez que os parâmetros
legislativos certamente situam o Empreendedor e seus Colaboradores no êxito
do objetivo primordial, qual seja, o lucro com responsabilidade.
A questão sócio-sustentável nas Organizações constitui
prerrogativa constitucional, uma vez que o meio ambiente deve ser
ecologicamente equilibrado e a responsabilidade é de todos, Estado,
sociedade, indivíduos e Organizações.
3.1. A Constituição Federal de 1988 e a preservação do meio ambiente
Impossível falar sobre meio ambiente sócio-sustentável sem a
devida abordagem das prerrogativas constitucionais inerentes, pelo
Constitucionalismo.
A Constituição Federal vigente, que foi promulgada no dia 05 de
Outubro de 1988, expressa a instituição de um Estado Democrático, através de
diretrizes ideológicas, como a segurança dos direitos sociais e individuais,
destacando-se, liberdade, segurança, igualdade, justiça, educação e dignidade
da pessoa humana e, a garantia do meio ecologicamente equilibrado a todos,
na forma prescrita no Artigo 225.
A Constituição Federal de um País consiste na sua
Lei Maior, insta enfatizar, portanto, nenhuma outra lei pode contrariar
dispositivo constitucional, sob pena de ser julgada inconstitucional, portanto,
não aplicável, o que faz jubilar o constitucionalismo, a elaboração de um
Diploma Legal que norteia o Estado e a vida em sociedade.
29
O constitucionalismo, poder constitucional, teve origem nas
Constituições dos Estados Unidos, em 1.787, na Constituição Francesa, em
1.791 (com a Revolução Francesa), além de princípios ditados por
Declarações, como a da Virgínia.
O Brasil teve muitas Constituições, umas promulgadas, também
denominadas democráticas, populares, oriundas de Assembléia Nacional
Constituinte, com a participação popular via representação de parlamentares
eleitos, outras, outorgadas, sem a participação direta do povo, pela imposição
do poder da época e do momento histórico-social.
No Brasil, as Constituições de 1.891, 1.934, 1.946 e 1.988, a
vigente, foram promulgadas, já as de 1.824, 1.937, 1.967 e a Emenda
Constitucional nº 01/1969 (dotada de atribuição Constitucional), foram
outorgadas.
A questão que envolve a promulgação e a outorga é justamente o
interesse político da época e, com cada interesse, um tipo de Constituição é
formado, portanto, se há um pensamento e interesses abertos ao povo, a Lei
Maior assim os refletirá, caso contrário, também será reflexo, daí exsurge a
problemática em estudo.
Árdua luta de ideologias, muitas transformações sociais foram
acontecendo, com isso, o Direito precisou mudar, uma vez que Direito e
sociedade caminham juntos, o Direito muda e/ou se transforma com a
sociedade e esta com o Direito, ratificando-se que, se um novo momento da
história está sendo vivido, o Direito, enquanto ciência, deve acompanhar, e
este é transformado pela necessidade que lhe é apresentada.
A gama de abrangência da Constituição é muito bem definida pela
doutrina do Direito ao aduzir que a Constituição é a Lei fundamental da
sociedade.
30
No seio da Constituição vigente, visando à instituição de um
Estado Democrático, sem preconceitos de qualquer natureza, objetivos outros
são traçados desde a fase preambular, observando-se que, na Constituição
pátria temos como um dos seus ditames, a igualdade entre as pessoas, sem
distinção de qualquer natureza, no qual se insere, o direito ao meio
ecologicamente equilibrado como bem do povo.
Princípios que são almejados pela ONU (Organização das Nações
Unidas), por Organizações Governamentais e Não-Governamentais estão
inseridos na Constituição Federal, assim, o princípio dos princípios, dignidade
da pessoa humana celebra o compromisso globalizado, e não poderia ser de
outra forma, visto que a dignidade da pessoa humana deve ser garantida a
todos, sem exceção, e, através da educação, o exercício pleno da cidadania se
faz presente, educação em vista da preservação do meio sustentável.
A sustentabilidade abarcada no rol dos princípios constitucionais
é um direito garantido a todos, dentro de uma gama ampla de direitos
fundamentais sociais e coletivos, como supra vislumbrado, a se iniciar pelo
preâmbulo, ao versar objetivamente a Carta Política, a instituição de um
Estado Democrático de Direito, o regime democrático numa sociedade
pluralista, como salutarmente expresso:
“Nós representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”.
Princípios que ganham vulto objetivo, dignificam o texto
constitucional de acordo com o Artigo 225, verbis:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
31
Sem meio ecologicamente equilibrado, não há como ter garantido
o pleno direito à cidadania, ao desenvolvimento sócio-econômico, não se
forma o cidadão político, razão pela qual, em foco, a responsabilidade do
Estado, dos indivíduos, da sociedade e das Organizações empresariais.
A definição de Estado denota-se fundamental de maneira que
Estado é a “Sociedade politicamente organizada. Conjunto de instituições que
compõem a administração pública de um país; Governo” - Dicionário – Academia
Brasileira de Letras.
Além da definição de Estado, a definição de Direito torna-se
intrínseca ao desenvolvimento, desta forma, direito é o conjunto de normas
legais que visa regular, organizar a vida em sociedade, de fato que esse
conjunto de normas legais abrange todo o repertório legislativo, o
constitucional, o infraconstitucional e as diretrizes do Direito Internacional,
como Acordos, Tratados e Convenções em prol do meio ecologicamente
equilibrado e do desenvolvimento sócio-sustentável.
O Estado se utiliza do Direito, enquanto ciência social, para
organizar a vida em sociedade, de forma que esta viva harmonicamente,
constituída de padrão qualitativo eficiente em vista das necessidades inerentes
à pessoa humana e à vida social, como saúde, educação, segurança, lazer... e
ao meio ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações.
O repertório da legislação (infraconstitucional) correlata à
Constituição Federal de 1988 em vista da temática da sustentabilidade, assim
está distribuído substancialmente:
32
LEGISLAÇÃO CONTEÚDO
Lei nº. 7735/1989 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis
Lei nº. 7797/1989 Fundo Nacional do Meio Ambiente
Decreto nº. 3524/2000 Administração do Fundo Nacional do Meio
Ambiente
Lei nº. 9985/2000 Instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza
Lei nº. 8974/1995 Normas para o uso das técnicas de
engenharia genética e liberação do meio
ambiente de organismos geneticamente
modificativos – autoriza a criação da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
Lei nº. 9985/2000 Instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza
Lei nº. 7802/1989 Agrotóxicos
Lei nº. 9795/1999 Educação Ambiental
Lei nº. 7754/1989 Medidas de proteção às florestas existentes
nas nascentes dos rios
Decreto nº. 1282/1994 Regulamento – Lei nº. 4771/1965
Decreto nº. 3179/1999 Sanções aplicáveis às condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente
O conceito de cidadania empresarial é elucidado, de modo que é
a gestão da totalidade das relações entre as empresas e as comunidades onde
atuam, a nível local, nacional e global, obedecendo os valores da
responsabilidade social. (MOREIRA, pp. 13 e 14)
As Organizações se desenvolvem gradativamente e os velhos ou
antigos conceitos tidos como imutáveis, ou prioridades de visão, e.g. da visão
operacional para o cerne (visão estratégica) estão calcados no conceito de
sustentabilidade, visto que sustentabilidade é a possibilidade de uma entidade
garantir a sua continuidade.
33
No documento ”Ciência & Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentável”, elaborado a pedido do Ministério do Meio Ambiente, são
consideradas as seguintes dimensões de sustentabilidade:
1. Sustentabilidade Social:
Ø Princípios da equidade na distribuição de renda e de bens;
Ø Princípio da igualdade de direitos a dignidade humana;
Ø Princípio de solidariedade dos laços sociais.
2. Sustentabilidade Ecológica:
Ø Princípio da solidariedade com o planeta e suas riquezas e com a
biosfera que o envolve.
3. Sustentabilidade Econômica:
Ø Avaliada a partir da sustentabilidade social propiciada pela organização da
vida material.
4. Sustentabilidade Espacial:
Ø Equanimidade nas relações inter-regionais;
Ø Distribuição populacional entre o rural/urbano e o urbano.
5. Sustentabilidade Político-Institucional:
Ø Pré-requisito para a continuidade de qualquer curso de ação a longo
prazo.
6. Sustentabilidade Cultural:
Ø Modulada pelo respeito à afirmação do local, do regional e do nacional,
no contexto da padronização imposta pela globalização. (MOREIRA, Op Cit,
pp. 15 e 16) (Vide Anexo 12)
34
3.2. Planejamento Estratégico nas Organizações e a Constituição Federal
Oportuno afirmar que as vantagens de um planejamento
estratégico voltado ao sócio-sustentável abrange uma vasta seara, de cunhos
econômico e moral.
Organizações com fins lucrativos e sem fins lucrativos norteiam-se
pela responsabilidade social.
A temática da responsabilidade social está em voga e não poderia
ser diferente, portanto, insta justificar que:
“Responsabilidade social é o grau de obrigação de uma organização em assumir ações que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade na medida em que ela procura atingir seus próprios interesses. Refere-se ao grau de eficiência e eficácia que uma organização apresenta no alcance de suas responsabilidades sociais. A organização socialmente responsável é aquela que desempenha as seguintes obrigações:
1. Incorpora objetivos sociais em seus processos de planejamento.
2. Aplica normas comparativas de outras organizações em seus programas sociais.
3. Apresenta relatórios aos membros organizacionais e aos parceiros sobre os progressos na sua responsabilidade social.
4. Experimenta diferentes abordagens para medir o seu desempenho social.
5. Procura medir os custos dos programas sociais e o retorno dos investimentos em programas sociais”. (CHIAVENATO, 2010, pp. 112 e 113)
Algumas Organizações tratam da responsabilidade social de
forma institucionalizada, destinado investimentos específicos a determinadas
áreas, como: 1. Área Funcional Econômica – Voltada à produção de bens e
serviços, criação de empregos e valorização do trabalho; 2. Área de
Qualidade de Vida – Voltada à melhoria da qualidade de vida das pessoas; 3.
Área de Investimentos Sociais – Voltada aos investimentos em vista de
problemas sociais da comunidade e, 4. Área de Solução de Problemas –
Voltada diretamente à solução dos problemas sociais.
Desta forma:
35
“ÁREA FUNCIONAL ECONÔMICA – Esta é uma medida de responsabilidade social que dá uma indicação da contribuição econômica da organização à sociedade. ÁREA DE QUALIDADE DE VIDA – A produção de bens de alta qualidade, as relações com os empregados e clientes e o esforço para preservar o ambiente natural são indicações do que a organização faz para melhorar a qualidade geral da vida na sociedade. ÁREA DE INVESTIMENTOS SOCIAIS – A organização pode envolver-se em assistir organizações da comunidade que tratam de educação, saúde, caridade, artes etc. ÁREA DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS – Atividades como participação no planejamento a longo prazo da comunidade, projetos sociais e condução de estudos para localizar problemas sociais podem ser medidas de responsabilidade social”. (CHIAVENATO, 2010, pp.113 e 114)
No que tange ao comprometimento com o sócio-sustentável, por
conseguinte, é comum que as Organizações adotem 04 quatro) níveis de
estratégia (CHIAVENATO, 2010, p. 116), senão vejamos:
1º NÍVEL – ESTRATÉGIA OBSTRUTIVA
- FOCO: RESPONSABILIDADES ECONÔMICAS
O que faz?
1. Rejeita as demandas sociais
2. Assume responsabilidades econômicas apenas
2º NÍVEL – ESTRATÉGIA DEFENSIVA
- FOCO: RESPONSABILIDADES LEGAIS
O que faz?
1. Faz o mínimo exigido legalmente
2. Assume responsabilidades econômicas e legais
3º NÍVEL – ESTRATÉGIA ACOMODATIVA
- FOCO: RESPONSABILIDADES ÉTICAS
O que faz?
1. Faz o mínimo exigido eticamente
2. Assume responsabilidades econômicas, legais e éticas
36
4º NÍVEL – ESTRATÉGIA PROATIVA
- FOCO: RESPONSABILIDADES ESPONTÂNEAS E VOLUNTÁRIAS
O que faz ?
1. Toma liderança nas iniciativas sociais.
2. Assume voluntariamente responsabilidades econômicas, legais, éticas,
espontâneas e antecipatórias.
Diante do exposto supra, ratifica-se a necessidade e fundamental
importância do comprometimento das Organizações com o sócio-sustentável,
uma vez que a Constituição Federal vigente, que é a Lei Máxima do País,
elenca a preservação do meio ambiente em prol das gerações presentes e das
futuras no Artigo 225, como responsabilidade do Poder Público e da
coletividade, destarte:
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”.
Cujo teor sancionatório aduz, com propriedade:
37
“ § 2º. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.
E em relação a locais específicos, versa a lei que:
§ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. § 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 6º. As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas”.
No contexto globalizado, as Organizações assumem aspecto
contingencional, de maneira justificável que:
“Toda organização precisa funcionar como um sistema integrado e coeso, em que todas as suas partes se inter-relacionam intimamente para atuar como uma totalidade a fim de alcançar um determinado objetivo com sucesso. Contudo, organizar, não é algo que se faça apenas uma só vez. A estrutura organizacional não é permanente e nem definitiva, pois deve ser ajustada e reajustada continuamente sempre que a situação e o contexto ambiental sofram mudanças. Assim, à medida que enfrenta novos e diferentes desafios gerados por mudanças externas, a organização precisa responder adequadamente para ser bem-sucedida. As mudanças externas que ocorrem no ambiente trazem novas oportunidades, impõem novas ameaças, proporcionam novas tecnologias e novos recursos, incentivam a concorrência, condicionam novas regulações legais e governamentais, e todas essas influências passam a afetar direta ou indiretamente os negócios da organização. E é aí que reside o segredo: a organização precisa ser bastante maleável e adaptável para ajustar-se continuamente às demandas ambientais, não apenas para sobreviver em um contexto mutável, mas, principalmente, para acompanhar a realidade externa e garantir o sucesso do negócio”. (In Avaliação Crítica – Organização Como Aspecto Contingencial – CHIAVENATO, 2010, p. 287)
38
O Planejamento Estratégico das Organizações deve estar
compromissado com o sócio-sustentável, pelos fundamentos expostos, visto
que, em síntese, o contexto globalizado (século XXI) exige mudanças, novos
comportamentos organizacionais (principalmente em relação à preservação do
meio ambiente e em vista da preocupação com o desenvolvimento social, ou
das comunidades) se perfazem urgentes, pois que a realidade presente faz
com a inserção da referida preocupação não seja um mero fardo ou ato de
caridade, e sim, de desenvolvimento consciente em prol de um futuro próximo.
O parágrafo anterior encontra-se fincado na teoria de
(CHIAVENATO, 2010, p. 116), na exposição dos níveis de preocupação com o
sócio-sustentável, pela qual, o nível 1 não assume responsabilidade alguma, o
2, apenas no aspecto legal, o 3, foca na ética e, somente o 4 atua de forma
voluntária.
Pensar em desenvolvimento organizacional no mundo pós-
moderno compreende uma análise também filosófica, para que o “lucro pelo
lucro” não seja o ápice do Sistema, o que se consubstancia com o
entendimento sobre o “Dinheiro” do Filósofo (BITTENCOUT, 2012), que assim
prelaciona a respeito no Artigo “Dinheiro:o dublê da virtude”:
“A Filosofia é um valioso instrumento na compreensão dos fenômenos econômicos, em especial na decifração da essência do dinheiro e suas influências imediatas no comportamento humano, e as questões abordadas por pensadores como Aristóteles, Marx, e mais recentemente, Michael Sandel comprovam essa tese”.
Isto porque:
“O problema do dinheiro e sua importância fundamental no desenvolvimento das relações sociais de modo algum é questão exclusiva para a investigação dos economistas e especuladores financeiros; aliás, talvez tenha sido justamente o excessivo poder concedido a essas classes no avanço do sistema capitalista um dos fatores que motivaram a erupção das diversas crises financeiras que assolaram o mundo no decorrer das últimas décadas. A moderna tecnocracia capitalista caracterizou-se por vislumbrar a emancipação das atividades econômicas de qualquer elemento que não fosse exclusivamente associado aos parâmetros pecuniários”.
39
A realidade atual caminha, simultaneamente, com dilemas
antagônicos, assim, temos, por um lado, a visão globalizada do capitalismo
desenfreado, da tecnocracia, do lucro pelo lucro, ao passo que a necessidade
do desenvolvimento sócio-sustentável se perfaz de forma contundente.
Oportunamente, A IMPORTÂNCIA DO SETOR NÃO-LUCRATIVO
se destaca, conforme (CHIAVENATO, 2010, p. 112):
“O que o Museu de Arte Moderna, a Fundação Padre Anchieta, a Cruz Vermelha e o Greenpeace têm em comum? Eles são exemplos de organizações não-lucrativas, às quais Peter Drucher deu o nome de ‘terceiro setor’ da economia, aquele setor não-lucrativo que emprega um de cada dois americanos. Essa comunidade de organizações inclui hospitais, escolas, igrejas, museus, orquestras sinfônicas, corais, centros culturais ou de artes, entidades filantrópicas e beneficentes e outras milhares de organizações – locais, regionais, nacionais e mundiais – que visam objetivos de serviços sociais em oposto ao desempenho lucrativo das empresas. Sem falar nas organizações não-governamentais (ONGs), que estão proliferando no mundo moderno em atividades que vão desde preocupações ecológicas e ambientais a atividades relacionadas com educação, pobreza e assistência social. As organizações não-lucrativas envolvem motivação não-financeira de voluntários que trabalham como dirigentes ou operacionais e que se identificam com a comunidade e desenvolvem um suporte financeiro com ajuda própria ou de terceiros para levar adiante projetos sociais. O voluntariado está em plena expansão. Até as organizações lucrativas estão estimulando e ajudando seus colaboradores a se empenharem em atividades de apoio e suporte às comunidades carentes. É comum encontrar empresas que planejam e organizam jornadas de voluntariado para dedicar um dia de trabalho exclusivamente para oferecer serviços essenciais ou ajuda financeira para comunidades pobres. O retorno em termos de satisfação moral é muito grande”.
As Organizações empresariais, devem ser vistas contextualmente
no âmago do século XXI, de maneira que os fundamentos da Organização e do
Planejamento (seus objetivos e tipos), devem estar voltados ao
desenvolvimento das Organizações com responsabilidade social, porque as
vantagens não devem ser apenas financeiras, mas de qualidade de vida e de
produtos e serviços.
40
A atividade organizacional encontra-se inserida no processo de
contextualização sócio-sustentável em todos os níveis hierárquicos, uma vez
que todos devem ter a consciência do sócio-sustentável.
As vantagens são vultuosas e necessárias, quando as
Organizações se atentam à realização de planejamento estratégico
comprometido com o sócio sustentável, em consonância com as diretrizes
constitucionais a respeito da responsabilidade da preservação do meio
ambiente, do sócio sustentável, que não é exclusiva do Poder Público, mas, de
todos, da coletividade.
41
CONCLUSÃO
A responsabilidade das Organizações tem sido absorvida pela
atividade empresarial como um todo, e não poderia ser diferente, inclusive
acerca da valorização do comprometimento das Organizações com o sócio-
sustentável no que se refere à hierarquia, com a fixação de critérios práticos
que devem ser adotados em prol do Planejamento Estratégico voltado ao
desenvolvimento sócio-sustentável.
As Empresas/ Organizações que desempenham planejamento
estratégico, com a abordagem sócio-sustentável, no mundo pós-moderno,
tendem a ter um crescimento favorável e destacado no próprio mercado
econômico-consumerista, uma vez que a qualidade se sustenta positivamente,
com a preservação ambiental, e o reconhecimento pelo social torna-se
contundente, o que faz com que sejam reconhecidos os atributos
transparência, respeitabilidade e desempenho.
Falar de sustentabilidade dentro do contexto sócio-político desde
a promulgação da atual Constituição não é tarefa fácil, uma vez que, embora a
mesma seja a lei soberana do País, inclusive, em matéria de Meio Ambiente,
infelizmente, a realidade vivida, presenciada, não corresponde, por muito, aos
objetivos ou ao escopo do legislador constitucional pátrio.
O texto constitucional é eivado de princípios ideológicos, em vista
da instituição de um Estado Democrático (de Direito), o que está previsto já no
preâmbulo, todavia, a aplicação desses princípios, considerando-se que não
existirá um ordenamento perfeito, mesmo assim, encontra-se, por muito,
afastada do contexto nos âmbitos, local, estadual, regional e nacional, em
particular, na seara do meio ambiente.
42
É comum nos depararmos com cidadãos versando que “faltam
leis nesse País”, entretanto, fundamental é a interpretação crítica das leis
vigentes e existentes, de todo o repertório legislativo, pois que o diagnóstico já
nos é apresentado objetivamente, ou seja, pela análise crítica do repertório
legislativo brasileiro em se tratando de, no caso, Meio ambiente e
Sustentabilidade, é possível concluir que, ao contrário, não faltam leis, e sim,
a real, efetiva aplicação das mesmas.
A Constituição direciona a forma de proteção do meio
ecologicamente equilibrado e da função social a nível territorial (nacional),
respeitando as diversidades existentes, porém, além dela, merece destaque,
salutarmente, a Lei nº. 7.735/1989 (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis), que possui caráter infraconstitucional.
Além dessas, outras leis infraconstitucionais direcionam a
questão, como a Lei nº. 7.797/1989 (Fundo Nacional do Meio Ambiente) e
Decreto Lei nº. 3524/2000, bem como outros dispositivos legislativos.
Outrossim, se todo esse repertório legislativo e as demais leis
passíveis compatíveis fossem, de fato e de direito aplicados, os problemas
intrínsecos à questão sócio-ambiental não seriam de grande vulto e não
teriam consequências desastrosas.
Ocorre que, as Organizações empresariais constituem parte de
um Sistema complexo e atualmente globalizado, portanto, o momento político
e circunstâncias, até mesmo puramente sociais, não permitem que o âmago
da questão floresça, de maneira que, quando o assunto é sócio-
sustentabilidade como responsabilidade de todos e das Organizações, a
consciência política deve ditar as atitudes práticas do cidadão, que não pode
se contentar com dados estatísticos, sem questionar o contexto e o
condicionamento político do Estado, na pessoa de seus governantes.
O meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito de todos os
brasileiros (natos e naturalizados) e estrangeiros residentes no Brasil, na
forma do Artigo 5º, da Constituição Federal de 1988, devendo ser reprimido
qualquer tipo violação ao meio sócio-sustentável, como bem comum do povo.
43
O cidadão consciente do “ser político” não entende princípios
como meras ideologias ou mesmo uma utopia, mas, como o elo entre o
desafio e a realidade a ser construída, o “fazer acontecer”, o “fazer meio
ambiente sócio-sustentável”.
O pulsar em prol do amor ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, deve transparecer às presentes e futuras gerações, portanto,
fechar os olhos e se limitar ao textos legislativos não resolve a questão.
“Viver é fácil com os olhos fechados E eu proponho uma dificuldade extra
Abra os olhos olhe por dois Pra todos os lados pra cima
Pra baixo Pra frente e pra trás
Você verá que existe a guerra e a paz E que o amor faz e desfaz
Você fera é capaz mas erra E que isso é certo Quando há amor”
Amor Real Luís Carlos de Morais Junior
44
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelho ideológico do Estado. Lisboa: Presença,
s/d.
ALVES, O José. Noções de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Ética, 1971.
ARMAS, Ramón; TORRES-CUEVAS, Eduardo; BALLESTER, Ana Cairo.
Historia de La Universidad de La Habana. Havana, Editorial de Ciências
Sociales, 1984.
ARAÚJO, Elizabeth de Melo Bonfin. Reforma Universitária: suas causas e
conseqüências In. TUBINO, Manoel José Gomes. Universidade Ontem e Hoje.
São Paulo: IBRASA, 1984.
BELLONI, Isaura. Funções da Universidade: notas para reflexão. In
BRANDÃO, Zaia, WARDE, Miriam, IANNI, Otávio. Universidade e Educação.
Campinas: Papirus, 1992.
BEVILAQUA, Clovis. Direito das Sucessões. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1978.
BOAVENTURA, Edivaldo M. Universidade e Multidisciplinaridade. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 1986.
CARDOSO, Fernando Henrique. Dependência e Desenvolvimento na América
Latina. 7ª edição.Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1994.
CARVALHO, André. Ecologia. 7ª ed., Belo Horizonte, MG: Lê, 1987.
45
Constituição da República Federativa do Brasil. Serie Legislação Brasileira,
Editora Saraiva, 1988.
Congresso Nacional. Lei 5548. Brasília-DF, 1966.
Congresso Nacional. Lei nº 9.394 de 1996, Lei Darcy Ribeiro. Brasília-DF:
1996
Código Eleitoral. 3ª ed., São Paulo: Javoli, 1989
CUNHA, L. A. A Universidade Brasileira nos anos Oitenta: sintomas de
regressão institucional. INEP/MEC, 1989.
DALLARI, Dalmo. Ser Cidadão. São Paulo: Lua Nova, 1984.
Modernidade está vinculada mo fim do analfabetismo. Jornal Folha Dirigida.
Rio de Janeiro: 15 out 1997, 20 p.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Autores Associados,
1987.
________________. Do Senso Comum à Consciência Filosófica. 11ª ed., São
Paulo: Autores Associados, 1992,319 p.
Revista do Provão. Ministério da Educação e Cultura. Desafios do Provão.
Brasília - DF: MEC, 1996.
WOLFF, Robert Poul. O Ideal da Universidade. tradução de Sonia Rodrigues,
Maria Cecília P. B. Lima. São Paulo-SP: U. Estadual Paulista, 1993.
46
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - Ciudad de la Habana-Cuba: Centro de estudos para el Perfeccionamiento
de la Educación Superior. U. de la Habana, 1992.
2 - DEMO, Pedro. Educar Pela Pesquisa. Campinas: Autores Associados,
1996.
3 - ARMAS, Ramón; TORRES-CUEVAS, Eduardo; BALLESTER, Ana Cairo.
Historia de La Universidad de La Habana. Havana, Editorial de Ciências
Sociales, 1984.
4 - Ciranda do Meio Ambiente. Concepção e coordenação. Rio de Janeiro:
Memória Futura, 1991.
5 - ARMAS, Ramón; TORRES-CUEVAS, Eduardo; BALLESTER, Ana Cairo.
Historia de La Universidad de La Habana. Havana, Editorial de Ciencias
Sociales, 1984.
6 - BEVILAQUA, Clovis. Direito das Sucessões. RJ: Ed. Rio, 1978.
7 - Comissão do Senado Federal. Educação, o desafio do ano 2000. Anais de
Seminário, Brasília-DF: 1991, 270 p.
8 - LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991.
9 - MACHIAVELLI, Nicoló Di Bernardo. El Princepi. Tradución de GRASSI,
Roberto. 17ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
10 - ERBOLATO, Mário L. Técnicas em Codificação Jornalística. 5ª ed., São
Paulo: editora Ática, 1991, 256 p.
11 – www.vezdomestre.com.br. Pedagogia Inclusiva. 1-4, 2004
12 – CARVALHO, Vilson Sérgio. Pedagogia Inclusiva.
www.vezdomestre.com.br , 1-4, 2004
47
ANEXOS
Índice de anexos
ANEXO 01 - Características da Globalização
ANEXO 02 – Definições de Administração
ANEXO 03 – Definições de Administração
ANEXO 04 – Definições de Administração
ANEXO 05 – Eficiência
ANEXO 06 – Eficácia
ANEXO 07 – Os dois diferentes significados da palavra organização
ANEXO 08 – A organização como parte do processo administrativo
ANEXO 09 – Os níveis hierárquicos da Organização
ANEXO 10 – Plano Estratégico
ANEXO 11 – Plano Operacional
ANEXO 12 – Dimensões de Sustentabilidade
48
ANEXO 1
CARACTERÍSTICAS DA GLOBALIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DA GLOBALIZAÇÃOFonte:CHIANENATO, 2010, pp.96/97
Desenvolvimento e intensificação da
Tecnologia da Informação
Ênfase no conhecimento enão mais nas
matérias-primas
Formação de espaçosPlurirregionais
(NAFTA, ComunidadeEuropéia, Mercosul)
Internacionalização doSistema Produtivo
(capital eInvestimentos)
Máquina X SER HUMANODesemprego estrutural
Gradativa expansão dos
mercados
Dificuldades e limitaçõesdos EstadosModernos
Predomínio das formasdemocráticas no
mundo
Redução da possibilidadede uma conflagração
mundial
49
ANEXO 2
Definições de Administração
DEFINIÇÕES DE ADMINISTRAÇÃOFonte: CHIAVENATO, 2010, p. 5
1. Administração é o processo pelo qual um grupo de pessoas dirige as ações de outras no sentido de
alcançar objetivos comuns.
2. Administração é o processo de trabalhar com e atravésde outras pessoas para alcançar eficientementeobjetivos organizacionais pelo uso eficiente derecursos limitados em um ambiente mutável.
50
ANEXO 3
Definições de Administração
3. Administração representa a busca de objetivos organizacionaisde uma maneira eficiente e eficaz através de planejamento,
organização, liderança e controle dos recursosorganizacionais.
4. Administração refere-se a duas coisas: (1) coletivamente atodos os administradores de uma organização; e(2) Ao estudo do que os administradores fazem.Toda organização é tocada por administradores.
51
ANEXO 4
Definições de Administração
5. Administração é o processo de alcançar objetivos organizacionais pelo trabalho com e através depessoas e demais recursos organizacionais.Três características fundamentais: (1) Aadministração é um processo ou séries de
atividades relacionadas; (2) envolve e se concentra no alcance de objetivos organizacionais; (3) alcançatais objetivos através do trabalho das pessoas
e demais recursos organizacionais.
52
ANEXO 5
Eficiência
EFICIÊNCIA
1.Fazer corretamente as coisas2.Preocupação com os meios3.Ênfase nos métodos e procedimentos4.Cumprir os regulamentos internos5.Treinar e aprender6. Jogar futebol com arte7. Saber batalhar8. Ser pontual no trabalho9. Utilizar métodos de trabalho10. Não faltar à missa aos domingosFonte: CHIAVENATO, 2010, p. 6.
53
ANEXO 6
Eficácia
EFICÁCIA
1. Fazer as coisas necessárias2. Preocupação com os fins3. Ênfase nos objetivos e resultados4. Atingir metas e objetivos5. Saber e conhecer6. Ganhar a partida de futebol7. Ganhar a guerra8. Agregar valor e riqueza à organização9. Alcançar resultados10. Ganhar o céuFonte: CHIAVENATO, 2010, p. 6.
54
ANEXO 7
Os dois diferentes significados da palavra organização
Organização
OrganizaçãoComo uma unidadeou entidade social, na
qual as pessoas interagementre si para alcançarobjetivos comuns.
OrganizaçãoComo função administrativa
e parte do processoadministrativo de organizar,estruturar e integrar osrecursos e os órgãos
incumbidos de sua administraçãoe estabelecer relações
entre eles.
Fonte: CHIAVENATO, 2010, p. 283.
Organizaçãoformal
Organizaçãoinformal
55
ANEXO 8
A organização como parte do processo administrativo
Planejamento
Controle
Organizaçãoü Agrupar, estruturar e integraros recursos organizacionais.üDividir o trabalho a ser feito.
üAgrupar os órgãos e atividadesem uma estrutura lógica.
üDesignar as pessoas para asua execução.
üCoordenar os diferentes esforços.
Direção
Fonte: CHIAVENATO, 2010, p. 283.
56
ANEXO 9
Os níveis hierárquicos da Organização
NívelOperacional
ExecuçãoFonte: CHIAVENATO, 2010, p. 288.
Nível Institucional
Nívelintermediário
PresidenteDiretores
Gerentes
Supervisores
Funcionários Operários
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ANEXO 10
Plano Estratégico
PLANO ESTRATÉGICOFonte: LACOMBRE, 2008, p. 172.
üVisa à eficácia.üResponde à pergunta: O que fazer ?
üTende a ser de longo prazo.üVisa a resultados finais válidos.üAbrange o ambiente externo.
üÉ indicativo, não desce a detalhes.üÉ elaborado pelo pessoal do topo.
üPode ter fortes impactos na empresa.
58
ANEXO 11
Plano Operacional
PLANO OPERACIONALFonte: LACOMBRE, 2008, p. 172.
üVisa à eficiência.üResponde à pergunta: Como fazer ?üTende a ser de curto ou médio prazos.üVisa à otimização dos recursos usados.
üConcentra-se mais no ambiente interno.üTende a ser detalhado.
üÉ elaborado pelas gerências médias.üNão costuma causar fortes impactos.
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ANEXO 12
Dimensões de Sustentabilidade
DIMENSÕES DE SUSTENTABILIDADEFonte: MOREIRA, Mariana de Castro – Apostila – Responsabilidade
Social Empresarial – p.16
SustentabilidadeSocial
SustentabilidadeEcológica
SustentabilidadeEconômica
SustentabilidadeEspacial
SustentabilidadePolítico-
Institucional
SustentabilidadeCultural
60
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
AS ORGANIZAÇÕES E O CONTEXTO GLOBALIZADO 11
1.1 – Características Basilares da Ciência da Administração
e o Fenômeno da Globalização – O Século XXI 11
1.2 – Fundamentos da Organização 15
1.3 – Fundamentos do Planejamento 18
CAPÍTULO II
A ATIVIDADE ORGANIZACIONAL 21
2.1 – O Papel das Organizações e os Níveis Hierárquicos 21
CAPÍTULO III
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E A RESPONSABILIDADE
SÓCIO-SUSTENTÁVEL 28
3.1 – A Constituição Federal de 1988 e a Preservação do Meio
Ambiente 28
3.2 – Planejamento Estratégico nas Organizações e a
Constituição Federal 34
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
BIBLIOGRAFIA CITADA 46
ANEXOS 47
ÍNDICE 60