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AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO E GLOBALIZADO Elias Gomes da Conceição ORIENTADORA Prof:Ms. Fabiane Muniz da Silva Rio de Janeiro 2011 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO E GLOBALIZADO

Elias Gomes da Conceição

ORIENTADORA Prof:Ms. Fabiane Muniz da Silva

Rio de Janeiro 2011

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AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO E GLOBALIZADO

Apresentação de monografia a AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção da Graduação de pedagogia.

ALUNO: Elias Gomes da Conceição

3

AGRADECIMENTO

Agradeço a todos os meus familiares

que me apoiaram nessa jornada longa

de estudo, no qual eu tive que abrir mão

dos meus finais de semanas para aqui

está e tiveram ampla compreensão, não

posso esquecer dos professores do curso

de graduação em Pedagogia a Distância,

em especial a Professora Ana Cristina

que nos momentos mais difíceis soube

me dar a atenção e a orientação

necessária para prosseguir nos estudos.

A todos que me apoiaram,

sinceramente, muito obrigado.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico,

primeiramente, aos meus pais e a minha

esposa, Adriana, por sempre acreditarem em

mim e em meus estudos e depois aos meus

colegas de Faculdade que muito nos unimos

para confecção de trabalho em grupo, no

desenvolvimento dos exercícios e na perfeição

de cada projeto interdisciplinar exigidos por

todas as disciplinas para que e todos chegassem

ao final deste curso.

5 RESUMO

O objetivo deste trabalho foi a analise das constantes evoluções científico-

tecnológicas especialmente com a utilização cada vez mais ampla da informática

nos processos de produção, as mudanças de paradigma na nova ordem mundial,

fez com que a educação exercer um papel fundamental para implantação da

mudança de comportamentos, valores e critérios. Com isso, o ensino no Brasil,

por meio esforço muito grande do governo reformulou os novos conteúdos a fim

de acompanhar essas transformações cada vez mais velozes, já que é o único

caminho para o desenvolvimento econômico, político e social da nova era

contemporânea.

Além disso, atualmente o homem deve agir local com a consciência global,

interligado e conectado ele busca novos conhecimentos aos quais serão

primordiais para manter-se atuante e competitivo no cenário mundial. A

globalização por sua vez influenciou de forma decisiva na mudança do perfil do

trabalhador, uma vez que se tornou muito mais rápido mais intensamente

acelerado a obtenção da informação, com a revolução nas comunicações, desta

forma, homem foi obrigado a ter um aprendizado contínuo. Aqueles que querem

manter-se inserido na dinâmica global terão que se atualizar a cada dia, e é por

isso que o prolongamento nos estudos acadêmico e crucial para um bom

desenvolvimento na carreira.

Os avanços desse processo da nova ordem mundial fizeram com que a

educação no século XXI seguisse novos rumos, através desafios para a escola do

novo milênio.

Dessa forma, há necessidade de qualificações ampliadas, que ultrapassam

os limites do posto específico de trabalho em direção não só a multifuncionalidade,

mas a multiqualificação, compreendida como um conjunto de competências e

habilidades, saberes e conhecimentos, portanto, o profissional da nova era deve

ser polivalente e apto a trabalhar em qualquer área no qual for submetido.

6 METODOLOGIA

Neste trabalho de Pesquisa, utilizou-se dos procedimentos metodológicos

básicas de cunho qualitativo, com estudo analítico e crítico dos métodos de

investigação com técnicas descritivas e o instrumento utilizado para a realização

da pesquisa foi à bibliográfica, onde o principal destaque descritivo gira em torno

das teorias embasadas em trabalhos de autores contemporâneos, tais como,

Lopes, (2002) que afirma que a educação é direita de todos, seja ela para criança,

jovens e adultos, Ney (2011) que dentro de um pensamento e crítico, o declara

que perfil do novo profissional deve ser polivalente e esse profissional deve

procurar sempre uma formação continuada, a fim de manter-se sempre atualizada

e Perreira (2000), afirma também que aqueles que não buscarem novas formas de

organização e flexibilização, devido a exigência da nova ordem global, poderão

correr o risco de ficar desempregado, visto que as mudanças são cíclico e

estrutural e consequentemente a exclusão do mercado de trabalho formal.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I, EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO

CONTEMPORÂNEO 10

CAPÍTULO II, A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA

SALA DE AULA 19

CAPÍTULO III, A EDUCAÇÃO NO SÉCULO VINTE E UM E OS NOVOS

RUMOS 28

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 39

8 INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho foi o aprofundamento dos conhecimentos da

educação no mundo cada vez mais dinamizado, já que com a constante evolução

dos meios tecnológicos, nos obrigam a constantes adaptações e evoluções no

mundo cibernético. Para se manter ativo no mercado atual todos devem está

muito bem preparado e não mais adestrado como no passado, assim, a política de

formação será contínua, o trabalho em equipe será sempre valorizado, mas

também o profissional que se destacar terá o seu valor individualizado.

Além disso, essa nova Ordem Mundial vem influenciando muito na sala de

aula, já que o mundo gira em torno desses avanços técnico-científico que

apresentam à informática, a robótica, as telecomunicações e a biotecnologia como

base da sustentação da economia contemporânea e por isso exige-se um maior

comprometimento de cada um no processo de decisão do nosso futuro.

Esse trabalho de pesquisa também buscou analisar atual situação da

educação brasileira nessa nova Ordem, aonde a educação a cada dia vem

obtendo um valor muito significativo, visto que devido as constantes mudanças

nas tecnologias o indivíduo é obrigado a atualizar-se constantemente para não

ficar aquém das novidades do mercado de trabalho e as suas mudanças cada vez

mais veloz. Em contrapartida, mostrar os avanços tecnológicos, frutos de uma

globalização que dia a dia sofre constantes transformações, sendo necessário

administra o seu próprio currículo, visto que nenhuma competência permanece

adquirida por simples inércia. Por sua vez, as escolas e os cursos buscam o

aprimoramento intelectual e profissional frente essas novidades digitais, os

educadores procuram prepara-se através de cursos de extensão e

aperfeiçoamento, pois só assim terão condições de integrar e atuar com os

recursos de diferentes mídias, a fim de ministrar esses conteúdos,

conseqüentemente, obter os conhecimentos sobre o funcionamento dos

programas básico já existente no mercado, dessa forma, tornando a educação

9 muito mais atrativa, seja ela a mão de obra docente especializada, seja de

máquinas para pôr em prática a ideologia contemporânea centrada na

“digitalização” e cultura de cada aluno.

Finalizando, verificamos a educação do novo século diante de todas essas

mudanças teve que se moldar aos novos programas, supostamente baseados de

acordo com exigência do mercado global, uma vez que a educação atual e as

perspectivas da aprendizagem no século vinte um nos obrigam a está em

constantes evoluções, para garantir a atualização, a competência e a habilidade

profissional muito exigida no mundo contemporâneo.

10 CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM UM MUNDO CONTEMPORÂNEO

Neste capítulo abordamos os múltiplos desafios do futuro, já que a educação

surge como um triunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais

da contextualização social, da responsabilidade social, da educação permanente e

atualizada, irá contribuir para diminuir a pobreza e consequentemente a exclusão

social.

“Se acompanharmos o processo, veremos que o próprio conceito

de alfabetização mudou muito nos últimos anos. No Brasil aumenta

o descompasso na exigência da alfabetização. Antes eram

consideradas alfabetizadas aquelas pessoas que sabiam ler e

escrever o básico. Os analfabetos dos novos tempos serão

aqueles incapazes de ler um manual de instruções”. (CARMO,

1997. P.50.)

1.1- Os desafios da educação no Brasil

Segundo Lopes (2006), o que temos visto na educação brasileira é um

esforço muito grande do governo em diplomar crianças, jovens e adultos para

cumprir com as metas de educação traçadas no ano 2000 pelas Nações Unidas

no encontro “Educação para todos”, ou seja, reduzir em pela metade o número de

analfabetos até o ano de 2015 Fontes das Nações Unidas (2000). Realizando uma

análise da educação nacional, podemos dizer que realmente escolhemos seguir o

caminho de diplomar a qualquer preço, ou seja, não importa se nossas crianças,

jovens ou adultas estão aprendendo a ler, escrever, interpretar textos e resolver as

operações, Estamos falando de níveis básicos de educação que ainda não

conseguimos atingir e a partir disto, podemos afirmar que a educação brasileira

deveria estar preocupada com as exigências do futuro, garantindo que as crianças

de hoje estivessem preparadas e atualizadas quanto às novas tecnologias, como;

11 o uso da informática, e para a comunicação globalizada, através da internet, por

exemplo, desenvolvendo inclusive habilidades em outros idiomas, que será

imprescindível para a abertura de novos negócios no mundo globalizado.

Além disso, o Brasil deveria se preocupar com a qualidade da educação do

seu povo, na medida em que ela é o único caminho para o desenvolvimento, essa

habilidade educacional o torna competitivo em um mundo onde as transformações

são constantes e acontecem em um piscar de olhos. Na perspectiva da

construção do saber, da ideia estanque de conteúdo aprendido, evoluiu-se para a

noção de capacidade para inovação. Em decorrência, a educação dos novos

tempos vem em buscar de paradigmas capazes de preparar cidadão com alta

qualificação, íntimos de tecnologia nascente. Aprender a lição passou a ser

pensar, criar, imaginar e, não, memorizar apenas. O país fixou as metas de

aprendizagem, deixando explícitas as maneiras de atingi-las e introduzindo

conteúdos voltados para o desenvolvimento de competências.

1.2- A educação atual no contexto social

Segundo Lopes (2002), muito usada pela escola tradicional, para valorizar

este aluno altamente especializado na apreensão irrefletida de conteúdos sempre

foi o vestibular. No dia em que os vestibulares mudarem suas exigências, a escola

muda também, mas tal mudança já está acontecendo os atuais PCN (Parâmetros

Curriculares Nacionais, norteadores dos conteúdos programáticos nas escolas)

dar um exemplo de contextualização social, inspirados numa LDB (Lei de

Diretrizes e Bases, espécie de Constituição da educação brasileira) que propõe

de acordo Carneiro( 2002, p.32), no art.2º “A educação, dever da família e do

Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade

humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo

para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, pois autonomia

da escola e respeito pelas diferenças, inflam novos ares para dentro das escolas.

12 Falam em contextualizar o conhecimento, em articular as diversas matérias,

ressaltando pontos significativos comuns a elas, em transformar alunos em

cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, mais aptos a negociar na

sociedade os conflitos de suas próprias vidas, etc. E é óbvio que se a base

normativa que orienta o funcionamento das escolas está abordando tais questões

desse jeito, os vestibulares tendem a adaptar-se a ele. Como se não bastassem

às profundas mudanças que já verificamos em alguns dos principais vestibulares

do país, outro fato indiscutível que aponta para esta tendência é o ENEM (Exame

Nacional do Ensino Médio), espécie de "provão do ensino médio". Apesar de ser

algo que pretende avaliar conhecimento, a forma como o ENEM faz isso pouco

tem a ver com o esquema clássico de avaliação. Nele, a simples repetição de

fórmulas e datas decoradas deu lugar à aplicação do raciocínio em problemas da

vida real.

Segundo Lopes (2002), boa parte dos vestibulares (principalmente nas

universidades públicas) já aceita a nota do aluno no ENEM como uma das formas

de avaliá-lo. Vivemos um tempo em que a importância desse conhecimento

calcificado e morto, de velhos códigos e fórmulas para resolução de problemas

desatualizados, vêm tornando-se cada vez menor. Hoje em dia, conhecimento é

mesmo coisa dinâmica. O que se aprendeu na escola no ano passado pode até

mesmo não valer mais esse ano. É por isso que as empresas de hoje estão até

mesmo dispostas a ensinar algo, via treinamento, aos funcionários que não

tiverem, no ato da contratação, todo conhecimento exigido pela função. Elas

sabem que, pela própria mobilidade e atualização constantes desse

conhecimento, terão que fazer isso ainda muitas vezes, mesmo depois que esse

funcionário tiver anos de casa, se quiser mantê-lo atualizado e sempre apto ao

trabalho. E isso faz cair por terra outra de nossas "desculpas" para exaltar sem

crítica o aluno "nota 10" de nossas escolas: a preparação para o mercado de

trabalho. Que empresa cujo setor de seleção goze da plenitude de sua saúde

13 mental iria contratar uma pessoa como a descrita acima? O mercado de

trabalho também mudou, até em função de uma nova realidade econômica

mundial.

1.3- A importância da educação contemporânea

De acordo com Schumacher (1983, p.67), adaptado à nova ordem estará o

país que, aberto à competitividade global, realize gigantescos investimentos em

educação, já que a maior riqueza nacional passou a ser a mão-de-obra

qualificada.

Segundo Schumacher (1983, p.69), tudo leva a crer que no século XXI, a

principal atividade “industrial” será o turismo. Com a redução das jornadas de

trabalho na maior parte do mundo industrializado ou “ex-industrializado” e a idade

avançada de seus habitantes, até pelo menos durante o período de reposição da

população, o que as pessoas farão com o seu tempo disponível? Vão fazer mais

viagens e irão as buscas de mais entretenimento. A arte também, nesse processo

de mudanças, passará a ter um papel mais importante do que teve até agora, uma

vez que o tipo de profissional exigido no século XXI será o homem “global com

atuação local”.

De acordo com Drucker (1995, p.156), Esse homem “global” terá por

obrigação estudar durante toda a vida para manter-ser atualizado e membro da

sociedade do conhecimento.

Aprendendo a aprender Educação básica significa tradicionalmente, por

exemplo, a capacidade de efetuar multiplicações ou algum conhecimento da

história da sua cultura e de outros povos, mas a sociedade do conhecimento

necessita também do conhecimento de processos - algo que as escolas raramente

tentaram ensinar. Na sociedade do conhecimento, as pessoas precisam aprender

como aprender. Na verdade, na sociedade do conhecimento as matérias podem

ser menos importantes que a capacidade dos estudantes para continuar

14 aprendendo e que a sua motivação para fazê-lo, a sociedade pós-capitalista

exige aprendizado vitalício. para isso, precisamos de disciplina, mas o

aprendizado vitalício exige também que ele seja motivador e atraente, que traga

em si uma satisfação.

Quanto às mudanças na educação, além do novo enfoque exigido,

sobretudo em ciências sociais, do ponto de vista da pedagogia global, será preciso

trabalhar mais com a informalidade, o empreendedorismo, que por sua vez, só

pode ser alcançada através da pedagogia da alegria e da positividade, cujos

principais representantes são Georges Snyders (Alunos felizes) e Francisco

Gomes de Matos (Pedagogia da positividade).

Assim, a missão profunda da educação não é de apresentar-nos o novo

conteúdo, mas algo já experimentado e sabido que, no entanto, permanecia

inacessível: precisamente o que se expressa com a palavra lembrar.

1.4- A economia brasileira e a responsabilidade social

De acordo com Sene (2002, p.462), a economia brasileira, nos últimos,

sugere que as empresas passaram a ter cada vez mais responsabilidade social e

que não vem se prendendo apenas às questões do mercado, o qual defende que

tenha o capital especulativo taxado. Segundo Sene (2002), citou o ministro da

Educação, Cristovam Buarque, como uma das grandes aquisições do governo

Lula, e chegou a falar da sua esperança na atual administração brasileira logo

após a sua palestra no Fórum Mundial Social, onde a ser chegou convidado pelo

Instituto Ethos, que reúne empresas com comprometimento social, como a

empresa Natura que está envolvida na preservação do meio ambiente a fim de

conscientizar os seus profissionais através da formação educacional, que pode

haver o desenvolvimento sim, contudo não destruindo o nosso meio ambiente

provendo sempre a visão do desenvolvimento sustentável. Existem muitas formas

para que as empresas entrem nesta participação social.

15 É possível fazer a empresas crescer com mais responsabilidade,

pensando no mercado, no consumidor, mas também no futuro da sociedade que

poderá passar a ser consumidora também. Este tipo de atitude pode tornar a

sociedade ainda mais forte, mais preparada para o futuro. As de que maneira,

neste mundo globalizado, estas empresas podem e devem ter responsabilidade

social.

A experiência que o brasileiro tem é de trocar ideias e colocar em prática

alternativa para a melhor produção, mas sempre com a visão voltada para a

responsabilidade com o futuro. Empresa como a Bovespa (Bolsa de Valores de

São Paulo), também existe uma preocupação não só com o mercado, mas

também com saídas que melhorem a questão ambiental e social, (SENE, 2002.p,

463).

Esse tipo de globalização, voltada apenas para este pensamento, é muito

destrutiva. Nos últimos trinta anos, observamos a buscar saídas para tentar

transformar a educação em realidade completa temas como a democracia, o

desenvolvimento humano, as igualdades econômicas e raciais e o

desenvolvimento sustentável, vêm tomando importância nos bancos acadêmicos,

a função do colegiado, atual, é formar o educando mais consciente do seu papel

na sociedade. Existem muitos caminhos para enfrentar esta onda de poder

absoluto do mercado. Este mercado educacional que se envolve com a

responsabilidade social e com a preocupação da população vindoura precisa está

comprometido com os ideais do crescimento nacional. Nos nossos dias, a

educação é uma das chaves do mundo. E educação não é um gasto, mas um

investimento. Cristovam ex-ministro procurou a saída para um avanço na

educação, porém não foi bem entendido nos suas ideias. O México também está

fazendo um trabalho interessante, apostando na internet e na televisão pública

como meio de educação. A TV pode ser transformada em um meio fundamental

para a educação. Quer dizer, que a TV não seja apenas um meio reprodutor dos

filmes de violência produzidos em Hollywood.

16 Segundo Sene (2002), caso esse padrão de consumo fosse estendido

aos dois terços da humanidade que atualmente vivem em condições de pobreza

ou miséria, a demanda por matérias-primas e energia e a produção de lixo levaria

as graves agressões ao meio ambiente de forma assustadora. É por isso que a

grande questão que se coloca hoje em dia é à busca de modelos de

desenvolvimento que não cause tantos impactos ao meio que vivemos que seja

ecologicamente sustentável e que promova melhor distribuição da riqueza não só

no Brasil, mas como no resto do mundo. Para isso, como já foi discutido, seria

necessário um novo modelo de sociedade consciente da sua responsabilidade

social.

1.5- Ser agente do sistema de formação continuada

De acordo com Perrenoud (2000. p,169), nos novos tempos, administrar sua

própria formação contínua é uma coisa, administrar o sistema de formação

contínua é outra, este último esteve durante muito tempo na dependência das

administrações escolares ou de centros de formação independentes,

principalmente, a universidade. A profissionalização do ofício de professor recruta

parceiros entre os poderes organizadores da escola, dos centos independentes de

formações e das associações profissionais de professores.

Para que tal parceria se desenvolva, importa que o debate tenha início nos

locais de formação contínua, por meio de um diálogo entre profissionais,

formadores e responsáveis por formação, antes de constituir o objeto de

negociações “na cúpula”. Nesse último nível, podem ser negociados não só

recursos, períodos de formação, estatutos, mas também as orientações, as

prioridades de conteúdo e os procedimentos deveriam depender de uma

elaboração de uma elaboração cooperativa, de uma discussão compartilhada

sobre a formação dos nossos jovens. Além disso, hoje, ela ainda não está muito

desenvolvida. Seria importante que cada vez mais professores e sentissem

17 responsáveis pela Política de Formação Continuada e interviessem individual ou

coletivamente nos processos de decisão.

Para Perrenoud (2000, p. 20), segundo as propostas curriculares pautadas

em tal visão não poderiam se limitar a ensinar conhecimentos inúteis à ação. A

Política de Formação Continuada nos leva a construção de competências nas

escolas, uma vez que reavaliação da quantidade e da qualidade dos saberes

transmitidos só seria considerada válida aqueles que pudessem ser mobilizados

em determinadas situações. Os currículos por competências, na visão de

Perrenoud (1999, p.76), devem construir uma relação com o saber menos

pautada em uma hierarquia baseada no saber erudito descontextualizado, visto

que os conhecimentos sempre se ancoram , em última análise, na ação, e

atualmente esse conhecimento é o elemento principal para manter-se atuante e

inserido no mercado de trabalho. Assim, aprender a analisar, a explicitar bem,

tomar consciência do que se faz e participar de grupo como elemento integrante

da equipe das práticas constitui uma forma de manter-se sempre atualizado, a

análise leva a constatação de que há coisa que não se sabe fazer e que não se

pode aprender a fazer simplesmente refletindo sobre elas e são nesse momento

que o educando busca através da formação contínua um aperfeiçoamento dos

seus conhecimentos a fim de acompanha as mudanças do nosso dia-a-dia.

Portanto, não somos obrigados a carregar a cruz da primeira formação

profissional que adquirimos no início de nossas carreiras, um mundo é dinâmico a

atualização é constante a gênese de um projeto de formação não pode, então se

apoiar em hábitos de trabalho conjuntamente já construído, é preciso

conscientizar-se de que devemos sempre fazer um balanço pessoal e profissional

e dos processos de validação de conhecimentos experiências, visto que amplia

gradualmente o nosso campo de informação nos tornando cada vez mais

competente e capaz de desenvolver novas habilidades. De acordo com Pereira

(2000, p. 117), a formação, deve ser baseada na ética profissional e na liberdade

do deve pensamento, também deve proporcionar atividades capazes de manter

18 um ambiente favorável à construção do conhecimento a cada dia, objetivado o

desenvolvimento profissional dos educando e do seu futuro que está por vim,

dessa forma, obter uma postura crítica que valorize a experiência e as constantes

transformações do mundo tecnológico.

De acordo com Ney (2011, p. 45-46), o perfil profissional do trabalhador do

século vinte e um deve está voltado para qualificação de técnico de apoio escolar

olhando o atributo exigido pelo mercado, tais como controle emocional, coragem,

poder de decisão, trabalhar em equipe e iniciativa, são algumas das

características daqueles que querem permanecer atuantes no mercado, não

importa se ele é um simples minerador (operário) terá que possuir todas estas

competências e habilidades. Salvo melhor juízo, a competitividade das empresas,

a produtividade dos ramos em que o trabalhador estiver inserido, as mudanças

tecnológicas, a informatização ou a necessidades de se trabalhar com

equipamentos sofisticados exigirão um novo perfil profissional. Assim, as

profissões estão vivendo num mundo de mutações sem precedentes na história do

mundo do emprego, quem não possuir escolaridade, fatalmente será excluído.

Além disso, os aumentos da produção e da produtividade estão limitados à

capacidade diária de produzir e na melhoria dos métodos do trabalho. Como

estes, já não têm grande margem para o crescimento, existe a necessidade de

mudança dos processos produtivos e de gestão na busca dos aumentos citados. É

por isso que a Gestão da Qualidade Total (GQT) e o empreendedorismo surgem

como imprescindíveis na sociedade moderna até os anos noventa. O trabalhador

tem mudar a conscientização e a sensibilização é necessária para que o homem

se torne um trabalhador que produza com qualidade e produtividade cada vez

melhor, vestindo a camisa, ou seja, comprometido com o sucesso da empresa.

Segundo Ney,(2011, p. 48), qualquer proposta para o um programa educacional

deve ser levar em contas as perspectivas do mercado de trabalho em que está

inserido o profissional, o homem aos poucos deverá se moldar de acordo com a

realidade global.

19 CAPÍTULO II

A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA SALA DE AULA

Neste capítulo abordamos os efeitos dessa nova ordem mundial sobre a

educação, as novidades tecnológicas aparecem para auxiliar no processo de

ensino-aprendizagem, como exemplo, a informática com seus aplicativos insere

na educação uma nova forma de aprender e por fim as características dessa

evolução no ambiente acadêmico e o perfil profissional do novo século fazem

parte dessas mudanças.

“Em um mundo que se torna cada vez mais competitivo,

não há argumentos que façam os empresários se sentirem

seduzidos por mão-de-obra não qualificada. Formação

inclusive a criação de brechas na legislação trabalhista ou

mesmo usarão artifícios ilegais para driblar seus

compromissos trabalhistas. Não haverá sindicato que

assegurar o emprego para quem não conseguir aprender

continuamente e acompanhar a evolução das tecnologias”.

(CARMO, 1997. p.50.)

2.1- A consequência da globalização no mundo atual

De acordo com Lauand (1996, p. 39), o atual processo globalizante tornou-se

muito mais rápido, mais intensamente acelerado, com a revolução nas

comunicações “Aldeia Global” e mesmo com o maior avanço dos meios de

transportes em geral às barreiras foram quebradas tornando-se mais abrangente,

não só comércio, produto e capitais, mas também serviços, arte, educação etc.

Não sem razão, esse processo tem causado muito mais apreensão do que

entusiasmo. Agora a globalização, que para muitos se confunde com uma nova

era, a do conhecimento, porém é um processo que vem se arrastando à séculos

acompanhando a educação à que a aprendizagem é vista como o maior recurso

20 que o homem pode dispor para enfrentar a nova estruturação do mundo. A

curiosidade do saber tem levado a continuação dos constantes progressos, desde

a pré-história até a presente data e sendo motivo para o crescimento econômico,

político e social.

Segundo Schumacher (1983, p. 234), por outro lado, nota-se claramente um

declínio do emprego industrial e a multiplicação das ocupações em serviços

diferenciados: comunicação, saúde, turismo, lazer e informação, requerem um

maior tempo nas escolas e universidades a fim de se adaptarem as novas

exigências do mercado de trabalho. É por isso que atualmente o prolongamento

nos estudos acadêmico e crucial para um bom desenvolvimento na carreira.

Segundo Schumacher (1983), os avanços tecnológicos, frutos de uma

globalização que avança dia-a-dia, sendo necessário à escola buscar atualizar-se

frente essas novidades digitais, sejam com mão-de-obra docente especializada,

seja de máquinas para pôr em prática a ideologia contemporânea centrada na

“digitalização” e cultura de cada aluno.

De acordo com Ney (2011, p.99), as transformações econômicas dos anos

80 levaram a centralização das competências no mercado de trabalho em virtude

dos modos de produção. A inadequação relação entre os programas de formação

e as práticas empresariais em virtude da valorização dos conhecimentos

acadêmicos gera as necessidades de mudanças em busca de qualidade e

produtividade.

Além disso, os diversos segmentos da sociedade vivem momentos de

constantes preocupações, para acompanhar a acirrada disputa inovadora e

miscigenada do mercado, seja ela empresarial, seja ela política, seja ela

educacional, etc., e, para isso, faz-se necessário à coexistência de profissionais

aptos à desenvoltura das exigências mercadológicas.

Segundo Filho (2004, p.15), a nova ordem mundial obriga no campo da

educação e aos professores a possuírem um perfil que se encaixe as mutações,

logo, poderíamos dizer “um professor capaz de dar respostas diferentes; que

21 saiba fazer transposições didáticas dos conhecimentos universais,

transformando-os em conhecimentos significativos, é nesse momento que a

educação continuada aparece como elemento fundamental na era tecnológica. No

entanto, apesar da febre neoliberal da informática, internet, mecanismos virtuais,

etc., contudo muitas instituições superiores de ensino, não dão ao futuro

profissional no campo acadêmico um repertório diversificado de recursos e

metodologias, o que o faz buscar em suas especializações particulares, porém,

não podemos ter esse problema como desculpa. É importante municiarmos com

orientações e didáticas novas, até porque não se ensina o que não se sabe e, na

maioria das vezes, o aluno que hoje chega à escola, seja ela estadual, municipal

ou particular vem”. com uma gama de conhecimentos tecnológicos até mais

avançado que o professor”.

Outro recurso que influência essa na educação dos novos tempos, Segundo

Filho (2004), é difundida nas salas de aula foi o uso da televisão (TV) para fins

educacionais, como a implantação de projetos como o Projeto Avançar, Pro

Formação, o Tele-curso do Segundo Grau vídeo e a aula a Educação a Distância

que ajudam os jovens na educação continuada e outros, que exigem a existência

de um professor que seja polivalente, que neste último caso, não somos muito de

acordo, por acreditarmos na ineficiência docente, pois como um professor formado

especificamente em matemática que terá conhecimento suficiente para passar um

conteúdo de história, geografia, etc., oposto às teorias de sua área de formação;

prova efêmera de nossa argumentação constatamos num projeto de pesquisa.

A televisão pode até ajudar o professor, como uma ferramenta ilustrar

lições, etc., mas jamais substituí-lo ou guiar o pensamento abstrato, pois raciocínio

não é entretenimento e sim, trabalho mental e o que se tem feito nos projetos

citados acima é o endeusamento da TV senão, ligá-la para que os alunos

assistam ao assunto, o professor pergunta o que entenderam, talvez escute as

argumentações sem se quer depois fazer um fechamento do que foi assistido e

argumentado em sala (FILHO, 2004).

22 2.2- Globalização: características e efeitos sobre a educação

As transformações gerais da sociedade atual apontam a inevitabilidade de

compreender o país no contexto da globalização, da revolução tecnológica e da

ideologia do livre mercado.

É importante salientar que não as concebemos (globalização e

neoliberalismo) como fatos isolados; pelo contrário, entendemos que estão

profundamente ligados uns aos outros. A exposição está dividida em dois

momentos no intuito de facilitar a leitura e a compreensão do texto, (neoliberal). A

globalização é uma tendência internacional do capitalismo que, juntamente com o

projeto neoliberal, impõe aos países periféricos a economia de mercado global

sem restrições, a competição ilimitada e a minimização do Estado na área

econômica e social, de acordo com (LIBÂNEO e OLIVEIRA, 1998 p.606).

O capitalismo, para manter sua hegemonia, reorganiza suas formas de

produção e consumo e elimina fronteiras comerciais para integrar mundialmente a

economia. Trata-se de mudanças no sentido de fortalecer o capitalismo, o que é

dizer: fortalecer as nações ricas e colocar os países mais pobres na dependência,

como consumidores. Essas alterações nos rumos do capitalismo se dão, no

entanto, no momento em que o cenário mundial em todos os aspectos é bastante

diversificado. A onda da globalização e da Revolução Tecnológica encontra os

países (centrais ou periféricos, desenvolvidos ou subdesenvolvidos) em diferentes

realidades e desafios, dentre os quais o de implementar políticas econômicas e

sociais que atendam aos interesses hegemônicos, industriais e comerciais de

conglomerados financeiros e de países ou regiões ricas, tais como a América do

Norte, Japão e União Europeia. (LIBÂNEO e OLIVEIRA, 1998, p. 599-600).

Com o aumento da distância entre os países pobres e os países ricos,

aumentou também a dependência daqueles em relação a estes. Esta dependência

significa não só uma debilidade econômica, mas, principalmente, política. Dita as

23 regras quem tem maior poder econômico e este significa, cada vez mais, poder

político. Nesse quadro, as políticas educacionais são projetadas e implantadas

segundo as exigências da produção e do mercado, com o predomínio dos

interesses dos países ricos, isto é, daqueles que dominam a economia. O exemplo

mais nítido disso na educação são as políticas dos órgãos internacionais, como o

Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. O discurso destes remete para

a qualidade total na educação, onde os investimentos e benefícios são projetados

e calculados da mesma forma como se procede em uma empresa.

De acordo com Libâneo e Oliveira (1998, p.598-599), neste sentido, o

mercado exige pessoas polivalentes, flexíveis, ágeis, com visão do todo,

conhecimentos técnicos e um relativo domínio na área de informática, que falem,

leiam e escrevam em vários idiomas, que possuam habilidades múltiplas, e assim

por diante. Quem não estiver capacitado de acordo com as exigências do mercado

é excluído do processo produtivo e isso significa desemprego, miséria, fome,

doença e, em suas últimas consequências mais extrema, a morte. Neste sentido,

prosseguem a importância que adquirem, nessa nova realidade mundial, a ciência

e a inovação tecnológica têm levado os estudiosos a denominarem a sociedade

de hoje, sociedade do conhecimento, sociedade técnica informacional ou

sociedade tecnológica. Isso significa que o conhecimento, o saber e a ciência

adquirem um papel muito mais destacado que anteriormente. Segundo Libâneo e

Oliveira (1998), hoje em dia as pessoas aprendem em qualquer lugar, na fábrica,

na televisão, na rua, nos centros de informação, nos vídeos, no computador e,

cada vez mais, vão se ampliando os espaços de aprendizagem.

Segundo Libâneo e Oliveira (1998), nesta sociedade marcada pela

revolução tecnológico-científica, curiosamente, a centralidade do processo

produtivo está no conhecimento e, portanto, também na educação. Essa

centralidade se dá porque educação e conhecimento passam a ser do ponto de

vista do capitalismo globalizado, força motriz e eixos da transformação produtiva e

do desenvolvimento econômico, a educação passa a ser também comercializada

24 de acordo com o interesse de cada gestor social. São, portanto, bens

econômicos necessários à transformação da produção, ao aumento do potencial

científico e tecnológico e ao aumento do lucro e do poder de competição num

mercado concorrencial que se quer livre e globalizado pelos defensores do

neoliberalismo; torna-se clara, portanto, a conexão estabelecida entre

educação&conhecimento e desenvolvimento&desempenho econômico. A

educação é, portanto, um problema econômico na visão neoliberal, já que é o

elemento central desse novo padrão de desenvolvimento. De acordo com Libâneo

e Oliveira (1998 p.602), no Brasil, as políticas sociais, econômicas e educacionais

continuam se delineando de acordo com as propostas do mercado mundial. “É

preciso fazer os ajustes necessários para que o país se desenvolva em sintonia

com as outras nações!”, este é o tom dos discursos do governo. Segundo Libâneo

e Oliveira (1998), modernização na educação (assim como na indústria),

diversificação, produtividade, eficácia e competência, são as palavras de ordem.

De certo modo, esta mentalidade tende a se cristalizar, o que representa um

grande perigo para o campo educacional: ao se regular segundo a lógica da

competição, não estaria a escola esvaziando seu sentido, ou contradizendo seu

papel?

A educação é oferecida, Segundo Libâneo e Oliveira (1998), atualmente,

como uma mercadoria e a escola tornaram-se, na verdade, mais uma empresa à

qual se paga pela obtenção de um serviço. Podemos perceber isto, nitidamente,

se observarmos alguns aspectos interessantes que os aspectos por eles

apontados demonstram a transformação da escola em mais um negócio que se

rege pela lógica do mercado: adoção de mecanismos de flexibilização e

diversificação dos sistemas de ensino nas escolas; atenção à eficiência, à

qualidade, ao desempenho e às necessidades básicas de aprendizagem;

avaliação constante dos resultados&desempenho obtidos pelos alunos que

comprovam a atuação eficaz e de qualidade do trabalho desenvolvida na escola; o

estabelecimento de rankings dos sistemas de ensino e das escolas públicas ou

25 privadas que são classificadas ou desclassificadas; criação de condições para

que se possa aumentar a competição entre as escolas e encorajar os pais a

participarem da vida escolar e fazer escolha entre escolas; ênfase na gestão e na

organização escolar mediante a adoção de programas gerenciais de qualidade

total; valorização de algumas disciplinas: matemática e ciências naturais, devido à

competitividade tecnológica mundial que tende a privilegiar tais disciplinas;

estabelecimento de formas “inovadoras” de treinamento de professores como, por

exemplo, educação à distância; descentralização administrativa e do

financiamento, bem como do repasse de recursos em conformidade com a

avaliação do desempenho; valorização da iniciativa privada e do estabelecimento

de parcerias com o empresariado; o repasse de funções do Estado para a

comunidade (pais) e para as empresas, Libâneo e Oliveira (1998, p. 604), como se

percebe, há uma ambiguidade ou ambivalência nos aspectos apontados. Se, de

um lado, trazem o desafio de manter uma educação atualizada e de qualidade, de

outro, podem contribuir para a segregação e exclusão social, pois, afinal de

contas, trata-se de um produto e nem todos conseguem arcar com os seus custos.

Dando continuidade à nossa reflexão, no item que segue procuraremos

caracterizar a política neoliberal bem como as devidas implicações para a

educação no contexto brasileiro, organizações como o SENAI e o SENAC,

procuram formar jovens para o mercado de trabalho cada vez mais exigente,

reafirmando a comercialização da educação nos países emergentes.

2.3- O perfil profissional do novo século

De acordo com Ney (2011, p. 38), o perfil profissional será constituído por

competências e habilidades, devendo o currículo dos cursos de formação

profissional ser estruturado em módulos com certificações parciais nos casos de

haverem formações terminais para o trabalho. Esta estrutura curricular facilitará

até a certificação profissional e o aproveitamento de conhecimentos.

26 Segundo Ney (2011), competência profissional, muito exigida nos dias

atuais, é a capacidade de conhecimentos e habilidades necessária para o

desempenho eficiente por sua vez eficaz de atividades requeridas pela natureza

do trabalho. Assim sendo, a competência profissional de um Perfil Profissional

poderá conter a noção de competência vinculada às necessidades do capital e

servirá de base para o trabalhador manter a sua garantia no emprego

(empregabilidade) adquirindo continuamente novas competências e habilidades,

dessa forma, esta noção leva o trabalhador a definir sua rota profissional e com

isto a própria Profissionalidade. A qualificação é questionada, pois as atribuições

da ocupação passam a não existir de acordo com a visão estática regulamentada

na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO).

De acordo com Ney (2011, p. 39), as competências são dinâmicas, o

trabalhador e multifuncional e não pode ficar limitado estaticamente como no

mundo das qualificações e descrito na CBO, ele sempre terá que aprender e

desenvolver novas competências para se atualizar e fará o máximo para manter

seu emprego, (sem questionar se determinada atribuição é de sua incumbência).

A qualificação, como atualmente existe, define as funções técnicas

estabelecendo direitos e deveres, só permitindo a certificação de modo formal. O

mundo do trabalho atual não permitirá este tipo de trabalhador, já que este terá

que ser polivalente, ou seja, flexível para atender as obrigações do mercado de

trabalho e com mobilidade funcional. Portanto trata-se de uma visão dinâmica

diferente da estática das qualificações, onde o Diploma prevalece.

Segundo Ney (2011, p. 56), observa-se os novos critérios de remuneração

e dos planos de carreiras deverão sofrer profundas mudanças, tendo a passar da

coletividade para a individualidade, como é o exemplo do jogador de futebol,

recebe de acordo com o seu talento mesmo jogando no mesmo time. Atualmente,

já existem as primeiras empresas desenvolvendo planos de carreira por

competência e individualizado. A competitividade e a disputa de espaço podem

levar a deterioração do ambiente de trabalho, tendo em vista que cada um,

27 individualmente, irá procurar seu itinerário e fará tudo para se destacar.

Entretanto, aqui surge outro aspecto provocado pela competência: o trabalho em

equipe, neste momento, terá que ser entendido que ele existirá pela necessidade

de serviço, do mesmo modo que a visão crítica ou o pensar antes de agir refere-se

apenas a questões de execução do trabalho.

De acordo co Pereira (2000, p.15), o avanço desse processo transcende os

fenômenos econômicos, invalidando as dimensões política, sócias e culturais,

trazendo, como consequências, mudanças no tamanho e nas atribuições do

Estado, a desregulamentação das economias nacionais, a reestruturação do

mercado de trabalho, as suas novas formas de organização e flexibilização, assim,

devido a exigência da nova ordem global, ocorrerá o desemprego cíclico e

estrutural e a exclusão de contingentes de trabalhadores do mercado formal. A

forte segmentação dos trabalhadores ocorre num quadro de desmobilização de

movimentos reivindicatórios e de dificuldades de organização e o enfraquecimento

dos sindicatos.

28 CAPÍ TULO III

A EDUCAÇÃO NO SÉCULO VINTE E UM E OS NOVOS RUMOS

Neste capítulo abordamos os novos caminhos para educação como ela pode

ser indispensável à humanidade na sua construção dos ideais da paz, da

liberdade e da justiça social, além disso, comentamos sobre a educação

atualizada buscando a independência sócia e cultural, assim, alcançando o ideal

do novo milênio.

O final de século XX, como é de constatação geral, caracteriza-se pela

transformação radical na relação entre o capital e o trabalho que se vai

distanciando do tradicional conceito de emprego permanente. Por outro

lado, o desenvolvimento científico-tecnológico, especialmente com a

utilização cada vez mais ampla da informática nos processo de produção,

as mudanças de paradigma na economia mundial, o processo de

globalização, nos obriga a uma atualização constante, seja ela na reação

do multiculturalismo e do interculturalismo, ou seja, na crescente

interdependência nas relações entre pessoas, grupo e nações, geram

profundas transformações sociais. Mudaram comportamentos, valores e

critérios, criando novas necessidades no próprio cotidiano das pessoas,

seja elas que se referem às questões econômica, política e social, trilhando

novos caminhos para a educação atual. (PEREIRA, 2000, p.11)

3.1- A Educação ou a utopia necessária

De acordo com Souza (1998, p.11), no final do século vinte observamos que

pela agitação e pela violência, conflitos internos, terrorismos, crises imobiliárias

que abalou a economia mundial e progressos econômicos e científicos — estes,

aliás, desigualmente repartidos, no alvorecer de um novo milênio, cuja

aproximação nos deixa indecisa entre a angústia e a esperança, impõe-se que

todos os responsáveis prestem atenção às finalidades e aos meios da educação.

29 A Comissão das Nações Unidas consideram as políticas educativas um

processo permanente de enriquecimento dos conhecimentos, do saber-fazer, e

talvez em primeiro lugar, como uma via privilegiada de construção da própria

pessoa, das relações entre indivíduos, grupos e nações. Além do mais,

ultrapassar o obstáculo da extraordinária diversidade de situações mundo,

conseguirem análises válidas para todos, e obter conclusões igualmente

aceitáveis por todos, tornou-se para a Comissão uma tarefa, sem dúvida,

impossível.

Segundo Souza (1998), pode-se, pois, falar de desilusões do progresso, no

plano econômico e social, o aumento do desemprego e dos fenômenos de

exclusão social, nos países pobres e a predominância econômica dos países

ricos, atestam essa grande disparidade. A persistência das desigualdades de

desenvolvimento no mundo confirma-o. É certo que a humanidade está mais

consciente dos perigos que ameaçam o ambiente natural, mas não conseguiu,

ainda, os meios para solucionar esse problema, apesar das numerosas reuniões e

fóruns internacionais, apesar das sérias advertências surgidas na sequência de

fenômenos naturais ou de acidentes tecnológicos. Torna-se insustentável

considerar o crescimento econômico a todo o custo, como a verdadeira via de

conciliação entre progresso material e equidade, respeito pela condição humana e

pelo capital natural que temos obrigação de transmitir, em bom estado, às

gerações vindouras. Será que já extraímos todas as consequências destes fatos,

tanto no que diz respeito a finalidades, vias e meios de desenvolvimento

sustentável, como em relação a novas formas de cooperação internacional? Com

certeza que não! Será este, pois, um dos grandes desafios intelectuais e políticos

do próximo século? Tal constatação, porém, não deve levar os países em

desenvolvimento a negligenciar os motores clássicos de crescimento, em

particular, o indispensável ingresso no universo da ciência e da tecnologia, com o

que isto implica em matéria de adaptação de culturas e de modernização de

mentalidades.

30 De acordo com Souza (1998, p.14), para tal, há que encarar, para melhor

as ultrapassar, as principais tensões que, não sendo novas, constituem o cerne da

problemática do século XXI.

A tensão entre o global e o local: tornar-se, pouco a pouco, o cidadão do

mundo sem perder as suas raízes e participando, ativamente, na vida do seu país

e das comunidades de base.

A tensão entre o universal e o singular: a mundialização da cultura vai-se

realizando progressiva, mas ainda parcialmente. É, de fato, inevitável com as

promessas dos quais o menor não é o esquecimento do caráter único de cada

pessoa, de sua vocação para escolher o seu destino e realizar todas as suas

potencialidades, mantendo a riqueza das suas tradições e da sua própria cultura

ameaçada, se não tivermos cuidado, pelas evoluções em curso.

A tradição e modernidade têm origem na mesma problemática: adaptar-se

sem se negar a si mesmo, construir a sua autonomia em dialética com a liberdade

e a evolução do outro, dominar o progresso científico. É com este espírito que se

deve prestar particular atenção ao desafio das novas tecnologias da informação.

Segundo (SOUZA, 1998, p. 19).

De acordo com Fernandes (2009, p.51), no âmbito desse estudo,

consideramos que a cultura da escola seriada se expressa no habitus dos agentes

envolvidos no processo, no caso os docentes, os alunos e também as famílias.

Sendo uma disposição incorporada e estruturada para uma ação no presente e,

portanto, constituindo a vivência de uma lógica seriada, com tempo e espaço

estruturados de forma linear, bem como a sequenciação de seus conteúdos e sua

concepção de avaliação.

Porém, com o avanço das tecnologias da informação, conjugado ao avanço,

dos estudos pedagógicos, com a predominância dos princípios construtivistas para

a aprendizagem dos indivíduos, marca a inovarão do ensino do novo milênio, já

que se faz sentir que a escolarização tal qual está organizada não contempla mais

31 os espaços e o tempo da sociedade, contextualizando a educação

contemporânea. (FERNANDES, 2009).

3.2- Pensar ensinar e construir o nosso destino comum

Segundo Fernandes (2009), um paradigma comporta-se com um conjunto

de ideias que facilitam a comunicação entre os membros de uma comunidade

científica. Assim, diversos estudos apontam a necessidade de mudanças e

atualização nos conteúdos curriculares e no projeto político pedagógico da

educação, pois somente dessa forma conseguiremos alcançar um destino comum,

com isso perguntas como: o que, porque, como e quando ensinar, a quem ensinar

e quando avaliar faz parte da nova proposta pedagogia que vai integrar a

sociedade com a comunidade escolar. Podemos analisar que alguns estudos têm

se detido mais na esfera da seleção de conteúdos, em sua funcionalidade, foram

origem, seja, o que e por que ensinar.

De acordo com Perrenoud (2000.p, 83), saber cooperar é desse modo, uma

competência que ultrapassa o trabalho de equipe, pode se definir uma equipe

como o grupo reunido em torno de um projeto comum, cuja realização passa por

diversas formas de acordo e de cooperação. Os projetos são tão diversos quanto

as situações e as ações possíveis no ofício. É evidente que a oposição não é

absoluta, uma equipe reunida para levar adiante um empreendimento definido

pode, ao seu final envolver-se em novas aventuras e criar uma rede permanente

de cooperação; ao contrário, uma equipe criada sobre a vontade de trabalhar em

conjunto pode envolver-se em empreendimentos comuns que tornam, às vezes,

sua principal razão de existir faz com que o trabalho torna-se muito mais

comprometedor e consequentemente produtivo.

Segundo Perrenoud (2000), em um projeto de tipo divisão de força e de

ideias, oferecem muito mais segurança, melhorando a qualidade do projeto final,

mas isso não representa perder a autonomia conquistada ao longo do tempo, o

32 trabalho em comum não significa que um deve se submeter às ordens e a

hierarquização do outro e sim ambos alcançarem um objetivo igualitário e certo

equilíbrio entre desejos de uns e de outros. Na construção de um destino comum,

todos os membros são coletivamente responsáveis por seu funcionamento, o

respeito ao horário e à pauta do dia, a preocupação em chegar em decisões

claras, a lembrança das opções feitas, a divisão das tarefas, o planejamento dos

próximos encontros, a avaliação e a regulação do funcionamento que significa que

cada um exerce permanentemente uma parte da função de comando e de

condução. Essa é nova visão da educação não só no Brasil, mas em todo canto

do mundo. Para Perrenoud (2000), a era contemporânea um sentimento de

vertigem, divididos que estão entre esta mundialização cujas manifestações eles

observam e, por vezes, suportam a sua busca das raízes, das referências, de

fazer parte. A educação deve encarar este problema, pois, na perspectiva do parto

doloroso de uma sociedade mundial, ela se situa no coração do desenvolvimento

tanto da pessoa humana como das comunidades. Cabe-lhe a missão de fazer com

que todos, sem exceção, façam frutificar os seus talentos e potencialidades

criativas, o que implica, por parte de cada um, a capacidade de se responsabilizar

pela realização do seu projeto pessoal. Esta finalidade ultrapassa qualquer outra.

A sua realização, longa e difícil, será uma contribuição essencial para a busca de

um mundo mais habitável e mais justo. Num momento em que a dúvida quanto às

possibilidades oferecidas pela educação se apodera de alguns espíritos, a

comissão faz questão de sublinhar bem este ponto. É certo que há muitos outros

problemas a resolver, chegaremos lá, mas este relatório surge numa altura em

que a humanidade, perante tantas desgraças causadas pela guerra, pela

criminalidade e pelo subdesenvolvimento, hesita entre a fuga para frente e a

resignação. Vamos propor-lhe outra saída tudo nos leva, pois, a dar novo valor à

dimensão ética e cultural da educação e, deste modo, a dar efetivamente a cada

um, os meios de compreender o outro, na sua especificidade, e de compreender o

mundo na sua marcha caótica para certa unidade, todavia é preciso começar por

33 se conhecer a si próprio, numa espécie de viagem interior guiada pelo

conhecimento, pela meditação e pelo exercício da autocrítica. Esta mensagem

deve orientar qualquer reflexão sobre educação, em conexão com o

desenvolvimento e o aprofundamento da cooperação da sociedade.

3.3- A Educação e novos conceitos de produção

Para Pereira (2000, p.16), os novos conceitos que surgem em face à

reestruturação produtiva das empresas traduzida em inovações tecnológicas,

organizacionais e gerenciais, tornaram-se fundamentais para responder a

mercados altamente concorrências e à acumulação capitalista no mundo

globalizado.

Tendo em vista a inovação constante dos produtos e a sua variabilidade, a

melhoria da qualidade do aumento da competitividade, são adotadas novas

estratégias – os “novos conceitos de produção” kern e Shumann(1992) -, que se

baseiam no uso intensivo de nova tecnologia e novas forma de implica uma

modalidade de organização da produção e do trabalho e uma lógica de utilização

da força e de trabalho em relação ao anterior modelo taylorista/fordista.

Segundo Pereira (2000), outras mudanças organizacionais são introduzidas,

a maior parte delas oriunda do chamado “ modelo japonês “ ou toyotista: Just-in-

time Kanban, além de as possibilidades técnicas da automação flexível tornar

viável uma produção em pequena escala de produtos variados, adequados a

demandas extremamente diferenciadas do mercado consumidor, exigindo do

profissional uma mão-de-obra qualificada e comprometido com as atividades da

empresa.

O conteúdo e a qualidade do trabalho humano modificaram-se diante do

modelo de especialização flexível, para Piore e Sabel (1984) e dos novos

conceitos de produção, no qual a divisão técnica do trabalho se tornou menos

evidenciada, com a integração tanto do trabalho direto e indireto quanto da

34 integração entre a produção, manutenção e o controle de qualidade; os grupos

de trabalho substituiriam a produção individualizada e as tarefas do posto de

trabalho foram eclipsadas pelas funções polivalentes, transmudadas em ilha de

produção mini-célular de produção ou grupos semi-autônomos.

O desenvolvimento do conteúdo informativo das atividades profissionais, a

difusão das ferramentas de tratamento da informação e a sua inserção em uma

rede informação e de comunicação tendem a fazer desaparecer as fronteiras

tradicionais entre os empregos da administração e os de outros setores (produção,

armazenagem, distribuição), favorecendo a mobilidade entre os empregos, até

então separados em categorias isoladas, não só na produção industrial, como no

setor de serviços.

O trabalhador torna-se mais abstrato intelectualizado, mais autônomo,

coletivo e complexo. Cada vez mais as funções diretas estão sendo incorporadas

pelos sistemas técnicos, e o simbólico se interpõe entre o objeto e o trabalhador.

O próprio objeto de trabalho torna-se imaterial: informações, signos, linguagens

simbólicas. De acordo com (PEREIRA, 2000, p.17).

Os sistemas técnicos desenvolvem, simultaneamente, possibilidades e

exclusões. Com o avanço tecnológico, as tarefas tornaram-se indeterminadas,

pelas possibilidades usos múltiplos dos próprios sistemas, e a tomada de decisões

passa a depender da captação de uma multiplicidade de informações obtidas

através das redes informatizadas, (DELUIZ, 1996, p.78).

O trabalho repetitivo, prescrito, é substituído por um trabalho de arbitragem,

em que é preciso diagnosticar, prevenir, antecipar, decidir e interferir em relação a

uma dada situação concreta de trabalho, cuja natureza se reveste se da

imprevisibilidade das situações nas quais o trabalhador, ou o coletivo de

trabalhadores tem de fazer escolhas e opções o tempo todo, ampliando-se as

operações cognitivas envolvidas nas atividades e o envolvimento da subjetividade

do trabalhador, (DELUIZ, 1996, p.123).

35 O trabalhador polivalente deve ser muito mais “generalista” do que

especialista. Para desenvolver as novas funções, há exigências de competências

de longo prazo que somente podem ser constituídas sobre uma ampla base de

educação geral, ou seja, ter conhecimento de tudo um pouco.

De fato, algumas das modificações do processo de produção e da

organização do trabalho não teriam sido possível, nos países desenvolvidos, sem

os efeitos produzidos pelos grandes sistemas de educação de massa.

As novas estratégias organizacionais, por outro lado, são também

baseadas em umas novas atitudes em direção à força de trabalho. Hoje a

administração considerada o trabalhador uma pessoa dotada de um amplo leque

de habilidades e de uma grande capacidade de crescimento, alguém que é mais

eficiente quanto seu pleno potencial está envolvido. As pessoas tornam-se

importantes para a organização (PEREIRA, 2000).

A preocupação com o desenvolvimento do homem e, portanto, o valor da

Educação nesse contexto, em todos os níveis, tendo sido ressaltado por esses

novos conceitos no sistema de trabalho, fundamentados na redefinição e numa

combinação não ortodoxa de filosofia do produto, indústria tecnológica, projeto de

trabalho e política de pessoal.

Muitas empresas estão adotando esses conceitos e alterando as suas

estratégias de gestão do trabalho; não há duvida de que esse número está

crescendo e, apesar de restrições, assimetrias e contradições envolvidas, as

novas concepções de sistemas de trabalho na produção estão em pauta.

(PEREIRA, 1994).

Os desenvolvimentos dos produtos requerem, além de equipamentos, de

sistemas de informação, de serviços técnicos e de acesso à tecnologia de ponta

internacional, profissional de alto nível. A requalificação esses trabalhadores, seja

pela criação de novas áreas de trabalho, seja pelas introduções constantes de

inovações tecnológicas, torna-se elemento vital.

36 Surge um ambiente com outras necessidades em termos de qualificações

da força de trabalho. Hirata (1994), no texto “Da polarização das qualificações ao

modelo da competência” expresso bem esses novos requisitos e tendências da

qualificação dos trabalhadores e um seriam reformulação nos conteúdos para

atender essa cobrança do mercado cada vez mais exigente, além disso, em

virtude da emergência de um novo paradigma produtivo ao anterior, assim, o

repetitivo não é criativo. Se esse sistema de produção em massa de bens

padronizados exigia uma massa de trabalhadores semiqualificados, disciplinados

e disposto a cumprir rigorosamente as tarefas prescritas segundo normas

codificadas para determinado posto de trabalho, o novo conceito de produção

passa a necessitar umas qualificações ampliadas, que ultrapassa os limites do

posto específico de trabalho em direção não só a multifuncionalidade, mas a

multiqualificação. Não se trata mais, por conseguinte, de uma qualificação formal/

qualificação prescrita, mas da qualificação real do trabalhador, compreendida

como um conjunto de competências e habilidades, saberes e conhecimentos, que

provêm de várias instâncias, tais como da formação geral (conhecimento

científico), da formação profissional (conhecimento técnico) e da experiência de

trabalho e social.

A qualificação real do trabalhador é muito mais difícil de ser observada e

constituem-se mais do que o somatório do “saber-ser e do saber-fazer”. O

conjunto de competências amplia-se para além da dimensão cognitiva das

competências intelectuais e técnicas, ou seja, a capacidade de reconhecer a e

definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir

modificações no processo de trabalho, transferir e generalizar o conhecimento,

para as competências organizacionais metódicas capacidades de gestão de seu

trabalho. Nos nossos dias a competência técnica refere-se ao conhecimento do

processo do trabalho e não apenas tecnologia, também implica em habilidades e

na profissão no qual exerce o trabalhador.

37 CONCLUSÃO

Percebemos, portanto, que a globalização tem uma grande influência na

educação dos brasileiros, pois com nova revolução tecnológica, o conhecimento

ocupa um lugar de significância em nossa sociedade, a educação evoluiu muito,

desde a década de trinta pra cá, com a primeira LDB, reformas foram feitas a fim

de aperfeiçoar o nosso sistema de ensino até nos dias atuais as competências,

habilidades e atitudes são ferramentas fundamentais para o currículo do novo

milênio. Com a globalização apareceu o perfil do novo profissional, o

empreendedor, que significa um elemento com qualificação polivalente, e detentor

de algumas características tais como: controle, iniciativa, otimista, entusiasmado,

comprometido com a missão da empresa, por isso, a atualização deve ser

constante, o domínio da informática e a habilidade com essas ferramentas virtuais

requerem um maior preparo cognitivo devido à complexidade no ambiente

informacional.

Por outro lado, o domino de outro idioma será o passaporte para o sucesso

individual, tendo em vista que a globalização transcende barreiras geográficas, os

comércios de mercadoria cada vez mais ativos com os blocos econômicos exigem

uma interação entre países, aumentando as relações pessoais.

Além disso, o contexto educacional requer a integração de todas as

disciplinas, a interdisciplinaridade, obriga a flexibilização da formação que se

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas

instituições de ensino de pesquisa, nos movimentos sociais e nas manifestações

culturais, também nos prepara para sermos um cidadão crítico e atuante

participando da vida social, econômica e política do país. O campo educacional do

novo milênio terá que está preocupado em orientar o educando para a importância

da responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável, qualquer proposta

para um programa educacional deve levar em conta as biodiversidades

encontradas no ambiente que vivemos as perspectivas para o futuro é que os

38 profissionais inseridos no mercado de trabalho terão que está comprometido

com os ideais do crescimento nacional e a preservação do nosso meio ambiente.

Dado exposto fica claro que a formação dos nossos jovens para um futuro

próximo deverá ser continuada, seja ela presencial ou a distância a atualização do

saber vai ser uma constante e contextualizada com a realidade de cada indivíduo

e todos deveremos aprender à saber, adquirir conhecimento, aprender a saber-

fazer, desenvolvendo as habilidades e competências, aprender a saber-ser,

comportamento, regrado de valores, ética e atitudes, perante a sociedade e por

fim, aprender a aprender, permanentemente, na busca dos seus próprios

caminhos para manter atuante de forma garantir a sua constituição como cidadão

e consequentemente garantir a sua empregabilidade.

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