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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO X SIMPLES NACIONAL: ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE PRESTADORAS DE SERVIÇO. Por: Lucas da Rocha Antunes Orientador Profª. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO X SIMPLES NACIONAL:

ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO

PORTE PRESTADORAS DE SERVIÇO.

Por: Lucas da Rocha Antunes

Orientador

Profª. Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2013

DOCU

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO X SIMPLES NACIONAL:

ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO

PORTE PRESTADORAS DE SERVIÇO.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão e Planejamento Tributário.

Por:Lucas da Rocha Antunes

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus parentes e familiares.

etc......

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DEDICATÓRIA

dedico este trabalho aos meus pais, meus

familiares, minha noiva. Sem eles, este

trabalho não seria realizado..

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RESUMO

Oobjetivodestetrabalhoédesenvolverumestudocomparativo detrêsdasformasdetributação existentes: Lucro real Trimestral, LucroPresumido e SimplesNacional,para aspequenas e médiasempresasprestadorasde serviços. A pesquisa utilizou as abordagens qualitativa e quantitativa paraanálise e interpretaçãodosdados.Oestudodecaso foi o métodoempregadonaanálisequalitativa. As fontes de informação foram obtidas através da revisão bibliográfica. Foram realizadas três simulações para compararo Lucro Real Trimestral, o Lucro Presumido e o Simples Nacional. SimulaçãoA: uma empresaprestadora de serviço de desenvolvimento de softwares, inserida na condição de pequena empresa, tributada de acordo com o art.18, § 5º-D, Anexo V da LC 123/06, cujo fator “r” ficou entre 0,25 e 0,3 e conforme seu faturamento anual obteve uma incidência de tributos de 13,53%. Ficou comprovado que o Simples Nacional é mais vantajoso que o Lucro Real trimestral e oLucro Presumido. A diferença foi de R$ 43.576,00 para o Lucro Real Trimestral e R$ 1.240,00 para o Lucro Presumido.SimulaçãoB:considerando uma empresa prestadora de serviço para formação de condutores (autoescola), tributada de acordo com o art.18, § 5º-B, (Anexo III da LC 123/06), com o faturamento anual de R$ 756.000,00, sofreu uma tributação de 11,40%. É mais vantajoso para a empresa optar pelo Simples Nacional. Houve uma diferença de R$ 122.791,00 para o Lucro Real Trimestral e R$ 80.455,00 para o Lucro Presumido.SimulaçãoC: considerando uma empresa prestadora de serviço de transporte de passageiros, tributada de acordo com o art.18, § 5º-C, (Anexo IV da LC 123/06), com o faturamento anual de R$ 756.000,00, sofreu uma tributação de 8,97%. Nesta simulação, também é mais vantajoso para a empresa optar pelo Simples Nacional. Houve uma diferença de R$ 107.306,80 para o Lucro Real Trimestral eR$ 64.970,80 para o Lucro Presumido.Concluiu-sequeacargatributáriaincidentesobreas PMES aindacontinuaelevada;éde fundamentalimportânciaapresençado profissional de contabilidadenaorientaçãodosgestoresdasMPESpara queescolhampela formamenos onerosadetributação, em conformidade com os parâmetros legais. Palavras-chaves:Lucro Presumido, Simples Nacional, PMES Prestadoras de serviço.

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METODOLOGIA

NaMetodologia, o método empregado foi o estudo de caso. O estudo de caso é uma

forma de pesquisa que vem buscar um fenômeno atual dentro de um contexto real. Gil (2007)

descreve que o estudo de caso é um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de

maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. No estudo de caso, os dados são

construídos partindo da atualidade e do cotidiano dos indivíduos, que denominados

informantes, estão inseridos.

O presente trabalho é resultado de pesquisa realizada em livros técnicos e didáticos,

legislação e outros estudos desenvolvidos acerca de temas similares nos últimos 15 anos, para

que as informações possam sejam as mais confiáveis possíveis, com foco na prática do

profissional da área contábil. Os principais autores pesquisados foram Júlio Cezar Zanluca e

Paulo Henrique Pegas, de Planejamento Tributário e Fernando de Almeida Santos e Windsor

Espenser Veiga, de Contabilidade voltada a Pequenas e médias empresas.

No estudo de caso desta pesquisa, a apresentação comparativa para empresas de

pequeno porte no setor de serviço, teve seu ponto de partida a partir da criação de uma

organização fictícia. Os dados que exemplificam os impostos, as contribuições, o IRPJ, A

CSLL, COFINS, PIS, INSS, ISS, e a comparação realizada entre faturamento e folha de

pagamento, são fictícios.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8

CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 10

CAPÍTULO II PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................................................... 34 CAPÍTULO III ESTUDO DE CASO COMPARATIVO ........................................................................... 38

CONCLUSÃO .................................................................................................................... 52

ANEXOS ............................................................................................................................. 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 57

ÍNDICES ............................................................................................................................. 66

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INTRODUÇÃO

Este Trabalho procura demonstrar o conceito e o impacto das principais formas de

tributação existentes e verificar, através de simulações, e evidenciar a forma mais adequada

de tributação para as empresas de pequeno e médio porte prestadoras de serviço.

O Contabilista, no mundo atual, precisa ser capaz de desempenhar multifunções e

dominar diversos assuntos. Necessita ter senso crítico, analisar e aplicar de forma correta

métodos e práticas contábeis, desenvolver conceitos e aplicá-los da melhor maneira possível

para o melhor desenvolvimento da organização.

O recente aperfeiçoamento do Simples Nacional (LC 123/06), requer que o

profissional contábil esteja participando de forma intensa nos processos decisórios das

organizações. Desta forma, os conceitos teóricos e a prática adquiridos pelo profissional de

contabilidade no decorrer de sua formação acadêmica, devem permiti-lo desenvolver um

planejamento tributário eficaz para a organização onde trabalha e posteriormente escolher

qual a forma de tributação mais adequada às necessidades da empresa.

Para que o profissional contábil tenha essa percepção e saiba como compreender,

analisar e recomendar a tributação mais adequada aos problemas encontrados pelas empresas,

ele precisa ter uma formação multidisciplinar que combine conhecimentos teóricos, técnicas

situacionais e práticas reais.Segundo Silva e Mendonça (2005, p.101), a multidisciplinaridade

engloba diversas áreas, onde o aluno de ciências contábeis deve aplicar os conhecimentos

adquiridos em todas as disciplinas no decorrer do curso. Neste momento, será realizado um

resumo sobre os capítulos existentes nesta pesquisa.

No capítulo I será realizada a fundamentação teórica do tema, com o conceito de cada

tributação existente e as legislações aplicáveis. No capítulo II será abordado o planejamento

tributário , evasão, elisão fiscal e seus conceitos. No Capítulo III será realizado o estudo de

caso, simulando os principais serviços praticados pelas pequenas e médias empresas,

conforme abaixo:

Simulações 1: Uma empresa prestadora de serviços de informática (programas para

computadores) tributada conforme o anexo V da LC 123/06 em duas hipóteses de valores para

gastos com salários e encargos. Simulações 2:Uma empresa prestadora de serviços incluída

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no Anexo III da LC 123/06). Simulação 3:Uma empresa prestadora de serviços incluída no

Anexo IV da LC 123/06). Em todas as simulações o faturamento bruto anual é de R$

756.000,00, sendo o faturamento e a folha de pagamento do ano de 2012 igual ao ano de 2011

e o ano calendário é o de 2012.

Este trabalho foi desenvolvido demonstrando o conceito e a aplicabilidade das formas

de tributação existentes e permite responder o seguinte questionamento? Qual a forma mais

adequada para as empresas? Lucro Real Trimestral, Lucro Presumido ou Simples Nacional?

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são abordados os conteúdos das bibliografias que fundamentam este

estudo. Estão contextualizadas as Empresas, seu conceito e suas classificações, as legislações

aplicáveis, as formas de tributações estudadas como o Lucro Real Trimestral, o Lucro

Presumido e o Simples Nacional. São abordados também, o comportamento das PMES no

cenário atual, além da apresentação de suas principais características.

1.1 EMPRESA

Empresa é uma unidade econômico-social, integrada por elementos humanos,

materiais e técnicos, que tem por objetivo obter utilidade através da sua participação no

mercado de bens e serviços. Nesse sentido, faz uso de fatores produtivos (trabalho, terra e

capital).

As empresas podem ser classificadas de acordo com a atividade econômica que

desenvolvem. Deste modo, deparamo-nos com as empresas do setor primário (que obtêm os

recursos a partir da natureza, como é o caso das agrícolas, pesqueiras ou pecuárias), as

empresas do setor secundário (dedicadas à transformação de matérias-primas, como acontece

com as industriais e as da construção civil) e as empresas do setor terciário (empresas que se

dedicam à prestação de serviços ou ao comércio).

Outra classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua

constituição jurídica. Existem empresas individuais (que pertencem a uma única pessoa) e

societárias (constituídas por várias pessoas). Neste último grupo, as sociedades, por sua vez,

podem ser anônimas, de responsabilidade limitada e de economia social (as chamadas

cooperativas), entre outras.

As empresas também podem ser definidas de acordo com a respectiva titularidade do

capital. Assim, mencionaremos as empresas privadas (cujo capital está nas mãos de

particulares), as públicas (controladas pelo Estado), as mistas (o capital é partilhado por

particulares e pelo Estado) e as empresas de autogestão (o capital é propriedade dos

trabalhadores).

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1.2 MICRO E PEQUENA EMPRESA

As Micro e pequenas empresas possuem diversas classificações conforme descritas

abaixo.

1.2.1 Classificação de Acordo com a LC 123/06:

Segundo a LC 123/06 em seu art. 3º: consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

Tabela nº 1 Classificação das micro e pequenas empresas de acordo com o faturamento anual.

Fonte:SANTOS, F.A; VEIGA; W.E. Contabilidade com Ênfase em Micro, Pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, 2011.

1.2.2 Classificação de acordo com o Comitê de Pronunciamento Contábil – Pronunciamento

Técnico PME – Contabilidade para Pequenas e médias empresas, que aprovou a NBC T 19.41

Segundo o CPC:

1.2 Pequenas e médias empresas são empresas que: Não têm obrigação pública de prestação de contas; eelaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos. 1.3 Uma empresa tem obrigação pública de prestação de contas se:

PORTE Simples Nacional Faturamento Anual

Microempresas Até R$ 360 mil

Empresas de Pequeno Porte Acima de R$ 360 mil até 3,6 milhões

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seus instrumentos de dívida ou patrimoniais são negociados em mercado de ações ou estiverem no processo de emissão de tais instrumentos para negociação em mercado aberto ( em bolsa de valores nacional ou estrangeira ou em mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais); oupossuir ativos em condição fiduciária perante um grupo amplo de terceiros como um de seus principais negócios.

1.2.3 Classificação das micro,pequenas, médias e grandes empresas de acordo com o número

de empregados

Conforme o número de empregados, as empresas se classificam da seguinte maneira:

Tabela nº 2: Classificação daspequenas, médias e grandes empresas de acordo com o número de empregados

Fonte:SANTOS, F.A; VEIGA; W.E. Contabilidade com Ênfase em Micro, Pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, 2011.

1.2.4 Classificação conforme o Mercosul

O Mercosul, de acordo com a Resolução nº 59/98, define que os parâmetros podem ser

quantitativos e qualitativos. De acordo com os aspectos quantitativos, destacam-se dois

critérios que podem ser utilizados: Pessoal empregado e o nível de faturamento. Para fins de

classificação, prevalecerá o nível de faturamento; o número de pessoas ocupadas será adotado

como referência.

Por isso, as micro e pequenas empresas segundo o pessoal empregado e o faturamento,

são classificadas conforme demonstrado na Tabela 3 abaixo:

Tabela nº 3 Classificação das micro e pequenas empresas segundo o faturamento bruto anual

Porte/Setor Indústria Comércio e Serviços Microempresa Até 19 Até 9 empregados

Empresas de Pequeno Porte De 20 a 99 De 10 a 49 Médias De 100 a 499 De 50 a 99 Grandes 500 ou mais 100 ou mais

Porte Atividade Pessoal Ocupado Comércio e Serviços

Microempresa Comércio e Serviços 1 a 5 pessoas Até 9 empregados

Indústria 1 a 10 pessoas De 10 a 49

Empresas de Pequeno Porte Comércio e Serviços 6 a 30 pessoas De 50 a 99

Indústria 11 a 40 pessoas 100 ou mais

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Fonte: SANTOS, F.A; VEIGA; W.E. Contabilidade com Ênfase em Micro, Pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, 2011.

A Resolução nº 59/98 afirma que, de acordo com o aspecto qualitativo, as pequenas e

médias empresas não deverão ser controladas por outra empresa ou pertencer a um grupo

econômico que, no conjunto, supere os valores estabelecidos.

Portanto, se a empresa tiver um porte pequeno em relação aos aspectos quantitativos,

mas for controlada por outra ou, de alguma forma, pertencera um grupo, ela não é considerada

micro ou pequena empresa.

1.2.5Pequena e Média Empresa no Cenário Nacional Na CF de 1988, está declarado, no seu art. 46, inciso II, alínea “d”, que uma lei

complementar deve estipular normas gerais, no que tange a legislação tributária, que

definissem um tratamento especial que viesse a favorecer as MES e as EPPS. O cumprimento

destas normas foi assegurado no Título VII “Da ordem econômica e Financeira” da CF,

Capítulo I, “Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica”, no seu artigo 170, inciso IX,

que evidencia o tratamento diferenciado, e também no art 179, que determina que todas as

esferas do governo(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) dispensem às MES e EPPS

de tratamento jurídico diversificado, com o objetivo de simplificá-las no que concerne suas

obrigações administrativas, tributárias, e previdenciárias, seja pela eliminação ou redução

destas por meio de lei.

Nesta respectiva época, estas imposições, vinham refletir a acelerada evolução do

fenômeno ainda em expansão, denominado globalização. Tal Processo fora iniciado na

década de 70, seguido das tecnologias da informação, iniciado em 89, liderada pela

popularização da internet. Tamanhos fenômenos culminaram num agregado de sucessivas

transformações econômicas, sociais e políticas que vieram a modificar consideravelmente o

binômio Homem – Trabalho. Este binômio provocou nas empresas, independente da atividade

ou porte, uma revisão completa das estratégias da administração, visando assim a sua

permanência no nicho que se encontra inserida.

No Brasil, segundo estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE, 2003, p. 13), a idéia de que as PMES poderiam contribuir de forma

qualitativa para a economia nacional ficou mais evidente no começo da década de 80, quando

se deu por finalizado, o ciclo conhecido como milagre brasileiro.

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Milagre econômico é resultado de um conjunto de medidas governamentais

que elevaram o crescimento do Brasil durante o período da Ditadura Militar, mais precisamente durante os anos 1969 e 1973, no mandato do general Emílio Médici. (SILVA, 2010).

Segundo o SEBRAE (2005), Os índices econômicos mostravam uma considerável

redução no ritmo do crescimento da economia, que teve como principal e desfavorável

consequência, o aumento do nível de desemprego nacional. Desta forma, os pequenos

negócios surgiram como uma alternativa para a alocação de mão de obra excedente, surgindo,

ao final desta década, as primeiras iniciativas concretas que incentivaram a abertura das

pequenas e médias empresas.

Após estes pequenos negócios terem quase que exclusivamente criados para a

alocação de mão de obra excedente, verificou-se uma série de transformações e um aumento

significativo no número de PMES. Segundo o IBGE, (2001, p.23), As PMES vêm

aumentando gradativamente sua participação no segmento de comércio e serviços, cuja

representatividade passou de 95,5%, em 1985, para 97,6%, em 2001 (Gráfico 1). De forma

geral, esse crescimento ocorreu com mais intensidade nas empresas comerciais, refletindo a

maior viabilidade do pequeno de se estabelecer nessa atividade, em função da exigência de

menor volume de investimento e de requisitos de qualificaçãoprofissional mais baixos. Por

outro lado, este segmento empresarial, organizado na forma de mercearias, quitandas,

pequenos mercados, sapatarias, lojas de roupas, bazares, armarinhos, etc., atende à demanda

de necessidades básicas do consumidor, estando normalmente estabelecido próximo ao local

de moradia, o que implica maior dispersão no Território Nacional.

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Gráfico 1: Participação das pequenas e médias empresas no número de empresas do setor de comercio e

serviços – 1985/2001

Fonte: IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. As pequenas e médias empresas comerciais edeserviços no Brasil (2001). Rio deJaneiro: IBGE

Ainda segundo o IBGE (2001, p. 27) conforme gráfico abaixo, no setor comercial, o

que concentrou a maior atuação das PMES foi o setor alimentício.

Outros setores que também chamaram a atenção com forte presença das PMES foram

os de tecidos e artigos de vestuário, as lojas de bijuterias, relojoarias, joalheria, artesanatos e o

comércio de matérias de construção.

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Gráfico nº 2: Participação dos segmentos nas pequenas e médias empresas comerciais -2001

Fonte: IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Aspequenas e médiasempresas comerciais edeserviços no Brasil (2001). Rio deJaneiro: IBGE, 2003

Assim como o comércio, Segundo o IBGE (2007 p.28), também predominaram entres

as PMES no setor de serviços, os serviços de alimentação que em 2001, correspondiam a

32,8% do número de empresas, 30,5% da ocupação e 20,8% do faturamento do setor,

conforme no gráfico abaixo. Constituído basicamente de bares, restaurantes, lanchonetes,

pastelarias, pizzarias, sorveterias, etc., este segmento, de forma similar ao do comércio de

alimentos, atende às necessidades básicas da população, fornecedor refeições durante o dia e

de lazer, à noite e nos finas de semana.

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Gráfico nº 3: Participação dos segmentos nas pequenas e médias empresas de prestação de serviços –2001

Fonte: IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. As pequenas e médiasempresas comerciais edeserviços no Brasil (2001). Rio deJaneiro: IBGE,2003.

O que também chamou bastante a atenção na estrutura de prestação de serviços, foi a

de serviços prestados as empresas, com 27,8% do faturamento do setor. Esses serviços são

constituídos basicamente de serviços técnicos profissionais, que abrangem os serviços

jurídicos, de contabilidade, auditoria, consultoria empresarial, publicidade e propaganda, etc.,

e tem como principal característica a utilização de mão de obra qualificada, conjugando

receita elevada por empresa e geração de valor agregado por unidade de faturamento para os

padrões das pequenas e médias empresas.

Ainda segundo o IBGE (2005, p.2),conforme tabela 4, foi verificado que entre as

empresas formais no Brasil,asPMES, que antes ocupavam 97,6%, passaram a ocupar 99% do

mercado.

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Tabela nº 4: Participação das PMES no Cenário Nacional

Fonte: SEBRAE - 4º Encontro Nacional da Indústria. A competitividade das Pequenas e médias Empresas. Rio deJaneiro,(2009)

De uma forma geral (SANTOS, PIETROVSKI, 2004, IBGE 2003, 2005) esta

ocupação de quase a totalidade do mercado nacional pelas PMES, se deve ao fato da

facilidade que possuem para realizar novas parcerias, e por apresentarem estruturas reduzidas

que permitem maior flexibilidade para se adaptarem a mudanças e novos conhecimentos,

além de toda parte de formalização de usas atividades.

Conforme (SANTOS, PIETROVSKI, 2004, IBGE 2003, 2005) além destes, outros

fatores responsáveis pelo crescimento das PMES são: (1)os efeitos da globalização na força

de trabalho das grandes corporações, (2) a pressão pelo aumento da produtividade motivada

pela competição existente entre as empresas multinacionais, que provocou a demissão dos

colaboradores em grande escala, ocasionando por sua vez, o deslocamento e a alocação desta

mão de obra nas pequenas empresas, (3) o processo de privatização das empresas estatais,

principalmente no setor de telecomunicações e logísticas, (4) a reestruturação dos negócios e

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os processos de terceirização, (5) os planos de demissão voluntária, (6) a motivação e vontade

por parte dos empreendedores de obterem seu próprio negócio.

Todavia, Segundos estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

(IPEA 2002), SEBRAE (2005), entre 1982 e 1995, o nível de crescimento das PMES no

Brasil foi consideravelmente inferior se comparado a outros países emergentes como Chile,

México e Argentina. Este fato se deve principalmente pela ausência de políticas públicas de

financiamento de capital de giro de suas atividades, a elevada carga tributária e a falta de

qualificação dos profissionais.

No Âmbito histórico, a primeira medida legal que iniciou o tratamento especial às

PMES foi instituído pela Lei nº 7.256 (Estatuto da Microempresa), em 1984, que propiciava

apoio para as áreas administrativas, tributárias, previdenciárias, trabalhistas, creditícias e de

desenvolvimento empresarial. Todavia, apenas em 1988, que a Constituição Federal

reconheceu a importância estratégica do segmento na economia e acolheu o tratamento

diferenciado as PMES, em todas as esferas do governo. Conforme o artigo 179 da Lei Maior:

Art. 179 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Em 1994, com a economia absorvendo os efeitos positivos do Plano Real, foi

aprovado um segundo Estatuto. A lei 8.864/94 determina assim como a lei anterior um

tratamento diferenciado para as PMES nas áreas administrativas, tributárias, previdenciárias,

trabalhistas, creditícias e de desenvolvimento empresarial. Contudo, os benefícios que

estavam previstos nesta lei, da mesma forma que o estatuto anterior, não resultaram em

benefícios eficazes porque não chegou a ser regulamentada.

Já em 1995, com o advento de emenda constitucional, a previsão de benefícios

diferenciados foi elevada à condição de princípio Geral da atividade econômica, nos termos

que se seguem:

Art. 170 - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (RODRIGUES, VIOL, 2000)

Por isso, até 1996, as PMES recebiam por parte do governo nacional algum tipo de

tratamento tributáriodiferenciado. Em nível federal, a legislação concedia a isenção de

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pagamento do Imposto de Renda de pessoa Jurídica (IRPJ), e da contribuição para o

PIS/PASEP, além de dispensá-las da maioria das obrigações acessórias a que as de grande

porte estão submetidas (escrituração de manutenção de livros fiscais). No que se refere à

tributação estadual, onde o tributo de relevância principal é o ICMS, a legislação privilegiava

as PMES com apuração de forma presumida do imposto e controles simplificados.

Somente em 1996, depois de aprovada a Lei nº 9.317, chamada de Sistema Integrado

de Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

(SIMPLES), também conhecido como SIMPLES FEDERAL, as PMES vieram a conquistar

algum tratamento “verdadeiramente” diferenciado, que veio a favorecer e simplificá-las. Com

a sua regulamentação, foi ampliado e aprimorado o sistema de pagamentos de impostos já em

vigor para as microempresas. Este novo regime fez a inclusão das pequenas empresas para se

beneficiarem da tributação simplificada e aumentou a relação dos impostos e contribuições

incluídos no benefício da arrecadação única.

Já em 1999, a Lei nº 9841, instituiu um novo Estatuto da Microempresa e da Empresa

de pequeno Porte, o que já era mencionado pelos arts. 170 e 179 da lei magma. Segundo o

SEBRAE (2005), o critério utilizado para o conceito de micro e pequena empresa é a receita

bruta anual, sendo seus respectivos valores atualizados pelo Decreto nº 5.028/04, que corrigiu

os limites anteriores estabelecidos.

Desde 2002, quando tomou posse, o Governo Lula recebeu severas pressões políticas,

principalmente do SEBRAE, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação

Nacional do Comércio (CNC), para que a Lei 9.317/96 (SIMPLES FEDERAL) fosse revista.

Devido a estas e outras pressões, foi instituído um grupo de trabalho na Comissão Permanente

de Desenvolvimento Econômico da Câmara Federal, que reuniu técnicos do Ministério da

Fazenda e do Planejamento, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES), da Caixa Econômica Federal (CEF), do Banco do Brasil (BB) e da Federação

Brasileira de Bancos( FEBRABAN), do SEBRAE–Brasil além de 12 classes representando o

setor privado, para que se viabilizasse um projeto de lei que garantisse um tratamento

realmente diferenciado e que viesse beneficiar verdadeiramente às PMES.

O Resultado deste encontro foi, em dezembro de 2006, a edição da LC Nº 123 ou Lei

Geral da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Estabelecendo Normas de uma forma

Geral, em todas as esferas do Governo (Federal, Estadual, Distrito Federal e Municípios), no

que se refere à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições das PMES, mediante

regime único de arrecadação, inclusive suas obrigações acessórias.

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No seu art. 12, A LC nº 126/03, dispõe sobre o Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições ou Simples nacional devidos pelas MEs e EPPs. O

regime de tributação anterior, Simples Federal, regulamentado pela Lei nº 9.317/96 ficou

revogado a partir da entrada em vigor deste novo regime, dado pela LC.

Desta forma, mais uma vez a tributação das PMES volta a ser discutida no cenário

nacional. Segundo Paulo Melchor, Consultor Técnico do SEBRAE – SP, 2007, a instituição

do Simples Nacional trouxe diversos avanços paras as empresas deste segmento, não só no

que diz respeito à abertura e encerramento de suas atividades, como também na estimulação

ao crédito, tecnologia, parcelamento de débitos, etc. Ainda segundo (Melchor, 2007), é

importante salientar que o Simples Nacional tornou-se mais complexo se comparado ao

regime anterior, Simples Federal, instituído pela Lei nº 9.317/96. Todavia, o sistema adotado

pelo Simples Nacional é muito mais justo e atua de forma mais inteligente para as

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS pois, possibilita as empresas deste segmento a

segregarem suas receitas de comércio, indústria e serviços, o que não acontecia no Simples

Federal, onde aplicava-se a alíquota mais alta sobre a total de receita bruta auferida no mês.

Com esta significativa mudança, cada atividade será tributada no seu justo limite. Receitas de

comércio, tributadas de acordo com o Anexo I, receitas de indústria - Anexo II, receita de

serviços - Anexos III, IV ou V, conforme o tipo de serviço prestado.

1.2.6 As Principais Características das PMES

Em sua grande maioria, as PMES possuem características bem semelhantes. Diversos

estudos confirmam estes perfis. De Acordo com o IBGE (2003), as características encontradas

na grande maioria das empresas deste segmento são: Um volume pequeno de capital, elevadas

taxas de natalidade e mortalidade, uma intensa presença dos proprietários, sócios e membros

como mão-de-obra do negócio, poder de decisão centralizado, estreito vínculo entre os

proprietários e as empresa, não havendo distinção, principalmente no que se refere às

demonstrações contábeis e financeiras, as pessoas físicas de jurídicas, registro contábeis

pouco adequados, contratação de forma direta de mão-de-obra, a utilização de mão-de-obra

pouco ou não qualificada, maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro e

relação de complementaridade e subordinação com as empresas de grande porte.

Todavia, mesmo com pouco capital e utilização de mão de obra pouco qualificadas, as

PMES são capazes de atender aos mercados que para grandes empresas são considerados

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desinteressantes ou inalcançáveis e também competir por clientes e mercados com as grandes

corporações, devido a sua maior evidência e relevância ( IBGE, 2003)

Ainda segundo o IBGE (2010), este segmento se caracteriza principalmente por ser o

precursor de mão de obra no país e o maior arrecadador de riquezas. Segundo dados

estatísticos da instituição, estas modalidades de empreendimentos são responsáveis por 98,9%

das organizações formais no Brasil e 53,4% de todo pessoal em ocupação, demonstrando

desta forma sua efetiva participação na economia nacional.

1.2.6.1 As PMES no Rio de Janeiro

No tocante ao Rio de Janeiro, segundo a Macroplan(2008), experiente empresa

brasileira de elaboração de cenários prospectivos,este segmento continua contribuindo

consideravelmente para a economia nacional. No Estado, as PMES são responsáveis por 35%

da renda do Estado. Hoje existem 468.726 estabelecimentos formais no Rio de Janeiro, sendo

98,5% são classificados como micro empresa. Ainda segundo a Macroplan, este segmento são

empregadores de 41% do total de trabalhadores do Estado. Do total de PMES no Estado, 91%

são compostos apenas por microempresas. A região metropolitana do Estado abriga sozinha

67% dos empreendimentos citados. Deste percentual, apenas 5% das MEs possuem

constituição jurídica.

Este estudo foi realizado pela consultoria a pedido do SEBRAE, com objetivo de

direcionar o planejamento estratégico da organização. Segundo seu diretor presidente,

Cláudio Porto, o estudo se destaca pelo ineditismo, amplitude e profundidade da formulação.

O estudo apresenta 4 cenários, do mais ao menos otimista, do ano de 2008 ao ano de 2027.

Segundo a consultoria, a formalização é uma das maiores dificuldades destes

empreendimentos. No geral, o estudo apresenta um resultado favorável ao ambiente das

PMES, ressalvando que as mesmas devem estar aptas a investirem em novas oportunidades

que surgirão.

1.3 O SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

O sistema tributário brasileiro é formado pelos tributos instituídos no país ou região

autônoma e os princípios e normas que o regem. O Sistema Tributário Nacional (STN) é

constituído dos tributos Brasileiros e dos princípios e normas que regulam tais tributos.

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Segundo Silva, Junior (2003), o STN está compreendido nas disposições dos arts. 145

a 162 da Constituição Federal (CF). Estas disposições tratam dos aspectos básicos do

ordenamento jurídico- Brasileiro, nos quais contem regras que devem ser seguidas, pelos

legisladores infraconstitucionais, bem como por parte da administração tributária e do Poder

judiciário no exercício de sua função.

No seu art. 145, a CF de 1988 dispõe sobre os tributos que podem ser criados pela

União, Estados, Distrito Federal e Municípios:

Art.145.AUnião,osEstados,oDistritoFederaleosMunicípiospoderãoinstituir os seguintestributos: I–impostos;II –taxas, emrazão doexercício do poder de polícia oupela utilização, efetivaou potencial,deserviços públicosespecíficosedivisíveis,prestadosao contribuinteoupostosasuadisposição;III–contribuiçãodemelhoria,decorrente de obraspúblicas. §1oSemprequepossível,osimpostosterãocaráter pessoal eserãograduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitadososdireitosindividuaisenostermosdalei,opatrimônio,osrendimentos easatividadeseconômicas docontribuinte.§2oAstaxasnãopoderãoter base de cálculoprópria de impostos.

Anormasjurídicasdevemestaremsintoniacomosprincípiosconstitucionais tributários,

são eles:princípio da legalidade, da isonomia,da irretroatividade, da anterioridade e

danoventena.

O„PrincípiodaLegalidade‟, conforme dispostonoart.150daCF;“semprejuízodeoutras

garantiasasseguradasaocontribuinte,évedadoàUnião,aosEstados,eaosMunicípios:I–

exigirouaumentartributosemleiqueoestabeleça”.Esseprincípiotemporobjetivoproteger

oscontribuintescontraqualquertentativadeabusodepoderporpartedosórgãosdegoverno.

SegundoCordeiro(2006),oprincípiodalegalidadedeveser vistocomoumgarantidorde

estabilidade, segurançaetransparêncianas relações entreo contribuinteea Fisco.

Em relação ao„PrincípiodaIsonomia‟, conformeart.150,II,daCF,queproíbe:

instituirtratamentodesigualentrecontribuintesqueseenquadrememsituaçãoequivalentee

fazerqualquerdistinção em razão deocupação profissional ou função exercida.

O„PrincípiodaIrretroatividade‟refere-seanãoacarretarobrigaçõesao contribuinteaos

fatosgeradoresocorridosantesdoiníciodavigênciadaleiquehouver instituídoouaumentadoos

tributos.Contudo, anovaleinãoseaplicaaosfatosgeradoresjá ocorridos.

O „Princípio da Anterioridade/Noventena‟, o art. 150, alíneas „b‟ e „c‟

estabelecemquealeiaoinstituirou majorarimpostosnãopodesurtirefeitonomesmo

exercíciofinanceiroemquehajasidopublicadaeantesdenoventadiasdecorridasdadatade

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publicação.Parainstituirouaumentarum tributoquepasseavigorarapartirdoexercício seguinte,

alei deveráserpromulgada atéo último diado exercício anterior.

Sobrea„Noventena‟,aplica-seodispostonoart.195§6ºdaCF:Ascontribuições

sociaissópoderãoserexigidasapósdecorridonoventadiasdadatadapublicaçãodalei que as

instituí ou modificou.

1.3.1 Formas de Tributação

Na legislação tributária brasileira está prevista, para as empresas prestadoras de

serviço as seguintes formas de tributação: Lucro Real, Lucro Arbitrado, Lucro Presumido e

Simples Nacional. Por não serem objeto deste estudo, a forma de tributação Lucro Arbitrado,

será descrita de maneira resumida.

1.3.1.1 Lucro Real

Segundo BRASIL (2010), o lucro real é o lucro líquido ajustado pelas adições,

exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal vigente. A

apuração do Lucro Real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período com

observância das leis comerciais, se for calculado com base na escrituração contábil e por

percentuais de presunção de lucro, caso seja apurado trimestralmente, que é o objeto deste

estudo.

O lucro real mensal calculado por escrituração contábil será determinado a partir do

lucro líquido do período de apuração, obtido na escrituração comercial (antes da provisão para

o imposto de renda) e demonstrado no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), observando-

se que:

Serão adicionados ao lucro líquido, ( RIR/1999, art. 249)

1) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros

valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não

sejam dedutíveis na determinação do lucro real (exemplos: resultados negativos de

equivalência patrimonial; custos e despesas não dedutíveis);

2) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na

apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados

na determinação do lucro real (exemplos: ajustes decorrentes da aplicação dos métodos dos

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preços de transferência; lucros auferidos por controladas e coligadas domiciliadas no

exterior);

Poderão ser excluídos do lucro líquido:

a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham

sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração (exemplo: depreciação

acelerada incentivada);

b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na

apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados

no lucro real (exemplos: resultados positivos de equivalência patrimonial; dividendos);

Conforme o Regulamento do Imposto de renda (RIR) em seu artigo 223, o Lucro real

Anual por estimativas mensais e o lucro Real Trimestral, também pode ser recolhido com

base em percentuais de presunção de Lucro sobre a receita, conforme segue: Atividades em

geral 8%, revenda de combustível 1,6%, serviços de transporte( exceto o de carga) 16%,

serviço de transporte de carga 8%, serviços em geral( 32%), serviços hospitalares 8%,

intermediação de negócios 32% e administração, locação e cessão de bens e direitos de

qualquer natureza ( incluindo imóveis) 32%.

Ainda segundo Brasil (2010), poderão ser compensados, total ou parcialmente, à

opção do contribuinte, os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, desde que

observado o limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e

exclusões previstas na legislação tributária. O prejuízo compensável é o apurado na

demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no Lalur-Parte B.

Para as empresas que optarem pelo Lucro Real Anual, a alíquota usada para

determinar o Imposto de Renda devido é de 15%. As empresas que apuram pelo Lucro Real

Trimestral estão sujeitas também a um adicional de 10% sobre a parcela do lucro trimestral

que exceder R$ 60.000,00. Já entre as empresas que apuram anualmente o lucro, essa

mesma alíquota é aplicada sobre a parcela do lucro real que exceder R$ 240.000,00

(RIBEIRO et al.,2007).

1.3.1.1.1 Obrigatoriedade de Apuração pelo Lucro real

Segundo a RFB(2010), devem optar pelo Lucro Real, as Pessoas Jurídicas:

a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou superior a R$48.000.000,00 (quarenta e

oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro milhões de

reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior;

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b) Que estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida

ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

c) não possam optar por nenhuma outra forma de tributação existente.

1.3.1.1.1.2 As Obrigações Contábeis e fiscais das empresas tributadas pelo Lucro Real

De acordo com a Receita Federal do Brasil, Lucro Real (2011), a pessoa jurídica

tributada pelo lucro real deverá:

a) manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para efeitos

fiscais, é dispensável que a pessoa jurídica mantenha Livro Caixa e as demonstrações

contábeisdevidamente escriturados, contendo toda a movimentação financeira, inclusive

bancária;

b) manter o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os

estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pela tributação simplificada;

c) manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e

prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração

obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os documentos e

demais papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal (Decreto-Lei nº 486,

de 1969, art. 4º);

d) Escriturar o livro Lalur, contendo o lucro líquido, os lançamentos de ajustes

realizados ( adições e exclusões), agrupados conforme a sua natureza, para assim encontrar o

lucro fiscal que será objeto de tributação.

1.3.1.2 Lucro Arbitrado

Segundo BRASIL, Lucro Arbitrado (2011), o Lucro arbitrado é uma forma de

apuração da base de cálculo utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte e é

aplicada quando a pessoa jurídica deixa de cumprir as obrigações acessórias relativas à

determinação do lucro real ou do lucro presumido, conforme o caso.

1.3.1.3 Lucro Presumido

Podem optar pelo lucro presumido as empresas não obrigadas à tributação pelo Lucro

Real. Segundo Oliveira et al.( 2005), “ lucro presumido difere do lucro real, visto tratar-se de

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uma presunção por parte do Fisco em que o lucro das organizações caso não houvesse a

contabilidade”. Para Ribeiro ( 2007), é uma forma de tributação que usa,como base de cálculo

do imposto o valor apurado mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a

receita bruta.

Devido a facilidade na apuração da base de cálculo, por não serem necessárias as

demonstrações contábeis do IRPJ e da CSLL, este regime de tributação, talvez, seja o mais

procurado pelas PMES que não tem acesso ou não podem optar pelo Simples Nacional.

Segundo a RFB(2010), podem optar pelo Lucro Presumido, as Pessoas Jurídicas:

a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$48.000.000,00 (quarenta e

oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro milhões de

reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior; e

b) Que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade

exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

c) Durante o período em que estiverem submetidas ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), as pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real,exceto Instituições Financeiras (inclusive as equiparadas e as factoring), poderão optar pelo lucro presumido (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, inciso II; e Lei nº 9.964, de 2000, art. 4º)

d) A partir de 1º/01/2001, as sociedades em conta de participação (SCP) ficaram

autorizadas a optar pelo lucro presumido, exceto aquelas com atividades imobiliárias,

enquanto mantiverem registro de custo orçado (IN SRF nº 31, de 2001).

No Regime de Lucro Presumido, o lucro da empresa é estimado aplicando-se um

percentual sobre o faturamento, sendo que esse percentual varia de setor para setor. No caso

do setor de serviços é de 32% e do comércio 8%, com base na tabela 05 abaixo:

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Tabela nº 5: Percentuais de Presunção do Lucro Presumido

Atividades/Percentuais %

Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8 Revenda de combustíveis 1,6

Serviços de transporte (exceto o de carga) 16 Serviços de transporte de cargas 8

Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32 Serviços hospitalares 8 Intermediação de negócios 32 Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza ( inclusive imóveis) 32

Fonte: Elaborado pelo autor

As alíquotas a serem aplicadas sobre a base de cálculo são:

a- Alíquota de IRPJ (15%) sobre o lucro presumido;

b- Sobre a parcela do lucro bruto presumido trimestral que exceder a R$ 60.000,00

deverá ser aplicada o percentual de 10% como adicional do IRPJ,ou, no caso do início da

atividade ao limite correspondente à multiplicação do valor de R$ 20.000,00 pelo número de

meses de apuração.

c- No caso da CSLL, desde o ano de 2001, a CSLL é calculada como sendo o

percentual de 9% da base de cálculo, que, por sua vez, é determinada como sendo a soma de

32% da receita bruta auferida no trimestre, com os ganhos de capital e também ganhos com

aplicação financeira.( Ribeiro et al., 2007)

As empresas que optarem por este sistema de tributação também devem recolher o

PIS, A COFINS, o INSS patronal, ISS, e o ICMS. No caso do Lucro Presumido, não são

permitidas quaisquer deduções de incentivo fiscal.

1.3.1.3.1 As Obrigações Contábeis e fiscais das empresas tributadas pelo Lucro Presumido

De acordo com a Receita Federal do Brasil, Lucro Presumido (2011), a pessoa jurídica

tributada pelo lucro presumido deverá:

a) manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para efeitos

fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver Livro Caixa,

devidamente escriturado, contendo toda a movimentação financeira, inclusive bancária;

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b) manter o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os

estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pela tributação simplificada;

c) manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e

prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração

obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os documentos e

demais papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal (Decreto-Lei nº 486,

de 1969, art. 4º);

d) Lalur, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores (saldo de

lucro inflacionário a tributar na situação específica de ser optante pelo lucro presumido no ano

calendário 1996, conforme IN SRF nº 93, de 1997, art. 36, inciso V, §§ 7ºe 8º) e/ou prejuízos

a compensar.

1.3.1.3.2 Exclusões ao Lucro Presumido:

Segundo a Receita Federal do Brasil, Lucro Presumido (2011), as pessoas jurídicas

vetadas a tributação pelo Lucro Presumido, sendo obrigadas a serem tributadas pelo Lucro

Real:

a) pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de

investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,

financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de

títulos e valores mobiliários,

empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e

de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

b) pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do

exterior;

c) pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de

benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

d) pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o

recolhimento mensal com base em estimativa;

e) pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de

serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,

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administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de

vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

f) as microempresas e empresas de pequeno porte do Simples Nacional constituídas

como Sociedade de Propósito Específica - SPE, nos termos do artigo 56 da Lei Complementar

nº 123/2006;

g) as pessoas jurídicas que exerçam as atividades de construção, incorporação, compra

e venda de imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja

registro de custo orçado; e

h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e

do agronegócio.

1.3.1.4 O Simples Nacional

Diante também dos inúmeros relatos acerca da carga tributária, o Governo Federal, em

Dezembro de 2006 , aperfeiçoou o Sistema Unificado de Recolhimento de Impostos e

Contribuições Sociais das Micro empresas e das empresas de Pequeno Porte – SIMPLES

NACIONAL – (LEI COMPLEMENTAR (LC) Nº 123/2006). No artigo 3º da LC define-se

como MICROEMPRESA (ME), o empresário, a pessoa jurídica ou equiparada a ela, que

aufira faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 360.000,00, e como Empresa de

Pequeno Porte (EPP), o empresário, pessoa jurídica ou a ela equiparada, que aufira receita

superior a R$ 360.000,00 e inferior a R$ 3.600.000,00.

O Simples Nacional está regulamentado pela LC Nº 123/06 ou “Lei Geral das

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS”, que estabelece normas gerais, na esfera dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no que se refere à apuração e

recolhimento dos impostos, através do regime único de arrecadação, inclusive as obrigações

acessórias. Esta nova Lei revoga a Lei nº 9841/99, que dissertava sobre o mesmo assunto. O

art. 12 da LC nº 123/06, regulamenta o “Regime Especial Unificado de arrecadação de

Tributos e contribuições devidos pelas MEs e EPPs ou Simples Nacional”. O Regime

anterior, Simples Federal, regulamentado e instituído pela Nei nº 9371/96, também foi

revogado pela referida Lei Complementar ( BRASIL, 2006).

A principal vantagem do Simples Nacional é a unificação de vários impostos e

contribuições, como: IRPJ, PIS, COFINS, CSLL, INSS Patronal, Contribuição para a

Seguridade Social, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, 24 de Julho de 1991, exceto para as

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empresas que se dediquem as atividades de prestação de serviço constantes nos incisos XIII a

XXVIII do § 1º e 2º do art. 17 da LC Nº. 123/06; IPI ( caso seja contribuinte), ICMS e ISS,

através de uma única alíquota, que incide sobre o faturamento bruto mensal da empresa e

varia de acordo com o seu faturamento. Além da maior facilidade para cálculo e

recolhimento, as empresas que estão autorizadas a escolherem o Simples, também se

beneficiam do fato que das alíquotas serem inferiores as aplicadas pelo regimes de Lucro Real

e Presumido, ales da facilidade de apresentação e atendimentos as autoridades fiscalizadoras(

SANTOS, 2011).

As Empresas optantes pelo Simples Nacional obrigatoriamente devem apresentar,

anualmente, a Secretaria da Receita Federal, declaração única e simplificada de informações

sócio-econômicas e fiscais (DASN), que deverão ser disponibilizadas aos órgãos de

fiscalização tributária e previdenciária, observados os prazo e modelo constantes no Comitê

Gestor ( BRASIL, Receita Federal, 2006)

A DASN deverá ser entregue até o último dia do mês de março do ano calendário

subseqüente ao de ocorrência dos fatos geradores dos impostos e contribuições previstos pelo

Simples Nacional (PORTAL TRIBUTÁRIO, ACESSO EM 12/08/2011)

AS PMES, portanto, estão obrigadas: Emitir documento fiscal de venda de produto ou

serviço de acordo com as instruções expedidas pelo Comitê Gestor; manter guardados e em

ordem os documentos que fundamentam e comprovam a apuração dos impostos e

contribuições devidos como também o cumprimento das obrigações acessórias constantes nos

art. 25 da LC Nº 1123/06, enquanto não transcorrido o prazo decadencial, Desta forma,

evitarão sanções que por ventura podem ocorrer, quando a autoridade fiscalizadora, no

cumprimento de suas obrigações, cruzar às informações decorrentes da obrigação principal

com a acessória.

Os Impostos e contribuições apurados conforme os arts. 18 a 20 da LC Nº 123/06,

deverão ser pagos na rede bancária credenciada para seu recebimento, através do documento

único de arrecadação ou mediante requerimento do Estado, Distrito Federal e Município ou

Comitê Gestor ( BRASIL, 2006).

1.3.1.4.1 Comitê Gestor

Instituído Pelo decreto nº 6038/07, o Comitê Gestor de tributação das Microempresas

e Empresas de Pequeno Porte (CGSN), denominado Comitê Gestor do Simples Nacional, é

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composto por: dois representantes da Secretaria da Receita Federal, dois representantes da

Secretaria da Receita Previdência, dois representantes dos Estados e dois Representantes dos

Municípios. O CGSN tem por competência tratar dos aspectos tributários relatados da LC

123/06, como por exemplo, estabelecer a forma de opção pelo simples nacional jurídica

enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, regulamentar a opção

automática e o indeferimento da opção pelo simples nacional, etc.

1.3.1.4.2 Partilha do Simples Nacional

O Valor que é devido mensalmente pelas PMES prestadoras de serviço, que optaram

pelo simples nacional, é determinado pela aplicação dos percentuais das tabelas a seguir,

incidente sobre a receita bruta de cada atividade.

Os percentuais constantes na tabela 6são aplicados aos serviços listados na LC 123/06,

art. 18, § 5º - A - locação de bens móveis e § 5º - B, são eles:

Creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas,

profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de

pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres,agência terceirizada de

correios,agência de viagem e turismo,centro de formação de condutores de veículos

automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga,agência lotérica,serviços de

instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e

revestimento em metais,transporte municipal de passageiros,escritórios de serviços contábeis,

produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação,

inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e

audiovisuais.

1.3.1.4.3 Exclusão ao Simples Nacional:

A Exclusão do Simples Nacional pela empresas poderá ser feita mediante comunicação das empresas que são optantes pela tributação citada ou por ofício. Será mediante comunicação da ME ou EPP por espontaneidade desejar deixar de ser optante pelo Simples Nacional. A Comunicação pela ME ou EPP deverá ser feita quando a mesma tiver ultrapassado o limite proporcional da EPP no ano de início de atividade ou ainda tiver incorrido em alguma situação de vedação prevista no art. 12 da Resolução CGSN Nº 4, de 2007, exemplificadas abaixo:

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1. Na hipótese do inciso I do art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007, ou seja, tiver auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00;

2. na hipótese do § 1º do art. 3º da Resolução CGSN nº 4, de 2007, ou seja, tiver ultrapassado o limite proporcional de EPP no ano de início de atividade (R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro); (SRF/ Simples nacional/sobre/perguntas.asp).

A Exclusão ocorrerá por ofício quando a ME ou EPP quando for verificada a falta de comunicação da exclusão obrigatória ou quando for verificada a ocorrência de algumadas situações previstasno art. 5º da Resolução CGSN nº 15, de 2007, como exemplificadas abaixo:

1. Verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 2. for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não

justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

1.3.1.4.4 Pequenas e médias empresas vetadas à adoção do Simples Nacional:

Segundo a seção II do art. 17 da LC 123/06, as microempresas ou empresas de pequeno porte não podem optar pela adesão ao simples nacional, devendo assim optar por outra forma de tributação, conforme exemplificado abaixo

I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

II - que tenha sócio domiciliado no exterior;

A forma mais adequada de tributação deve ser escolhida por um profissional de

contabilidade atualizado através de um estudo fiscal minucioso sobre a empresa, denominado

planejamento tributário. Tal estudo será detalhado no capítulo abaixo.

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2. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Segundo Sillos (2005, p.09), a alta carga tributária no Brasil, que vêm gerando

recordes de arrecadação, está fazendo com que os contribuintes, para tentar reduzir seu efeito,

vêm buscando alternativas, por meio de práticas lícitas e até ilícitas. No mesmo sentido, a

busca pela competitividade e sobrevivência em um mercado globalizado através da redução

de custos, tem feito com que os contribuintes reflitam sobre suas operações, racionalizando

seus procedimentos e estruturas de negócio, e reconhecendo que um planejamento tributário

adequado pode causar à eliminação ou redução da incidência tributária.

As brechas ou lacunas encontradas na legislação tributária têm sido uma grande

preocupação dos órgãos fiscalizadores que, por sua vez, no âmbito de sua competência, vêm

promovendo constantes mudanças na legislação, com o objetivos de eliminá-las( FABRETTI,

2005).

Segundo Sillos( 2005 p.09), a busca constante dos governos com o objetivo de

assegurar os recursos necessários para a realização de seus objetivos, repercutiu na

especialização e aparelhamento dos órgãos fiscalizadores, para tornar cada vez mais efetiva a

pretensão de tributar.

2.1 Conceito de planejamento tributário

Segundo Gubert (2005), planejamento tributário é um conjunto de condutas,

comissivas ou omissivas, seja da pessoa física ou jurídica, realizada antes ou depois do fato

gerador, com o objetivo de reduzir, mitigar, transferir ou postergar legal e licitamente os ônus

dos tributos

Segundo Sillos (2005), planejamento tributário consiste na expressão utilizada que

representa o conjunto de procedimentos adotados pelo contribuinte, que tem por objetivo a

eliminação, redução ou diferimento para um momento mais oportuno a incidência do tributo.

Continua o autor, quando se fala de planejamento tributário, não se está fazendo referência

apenas para se estabelecer metodologia ou desenvolver idéias, mas também, para as suas

implantações.

Ainda Segundo Sillos (2005 p.11), os planejamento tributários não são

operacionalizados apenas pela adoção de negócios jurídicos atípicos ou indiretos, mas

também passam pela escolha do melhor local para se construir um empreendimento, com o

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objetivo de obter incentivos fiscais concedidos pelo governo, até a escolha da melhor forma

de financiamento das atividades operacionais do negócio.

Para que se elabore um planejamento tributário de forma eficaz, torna-se necessário

conhecer a legislação, estudá-la e buscar ações que evitem o desencaixe sem ferir a legislação.

Continua o autor, que para um êxito nessa atividade, o tributarista precisa ter sólidos

conhecimento de todas as situações em que seja possível o crédito tributário, principalmente

no que se refere aos impostos não cumulativos; precisa conhecer todas as situações em que é

possível o deferimento (postergação) dos recolhimentos dos impostos, permitindo assim um

melhor gerenciamento do fluxo de caixa; precisa conhecer também todas as despesas e

provisões aceitas pelo fisco como dedutíveis da receita. Complementa o autor, que além de

todos os conhecimentos elencados acima, o tributarista precisa ter conhecimento também dos

métodos de projeção de receitas e despesas e a disposição destas contas na DRE

(Demonstração de Resultado do Exercício) pois, esse é o demonstrativo que evidencia o

resultado operacional e o faturamento das empresas, itens principais, constantes na base de

cálculo da maior parte dos tributos exigidos da prática empresarial.

Segundo Pegas (2003), o primeiro passo para a implantação do planejamento

tributário é instalar na empresa um setor fiscal qualificado que calcule e planeje as suas

informações. Para isso, os profissionais precisam estar atualizados e terem acesso a todas as

leis tributárias. Quando o preparo destes profissionais não for suficiente, o autor recomenda a

contratação de consultoria especializada.

Contudo, para Zanluca (2007), dentro deste quadro sobre o planejamento tributário,

torna-se extremamente necessário separar os meios lícitos, com o objetivo de economizar

tributos, daqueles praticados de formas ilícitas. Os primeiros, a doutrina convencionou

denominar de elisão tributária. Os outros, de evasão tributária que foi escolhida para

manifestar um conceito de fuga ao cumprimento da obrigação, já constituída pela incidência

da norma tributária sobre as circunstâncias que lhe originam.

2.2 Elisão Fiscal

Segundo Sillos (2005), a elisão fiscal é um procedimento lícito, praticado pelo

contribuinte, com a finalidade de reduzir sua carga tributária. Nesses procedimentos, limitam-

se os destinados a agir sobre os negócios realizados, visando assim evitar a incidência dos

tributos, e, pó sua vez, dando origem ao nascimento da obrigação tributária. Os

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procedimentos elisivos atuam sobre os elementos constantes da obrigação tributária, de modo

a obter uma imposição tributária menos onerosa do que em circunstâncias de fato ou de

direito.

O governo tenta passar a idéia de que o planejamento tributário é uma ação de

prejudica o país. No Brasil, as alterações tributárias são feitas de forma intensa e, por isso,

geram confusão e insegurança jurídica nos contribuintes, pois as leis se contradizem em

diversos pontos, abrindo, assim, as famosas lacunas usadas pelos gestores como forma de

fugir de tantos desmandos fiscais( FABRETTI, 2005)

Ainda de acordo com Fabretti ( 2005 p .132),a elisão fiscal é lícita, pois tem seu

alcance obtido através da escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico, adotando-se

alternativas menos onerosas e, acima de tudo, legais, utilizando-se de “brechas” na lei.

A LC nº. 104/2001 introduziu as denominadas normas antielisão, inseridas no art. 116

do CTN, que assim legislam: “[...] a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do

tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os

procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária”.

A intensão do legislador foi a de proibir que o sujeito passivo eleja, legítima e

constitucionalmente, o caminho tributário menos oneroso. “Aparentemente, o objetivo da

norma foi o de obstar a prática do planejamento tributário, que a doutrina batizou de elisão

fiscal”. ( HARADA, 2006)

Contudo, segundo Fabretti (2005), o art. 116 CTN não passa de uma exposição de

propósitos, que precisa ser regulamentada por lei ordinária posterior, que defina como e em

quais condições a autoridade fiscal poderá agir, indicando de forma clara as condutas a serem

classificadas como dissimulação do fato gerador ou dos elementos que constituem a obrigação

tributária.

2.3 Evasão Fiscal

Segundo Sillos (2005, p.16), evasão fiscal são os atos praticados fora da lei e relativos

a fatos geradores da obrigação tributária já ocorridos. Como na elisão fiscal, o principal

objetivo é reduzir a incidência dos tributos, mas não por meio do estudo da legislação e suas

lacunas, mas indo de forma contrária ao texto legal.

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Conforme Martinez (2002) evasão fiscal é toda ação consciente, espontânea, dolosa,

ou intencional do contribuinte, através de meios ilícitos para evitar, eliminar, reduzir, ou

retardar o pagamento do tributo devido, não se configurando em hipótese alguma com o

planejamento tributário lícito.

A evasão fiscal causa enormes prejuízos aos negócios, ao governo e consequentemente

a sociedade como um todo. Trata-se de procedimentos adotados após o fato gerador ocorrido

e nesse campo, por exemplo, destaca-se a omissão de registros em livros fiscais próprios,

utilização de documentos inidôneos na escrituração contábil e a falta de recolhimento de

tributos apurados (MARTINEZ, 2002).

Sillos (2005) identifica que tais práticas evasivas estão estabelecidas na Lei nº

8.137/90 que traz as hipóteses de crime contra a ordem tributária, além dos conceitos de

sonegação fiscal, fraude e conluio.

Conforme a Lei nº 8.137/90, constituem crimes contra a ordem tributária:suprimir ou

reduzir tributo ou contribuição social e qualquer acessório mediante a omissão de informações

ou prestar declarações falsas às autoridades fazendárias, fraudar a fiscalização tributária com

informações inexatas ou omitindo informações de qualquer natureza.

Ainda segundo Sillos (2005), o antigo imposto sobre o consumo, atual ICMS,

regulamentado pela Lei nº 4.502/64, traz importantes definições sobre sonegação e seus

aspectos.

Sonegar é toda ação ou omissão dolosa que tenha por objetivo impedir ou retardar,

total ou parcialmente o conhecimento por parte da autoridade fazendária da ocorrência do fato

gerador da obrigação tributária principal.

A fraude, conforme Lei 4.502/64, é a omissão, total ou parcial, que tenha por objetivo

retardar a ocorrência da fato gerador da obrigação tributária principal, excluir ou modificar

suas características essenciais, reduzindo ou diferindo seu pagamento.

No Próximo capítulo, será realizado um estudo numérico e fictício, para exemplificar e

melhor explicar a importância de um estudo detalhado antes da escolha da tributação mais

adequada as necessidades da empresa.

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3. ESTUDO DE CASO COMPARATIVO

Neste capítulo serão realizados exemplos número e fictícios para um entendimento

prático do assunto.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

O principal objetivo do estudo empírico é permitir uma comparação entre os três

regimes tributários objetos deste estudo: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.

Neste Capítulo exemplos hipotéticos são demonstrados em três simulações.

Foi considerada, na primeira simulação, simulação (A), uma empresa prestadora de

serviço de desenvolvimento de softwares, inserida na condição de pequena empresa, tributada

dentro dos parâmetros do Anexo V da LC 123/06.

Posteriormente é realizada uma segunda simulação (B), considerando uma

empresaprestadora de serviços para formação de condutores (auto-escola), tributada pelo

Anexo III. Por fim, na terceira simulação (C), uma empresa prestadora de serviço de

transportes de passageiros, tributada pelo Anexo IV da LC 123/06.

A folha de pagamento está baseada em pagamento mensais, já incluso o descanso

semanal remunerado. O 13º salário é pago nos meses de novembro (1ª parcela) e dezembro

(2ª parcela).

Para o cálculo da contribuição arrecadada pelo INSS sobre o salário dos empregados,

no Lucro Presumido, é considerado: 20% patronal, 6% para contribuição a terceiros e o 1%

para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), totalizando 27%. Para o cálculo da

contribuição arrecadada pelo INSS incidente sobre o salário dos empregados, no SIMPLES

NACIONAL, considerou-se: 20% patronal e 1% para o FAT, num total de 21%.

Com relação ao FGTS, é considerado um percentual de 8% sobre o salário dos

empregados.

Para o cálculo do Lucro Presumido, são consideradas: 15% alíquota do IRPJ; 10% o

adicional do IRPJ, para a CSLL, é considerado 9%; 3% para a COFINS e 0,65% para o PIS.

Para o cálculo do Lucro Real, os percentuais do IRPJ, seu adicional e CSLL são os mesmos e

7,6 para a COFINS e 1,65 para o PIS. O faturamento da empresa desenvolvedora de softwares

no ano calendário de 2012 está representando na tabela nº 6 abaixo.

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3.1.1.Simulação “A”

Tabela nº 6: Faturamento da empresa de softwares no ano de 2012( em Reais)

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008 .

3.1.1.1 Cálculo pelo LucroReal Trimestral

A tabela nº 7 abaixo evidencia a base de cálculo (salários) e os encargos trabalhistas incidentes sobre a folha de pagamento (INSS patronal 20%, 6% para contribuições a terceiros e 1% para o SAT, num total de 27%; FGTS 8%).

Tabela nº 7: Cálculo INSS e FGTS sobre os salários – Lucro Real Trimestral- Ano 2012- ( em Reais)

*novembro: 50% do 13º terceiro ** Dezembro: 50% do 13º terceiro + adicional de férias

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara

MÊS/COMPETÊNCIA FATURAMENTO JANEIRO 61.000,00

FEVEREIRO 61.000,00

MARÇO 61.000,00

ABRIL 61.000,00

MAIO 61.000,00

JUNHO 61.000,00

JULHO 65.000,00

AGOSTO 65.000,00

SETEMBRO 65.000,00

OUTUBRO 65.000,00

NOVEMBRO 65.000,00

DEZEMBRO 65.000,00

TOTAL 756.000,00

COMPETÊNCIA SALÁRIOS INSS 27% FGTS 8% CUSTO TOTAL Janeiro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Fevereiro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Março 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Abril 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Maio 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Junho 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Julho 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Agosto 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Setembro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Outubro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Novembro* 16.500,00 4.455,00 1.320,00 22.275,00 Dezembro** 21.000,00 5.670,00

1.680,00

28.350,00

Total 184.000,00 39.825,00 11.800,00

199.125,00

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umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Abaixo, a tabela nº 8 apresenta o cálculo do INSS sobre o pró-labore, cuja alíquota é de 20% Tabela n º8: Cálculo da contribuição para o INSS sobre pró-labore: Lucro Real Trimestral- Ano 2012( em Reais)

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

A Tabela nº9 mostra os totais dos custos trabalhistas pagos mensalmente, incluso salários,encargos, pró-labore com encargos e as bolsas auxílio pagas aos estagiários, nas quais não incidem encargos trabalhistas.

Tabela nº 9: Total dos custos trabalhistas – Lucro Real Trimestral– Ano 2012 ( em Reais)

COMPETÊNCIA SALÁRIOS + ENCARGOS

PRO- LÁBORE+ ENCARGO ESTAGIÁRIOS CUSTO

TOTAL Janeiro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Fevereiro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Março 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Abril 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Maio 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Junho 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Julho 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Agosto 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Setembro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Outubro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Novembro 22.275,00 1.440,00 800,00 24.515,00 Dezembro 28.350,00 1.440,00 800,00 30.590,00 Total 199.125,00 17280,00 9.600,00 226.005,00

COMPETÊNCIA PRÓ LABORE INSS ( 20%) CUSTO TOTAL Janeiro 1.200,00 240,00 1.440,00

Fevereiro 1.200,00 240,00 1.440,00 Março 1.200,00 240,00 1.440,00 Abril 1.200,00 240,00 1.440,00 Maio 1.200,00 240,00 1.440,00 Junho 1.200,00 240,00 1.440,00 Julho 1.200,00 240,00 1.440,00 Agosto 1.200,00 240,00 1.440,00 Setembro 1.200,00 240,00 1.440,00 Outubro 1.200,00 240,00 1.440,00 Novembro 1.200,00 240,00 1.440,00 Dezembro 1.200,00 240,00 1.440,00

Total 14.400,00 2.880,00 17.280,00

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Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

No Cálculo do PIS e COFINS, são aplicados, sobre o faturamento(receita bruta) da empresa, os percentuais de 1,65 e 7,6% respectivamente, conforme tabela nº 10.

Tabela nº 10: Cálculo do PIS e da COFINS, Lucro Real Trimestral – Ano 2012- ( em Reais)

Fonte: elaborado pelo autor Obs: O PIS e a COFINS são calculados e recolhidos mensalmente.

No município do Rio Janeiro, a incidência sobre serviços de informática é de 5%, incidente sobre a receita bruta da empresa, conforme tabela nº 11.

Tabela nº 11: Cálculo do ISS – Lucro Real Trimestral – Ano 2012 – ( em Reais)

COMPETÊNCIA RECEITA BRUTA ISS 5% Janeiro 61.000,00 3.050,00 Fevereiro 61.000,00 3.050,00 Março 61.000,00 3.050,00 Abril 61.000,00 3.050,00 Maio 61.000,00 3.050,00 Junho 61.000,00 3.050,00 Julho 65.000,00 3.250,00 Agosto 65.000,00 3.250,00 Setembro 65.000,00 3.250,00 Outubro 65.000,00 3.250,00 Novembro 65.000,00 3.250,00 Dezembro 65.000,00 3.250,00

Total 756.000,00 37.800,00 Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

COMPETÊNCIA RECEITA BRUTA PIS – 1,65% COFINS – 7,6% Janeiro 61.000,00 1.006,50 4.636,00 Fevereiro 61.000,00 1.006,50 4.636,00 Março 61.000,00 1006,50 4.636,00 Abril 61.000,00 1006,50 4.636,00 Maio 61.000,00 1006,50 4.636,00 Junho 61.000,00 1006,50 4.636,00 Julho 65.000,00 1.072,50 4.940,00

1.950,00 Agosto 65.000,00 1.072,50 4.940,00 Setembro 65.000,00 1.072,50 4.940,00 Outubro 65.000,00 1.072,50 4.940,00 Novembro 65.000,00 1.072,50 4.940,00 Dezembro 65.000,00 1.072,50 4.940,00

Total 756.000,00 12.474,00 57.456,00

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No cálculo do IRPJ e da CSLL, com base no art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a alíquota incidente sobre a receita bruta para obter a base de cálculo é 32%. O Cálculo do IRPJ e da CSLL é constituído, aplicando-se as alíquotas de 15% e 9%, respectivamente, sobre a base de cálculo. Caso a base de cálculo ultrapasse R$ 60.000,00 no trimestre, será pago um adicional de IRPJ de 10% sobre a diferença excedente ao valor, como mostrado na tabela nº 12.

Tabela nº 12: Cálculo do IRPJ, adicional ao IRPJ, e CSLL – Lucro Real Trimestral – Ano 2012 – (em Reais)

COMPETÊNCIA RECEITA BRUTA

BASE DE CÁLCULO

32% IPRJ 15%

BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL

ADICIONAL DO IRPJ 10%

CSLL 9%

Janeiro 61.000 - - - - - Fevereiro 61.000 - - - - -

Março 61.000 58.560 8.784 - - 5.270,40 Abril 61.000 - - - - - Maio 61.000 - - - - - Junho 61.000 58.560 8.784 - - 5.270,40 Julho 65.000 - - - - -

Agosto 65.000 - - - - - Setembro 65.000 62.400 9360 2400 240 5.616,00 Outubro 65.000 - - - - -

Novembro 65.000 - - - - - Dezembro 65.000 62.400 9.360 2400 240 5.616,00

Total 756.000 241.920,00 36.288 4.800 480 21.772 Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara

umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Como optante do Lucro Real Trimestral, a empresa pagará R$ 220.775,00 de tributos

no ano de 2012, conforme mostra a tabela nº 13.

Tabela nº 13: Total dos tributos Pelo Lucro Real Trimestral – Ano 2012 – (em Reais)

Fonte: Elaborado pelo autor

TRIBUTOS VALORES INSS 39.825,00 FGTS 11.800,00

INSS - PRÓ LABORE 2.880,00

PIS 12.474,00 COFINS 57.456,00

ISS 37.800,00 IRPJ 36.288,00

ADICIONAL IRPJ (10%) 480,00

CSLL 21.772,00 Total 220.775,00

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3.1.1.2 Cálculo pelo Lucro Presumido

A tabela nº 14 abaixo evidencia a base de cálculo (salários) e os encargos trabalhistas incidentes sobre a folha de pagamento (INSS patronal 20%, 6% para contribuições a terceiros e 1% para o SAT, num total de 27%; FGTS 8%).

Tabela nº 14: Cálculo INSS e FGTS sobre os salários – Lucro Presumido- Ano 2012- ( em Reais)

*novembro: 50% do 13º terceiro ** Dezembro: 50% do 13º terceiro + adicional de férias

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Abaixo, a tabela nº 15 apresenta o cálculo do INSS sobre o pró-labore, cuja alíquota é de 20%

Tabela n º15: Cálculo da contribuição para o INSS sobre pró-labore: Lucro Presumido- Ano 2012( em Reais)

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

COMPETÊNCIA SALÁRIOS INSS 27% FGTS 8% CUSTO TOTAL Janeiro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Fevereiro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Março 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Abril 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Maio 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Junho 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Julho 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Agosto 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Setembro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Outubro 11.000,00 2.970,00 880,00 14.850,00 Novembro* 16.500,00 4.455,00 1.320,00 22.275,00 Dezembro** 21.000,00 5.670,00

1.680,00

28.350,00

Total 184.000,00 39.825,00 11.800,00

199.125,00

COMPETÊNCIA PRÓ LABORE INSS ( 20%) CUSTO TOTAL Janeiro 1.200,00 240,00 1.440,00 Fevereiro 1.200,00 240,00 1.440,00 Março 1.200,00 240,00 1.440,00 Abril 1.200,00 240,00 1.440,00 Maio 1.200,00 240,00 1.440,00 Junho 1.200,00 240,00 1.440,00 Julho 1.200,00 240,00 1.440,00 Agosto 1.200,00 240,00 1.440,00 Setembro 1.200,00 240,00 1.440,00 Outubro 1.200,00 240,00 1.440,00 Novembro 1.200,00 240,00 1.440,00 Dezembro 1.200,00 240,00 1.440,00

Total 14.400,00 2.880,00 17.280,00

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A Tabela nº16 mostra os totais dos custos trabalhistas pagos mensalmente, incluso salários,encargos, pró-labore com encargos e as bolsas auxílio pagas aos estagiários, nas quais não incidem encargos trabalhistas.

Tabela nº 16: Total dos custos trabalhistas – Lucro Presumido – Ano 2012 (em Reais)

COMPETÊNCIA SALÁRIOS + ENCARGOS

PRO- LÁBORE+ ENCARGO ESTAGIÁRIOS CUSTO

TOTAL Janeiro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Fevereiro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Março 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Abril 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Maio 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Junho 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Julho 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Agosto 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Setembro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Outubro 14.850,00 1.440,00 800,00 17.090,00 Novembro 22.275,00 1.440,00 800,00 24.515,00 Dezembro 28.350,00 1.440,00 800,00 30.590,00 Total 199.125,00 17280,00 9.600,00 226.005,00

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

No Cálculo do PIS e COFINS, são aplicados, sobre o faturamento(receita bruta) da empresa, os percentuais de 0,65 e 3% respectivamente, conforme tabela nº 17.

Tabela nº 17: Cálculo do PIS e da COFINS, Lucro Presumido – Ano 2012- ( em Reais)

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Obs: O PIS e a COFINS são calculados e recolhidos mensalmente.

COMPETÊNCIA RECEITA BRUTA PIS – 0,65% COFINS – 3% Janeiro 61.000,00 396,50 1.830,00 Fevereiro 61.000,00 396,50 1.830,00 Março 61.000,00 396,50 1.830,00 Abril 61.000,00 396,50 1.830,00 Maio 61.000,00 396,50 1.830,00 Junho 61.000,00 396,50 1.830,00 Julho 65.000,00 422,50 1.950,00

1.950,00 Agosto 65.000,00 422,50 1.950,00 Setembro 65.000,00 422,50 1.950,00 Outubro 65.000,00 422,50 1.950,00 Novembro 65.000,00 422,50 1.950,00 Dezembro 65.000,00 422,50 1.950,00

Total 756.000,00 4.914,00 22.680,00

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No município do Rio Janeiro, a incidência sobre serviços de informática é de 5%, incidente sobre a receita bruta da empresa, conforme tabela nº 18.

Tabela nº 18: Cálculo do ISS – Lucro Presumido – Ano 2010 – ( em Reais)

COMPETÊNCIA RECEITA BRUTA ISS 5% Janeiro 61.000,00 3.050,00 Fevereiro 61.000,00 3.050,00 Março 61.000,00 3.050,00 Abril 61.000,00 3.050,00 Maio 61.000,00 3.050,00 Junho 61.000,00 3.050,00 Julho 65.000,00 3.250,00 Agosto 65.000,00 3.250,00 Setembro 65.000,00 3.250,00 Outubro 65.000,00 3.250,00 Novembro 65.000,00 3.250,00 Dezembro 65.000,00 3.250,00

Total 756.000,00 37.800,00 Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

No cálculo do IRPJ e da CSLL, com base no art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a alíquota incidente sobre a receita bruta para obter a base de cálculo é 32%. O Cálculo do IRPJ e da CSLL é constituído, aplicando-se as alíquotas de 15% e 9%, respectivamente, sobre a base de cálculo. Caso a base de cálculo ultrapasse R$ 60.000,00 no trimestre, será pago um adicional de IRPJ de 10% sobre a diferença excedente ao valor, como mostrado na tabela nº 12.

Tabela nº 19: Cálculo do IRPJ, adicional ao IRPJ, e CSLL – Lucro Presumido – Ano 2012 – (em Reais)

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

COMPETÊNCIA RECEITA BRUTA

BASE DE CÁLCULO

32% IPRJ 15%

BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL

ADICIONAL DO IRPJ 10%

CSLL 9%

Janeiro 61.000 - - - - - Fevereiro 61.000 - - - - -

Março 61.000 58.560 8.784 - - 5.270,40 Abril 61.000 - - - - - Maio 61.000 - - - - - Junho 61.000 58.560 8.784 - - 5.270,40 Julho 65.000 - - - - -

Agosto 65.000 - - - - - Setembro 65.000 62.400 9360 2400 240 5.616,00 Outubro 65.000 - - - - -

Novembro 65.000 - - - - - Dezembro 65.000 62.400 9.360 2400 240 5.616,00

Total 756.000 241.920,00 36.288 4.800 480 21.772

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OBS: O IRPJ e a CSLL são calculados e recolhidos trimestralmente, diferentemente do PIS e da COFINS que são calculados e recolhidos mensalmente.

Como optante do Lucro Presumido, a empresa pagará R$ 178.439,00 de tributos no ano de 2012, conforme mostra a tabela nº 19.

Tabela nº 19: Total dos tributos Pelo Lucro Presumido – Ano 2012 – (em Reais)

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

3.1.1.3Cálculo pelo Simples Nacional

A tabela nº20 mostra os salários (base de cálculo) e os encargos trabalhistas incidentes sobre a folha de pagamento ( INSS patronal 20%, e mais 1% para o SAT, num total de 21%; o FGTS de 8%).

Tabela nº 20: Cálculo INSS e FGTS sobre os salários – Simples Nacional- Ano 2012-(em Reais)

COMPETÊNCIA SALÁRIOS INSS 21% FGTS 8% CUSTO TOTAL

Janeiro 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Fevereiro 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Março 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Abril 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Maio 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Junho 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Julho 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Agosto 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Setembro 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Outubro 11.000,00 2.310,00 880,00 14.190,00 Novembro* 16.500,00 3.465,00 1.320,00 21.285,00 Dezembro** 21.000,00 4.410,00 1.680,00

27.090,00

Total 184.000,00 30.975,00 11.800,00 190.275,00 *Novembro: aumento referente a 50% do 13º terceiro ** Dezembro: aumento referente a 50% do 13º terceiro + adicional de férias

TRIBUTOS VALORES INSS 39.825,00 FGTS 11.800,00

INSS - PRÓ LABORE 2.880,00

PIS 4.914,00 COFINS 22.680,00

ISS 37.800,00 IRPJ 36.288,00

ADICIONAL IRPJ ( 10%) 480,00

CSLL 21.772,00 Total 178.439,00

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Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

O cálculo do INSS incidente sobre o pró-labore do Simples Nacional é igual ao do Lucro Presumido, perfazendo um total de R$ 2.880,00.

A Tabela nº 21 mostra os custos trabalhistas em sua totalidade devidos mensalmente, já inclusos os salários e encargos, pró-labore e seus encargos, junto com as bolsas auxílio dos estagiários, sobre os quais não há incidência de encargos trabalhistas.

Tabela nº 21: Total dos custos trabalhistas – Simples Nacional – Ano 2012 – ( em Reais)

COMPETÊNCIA SALÁRIOS + ENCARGOS

PRO- LÁBORE+ ENCARGO ESTAGIÁRIOS CUSTO

TOTAL Janeiro 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Fevereiro 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Março 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Abril 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Maio 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Junho 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Julho 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Agosto 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Setembro 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Outubro 14190,00 1.440,00 800,00 16.430,00 Novembro 21285,00 1.440,00 800,00 23.525,00 Dezembro 27090,00 1.440,00 800,00 29.330,00 Total 237.360,00 17280,00 9.600,00 217.155,00

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Para as Empresas que se enquadram no Anexo V, é necessário efetuar o cálculo do fator (r). Com o resultado do fator (r), aplica-se a alíquota correspondente, enquadrando a empresa de acordo com o faturamento bruto anual.

Abaixo, na tabela 22, é apresentado o cálculo do fator (r), dividindo-se os valores da folha de pagamento, INSS e FGTS (todos os encargos), pelo faturamento acumulado dos últimos 12 meses.

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Tabela nº 22: Cálculo Fator (r) – Ano 2012 – ( em Reais)

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008. O cálculo da tabela 22 foi feito considerando o faturamento de 2011 igual o de 2012.

Esse cálculo mostra que em todos os meses, o fator (r) foi constante no valor de 0,287242. Este fator, considerando o faturamento da empresa, faz com que incida a alíquota referente ao IRPJ, PIS, CSLL e COFINS de 13,53%, conforme mostrado na tabela nº 23 abaixo.

Tabela nº23: Cálculo pelo Simples Nacional – Ano 2012 – ( em Reais)

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

COMPETÊNCIA

FOLHA NOS ÚLTIMOS 12

MESES ( em Reais)

FATURAMENTO 12 MESES ( em Reais) FATOR ®

Janeiro 217.155,00 756.000,00 0,287242 Fevereiro 217.155,00 756.000,00 0,287242 Março 217.155,00 756.000,00 0,287242 Abril 217.155,00 756.000,00 0,287242 Maio 217.155,00 756.000,00 0,287242 Junho 217.155,00 756.000,00 0,287242 Julho 217.155,00 756.000,00 0,287242 Agosto 217.155,00 756.000,00 0,287242 Setembro 217.155,00 756.000,00 0,287242 Outubro 217.155,00 756.000,00 0,287242 Novembro 217.155,00 756.000,00 0,287242 Dezembro 217.155,00 756.000,00 0,287242

COMPETÊNCIA FATOR (r) ALÍQUOTA FATURAMENTO

SIMPLES NACIONAL

ISS (3,87%)

SIMPLES + ISS

Janeiro 0,287242 13,53% 61.000,00 8.253,30 2.360,70 10.614,00

Fevereiro 0,287242 13,53% 61.000,00 8.253,30 2.360,70 10.614,00 Março 0,287242 13,53% 61.000,00 8.253,30 2.360,70 10.614,00 Abril 0,287242 13,53% 61.000,00 8.253,30 2.360,70 10.614,00 Maio 0,287242 13,53% 61.000,00 8.253,30 2.360,70 10.614,00 Junho 0,287242 13,53% 61.000,00 8.253,30 2.360,70 10.614,00

Julho 0,287242 13,53% 65.000,00 8.794,50 2.515,50 11.310,00 Agosto 0,287242 13,53% 65.000,00 8.794,50 2.515,50 11.310,00

Setembro 0,287242 13,53% 65.000,00 8.794,50 2.515,50 11.310,00 Outubro 0,287242 13,53% 65.000,00 8.794,50 2.515,50 11.310,00

Novembro 0,287242 13,53% 65.000,00 8.794,50 2.515,50 11.310,00 Dezembro 0,287242 13,53% 65.000,00 8.794,50 2.515,50 11.310,00

Total 756.000,00 102.286,80 29.257,20 131.544,00

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Como optante pelo simples nacional, a empresa pagará R$ 177.199,00, referente aos tributos, conforme tabela nº24:

Tabela nº24: Totais de tributos – Simples Nacional – Ano 2012 – (em Reais)

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

3.1.1.4 Comparativo entre Lucro real Trimestral,Lucro Presumido e Simples Nacional

NaSimulaçãoA,elaboradaacima,aempresapagariaR$220.775,00(tabela nº

13),seoptarpeloLucro Real Trimestral. Se a empresa optar pelo lucro presumido, a empresa pagaria R$ 178.439,00. Seoptarpelo Simples Nacional, pagaráR$ 177.199,00 (Tabela nº18).

Tabela nº25: Diferença no cálculo da tributação entre Lucro Presumido e Simples Nacional – (em Reais)

Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Neste caso, é mais vantajoso para a empresa optar pelo Simples Nacional. A

diferençaentre o Simples Nacional e o Lucro Presumido é de R$ 1.240,00, conforme visualizamos na tabela 25 acima. Em comparação com o Lucro Real Trimestral, a vantagem para o Simples Nacional é de 43.576,00, conforme mostra a tabela 26 abaixo. Tabela nº26: Diferença no cálculo da tributação entre Lucro Real Trimestral e Simples Nacional – (em Reais)

TRIBUTAÇÃO VALOR

LUCRO REAL - TRIMESTRAL 220.775,00

SIMPLES NACIONAL 177.199,00

DIFERENÇA 43.576,00

Fonte: Elaborado pelo autor

São realizadas outras duas simulações abaixo para um melhor entendimento do estudo:

TRIBUTOS VALOR INSS 30.975,00 FGTS 11.800,00

INSS - PRÓ LABORE 2.880,00 ISS 29.257,20

SIMPLES 102.286,80 Total 177.199,00

TRIBUTAÇÃO VALOR

PRESUMIDO 178.439,00 SIMPLES NACIONAL

177.199,00

DIFERENÇA 1.240,00

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3.1.2 SIMULAÇÕES “B” e “C” B) Considerando uma empresa prestadora de serviço para formação de condutores (auto- escola),enquadrada no Anexo IIIda LC 123/06, na faixa de faturamento de R$ 756.000,00, a alíquota é de 11,40%= R$ 86.184,00. Nota-se, que neste caso, o INSS e o ISS já estão inclusos na alíquota do Simples Nacional(Tabela nº 27).

Tabela 27: Totaisde tributos-SimplesNacional– 2012- Anexo III da LC 123/06 - (em Reais)

Fonte:JORGE,DeiseCristina.Simples

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008. C) A simulação C considera a empresa enquadrada no Anexo IV da LC 123/06. Na mesma faixa de faturamento, a alíquota do simples nacional é de 8,97%, que implica no valor de R$ 67.813,20 (Tabela nº 28) .

Tabela nº28:Totaisde tributos-SimplesNacional– Anexo IV da LC 123/06

Fonte: JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008.

Nestas duas últimas simulações, verifica-se que o valor total devido pelo Lucro Presumido que, como na simulação anterior, alcança R$ 178.439,00, é maior que o apurado Pelo Simples Nacional (Tabela nº 25) e o valor total devido pelo Lucro Real Trimestral também é maior que o apurado pelo Simples Nacional (Tabela 26). Na simulação B, a diferença é de R$ 80.455,00 para e o Lucro Presumido e R$ 122.791,00 para o Lucro Real Trimestral e na simulação C de R$ 64.970,80 para o Lucro Presumido e R$ 107.306,80 para o Lucro Real Trimestral,todas favoráveisao Simples Nacional.

TRIBUTO VALOR( R$) INSS -

FGTS 11.800,00 INSS – PRO - ISS - SIMPLES NACIONAL 86.184,00 TOTAL 97.984,00

TRIBUTO VALOR

INSS 30.975,00 FGTS 11.800,00 INSS – PRO 2.880,00 ISS - SIMPLES NACIONAL 67.813,20 TOTAL 113.468,20

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Tabela 29:Comparação das Simulações – “ A”,“B” e “C” com o Lucro Presumido - (em Reais)

TRIBUTAÇÃO SIMULAÇÃO A SIMULAÇÃO B SIMULAÇÃO C LUCRO PRESUMIDO 178.439,00 178.439,00 178.439,00 SIMPLES NACIONAL 177.199,00 97.984,00 113.468,20

DIFERENÇA 2.838,80 80.455,00 64.970,80 Fonte:JORGE,DeiseCristina.SimplesNacionalxLucroPresumido:estudocomparativopara umaempresadepequenoportenosegmentodeprestaçãodeserviços.73f. Monografia (Curso deCiências Contábeis), Universidade Federal deSantaCatarina. Florianópolis. 2008. Tabela 30: Comparação das Simulações – “ A”,“B” e “C” com o Lucro Real Trimestral - (em Reais)

Fonte: Elaborado pelo Autor O impacto das tributações em cada simulação indica diferentes percentuais de

participação sobre a receita bruta. Na simulação A, o custo tributário foi de 29,20% ( Lucro Real Trimestral) 23,60% ( Lucro presumido) e 23,44% ( simples nacional). Nas Simulações B e C, os custos tributários são os mesmos para o Lucro Real Trimestral e para o Lucro Presumido. Para o Simples Nacional, os custos tributários foram de 12,96% e 15,00%, respectivamente.

Estas simulações mostram que, apesar das três simulações apontarem o simples nacional como a forma de tributação mais vantajosa, o profissional de contabilidade precisa realizar obrigatoriamenteestudos detalhados para cada empresa, para assim recomendar qual a mais adequada forma de tributação a ser utilizada.

TRIBUTAÇÃO SIMULAÇÃO A

SIMULAÇÃO B SIMULAÇÃO C

LUCRO REAL TRIMESTRAL 220.775,00 220.775,00 220.775,00

SIMPLES NACIONAL 177.199,00 97.984,00 113.468,20

DIFERENÇA 43.576,00 122.791,00 107.306,80

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4. CONCLUSÃO

Considerando os objetivos deste trabalho, a literatura revisada e a análise dos

resultados, conclui-se que a carga tributária incidente sobre as PMEScontinua elevada.

A opção por um regime tributário menos oneroso pode garantir a sobrevivência das

empresas no mercado. A presença do profissional de contabilidade é fundamental para que,

além de elaborar o planejamento tributário, possa aplicá-lo de maneira mais adequada às

necessidades da empresa para qual está prestando seus serviços.

Uma das grandes vantagens do Simples Nacional em relação ao Lucro Presumido e ao

Lucro Real Trimestral para as empresas incluídas nos Anexos IV e V, é a alíquota do INSS

patronal que no Lucro Real Trimestral e no Lucro Presumido é de 27% e no Simples Nacional

é de 21%. Para as empresas inseridas no Anexo III, geralmente o Simples nacional é mais

vantajoso, pois o INSS patronal já está incluso na alíquota do Simples Nacional.

Nas simulações, apurou-se que somente os tributos diretos podem chegar até a

23,44%, (total de tributos/faturamento) nas empresas optantes pelo Simples nacional, (

Simulação A). Já as empresas optantes pelo Presumido, a porcentagem é de 23,60%(

Simulação A) e no Lucro Presumido, está porcentagem pode chegar a 29,20% ( Simulação

A).

Para realizar a comparação do Lucro Real Trimestral x Lucro Presumido x Simples

Nacional, foram realizadas três simulações e obtidos os seguintes resultados.

Simulação A: uma empresa prestadora de serviço de desenvolvimento de softwares

inserida na condição de pequena empresa, tributada de acordo com o Anexo V da LC 123/06,

cujo fator “r” ficou entre 0,25 e 0,3 e seu faturamento anual teve uma incidência de tributos

na porcentagem de 13,53%. Ficou comprovado que o Simples Nacional é mais vantajoso que

o Lucro Real Trimestral e oLucro presumido. A diferença foi de R$ 43.576,00 e R$ 1.240,00

respectivamente, ambasfavorávelao Simples nacional.

Simulação B: considerandoumaempresa prestadora de serviço para formação de

condutores (auto-escola),tributada de acordo com o Anexo III da LC 123/06, com o

faturamento anual de R$ 756.000,00, sofreu uma tributação de 11,40%. É mais vantajoso para

a empresa optar pelo Simples Nacional. As diferenças apuradas foram de R$ 122.791,00 para

o Lucro Real Trimestral e R$ 80.455,00 para o Lucro Presumido, ambas também a favor do

Simples Nacional.

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Simulação C: considerandoumaempresa prestadora de serviço de transporte de

passageiros,tributada de acordo com o Anexo IV da LC 123/06, com o faturamento anual de

R$ 756.000,00, sofreu uma tributação de 8,97%.. Nesta simulação, é mais vantajoso para a

empresa optar pelo Simples Nacional. As diferenças são de R$ 107.306,80 para o Lucro Real

Trimestral e R$ 64.970,80 para o Lucro Presumido a favor desta modalidade.

Portanto, embora o Simples nacional apresente maiores facilidades para recolhimento,

apuração e, nas simulações apresentadas, tenha sido o mais vantajoso, torna-se necessário a

realização de estudos contábeis para se conhecer a forma de tributação mais adequada para

cada tipo de empresa, de acordo com a sua atividade, faturamento e folha de pagamento de

salários.

Não parece suficiente o pequeno e o médio empresário acreditarem que o Simples

Nacional poderá lhe trazer mais vantagens tributárias. Antes da escolha da forma de

tributação, é fundamental a análise da forma de tributaçãopor um profissional de

contabilidade e a elaboração de um planejamento tributário anual que dê suporte ao processo

de tomada de decisões empresariais.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SANTOS, BoaventuradeSousa (org.). A Globalização eas Ciências Sociais. São Paulo: Cortez. 2002a. SANTOS, F.A; VEIGA; W.E. Contabilidade com Ênfase em Micro, Pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, 2011.

SEBRAE. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀSPEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. – Paulo Melchor. Lei geral dasPEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. Disponível em <http://leigeral.sp.sebrae.com.br/publicacoes/simples_nacional.aspx/>. Acesso em 22, 23 mai. 2013. Contém opinião do autor sobre o tema.

SEBRAE. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀSPEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. 4º Encontro Nacional da Indústria. A competitividade das PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. Rio de Janeiro,(2009). Disponível em <http://www.enaiencontronacionaldaindustria.com/public/img/uploads/a_competitividade_das__micro_e_pequenas_empresas_.pdf> Acesso em 28 Jul. 2013 SILLOS, L. A. Planejamento Tributário:aspectos teóricos epráticos. São Paulo: UniversitáriadeDireito, 2007.

SILVA, J.L.; MENDONÇA, J.F. O ensino daContabilidadeporprojetos: uma aplicação da multidisciplinaridade. RevistaContemporâneadeContabilidade. Ano 02, v. 01, nº 04, jul/dez,2005.

ZANLUCA, J. C. Planejamento Tributário. São Paulo: Portal Tributário, 2007.

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ANEXOS

ANEXO I

Alíquotas dos tributos incidentes de acordo com a receita bruta, para os serviços tributados conforme

Anexo III da LC 123/06.

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS

Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

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58

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

Fonte: Brasil, Receita Federal.Lei Complementarnº. 123, de14 dedezembro de2006

Serão tributados pelo anexo III, as empresas que prestares os seguintes serviços abaixo

a - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres, exceto as previstas nos incisos II e III do § 5o-D deste artigo;

b - agência terceirizada de correios; c - agência de viagem e turismo; d - centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de

passageiros e de carga; e - agência lotérica; f - serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de

usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; g - transporte municipal de passageiros; e h - escritórios de serviços contábeis, observado o disposto nos §§ 22-B e 22-C deste

artigo. i-produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou

apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais.

As alíquotas doAnexo 2serão aplicadas aos serviços previamente listados no art. 18 §

5º-C, (Anexo IV) da LC 123/06, são eles:construção de imóveis e obras de engenharia em

geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo,

bem como decoração de interiores e serviços de vigilância, limpeza ou conservação.

Obs:. Não está incluso no Simples Nacional, em relação a esta tabela, o disposto no art. 22 da

Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991( recolhimento da Contribuição Sindical Previdenciária –

CPP para a seguridade social).

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Anexo II

Alíquotas dos tributos incidentes sobre a receita bruta para osserviços tributados conforme Anexo IV da

LC 123/06

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% Fonte: Brasil, Receita Federal.Lei Complementarnº. 123, de14 dedezembro de2006

ANEXO 3

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60

Alíquotas incidentes sobre a receita bruta para os serviços tributados conforme o anexo V da LC 123/06

TABELA V-A

Receita Bruta em 12 meses (em R$) (r)<0,10

0,10≤ (r)

e

(r) < 0,15

0,15≤ (r)

e

(r) < 0,20

0,20≤ (r)

e

(r) < 0,25

0,25≤ (r)

e

(r) < 0,30

0,30≤ (r)

e

(r) < 0,35

0,35≤ (r)

e

(r) < 0,40

(r) ≥ 0,40

Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%

De 360.000,01 a 540.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%

De 540.000,01 a 720.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%

De 720.000,01 a 900.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%

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61

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%

Fonte: Brasil,Receita Federal. Lei Complementarnº. 123, de14 dedezembro de2006

De acordo com a LC 123/06, os serviços tributados pelo anexo V são:

Cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros, academias de dança, de

capoeira, de ioga e de artes marciais, academias de atividades físicas, desportivas, de natação

e escolas de esportes, elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos,

desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante, licenciamento ou cessão de direito

de uso de programas de computação, planejamento, confecção, manutenção e atualização de

páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante, empresas

montadoras de estandes para feiras, laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica,

serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos

óticos, bem como ressonância magnética, serviços de prótese em geral.

Estes serviços são um pouco diferente se comparados com os outros serviços

tributados pelos anexos III e IV. O índice de empregabilidade influencia de forma direta na

determinação do fator (r), ou seja, a empresa que tem mais funcionários fazendo parte de sua

equipe como contratados, terão alíquotas de incidência menores, denominado fator (r). A

fórmula de cálculo utilizada para a apuração do fator (r) é realizada pela divisão da folha de

salário, com os encargos inclusos (bruto anual, 12 meses), pela Receita Bruta ( também em 12

meses). O resultado desta fórmula determinará a alíquota que será aplicada, conforme

exemplificado abaixo:

a) Caso o fator (r) seja maior ou igual a 0,4, as alíquotas de tributação relativas ao

IRPJ, PIS/PASEP, CSLL e COFINS variam de 8% a 17,18%, conforme demonstrado na

tabela acima.

Para os serviços listados no anexo V da LC 123/06, são acrescidos o INSS (20%)

sobre a folha de pagamento, e o serviço de amparo ao trabalhador- SAT ( 1 A 3%) sobre a

folha. Será somado a alíquota do simples nacional relativa ao IRPF, PIS/PASEP, CSLL e

COFINS, apurada acima, a parcela que corresponder ao ISS, prevista no anexo IV da LC

123/06.

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62

A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/PASEP, CSLL, COFINS e CPP

arrecadados de acordo com o anexo V, será realizada com base nos parâmetros estabelecidos

pela anexo 4 (Tabela V-B) abaixo, onde:

(I) São os pontos percentuais da partilha relacionada à CPP (J) São pontos percentuais da partilha relacionada ao IRPJ, calculado após o

resultado do fator (I) (K) São pontos percentuais da partilha relacionada à CSLL, calculado após o

resultados dos fatores (I) e (J) L São pontos percentuais da partilha relacionada à COFINS, calculado após o

resultados dos fatores (I) e (J) E (K) (M) = pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o

PIS/PASEP, calculados após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L); (I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100 N = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100; P = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.( anexo V LC

123,06)

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63

ANEXO 4

Partilha da receita dos tributos incidentes sobre a receita bruta com base no faturamento anual, (anexo V da LC 123/06)

TABELA V-B

TABELA V-B

Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP

I J K L M

Até 180.000,00 N x

0,9

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 180.000,01 a 360.000,00 N x

0,875

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 360.000,01 a 540.000,00 N x

0,85

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 540.000,01 a 720.000,00 N x

0,825

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 720.000,01 a 900.000,00 N x

0,8

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 900.000,01 a 1.080.000,00 N x

0,775

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 N x

0,75

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

Page 64: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2013-10-24 · A diferença foi de R$ 43.576,00 para o Lucro Real Trimestral e R$ 1.240,00 para o Lucro Presumido.SimulaçãoB:

64

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 N x

0,725

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 N x

0,7

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 N x

0,675

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 N x

0,65

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 N x

0,625

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 N x

0,6

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 N x

0,575

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 N x

0,55

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 N x

0,525

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 N x

0,5

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

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65

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 N x

0,475

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 N x

0,45

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 N x

0,425

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 - I - J - K)

100 - I - J - K - L

Fonte: Brasil,Receita Federal. Lei Complementarnº. 123, de14 dedezembro de2006

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ÍNDICE INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 8

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRIA .................................................................................. 10

1.1 EMPRESA ................................................................................................................... 10

1.2 MICRO E PEQUENA EMPRESA .............................................................................. 11

1.2.1 Classificação de acordo com a LC 123/06 ................................................................ 11

1.2.2 Classificação de acordo com a Comitê de Pronunciamento Contábil – Pronunciamento Técnico PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, que aprovou a NBC T 19.41 .................................................................................................................................. 11

1.2.3 Classificação das Micro e Pequenas Empresas de acordo com o número de empregados ........................................................................................................................................... 12

1.2.4 Classificação conforme o Mercosul .......................................................................... 12

1.2.5Micro e Pequena Empresa no Cenário Nacional ....................................................... 13

1.2.6As Principais características das MPES ..................................................................... 21

1.2.6.1 As MPES no Rio de Janeiro .................................................................................. 22

1.3 O SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO ............................................................... 22

1.3.1Formas de Tributação ................................................................................................ 24

1.3.1.1 Lucro Real .............................................................................................................. 24

1.3.1.1.1Obrigatoriedade de Apuração pelo Lucro Real ................................................... 24

1.3.1.1.2Obrigações Contábeis e Fiscais das Empresas Tributadas Pelo Lucro Real ....... 26

1.3.1.2Lucro Arbitrado ...................................................................................................... 26

1.3.1.3Lucro Presumido ..................................................................................................... 26

1.3.1.3.1As Obrigações Contábeis e fiscais das empresas tributadas pelo Lucro Presumido .......................................................................................................................... 28

1.3.1.3.2 Exclusões ao Lucro Presumido ........................................................................... 29

1.3.1.4 O Simples Nacional ............................................................................................... 30

1.3.1.4.1 Comitê Gestor ....................................................................................................... 31

1.3.1.4.2 Partilha do Simples Nacional .............................................................................. 32

1.3.1.4.3 Exclusão ao Simples Nacional ............................................................................ 32

1.3.1.4.4 Micro e pequenas empresas vetadas à adoção do Simples Nacional .................. 33 2. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ........................................................................... 34

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2.1 Conceito de planejamento tributário ............................................................................ 34

2.2 Elisão fiscal .................................................................................................................. 35

2.3 Evasão Fiscal ............................................................................................................... 36 3. ESTUDO DE CADO COMPARATIVO.................................................................... 38 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ......................................................................... 38

3.1.1 Simulação “A” .......................................................................................................... 39

3.1.1.1Cálculo pelo Lucro Real Trimestral ........................................................................ 39

3.1.1.2 Cálculo pelo Lucro Presumido .............................................................................. 43

3.1.1.3Cálculo pelo Simples Nacional ............................................................................... 46

3.1.1.4Comparativo entre Lucro Real Trimestral, Lucro Presumido e o Simples Nacional ........................................................................................................................................... 49

3.1.2 SIMULAÇÕES “B” e “C” ........................................................................................ 50 4.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 52 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 54

6. ANEXOS ........................................................................................................................ 57 7. ÍNDICE ........................................................................................................................... 66

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