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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DOCUMENTO ORIENTADOR VERSÃO 3 EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

DOCUMENTO ORIENTADOR

VERSÃO 3

EDUCAÇÃO INTEGRAL E

INTEGRADA

1

Governo do Estado de Minas Gerais

Fernando Damata Pimentel

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais

Macaé Maria Evaristo dos Santos

Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica

Augusta Aparecida Neves de Mendonça

Coordenação Geral da Política Estadual de Educação Integral e Integrada

Rogéria Freire de Figueiredo

Belo Horizonte

Fevereiro/2017

2

Equipe

Rogéria Freire de Figueiredo – Coordenadora Geral

Angélica Cristina de Oliveira – Referência SRE e Polo Plug Minas

Bárbara Coutinho Neto – Referência parcerias e convênios e projetos especiais

Gracielle Pousas Ferreira – Polos de Educação Integral

Gabriela dos Santos Ribeiro – Gestão das Informações

Kellen Silva Senra Nunes – Programa Escola Aberta e Referência Pedagógica

Kely Rose Freitas Ferreira – Referência SRE e Polo FUCAM

Leidiane Ferreira Marcelino de Souza – Referência Programa Saúde na Escola

Leônidas Pereira de Araújo – Referência Recursos Financeiros e Prestação de Contas

Leonora Batista Campos – Referência SRE e Polo FUCAM

Lucas Evencio Soares Dutra – Referência de Gestão

Luciana Alves de Melo – Referência Programa Escola Aberta

Marcelo Ferreira de Castro – Referência Projetos Especiais

Nilce Aparecida de Oliveira Moreira – Referência SRE e Polos FHA e FUCAM

Rosa de Fátima Garcia Campos – Referência Programa Escola Aberta

Rutinéia Correa Campos – Referência de Atendimento Geral

Sandra Marques Moreira – Projeto MidiAção

Silvana Araújo Amaral da Silva Garofalo – Referência Recursos Financeiros e

acompanhamento de Projetos Especiais

Silvana Célia de Campos – Programa Saúde na Escola

Silvia Gracia Oliveira de Souza – Referência SRE

Tânia Elias Gandra – Referência Programa Escola Aberta

Obs: Contribuição também dos ex-membros Alan Oziel e Dayse Canesso

3

Sumário

1. Introdução ...................................................................................................................... 4

1.1 Dados da Educação Integral e Integrada ................................................................. 6

1.2 Da Estruturação da Política ..................................................................................... 9

1.3 Da Seleção dos Educandos ................................................................................... 10

2 Proposta Educativa ...................................................................................................... 11

2.1 Planejamento Coletivo ............................................................................................... 11

2.2 Participação dos Estudantes no Planejamento das Atividades ............................. 12

2.3 Mapeamento dos Espaços com Potencial Educativo ............................................ 12

2.4 Articulação com o Currículo Básico ..................................................................... 14

2.5 Articulação com a Comunidade ............................................................................ 14

2.6 Articulação com a Família .................................................................................... 15

2.7 Articulação com a Rede de Proteção Social ......................................................... 15

3. Do Quadro de Educadores da Educação Integral ..................................................... 17

4. Frequência Escolar ...................................................................................................... 22

5. Registro das Informações ............................................................................................ 23

5.1 SIMADE ............................................................................................................... 23

5.2 Atividades e Práticas Significativas ...................................................................... 25

6. Financiamento do Programa de Educação Integral e Integrada .................................... 26

7. Do Papel das Superintendências ................................................................................... 33

8. Conclusão .................................................................................................................... 35

9. Referências Bibliográficas ........................................................................................... 37

ANEXO I ............................................................................................................................. 39

4

1. Introdução

Este documento tem por objetivo orientar as Superintendências Regionais de Ensino –

SREs e as escolas da rede estadual de ensino de Minas Gerais no desenvolvimento da

Política Estadual de Educação Integral e Integrada. O Estado de Minas Gerais, por meio

da sua Secretaria de Educação – SEE-MG procura ampliar e qualificar a oferta da educação

integral na rede estadual de educação. Este trabalho é resultado de um esforço coletivo,

que envolve a participação de educadores, diretores escolares, estudantes, pais,

funcionários das escolas e servidores dos órgãos regionais e central da SEE-MG.

Promover o desenvolvimento integral significa que, além da aquisição de conhecimentos

formais, o processo educativo deve garantir o desenvolvimento do corpo, da sociabilidade,

das emoções e das diferentes linguagens. O que assegura aos estudantes um tempo

qualificado de vivência cultural é um currículo capaz de integrar, além da dimensão

cognitiva, também as dimensões afetiva, ética, estética, cultural, social e política.

Assim, aprender a se alimentar e a cuidar de seu corpo, bem como compreender e respeitar

a diversidade são partes tão importantes quanto aprender a ler ou a contar. Aprender

a circular na cidade de forma autônoma e acessar os diferentes espaços, para além dos

muros da escola, também faz parte da aprendizagem.

A escola de educação integral e em tempo integral tem raízes no legado de diferentes

movimentos teóricos e políticos que buscaram respostas à lacuna entre direitos

preconizados e sua realização.1 Atualmente, há um conjunto de dispositivos legais que

amparam a realização dessa Educação.

Um dos primeiros marcos legais da Educação Integral, no âmbito nacional, foi a Constituição

Federal de 1988. O artigo 205 da Carta Magna destaca a educação como um direito humano,

dever do Estado e da família, promovido e incentivado pela sociedade. Ressalta também sua

importância para o pleno desenvolvimento da pessoa humana e seu exercício para a

cidadania e o trabalho. Em seguida, no artigo 206, a Lei Maior destaca os princípios da

1 Disponível em: (http://emaberto.inep.gov.br/index.php/em aberto). Acesso em 15 de março de 2016.

5

educação no país. Dentre estes, a igualdade, liberdade do processo de construção do

conhecimento, a gestão democrática dos estabelecimentos de ensino e a qualidade do ensino

ofertado são princípios básicos também da educação integral. Ainda na Constituição, seu

Artigo 227 retrata no caput:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao

adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,

à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,

além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,

exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação da Emenda

Constitucional nº 65, de 2010).

Posteriormente, em 1990, a Lei nº 9.089, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente, contribuiu também para o debate da educação integral, retomando a questão

da importância de uma educação que vise ao pleno desenvolvimento do indivíduo e seu

preparo para a cidadania e o trabalho.

O tema da educação integral renasce também sob inspiração da Lei nº 9.394/1996, que

prevê o aumento progressivo da jornada escolar para o regime de tempo integral (art. 34 e

87, § 5º), reconhece e valoriza as iniciativas de instituições que desenvolvem, como

parceiras da escola, experiências extraescolares (art. 3°, X).

A previsão disposta no artigo 34 – de ampliação da permanência da criança na escola, com

a progressiva extensão do horário escolar – gera para os pais a obrigatoriedade de matricular

e zelar pela frequência dos filhos nas atividades previstas.

O Programa Mais Educação, instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007, que integra

as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação-PDE, é também uma estratégia do

Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na

perspectiva da educação integral.

O arcabouço legal do Programa Mais Educação se consolidou com o Decreto nº 7.083, de

27 de janeiro de 2010. A Portaria Normativa MEC Nº 20, de 6 de outubro de 2011, instituiu

Grupo de Trabalho para definição de diretrizes para a construção, ampliação e adaptações

de escolas de tempo integral.

6

Antes do Programa Mais Educação, o primeiro Plano Nacional de Educação - PNE (2001-

2010) desde a redemocratização colocou como uma de suas metas no ensino fundamental a

previsão de um modelo de ensino integral para esta modalidade de ensino. O intuito era

universalizar o ensino e diminuir as taxas de retenção. As escolas de tempo integral do PNE

2001-2010 deveriam ser destinadas especialmente às crianças de família com baixa renda.

O PNE previa também a ampliação da jornada escolar para sete horas diárias.

Por fim, o PNE 2014-2024 avançou ao estipular uma meta mínima para a oferta da educação

integral: “oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)

das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos

(as) alunos (as) da educação básica”. Esta é também a referencia da Política de Educação

Integral e Integrada de Minas Gerais.

Entre as possibilidades de atendimento dessa meta, podemos citar o § 1º do Decreto

nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010, que dispõe sobre o Programa Mais Educação e define

Educação em Tempo Integral como a jornada escolar com duração igual ou superior a sete

horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno

permanece na escola ou em atividades escolares em outros espaços educacionais.

1.1 Dados da Educação Integral e Integrada

Somente no ano de 2016, 633, de 2072 escolas, foram atendidas exclusivamente com

recursos do Governo Estadual, uma vez que não aderiram ao Programa Mais Educação em

2014. Isso demonstra o significativo grau de participação do Estado na concretização da

Política de Educação Integral e Integrada. Além dos avanços numa concepção pedagógica

diferenciada, ampliando as perspectivas educacionais, é importante que haja ampliação dos

estudantes e escolas atendidos. Os dados abaixo apresentam um esboço do avanço da política

nos últimos anos.

O Gráfico 1 apresenta o quantitativo de estudantes matriculados na Educação Integral entre

os anos de 2013 e 2016. Como pode ser observado, há um aumento gradativo de estudantes

entre os anos de 2014 e 2016. Este aumento, ainda que significativo, 45%, ainda não

possibilita a concretização da educação como um direito educativo, como estabelecem a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Plano Nacional de Educação.

7

Gráfico 1 - Quantitativo de Estudantes na Educação Integral – 2013-2016

Fonte: SIMADE

Segundo a Meta 6 do PNE, até 2024, as redes estaduais e municipais devem ofertar Educação

Integral para pelo menos 25% dos estudantes e ter no mínimo 50% de suas escolas com pelo

menos 01 (um) estudante matriculado em atividades de Educação Integral. Assim, se

observada relação entre a proporção de estudantes na Educação Integral do estado e o

quantitativo de estudantes da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais, segundo o Censo

da Educação Básica de 2015, o percentual é próximo de 8%. Menos de um terço daquele

estipulado no Plano.

Quando se analisa o quadro de escolas da rede estadual de educação que ofertam Educação

Integral para pelo menos 01 (um) estudante, o diagnóstico é satisfatório.

8

Gráfico 2 – Quantitativo de Escolas Estaduais que ofertam Educação Integral – 2007-

2016

Fonte: SIMADE

Considerando que, no ano de 2016, segundo dados do SIMADE, há 3665 escolas estaduais

em Minas Gerais. Destas, 2072 ofertam Educação Integral, obtendo-se um percentual de

57% das escolas. Assim, já em 2016 o Estado de Minas Gerais cumpriu a Meta 6 do PNE

no que tange ao quantitativo de escolas com Educação Integral.

Essas construções apontam para duas importantes análises a respeito da Educação Integral

no Estado. A primeira consiste na compreensão de que o número de estudantes na Educação

Integral nas escolas é baixo. A segunda, decorrente da primeira, configura-se na

complexidade de se construir uma política de educação integral como conceito, como cultura

educativa, a partir de percentuais pouco significativos de estudantes participantes nas

escolas. O quadro abaixo apresenta essa relação.

841

17331837 1801 1785

1700

18741768 1718

2.072

0

500

1000

1500

2000

2500

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

9

Quadro 1 – Percentual de estudantes na Educação Integral nas escolas - 2016

Nº %

Até 15% dos Estudantes 1044 52,4%

De 15,1% a 25% dos Estudantes 381 19,1%

De 25,1% a 50% dos Estudantes 388 19,5%

De 50,1% a 75% dos Estudantes 129 6,5%

De 75,1% a 100% dos

Estudantes 49 2,5%

Fonte: SIMADE e CENSO

A maior parte das escolas, 52,4%, possui até 15% dos seus estudantes na Educação Integral.

Apenas 49 (quarenta e nove) apresentam quadros de estudante superiores a 75%. Assim, a

construção de escolas totalmente integrais é ainda um desafio, considerando a amplitude da

Rede Estadual, o desenvolvimento ainda inicial da Educação Integral como perspectiva

educativa, as debilidades em termos de infraestrutura e recursos e a institucionalização da

Política de Educação Integral e Integrada.

Nesse sentido, a Política Estadual de Educação Integral e Integrada deve atuar frente a quatro

perspectivas: as duas primeiras consistem nas metas do Plano Nacional de Educação, que

colocam percentuais mínimos de escolas e estudantes na Educação Integral. A terceira

consiste na ampliação do percentual de estudantes matriculados na Educação Integral frente

o total de estudantes da escola. Este é um fator importante, pois amplia os horizontes

quantitativos e qualitativos da política. O maior percentual de estudantes na Educação

Integral potencializa o funcionamento da escola, na sua integralidade, a partir da perspectiva

da Política de Educação Integral e Integrada. Por fim, a quarta perspectiva a ser analisada se

constitui na concretização dos saberes e diretrizes pedagógicas e educativas de uma

educação popular e cidadã no dia a dia das escolas.

1.2 Da Estruturação da Política

A Política Estadual de Educação Integral e Integrada constrói-se a partir do

desenvolvimento de atividades em 10 macrocampos temáticos, os quais subdividem-se em

diversas atividades. Os macrocampos são áreas de trabalho pedagógico a partir de diversas

10

perspectivas, na área de cultura, esporte e lazer, iniciação científica, direitos humanos,

educação ambiental, comunidades tradicionais, comunicação e uso de mídias, saúde e

acompanhamento pedagógico, sendo este obrigatório para o desenvolvimento das

atividades. Essa estruturação é baseada nos macrocampos e atividades do Programa Mais

Educação, do governo federal.

As escolas têm autonomia para escolher quais macrocampos e atividades deseja oferecer,

lembrando que é de suma importância a participação coletiva e integrada na escolha das

atividades.

O ANEXO I deste documento apresenta uma descrição mais detalhada dos macrocampos,

bem como ementa dos mesmos.

1.3 Da Seleção dos Educandos

Baseando-se também na perspectiva do Programa Mais Educação, a SEE-MG estimula a

adoção dos seguintes critérios para a definição do público participantes da Política Estadual

de Educação Integral e Integrada:

Estudantes que estão em situação de risco, vulnerabilidade social e sem assistência;

Estudantes de famílias beneficiárias no Programa Bolsa Família

Estudantes que estimulam seus colegas – incentivadores e líderes positivos

Estudantes em defasagem série/idade;

O objetivo destes critérios é reduzir a desigualdade educacional a partir da ampliação da

jornada escolar e da oferta de conteúdos diversificados, integrados aos currículos básicos.

Cabe lembrar que a educação integral deve ser trabalhada como uma perspectiva para todos

(as) nossos (as) educandos (as), sem discriminação, e que todos aqueles que desejem

participar das atividades devam ter direito às mesmas. Sabemos das nossas limitações

financeiras e estruturais, portanto, solicitamos que as escolas procurem as SREs e estas a

SEE-MG para tentar viabilizar essa ampliação.

11

2 Proposta Educativa

A educação integral deve ser trabalhada como uma perspectiva educativa, inerente ao

funcionamento da escola. É importante que as escolas ofertantes da Política se esforcem para

integralizá-la ao Projeto Político Pedagógico - PPP e constituí-la como parte de sua estrutura.

Sabemos que a mudança cultural não é instantânea, mas a concentração de esforços alavanca

os avanços na oferta de uma educação integral de qualidade e popular.

Nesse sentido, algumas linhas de ação são propostas para potencializar o fazer educativo

durante todo o funcionamento da escola.

2.1 Planejamento Coletivo

O planejamento coletivo é o momento de alinhamento entre as propostas de trabalho dos

educadores com o Projeto Político Pedagógico das escolas e as demandas e oportunidades

apresentadas pelos estudantes e pela comunidade escolar. A articulação poderá ocorrer de

formas variadas, tais como:

Ações conjuntas entre 2 ou mais oficinas em ações pontuais (atividades externas,

elaboração de trabalhos – coreografia, esquetes teatrais, pinturas/graffiti, etc);

Desenvolvimento de projetos de curta ou média duração;

Ações desenvolvidas por cada oficina, porém com foco em uma situação comum

(bullying, intolerância, desenvolvimento da escrita e leitura) pertinente à realidade

que se apresenta no polo quanto aos seus estudantes e território;

Articulação com instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de

parcerias.

Como: O encontro deverá ocorrer mensalmente conforme cronograma definido pela

direção da escola ou Comitê Gestor dos Polos de Educação Integral, em comum acordo com

os professores. As ações propostas carecem de observar o PPP da escola, o interesse dos

estudantes e a intersetorialidade da educação integral e dos conteúdos ministrados. Cabe

lembrar que é importante considerar a viabilidade econômica e administrativa para a

realização das ações. Porém, estas não podem ser vistas como impeditivos pretéritos para o

desenvolvimento das atividades.

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Quem: Esta linha de ação deverá ser gestada pelo professor coordenador/especialista com a

participação dos professores de todas as oficinas, direção e, no caso dos Polos, membros do

Comitê Gestor.

O cronograma dos dias de planejamento coletivo deverá ser informado à SRE/SEE-MG em

até um mês após o início das atividades. O envio deverá ser por meio virtual, através do e-

mail da Superintendência Regional na qual a escola se encontra vinculada.

2.2 Participação dos Estudantes no Planejamento das Atividades

Ter o estudante no centro das ações educativas é condição primeira para o desenvolvimento

da Educação Integral. Para aprimorar tal processo, o envolvimento dos estudantes nos

planejamentos dos percursos de cada oficina é uma necessidade.

Como: Esta ação poderá ocorrer quinzenalmente, mensalmente ou ao final de alguma

produção, por meio da realização de rodas de conversas com os participantes de cada oficina.

É importante lembrar que estes momentos deverão ser educativos e dialógicos, não se

limitando a perguntas, resposta e escolhas por opções definidas unilateralmente. Esta linha

de ação destina-se à avaliação do andamento das ações e construção de novas possibilidades

(atividades, temáticas, produções, materiais, etc) a partir dos interesses e necessidades dos

educandos.

Em atividades de planejamento com os estudantes é possível desenvolver habilidades de

comunicação, escrita, organização, trabalho em grupo, liderança e pró-atividade.

Atenção: Esta ação deverá subsidiar o planejamento coletivo.

Quem: Este trabalho deverá ser desenvolvido pelos (as) professores (as) de cada uma das

oficinas em conjunto com os estudantes.

2.3 Mapeamento dos Espaços com Potencial Educativo

A utilização de espaços fora da escola é primordial para o desenvolvimento da Educação

Integral, tanto no que diz respeito à ampliação dos espaços de ensino e aprendizagem quanto

no auxílio à superação das dificuldades de infraestrutura. A expansão do espaço escolar para

além dos muros da escola e a inclusão de novos atores no processo educativo são etapas

fundamentais para a concretização de uma educação integral de qualidade.

13

É necessário ocupar outros espaços da cidade, potencializando o uso dos equipamentos e

espaços públicos, estimulando a articulação de políticas públicas para garantia de direitos,

como o direito ao esporte, à saúde e à cultura. A realização de ações fora da escola permite

o aprendizado ao circular pelo território dando novos significados aos tempos e espaços nele

contido, ou seja, é apostar na educação na cidade, para cidade, aprendendo com ela e a

transformando em espaço de aprendizagem para todos os seus habitantes.

Neste sentido, orientamos que as escolas e Polos façam a cartografia do seu entorno,

identificando praças, quadras, centros culturais, museus, teatros, cinema, grupos culturais

(de teatro, dança, guarda de congados, entre outros) fazendas, comunidades tradicionais e

demais espaços e sujeitos que possam contribuir com a realização das ações de Educação

Integral.

Como: A cartografia deverá ser uma ação educativa a ser desenvolvida com estudantes

e professores e não uma tarefa burocrática realizada por um funcionário da escola ou do

Polo de Educação Integral.

Os docentes deverão levantar com os estudantes quais lugares com potencial educativo

existem no entorno da escola e/ou do Polo. Com intuito de reconhecer e ativar as

potencialidades educativas nesse território, o desafio que se coloca é pensar em como

acessar, conhecer, utilizar e significar os espaços. Pensar como os estudantes e a comunidade

se relacionam, aprendem e culturalizam o território.

A cartografia possibilitará a visualização do território no qual a escola e Polo estão inseridos

e deverá possibilitar a construção de ações e atividades com os elementos identificados. Por

exemplo: praças e quadras podem ser utilizadas para apresentação, ensaios, atividades de

leituras, esporte e lazer e seus canteiros podem receber uma horta ou jardim comunitário;

salas de teatro, museus e centros culturais podem compor um percurso de atividades

temáticas. São várias as possibilidades de ações e por isso orientamos que pelo menos uma

vez ao mês se realize uma atividade externa aproveitando as potencialidades do território.

Importante destacar que a cartografia não se destina somente às ações de educação integral,

mas a toda a escola, podendo ser utilizada pelos professores do Ensino Regular.

Orientações específicas sobre a cartografia serão enviadas posteriormente às SREs e escolas.

14

Quem: Toda a comunidade escolar (Pais, alunos, professores, funcionários, entre outros).

2.4 Articulação com o Currículo Básico

A Educação Integral é uma ação da escola como um todo e não somente um “projeto

específico” desenvolvido paralelamente ao ensino regular. O que se passa nos conteúdos

curriculares pode e deve ser articulado com a educação integral integrada e vice-versa. Desta

forma, a escola deverá elaborar atividades estratégicas com a finalidade de aproximar as

matrizes curriculares básicas às atividades e a perspectiva da educação integral.

Como: As ações estratégicas poderão ser concebidas nos encontros de planejamento

coletivo. São várias as possibilidades de aproximação, conforme exemplificado abaixo:

Divulgação da programação das ações da Educação Integral no mural de informações

nas salas de professores das escolas participantes;

Promoção de atividades conjuntas entre Ensino Regular e Educação Integral;

Formação na perspectiva da Educação Integral para professores que atuam somente

no Ensino Regular;

Participação dos professores da Educação Integral no conselho de classe;

Abertura dos espaços e das aulas da Educação Integral para acolhimento de

atividades desenvolvidas pelos professores do Ensino Regular;

Utilização do conteúdo ministrado nas aulas do Ensino Regular nas atividades de

educação integral, integrando os dois.

Quem: O professor-coordenador e especialista das escolas participantes com apoio do

Diretor ou Comitê Gestor, bem como os próprios professores, são responsáveis pela

elaboração/execução das ações estratégicas de aproximação.

Atenção: É de fundamental importância que as ações estratégicas de aproximação não sejam

ações pontuais, mas que se estendam ao longo do ano em atividades variadas.

2.5 Articulação com a Comunidade

A relação entre escola e comunidade é um pressuposto da concepção de Educação Integral,

o qual entende a cidade como um amplo espaço educativo com vários lugares e sujeitos.

Sendo assim, a escola deve construir estratégicas a fim de envolver a comunidade no

15

planejamento e na execução de ações, buscando resultados que contribuam na relação

escola-comunidade. O Programa Escola Aberta é parte da Política Estadual de Educação

Integral e Integrada e tem como base a relação escola-comunidade. As escolas podem aderir

ao mesmo, recebendo auxílio financeiro para o desenvolvimento de atividades. Serão

enviadas posteriormente orientações sobre o funcionamento do Programa e sua adesão.

A realização de atividades de educação integral durante a semana e aos finais de semana

fortalece o aspecto institucional e cultural da política, além de ampliar os laços entre a escola

e comunidade e desenvolver o território na qual elas se encontram.

2.6 Articulação com a Família

Envolver a família na educação integral é imprescindível para o processo educativo dos

estudantes, pois assegura que as ações promovidas pela escola alcancem maior

desenvolvimento. Para tanto, as escolas devem estimular as famílias a participarem de todo

o processo educacional.

Como: As escolas e os Polos de Educação Integral deverão elaborar uma agenda mensal ou

bimestral de ações com as famílias dos estudantes em conformidade com o calendário

escolar. Pode-se organizar exposições, saraus e mostras para socialização das produções dos

estudantes; reunião de pais/responsáveis; experimentação, pelos pais, das oficinas

desenvolvidas com os estudantes, dentre outros.

Quem: Esta tarefa caberá ao diretor, professor-coordenador/especialista, família e Comitê

Gestor do Polo (Caso se trate de um Polo de Educação Integral).

A participação das famílias no âmbito escolar contribui para uma educação de qualidade nas

escolas, visto que a atuação familiar no processo educativo aproxima a escola da realidade

dos alunos e permite que sejam conduzidas ações educativas que considerem o contexto

social dos educandos.

2.7 Articulação com a Rede de Proteção Social

A educação integral é uma tarefa que demanda a participação das diversas secretarias e

autarquias do poder público. Frente a isso, é fundamental a realização de parcerias com as

Secretarias Municipais de Assistência Social, Saúde, Esporte, Cultura, entre outras.

16

Vale lembrar que as parcerias com as instituições privadas e do terceiro setor também

contribuem para o desenvolvimento de uma política de educação integral de qualidade.

Como: Por meio de parcerias com Centro de Saúde, CRAS, CREAS e Centros de

Convivência Intergeracional, Bibliotecas Públicas, Cinemas, Clubes, entre outros.

Quem: SRE e SEE-MG.

17

3. Do Quadro de Educadores da Educação Integral

A construção do saber educativo é permeada pela relação estudante-professor. Relação esta

baseada na horizontalidade e na construção conjunta de saberes. Sendo assim, o educador é

o agente responsável pelo estímulo e pela orientação do processo de ensino-aprendizagem.

Ele deve ter perfil próprio, que possibilite uma atuação mais dinâmica e que represente as

demandas da comunidade escolar e dos estudantes.

Nesse sentido, compõe o quadro de profissionais da educação integral:

a. Direção Escolar;

b. Especialista de Educação Básica;

c. Professores: Professor Orientador de Estudo e Professor de Oficinas;

d. Professor Coordenador - para escolas com 4 (quatro) ou mais turmas em

funcionamento no SIMADE;

e. Auxiliar de Serviço de Educação Básica - ASB;

f. Demais profissionais da escola.

As escolas estaduais que ofertarem a Educação Integral e Integrada deverão ter atenção na

Resolução vigente da SEE/MG para a composição do quadro de pessoal, cumprindo todos

os procedimentos.

Após a escola verificar e organizar seu quadro de pessoal com servidores efetivos, se não

completá-lo, deverá se orientar pela Resolução vigente referente ao processo de designação.

Faz-se necessário destacar que os professores, tanto de “Orientação de Estudos”, quanto os

professores de “Oficinas”, poderão assumir mais de uma atividade e/ou oficina. Trabalhar

oficinas diversificadas requer do professor um amplo conhecimento não só dos

macrocampos e suas atividades, mas também da realidade do território que a escola está

inserida. Desta forma, a direção escolar deverá orientar os professores para que estas

oficinas atendam as expectativas dos estudantes e contribua para a sua formação enquanto

cidadão.

As escolas estaduais que desenvolvem suas atividades de Educação Integral e Integrada em

espaços fora da escola, como por exemplo, nos Polos, deverão seguir rigorosamente todo o

18

processo de inserção de dados no SIMADE. Sendo que não serão repassados recursos

financeiros e não será autorizado o processo de designação de professores se os dados não

estiverem registrados. O Polo que recebe a escola estadual não é o responsável pelo

registro dos estudantes na Educação Integral, e sim a escola de origem.

Composição e Organização do Quadro de Pessoal

Dos Cargos/Funções, Perfis e Atribuições

Todos os profissionais envolvidos na Educação Integral e Integrada devem ter um perfil de

(i) receptividade, (ii) dinamismo, (iii) abertos para o desenvolvimento de relações

interpessoais e profissionais que favoreçam o trabalho coletivo com toda a equipe da escola,

(iv) facilidade para produzir textos e elaborar relatórios, (v) criativo e (vi) disponível para

conhecer a comunidade na qual estará atuando.

A equipe responsável pela Educação Integral e Integrada da escola deverá dar atenção à

indissociabilidade do educar/cuidando ou do cuidar/educando, que incluem acolher, garantir

segurança e alimentar a curiosidade, a ludicidade e a expressividade das crianças, dos

adolescentes e dos jovens, reafirmando os três princípios:

Éticos – no sentido de combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceitos

e discriminação;

Políticos – defendendo o reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania;

Estéticos – valorizando as diferentes manifestações culturais, especialmente as da

cultura brasileira e a construção de identidades plurais e solidárias.

Do Professor Coordenador: deverá ser escolhido pela direção da escola e pelo Colegiado

Escolar dentre os professores e ou Especialistas da Educação Básica que atuam no projeto.

Responsável em coordenar as Ações de Educação Integral e Integrada na escola.

Perfil necessário: ter dinamismo, receptividade e disponibilidade para conhecer a escola,

bem como a comunidade escolar e de seu entorno; possuir e se dispor a construir boas

relações interpessoais com toda a equipe da escola e ter disponibilidade para formação

profissional.

19

A escola que desenvolve atividades com 4 (quatro) ou mais turmas de Educação Integral

no mesmo turno terá um professor comunitário/coordenador com carga horária de 24 (vinte

e quatro) horas, conforme o art. 8º da Resolução SEE Nº 3.205, de 27 de dezembro de 2016,

respeitando as disposições da Lei Nº 20.592, de 28 de dezembro de 2012, que trata da

carga horária semanal de trabalho do professor de Educação Básica, que corresponde à 24

horas. Como o professor coordenador não estará em cargo de docência de turma, e sim

fora da regência, deverá cumprir a carga horária integralmente.

Atribuições:

Dedicar-se na organização e no planejamento das ações da Educação Integral e

Integrada;

Auxiliar os professores na elaboração e no desenvolvimento das atividades

educativas;

Planejar, realizar e participar das reuniões com os professores e pais/responsáveis

dos estudantes;

Articular visitas aos espaços externos da escola, focando em uma perspectiva

territorial e cartográfica da comunidade que a escola está inserida;

Promover integração entre o ensino regular e as ações de Educação Integral e

Integrada;

Elaborar relatórios e atender as demandas da escola no que tange à Educação Integral

e Integrada;

Atender as demandas da SRE e da SEE/MG, no que tange à Educação Integral e

Integrada.

Do Professor Orientador de Estudos

Responsável em ministrar as aulas de Orientação de Estudos.

Perfil necessário: ter dinamismo e criatividade, desenvolvendo atividades diferenciadas

com metodologias direcionadas à formação integral do estudante, focando no seu

desempenho cognitivo, ético, político e estético.

20

Atribuições:

Diagnosticar as necessidades dos estudantes, tanto atitudinais quanto cognitivas, que

serão atendidos na Educação Integral e Integrada;

Elaborar e desenvolver o planejamento conforme diagnóstico da turma/estudantes,

contemplando discussão com os professores do ensino regular;

Apresentar e discutir com o Coordenador da Educação Integral e Integrada da escola

as demandas de dificuldades de sua turma/estudantes e traçar estratégias junto com os

professores do ensino regular para sanar suas dificuldades e deficiências;

Elaborar relatórios para a Coordenação da Educação Integral e Integrada da escola

para análise, verificação e tomada de providências, se necessário;

Atender as demandas da escola, da SRE e da SEE/MG, no que tange à Educação

Integral e Integrada.

Do professor de Oficinas

Responsável em ministrar as oficinas e atividades dos macrocampos, conforme escolha da

escola.

A forma de recrutamento do professor Regente de Aula para as oficinas de Educação

Integral e Integrada deverá ser conforme o art. 4° da Resolução SEE Nº 2.749, de 1º de

abril de 2015. É importante lembrar que quando se trata de designação, a escola deverá

verificar os dispositivos da Resolução SEE Nº 3.205, de 27 de dezembro de 2016.

Perfil necessário: ter dinamismo e criatividade, desenvolvendo atividades diferenciadas

com metodologias direcionadas à formação integral do estudante, focando no seu

desempenho cognitivo, ético, político e estético; elaborando suas atividades com foco nos

objetivos do macrocampo em que está responsável.

Atribuições:

Diagnosticar as necessidades dos estudantes, tanto atitudinais quanto cognitivas, que

serão atendidos na Educação Integral e Integrada;

Elaborar e desenvolver o planejamento conforme diagnóstico da turma/estudantes,

contemplando discussão com os professores do ensino regular;

21

Apresentar e discutir com o Coordenador da Educação Integral e Integrada da escola

as demandas e dificuldades de sua turma/estudantes e traçar estratégias junto aos

professores do ensino regular para sanar suas dificuldades e deficiências;

Elaborar projetos e atividades com foco no desenvolvimento do macrocampo

selecionado pela comunidade escolar, atendendo a perspectiva da formação humana e

atitudinal do estudante;

Trabalhar em processos colaborativos e orientar o processo criativo dos alunos;

Participar de reuniões de planejamento e realizar atividades extracurriculares no

ambiente escolar e/ou fora da escola;

Elaborar relatórios para a Coordenação da Educação Integral e Integrada da escola

para análise e verificação e tomada de providências, se necessário;

Atender as demandas da escola, da SRE e da SEE/MG, no que tange à Educação

Integral e Integrada.

Do Auxiliar de Serviços Básicos (ASB)

Perfil necessário: ser zeloso no trato com os estudantes e a comunidade escolar, ter cuidado

com o material utilizado no preparo dos alimentos e saber preparar o almoço e as refeições

complementares.

Atribuições:

Receber os gêneros destinados às merendas e refeições complementares e armazená-

los adequadamente, conforme recomendações técnicas;

Respeitar o preparo dos cardápios estipulados, seguindo, dentro do possível, as

quantidades sugeridas. Manter limpos os locais de despensa, cozinha e refeitório e

demais espaços utilizados pela Educação Integral;

Estar presente no horário de almoço para dar suporte e incentivar os alunos durante

a refeição e comparecer a todas as reuniões e cursos de aperfeiçoamento, quando

convocados.

22

4. Frequência Escolar

A frequência na Educação Integral seguirá a normativa estabelecida pela Resolução SEE nº

2.197, de 26 de outubro de 2012 nos seus Art. 22 e Art.23:

Art. 22 O controle de frequência diária dos alunos é de responsabilidade do professor,

que deverá comunicar à direção da Escola eventuais faltas consecutivas, para as

providências cabíveis.

§ 1º O estabelecimento de ensino, após apurar a frequência do aluno e constatar uma

ausência superior a 05 (cinco) dias letivos consecutivos ou 10(dez) dias alternados

no mês, deve entrar em contato, por escrito, com a família ou o responsável pelo

aluno faltoso, com vistas a promover o seu imediato retorno às aulas e a regularização

da frequência escolar.

§ 2º O dirigente do estabelecimento de ensino remeterá ao Conselho Tutelar, ao Juiz

Competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a

relação nominal dos alunos cujo número de faltas atingir 15(quinze) dias letivos

consecutivos ou alternados e, também, ao órgão competente, no caso de aluno cuja

família é beneficiada por programas de assistência vinculados à frequência escolar.

Art. 23 O descumprimento, pela Escola, dos dispositivos que obrigam a comunicação

da infrequência e da evasão escolar à família, ao responsável e às autoridades

competentes, implicará responsabilização administrativa à direção do

estabelecimento de ensino.

Cabe ressaltar que o cumprimento dos dispositivos acima mencionados são cabíveis ao

Ensino Regular e também ao funcionamento da Educação Integral e de responsabilidade da

escola.

Lembramos que a inassiduidade do estudante inviabiliza a oportunidade de outros para

atendimento na Educação Integral.

23

5. Registro das Informações

É de suma importância para a concretização de uma Política de Educação Integral e Integrada

de qualidade que a gestão das informações e o bom uso dos dados públicos sejam feitos da

maneira correta e visando a continuidade e ampliação dos ganhos educacionais auferidos.

Assim, orientamos as escolas e as Superintendências Regionais de Ensino a sistematizarem

os dados ligados à Política Estadual de Educação Integral e Integrada. O principal sistema

da Secretaria de Estado de Educação é o SIMADE, portanto, a base de consulta e gestão das

informações da Política se dará pelo mesmo. O uso indevido ou descuidado do sistema, não

atentando a realidade existente, bem como às orientações ora postas, acarretará na má

utilização dos recursos públicos e na ineficiência na oferta de uma educação de qualidade

para nossos estudantes. Além do preenchimento correto do SIMADE, faz-se necessário que

as escolas e as SRE se comprometam em monitorar, continuamente, as atividades e ações

realizadas no âmbito da educação integral, perpassando todos os pontos inseridos na Política

– quantitativo de estudantes, turmas, atividades desenvolvidas e profissionais atuantes.

5.1 SIMADE

A Coordenação das Ações de Educação Integral e Integrada preza pelo correto

preenchimento dos dados das turmas de Educação Integral no SIMADE. Seguem abaixo

algumas orientações que estão contempladas no Passo a Passo da Educação Integral versão

Fevereiro/2017:

As turmas de Educação Integral terão etapas definidas no sistema, podendo conter:

1. Alunos do 1º ao 5º ANO;

2. Alunos do 6º ao 9º ANO.

As atividades são agrupadas por macrocampos. Elas podem ser alteradas dentro do

mesmo macrocampo após o início das atividades, no entanto, não recomendamos

tal alteração;

Após a definição dos macrocampos e submetida a turma para aprovação, não será

possível a substituição, inclusão ou exclusão de macrocampos;

24

As escolas deverão ofertar atividades de no mínimo UM macrocampo e no máximo

CINCO;

O macrocampo ‘Acompanhamento Pedagógico’ é OBRIGATÓRIO;

A escola deve certificar quais atividades serão ofertadas em cada macrocampo. Uma

vez selecionado e a turma aprovada (pela SRE ou pela SEE, quando for o caso), não

será possível alterar, excluir ou incluir macrocampos.

As escolas poderão registrar no sistema uma das três opções de “Local de

Funcionamento”, onde as atividades de Educação Integral são ofertadas:

1. Mesmo Local: turmas que ofertam ativades de Educação Integral na própria escola;

2. Polo: turmas que ofertam atividades nos Polos de Educação Integral, pré-definidos

pela SEE/MG. Somente as escolas que ofertam atividades de Educação Integral em

“Polos de Educação Integral” conseguirão selecionar a opção “Polo” no sistema e

informar o Polo de funcionamento, ex.: Polo de Educação Integral Buritizeiro

(SEE/FUCAM).

3. Outro Espaço: turmas que ofertam continuamente atividades da Educação Integral

em outro local pré-definido pela escola. Por exemplo: Clube Y, Academia X, Quadra

Poliesportiva W, Sede da Asssociação Cultural J, etc.

O funcionamento das turmas de Educação Integral depende de aprovação pela SRE

e, para as turmas com número de alunos entre o limite mínimo permitido de 10 a 19

alunos, da autorização da SEE.

Quanto a associação de docentes às turmas de Educação Integral: a Coordenação

Geral das Ações de Educação Integral e Integrada recomenda que as escolas

associem docente(s)

às turmas quando todo o quadro de pessoal da mesma estiver completo e definido.

A data de início das ações da turma será a data de associação do(s) docente(s) na

atividade. A partir do momento que a escola associar um docente à turma, a mesma

ficará com o status “Em Atividade”.

Por fim, dúvidas pedagógicas e/ou sistêmicas deverão ser esclarecidas diretamente junto à

Superintendência Regional de Ensino responsável pela escola.

25

5.2 Atividades e Práticas Significativas

As Superintendências Regionais de Ensino deverão enviar, bimestralmente, relatos de

práticas significativas à Coordenação Geral da Política Estadual de Educação Integral e

Integrada, através do e-mail [email protected]. É importante que as

SREs monitorem as atividades desenvolvidas nas escolas, apoiando as mesmas no

desenvolvimento de ações pedagógicas na perspectiva da Política de Educação Integral e

Integrada.

Ao fim de cada semestre, as escolas deverão enviar relatório das atividades desenvolvidas

para a sua respectiva Superintendência. Caberá a esta sistematizar as informações para

produção de relatório de gerenciamento da Política. Esta etapa é de suma importância para

a ampliação e qualificação da oferta da educação integral, uma vez que identificará as

potencialidades e dificuldades no desenvolvimento dessa perspectiva educativa. Serão

enviadas orientações, posteriormente, quanto a esta proposta específica.

26

6. Financiamento do Programa de Educação Integral e Integrada

O financiamento das ações de Educação Integral e Integrada envolve 3 (três) formas de

repasse de recurso (i) recursos do governo federal; (ii) recursos do tesouro estadual e (iii)

outras fontes de recurso. O objetivo da transferência de tais recursos é fortalecer a execução

das ações de Educação Integral e Integrada em Minas Gerais.

Financiamento com Recursos do Governo Federal

O Governo Federal disponibiliza recursos às escolas estaduais para a realização de atividades

de educação integral, principalmente por meio do Programa Mais Educação, nas suas

diversas versões.

Em conformidade com o Manual Operacional de Educação Integral de 2014, do Ministério

de Educação, a edição de 2014 do Programa Mais Educação apoiava financeiramente as

escolas estaduais da nossa rede que possuíam estudantes matriculados no Ensino

Fundamental. Tanto as escolas que já haviam aderido em anos anteriores como as que

desejavam aderir pela primeira vez fizeram a adesão para o ano de 2014.

“O montante de recursos destinados a cada escola será repassado por intermédio

do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE/Educação Integral, em conta

bancária específica, aberta pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

- FNDE, no banco e agência indicado no cadastro da entidade no sistema

PDDEweb, em nome da Unidade Executora Própria (UEx) representativa da

unidade escolar.” (BRASIL, 2014a, p. 19).

Para a implementação do Programa Mais Educação, edição 2014, os recursos transferidos

até 2016 às nossas escolas estaduais, por meio do PDDE/Educação Integral, foram

destinados às despesas de Custeio e Capital. Ambos foram calculados conforme as atividades

escolhidas e a quantidade de alunos indicados nos planos de atendimento das escolas

cadastrados no PDDE Interativo.

O Custeio envolvia a “aquisição dos materiais pedagógicos necessários às atividades,

conforme os kits sugeridos e a aquisição de outros materiais de consumo e/ou contratação

de serviços necessários ao desenvolvimento das atividades de educação Integral.” (BRASIL,

2014a, p. 20). Por exemplo: as escolas estaduais podiam utilizar tal recurso para contratar

27

ônibus para transportar estudantes a outros espaços da cidade (praças, teatros, cinemas), onde

desenvolveriam atividades de educação integral.

Por outro lado, o recurso de Capital englobava a “aquisição de bens ou materiais, de acordo

com os kits sugeridos, além de outros bens permanentes necessários ao desenvolvimento das

atividades.” (BRASIL, 2014a, p. 20). Neste sentido, caso houvesse a necessidade da escola

estadual adquirir produtos de cozinha e refeitórios tais como mesa, cadeiras, freezer, fogão

industrial, etc. para atendimento aos estudantes inscritos no Programa Mais Educação.

De acordo com a Resolução nº 14, de 9 de junho de 2014, do Ministério da Educação (MEC),

o FNDE contava com o empenho de parceiros das pastas de Educação Básica dos Governos

Estaduais no incentivo às escolas de sua rede de ensino, passíveis de serem beneficiadas com

os recursos, a aderirem ao Programa Mais Educação, edição 2014 e para operacionalizar os

repasses previstos para o Programa.

O repasse de recurso via FNDE, advindo do Programa Mais Educação, foi encerrado. A

partir de 2017 os trâmites de financiamento do Governo Federal seguirão o Programa Novo

Mais Educação. Sendo assim, no final de 2016, o MEC lançou o Programa, que foi criado

pela Portaria MEC nº 1.144/2016 e é regido pela Resolução FNDE nº 5/2016.

É valido destacar que, na indicação de escolas pelas Secretarias de Estado, uma das

prioridades sugeridas pelo MEC na escolha das escolas foi: “escolas que receberam recursos

na conta PDDE Educação Integral entre 2014 e 2016”. As escolas que conseguiram aderir

ao programa em 2016 e forem selecionadas pelo MEC serão contempladas com os recursos

financeiros previstos pelo mesmo.

De acordo com Ofício Circular nº 198/2016, da Coordenação Geral das Ações de Educação

Integral e Integrada, enviado às SRE em outubro, tal financiamento ocorrerá de acordo com

o quantitativo de estudantes e turmas inseridas pela escola no Plano de Atendimento do

sistema PDDE interativo. E “os valores serão transferidos pelo MEC às escolas em duas

parcelas, sendo a primeira de 60% e a segunda de 40%”. (MINAS GERAIS, 2016, p. 3).

Ademais, o Programa Novo Mais Educação fará transferências de recursos destinados à

cobertura de despesas de Custeio, devendo ser aplicadas:

28

1. no ressarcimento de despesas com transporte e alimentação dos

Mediadores da Aprendizagem e Facilitadores responsáveis pelo

desenvolvimento das atividades; e

2. na aquisição de material de consumo e na contratação de serviços

necessários às atividades complementares.” (BRASIL, 2016, p. 12).

Como reforçado no Ofício Circular nº 198/2016 enviado às SREs, os recursos mencionados

no item 1 acima serão destinados a manutenção e custeio das atividades de educação integral

nas escolas da rede estadual.

Financiamento com Recursos do Governo Estadual

A Política Estadual de Educação Integral e Integrada disponibiliza recursos às Caixas

escolares para o desenvolvimento das atividades de educação integral. Os recursos são

disponibilizados de acordo com o número de estudantes registrados pela escola no SIMADE.

De acordo com a disponibilidade orçamentário-financeira do estado, são repassados recursos

da natureza de custeio, capital e alimentação, como será destrinchado mais à frente no

documento.

Para o recebimento dos recursos, a escola, por intermédio da Caixa Escolar, assina um Termo

de Compromisso com a Secretaria de Estado de Educação. O Ministério da Educação

também transfere recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE,

diretamente às Caixas Escolares, uma vez por ano, por meio do Programa Dinheiro Direto

na Escola – PDDE.

Esses recursos podem ser utilizados tanto para a manutenção e custeio quanto para a

aquisição de material permanente. Para receber os recursos, a Caixa Escolar deverá estar

apta, com a documentação constante no art. 2º, do Decreto nº 45.085/2009 e regular com a

prestação de contas.

As fontes de recurso possuem codificação específica, para determinar a origem do recurso

tais como:

Fonte 10 – Recursos Ordinários: Recursos do Tesouro para os quais não existe destinação

específica, sendo passíveis de livre programação e recursos provenientes de 1% da Receita

29

Corrente ordinária do Estado, destinados à FAPEMIG, para sua manutenção, bem como

financiar Projetos de Pesquisa em atendimento ao disposto na Emenda Constitucional nº 17

que dá nova redação ao artigo 212, da Constituição Estadual.

Fonte 21 – Cota Estadual do Salário Educação – Qese: Recursos transferidos pela União,

resultantes da contribuição do Salário-Educação, recolhida na forma da lei pelas empresas,

destinada ao financiamento da educação básica.

Fonte 23 – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb:

Recursos vinculados ao Fundo de Manutenção E Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb resultante da parcela do ICMS, IPVA,

ITCD, com as respectivas multas e dívida ativa e transferência de impostos federais.

Outras Fontes de Recursos

Todas as escolas estaduais em Minas Gerais recebem, através da Secretaria de Estado de

Educação, recursos para sua manutenção e custeio em geral e contratação de pequenos

serviços, garantindo o bom funcionamento da escola. O Programa de Manutenção e Custeio

é universal, ou seja, atende todas as escolas estaduais através de recursos financeiros, que

são automaticamente repassados às unidades escolares através de Termos de Compromisso.

Existem outras fontes de recursos, menos utilizadas em determinados programas, mas que

também garantem a transferência de recursos conforme descrição abaixo:

Fonte 12 – Operações de Crédito Contratuais – SWAP: Recursos provenientes de reembolso

decorrentes de operações de crédito para livre utilização do Estado.

Fonte 24 - Convênios, Acordos e Ajustes provenientes da União e suas entidades: Recursos

provenientes de convênios, acordos e ajustes firmados exclusivamente com a União e suas

entidades.

Fonte 36 – Transferências de Recursos da União Vinculados à Educação: Recursos

transferidos pelo Ministério da Educação, vinculados às ações de educação de acordo com o

especificado no campo de financiamento do Governo Federal.

Fonte 48 – Alienação de Bens do Tesouro Estadual: Recursos provenientes de alienação de

bens e direitos que integram o patrimônio do tesouro estadual. É vedada a sua aplicação para

30

financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência

social, geral e próprio dos servidores públicos. (art. 44 da Lei 101/2000).

Fonte 70 - Convênios, Acordos e Ajustes Provenientes dos Municípios, Estados e

Organizações Particulares: Recursos provenientes de convênios ou acordos firmados por

entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e organizações particulares para

realização de objetivos de interesse comum, excetuando aqueles firmados com a união e suas

entidades.

Legislações que Norteiam a Política de Educação Integral e Integrada

Dentro das legislações que devem ser observadas para a realização das Ações de Educação

Integral, podemos citar em ordem cronológica:

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, LDB - Estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional.

LEI Nº 10.172, DE 9 DE JANEIRO DE 2001 - Aprova o Plano Nacional de

Educação e dá outras providências.

PORTARIA NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº17, DE 24 DE ABRIL DE

2007 - Institui o Programa Mais Educação, que visa fomentar a educação integral de

crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades sócio-educativas no

contraturno escolar.

RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 38, DE 16 DE JULHO DE 2009 - Dispõe sobre o

atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no Programa

Nacional de Alimentação Escolar - PNAE.

LEI Nº 11.947, DE 16 DE JUNHO DE 2009 - Dispõe sobre o atendimento da

alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação

básica; altera as Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de

2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória no

2.17836, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 8.913, de 12 de julho de 1994; e dá

outras providências.

DECRETO Nº 7.083, DE 27 DE JANEIRO DE 2010 - Dispõe sobre o Programa

Mais Educação.

31

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 2 DE MARÇO DE 2011- Estabelece os procedimentos a

serem adotados para aquisição de materiais e bens e contratação de serviços, com os

repasses efetuados à custa do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), pelas

Unidades Executoras Próprias (UEx) e entidades qualificadas como beneficentes de

assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público que ministram

educação especial, denominadas de Entidades Mantenedoras (EM), de que trata o

inciso I, § 2º, do art. 22 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009.

RESOLUÇÃO Nº 10, DE 18 DE ABRIL DE 2013 - Dispõe sobre os critérios de

repasse e execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), em

cumprimento ao disposto na Lei 11.947, de 16 de junho de 2009.

RESOLUÇÃO Nº 34 DE 6 DE SETEMBRO DE 2013 - Destina recursos financeiros,

nos moldes operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola

(PDDE), a escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, para

assegurar que essas realizem atividades de educação integral e funcionem nos finais

de semana, em conformidade com o Programa Mais Educação.

MANUAL OPERACIONAL DE EDUCAÇÃO INTEGRAL – 2014

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 31 DE MARÇO DE 2014 - Dispõe sobre a destinação de

recursos financeiros, nos moldes operacionais e regulamentares do PDDE, a escolas

públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, que possuam alunos

matriculados no ensino fundamental e médio registrados no censo escolar do ano

anterior ao do atendimento, com vistas a assegurar a realização de atividades

culturais, por intermédio do Mais Cultura nas Escolas, de forma a potencializar as

ações dos Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador.

RESOLUÇÃO Nº 14, DE 9 DE JUNHO DE 2014 - Destina recursos financeiros, nos

moldes operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola

(PDDE), a escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, para

assegurar que essas realizem atividades de educação integral e funcionem nos finais

de semana, em conformidade com o Programa Mais Educação.

RESOLUÇÃO Nº 15, DE 10 DE JULHO DE 2014 - Dispõe sobre as prestações de

contas das entidades beneficiadas pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)

e suas ações agregadas.

32

RESOLUÇÃO Nº 21, DE 13 DE OUTUBRO DE 2014 - Regulamenta a

operacionalização dos repasses financeiros do FNDE a partir de 2014 e a

reprogramação de saldos de Programas Educacionais cujas prestações de contas

sejam realizadas por meio do Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC).

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 30 DE MARÇO DE 2015 - Altera o § 3º do art. 2º da

Resolução nº 15, de 10 de julho de 2014, do Conselho Deliberativo do Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação-FNDE, que dispõe sobre as prestações

de contas das entidades beneficiadas pelo Programa Dinheiro Direto na escola -

PDDE e de suas ações agregadas.

RESOLUÇÃO Nº 16, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2015 - Dispõe sobre a

transferência de recursos e a utilização de saldos nas contas Bancárias para fins de

cálculo dos valores a serem transferidos às escolas beneficiárias do Programa

Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

RESOLUÇÃO Nº 8, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2016 - Altera as Resoluções nºs

10, de 18 de abril de 2013, e 16, de 9 de dezembro de 2015, do Conselho Deliberativo

do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (CD/FNDE), e dá outras

providências.

PORTARIA No- 1.144, DE 10 DE OUTUBRO DE 2016 - Institui o Programa Novo

Mais Educação, que visa melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e

matemática no ensino fundamental.

33

7. Do Papel das Superintendências

Em março de 2016, reuniu-se um representante de cada SRE para debater o papel das

mesmas na construção da Política Estadual de Educação Integral e Integrada. Visando

fortalecer o debate realizado e potencializar a construção regional acerca da Política,

destacamos abaixo as principais funções dos coordenadores da educação integral nas

regionais:

Buscar e articular parcerias com outras instituições públicas ou privadas no

território;

Orientar e monitorar as escolas no processo de adesão da Política, escolha dos

macrocampos e oficinas, número de estudantes, currículo;

Realizar os registros no SIMADE conforme orientações;

Responder às demandas estabelecidas pela SEE/MG como: preenchimento de

planilhas, formulários, informações diversas a respeito da Política;

Planejar e realizar encontros de formação dos profissionais da Educação Integral;

Monitorar as Ações de Educação Integral nos Polos e escolas participantes com

visitas a campo e constante interlocução entre os atores envolvidos na execução

da Política;

Responder às solicitações da Equipe de Educação Integral/SEE e

encaminhamento dos pedidos das escolas à SEE/MG;

Estabelecer relações para implementação da Política Estadual de Educação

Integral e Integrada entre os setores de Pessoal, Inspeção Escolar e Financeiro da

SRE;

Ser um elo entre Escola-SRE-SEE, visando sanar as dúvidas surgidas e atender

às escolas em suas solicitações;

Dialogar e se informar frente as orientações e normativas encaminhadas pela

SEE-MG;

Repassar orientações e informações às escolas e à equipe da SRE (Analistas

Educacionais e Inspetores Escolares);

Enviar orientações e material pedagógico/oficinas aos professores e EEB –

Especialista em Educação Básica;

Repassar as orientações da SEE/MG à equipe de inspetores e analistas da SRE;

Capacitar toda a equipe técnico-pedagógica da SRE (analistas educacionais e

inspetores escolares nas Ações de Educação Integral);

34

Orientar gestores, especialistas, professores comunitários e monitores de oficina

na implementação da política pública de Educação Integral, conforme resolução

e documento orientador vigentes;

Orientar os profissionais das escolas com relação ao trabalho nas oficinas com

projeto, sequência didática, ludicidade, pesquisa, formação de hábitos, ecologia,

empreendedorismo, ação social, alimentação escolar, etc;

Apresentar e divulgar a Política de Educação Integral e Integrada pelo site da

SRE, e através de Encontros e Fórum de Diretores;

Monitorar o planejamento dos professores e coordenadores da Educação Integral;

Orientar quanto aos recursos do PDDE recebidos e gastos pelas escolas;

Orientar às escolas quanto a importância dos registros (portfólios, fotos, etc) para

sistematização do trabalho executado e para compartilhamento de experiência.

Orientar os professores e ASB sobre o cardápio e posturas de estudantes durante

o almoço;

Acompanhar as ações do Programa Escola Aberta e do Programa Saúde na

Escola;

Receber, analisar e aprovar quadros de horários da EI de cada escola, lembrando

que nossa concepção dessa modalidade de ensino não se restringe aos referidos

quadros;

Acompanhar a execução do plano de trabalho de cada escola;

Analisar a Matriz Curricular e o horário dos módulos junto ao Inspetor Escolar;

Monitorar o preenchimento do PDDE Interativo;

Distribuir para os colegas Analistas e Inspetoras as atividades escolhidas por cada

escola para que possam acompanhar em monitoramento mensal.

35

8. Conclusão

A construção de uma política de educação integral tem como base a articulação entre os

diversos atores envolvidos na sua institucionalização. Os esforços colocados neste

documento não se demarcam a uma breve execução de um projeto, devem ser vistos além

disto, como um importante passo na transformação cultural e social da perspectiva de

educação que as escolas mineiras trabalham.

A Política Estadual de Educação Integral e Integrada, assim, dever ser considerada,

primeiramente, como uma política educacional, que envolve toda a escola, numa perspectiva

educativa. As ações desenvolvidas no tempo ampliado, bem como os Programas Escola

Aberta e Saúde na Escola, são ferramentas de potencialização dessa visão. Pauta-se a

centralidade do estudante no fazer educativo, a gestão democrática como pilar das nossas

relações e se inspira na concepção de cidade educadora. As orientações aqui postas

convergem para o fortalecimento desses princípios.

A Secretaria de Estado de Educação é composta por Órgão Central, SRE e Escolas. A

articulação entre os mesmos, nas suas diversas segmentações organizacionais e políticas

desenvolvidas, é premissa importante para a concretização desses ideais. É importante que

se busque novas parcerias e projetos, unindo esforços, reduzindo custos e possibilitando o

atendimento a cada vez mais estudantes. A educação integral deve ser vista sempre como

direito.

Há dois aspectos que carecem destaque nesta conclusão: a qualificação no processo de gestão

da Política e, principalmente, o desenvolvimento de uma perspectiva educativa que amplie

os horizontes do educando, gerando novas vivências, interações sociais e aprendizados. A

educação integral só fará sentido se houver essa transformação educativa na escola, na

comunidade, se o ensino regular dialogar com as atividades do tempo ampliado, se os

professores tiverem essa compreensão, se houver subsidio material e físico para que as

atividades ocorram, se atender o maior número de estudantes possível.

É fundamental que todos nós pensemos a educação integral como uma política e não só um

projeto pontual dentro da Secretaria. Esta não é uma tarefa apenas do Órgão Central. Carece

36

do envolvimento e do compromisso também de todos os setores e atores das SREs e das

escolas. Nesse sentido, estruturamos, coletivamente, a Política pensando na sua

sustentabilidade a médio e a longo prazo. Este mesmo pensamento deve estar com cada um

e cada uma que executa a Política de Educação Integral e Integrada, nas suas diferentes

dimensões – pedagógica, de recursos humanos, de informações e financeira.

Assim, para alcançar esses objetivos e superar os desafios existentes, é necessário um esforço

conjunto de todos e todas. Nas palavras de um ditado africano “é preciso uma aldeia inteira

para educar uma criança”, é preciso o envolvimento de todas as Secretarias, de todos

governos, para se educar uma Criança.

37

9. Referências Bibliográficas

BRASIL. Constituição da República Federativa de 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em

20 de janeiro de 2017.

BRASIL. LEI 10.172. Aprova o Plano Nacional de Educação. Disponível em:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. Acesso em 20 de janeiro

de 2017.

BRASIL. Lei 8.069. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível

em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em 20 de janeiro de 2017.

BRASIL. Lei Nº 9.394/1996; Resolução Nº 2.749/2015; Plano Nacional de Educação;

Ofícios Circulares; Resolução/CD/FNDE/Nº052/ 2004.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica.

Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB,

DICEI, 2013)

BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Resolução nº 14 de 09 de junho de 2014. Destina recursos financeiros, nos moldes

operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas

públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, para assegurar que essas realizem

atividades de educação integral e funcionem nos finais de semana, em conformidade com o

Programa Mais Educação. Brasília, DF, 2014b. Disponível em:

<https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&

sgl_tipo=RES&num_ato=00000014&seq_ato=000&vlr_ano=2014&sgl_orgao=CD/FNDE/

MEC>. Acesso em: 29 nov. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Manual Operacional de Educação Integral. Brasília,

2014.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e

Educação Integral. Manual Operacional de Educação Integral. Brasília, DF, 2014a.

38

Disponível em: < http://anexos.datalegis.inf.br/arquivos/1240866.pdf>. Acesso em: 28 nov.

2016

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Novo Mais

Educação - Documento orientador. Brasília, DF, 2016. Disponível em: <

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=50041-

programa-novo-mais-educacao-documento-orientador-out2016-

pdf&category_slug=outubro-2016-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 29 nov. 2016.

HUGO, T. D. O. et al. Fatores associados à idade da primeira relação sexual em jovens:

estudo de base populacional. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública, nov, 2011.

MATSUURA, SÉRGIO. Uso de drogas aumenta entre os adolescentes no país. O Globo.

Rio de Janeiro, 26 ago. 2016. Disponível em < http://oglobo.globo.com/sociedade/uso-de-

drogas-aumenta-entre-os-adolescentes-no-pais-19996988>. Acesso em: 1 fev.2017.

MINAS GERAIS. Documento Orientador – versão 2015/2016, Belo Horizonte, abril de

2016.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação (Org.). Ofício Circular

SEE/SB/SIF/EI nº198/2016 de 31 de outubro de 2016. Belo Horizonte: Secretaria de

Estado de Educação, 2016.

Secretaria de Planejamento e Gestão, Manual de classificação Econômica da Despesa, 29 de

fevereiro 2016 Pág. 79-82.

39

ANEXO I

Orientações Gerais sobre macrocampos e carga horária

Abaixo seguem orientações quanto aos critérios básicos de funcionamento da Educação

Integral e Integrada no que tange à carga horária e às atividades desenvolvidas:

1. A escola deverá escolher macrocampos e atividades de acordo com a sua categoria:

Escola do Campo ou Escola Urbana;

2. No macrocampo Acompanhamento Pedagógico, a atividade Orientação de Estudos é

obrigatória para as escolas urbanas e a atividade Campos do Conhecimento para as

Escolas do Campo. Turmas que não ofertarem esse macrocampo não poderão iniciar

ou prosseguir com as atividades da Educação Integral e Integrada;

3. As escolas estaduais que não aderiram ao Programa Novo Mais Educação do governo

federal poderão realizar atividades de Educação Integral e Integrada por meio da

estrutura e dos recursos estaduais, conforme orientações da SEE;

4. As escolas estaduais que aderirem à Política Estadual de Educação Integral e Integrada

da SEE/MG poderão optar pela carga horária de 35 horas, 36 horas e 40 minutos ou 50

horas semanais.

Dos Macrocampos e Atividades

A Política Estadual de Educação Integral e Integrada, sob a ótica do Programa Mais

Educação, desenvolve-se por meio de Macrocampos e Atividades; temáticas educativas na

qual são construídos projetos e ações para trabalhar com os estudantes.

Das Escolas Urbanas

Quadro II – Macrocampos e Atividades Escolas Urbanas

MACROCAMPOS ATIVIDADES

A) Acompanhamento

Pedagógico

Orientação de Estudos e

Leituras

40

B) Comunicação, Uso de mídias

e Cultura Digital e

Tecnológica

Ambiente de Redes Sociais

Fotografia

Histórias em Quadrinhos

Jornal Escolar

Rádio Escolar

Robótica Educacional

Tecnologias Educacionais

Vídeo

C) Cultura, Artes e Educação

Patrimonial

Artesanato Popular

Banda

Canto Coral

Capoeira

Cineclube

Danças

Desenho

Educação Patrimonial

Escultura e Cerâmica

Grafite

Hip Hop

Iniciação Musical de

Instrumentos de Cordas

Iniciação Musical por meio da

Flauta Doce

Leitura e Produção Textual

Leitura: Organização de

Clubes de Leitura

Mosaico

Música

Percussão

Pintura

Práticas Circenses

41

Teatro

D) Educação Ambiental,

Desenvolvimento Sustentável

e Economia Solidária e

Criativa/Educação

Econômica (Educação

Financeira e Fiscal)

Conservação do solo e

composteira: canteiros

sustentáveis (horta) e/ou

Jardinagem escolar

Economia Solidária e

Criativa/Educação Econômica

(Educação Financeira e Fiscal)

Horta Escolar e/ou

Comunitária

Jardinagem Escolar

Uso eficiente da Água e Energia

E) Educação em Direitos

Humanos

Educação em Direitos

Humanos

F) Esporte e Lazer

Atletismo; Badminton;

Basquete; Futebol; Futsal;

Handebol; Natação; Tênis de

Campo; Tênis de Mesa;

Voleibol; Vôlei de Praia;

Xadrez Tradicional e Xadrez

Virtual

Basquete de Rua

Corrida de Orientação

Esporte da Escola/Atletismo e

Múltiplas Vivências Esportivas

Ginástica Rítmica

Judô, Karatê, Luta Olímpica e

Taekwondo

Recreação e

Lazer/Brinquedoteca

42

Yoga/Meditação

G) Iniciação Científica Iniciação Científica

H) Memória e História das

Comunidades Tradicionais

Brinquedos e Artesanato

Regional; Canto Coral;

Capoeira; Cineclube; Contos;

Danças; Desenho;

Escultura/Cerâmica;

Etnojogos; Literatura de

Cordel; Mosaico; Percussão;

Pintura; Práticas Circenses e

Teatro

I) Promoção da Saúde

Promoção da Saúde e

Prevenção de Doenças e

Agravos à Saúde

A) Acompanhamento Pedagógico (obrigatório)2

O macrocampo Acompanhamento Pedagógico é obrigatório e, para as escolas urbanas,

envolve apenas a atividade Orientação de Estudos e Leituras.

Orientação de Estudos e Leituras:

Ementa: essa atividade contemplará as diferentes áreas do conhecimento envolvendo todas

as atividades (alfabetização, matemática, história, ciências, geografia, línguas estrangeiras e

2 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Acompanhamento Pedagógico.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/acompanhamento_pedagogico.pdf>.

Acesso em: 10 de janeiro de 2017.

43

outras). A atividade tem por objetivo articular o currículo com as atividades pedagógicas

propostas pela Educação Integral e Integrada.

B) Comunicação, Uso de mídias e Cultura Digital e Tecnológica3

As atividades desta temática devem garantir aos estudantes o direito à voz e o respeito à

diversidade por meio de uma relação dialógica que rompa com a ideia de transmissor ativo

e receptor passivo e promover práticas comunicativas para que todos tenham a palavra, para

estar no mundo e com o mundo. As atividades dessa área podem se relacionar com as demais

temáticas, fortalecendo as discussões por meio da criação de fóruns de debates, intercâmbios

virtuais, blogs entre outros meios.

Trata-se de promover o ensino atrelado à vida. Quando os professores e estudantes

encontram conexão entre as práticas pedagógicas e sua realidade, conscientizam-se das

problemáticas locais e seu envolvimento torna as ações ainda mais efetivas e plenas de

significado.

Ambiente de Redes Sociais:

Ementa: promoção da cultura participativa por meio de ambientes de relacionamento em

rede, criação de blogs e participação em redes sociais que facilitem a expressão artística-

linguística e o engajamento sociocultural do estudante, fomentando o respeito à diversidade,

combate aos estereótipos, ética e cidadania e promoção da saúde e qualidade de vida.

Fotografia:

Ementa: utilização da fotografia como dispositivo pedagógico de reconhecimento das

diferentes imagens e identidades que envolvem a realidade dos estudantes, da escola e da

comunidade. Por meio da fotografia, a escola pode trabalhar o tema Educação em Direitos

Humanos compreendendo um conjunto de ações educacionais que tem a finalidade de

promover o respeito dos direitos e liberdades fundamentais, contribuir para a prevenção e o

3 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Comunicação e Uso de Mídias

e Cultura Digital. Disponíveis em:

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/comunicacao_midias.pdf>;

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/cultura_digital.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de 2017.

44

combate ao preconceito, bullying, discriminação e violências. Na área da saúde, a escola

pode realizar uma mostra fotográfica sobre hábitos saudáveis no dia a dia, promoção da

saúde e prevenção de doenças e agravos. É importante ressaltar que a elaboração de

estratégias na área da saúde deve ser feita prioritariamente a partir do estudo de problemas

de saúde locais/regionais, específicos à realidade e às necessidades apresentadas pelo

território.

Histórias em Quadrinhos:

Ementa: utilização deste gênero textual para a formação do gosto pela leitura e para o

desenvolvimento estético-visual de projetos educativos, numa perspectiva de respeito à

diversidade; proteção da infância e adolescência; equidade de gênero e diversidade sexual;

enfrentamento ao trabalho infantil; inclusão de pessoas com deficiência; democracia e

cidadania; liberdade artística, livre expressão do pensamento, entre outras. Na área da

promoção da saúde, são diversos os temas que podem ser criativamente trabalhados por meio

das Histórias em Quadrinhos: saúde bucal, alimentação saudável, cuidado visual, práticas

corporais, educação para saúde sexual e reprodutiva, prevenção ao uso de drogas (álcool,

tabaco e outras), saúde mental e prevenção à violência, entre outros.

Jornal Escolar:

Ementa: utilização de recursos de mídia impressa no desenvolvimento de projetos

educativos dentro dos espaços educativos. Exercício da inteligência comunicativa

compartilhada com outras escolas e comunidades, objetivando a promoção de uma cultura

de respeito aos direitos e liberdades fundamentais, da prática democrática e solidária por

meio de atividades que valorizem o respeito às diferenças, valorize a diversidade étnico-

racial, cultural, geracional, territorial, corporal, de gênero e diversidade sexual, de

nacionalidade. Construção de propostas de cidadania engajando os estudantes em

experiências de aprendizagens significativas.

45

Rádio Escolar4:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas

diversos por meio de projeto de rádio escolar, permitindo o acesso e a difusão de informação

sobre direitos e liberdades fundamentais, estimulando práticas de respeito às diferenças,

assim como campanhas nas quais os estudantes se engajam para promoção da saúde na

escola e na comunidade, além da prevenção de doenças e agravos.

Robótica Educacional:

Ementa: essa atividade objetiva preparar os estudantes para montar mecanismos

robotizados simples baseados na utilização de "kits de montagem", possibilitando o

desenvolvimento de habilidades em montagem e programação de robôs. Proporciona um

ambiente de aprendizagem criativo e lúdico, em contato com o mundo tecnológico,

colocando em prática conceitos teóricos a partir de uma situação interativa, interdisciplinar

e integrada. Permite uma diversidade de abordagens pedagógicas em projetos que

desenvolvam habilidades e competências por meio da lógica, blocos lógicos, noção espacial,

teoria de controle de sistema de computação, pensamento matemático, sistemas eletrônicos,

mecânica, automação, sistema de aquisição de dados, ecologia, trabalhos em grupos,

organização e planejamento de projetos.

Tecnologias Educacionais:

Ementa: aplicação de tecnologias específicas visando à instrumentalização metodológica

para ampliação das oportunidades de aprendizado dos estudantes. Ressalta-se que as

tecnologias educacionais devem ser direcionadas às diversas áreas do conhecimento.

4 As orientações específicas referentes à Rádio Escola serão disponibilizadas em documento complementar.

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o seu desenvolvimento ou por meio de parcerias (academias, ONGs,

OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

46

Vídeo:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas

diversos por meio da produção audiovisual com exibição de curtas, produção de vídeo-

histórias, criação de roteiros e filmagens, envolvendo expressões próprias da cultura local,

com temas que tratem da valorização das diferenças, da afirmação da equidade, da afirmação

das identidades e do registro da história local. Além disso, possibilita tratar dos temas de

Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos, por meio de pequenos

documentários e/ou curtas-metragens, envolvendo os estudantes em pesquisas sobre hábitos

saudáveis, levando-os a refletirem sobre os desafios locais.

C) Cultura, Artes e Educação Patrimonial5

As atividades correlatas a este campo temático podem promover a experimentação artística

e de práticas culturais, coletivas e individuais, incentivando uma leitura do mundo e de si

por meio da apreciação e produção artística, da identificação e apropriação do patrimônio

histórico material e imaterial, da memória e da identidade, estimulando relações de

pertencimento.

Artesanato Popular:

Ementa: o artesanato, enquanto manifestação popular, permitirá a criação de objetos feitos

manualmente. Partindo dos conhecimentos e saberes locais, a técnica deve ser percebida

enquanto elemento cultural vivo nas comunidades, pois é passada de geração em geração. O

artesão expressa em sua arte uma espontaneidade ingênua, suas crenças, tradições e saberes,

manifestando experiências e visão de mundo a partir de suas produções artesanais

concebidas na arte popular regional de determinado território.

Banda:

Ementa: desenvolver a autoestima, a integração sociocultural, o trabalho em equipe e a

valorização, o reconhecimento e a recriação das culturas populares.

5 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Cultura e Artes. Disponível em:

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/cultura_artes.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de 2017.

47

Canto Coral:

Ementa: propiciar ao estudante condições para o aprimoramento de técnicas vocais do ponto

de vista sensorial, intelectual e afetivo, tornando-o capaz de expressar-se com liberdade por

meio da música e auxiliando na formação do ouvinte, de forma a contribuir para a integração

social e valorização das culturas populares.

Capoeira:

Ementa: incentivo à prática da capoeira como motivação para o desenvolvimento cultural,

social, intelectual, afetivo e emocional de crianças e adolescentes, enfatizando os seus

aspectos culturais, físicos, éticos, estéticos e sociais, a origem e evolução da capoeira, seu

histórico, fundamentos, rituais, músicas, cânticos, instrumentos, jogo e roda e seus mestres.

Cineclube:

Ementa: produção e realização de sessões cinematográficas, desde a curadoria à divulgação

(conteúdo e forma), técnicas de operação dos equipamentos e implementação de debate.

Noções básicas de distribuição do equipamento no espaço destinado a ele, de modelos de

sustentabilidade para a atividade de exibição não comercial e de direitos autorais e

patrimoniais, além de cultura cinematográfica – história do cinema, linguagem, cidadania

audiovisual.

Danças:

Ementa: organização de danças coletivas (regionais, clássicas, circulares e contemporâneas)

que permitam apropriação de espaços, ritmos e possibilidades de subjetivação de crianças,

adolescentes e jovens.

Desenho:

Ementa: introdução ao conhecimento teórico-prático da linguagem visual, do processo

criativo e da criação de imagens. Experimentação do desenho como linguagem,

comunicação e conhecimento. Percepção das formas. Desenho artístico. Composição,

desenho de observação e de memória. Experimentações estéticas a partir do ato de desenhar.

48

Oferecimento de diferentes possibilidades de produção artística e/ou técnicas por meio do

desenho. Desenvolvimento intelectual, por meio do ato de criação.

Educação Patrimonial:

Ementa: promover ações educativas para a identificação de referências culturais e o

fortalecimento dos vínculos das comunidades com seu patrimônio cultural e natural, com a

perspectiva de ampliar o entendimento sobre a diversidade cultural.

Escultura e Cerâmica:

Ementa: desenvolvimento intelectual por meio do ato de criação, emocional, social,

perceptivo e físico e experimentações estéticas a partir de práticas de escultura. Iniciação aos

procedimentos de preparação e execução de uma obra escultórica como arte e introdução às

principais questões da escultura contemporânea.

Grafite:

Ementa: estímulo ao protagonismo juvenil na concepção de projetos culturais, sociais e

artísticos a serem desenvolvidos na escola ou na comunidade. Valorização do Grafite como

arte gráfica e estética e como expressão cultural juvenil que busca enraizamento identitário

local/global. Promoção da autoestima pessoal e comunitária por meio da revitalização de

espaços públicos. Diferenciação de pichação e grafite.

Hip Hop:

Ementa: valorização do Hip Hop como expressão cultural juvenil que busca enraizamento

identitário local/global. Estímulo ao protagonismo juvenil na concepção de projetos

culturais, sociais e artísticos a serem desenvolvidos na escola ou na comunidade.

49

Iniciação Musical de Instrumentos de Cordas

Ementa: desenvolvimento dos elementos técnico-musicais, bem como do trabalho em

grupo, da cooperação, do respeito mútuo, da solidariedade, do senso crítico e da autonomia.

Pode-se utilizar a percussão corporal, os jogos musicais e as dinâmicas de grupo como

ferramentas do processo de ensino-aprendizagem musical. Construção de instrumentos

musicais alternativos. Execução, apreciação e criação musical. Repertório com peças de

variados estilos e gêneros musicais. Valorização da cultura brasileira e das culturas

regionais.

Iniciação Musical por meio da Flauta Doce:

Ementa: desenvolvimento sociocultural pela valorização, reconhecimento e recriação das

culturas populares, entendendo a música como linguagem, manifestação cultural e prática

socializadora. Aprendizado de estruturas básicas de “diálogo musical”, envolvendo leitura,

interpretação e improvisação por meio de vivências artísticas coletivas com crianças e

adolescentes.

Leitura e Produção Textual:

Ementa: desenvolvimento de atitudes e práticas para construção de leitores, por meio da

vivência da leitura e da produção de textos. Incentivo à leitura de obras que permitam aos

estudantes encontros com diferentes gêneros literários e de escrita, especialmente no que se

refere ao ler para apreciar/fruir, conhecer e criar.

Leitura - Organização de Clubes de Leitura:

Ementa: criação de grupo para prática de leitura em comum, partilhada, inclusive em voz

alta e para várias pessoas ao mesmo tempo, compartilhando sentimentos, conhecimentos,

interpretações e histórias de leitura. Construção de agenda para criação do grupo, difusão da

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o seu desenvolvimento ou por meio de parcerias (academias, ONGs,

OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

50

ideia, escolha dos livros com atenção para a diversidade das temáticas, definição do nome

do grupo, sessão de debate.

Mosaico:

Ementa: introdução ao conhecimento teórico-prático da linguagem visual, do processo

criativo e da criação de imagens por meio da experimentação do desenho como linguagem,

comunicação e conhecimento; da percepção das formas; do desenho artístico; da

composição, do desenho de observação e de memória; da criação bi e tridimensional no

plano e no espaço por meio da linguagem gráfica do mosaico, dos procedimentos e dos

materiais; dos sistemas de escalas; dos conceitos de representação gráfica de elementos

ortogonais; das noções gerais de geometria; da geometria plana com construção de figuras

geométricas; da geometria espacial com planificação e construção de poliedros e da

pertinência, do paralelismo e da perpendicularidade.

Música:

Ementa: desenvolvimento dos elementos técnico-musicais, bem como do trabalho em

grupo, da cooperação, do respeito mútuo, da solidariedade, do senso crítico e da autonomia.

Repertório com peças de variados estilos e gêneros musicais. Percussão Corporal, Jogos

Musicais e Dinâmicas de Grupo como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem

musical. Construção de instrumentos musicais alternativos. Execução, apreciação e criação

musical. Valorização da cultura brasileira e das culturas regionais.

Percussão:

Ementa: aprendizado de técnicas em diversos instrumentos de percussão por meio de uma

abordagem integradora, tratando de aspectos relacionados não só com a mecânica e a técnica

instrumental, mas também com performance, apreciação e criação musical. Integração social

e desenvolvimento sociocultural pela valorização, reconhecimento e recriação das culturas

populares.

Pintura:

Ementa: desenvolvimento intelectual por meio do ato de criação, emocional, social,

perceptivo, físico e estético, tendo como direcionamento a pintura como arte. Estudo teórico

51

e prático da linguagem pictórica. Utilização de técnicas tradicionais, contemporâneas e

experimentais das formas de pintura. Conhecimento e apreciação de obras clássicas e

contemporâneas de pintura.

Práticas Circenses:

Ementa: incentivar práticas circenses junto aos estudantes e à comunidade a fim de

promover a saúde e a educação por meio de uma cultura corporal e popular a partir do legado

patrimonial do circo.

Teatro:

Ementa: promoção da socialização e criatividade por meio dos jogos teatrais,,

desenvolvendo nos estudantes a capacidade de comunicação pelo corpo em processos de

reconhecimentos em práticas coletivas.

D) Educação Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária e

Criativa/Educação Econômica (Educação Financeira e Fiscal)6

Processos pedagógicos que favoreçam a construção de valores sociais, conhecimentos,

habilidades, competências e atitudes voltadas para a sustentabilidade socioambiental e

econômica, bem como a compreensão da função social dos tributos e o controle social. Nessa

construção, ganha ênfase o debate sobre a transformação das escolas em espaços educadores

sustentáveis, atividades baseadas em experiências que motivem a criatividade e o

protagonismo, a educação voltada para a cidadania e para o consumo consciente e

responsável. Este macrocampo é pautado por uma intencionalidade pedagógica acerca das

formas sustentáveis de ser e estar no mundo, com foco no espaço físico, gestão e currículo.

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o seu desenvolvimento ou por meio de parcerias (academias, ONGs,

OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

6 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação Ambiental e

Educação Econômica. Disponíveis em:

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_ambiental.pdf> e

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_economica.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro

de 2017.

52

Uma estratégia importante para o desenvolvimento de uma educação ambiental democrática

e participativa é a criação de coletivos de trabalho. Exemplo disto é o COM-VIDAS, coletivo

escolar que promove o diálogo e pauta decisões sobre a sustentabilidade socioambiental, a

qualidade de vida, o consumo e alimentação sustentável e o respeito aos direitos humanos e

à diversidade. Este colegiado envolve estudantes, professores, gestores, profissionais de

apoio e comunidade com o objetivo de trabalhar a educação ambiental na escola,

estabelecendo relações da comunidade escolar com seu território em busca de melhoria da

qualidade de vida. A constituição desse coletivo é fundamental para o planejamento das

ações e o acompanhamento da transição das escolas rumo à sustentabilidade nas suas

distintas dimensões (social, econômica, ética e cultural), fazendo pequenas adaptações na

estrutura física da escola e promovendo o debate sobre a perspectiva ecológica da escola e

as possibilidades de redução do impacto dos estilos de vida e padrões de consumo sobre o

planeta.

Conservação do solo e composteira: canteiros sustentáveis (horta) e/ou

Jardinagem escolar:

Ementa: desenvolvimento de proposta para construção de jardim ou horta para produção de

alimentos, medicinais, fibras e bioenergia por meio de um sistema que una coleta seletiva e

triagem de lixo; compostagem; minhocário; sistemas de captação, tratamento e

reaproveitamento de águas; energias renováveis; bioconstrução; produção de alimentos; etc.

Economia Solidária e Criativa/Educação Econômica (Educação Financeira e

Fiscal):

Ementa: atividades baseadas em experiências que motivem a criatividade, protagonismo, a

educação para o consumo consciente, responsável e sustentável dos recursos naturais e

materiais; desenvolvam a consciência sobre a importância social e econômica dos tributos,

bem como a participação no controle social dos gastos públicos, por meio da atuação de

professores, estudantes e da comunidade em geral. Temas que poderão ser trabalhados:

esporte, mercado e valor econômico; cultura e novas tecnologias; criatividade e

individualidade; solidariedade; ciências da natureza e consumo consciente; protagonismo e

empreendedorismo social; cultura digital e arranjos produtivos locais; sistemas solidários de

economia; funções do Estado e percepção da função dos tributos.

53

Horta Escolar e/ou Comunitária:

Ementa: desenvolvimento de experiências de cultivo da horta como um espaço educador

sustentável, a partir do qual se vivencia processos de produção de alimentos, segurança

alimentar, práticas de cultivos relacionados à biodiversidade local e à formação de farmácias

vivas e de combate ao desperdício, à degradação e ao consumismo, para a melhoria da

qualidade de vida.

Jardinagem Escolar:

Ementa: intervenção para a qualificação do ambiente escolar, como espaço de cuidados, de

práticas de permacultura, de afeição pela vida, de educação sensorial e de interação com a

biodiversidade, por meio do cultivo de plantas ornamentais nativas, medicinais, aromáticas,

comestíveis, cercas vivas, arborização e de práticas que auxiliem a repensar, reduzir,

reutilizar e reciclar na vida cotidiana.

Uso eficiente da Água e Energia:

Ementa: esta atividade visa criar um espaço de discussão e aprofundamento sobre o uso

sustentável da água e da energia. Com auxílio de um kit de análise de água, crianças e jovens

aprendem a avaliar a qualidade da água utilizada na escola e em suas comunidades. A partir

da análise, os estudantes dialogam sobre o ciclo da água e a sua importância na manutenção

dos ecossistemas. Além disso, podem construir um filtro ecológico para “reciclar” a água

cinza (proveniente de torneiras de pias de cozinha e lavatórios), e uma cisterna de coleta de

água da chuva para irrigação de plantas e hortas locais. A atividade propõe a reflexão sobre

o uso de energia e a realização de pequenas adaptações na estrutura física da escola a fim de

tornar mais eficiente o consumo de água e energia.

E) Educação em Direitos Humanos7

A Educação em Direitos Humanos compreende um conjunto de atividades educacionais que

tem a finalidade de promover o respeito dos direitos e liberdades fundamentais, contribuindo

7 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Direito Humanos em Educação.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/direitos_humanos.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

54

para a prevenção e combate ao preconceito, discriminação e violências. Essas atividades

devem proporcionar conhecimento, habilidades, competências e empoderamento para que

os estudantes sejam protagonistas da construção e promoção de uma cultura de direitos

humanos.

Educação em Direitos Humanos:

Ementa: por meio de múltiplas linguagens artísticas, entre as quais a fotografia, o vídeo, a

literatura, a música e a dança, esta atividade se propõe a abordar os direitos humanos de

maneira transversal e interdisciplinar, levando os estudantes a refletirem e dialogarem sobre

seus direitos e responsabilidades enquanto protagonistas de uma sociedade livre, pluralista

e inclusiva, a partir do contexto escolar e social no qual estão inseridos. Os recursos

disponibilizados permitem que ao longo do ano sejam organizadas exibições fotográficas,

apresentações musicais e teatrais, mostra de vídeos, entre outros, a respeito das diversas

temáticas de direitos humanos, quais sejam: proteção da infância e adolescência; equidade

de gênero e diversidade sexual; enfrentamento ao trabalho infantil; bullying; memória e

verdade; história e cultura africana e indígena; inclusão de pessoas com deficiência;

democracia e cidadania; liberdade artística, livre expressão do pensamento, entre outras.

F) Esporte e Lazer8

Atividades baseadas em práticas corporais, lúdicas e esportivas, enfatizando o resgate da

cultura local, bem como o fortalecimento da diversidade cultural. As vivências trabalhadas

na perspectiva do esporte educacional devem ser voltadas para o desenvolvimento integral

do estudante, atribuindo significado às práticas desenvolvidas com criticidade e criatividade.

O acesso à prática esportiva por meio de ações planejadas, inclusivas e lúdicas visa

incorporá-la ao modo de vida cotidiano.

8 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Esporte e Lazer. Disponível em:

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/esporte_lazer.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de 2017.

55

Atletismo; Badminton; Basquete; Futebol; Futsal; Handebol; Natação; Tênis

de Campo; Tênis de Mesa; Voleibol; Vôlei de Praia; Xadrez Tradicional e

Xadrez Virtual:

Ementa: apoio às práticas esportivas para o desenvolvimento integral dos estudantes pela

cooperação, socialização e superação de limites pessoais e coletivos, proporcionando, assim,

a promoção da saúde.

Basquete de Rua:

Ementa: movimento esportivo-cultural, surgido espontaneamente como forma de lazer e

entretenimento social, faz interface com a Cultura Hip Hop, sob a lógica da interação

sociocultural, garantindo a prática esportiva saudável e fortalecendo a cultura urbana.

Corrida de Orientação:

Ementa: trata-se de uma atividade multidisciplinar, na qual o terreno exige vivências

motoras, cognitivas e físicas variadas. O mapa de orientação deve retratar detalhes de uma

região (relevo, vegetação, hidrografia, edificações e outros) por meio de símbolos.

Esporte da Escola/Atletismo e Múltiplas Vivências Esportivas:

Ementa: ação pedagógica, por meio de uma proposta planejada, inclusiva, participativa, que

possibilita o desenvolvimento de diversas modalidades, tais como: futebol, voleibol,

basquetebol, handebol, futsal, jogos e brincadeiras, tendo o atletismo como base. As

atividades devem valorizar o prazer e o lúdico, pressupostos do Esporte Educacional.

Ginástica Rítmica:

Ementa: esse esporte envolve a prática de evoluções especiais, numa combinação de

elementos, que exige força, equilíbrio e precisão. Também inclui exercícios de solo, isto é,

performances que são executadas numa espécie de tablado, com movimentos acrobáticos,

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o desenvolvimento das mesmas ou por meio de parcerias (academias,

ONGs, OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

56

associados na forma de coreografias. Possui grande valor para promoção da disciplina,

concentração e desenvolvimento corporal.

Judô, Karatê, Luta Olímpica e Taekwondo:

Ementa: estímulo à prática e vivência das manifestações corporais relacionadas às lutas e

suas variações, como motivação ao desenvolvimento cultural, social, intelectual, afetivo e

emocional de crianças e adolescentes. Acesso aos processos históricos das lutas e suas

relações às questões histórico-culturais, origens e evolução, assim como o valor

contemporâneo destas manifestações para o homem. Incentivo ao uso e valorização dos

preceitos morais, éticos e estéticos trabalhados pelas lutas.

Recreação e Lazer/Brinquedoteca:

Ementa: incentivo às práticas de recreação e lazer como potencializadoras do aprendizado

das convivências humanas em prol da saúde e da alegria. Priorização do brincar como

elemento fundamental da formação da criança e do adolescente.

Yoga/Meditação:

Ementa: atividades que estimulem o funcionamento do cérebro, a inteligência e a

criatividade, contribuindo para a aprendizagem dos estudantes. Desenvolvimento de

exercícios respiratórios, controle da energia vital, cujo resultado traz efeito calmante,

potencializando atividades cotidianas, pois tranquiliza o corpo e o fluxo do pensamento.

G) Iniciação Científica9

A iniciação científica envolve a investigação e a construção do conhecimento e busca de

soluções dos problemas para os quais não existem respostas acabadas. Incentiva o

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o desenvolvimento das mesmas ou por meio de parcerias (academias,

ONGs, OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

9 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo. Disponível

em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de

2017.

57

desenvolvimento de capacidades entre estudantes da educação básica, orientando-os a

encontrar as respostas por meio de pesquisa.

O espaço em que estes estudantes se encontram assume fundamental importância, à medida

que pode e deve ser utilizado como um “laboratório vivo”, conduzindo-os em direção à

conscientização e a um compromisso mais abrangente sobre e com a vida.

Iniciação Científica:

Ementa: investigação no campo das Ciências da Natureza sobre meio ambiente e

sustentabilidade, enfocando temáticas como: proteção dos mananciais hídricos, conservação

do solo, impacto das mudanças climáticas, flora e fauna nativas, uso e aproveitamento

racional da água, energia limpa, etc., a fim de que ciência e tecnologia se constituam como

dispositivos de reconhecimento e recriação. Este processo engloba a criação de Laboratórios

e Projetos Científicos, criação de Feiras de Ciência, a inscrição no Prêmio Ciências do

Ministério da Educação e/ou a participação na Olimpíada Brasileira de Ciências, além de

organização, manutenção e acompanhamento de exposições, demonstrações e experimentos.

H) Memória e História das Comunidades Tradicionais (voltada para as

Comunidades Remanescentes de Quilombos, Indígenas e do campo, mas não

exclusiva)10

Valorização da cultura local e diversidade cultural, história oral, identidade e territorialidade

das matrizes africanas no Brasil, história e cultura afro-brasileira e africana, consciência

política e histórica da diversidade, fortalecimento de identidade e direitos, ações educativas

de combate ao racismo e às discriminações, tendo como subsídio o Plano Nacional de

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a Educação para as

Relações Étnicorraciais (ERER). Apoio às práticas que promovam a afirmação da história

da comunidade por meio da história oral, além de ações afirmativas que promovam a

identidade da comunidade pela cooperação, socialização e superação dos preconceitos

pessoais e coletivos.

10 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

58

Atividades disponíveis neste macrocampo:

Brinquedos e Artesanato Regional; Canto Coral; Capoeira; Cineclube; Contos;

Danças; Desenho; Escultura/Cerâmica; Etnojogos; Literatura de Cordel; Mosaico;

Percussão; Pintura; Práticas Circenses e Teatro.

I) Promoção da Saúde11

Apoio à formação integral dos estudantes com ações de prevenção e atenção à saúde, por

meio de atividades educativas que poderão ser incluídas no projeto político pedagógico

(projetos interdisciplinares, teatro, oficinas, palestras, debates e feiras) em temas da área da

saúde como saúde bucal, alimentação saudável, cuidado visual, práticas corporais, educação

para saúde sexual e reprodutiva, prevenção ao uso de drogas (álcool, tabaco e outras), saúde

mental e prevenção à violência. Desse modo, possibilitar o desenvolvimento de uma cultura

de prevenção e promoção à saúde no espaço escolar, a fim de prevenir os agravos à saúde e

vulnerabilidades, com objetivo de garantir a qualidade de vida, além de fortalecer a relação

entre as redes públicas de educação e saúde.

Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos à Saúde:

Ementa: criação de estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos a

partir do estudo de problemas de saúde regionais: dengue, febre amarela, malária,

hanseníase, doença falciforme, etc. Promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos no

currículo escolar por meio de alimentação saudável dentro e fora da escola; saúde bucal;

práticas corporais e educação do movimento; educação para a saúde sexual, saúde

reprodutiva e prevenção das DST/AIDS; prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas;

saúde ambiental; promoção da cultura de paz e prevenção das violências e acidentes.

11 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Promoção da Saúde. Disponível

em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/promocao_saude.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de

2017.

59

Das Escolas do Campo

Quadro III – Macrocampos e Atividades das Escolas do Campo

MACROCAMPOS ATIVIDADES

A) Acompanhamento Pedagógico Campos do Conhecimento (Escola

do Campo)

B) Agroecologia

Canteiros Sustentáveis

Conservação do Solo e Composteira

(ou Minhocário)

Cuidado com Animais

Uso Eficiente de Água e Energia

C) Comunicação, Uso de mídias e

Cultura Digital e Tecnológica

Ambiente de Redes Sociais

Fotografia

Histórias em Quadrinhos

Jornal Escolar

Rádio Escolar

Robótica Educacional

Tecnologias Educacionais

Vídeo

D) Cultura, Artes e Educação

Patrimonial

Brinquedos e Artesanato Regional

Canto Coral

Capoeira

Cineclube

Contos

Danças

Desenho

Escultura e Cerâmica

Etnojogos

Literatura de Cordel

Mosaico

60

Música

Percussão

Pintura

Práticas Circenses

Teatro

E) Educação em Direitos

Humanos

Arte Audiovisual e Corporal

Arte Corporal e Jogos

Arte Corporal e Som

Arte Gráfica e Literatura

Arte Gráfica e Mídias

Educação em Direitos Humanos

F) Esporte e Lazer

Atletismo; Basquete; Futebol;

Futsal; Handebol; Tênis de Mesa;

Voleibol; Xadrez Tradicional;

Esporte na Escola/Atletismo e

Múltiplas Vivências Esportivas

Ciclismo

Corrida de Orientação

Judô

Recreação e Lazer/Brinquedoteca

G) Iniciação Científica Iniciação Científica

H) Memória e História das

Comunidades Tradicionais

Brinquedos e Artesanato Regional;

Canto Coral; Capoeira; Cineclube;

Contos; Danças; Desenho;

Escultura/Cerâmica; Etnojogos;

Literatura de Cordel; Mosaico;

Percussão; Pintura; Práticas

Circenses e Teatro

I) Promoção da Saúde

Promoção da Saúde e Prevenção de

Doenças e Agravos à Saúde

61

A) Acompanhamento Pedagógico (Obrigatório)12

O Macrocampo Acompanhamento Pedagógico é obrigatório e para as escolas do campo

envolve apenas a atividade Campos do Conhecimento (Escola do Campo).

Campos do Conhecimento (Escola do Campo): essa atividade deverá contemplar

todas as áreas de conhecimento:

Ciências Humanas – estudo da relação dos seres humanos com tempos e espaços na

coprodução e transformação cultural, política e histórica.

Ciências e Saúde – estudo dos aspectos biológicos e socioculturais do ser humano e

de todas as formas de vida; fomento das ciências como ferramentas de recriação da

vida e da sustentabilidade da Terra; problematização das ciências da natureza e das

ciências ambientais; compromisso do ser humano na sustentabilidade do planeta.

Criação de estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos a

partir do estudo de problemas de saúde regionais: dengue, febre amarela, malária,

hanseníase, doença falciforme, etc. Promoção da saúde e prevenção de doenças e

agravos no currículo escolar por meio de alimentação saudável dentro e fora da

escola; saúde bucal; práticas corporais e educação do movimento; educação para a

saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/AIDS; prevenção ao uso de

álcool, tabaco e outras drogas; saúde ambiental; promoção da Cultura de Paz e

prevenção das violências e acidentes.

Etnolinguagem – levantamento, pesquisa e análise de linguagem (figuras de

linguagem regional, dialetos, formas comunicativas em comunidades tradicionais),

textos folclóricos e dados etnológicos, verificados em comunidades tradicionais

(comunidades quilombolas, ribeirinhas, indígenas, etc), a fim de garantir os

processos de preservação e valorização das diferentes formas comunicativas

territoriais.

12 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

62

Leitura e Produção Textual – desenvolvimento de atitudes e práticas que

favoreçam a constituição de leitores assíduos a partir de procedimentos didáticos

criativos, seduzindo os estudantes às diferentes possibilidades de leitura e de criação

de textos. Incentivo à leitura de obras que permitam aos estudantes encontros com

diferentes gêneros literários e de escrita, especialmente no que se refere ao ler para

apreciar/fruir, conhecer e criar.

Matemática – potencialização de aprendizagens matemáticas significativas por

meio de resoluções de problemas, mobilizando os recursos cognitivos dos estudantes.

B) Agroecologia13

A atividade de agroecologia envolve ações de educação ambiental voltadas para a construção

de valores sociais, conhecimentos e competências que promovam a sustentabilidade

socioambiental e a qualidade de vida. Ela envolve processos educativos baseados na

agricultura familiar, no resgate da cultura tradicional local e na valorização da

biodiversidade, princípios fundamentais para apoiar a escola na transição para a

sustentabilidade.

A agroecologia recupera antigas técnicas de povos tradicionais e das culturas locais,

agregando a esses saberes os conhecimentos científicos acumulados sobre o cuidado com o

solo, o manejo da terra, o cultivo das diversas espécies vegetais em equilíbrio com a fauna

local. Seu objetivo é estimular o debate sobre a produção de alimentos, a segurança

alimentar, o resgate de cultivos originais, a proteção da biodiversidade, a qualidade de vida

e a sustentabilidade socioambiental. Respeitando-se os ecossistemas de cada localidade, as

atividades agroecológicas podem ser desenvolvidas de diversas formas, entre as quais:

Canteiros Sustentáveis:

Ementa: desenvolvimento de experiências de cultivo de plantas medicinais, canteiros de

hortaliças, mudas de espécies nativas para o reflorestamento de áreas degradadas, resgate de

13 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

63

cultivos originais do bioma da região e tecnologias de manejo sustentável de plantas. Assim,

é possível construir uma horta, que pode servir como fonte de alimentos para a merenda

escolar, viveiros destinados a produzir mudas de espécies nativas para o reflorestamento de

áreas degradadas, farmácias vivas, formadas por plantas com propriedades medicinais e

outros canteiros sustentáveis compatíveis com o bioma local.

Conservação do Solo e Composteira (ou Minhocário):

Ementa: a atividade visa o consumo sustentável e a gestão de resíduos convidando os

estudantes a debater sobre o cuidado com o meio ambiente, o consumo consciente, a geração

de lixo e seus impactos, a importância da coleta seletiva e do descarte adequado. A

construção de uma composteira ou um minhocário para processar o lixo orgânico gerado na

escola, produzindo um material fértil que pode ser utilizado como adubo em hortas e

plantações ou até mesmo biocombustível, em associação com outras escolas, é o objetivo

desta atividade.

Cuidado com Animais:

Ementa: atividades de estudo dos animais de cada região, diferentes espécies e suas

características, manejo, hábitos alimentares, tratamento de dejetos, cuidado sanitário com

fitoterapia e homeopatia e demais tecnologias apropriadas e sustentáveis. A aprendizagem

de sala de aula e laboratório pode ser aplicada em visitas e oficinas nas propriedades dos

estudantes e/ou entorno da escola.

Uso Eficiente de Água e Energia:

Ementa: esta atividade visa criar um espaço de discussão e aprofundamento sobre o uso

sustentável da água e da energia. Com auxílio de um kit de análise de água, crianças e jovens

aprendem a avaliar a qualidade da água utilizada na escola e em suas comunidades. A partir

da análise, os estudantes dialogam sobre o ciclo da água e a sua importância na manutenção

dos ecossistemas. Além disso, podem também construir um filtro ecológico para “reciclar”

a água cinza (proveniente de torneiras de pias de cozinha e lavatórios), e uma cisterna de

coleta de água da chuva para irrigação de plantas e hortas locais. A atividade propõe a

reflexão sobre o uso de energia e a realização de pequenas adaptações na estrutura física da

escola a fim de tornar mais eficiente o consumo de água e energia.

64

C) Comunicação, Uso de mídias e Cultura Digital e Tecnológica14

As atividades desta temática devem garantir aos estudantes o direito à voz e o respeito à

diversidade por meio de uma relação dialógica que rompa com a ideia de transmissor ativo

e receptor passivo e promover práticas comunicativas para que todos tenham a palavra, para

estar no mundo e com o mundo. As atividades dessa área podem se relacionar com as demais

temáticas, fortalecendo as discussões por meio da criação de fóruns de debates, intercâmbios

virtuais, blogs entre outros meios.

Trata-se de promover o ensino atrelado à vida. Quando os professores e estudantes

encontram conexão entre as práticas pedagógicas e sua realidade, conscientizam-se das

problemáticas locais e seu envolvimento torna as ações ainda mais efetivas e plenas de

significado.

Ambiente de Redes Sociais:

Ementa: promoção da cultura participativa por meio de ambientes de relacionamento em

rede, criação de blogs e participação em redes sociais que facilitem a expressão artística-

linguística e o engajamento sociocultural do estudante, fomentando o respeito à diversidade,

combate aos estereótipos, ética e cidadania e promoção da saúde e qualidade de vida.

Fotografia:

Ementa: utilização da fotografia como dispositivo pedagógico de reconhecimento das

diferentes imagens e identidades que envolvem a realidade dos estudantes, da escola e da

comunidade. Por meio da fotografia, a escola pode trabalhar o tema Educação em Direitos

Humanos compreendendo um conjunto de ações educacionais que tem a finalidade de

promover o respeito dos direitos e liberdades fundamentais, contribuir para a prevenção e

combate ao preconceito, bullying, discriminação e violências. Na área da saúde, a escola

pode realizar uma mostra fotográfica sobre hábitos saudáveis no dia a dia, promoção da

saúde e prevenção de doenças e agravos. Importante ressaltar que a elaboração de estratégias

14 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Comunicação e Uso de Mídias

e Cultura Digital. Disponíveis em:

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/comunicacao_midias.pdf>;

<http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/cultura_digital.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de 2017.

65

na área da saúde deve ser feita prioritariamente a partir do estudo de problemas de saúde

locais/regionais, específicos à realidade e às necessidades apresentadas pelo território.

Histórias em Quadrinhos:

Ementa: utilização deste gênero textual para a formação do gosto pela leitura e para o

desenvolvimento estético-visual de projetos educativos, numa perspectiva de respeito à

diversidade; proteção da infância e adolescência; equidade de gênero e diversidade sexual;

enfrentamento ao trabalho infantil; inclusão de pessoas com deficiência; democracia e

cidadania; liberdade artística, livre expressão do pensamento, entre outras. Na área da

promoção da saúde, são diversos os temas que podem ser criativamente trabalhados por meio

das Histórias em Quadrinhos: saúde bucal, alimentação saudável, cuidado visual, práticas

corporais, educação para saúde sexual e reprodutiva, prevenção ao uso de drogas (álcool,

tabaco e outras), saúde mental e prevenção à violência, entre outros.

Jornal Escolar:

Ementa: utilização de recursos de mídia impressa no desenvolvimento de projetos

educativos dentro dos espaços educativos. Exercício da inteligência comunicativa

compartilhada com outras escolas e comunidades objetivando a promoção de uma cultura

de respeito aos direitos e liberdades fundamentais, da prática democrática e solidária por

meio de atividades que valorizem o respeito às diferenças, valorize a diversidade étnico-

racial, cultural, geracional, territorial, corporal, de gênero e diversidade sexual, de

nacionalidade. Construção de propostas de cidadania engajando os estudantes em

experiências de aprendizagens significativas.

Rádio Escolar15:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas

diversos por meio de projeto de rádio escolar, permitindo o acesso e a difusão de informação

sobre direitos e liberdades fundamentais, estimulando práticas de respeito às diferenças,

15 As orientações complementares referentes a Rádio Escola serão disponibilizadas em documento

complementar.

66

assim como campanhas nas quais os estudantes se engajam para promoção da saúde na

escola e na comunidade, além da prevenção de doenças e agravos.

Robótica Educacional:

Ementa: essa atividade objetiva preparar os estudantes para montar mecanismos

robotizados simples baseados na utilização de "kits de montagem", possibilitando o

desenvolvimento de habilidades em montagem e programação de robôs. Proporciona um

ambiente de aprendizagem criativo e lúdico, em contato com o mundo tecnológico,

colocando em prática conceitos teóricos a partir de uma situação interativa, interdisciplinar

e integrada. Permite uma diversidade de abordagens pedagógicas em projetos que

desenvolvam habilidades e competências por meio da lógica, blocos lógicos, noção espacial,

teoria de controle de sistema de computação, pensamento matemático, sistemas eletrônicos,

mecânica, automação, sistema de aquisição de dados, ecologia, trabalhos em grupos,

organização e planejamento de projetos.

Tecnologias Educacionais:

Ementa: aplicação de tecnologias específicas visando à instrumentalização metodológica

para ampliação das oportunidades de aprendizado dos estudantes. Ressalta-se que as

tecnologias educacionais devem ser direcionadas às diversas áreas do conhecimento.

Vídeo:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas

diversos por meio da produção audiovisual, com exibição de curtas, produção de vídeo-

histórias, criação de roteiros, filmagens, envolvendo expressões próprias da cultura local,

com temas que tratem da valorização das diferenças, da afirmação da equidade, da afirmação

das identidades e do registro da história local. Além disso, possibilita tratar dos temas de

Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos, por meio de pequenos

* Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o desenvolvimento das mesmas ou por meio de parcerias (academias,

ONGs, OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

67

documentários e/ou curtas-metragens, envolvendo os estudantes em pesquisas sobre hábitos

saudáveis, levando-os a refletirem sobre os desafios locais.

D) Cultura, Artes e Educação Patrimonial16

Incentivo à produção artística e cultural, individual e coletiva dos estudantes como

possibilidade de reconhecimento e recriação estética de si e do mundo, bem como da

valorização às questões do patrimônio material e imaterial, produzido historicamente pela

humanidade, no sentido de garantir processos de pertencimento do local e da sua história.

Brinquedos e Artesanato Regional:

Ementa: os brinquedos e o artesanato enquanto manifestações da cultura popular permitirão

criação e confecção de objetos feitos manualmente. Partindo dos conhecimentos e saberes

locais, a técnica deve ser percebida enquanto elemento cultural vivo nas comunidades, pois

é passada de pai para filho. O artesão expressa em sua arte, espontaneidade, crenças,

tradições e saberes, manifestando experiências e visão de mundo, a partir de suas produções

artesanais concebidas na arte popular regional de determinado território.

Canto Coral:

Ementa: propiciar ao estudante condições para o aprimoramento de técnicas vocais do ponto

de vista sensorial, intelectual e afetivo, tornando-o capaz de expressar-se com liberdade por

meio da música e auxiliando na formação do ouvinte, de forma a contribuir para a integração

social e valorização das culturas populares.

Capoeira:

Ementa: incentivo à prática da capoeira como motivação para desenvolvimento cultural,

social, intelectual, afetivo e emocional de crianças e adolescentes, enfatizando os seus

aspectos culturais, físicos, éticos, estéticos e sociais, a origem e evolução da capoeira, seu

histórico, fundamentos, rituais, músicas, cânticos, instrumentos, jogo e roda e seus mestres.

16 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

68

Cineclube:

Ementa: produção e realização de sessões cinematográficas, desde a curadoria à divulgação

(conteúdo e forma), técnicas de operação dos equipamentos e implementação de debate.

Noções básicas de distribuição do equipamento no espaço destinado a ele, de modelos de

sustentabilidade para a atividade de exibição não comercial e de direitos autorais e

patrimoniais, além de cultura cinematográfica – história do cinema, linguagem, cidadania

audiovisual.

Contos:

Ementa: incentivar a prática de leitura e contação de histórias junto aos estudantes e à

comunidade, a fim de promover a saúde e a educação por meio da cultura popular a partir

do legado da literatura de contos.

Danças:

Ementa: organização de danças coletivas (regionais, clássicas, circulares e contemporâneas)

que permitam apropriação de espaços, ritmos e possibilidades de subjetivação de crianças,

adolescentes e jovens. Promoção da saúde e socialização por meio do movimento do corpo

em dança.

Desenho:

Ementa: introdução ao conhecimento teórico-prático da linguagem visual, do processo

criativo e da criação de imagens. Experimentação do desenho como linguagem,

comunicação e conhecimento. Percepção das formas. Desenho artístico. Composição,

desenho de observação e de memória. Experimentações estéticas a partir do ato de desenhar.

Oferecimento de diferentes possibilidades de produção artística e/ou técnicas por meio do

desenho. Desenvolvimento intelectual, por meio do ato de criação.

Escultura e Cerâmica:

Ementa: desenvolvimento intelectual por meio do ato de criação, emocional, social,

perceptivo e físico e experimentações estéticas a partir de práticas de escultura. Iniciação aos

69

procedimentos de preparação e execução de uma obra escultórica como arte e introdução às

principais questões da escultura contemporânea.

Etnojogos:

Ementa: diversidade etnocultural na educação física escolar, objetivando a preservação de

jogos tradicionais, brincadeiras e manifestações esportivas regionais (cabo de guerra,

atletismo, corrida com tora, futebol de cabeça, jogo com tacos, etc.).

Literatura de Cordel:

Ementa: aprendizado de estruturas básicas de literatura, envolvendo leitura, interpretação e

improvisação por meio de vivências coletivas com crianças e adolescentes.

Desenvolvimento sociocultural pela valorização, reconhecimento e recriação das culturas

populares e iniciação à literatura de cordel como linguagem, manifestação cultural e prática

socializadora.

Mosaico:

Ementa: introdução ao conhecimento teórico-prático da linguagem visual, do processo

criativo e da criação de imagens por meio da experimentação do desenho como linguagem,

comunicação e conhecimento; da percepção das formas; do desenho artístico; da

composição, do desenho de observação e de memória; da criação bi e tridimensional no

plano e no espaço por meio da linguagem gráfica do mosaico, dos procedimentos e dos

materiais; dos sistemas de escalas; dos conceitos de representação gráfica de elementos

ortogonais; das noções gerais de geometria; da geometria plana com construção de figuras

geométricas; da geometria espacial com planificação e construção de poliedros; e da

pertinência, do paralelismo e da perpendicularidade.

Música:

Ementa: desenvolvimento dos elementos técnico-musicais, bem como, do trabalho em

grupo, da cooperação, do respeito mútuo, da solidariedade, do senso crítico e da autonomia.

Repertório com peças de variados estilos e gêneros musicais. Percussão Corporal, Jogos

Musicais e Dinâmicas de Grupo como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem

70

musical. Construção de instrumentos musicais alternativos. Execução, apreciação e criação

musical. Valorização da cultura brasileira e das culturas regionais.

Percussão:

Ementa: aprendizado de técnicas em diversos instrumentos de percussão por meio de uma

abordagem integradora, tratando de aspectos relacionados não só com a mecânica e a técnica

instrumental, mas também, com performance, apreciação e criação musical. Integração

social e desenvolvimento sociocultural pela valorização, reconhecimento e recriação das

culturas populares.

Pintura:

Ementa: desenvolvimento intelectual, por meio do ato de criação, emocional, social,

perceptivo, físico e estético, tendo como direcionamento a pintura como arte. Estudo teórico

e prático da linguagem pictórica. Utilização de técnicas tradicionais, contemporâneas e

experimentais das formas de pintura. Conhecimento e apreciação de obras clássicas e

contemporâneas de pintura.

Práticas Circenses:

Ementa: incentivar práticas circenses junto aos estudantes e à comunidade, a fim de

promover a saúde e a educação por meio de uma cultura corporal e popular a partir do legado

patrimonial do circo.

Teatro:

Ementa: promoção por meio dos jogos teatrais de processos de socialização e criatividade,

desenvolvendo nos estudantes a capacidade de comunicação pelo corpo em processos de

reconhecimentos em práticas coletivas.

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o desenvolvimento das mesmas ou por meio de parcerias (academias,

ONGs, OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

71

E) Educação em Direitos Humanos17

A Educação em Direitos Humanos compreende um conjunto de atividades educacionais que

tem a finalidade de promover o respeito de todos os direitos e liberdades fundamentais,

contribuindo para a prevenção e combate ao preconceito, discriminação e violências. Essas

atividades devem proporcionar conhecimento, habilidades, competências e empoderamento

para que os estudantes sejam protagonistas da construção e promoção de uma cultura de

direitos humanos. É importante levar em conta que, no contexto do campo, o acesso à

moradia e à terra produtiva, a relação campo e cidade e a migração, dentre outras questões,

fazem parte das reflexões sobre a promoção e proteção dos direitos humanos.

As atividades serão desenvolvidas na modalidade de oficinas pedagógico-culturais por meio

de múltiplas linguagens artísticas, com utilização de recursos que permitem que ao longo do

ano sejam apresentadas diversas temáticas de direitos humanos, envolvendo a valorização:

da memória social no campo; das relações de trabalho na terra; da cultura local; da história,

cultura e direitos dos povos indígenas e afrodescendentes; das práticas democráticas e

exercício da cidadania no campo; da contribuição dos movimentos sociais no campo e sua

atuação no controle das políticas públicas; do cooperativismo e tecnologias sociais; além da

contribuição no enfrentamento ao trabalho infantil e ao trabalho escravo.

As metodologias implementadas devem discutir os direitos da criança e do adolescente;

inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação; as questões relativas à equidade de gênero e diversidade sexual,

etnicorracial e religiosa, entre outros.

As atividades devem abordar os temas de direitos humanos de maneira transversal e

interdisciplinar, levando os estudantes a refletirem e dialogarem sobre seus direitos e

17 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o desenvolvimento das mesmas ou por meio de parcerias (academias,

ONGs, OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

72

responsabilidades enquanto protagonistas de uma sociedade livre, pluralista e inclusiva, a

partir do contexto escolar e social no qual estão inseridos.

Arte Audiovisual e Corporal:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas de

direitos humanos por meio do cinema, com exibição de filmes, criação de roteiros,

filmagens, produção de curtas ou longas, além de exibição e produção de vídeo-histórias,

envolvendo expressões cênicas e sonoras próprias da cultura local, com temas que tratem da

valorização das diferenças, da afirmação da equidade, da eliminação de estereótipos, da

afirmação das identidades e do registro da história e cultura local.

Arte Corporal e Jogos:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas de

direitos humanos por meio do teatro interativo, das expressões circenses, dos jogos

tradicionais e da contação de histórias, proporcionando a compreensão e a valorização de

atitudes de respeito aos direitos humanos, estimulando a solução mediada de conflitos que

reafirmem práticas cooperativas.

Arte Corporal e Som:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas de

direitos humanos por meio de danças populares, criação e expressão musical valorizando a

instrumentalidade sonora do campo para sensibilizar sobre direitos e liberdades, não

discriminação e práticas democráticas, estimulando, assim, o autorreconhecimento e

permitindo compreender e reconhecer as situações de respeito aos direitos humanos.

Arte Gráfica e Literatura:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas de

direitos humanos por meio do desenho, da pintura, da fotografia, do fotoquadrinho e do

webdesign, permitindo refletir e compreender os direitos e liberdades fundamentais. Orientar

para atitudes de não discriminação valorizando as práticas democráticas, articuladas com a

contação de histórias, estimula o reconhecimento de situações de respeito aos direitos

humanos.

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Arte Gráfica e Mídias:

Ementa: essa atividade tem o propósito de trazer para o universo do estudante temas de

direitos humanos por meio de projeto de rádio escolar, da edição de jornal e da elaboração

de quadrinhos, permitindo o acesso e a difusão de informação sobre direitos e liberdades

fundamentais, estimulando práticas de respeito às diferenças, assim como, de atitudes de não

discriminação e valorização das práticas democráticas.

Educação em Direitos Humanos:

Ementa: por meio de múltiplas linguagens artísticas, entre as quais a fotografia, o vídeo, a

literatura, a música e a dança, esta atividade se propõe a abordar os direitos humanos de

maneira transversal e interdisciplinar, levando os estudantes a refletirem e dialogarem sobre

seus direitos e responsabilidades enquanto protagonistas de uma sociedade livre, pluralista

e inclusiva, a partir do contexto escolar e social no qual estão inseridos. Os recursos

disponibilizados permitem que ao longo do ano sejam organizadas exibições fotográficas,

apresentações musicais e teatrais, mostra de vídeos, entre outros, a respeito das diversas

temáticas de direitos humanos, quais sejam: proteção da infância e adolescência; equidade

de gênero e diversidade sexual; enfrentamento ao trabalho infantil; bullying; memória e

verdade; história e cultura africana e indígena; inclusão de pessoas com deficiência;

democracia e cidadania; liberdade artística, livre expressão do pensamento, entre outras.

F) Esporte e Lazer18

Atividades baseadas em práticas corporais, lúdicas e esportivas, enfatizando o resgate da

cultura local, bem como o fortalecimento da diversidade cultural. As vivências trabalhadas

na perspectiva do esporte educacional devem ser voltadas para o desenvolvimento integral

do estudante, atribuindo significado às práticas desenvolvidas com criticidade e criatividade.

O acesso à prática esportiva por meio de ações planejadas, inclusivas e lúdicas visa

incorporá-la ao modo de vida cotidiano.

18 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

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Atletismo; Basquete; Futebol; Futsal; Handebol; Tênis de Mesa; Voleibol;

Xadrez Tradicional; Esporte na Escola/Atletismo e Múltiplas Vivências

Esportivas:

Ementa: apoio às práticas esportivas para o desenvolvimento integral dos estudantes pela

cooperação, socialização e superação de limites pessoais e coletivos, proporcionando, assim,

a promoção da saúde.

Ciclismo:

Ementa: atividade direcionada às escolas do campo, tendo por objetivo a prática do esporte

saudável na perspectiva do desenvolvimento integral do estudante, fazendo da prática do

pedalar ações que visem o contato direto com a natureza.

Corrida de Orientação:

Ementa: trata-se de uma atividade multidisciplinar, na qual o terreno exige vivências

motoras, cognitivas e físicas variadas. O mapa de orientação deve retratar detalhes de uma

região (relevo, vegetação, hidrografia, edificações e outros) por meio de símbolos.

Judô:

Ementa: estímulo à prática e vivência das manifestações corporais relacionadas às lutas e

suas variações, como motivação ao desenvolvimento cultural, social, intelectual, afetivo e

emocional de crianças e adolescentes. Acesso aos processos históricos das lutas e suas

relações às questões histórico-culturais, origens e evolução, assim como o valor

contemporâneo destas manifestações para o homem. Incentivo ao uso e valorização dos

preceitos morais, éticos e estéticos trabalhados pelas lutas.

Atividades marcadas com asterisco: só poderão ser ofertadas caso a escola já desenvolva essa atividade,

possua os itens de capital necessários para o desenvolvimento das mesmas ou por meio de parcerias (academias,

ONGs, OSCIPs, clubes, etc) que garantam seu funcionamento.

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Recreação e Lazer/Brinquedoteca:

Ementa: incentivo às práticas de recreação e lazer como potencializadoras do aprendizado

das convivências humanas em prol da saúde e da alegria. Priorização do brincar como

elemento fundamental da formação da criança e do adolescente.

G) Iniciação Científica19

A iniciação científica envolve a investigação e a construção do conhecimento e busca de

soluções dos problemas para os quais não existem respostas acabadas. Incentiva o

desenvolvimento de capacidades entre estudantes da educação básica, orientando-os a

encontrar as respostas por meio de pesquisa.

O espaço em que estes estudantes se encontram assume fundamental importância, à medida

que pode e deve ser utilizado como um “laboratório vivo”, conduzindo-os em direção à

conscientização e a um compromisso mais abrangente sobre e com a vida.

Iniciação Científica:

Ementa: investigação no campo das Ciências da Natureza sobre meio ambiente e

sustentabilidade, enfocando temáticas como: proteção dos mananciais hídricos, conservação

do solo, impacto das mudanças climáticas, flora e fauna nativas, uso e aproveitamento

racional da água, energia limpa, etc., a fim de que ciência e tecnologia se constituam como

dispositivos de reconhecimento e recriação. Este processo engloba a criação de Laboratórios

e Projetos Científicos, criação de Feiras de Ciência, a inscrição no Prêmio Ciências do

Ministério da Educação e/ou a participação na Olimpíada Brasileira de Ciências, além de

organização, manutenção e acompanhamento de exposições, demonstrações e experimentos.

19 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

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H) Memória e História das Comunidades Tradicionais (voltada para as

Comunidades Remanescentes de Quilombos, Indígenas e do campo, mas não

exclusiva)20

Valorização da cultura local e diversidade cultural, história oral, identidade e territorialidade

das matrizes africanas no Brasil, história e cultura afro-brasileira e africana, consciência

política e histórica da diversidade, fortalecimento de identidade e direitos, ações educativas

de combate ao racismo e às discriminações, tendo como subsídio o Plano Nacional de

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a Educação para as

Relações Étnicorraciais (ERER). Apoio às práticas que promovam a afirmação da história

da comunidade por meio da história oral, além de ações afirmativas que promovam a

identidade da comunidade pela cooperação, socialização e superação dos preconceitos

pessoais e coletivos.

Atividades disponíveis neste macrocampo:

Brinquedos e Artesanato Regional; Canto Coral; Capoeira; Cineclube; Contos;

Danças; Desenho; Escultura/Cerâmica; Etnojogos; Literatura de Cordel; Mosaico;

Percussão; Pintura; Práticas Circenses e Teatro.

I) Promoção da Saúde21

Apoio à formação integral dos estudantes com ações de prevenção e atenção à saúde, por

meio de atividades educativas que poderão ser incluídas no projeto político pedagógico

(projetos interdisciplinares, teatro, oficinas, palestras, debates e feiras) em temas da área da

saúde como saúde bucal, alimentação saudável, cuidado visual, práticas corporais, educação

para saúde sexual e reprodutiva, prevenção ao uso de drogas (álcool, tabaco e outras), saúde

mental e prevenção à violência. Desse modo, possibilitar o desenvolvimento de uma cultura

de prevenção e promoção à saúde no espaço escolar, a fim de prevenir os agravos à saúde e

20 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Educação no Campo.

Disponível em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/educacao_campo.pdf>. Acesso em: 10

de janeiro de 2017.

21 Material complementar sobre o Macrocampo: Série Cadernos Pedagógicos – Promoção da Saúde. Disponível

em: <http://educacaointegral.mec.gov.br/images/pdf/pme/promocao_saude.pdf>. Acesso em: 10 de janeiro de

2017.

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vulnerabilidades, com objetivo de garantir a qualidade de vida, além de fortalecer a relação

entre as redes públicas de educação e saúde.

Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos à Saúde:

Ementa: criação de estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos a

partir do estudo de problemas de saúde regionais: dengue, febre amarela, malária,

hanseníase, doença falciforme, etc. Promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos no

currículo escolar por meio de alimentação saudável dentro e fora da escola; saúde bucal;

práticas corporais e educação do movimento; educação para a saúde sexual, saúde

reprodutiva e prevenção das DST/AIDS; prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas;

saúde ambiental; promoção da cultura de paz e prevenção das violências e acidentes.