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Regressamos do Festival de Avignon com a convicção de que apostámos certo enquanto co-produtores de ATEM le souffle de Josef Nadj – funâmbulo dos sonhos que esburaca a superfície da realidade além das linguagens expectáveis ou das modas de partilha. Com este espectáculo, Nadj devolve-nos um acto íntimo numa câmara escura, dentro da qual não é óbvio o sentido doméstico da narrativa, apesar de muito primeva e artesanal e reconhecível matéria que se expande dos pormenores exactíssimos e do poder material do corpo no espaço onírico. Um sopro mágico que transporta heranças de uma Europa sabedora e despojada, e que habita no corpo amadurecido de um artista que não se (dis)trai das suas necessidades, nem se nega à partilha de novas descobertas.Ao falar de ATEM le souffle, falo de princípios inscritos na nova temporada que agora se inaugura. Cada projecto demonstra por formas diversas a vontade de exploração de cada autor exposto ao seu tempo pessoal e ao tempo quotidiano que atravessa, indo buscar à rua histórias de vida para no-las revelar em percursos pela cidade ou bairro, cartografando a memória dos lugares; desencantando ritos festivos e sazonais das comunidades, congregando profissionais e cidadãos; experimentando actos em exercícios mais íntimos – trazendo para a cena palavras de poetas, cronistas, pintores. E sons de virtuosas guitarras, canções do Sr. Brecht, coreografias de Barros e Keersmaeker.

“Do susto e Do esplenDor”

Abrimos por dois dias o palco à tragédia, para que duzentos não-profissionais dêem corpo e voz ao exercício cénico, dirigidos à vez por quatro encenadores. Recebemos, num primeiro ciclo de espectáculos, O Ano do Brasil em Portugal. Textos de Howard Barker e Maria Velho da Costa/Luísa Costa Gomes serão estreia, devolvendo fantasmas tratados com deferência à acção do nosso presente.Abro ao acaso, que assim se joga o jogo da leitura de Da Rosa Fixa de Maria Velho da Costa, para ver o que nos sugere a profecia:

109.Ai da roseira brava proliferandoà distância da mão. Jamais pe-rante a sua floração suspenderá opasso o viandante extasiado, sabe-dor esquecido da magnificênciadas hábeis cicatrizes e enxertias.Ó povos da discreta cirurgia dasflores, dai-me assento nalgumamuito hábil contensão do sustoe do esplendor.

Que cada qual resolva tão inesperada e guardada beleza.Acção, que os tempos urgem!

nuno carinhas

Director Artístico do TNSJ

Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.

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seteMBroDeZeMBro2012

Mosteiro são Bento da Vitória

Esta é a Minha CidadE E Eu QuEro ViVEr nEla cocriação e direção Joana Craveirocoprodução Teatro do Vestido, TNSJ

teatro Carlos Alberto

raso CoMo o Chãocriação e interpretação Ana Deus, João Sousa Cardosoa partir da obra homónima de Álvaro Lapaprodução Três Quatro Lente

Mosteiro são Bento da Vitória

oVo

cocriação Edgard Fernandes, Eric de Sarria, Isabel Barros, Rui Queiroz de Matos, Sara Henriques, Shirley Resendecoprodução Teatro de Marionetas do Porto, TNSJ

teatro Carlos Alberto

22+23set2012

MECâniCa

de João Calixto, Márcia Lançacoprodução Fosso de Orquestra, FIMP

teatro nacional são João

21+22set2012

EstrangEiros

direção e coreografia Né Barroscoprodução Balleteatro, Guimarães 2012, TNSJ

Mosteiro são Bento da Vitória

27-30 set2012

arraial

direção André Braga, Madalena Victorino coprodução Circolando, A Oficina/Guimarães 2012, Porto 2.0/Manobras no Portocolaboração TNSJ

teatro nacional são João

1 out2012

Dia Mundial da Música

arMandinho,ParEdEs E roChaTributo à Guitarra Portuguesaum recital de Miguel Amaral e João Moutinhoprodução TNSJ

5-12 set 2012

13-15 set 2012

18set2012

Mosteiro são Bento da Vitória

8-10out2012

IsMIr: ConCertos

organização INESC Portoparceria TNSJ

teatro nacional são João Salão Nobre

rECital à BrasilEirapoemas de Fernando Pessoainterpretação Elisa Lucinda, Geovana Piresprodução Companhia da Outra

o FIMp no tnsJ

teatro nacional são João

teatro nacional são JoãoSalão Nobre

31 out 1 nov2012

10 out2012

Cartas dE Maria JuliEta E Carlos druMMond dE andradEencenação e interpretação Sura Berditchevsky

9+10 out 2012

o Ano do Brasil em portugal

Apresentação do livro

FErnando PEssoa– CaValEiro dE nadade Elisa Lucinda

teatro nacional são João

3+4nov2012

hEll

de Lolita Pilleencenação Héctor Babencoprodução H2E Produções

teatro nacional são João

8-11nov 2012

Missa dos QuiloMBosmúsica Milton Nascimentotextos Pedro Casaldáliga, Pedro Tierradireção geral Luiz Fernando Loboprodução Companhia Ensaio Aberto

teatro nacional são João

11-14 out 2012

ainda não é o FiM

a partir de Manuel António Pinaencenação João Britescriação Teatro O Bando

teatro Carlos Alberto

18-28out2012

Porto s. BEnto

encenação Nuno Cardosocoprodução Ao Cabo Teatro, Manobras no Porto, TNSJ

teatro nacional são JoãoSalão Nobre

19-27 out2012

KaBarEt KEunEr E outras históriasa partir de Bertolt Brechtencenação Fernando Mora Ramosprodução Teatro da Rainha

teatro Carlos Alberto

14 nov2 Dez 2012

dEVagar

de Howard Barkerencenação Rogério de Carvalhocoprodução As Boas Raparigas…, TNSJ

teatro nacional são João

15+16 nov 2012

PrElúdio à sEsta dE uM Fauno, grossE FugE e noitE transFiguradacoreografias de Anne Teresa De Keersmaekerprodução Companhia Nacional de Bailado

Mosteiro são Bento da Vitória

21-25 nov 2012

atEM lE souFFlE

A CnB no tnsJ

direção e coreografia Josef Nadjprodução Centre chorégraphique national d’Orléans, Jel Színházcoprodução Festival d’Avignon, Théâtre de la Ville – Centquatre, TNSJ

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teatro nacional são João

Mosteiro são Bento da Vitória

teatro Carlos Alberto

teatro nacional são João

outDez2012

18 set11 Dez2012

29 set14 out2012

27+28out2012

oFICInAs DeteAtro e VoZorganização TNSJ

lEituras noMostEirocoordenação Nuno M Cardoso, Paula Bragaorganização TNSJ

o MErCador dE VEnEzade William Shakespeareencenação Ricardo Paisprodução Companhia de Teatro de Almadaparceria TNSJ

JiM

coreografia Paulo Ribeirocoprodução Companhia Paulo Ribeiro, Guimarães 2012, São Luiz Teatro Municipal, TNSJ

nação ValEntE!

criação Gonçalo Waddington, Carla Maciel, Sofia Dias & Vítor Rorizcoprodução Culturgest, Guimarães 2012, TNSJ

EsColas no tEatrocoordenação Luísa Corte-Realorganização TNSJ

atEliEr 200

direção Cristina Carvalhal, Nuno Cardoso, Nuno M Cardoso, Victor Hugo Pontesrealização vídeo João Tunaprodução TNSJ para a UTE

Oficina/Leitura encenada

Fora de portas

Avanteatro Seixal9 set 2012

teatro Viriato Viseu14 set – 15 Dez 2012

Cinema-teatro Joaquim d’Almeida Montijo21+22 set 2012

teatro CavallerizzaReggio Emilia, Itália2-4 out 2012

teatro Municipal de Almada20 out – 11 nov 2012

Centro Cultural Vila Flor Guimarães24 nov 2012

Culturgest Lisboa29 nov - 2 Dez 2012

teatro Viriato Viseu30 nov + 1 Dez 2012

Centro Cultural Vila Flor Guimarães14 Dez 2012

théâtre d’orléansFrança12-16 Dez 2012

diz-lhEs QuE nãoFalarEi nEM QuE ME MatEMtexto e encenação Marta Freitasinterpretação Mário Santoscoprodução Mundo Razoável, Guimarães 2012, Bastidor Público, TNSJ

todos os FantasMas usaM Botas PrEtasexposição de fotografias de João Tunaprodução TNSJ

ilhas

a partir de Raul Brandãoconceção e direção Luís Castrocoprodução KARNART, Guimarães 2012, Cinema--Teatro Joaquim d’Almeida, São Luiz Teatro Municipal, TNSJ

atEM lE souFFlE

teatro Carlos Alberto

13-15Dez2012

BoM dia BEnJaMiMencenação Teresa Sobralcoprodução Qatrelcolectivo, CCB/Fábrica das Artes

teatro nacional são João

6-23Dez2012

Casas Pardasde Maria Velho da Costadramaturgia Luísa Costa Gomesencenação Nuno Carinhasprodução TNSJ

teatro nacional são João

Faculdade de letras da universidade do porto

8+14+15Dez2012

Mesas-redondas

FalEMos dE Casasorganização Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, TNSJ

MEcENAS TNSJO TNSJ é MEMbRO DA

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Mosteiro são Bento da Vitória

5-12set2012

seg-sáb 21:30

cocriação e

interpretação Ainhoa Vidal, Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Rosinda Costa, Sofia Dinger, Tânia Guerreiro, Victor Hugo Pontes

figurinos Ainhoa Vidalparticipação

especial Margarida Campos, Rosa Moura,Rodrigo Pereira, Aureliano Silva, Carlos Costa, Albino Ribeiro

Numa cidade que começou por lhe ser estrangeira, o Teatro do Vestido desenvolveu o espetáculo Esta é a Minha Cidade e Eu Quero Viver Nela, consciente de que é preciso fazer mais para tornar uma cidade sua do que só desejar que o seja. Durante três semanas, palmilhando ruas estreitas, becos e quartos improváveis, numa sobreposição de lugares, memórias reais e construídas e em conjunto com as pessoas que estavam ali (porque são aquelas que realmente habitam a cidade), foi construído este espetáculo, no qual colaboram, para além da equipa do Teatro do Vestido, os criadores Victor Hugo Pontes e Sofia Dinger. Parte de um amplo projeto de intervenção e colaboração performativa que já teve

outras edições em diversos locais de Lisboa, todas elas únicas, Esta é a Minha Cidade e Eu Quero Viver Nela parte das cidades e das suas inquietações, das pessoas que as habitam, das camadas de significados às quais não se consegue escapar quando se olha mais atentamente para aquilo que já se olhou mil vezes. Esta é uma cartografia essencialmente afetiva, construída em sete percursos, fundados sobre a ideia de caminhar na cidade enunciada por Michel de Certeau, para quem “os passos tecem lugares, moldam espaços, esboçam discursos sobre a cidade”.

cocriação e direção JOANA CRAVEIRO

reposição

Esta é a Minha CidadE E Eu QuEro ViVEr nEla

produção

executiva Joana Vilelaassistência

de produção

Raquel Leão 

coprodução Teatro do Vestido, TNSJ

estreia 27Mar2012 MsBV (porto)

dur. aprox. 2:30M/12 anos

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teatro CarlosAlberto

13-15set 2012

qui-sáb 21:30

criação e interpretação ANA DEUSJOãO SOUSA CARDOSO

a partir da obra

homónima de

Álvaro Lapa

imagens e

comentário

João Sousa Cardosoleitura e

canções

Ana Deus

Já se tinham aproximado ambos do arsenal de formas enigmáticas de Álvaro Lapa (1939-2006), artista que legou ao nosso real quotidiano uma obra onde a pintura e a escrita se cruzam, numa diversidade de referências literárias, pictóricas e filosóficas. A Carbonária, uma “récita-atentado” perpetrada em 2008, adaptava muito livremente o livro Porque Morreu Eanes. Agora, Ana Deus (uma das forças criativas dos Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso, entre tantas outras aventuras performativas) e João Sousa Cardoso (artista plástico que trabalha no cruzamento da estética com as ciências sociais) desviam para o palco Raso como o Chão (1977), um dos seus textos mais intensos. Um espetáculo para uma cantora e um conferencista, encarnados nos corpos e

nas vozes destes cultores de um teatro desalinhado, autodidata, urgente. Raso como o Chão lembra a tradição, a revolução e as comunidades de desejo, explora a articulação entre o tema e a sua variação, a literatura, o escrito pessoal e a informação, o recorte, a colagem e a repetição. E lembra ainda um conjunto de canções que permitem uma viva reflexão sobre o país, ontem e hoje, e o ânimo criativo que a linguagem pode mobilizar.

À beira de um rio morava uma mulher e um homem totalmente nus. De cada vez que um deles saía à porta sem dizer ao outro para onde ia, era quase certo ir urinar ao pé do rio, a descer. Um dia, o homem estava a urinar e o sol dava-lhe na cara e nos olhos e os insetos voavam em volta das plantas. O homem fechou os olhos e a sorrir sentiu uma grande força dentro dele. Era a alegria. Quando voltou a casa foi comer uma laranja e beijar a pele da mulher que era loira.

álvaro lapa – “O Prazer de Urinar” (In Raso como o Chão)

estreia aBsoluta

raso CoMo o Chão

produção Três Quatro Lente

dur. aprox. 1:00M/12 anos

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Mosteiro são Bento da Vitória

a partir de uMa ideia original de ERIC DE SARRIA

18set2012

ter 21:30

cocriação

Edgard Fernandes, Eric de Sarria, Isabel Barros, Rui Queiroz de Matos, Sara Henriques, Shirley Resendemúsica

@c (Pedro Tudela e Miguel Carvalhais)

marionetas e

objetos cénicos

Rui Pedro Rodrigues, Filipe Garciavídeo

Albert Comafigurinos

Eugenia Piemontese, Cláudia Ribeiro

desenho

de luz

Rui Pedro Rodrigues

interpretação

Edgard Fernandes, Rui Queiroz de Matos, Sara Henriques, Shirley Resende

Ovo é um espetáculo de muitos começos. Não só por ser o primeiro produzido pelo Teatro de Marionetas do Porto após a morte do seu fundador e diretor – João Paulo Seara Cardoso –, cuja “escola”, legado ou questionamento artístico continua a ser a marca d’água da companhia. Estreado em Fevereiro de 2012 no Mosteiro de São Bento da Vitória e agora retomado pelo FIMP, Ovo marca o encontro entre a estética do TMP e o universo do marionetista francês Philippe Genty, cujo principal colaborador artístico – Eric de Sarria – esteve na génese do projeto, desencadeando um processo de criação coletiva também inédito na companhia

portuense (agora dirigida pela coreógrafa Isabel Barros). Encenador, diretora artística e atores trabalharam sobre os temas da vida e da morte; do começo, do fim e do recomeço; do passado, do presente e do futuro – em suma, da galinha e do ovo. Um processo que não se revelou estéril, dando origem a um espetáculo poético e fantasista, feito de associações livres e que atribui ao público um papel decisivo na reconstituição dos sentidos. Mais do que a pequena bola branca com que uma marioneta joga o seu futebol alado ou do que a barriga de uma marioneta grávida de ideias, o ovo é aqui uma poderosa metáfora do tempo e de um perpétuo renascimento.

coprodução

Teatro de Marionetas do Porto, TNSJ

estreia

16Fev2012 MsBV (porto)

dur. aprox. 50’M/12 anos

oVoo FIMp no tnsJ teatro

Carlos Alberto

de JOãO CALIxTO MÁRCIA LANçA

22+23set2012

sáb 21:30dom 16:00

direção

João Calixto interpretação

João Calixto Márcia Lançaapoio à criação

Frederico Lobodesenho de

luz Alexandre Coelho

coprodução

Fosso de Orquestra, FIMP – Festival Internacional de Marionetas do Portoapoio Fundação Calouste Gulbenkian

No século XIX, o engenheiro Giuseppe Antonio Borgnis – autor de importantes tratados sobre uma série de máquinas e engenhos (agrícolas, hidráulicos, teatrais, etc.) – definia a mecânica como “a ciência do equilíbrio e do movimento”. Com o espetáculo que assinala o encerramento do FIMP em 2012,

João Calixto – “construtor de objetos” – faz-nos ver a mecânica como uma poética do equilíbrio e do movimento. Mecânica retoma o ancestral encanto suscitado pelo funcionamento das máquinas, vistas não apenas como objetos utilitários, mas também como artefactos criativos e poéticos.

dur. aprox. 1:00M/6 anos

espetáculo de

encerramento

do FiMp

estreia aBsoluta

MECâniCa

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direção e coreograFia Né BARROS

música

(interpretada

ao vivo)

Alexandre Soares, Jorge Queijoarte digital

João Martinho Moura

desenho

de luz

Alexandre Vieiraadereços

e figurinos

Flávio Rodrigues, Né Barros

interpretação

Bruno Senune, Flávio Rodrigues, Joana Castro, Pedro Rosa

coprodução

Balleteatro, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, TNSJ

teatronacionalsão João

21+22 set2012

sex+sáb 21:30

EstrangEiros

estreia

26Jan2012

centro cultural

Vila Flor

(guimarães)

dur. aprox. 1:15M/18 anos

É uma dança-pensamento a que Né Barros vem produzindo nos últimos anos, ao refletir sobre tópicos candentes do nosso presente: a paisagem, a fronteira, a deslocação, a viagem. Aos corpos que habitam este território coreográfico a criadora chamou “movimentantes”. Desta vez, são estrangeiros. Um termo ambíguo, de inquietantes ressonâncias existenciais (por aqui, passa a sombra de O Estrangeiro de Albert Camus), que designa tanto aquele que se encontra num país que não é o seu, como aquele que transporta uma estranheza, que não

pertence a um espaço, tempo ou grupo. Estrangeiros é também, do ponto de vista disciplinar, uma criação apátrida: com música ao vivo de Alexandre Soares (habitual companheiro de estrada da coreógrafa) e Jorge Queijo, o espetáculo adquire a espaços contornos de concerto, perfazendo um arco musical que vai do hard rock à filigrana sonora da guitarra portuguesa. Contudo, no centro deste lugar estranho está o corpo pensante--dançante, capaz de interagir com a velha máquina cénica e com a nova antimatéria digital.

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CRIAçãO COLETIVA

direção ANDRé BRAGA MADALENA VICTORINO

dramaturgia

e assistência

à direção

Cláudia Figueiredocomposição

e interpretação

musical

Dead Comboconceção

plástica

André Braga realização

plástica

Nuno Guedes Nuno Brandão

figurinos

Ainhoa Vidaldesenho

de luz

Francisco Tavares Telesdesenho

de som

André Pires

interpretação

Àfrika Ferrin, Ainhoa Vidal, Mafalda Saloio, Patrick Murys, Paulo Mota,

Ricardo Machado, Ricardo Vaz Trindade, Romulus Neagu e grupo de participantes do Porto

coprodução

Circolando, A Oficina/Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, Porto

Mosteiro são Bento da Vitória

27-30set2012

qui-dom 21:30

arraial

2.0/Manobras no Portocolaboração

TNSJ

estreia

6Jul2012 donim

(guimarães)

dur. aprox. 1:45M/4 anos

Projeto de teatro-dança com a comunidade, cruzando intérpretes profissionais e amadores da cidade do Porto, Arraial resulta de uma imersão nas festas e romarias do Minho e Douro Litoral: Santo Amaro, São Sebastião, São Lázaro, Senhora do Ó, Senhor da Boa Fortuna… Como acontece em tantas outras criações da Circolando, também esta nasce de uma espécie de procissão: uma passagem por lugares, crenças, rituais, objetos, dos quais se extrai a matéria-prima a um tempo alada e terrena, onírica e física, de cada espetáculo. Com direção de André Braga e Madalena Victorino – coreógrafa a quem devemos alguns dos mais impressivos projetos artísticos

comunitários (relembremos Caruma, apresentado pelo TNSJ em 2007) –, Arraial faz-se das dimensões sagrada e profana das festividades religiosas populares, e deixa-se seduzir pela convivência de opostos: o ancestral e o pós-moderno, o solene e o desbocado, o rural e o suburbano, o elegante e o piroso, os atos de fé e as explosões dos sentidos. Cera, suor e lágrimas, num espetáculo em que a Circolando conta com a participação dos Dead Combo, cultores de uma música camaleónica onde confluem o fado, as mornas, o rock e – porque não? – o bailarico.

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teatro nacionalsão João

tributo à Guitarra portuguesa

uM recital de MIGUEL AMARAL

1out2012

seg 21:30

obras de

Armandinho Carlos Paredes e Fontes Rochainterpretação

Miguel Amaral (guitarra

portuguesa) e

João Moutinho

(viola)

direção musical

Miguel Amaraldireção cénica

Nuno Carinhas

produção TNSJ

dur. aprox. 1:00M/4 anos

Primeiro foi a provocatória instalação sonora de György Ligeti (Poema Sinfónico para 100 Metrónomos). Seguiu--se, em 2011, um happening musical protagonizado pelos 70 elementos da Banda de Música dos Mineiros do Pejão. Pela terceira vez, o Teatro celebra a Música e o seu Dia Mundial. No centro da comemoração estará a guitarra portuguesa, instrumento de salão e de taberna que o Fado erigiu em símbolo, mas cuja vida não se confina à “canção de Lisboa”. Solista de guitarra portuguesa, Miguel Amaral propõe um recital que distingue o talento de três executantes e compositores maiores deste instrumento: Armandinho (Armando Augusto Freire, 1891--1946), Carlos Paredes (1925-2004)

e José Fontes Rocha (1926-2011). Por acaso, ou talvez não, músicos nascidos em Lisboa, Coimbra e Porto, respetivamente, como que a dizer-nos que a guitarra portuguesa possui uma identidade múltipla. Viagem em 60 minutos por uma história praticamente desconhecida, Armandinho, Paredes e Rocha revela diferentes faces da guitarra portuguesa: do lirismo melódico de Armandinho, o mais importante compositor do instrumento no início do séc. XX, às sonoridades brilhantes de Fontes Rocha, conhecido sobretudo pelo seu trabalho de acompanhador de Amália, passando pelo romântico virtuosismo daquele que é considerado o maior intérprete de sempre da guitarra portuguesa: Carlos Paredes.

dia Mundial da Música

arMandinho, ParEdEs E roCha

8 OUTUBROpeças musicais de Daniel Teruggi e François Pachet

9 OUTUBROSéamsur IV, para saxofone soprano e stereo fixed media de Ryan MolloyAerial Vapours, peça acusmática de Lee Frasier Quiet Silence, para marimba e i-electronics de Steve Everett T-totum, para tarola amplificada e eletrónica de Panayiotis Kokoras Intersections, para violoncelo, percussão e eletrónica de João Pedro Oliveira

10 OUTUBROIntersecare, para violoncelo e eletrónica de Spencer TopelShubot, para piano, eletrónica e projeção vídeo de Nick Collins GrundCount, para contrabaixo, percussão e eletrónica de Martin ParkerOn the Edge of, para piano, eletrónica e projeção vídeo de Anna Weisling e Ole HeggliHB, para piano e eletrónica de Sever Tipei

organização

INESC Porto – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadoresparceria TNSJ

Mosteiro são Bento da Vitória

8-10out2012

seg 20:00ter+qua 22:00

IsMIr: ConCertos

A revolução na distribuição e no armazenamento de música desencadeada pela tecnologia digital tem vindo a gerar um interesse crescente no universo das artes, da investigação académica e da investigação aplicada à indústria. A 13.ª conferência da ISMIR – International Society for Music Information Retrieval, que este ano se realiza no Mosteiro de São Bento da Vitória, reflete esta realidade ao criar um espaço de discussão e partilha dos mais recentes desenvolvimentos nesta área. Para além da apresentação de comunicações, tutorias e trabalhos de pesquisa, o programa do evento integra um conjunto alargado de concertos, onde as tecnologias de acesso à informação musical rasgam novos horizontes criativos no trabalho de compositores e intérpretes. A seleção destes concertos foi assegurada pelos compositores Daniel Teruggi e François Pachet, em colaboração com Carlos Guedes e Pedro Rebelo, diretores do programa musical.

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20 21

20 21

o Ano do Brasil em portugal

Entre 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil) e 10 de junho (Dia de Portugal), os dois países celebram--se mutuamente. O Ano de Portugal no Brasil e o Ano do Brasil em Portugal decorrem em simultâneo, promovendo encontros que mostram a criatividade e diversidade das manifestações artísticas, culturais, científicas e empresariais de ambos os países. O TNSJ, que vem escrevendo com o Brasil um romance inacabado (os últimos capítulos foram redigidos já em 2011 e 2012, com a fulgurante carreira de Sombras, espetáculo de Ricardo Pais, em São Paulo e a apresentação no Porto de duas criações assinadas pelo Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho), toma parte da iniciativa, acolhendo três espetáculos teatrais, um recital e a apresentação de um livro sobre aquele que é considerado – de ambos os lados do Atlântico – o maior poeta de língua portuguesa.

organização Comissariado-Geral para o Ano do Brasil em Portugal, Funarte/Ministério da Cultura do Brasilcolaboração TNSJ

Rec

ital

à B

rasi

leir

a

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conceção, encenação

e interpretação

Sura Berditchevsky

coencenação

Luis Fernando Philbertpesquisa da correspondência

e idealização do projeto Pedro Drummond Sura Berditchevskydireção de arte Bia Junqueirafigurino Wagner Marquettedesenho de luz

Paulo Cesar Medeirosbanda sonora Alexandre Eliasanimação gráfica

Renato e Ricardo Vilaroucapesquisa iconográfica

Lucia Cerronepreparação vocal

Rose Gonçalvesprogramação visual PVDIfotos Dalton Valériopreparação corporal

Jean Marie Dubrul

produção Lilian Bertin, Celso Lemos (Brasil)

estreia 22Set2011 sesc

copacabana (rio de Janeiro)

dur. aprox. 1:10O espetáculo aguarda classificação

etária.

teatro nacionalsão João

31 out1 nov2012

qua+qui 21:00

Cartas dE Maria JuliEta E Carlos druMMond dE andradEPara comemorar os 40 anos de carreira, a atriz Sura Berditchevsky fez o espetáculo Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade. A peça retrata o relacionamento entre o poeta modernista brasileiro e a sua filha única. Maria Julieta tinha apenas cinco anos de idade quando iniciou uma troca de cartas com o pai, desencadeando uma profunda e intensa cumplicidade. “Julieta e Drummond estabeleceram uma relação de amor, respeito, ética, companheirismo, afinidade intelectual através da literatura”, diz Sura Berditchevsky, que além de atuar, assina a conceção e encenação do espetáculo. Luis Fernando Philbert é o corresponsável pela encenação e Pedro Drummond assina com Sura a pesquisa da correspondência e a idealização do projeto.

poemas de Fernando Pessoainterpretação

Elisa Lucinda, Geovana Pires

produção

Companhia da Outra (Brasil)

curadoria Centro de Artes Cênicas – Ceacen/Funarteapoio TNSJ

estreia 3Dez2010 casa Fernando

pessoa (lisboa)

dur. aprox. 50’O espetáculo aguarda classificação

etária.

teatro nacionalsão João

salão nobre

9+10out2012

ter+qua 18:00

rECital à BrasilEiraOs poemas de Fernando Pessoa e seus heterónimos ganham uma inesperada vitalidade no corpo e na voz de Elisa Lucinda e Geovana Pires, duas atrizes brasileiras que assumiram recentemente as figuras de Álvaro de Campos e Alberto Caeiro no espetáculo A Natureza do Olhar, um absoluto sucesso de público em São Paulo e Rio de Janeiro. Há mais de uma década que Elisa Lucinda – também poeta e fundadora da estrutura Casa Poema (Rio de Janeiro) – ensina e diz poesia de uma forma viva, coloquial e despretensiosa, renunciando à pompa da declamação poética. Neste Recital à Brasileira, a atriz e encenadora Geovana Pires forma com Elisa Lucinda uma dupla jovial e emotiva, que nos revela parte da dor e do humor do poeta que tinha na língua portuguesa a sua pátria. No segundo dia da apresentação, o recital é seguido da apresentação do livro Fernando Pessoa – Cavaleiro de Nada, “uma autobiografia não autorizada” da autoria de Elisa Lucinda.

teatro nacional são João

salão nobre

10out2012

qua 19:30

apresentação do liVro

FErnando PEssoa – CaValEiro dE nada, uMa autoBiograFia não autorizadade Elisa Lucinda

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de Lolita Pilleadaptação

Héctor BabencoMarco Antônio Braz

encenação Héctor Babencoapoio à encenação Murilo Hauserconceção de imagem

Giovanni Biancocenografia Felipe Tassaradesenho de luz Beto Bruel

interpretação

Bárbara PazPaulo Azevedo

produção

H2E Produções (são paulo, Brasil)

estreia 7Out2010 teatro sesi

(são paulo)

dur. aprox. 1:15O espetáculo aguarda

classificação etária.

música Milton Nascimentotextos Pedro Casaldáliga,Pedro Tierradireção geral Luiz Fernando Lobodireção musical Túlio Mourãocenografia Cláudio Mourafigurinos Beth Filipecki,Renaldo Machadodesenho de luz Leysa Vidalpreparação corporal Joana Marinhodanças afro-brasileiras

Valéria Monã, Forró Alabecoreografias (mariama e ofertório)

Paula Águasdireção de produção Tuca Moraes

interpretação Aurora Dias, Chamon, Cláudio Bastos, Cristianne de Souza, Deoclides Gouvêa, Flávia dos Prazeres, Fernando Muzzi, Forró, Alabe, Gilberto Miranda, Helena Cutter, Joana Marinho, Juliana Rubim, Ladston do Nascimento, Leandro Vieira, Letícia Soares, Luiza Moraes, Manoel Evangelista, Nelson Reis, Valéria Monã, Tuca Moraes (atores); Túlio Mourão, Jorge Oscar, Jairo de Lara, Renato Saldanha, Robertinho Silva, Régis Gonçalves, Ronaldo Silva, Júlio Diniz (músicos)

produção Companhia Ensaio Aberto (rio de Janeiro, Brasil)

curadoria Centro de Artes Cênicas – Ceacen/Funarteapoio TNSJ

estreia 12Set2002 armazém do rio

(rio de Janeiro)

dur. aprox. 1:30O espetáculo aguarda classificação

etária.

teatro nacionalsão João

teatro nacionalsão João

3+4nov2012

sáb 21:30dom 16:00

8-11nov2012

qui-sáb 21:30dom 16:00

hEll Missa dos QuiloMBos

Aos 21 anos, a escritora cool-trash Lolita Pille publicou um romance intitulado Hell, que rapidamente se tornou um campeão de vendas em França e, logo depois, um fenómeno editorial em múltiplas línguas e países. Não admira: de todas as obras literárias que exploram o desregrado e degradante modo de vida de jovens com pais milionários – sexo, vodca, cocaína, roupas de marca, entre outros regalos –, Hell parece não apenas uma das mais lúcidas, mas também uma das mais verdadeiras, renunciando a desculpas moralizantes e a justificações sociológicas. O realizador Héctor Babenco e o encenador Marco Antônio Braz seguiram o impulso de adaptar este misto de romance e relato confessional para o palco, trabalho de que resultou um espetáculo implacável, concebido para revelar a irresistível espiral de autodestruição da protagonista, interpretada pela atriz Bárbara Paz. A reputada crítica brasileira Bárbara Heliodora não hesitou em assinalar no jornal O Globo: “Hell é um espetáculo de alta categoria, que honra o teatro como instrumento de conhecimento de nós mesmos”.

Um elenco de 21 atores e oito músicos dá corpo a uma das obras mais emblemáticas de Milton Nascimento: Missa dos Quilombos. Uma obra histórica, com textos do arcebispo Pedro Casaldáliga e do poeta Pedro Tierra, estreada em 1981 e revisitada nos últimos dez anos pela Companhia Ensaio Aberto, uma estrutura carioca de forte vocação crítica e política. Missa dos Quilombos instala-nos numa central elétrica com várias dezenas de máquinas diferentes, de um singelo moinho a uma turbina de avião, trazendo para a linha da frente a história dos negros no Brasil. Adotando a estrutura padrão de uma missa, o espetáculo cruza o ritual católico e expressões da cultura afro-brasileira, numa sinestésica fusão de sons, cores, danças e ritmos. Com direção de Luiz Fernando Lobo, esta “missa revolucionária” canta uma história de opressão, mas também uma esperança indómita e um desejo imenso de liberdade.

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teatro nacional são João

a partir de crÓnicas e poeMas de MANUEL ANTóNIO PINA

encenação JOãO BRITES

11-14out 2012

qui-sáb 21:30dom 16:00

dramaturgia

João Brites Miguel Jesus

composição

musical

Jorge Salgueirocenografia

Rui Franciscooralidade

Teresa Limacorporalidade

Vânia Roviscofigurinos

Clara Bento

adereço freios

Isabel Curtodesenho de luz

João Cachulo

com

Ana Lúcia Palminha, Bruno Huca, Clara Bento, Guilherme Noronha, Paula Só, Raúl Atalaia, Sara de Castro (atores);

Abílio Coelho, André Banha, André Cabica, Filipe Cordeiro, João Reisinho, José Canha, Luís Santos, Marisa Borralho, Miguel Tapadas, Paulo Fragoso, Rodrigo Bispo (músicos)

criação

Teatro O Bando

ainda não é o FiM

parceria

Big Band Loureiros, Câmara Municipal de Palmela

estreia

18Mai2012 largo d’el

rei d. afonso

Henriques

(palmela)

dur. aprox. 1:30M/12 anos

“Perdemos os sonhos ou são os sonhos que nos perdem?”, pergunta um dos filhos a uma das mães que ocupam as ruas de uma cidade à procura das raízes da história e das estórias da revolução, essa Primavera reencontrada e perdida, e de novo sonhada. Interrogação cravada no coração de Ainda não é o fim, a nova criação do Teatro O Bando que convoca poemas e crónicas de Manuel António Pina para visitar o Portugal contemporâneo, caminho que se faz caminhando entre a euforia e a resignação, a festa e o cansaço,

a esperança e o derrotismo. Com encenação de João Brites e música de Jorge Salgueiro, interpretada ao vivo pela Big Band Loureiros, Ainda não é o fim não se deixa aprisionar numa forma estabilizada. É, a um tempo, um espetáculo de teatro, um concerto encenado, um arraial popular e libertário. Dito de outro modo: material de resistência e sobrevivência para memória presente, fiel ao espírito e à letra das palavras incandescentes e corrosivas de Manuel António Pina que o habitam.

teatro nacional são João

salão nobre

13out2012

sáb 16:00

CalMa é aPEnas uMa ConVErsaencontro com Manuel António Pina, João Britesmoderação Rui Lageorganização TNSJ

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teatro CarlosAlberto

draMaturgia e encenação NUNO CARDOSO

18-28out 2012

qua-sáb 21:30dom 16:00

assistência de

encenação

Victor Hugo Pontescenografia

F. Ribeirodesenho de luz

José Álvaro Correiasom

Rui LimaSérgio Martins

interpretação

Daniel Pinto João Meloe moradores do Centro Histórico do Porto

coprodução

Ao Cabo Teatro, Manobras no Porto, TNSJ

O espetáculo

aguarda

classificação

etária.

Porto S. Bento é uma estação de partidas e chegadas onde se cruzam viajantes, a caminho uns dos outros, no caminho uns dos outros. Juntos, desenham um mapa topográfico de uma cidade que é aqui um ponto de passagem para outras margens: dois atores profissionais (guias acidentais de um turismo existencial) contracenam com moradores do Centro Histórico do Porto, cidadãos anónimos que têm histórias e experiências para contar e trocar. Depois de um ciclo quase exclusivamente dedicado à leitura de clássicos da dramaturgia mundial, o Ao Cabo Teatro arrisca agora uma incursão nos meandros do Teatro

do Outro. Se Medida por Medida de Shakespeare, a anterior produção da companhia, projetava um olhar inclemente sobre os dias de hoje, Porto S. Bento prolonga essa conversa com a contemporaneidade, medindo o destino da luso-pátria à luz dos estados de alma da cidade do Porto. Antes de chegar ao palco do Teatro Carlos Alberto, o espetáculo circulará por dois dias na estação de comboios de São Bento integrado na programação do Manobras no Porto, evento que tem vindo a construir narrativas sobre uma cidade em trânsito para o futuro.

estreia aBsoluta

Porto s. BEnto

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teatro nacionalsão João

salão nobre

a partir de BERTOLT BRECHT

encenaçãoFERNANDO MORA RAMOS

19-27out 2012

qua-sáb 21:30

a partir de

As Histórias do Senhor Keuner, de Bertolt Brechttradução José Carlos Faria (cotejada pelos

trabalhos de

paulo Quintela,

arnaldo saraiva,

luís Bruheim e

Maria Hermínia

Brandão)

versão cénica,

seleção e

organização

de textos

José Carlos Fariadesenho de luz

Filipe Lopes

interpretação

José Carlos Faria

produção

Teatro da Rainha

estreia

12Mar2011 teatro da

rainha (caldas

da rainha)

dur. aprox. 1:00M/16 anos

Em Kabaret Keuner, Fernando Mora Ramos e José Carlos Faria devolvem--nos um Bertolt Brecht enigmático, rude e insolente, que apenas podemos encontrar nos seus poemas e nas magníficas Histórias do Senhor Keuner. Se há aqui algum didatismo, é um didatismo desconcertante, impróprio para bem pensantes e criaturas de progressistas intenções. Porque Keuner é um perguntador cujas afirmações apenas deflagram novas (e, no entanto, antiquíssimas) dúvidas. Com as suas pequenas histórias e aforismos, Keuner abre brechas no cimento do “Grande Costume”, como o dramaturgo alemão batizou a força inamovível dos clichés

e das verdades instituídas. O Teatro da Rainha – companhia dirigida por Fernando Mora Ramos que cultiva “os clássicos (desde que contemporâneos) e os contemporâneos (desde que classicizantes)” – põe este alter-ego de B.B. em cena, instalando no Salão Nobre do TNSJ um cabaré filosófico, uma aparente contradição nos termos, se tivermos em conta o apreço de Brecht por esse clown metafísico chamado Karl Valentin. Kabaret Keuner não exibe ligas na perna nem luzes de madrepérola, mas faz-se de dúvidas burlescas e variedades paradoxais. Bem-vindos ao cabaré do caviar dialético e da resistência ao lugar-comum.

KaBarEt KEunEr E outras histórias

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teatro CarlosAlberto

14 nov2 Dez 2012

qua-sáb 21:30 dom 16:00

de HOWARD BARKER

encenação ROGéRIO DE CARVALHO

tradução

Constança Carvalho Homemcenografia

Cláudia Armanda

figurinos

Catarina Barrosdesenho de luz

Jorge Ribeirosonoplastia

Luís Aly

Não fujam da catástrofe! No ano de todas as crises, esta poderia ser a divisa de uma das mais controversas figuras do teatro contemporâneo: Howard Barker, dramaturgo inglês cujo labor visa a revitalização da tragédia e uma arte do excesso – o excesso não como falta de gosto, mas como inimigo do gosto. De novo na companhia de Rogério de Carvalho, o encenador que em Portugal melhor conhece os argumentos do ideólogo do Teatro da Catástrofe, As Boas Raparigas… regressam àquele que pode ser designado como o seu autor fetiche. Fazem-no reunindo num espetáculo duas das peças mais recentes de Howard Barker. Em Devagar, quatro princesas debatem o seu destino enquanto os bárbaros avançam em direção ao palácio, devastando a civilização

e escravizando as populações. Por seu turno, Cinco Nomes confronta-nos com as figuras míticas de Penélope e Ulisses, as personagens bíblicas de Abraão e Sara e uma dona de casa, cujas histórias se entrelaçam numa luta comum contra a circunscrição das suas identidades. De Devagar não se pode esperar um espetáculo de digestão fácil ou consumo rápido. Este é um teatro árduo, que mobiliza o mito, a história e o presente (não a jornalística “atualidade”), mas imensamente fascinante, ao operar nos limites da experiência humana, entre a beleza e a violência, a elevação e a sordidez.

estreia nacional

dEVagardevagar + Cinco nomes

interpretação

Anabela Sousa, Carla Miranda, Maria do Céu Ribeiro, Sandra Salomé, Miguel Eloy, Fernando Moreira

coprodução

As Boas Raparigas…, TNSJ

M/16 anos

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teatro nacionalsão João

três coreograFias de ANNE TERESA DE KEERSMAEKER

15+16nov2012

qui+sex 21:30

interpretação

Bailarinos da CNB

coreografia

Anne Teresa De Keersmaekermúsica Ludwig van Beethoven (Grosse Fuge, op. 133)

direção Jean-Luc Ducourt

coreografia

Anne Teresa De Keersmaekermúsica Arnold Schönberg

(Verklärte Nacht, op. 4)

grossE FugE

noitE transFigurada

A CnB no tnsJ

cenografia e desenho de luz

Jan Joris Lamersfigurinos Nathalie Douxfilsanálise musical

Georges-Elie Octors

cenografia Gilles Aillaud, Anne Teresa De Keersmaekerfigurinos Rudy Sabounghidesenho de luz Vinicio Chelianálise musical Georges-Elie Octors

coreografia

Anne Teresa De Keersmaekervocabulário de dança

Anne Teresa De Keersmaeker, Rosas, David Hernandezfragmento de coreografia original

Vaslav Nijinskimúsica Claude Debussy (Prélude à

l’après-midi d’un faune)

cocriação Mark Lorimer, Cynthia

PrElúdio à sEsta dE uM Fauno

Loemij, Taka Shamoto, Kosi Hidama, Zsuzsa Rozsavölgyi, Tale Dolven, Kaya Kolodziejczyk, Elizaveta Penkóvacenografia e desenho de luz

Jan Joris Lamersfigurinos Tim Van Steenbergen assistência de figurinos

Anne-Cathérine Kunzassistência musical Alain Franco

análise musical

Alain Franco, Bojana Cvejiccolaboração na pesquisa de material

de dança histórica

Simon Hecquet

estreia mundial 17Mai2006

la Monnaie/de Munt (Bruxelas)

dur. aprox. 15’

A Companhia Nacional de Bailado oferece-nos a oportunidade de revisitar parte da obra em curso de Anne Teresa De Keersmaeker, coreógrafa belga que ao longo dos últimos 30 anos tem vindo a construir um percurso marcante, entretecido a partir de todas as expressões que a mediação dos corpos torna possível. Das três peças de repertório que aceitou reinterpretar com bailarinos da CNB, avulta desde logo a relação de privilégio concedida à música e à sua infinita capacidade de gerar movimento puro. Estratégia desde logo evidenciada em Prelúdio à Sesta de um Fauno, obra que De Keersmaeker trabalha sob o signo da histórica (e disruptiva) leitura coreográfica da partitura de Claude Debussy por Nijinski, em 1912. Grosse Fuge constrói-se sobre o último quarteto de cordas composto por Ludwig van

Beethoven, onde cada nota e cada gesto são coordenados com tal precisão que produzem uma inédita e fascinante dualidade entre o que se vê e o que se ouve. Noite Transfigurada, composição do jovem Schönberg inspirada no poema narrativo Verklärte Nacht de Richard Dehmel, coloca um novo desafio à coreógrafa, que aqui tem de contar uma história e desenhar personagens, operando numa lógica que privilegia a sugestão à ilustração. Diálogos oblíquos entre disciplinas que se escutam mas não se anulam mutuamente. Depois de Bamboo Blues e Sweet Mambo de Pina Bausch, que programámos em 2011, a grande dança do mundo continua a marcar presença nos palcos do TNSJ.

estreia mundial 2Fev1992

Halles de schaerbeek (Bruxelas)

dur. aprox. 17’

estreia mundial 4Nov1995

la Monnaie/de Munt (Bruxelas)

dur. aprox. 30’

produção

Companhia Nacional de Bailado

M/4 anos

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direção, coreograFia e cenograFia JOSEF NADJ

música original

Alain Mahéassistência

musical

Pascal Seixasfigurinos

Aleksandra Pešicadereços

László Dobó

interpretação

Anne-Sophie Lancelin,Josef Nadj

produção

Centre chorégraphique national d’Orléans, Jel Színház

coprodução

Festival d’Avignon, Théâtre de la Ville – Centquatre (paris), TNSJapoios DRAC Centre, Région Centre, Ville d’Orléans

Mosteiro são Bento da Vitória

21-25nov2012

qua-sex 21:30sáb+dom

16:00+21:30

atEM lE souFFlE

estreia

12Jul2012 Festival

d’avignon

(França)

dur. aprox. 1:15M/12 anos

O primeiro fator de inquietação em ATEM le souffle advém do dispositivo: um teatro miniatural, cuja plateia é constituída por sete filas (para um máximo de 60 espectadores) e um palco que consiste numa caixa preta elevada com quatro metros de largura e três de profundidade. É neste exíguo paralelepípedo – cuja simplicidade oculta a existência de aberturas, passagens, nichos e fundos falsos – que Josef Nadj nos propõe uma experiência simultaneamente espetacular e íntima. À luz de velas, o coreógrafo francês partilha o ínfimo palco com a bailarina Anne-Sophie Lancelin, operando sobre objetos, vestígios e sinais para construir um teatro da atenção e do detalhe,

repleto de pequenos acontecimentos vivos. Ao mesmo tempo que relança alguns tópicos nucleares do seu universo artístico – a exploração de materiais e a sua transformação, os elementos e o cosmos, e a questão do tempo, cíclico ou linear –, Josef Nadj aborda, pela primeira vez, duas das suas primordiais fontes de inspiração artística: as gravuras de Albrecht Dürer (em especial Melencolia I) e a obra poética de Paul Celan. Coproduzido pelo TNSJ, ATEM le souffle assinala o regresso do artista de origem sérvia ao Porto, depois de em 2011 ter apresentado Les Corbeaux – espetáculo de uma intensidade verdadeiramente hipnótica – no festival Odisseia.

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de MARIA VELHO DA COSTA

encenação NUNO CARINHAS

adaptação e

dramaturgia

Luísa Costa Gomescenografia

Pedro Tudelafigurinos

Maria Gambina

desenho de luz

Nuno Meiradesenho

de som

Francisco Leal

interpretação

Anabela Teixeira,Carmen Santos, Catarina Lacerda,

Emília Silvestre,João Castro, Joana Carvalho, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes, Rute Miranda

teatronacionalsão João

6-23Dez2012

qua-sáb 21:30dom 16:00

produção TNSJ

O espetáculo

aguarda

classificação

etária.

estreia aBsoluta

Casas Pardas

Há uma citação de Gil Vicente gravada na porta de entrada de Casas Pardas (1977), a sinalizar uma inconsciente passagem de testemunho nos projetos encenados por Nuno Carinhas em 2012: da Alma de Mestre Gil para as Casas Pardas de Maria Velho da Costa, romancista que escreve sabendo que a poesia e o teatro existem. Antes de ser um romance-em-cena, Casas Pardas já tinha fingimentos de texto dramático, por via das suas muito brincadas reminiscências de várias vozes a várias vozes, que Luísa Costa Gomes escutou e adaptou com aquela “irregularidade harmónica” que é um dos nomes de guerra do processo criativo de Maria Velho da Costa. Diálogos acesos entre

oficiantes do mesmo ofício, portanto. Casas Pardas cartografa Lisboa no final dos anos sessenta, em plena agonia do regime salazarista: crise política e social, rumores das guerras coloniais e dos tumultos estudantis. O Portugal pardacento à espera do terramoto que virá em 1974, enquanto se escreve o caos afetivo em comunidade, por dentro das casas do amor e desamor de Elisa, Mary, Elvira e companhia. Mas Casas Pardas é acima de tudo a casa da língua portuguesa e dos seus vários linguajares, aqui em jubiloso processo de miscigenação com outras falas do mundo. Em “crioulo galáctico”, a psicopátria diz de si e dos outros, agora num palco perto de nós.

Oh deixai de edificartantas câmaras dobradasmui pintadas e douradasque é gastar sem prestar.Alabardas, alabardasespingardas, espingardasnam queirais ser genoesessenam muito portuguesese morar em casas pardas.

gil vicente – Auto da Exortação da Guerra (citado, em epígrafe, no romance Casas Pardas de Maria Velho da Costa)

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mary: Quando eu nasci eu só queria viver acho eu mas nunca ninguém me quis. Eu sei que a maioria das pessoas não se querem bem, bem vejo. Mas ao menos algumas vezes sofrem umas pelas outras durante um tempo. Nunca ninguém sofreu por causa de eu existir. Também há pessoas que têm outras agarradas porque lhes cheiram tão bem ou sabem na pele como nenhuma outra. Quando eu nasci só me lembro que começaram logo a dizer que eu era muito bonita mas não me lembro de terem pegado em mim como se eu fosse melhor cheirasse melhor ou soubesse melhor que qualquer outra coisa. Eu queria fazer um discurso a dizer que o que me aconteceu não é nada justo. Eu gostava muito de ter sido alguém. O único cão que me lambia mais até morreu de sarna. Não era feio nem bonito mas era o meu cão. Quando os meus filhos nasceram eu estava a dormir. Toda a gente disse Dê cá que eu visto. Eu sei que não sei muito bem fazer as coisas com as crianças foi melhor assim. O Frederico casou comigo porque o pai tinha muito dinheiro e também porque achava a mãe como uma deusa foi o que ele disse. Nunca ninguém me viu como se eu fosse de alguém. Um dia destes eu fecho os olhos paro de respirar muito quieta de pé e as pessoas vão ter só bastante pena porque eu mereço isso. Mas no fundo ninguém dá por nada. Eu queria também dizer que ninguém tem culpa nenhuma e pedir muita desculpa de os estar a incomodar. Mas esta é que é a verdade. Também queria dizer que se algum dia alguém gostasse muito de mim eu não sabia o que havia de fazer porque eu não sei como é que se prefere exceto aquele cão que eu disse que me preferia. E eu também não soube o que é que havia de lhe fazer porque não se pode coçar um cão melhor do que ele se coça. Era isto que eu queria dizer. Que tenho muita pena e que acho que não se deve viver assim.

maria velho da costa – Casas Pardas

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Mesas-redondas

FalEMos dE Casas

organização

Faculdade de Letras da Universidade do Porto,

Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa,TNSJ

Faculdade de letras da univer-sidade do porto

teatronacionalsão João

8+14+15Dez2012

Falemos de casas como quem fala da sua alma. Conduzidos pela mão de Herberto Helder chegámos ao título deste programa de homenagem a Maria Velho da Costa, que colocamos em movimento dois dias depois de Nuno Carinhas e Luísa Costa Gomes levantarem Casas Pardas no palco do TNSJ. Não vamos colar adjetivos a Maria Velho da Costa. Digamos apenas, para início de conversa, que é uma escritora para quem a literatura é a mais labiríntica das casas do mundo. Nem louvor, nem simplificação: em Falemos de casas homenageamos a autora lendo-lhe a obra. No TNSJ, discutimos a adaptação de romances

Com a celebração do Natal no horizonte, o TNSJ apresenta Bom Dia Benjamim, espetáculo de teatro, música ao vivo e desenhos animados dirigido a crianças entre os três e os nove anos de idade. Originalmente concebido em 1998, o espetáculo ganhou agora nova vida através da encenação de Teresa Sobral, a atriz que incarnara o pequeno Benjamim na versão inaugural. Ao introduzir-nos num dia da vida de um rapaz de seis anos, que se faz acompanhar dos seus amigos imaginários (o consciencioso Assim e o trapalhão Assado), Bom Dia Benjamim fala também da relação

para a cena, cruzando as experiências de Casas Pardas e Exactamente Antunes, peça que Jacinto Lucas Pires escreveu sob a influência de Nome de Guerra de Almada Negreiros. E submetemos Casas Pardas, o espetáculo, à análise e debate. Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, um conjunto de convidados de várias ciências e proveniências reúne--se à volta de duas mesas para discutir a obra literária de Maria Velho da Costa. Falemos de casas mas não falemos ainda dos nomes que as vão habitar. O programa final, ainda em construção, segue dentro de momentos. Por ora, aqui fica uma casa, aqui outra, aqui outra…

com os pais, da escola, das brincadeiras e calinadas, dos sonhos e pesadelos, de acontecimentos como a morte do gato e de mistérios como a passagem do tempo. Com a participação de vários escritores, compositores e músicos, e o humorado imaginário da ilustradora Cristina Sampaio, Bom Dia Benjamim é ainda uma lúdica lição sobre o teatro e a sua capacidade de cruzar expressões artísticas, com atores que contracenam com bonecos, músicos que também representam e imagens vídeo que servem de cenário mutante.

teatro nacional são João salão nobre

8 Dez sáb 16:00

roManCEs-EM-CEna: adaPtaçõEs

Faculdade de letras da universidade do porto sala de reuniões

14 Dez sex 14:30

Maria VElho da Costa: oBra litErária

teatro nacional são João salão nobre

15 Dez sáb 16:00

Casas Pardas: o EsPEtáCulo

teatro Carlos Alberto

13-15Dez2012

qui-sáb

11:00+15:00

BoM dia BEnJaMiM

encenação TERESA SOBRAL

texto

Nuno Artur Silva, Rui Cardoso Martins, Miguel Viterboletras

Nuno Artur Silva, Rui Cardoso Martins, Miguel Viterbo, José Peixoto, Sílvia Cunha, Ana Cristina Silva

músicas

José Peixoto, Paulo Curado, José Salgueiro, João Paulo Esteves da Silva, José Mário Brancoarranjos

José Mário Brancodireção musical

Paulo Curado José Peixotocenografia

e figurinos

Cristina Sampaio

desenho de luz

Daniel Worm D’Assumpçãovídeo

João Pinto, Cristina Sampaio

interpretação

Teresa Macedo, Carlos António, João Saboga (atores); Paulo Curado, José Peixoto, João Pires, Alexandre Diniz, Fernando Júdice (músicos);

João Pinto (vídeo); Daniel Worm D’Assumpção (luz)

coprodução

Qatrelcolectivo, CCB/Fábrica das Artes

estreia

24Mar2012

ccB (lisboa)

dur. aprox. 1:00M/4 anos

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ChIle18 setembroFulgor e Morte de Joaquín Murieta, de Pablo Neruda 2 outubroPeças curtas, de autores contemporâneos chilenos

ArGentInA16 outubroUma Visita Inoportuna + O Frigorífico, de Copi 30 outubroAgamémnon: Vim do Supermercado e Dei Porrada ao Meu Filho, de Rodrigo García + Apátrida, Duzentos Anos e Alguns Meses, de Rafael Spregelburd

BrAsIl13 novembroBoca de Ouro, de Nelson Rodrigues 27 novembroPeças curtas, de autores contemporâneos brasileiros

portuGAl: teatro para a infância e dramaturgia contemporânea 11 dezembroPeças curtas, de Carla Maia de Almeida e Menina Micaela Maia, Pedro Eiras, José Carretas + Peças curtas, de Joana Craveiro, Miguel Loureiro, Carlos Costa e Ana Vitorino

Sessão extra12 novembrosegunda-feira 21:00O Pelicano, de August Strindberg

CENTRO DE DOCUMENTAçãO DO TNSJMosteiro de São bento da VitóriaRua de São bento da Vitória

Sim, continuamos a dar voltas ao mundo para continuar a lê-lo em voz alta. Despedimo-nos em junho com A Orelha de Deus da norte-americana Jenny Schwartz, e reencontramo-nos em setembro com Fulgor e Morte de Joaquín Murieta do chileno Pablo Neruda, peça que coloca em cena um herói sul-americano em diáspora autossacrificial por terras do Tio Sam. Murieta não regressará da califórnia mas as Leituras no Mosteiro prosseguem o seu caminho rumo a sul, com escalas no chile, Argentina e brasil. Viagens exploratórias em busca de vozes que componham um retrato necessariamente fragmentário de uma dramaturgia plural e pujante que continua a fertilizar os palcos de outras latitudes. Nelson Rodrigues estabelece a ligação direta com Teatros Íntimos, jornada de estudos e de homenagem ao dramaturgo brasileiro e a August Strindberg (no centenário do nascimento do primeiro e da morte do segundo), organizada pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e pelo Instituto de Literatura comparada Margarida Losa. A ensaísta brasileira Ângela Leite Lopes (autora de Nelson Rodrigues: Trágico, Então Moderno) comenta a sessão dedicada à leitura de Boca de Ouro e Nuno carinhas dirige uma leitura de O Pelicano. Em dezembro, regresso à base para nova etapa de divulgação da dramaturgia contemporânea portuguesa, desta feita com incursões nesse outro continente por desbravar a que damos o nome de teatro para a infância.

Mosteiro são Bento da Vitória

18 set11 Dez2012lEituras

no MostEiro coordenação

Nuno M CardosoPaula Braga

ter 21:00organização

TNSJ

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oFicina/leitura encenada

atEliEr 200

exposição

EsColas no tEatro

Em As Troianas (415 a.c.), começamos por avistar as ruínas fumegantes da cidade de Tróia, mas avistamos também o conhecido aforismo de Platão, que lhe poderia servir ainda hoje de epígrafe: “Só os mortos conhecem o fim da guerra”. Em Atelier 200, projeto de envolvimento da comunidade com o universo teatral, um grupo de cidadãos reúne-se para uma leitura encenada de excertos desta tragédia de Eurípides, formando um coro expandido, sem protagonistas. Duzentas vozes orquestradas por quatro encenadores – Cristina Carvalhal, Nuno Cardoso, Nuno M Cardoso e Victor Hugo Pontes –, a que se junta o videasta João Tuna, que registará o evento. concebido em 2010 pelo Mc93 bobigny (França), Atelier 200 chega este ano, com o patrocínio

Na sua terceira edição, o projeto Escolas no Teatro conhece uma variação no seu formato. Se em 2010 e 2011 mostrámos trabalhos desenvolvidos por alunos do ensino secundário e profissional, tendo por ponto de partida espetáculos do TNSJ, em 2012 propomos uma mostra em fotografia e vídeo dos projetos educativos que o TNSJ vem realizando nas últimas temporadas, com especial ênfase para as oficinas de teatro, dança, música e voz. Dezenas de participantes – não só alunos, mas também professores – vêm tomando parte nestas iniciativas pedagógicas e artísticas promovidas pelo TNSJ, que têm contado com a

teatro nacional são João

teatro CarlosAlberto

27+28out2012

29 set14 out2012

sáb 9:30-13:0014:30-19:00dom 13:30-20:00

direção

Cristina Carvalhal, Nuno Cardoso, Nuno M Cardoso,

Victor Hugo Pontesrealização vídeo

João Tuna

coordenação LUíSA CORTE-REAL

proJetos eDuCAtIVosseteMBro - dezeMBro 2012

da UTE, a cinco outros teatros europeus: Schauspielhaus Graz (Áustria), Teatro di Roma (Itália), Teatro-Laboratório Sfumato (bulgária), Maxim Gorki Theater (Alemanha) e TNSJ (Portugal). O resultado destas oficinas, todas elas a trabalhar a partir de textos diferentes, será apresentado publicamente no final do ano sob a forma de uma instalação vídeo, de onde emergirá um coro de 1200 pessoas. Uma comunidade cívica capaz de interpelar a Europa a uma só voz. O teatro também serve para isto.

orientação de criadores/formadores como o ator e encenador António Durães, o encenador e professor de voz João Henriques, o coreógrafo e bailarino David Santos, a dramaturga e atriz Marta Freitas, entre outros. Esta exposição é complementada pela apresentação de um conjunto de trabalhos desenvolvidos nas escolas, bem como pela realização de oficinas de expressão plástica dirigidas a crianças do ensino pré--escolar e do 1.º ciclo do ensino básico.

produção

TNSJ para

a União dos Teatros da Europa

organização

TNSJ

ter-sáb 14:00-19:00dom 14:00-17:00

sala de Vidro

oFICInAs De expressão plástICA

orientação VERA MOTA

destinatários alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básicodatas 2, 3 e 4 + 9, 10, 11 e 12 outubrohorário 10:00-12:30inscrição gratuitalocal TeCA

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oFICInAs De teAtro e VoZDirigida pelo ator e encenador António Durães, a Oficina de Teatro programada para os meses de outubro a dezembro versará Luísa costa Gomes, que assina a adaptação e dramaturgia de Casas Pardas. Pensada especialmente para alunos do ensino secundário e superior, a iniciativa aborda duas peças da dramaturga: Vanessa Vai à Luta (1998) e a mais recente Comédia de Desenganos (2011). João Henriques, responsável pela preparação vocal e elocução das produções próprias do TNSJ nos últimos anos, propõe uma nova edição da sua Oficina de Técnica Vocal, onde se realizará trabalho específico sobre a respiração na sua articulação com o ato de dizer, desta feita colocando no centro de operações a versão cénica de Casas Pardas.

6 out - 8 Dez 2012sáb 10:00-13:00

oFICInA De teAtrodireção ANTóNIO DURãES

destinatários Jovens do ensino secundário e superiorduração 36 horasinscrição € 35,00 local TNSJ (sala Branca)

18+25 nov 2012sáb 10:00-13:00, 14:30-17:30

oFICInA De téCnICA VoCAldireção JOãO HENRIQUES

destinatários Embaixadores TNSJ, professores, público em geralduração 12 horasinscrição € 35,00local TeCA (sala de ensaios)

Encontram-se abertas as inscrições para os módulos I, II e III das Oficinas de Técnica Vocal. Só podem inscrever-se nos módulos II e III os participantes que frequentaram os módulos anteriores. As oficinas só se realizam com um mínimo de 10 inscrições por módulo.

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oFICInAs CrIAtIVAsUma vez por mês, aos domingos à tarde, realizam-se atividades lúdicas e pedagógicas em que se exploram as possibilidades expressivas da criança, estimulando a sua criatividade. é um espaço de aprendizagem e desenvolvimento, onde o jogo assume um especial destaque. No último trimestre do ano, todas as atividades são inspiradas no espetáculo Bom Dia Benjamim, que será apresentado no TecA, no mês de dezembro.

orientação MARIA DE LA SALETTE MOREIRA

destinatários Crianças entre os 6 e os 12 anosdatas 14 outubro, 18 novembro, 9 dezembrohorário 15:30-17:30preço € 5,00 por criança e € 2,50 por irmãolocal TNSJ + TeCA

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ForA De portAs

Avanteatro (seixal)9 set 2012

diz-lhes que nãofalarei nem que me matem

“Homem dum só parecer,/ dum só rosto e duma fé,/ d’antes quebrar que volver,/ outra cousa pode ser,/ mas de corte homem não é.” Os versos de Sá de Miranda poderiam servir de epígrafe a Diz-lhes que não falarei nem que me matem, peça escrita e encenada por Marta Freitas, jovem dramaturga nascida no pós-1974. Um texto que mergulha de cabeça na dura experiência de encarceramento político de carlos costa (n. 1928), resistente antifascista que esteve 15 anos preso e participou, com Álvaro cunhal, na célebre fuga da fortaleza-prisão de Peniche. Resultado do testemunho pessoal de carlos costa, bem como da pesquisa realizada pela autora, Diz-lhes que não falarei nem que me matem não pretende ser um manifesto político ou um documentário histórico. é apenas – trata--se de um imenso apenas – um espetáculo teatral que visa inquirir o combate por um ideal travado por aquele que está longamente confinado a quatro paredes, bem como sondar a necessidade de novos e prementes combates.

teatro Viriato (Viseu)14 set - 15 Dez 2012

exposição de FotograFias de JOãO TUNA

produção TNSJ

continuam em trânsito as fotografias de cena que João Tuna resgatou dos palcos do TNSJ entre 1996 e 2009. “Encenadas” pelo designer gráfico João bicker no álbum Todos os Fantasmas Usam Botas Pretas, algumas delas autonomizam-se da visão de conjunto e são agora expostas em Viseu. Sobre a especificidade do trabalho realizado, Rodrigo Affreixo escreveu: “Tuna não só documenta o concreto de cada espetáculo como capta detalhes, momentos e movimentos bruscos que se aproximam da mais pura abstração” (Time Out Porto). Tensões e ambivalências sublinhadas por Tiago bartolomeu costa nas páginas do Público: “Um olhar crítico sobre os próprios espetáculos e, através deles, um outro modo de cruzar narrativas (reais, portanto) e dramaturgias (ficcionais, afinal), materializadas em momentos que foram, afinal, pensados como epicentro de um diálogo com o espaço, o tempo e o modo que os circunda”. Todos os Fantasmas Usam Botas Pretas poderá ser adquirido no Teatro Viriato, aqui na qualidade de catálogo involuntário de uma exposição que amplifica algumas das suas páginas mais fulgurantes.

Masterclass

Construção e DrAMAturGIA De Casas Pardas

teatro nacionalsão João

12Dez2012

qua 15:00

Para além do programa Falemos de casas, o TNSJ promove outra ação complementar à apresentação de Casas Pardas. Uma semana após a estreia, o encenador Nuno carinhas aborda a construção do espetáculo, revelando os avanços e recuos de que é feito todo o processo criativo teatral.

por NUNO CARINHAS

texto original e encenação MARTA FREITAS

interpretação Mário Santoscoprodução Mundo Razoável, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, Bastidor Público, TNSJ

todos osFantasmas usam Botas Pretas

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Todas as atividades têm um número limitado de participantes, pelo que deverá ser efetuada a inscrição prévia junto do departamento de Relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do correio eletrónico [email protected] de inscrição disponíveis em www.tnsj.pt (Projetos Educativos).

uMA noIte no são JoãoPijamas e sacos-cama são os figurinos e adereços indispensáveis para esta incursão no edifício do TNSJ. O misterioso programa consiste numa visita noturna, à luz de lanternas, a este monumento nacional habitado por enigmas e ilusões, e numa espécie de acampamento no coração do teatro – o palco.

teatro nacionalsão João

6+7out2012

orientação NUNO M CARDOSO LUíSA CORTE-REAL

destinatários Crianças e jovens entre os 8 e os 16 anosentrada sábado (6 outubro), 21:00saída domingo (7 outubro), 10:00inscrição € 3,00local TNSJ

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Cinema-teatro Joaquim d’Almeida (Montijo)21+22 set 2012

direção LUíS CASTRO

a partir de as ilhas desconhecidas, de Raul Brandãoconceção, dramaturgia e direção Luís Castrocoprodução KARNART, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida, São Luiz Teatro Municipal, TNSJ

teatro Cavallerizza (reggio emilia, itália)2-4 out 2012théâtre d’orléans (França)12-16 Dez 2012

atEM le souffledireção e coreograFia JOSEF NADJ

teatro Municipal de Almada20 out - 11 nov 2012

o Mercador de Venezade WILLIAM SHAKESPEAREencenação RICARDO PAIS

produção Companhia de Teatro de Almadaparceria TNSJ

é o regresso de Luís castro a textos de Raul brandão. Depois de Húmus (2010), a vez e a hora de As Ilhas Desconhecidas, obra que o autor escreveu em 1924, durante uma viagem de dois meses aos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Ilhas é uma experiência integrada no conceito que o coletivo KARNART investiga, propondo aos espectadores uma escolha de pontos de vista e proporcionando-lhes a descoberta de narrativas individualizadas. Deslocando-se entre zonas de representação simultânea, o público vai escolhendo o que quer ver, conferindo o seu próprio sentido ao espetáculo.

coproduzido pelo TNSJ, o novo espetáculo de Josef Nadj constitui uma arte da atenção e do detalhe. Uma caixa preta quase miniatural e uma plateia de apenas meia dúzia de filas formam um teatro mínimo. Luz, apenas aquela que provém de umas quantas velas. Uma estrutura cénico-dramática íntima que serve a reflexão artística do criador francês – “como coabitar, como conviver num espaço tão pequeno?” –, levando-o a concentrar-se em detalhes, pequenos objetos, pistas, indícios, signos mínimos. Sem qualquer ambição didática, de forma alusiva, Josef Nadj combina em ATEM le souffle ecos das gravuras de Dürer e dos versos de Paul celan, para criar uma nova imagem em movimento, um quadro pictórico e teatral em que o movimento questiona a visão.

ilhas

produção Centre chorégraphique national d’Orléans, Jel Színházcoprodução Festival d’Avignon, Théâtre de la Ville – Centquatre (Paris), TNSJapoios DRAC Centre, Région Centre, Ville d’Orléans

“censurar a peça é sempre mais perigoso do que encená-la”, anotou James Shapiro, um dos mais destacados especialistas em Shakespeare. Ricardo Pais teve a mesma intuição e, em 2008, arriscou encenar O Mercador de Veneza, sabendo tratar-se de uma peça que se presta aos maiores equívocos, mesmo (ou sobretudo…) quando encenada com a maior inteligência. Explorando o desequilíbrio entre uma Veneza sombria e mercantil e uma belmonte supostamente cristã e paradisíaca, o espetáculo exaltava precisamente todos os equívocos – religiosos, raciais e de género – que habitam a mais ambígua e negra das comédias de Shakespeare. Foi esse espetáculo produzido pelo TNSJ que Joaquim benite e a companhia de Teatro de Almada convidaram Ricardo Pais a revisitar. Estreada no âmbito do Festival de Almada, a nova versão – que conta com João Reis no papel do judeu Shylock e mantém Albano Jerónimo na condição do cristão António – regressa ao Municipal de Almada para uma temporada que lhe faça justiça. é o regresso (saudado e obrigatório) do vínculo de meio quilo de carne, da fábula dos três cofres, da vertigem do disfarce e da terrível consanguinidade de dois inimigos de morte.

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Centro Cultural Vila Flor (guimarães)24 nov 2012teatro Viriato (Viseu)30 nov + 1 Dez 2012

JimcoreograFia PAULO RIBEIRO

coprodução Companhia Paulo Ribeiro, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, São Luiz Teatro Municipal, TNSJ

Culturgest (lisboa)29 nov - 2 Dez 2012Centro Cultural Vila Flor (guimarães)14 Dez 2012

nação Valente!criação GONçALO WADDINGTON, CARLA MACIEL, SOFIA DIAS & VíTOR RORIZ

coprodução Culturgest, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, TNSJ

Jim é o título provisório da nova criação de Paulo Ribeiro, onde o coreógrafo se permite “reivindicar para a dança a responsabilidade de motor da sociedade, a possibilidade de também ela criar hits intergeracionais e de saber colocar-se nos interstícios de uma sociedade que tem de mudar”. Peça assumidamente política, coloca no centro do seu horizonte ético e estético a música e as palavras de alguns dos ícones mais contestatários dos anos 1960, como Jim Morrison. Mas Jim assinala ainda o regresso das imagens de Fabio Iaquone e Luca Attilii ao universo coreográfico de Paulo Ribeiro, um ano depois de se terem cruzado em Du Don de Soi.

Nação Valente! tem na sua génese uma interrogação identitária – “O que é ser português, hoje em dia?” –, ponto de partida para um espetáculo que envolve, no seu processo de pesquisa criativa, dois atores, Gonçalo Waddington e carla Maciel, e a dupla de bailarinos e coreógrafos Sofia Dias & Vítor Roriz. Depois da estreia absoluta na culturgest e de uma passagem por Guimarães, integrado na programação da capital Europeia da cultura, Nação Valente! apresenta-se no palco do Teatro carlos Alberto em janeiro de 2013.

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Centro de Documentação do tnsJ

COLEçãO DE PERIóDICOS

O centro de Documentação do TNSJ mantém ativas diversas assinaturas de publicações periódicas estrangeiras, perfazendo um total de dezassete títulos de sete países, a saber: New Theatre Quarterly, Performance Research, Theatre Research International (Inglaterra); American Theatre, PAJ: a Journal of Performance and Art (Estados Unidos da América); Actualité de la Scènographie, L’Avant-Scène Théâtre, Mouvement, Revue d’Histoire du Théâtre, Théâtre/Public, Ubu: Scènes d’Europe (França); Alternatives Théâtrales, Études Théâtrales (bélgica); Primer Acto, RGT (Espanha); Art’O, Hystrio (Itália); e Theater Heute (Alemanha).As revistas portuguesas correntes (Artistas Unidos: Revista, Cine Qua Non, Setepalcos e Sinais de Cena) são-nos oferecidas ou chegam-nos por via de práticas de permuta documental. Procuramos disponibilizar

coleções completas de algumas publicações extintas (De Teatro, Cadernos, Obscena…) ou intermitentes (Adágio…).Para um melhor conhecimento da coleção, consulte o centro de Informação (www.tnsj.pt/cinfo), percorra este caminho Núcleo Documental>Publicações Periódicas e encontrará todos os títulos, os números existentes e ainda grande parte dos sumários.

CENTRO DE DOCUMENTAçãO DO TNSJMosteiro de São bento da VitóriaRua de São bento da Vitória4050-543 PortoT 22 339 50 [email protected]

HORÁRIOseg-sex 14:30-18:00

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Visitas Guiadas

Teatro, Arquitetura e História: a visita ao Teatro Nacional São João, projetado pelo arquiteto Marques da Silva, faz-se na confluência destas áreas do saber. conduzidas por especialistas em teatro e arquitetura, com amplo conhecimento da história deste monumento nacional, as visitas dão a conhecer a sala de espetáculos, a sala de ensaios, os camarins e as zonas técnicas, bem como o ateliê onde se criam os figurinos e adereços das produções teatrais da casa. As visitas guiadas decorrem de segunda-feira a sábado, mediante marcação prévia, estando sujeitas à disponibilidade técnica dos espaços.

PúBLICO EM GERALTodos os sábados, às 12:00, mediante reserva prévia até às 18:00 de sexta--feira, para um número não superior a 20 pessoas.Inscrição: € 3,00 por pessoa.Entrada gratuita para crianças até aos 10 anos, desde que acompanhadas por adultos.

GRUPOS ESCOLARESDe segunda a sexta-feira, mediante reserva prévia, para grupos não superiores a 20 pessoas.Entrada gratuita.

O TNSJ reserva-se o direito de não realizar a visita, caso não haja inscrições prévias ou compatibilidade com outras atividades do Teatro. Para efetuar a sua reserva, contacte o departamento de Relações Públicas (T 22 340 19 56; endereço eletrónico [email protected]) ou ligue para o número verde 800-10-8675.

Cartão Amigo tnsJ

O cartão Amigo TNSJ permite aos espectadores do TNSJ, TecA e Mosteiro de São bento da Vitória uma série de vantagens, nomeadamente benefícios na aquisição de bilhetes para as diversas iniciativas, informação privilegiada sobre os espetáculos e convites para ensaios abertos e outras atividades paralelas.

A ficha de inscrição pode ser requisitada diretamente nas bilheteiras (TNSJ e TecA) ou junto do departamento de Relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do endereço eletrónico [email protected].

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espetáculos data local

Esta é a Minha Cidade e Eu Quero Viver Nela

Raso como o Chão

Ovo

Mecânica

Estrangeiros

Armandinho, Paredes e Rocha

Recital à Brasileira

Cartas de Maria Julieta…

Hell

Missa dos Quilombos

Ainda não é o fim

Porto S. Bento

Kabaret Keuner e Outras Histórias

Devagar

A CNB no TNSJ

ATEM le souffle

Casas Pardas

Bom Dia Benjamim

loja do teatro

No último trimestre do ano, acrescentamos ao nosso catálogo de edições em DVD um portuguesíssimo ponto de interrogação, um “o quê com letra maiúscula”: Exactamente Antunes, espetáculo do TNSJ que começou na reescrita que Jacinto Lucas Pires fez desse peculiar romance de aprendizagem que é Nome de Guerra de Almada Negreiros. Se a peça confunde o espaço da metrópole boémia e o interior da cabeça de um provinciano à solta (um homem que quer tornar-se no que é mas não sabe como), a realização de Pedro Filipe Marques cruza cena e fora de cena, teatro e cidade, ator e personagem, lançando um olhar dramatúrgico – simultaneamente lúdico e rigoroso – sobre a encenação de Nuno carinhas e cristina carvalhal. comédia romântica, folhetim realista, tragédia grega, melodrama, farsa musical, baile de máscaras: Exactamente Antunes parece ter tudo isto dentro, não sendo exactamente nenhuma destas coisas.A abertura da temporada 2012-1013 traz outra novidade à Loja do Teatro: a edição em livro de mais uma peça de Molière.

À publicação de O Avarento, em 2011, segue-se agora, na coleção TNSJ da editora Húmus, O Doente Imaginário, obra onde o dramaturgo francês se ri (amargamente) da medicina, da hipocondria e de toda a sorte de patologias, mas também – e sobretudo – do medo da morte. De novo pela mão de Alexandra Moreira da Silva, cuja tradução soube captar com graça e precisão os ritmos e sentidos da sátira seiscentista, estamos de volta à salutar demência do universo de Molière.Livro e DVD encontram-se disponíveis na Loja do Teatro, instalada no foyer do TNSJ e acessível também online, no sítio www.tnsj.pt. Onde poderá ainda encontrar um vasto leque de artigos, desde os DVD com registos integrais de produções da casa até às peças de merchandising produzidas a partir de telas promocionais dos espetáculos. Se é portador do cartão Amigo TNSJ, usufrui de um desconto de 5% na aquisição de produtos com assinatura TNSJ.

boletim de assinaturasSetembro - Dezembro 2012

assinaturas

4 espetáculos - Desconto 40%6 espetáculos - Desconto 60%

informações 800-10-8675 Número grátis a partir de qualquer rede

quantidade total a pagar

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assinaturas

As assinaturas para o período setembro – dezembro de 2012 podem ser adquiridas diretamente nos balcões de atendimento do TNSJ e do TecA, ou por correspondência (carta ou correio eletrónico), através do envio do boletim de Assinaturas, devidamente preenchido, com a escolha dos respetivos espetáculos, datas e lugar pretendido. No caso de o lugar pretendido não estar disponível, o TNSJ reserva-se o direito de escolha de lugares alternativos, salvaguardando o lugar mais próximo possível do pretendido.

Os bilhetes adquiridos via correio, pagos através de cheque ou vale postal, poderão ser enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espetáculo, ou levantados antes do seu início nas bilheteiras do TNSJ ou TecA, de acordo com a sala onde decorrero primeiro espetáculo contemplado na assinatura.

Para um melhor funcionamento dos nossos serviços de bilheteira, o TNSJ reserva-se o direito de não efetuar assinaturas a partir das 20:00 (de terça-feira a sábado) e das 15:00 (domingo).

dados pessoais

nome

morada

código postal

telefone

endereço eletrónico

MEcENAS TNSJO TNSJ é MEMbRO DA

www.tnsj.pt

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INFORMAçõES úTEIS

Teatro Nacional São JoãoPraça da batalha4000-102 Porto

[email protected]

GeralT +351 22 340 19 00 | F +351 22 208 83 03

Relações InternacionaisT +351 22 339 30 38 | [email protected] Gabinete de ImprensaT +351 22 339 30 34 | [email protected] Relações Públicas e Projetos EducativosT +351 22 340 19 56 | [email protected] Centro de DocumentaçãoT +351 22 339 50 56 | [email protected]

Teatro Carlos AlbertoRua das Oliveiras, 434050-449 PortoT +351 22 340 19 00

Mosteiro de São Bento da VitóriaRua de São bento da Vitória4050-543 PortoT +351 22 340 19 00

Atendimento e BilheteiraInformações 800-10-8675 (Número grátis a partir de qualquer rede)T +351 22 340 19 [email protected]

Terça-feira a sábado14:00 - 19:00 (ou até às 22:00, nos dias em que há espetáculos em exibição)Domingo14:00 - 17:00

Bilheteira OnlineO público pode, de forma simples e rápida, adquirir bilhetes para os espetáculos apresentados no TNSJ, TecA e Mosteiro de São bento da Vitória, sem necessitar de recorrer aos serviços de bilheteira. Para tal, basta efetuar a aquisição em www.tnsj.pt e imprimir a versão eletrónica dos bilhetes.

Preço dos bilhetesTNSJPlateia e Tribuna € 16,001.º balcão e Frisas € 12,00*2.º balcão e camarotes 1.ª Ordem € 10,00*3.º balcão e camarotes 2.ª Ordem € 7,50*TeCAPlateia € 15,00 balcão € 10,00* Frisas e camarotes só são vendidos a grupos de duas pessoas

Preços especiais nos seguintes eventosArmandinho, Paredes e Rocha Preço único € 10,00ISMIR: Concertos Preço único € 5,00Recital à Brasileira* Preço único € 10,00Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade*/ Hell*/ Missa dos Quilombos* € 20,00 (Plateia e Tribuna), € 15,00 (1.º balcão e Frisas), € 10,00 (2.º e 3.º balcão e camarotes)Kabaret Keuner e Outras Histórias Preço único € 10,00Bom Dia Benjamim € 5,00 (crianças), € 10,00 (adultos)* Espetáculo sujeito aos descontos habituais

Entrada gratuitaLeituras no MosteiroEscolas no TeatroArraialCalma é apenas uma conversaFalemos de casas

Condições especiaisGrupos (entre 10 e 20 pessoas) desconto 30%Grupos (+20 pessoas) desconto 40%Escolas e Grupos de Teatro Amador € 6,00

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Desconto 50%:- cartão Jovem- Quinta-feira (exceto dia de estreia)- Desempregados (com documento comprovativo)- Famílias (mínimo de 4 elementos, válido à quarta-feira e domingo)Desconto 30%:- cartão Estudante- Maiores de 65 anos - Profissionais de Teatro- Quarta-feira (exceto dia de estreia)

ReservasOs bilhetes reservados deverão ser obrigatoriamente levantados num período máximo de cinco dias, após o qual serão automaticamente cancelados. Quaisquer reservas deverão ser efetuadas e levantadas até dois dias antes da data do espetáculo. Os bilhetes comprados pelo telefone, pagos através de cheque, podem ser levantados até à hora do espetáculo no posto de atendimento ou enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espetáculo.

DevoluçõesSe por motivo de força maior a data do espetáculo for alterada ou o espetáculo for cancelado, os bilhetes adquiridos serão válidos para a data a combinar com as bilheteiras do TNSJ e TecA.A importância dos bilhetes será restituída aos espectadores que o exigirem – no prazo de 60 dias a contar da data prevista do espetáculo – apenas nas seguintes situações:a) Se o espetáculo não puder efetuar-se no local, data e hora marcados;b) Se houver substituição de artistas principais ou se o espetáculo for interrompido (se a substituição ou a interrupção forem determinadas por motivos de força maior, verificados após o início do espetáculo, não haverá lugar à restituição do valor dos ingressos).

Assinaturas TNSJ + TeCA + MSBVInformações 800-10-8675Número grátis a partir de qualquer rede

ProtocolosAo abrigo de protocolos celebrados entre o TNSJ e um amplo conjunto de entidades, os seus associados, utentes, colaboradores e funcionários beneficiam de condições especiais de acesso aos espetáculos apresentados no TNSJ, TecA e Mosteiro de São bento da Vitória. A listagem completa das entidades subscritoras poderá ser consultada em www.tnsj.pt.

Como chegar aos teatrosSTCPTeatro Nacional São João Elétrico 22 | Autocarros 207, 303, 400, 904, 905Teatro Carlos Alberto Elétricos 18, 22 | Autocarros 200, 201, 207, 300, 302, 304, 305, 501, 601, 602, 703, 904Mosteiro de São Bento da Vitória Elétricos 18, 22 | Autocarros 200, 207, 300, 301, 305, 501, 507, ZHMetro do PortoEstações Aliados, bolhão, Trindade, São bento

EstacionamentoTNSJEstacionamento gratuitoViacatarina Shopping(acesso pela Rua Formosa ou Rua Fernandes Tomás)De segunda-feira a sábado 20:00 - 1:00Domingos e feriados 8:00 - 1:00TeCA + Mosteiro de São Bento da Vitória5 horas de estacionamento – € 2,70Parque Praça de Lisboa, Praça dos Leões e Praça carlos Alberto(senha adquirida nas bilheteiras)De terça-feira a sábado (feriados inclusive) 20:00 - 5:00

TNSJ

TeCA

3.º balcão (Piso 4)

2.º balcão (Piso 3)

1.º balcão (Piso 2)

camarotes 2.ª Ordem (Piso 3)

Tribuna (Piso 1)

camarotes 1.ª Ordem (Piso 2)

Frisas (Piso 1)

Plateia

balcão (Piso 1)

Plateia

Palco

Palco

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teAtro nACIonAl são João, e.p.e.

AdministraçãoFrancisca Carneiro FernandesDireção ArtísticaNuno CarinhasDireção de ProduçãoSalvador SantosDireção de Comunicação e Relações ExternasJosé Matos Silva

Assessoria da Administração Sandra Martins Assessoria da Direção Artística Nuno M cardoso Assistência da Administração e da Direção Artística Paula Almeida Motoristas António Ferreira, carlos Sousa Economato Ana Dias

Coordenação de Produção Maria João Teixeira Assistentes Eunice basto, Maria do céu Soares, Mónica Rocha

Direção Técnica Carlos Miguel Chaves Assistente Liliana Oliveira Departamento de Cenografia Teresa Grácio Departamento de Guarda--Roupa e Adereços Elisabete Leão Assistente Teresa batista Guarda-roupa Isabel Pereira, Nazaré Fernandes, Virgínia Pereira Adereços Guilherme Monteiro, Dora Pereira, Nuno Ferreira Manutenção Joaquim Ribeiro, Júlio cunha, Abílio barbosa, carlos coelho, Manuel Vieira, Paulo Rodrigues, Nuno Ferreira Técnicas de Limpeza beliza batista, bernardina costa, Delfina cerqueira

Direção de Palco Rui Simão Adjunto do Diretor de Palco Emanuel Pina Assistente Diná Gonçalves Departamento de Cena Pedro Guimarães, cátia Esteves, Ricardo Silva Departamento de Som Francisco Leal, António bica, Joel Azevedo, João Gonçalves Departamento de Luz Filipe Pinheiro, Abílio Vinhas, José Rodrigues, António Pedra, Nuno Gonçalves Departamento de Maquinaria Filipe Silva, António Quaresma, Adélio Pêra, carlos barbosa, Joaquim Marques, Joel Santos, Jorge Silva, Lídio Pontes, Paulo Ferreira Departamento de Vídeo Fernando costa

Assistência de Comunicação e Relações Externas carla Simão Assistência de Relações Internacionais Joana Guimarães Edições João Luís Pereira, Pedro Sobrado, cristina carvalho Imprensa Ana Almeida Promoção Patrícia carneiro Oliveira Centro de Documentação Paula Braga Design Gráfico Joana Monteiro, João Guedes Fotografia e Realização Vídeo João Tuna Relações Públicas e Projetos Educativos Luísa Portal Assistente Rosalina babo Frente de Casa Fernando Camecelha Coordenação de Assistência de Sala Jorge Rebelo (TNSJ), Patrícia Oliveira (TecA) Coordenação de Bilheteira Sónia Silva (TNSJ), Patrícia Oliveira

(TecA) Bilheteiras Fátima Tavares, Manuela Albuquerque, Sérgio Silva, Telmo Martins Merchandising e Cedência de Espaços Luísa Archer Bar Júlia batista

Coordenação de Sistemas de Informação Sílvio Pinhal Assistente Susana de brito Informática Paulo Veiga

Direção de Contabilidade e Controlo de Gestão Domingos Costa, Ana Roxo, carlos Magalhães, Fernando Neves, Goretti Sampaio, Helena carvalho

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apoios

parceiro media

apoios à divulgação

agradecimentos

Câmara Municipal do PortoPolícia de Segurança PúblicaMr. Piano/Pianos – Rui Macedo

Este caderno de programação foi impresso com o apoio da Multitema – Produções Gráficas, S.A.

edição Departamento de Edições do TNSJcoordenação Pedro Sobrado, João Luís Pereiradocumentação Paula Bragadesign gráfico Joana Monteirofotografia João Tuna, André Cepeda (Raso como o Chão), João Vladimiro (Mecânica), Luís Ferraz/Balleteatro (Estrangeiros), José Caldeira/Fundação Cidade de Guimarães (Arraial), Dalton Valerio (Recital à Brasileira), Guga Melgar (Cartas de Maria Julieta…), João Caldas (Hell), Luiz Fernando Lobo (Missa dos Quilombos), Pedro Soares (Ainda não é o fim), Carla Moreira (Porto S. Bento), Paulo Nuno Silva (Kabaret Keuner), @Corbis/VMI (Devagar), Herman Sorgeloos (Anne Teresa De Keersmaeker), Séverine Charrier (ATEM le souffle), Teresa Sá (Casas Pardas)impressão Multitema – Produções Gráficas, S.A.

Não é permitido filmar, gravar ou fotografar durante os espetáculos. O uso de telemóveis e relógios com sinal sonoro é incómodo, tanto para os intérpretes como para os espectadores.

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