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    ajuda a confirmar que algumas convices morais so produtos da his-tria social97. Todos os valores, inclusive os que mais estimamos hoje,tm uma histria, que no propriamente bela (embebida numa lutaencarniada por poder) e motivos psicolgicos questionveis (gann-cia, ressentimento, entre muitos outros). Esse um ponto de partidamuito promissor, mas ainda altamente especulativo98.

    Mas os mritos de Nietzsche, nessa tica, terminam ali. A ob-jeo que tanto seu pessimismo acerca dos valores existentes e seuotimismo acerca dos valores futuros so equivocados99. O otimis-mo de Nietzsche acerca da tarefa futura da transvalorao estaria

    assentado em dois pressupostos:O primeiro que, quando descobrirmos a historicidade denossos valores, teremos razo e habilidade para rejeit-los.Em segundo lugar, Nietzsche pensa que pode substituir va-lores historicamente construdos por valores que so, em al-gum sentido, naturais100.

    Sem entrar aqui no mrito das propostas do Nietzsche tera-

    putico, questionamos com J. Prinz se o autor daGenealogia da mo- ral no est aqui operando desde uma instncia natural transcen-dental para desvalorizar e relativizar todos os valores da moral dosescravos, desde as fontes niilistas do ressentimento. Os valores pro-

    vindos do nobre estariam salvaguardados nessa instncia, nas fontesinesgotveis da vontade de poder. Assim Prinz tenta naturalizar a ge-nealogia nietzschiana, sem assumir posies extremas:

    Tanto o pessimismo de Nietzsche sobre a moralidade atualquanto o seu otimismo sobre a moralidade natural so exa-gerados, mas ele certamente tem razo em pensar que as an-lises histricas podem ser valiosas na reviso da moral101.

    97 Idem, ibidem,p. 215.98 Idem, ibidem,p. 219.99 Idem, ibidem,p. 217.100 Idem, ibidem,p. 219.101 Idem, ibidem,p. 243.

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    IIILevando-se em conta as etimologias duvidosas, a psicologia es-

    peculativa do ressentimento, as parcas e tendenciosas investigaessobre a origem dos valores cristos, resta-nos ainda investigar o esta-tuto da fisiologia na Primeira Dissertao daGenealogia da moral .Prinz tenta expurgar todas as implicaes ontolgicas (substantivas)da fisiologia, medida que estariam comprometidas com a metaf-sica maluca da vontade de poder. Ele tambm levanta srias obje-es: Nietzsche pode ser lido como aquele que supe haver uma po-sio transcendental, desde a qual ns podemos avaliar a moralidade,

    e escolher novos valores. Ele sugere que ns podemos embasar a mo-ralidade na natureza humana. Nisso reside o otimismo de Nietzs-che. Nietzsche pretende substituir valores historicamente decadentespor valores naturalistas? Entendemos que sim, desde uma perspecti-

    va fisiolgica, que no fundo, a fisiologia da vontade de poder. essa relao entre fisiologia e vontade de poder, desqualificada porambos os autores norte-americanos, que pretendemos retomar.

    Nietzsche atribui causas fisiolgicas para o surgimento dos valoresmorais. O ponto positivo dessa fisiologia da moral a continuidade demtodos com a cincia emprica. Mas isso revelaria tambm o carterSubstantivo do naturalismo de Nietzsche, na continuidade deresultados com a cincia. Fica patente, desse modo, a influncia do Materialismo A-lemo, principalmente os resultados trazidos pelo avano da fisiologia,para o pensamento de Nietzsche, na sua tese ontolgica de que as nicascoisas que existem so naturais102. O problema, segundo Leiter, quan-do Nietzsche leva a srio sua elaborao da metafsica da vontade de po-der, ele extrapolaria o domnio naturalista.103

    incontestvel a importncia da fisiologia na Primeira Dis-sertao da GM, tanto para a crtica aos malogrados quanto para omodo de valorao dos nobres. Nietzsche expe fatos fisiolgicos

    102 LEITER, B.,op, cit.,p. 82.103 Rogrio Lopes investigou com rigor a influncia do Materialismo alemo em Nietzs-che, desenvolvendo com mais vagar e determinao como os materialistas, principalmen-te a partir da leitura de Lange, influenciaram no naturalismo nietzschiano. Cf. LOPES,Rogrio. A ambicionada assimilao do materialismo. Nietzsche e o debate naturalistana filosofia alem da segunda metade do sc. XIX. InCadernos Nietzsche , n. 29. SoPaulo: GEN, 2011, p. 309-352.

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    ( physiologische Thatsachen )104 sobre a natureza humana para expli-car como os valores cristos se originaram do ressentimento dos ma-logrados (die Missrathenen, Schlechtweggekommene )?105 Nietzscheexplana fisiologicamente as causas do surgimento dos malogrados, noescrito de Lenzer-Heide, do ms anterior elaborao da GM: O quesignificam agora malogrados? Sobretudofisiologicamente . A espciemais doentiade homem na Europa (em todas as classes) o solo desseniilismo (KSA 12, 5[71] 10 de junho de 1887). A constituio fisio-lgica dos malogrados determinante na histria da moral do ressen-timento, assim como na Histria do niilismo europeu.

    A fisiologia da moral106

    ampliada em fisiologia do poder(Physiologie der Macht no contexto dos projetos para A vontadede poder107. Com a pergunta: Que vontade de poder a moral?(KSA 12, 9(159) outono de 1887), ele investiga a constituio fisio-lgica dos sofredores e malogrados108. Importante, para a consecuodessa tarefa na obra tardia, a articulao na vontade de poder nos da fisiologia e da biologia, mas tambm da psicologia. O fragmen-to pstumo de 1888 a retomada da tarefa de BM 23: a psicologia

    ali ainda brevemente considerada como morfologia da vontade depoder, sendo articulada com a fisiologia da vontade de poder109. At agora, os filsofos no tinham um conhecimento da fisio-

    logia110. Seria preciso purificar a fisiologia de sua poca dos precon- 104 Acerca do emprego do termoPhysiologische Thatsache , cf. KSA 9, 11(112) Primavera outono de 1881, KSA 11, 25(226) primavera de 1884 e KSA 10, 7(87) e KSA 10, 7(125)Primavera vero de 1883.105 Cf. tambm, no Fragmento de Lenzer-Heide, KSA 12, 5[71], 10, 11 e 12. A moral impe-diu por certo tempo que os malogrados sucumbissem ao niilismo. Mas no mundo moder-no, ela se desvalorizou, e o niilismo se instauraria como vontade de nada, de fazer-no.106 Acerca da Fisiologia da moral, cf. KSA 11, 27(37) Vero outono de 1884.107 Cf., nesse sentido, o emprego de Fisiologia do poder, no registro da Vontade depoder, nos fragmentos pstumos: KSA 12, 2 (76); 2(82) Outono de 1885 outono de1886, da poca de elaborao de BM.108 nesse sentido que ele emprega os termosSchlechweggekommen e Missrathenen em:KSA 12, 5[71] 12., 14. fragmento de Lenzer-Heide, de 10 de junho de 1887; KSA 12,8(4) vero de 1887 e AC, 43.109 Cf. KSA 13, 13(2) Comeo de 1888 primavera de 1888.110 Nietzsche no se restringe fisiologia dos rgos do corpo humano. Ele prope tam-bm uma fisiologia das religies niilistas (KSA 13, 14(13) primavera de 1888) - at osdelrios da grande poltica: A grande poltica far da fisiologia a rainha sobre todas asoutras questes.( KSA 13, 25(1) Dezembro de 1888 comeo de janeiro de 1889).

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    ceitos morais, como a democracia e de princpios teolgicos supr-fluos (como o impulso de autoconservao, em BM, 13). Alm disso,no primeiro captulo de BM, o crtico da metafsica quer praticar afisiologia com boa conscincia (cf. BM, 15). Nesse mesmo esprito,ele investiga a fisiologia naPrimeira dissertaoda GM. Em GM II,12, a articulao da fisiologia111 com a vontade de poder aindamais explcita, desde o ponto de vista capital do mtodo histri-co112. No tocante importncia da histria no mtodo genealgico,no podemos levar a srio Nietzsche, quando ele afirma emEccehomo 113 que desde o final da dcada de 1870: ... de fato, nada mais

    pratiquei a no ser fisiologia, medicina e cincias naturais mesmo aautnticos estudos histricos retornei somente quando atarefaa issome obrigou imperiosamente.114

    Nietzsche quer exercer sua fisiopsicologia com boa conscin-cia, mas ainda faltam-lhe os mtodos e os dados empricos suficien-tes para tal. Entretanto, h anlises que podem ser isoladas, e tornar-se muito promissoras, como a do castigo (GM II, 3-5, 7), as explica-es fisiolgicas da narcose e da auto-hipnose (GM III, I e 17, a par-

    tir dos estudos de James Braid); do mesmo modo, a investigao dasverdadeiras causas fisiolgicas do mal-estar dos doentes e sofredores,como a enfermidade do nervo simptico (GM III, 15); a importn-cia da digesto e da assimilao (GM III, 16).

    Sem dvida, Nietzsche prepara o terreno para a genealogia da mo-ral. No h, no entanto, um empirismo bem explicitado em suas obras

    111 Acerca da importncia da fisiologia, cf. A, 453; BM, 15, GM I, 4, 17, GM II, 12.112 Apesar dos esforos de articulao, no por inferncia que Nietzsche constri a fisi-ologiada vontade de poder. O carter substantivo e ontolgico de seu naturalismo semostra em definies, como a vontade de poder operante em todo acontecer (GM II,12), a prpria vida vontade de poder (BM 13), Num mundo cuja essncia a vontadede poder (BM 186) no h nada na vida que tenha mais valor do que o grau de poder(KSA 12, 5[71].10 fragmento de Lenzer-Heide, de 10 de junho de 1887).113 EH, Por que escrevo livros to bons,Humano, demasiado humano,3.114 preciso analisar a influncia da psicologia emprica francesa, alem e inglesa da se-gunda metade do sc. XIX no pensamento de Nietzsche desta poca Cf. FREZZATTI JUNIOR, Wilson Antonio. Nietzsche e Thodule Ribot: Psicologia e Superao da Me-tafsica. Revista Natureza Humana, So Paulo, v. 12, n. 2, 2010, pp. 1-28. Ribot umdos pioneiros na construo emprico-positivista da psicofisiologia.

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    genealgicas115. Ele quase no opera empiricamente com o mtodo genea-lgico para investigar os valores morais em sua efetividade histrica.

    A vontade de poder que interpreta e avalia opera, a meu ver,

    tanto na descrio dos fatos (ou interpretaes) morais bsicos, comona proposio de uma nova base naturalista para a tica. Caso se tra-te aqui de um novo critrio (meta-naturalista) para o estabelecimentode valores extramorais, haveria ainda uma justificao estritamentetica ou normativa no pensamento de Nietzsche? preciso, antes de

    mais nada, uma limpeza do terreno em que pode ser desenvolvido onaturalismo tico de Nietzsche, removendo as perspectivas estranhas,que paralisam os aspectos promissores desse naturalistain nuce .

    Suspeitamos que Nietzsche no dedica os esforos necessrios comprovao de suas intuies genealgicas profundas, por in-terpretar em bloco a Histria da moral, com a inteno de abrir es-pao a suas pretenses afirmativas (teraputicas). O otimismo ni-etzschiano (para usarmos uma expresso de J. Prinz) em relao aos

    valores afirmativos do futuro, talvez seja posto num terreno ideal,num solo frtil, do terrvel textohomo natura , uma fico regulativapara encobrir o pretenso solo desrtico dos valores modernos. Ainstncia natural transcendental da vontade de poder opera emconjunto com a metanarrativa histrico-universal do niilismo, ser-

    vindo aos propsitos prescritivistas e teraputicos de Nietzsche. As-sim, a resposta questo proposta :A genealogia de Nietzsche especulativa, enquanto desenvolve pouco suas hipteses interpreta-

    tivas, para favorecer seus propsitos prescritivistas. Naturalizar a ge-nealogiaa partir de Nietzsche implicasuspender o diagnstico ater-rador do niilismo e as promessas criadoras dos filsofos do futuro.Mas o prprio Nietzsche nos fornece indicaes valiosas, e bem de-terminadas, para a construo de umnaturalismo tico coerente. E-xerccios genealgicos demandam um longo demorar-se no imensopas da moral, com suas mltiplas e transitrias valoraes.

    115 Para Leiter, a breve meno em BM 134 Toda credibilidade, toda boa conscincia,toda evidncia da verdade vem apenas dos sentidos, explicitaria o empirismo de Nietzs-che. Essa mxima, no entanto, no se sustenta no contexto dos temas de BM. (Cf. Leiter,Nietzsche on Morality , New York: Routledge, 2002, p. 14)

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