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II anno DOMmaO, 5 DE OUTUBRO DE 1902 A .“ (tq. SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Anno, i«™. -----**•“>•1* “b»*»” para o Brazil, anno, 2S:>oo^reis (moeda fone). Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ED ITOR — José Augusto Saloio Assiguatura 1 S 000 réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. I MDICíiOJilMSmtíÔIIíMÉ S i n 51 Annuncios aBuiíIicações i.a publicação. 40 réis a !:nha. nas seguintes, a 16—LARGO DA M ISE.UCORDIA- H A LI)E«A Í,I.i:(i V *• ....... r *t * ~ ............................................... ............ o . 7 Annuncios na 4.;1pagina, contracto csp:cial. Os auto* is não se restituem quer sejr.m ou não publicados. PRQPRIETtRiO José Augusto Saloio EXPEDIENTE .lcceH:ini-sc coiu grati dão quaesquer noticias que sejam «le iuteresse publico. SOCIEDADE DO DEM Dirigindo-me ha dias a Pedrouços, tive occasião de visitar a kermesse que esta prestimosa sociedade instituirá embeneficiodos pobres da localidade eque tão bons resultados deu, levandooconsoloeoabri go bemfazejo aos despro tegidos da sorte. Consola a alma vèr os corações generosos dedi carem-se á santa cruzada do Bem , pensando na m i séria e na desgraça dos seus irmãos que soíírem; é bella, é santa, é nobre, essa cruzada e todos de vem dar-lhe oseu auxilio. Seria para dezejar que em todas as localidades se instituísse tão prestimosa associação;bailes, bazares, quaesquer divertimentos em fim , onde medianteuma pequenaretribuição, sepu dessem passar horas agra- daveis,concorrendo ao mes mo tempo para enxugar as lagrimas dos que sof- irem . Os artistas detodos osgenerospodiam ahi con correr com o seu esforço e 0seu talento, praticando uma boa acção que os en- nobreceria a seus proprios olhos; grandes epequenos, fidalgos e plebeus, unindo- se nessa propaganda de santo enthusiasmo, seriam dignosdagratidãoedo re conhecimento dos pobres, que deste mundo só co nhecemolado negro, que nunca vêem senão o céo tenebroso, sem umaestrel la bemfazeja que lhes iilu- m ineavida. Opovo, denatural bon dade de coração, dotado aos sentimentos mais no- ^■ 'es ealtruístas, seriao pri meiro a auxiliar essa idéa meritoria, concorrendc tambem com o seu obulo modestopara quetãocari dosa obra pudesse levar por deante os seus benefi- coseffeitos. Ahi fica a idéa. Que os corações bondosos a ado ptem , e dar-me-hei por bem pago de a ter apre sentado em plenaluz. JOAQUIM DOS ANJOS. AGRICULTURA A ádubação «las vinhas Na vinhacomoem todas as plantas cultivadas, a es colha eaqualidadedoadu bo a empregar no solode pendemessencialmente da própriacomposiçãodater ra e da maior ou menor riqueza desta emelemen tos nutritivos que lhe são indispensáveis. Antes de tudo convém conhecer as exi^encias do solo. Para se obter esse co nhecimentotorna-se neces- saria â analyse chim ica da terra, quenos ponhaaofa cto das proporções em que nella se encontramo a^o- íe, acido phosphorico, po- lassa e cal. Tambem deve ser co nhecidaariquezadoadubo a empregaremrelaçãoaos elementosacima referidos, assim como é indispensá vel saber sob que fórma existem nelle essas maté rias fertilisantes, se sob a fórma solúvel se insolúvel; porquanto, por exemplo: o azote póde ser util sob uma fórma a determinada terra, einutil eaté prejudi cial sob outra. (a) Adubos a\o lados,phos- phatados potassicos. — i.° Oadubodecurral éoadu bopor excellencia, pois que contémemsi todas asma térias fertilisantes. Convém naturalmente a todas as terras, mas infe lizmente existe empeque na quantidade; 2.0 O estrume do gado lanigero, póde como o de estrebaria ser empregado emtodos os terrenos eaté é mais rico do que aquel le; 3.° Olixodas povoações ouvarreduras das ruasque pódeserconsideradocomo adubo pobre, convém aos solos que carecemde ma térias organicas para me lhoria da sua composição chim ica. (b) Adubos anotados.— i.° O azote nitrico (nitrato de soda) convém especial mente para ossolosconsis tentes e argilosos; 2.0 O azote amonical (sulphato deamoniaco) pa ra os solos medianamente compactos; 3.° Azote orgânico (san gue dessecado, raspa de chavelhos, trapos de lã, massas, etc.,) nos solos li geiros saibrentos ou calca- reos. Deve evitar-se, o azo- te nitrico nos solos muito calcareos e o azote orgâ nico nas terras ricas e hL i mos; (c) Adubos phosphalados. -i.° Os superphosphatos convéema todos os solos excepto dos solos acidos e são particularmente apro priados aos calcareos; 2.0 Os phophatos preci pitados são convenientes para todos os solos; 3 .” Osphosphatosfosseis, devem ser applicados aos solos que careçam a um tempo de acido phospho rico e cal; 4.0 As escorias de des- phosphoração constituem umexcellente adubophos- phatado e muito activo agente calcareo; as mes mas escorias egualmente utilisam aos solos sem aci dophosphoricoe cal. (d) Adubos potassicosO sulphato de potassa é util a todos os terrenos. O chlororetodepotassium dá bons resultados em ter ras calcareas de sob solo permeável e em regiões que geralmente não estão soffrendodegrandearidez. (e) Adubos calcareos (cor recção) —1.° Margar e ba nhar as terras onde oele mento calcareo faz falta; 2° Empregar o gesso nas terras ricas em matéri as organicas em via de decomposição. Applica-se o estrume de curral ou estábulo, antes do inverno, o mais tarde depois das chuvas de feve reiro e março. Quantida de uma média de 10:000 kilogrammaspor hectare e por anno. Se se estruma de tres em tres annos: 3 o:ooo kilogrammas. Para o estrume de gado lanige ro, um terço ou metade do estrume de estábulo. Lixo ou varreduras das cidades ou povoações: 1 5 :ooo a 20:000 kilogram mas por hectare e por an no, applicado no inverno. Escorias de desphospho- ração e phosphatos mine- raes. Nas terras pobres em acido phosphorico e em cal, 1:000 kilogrammaspor hactere em cada anno. Es palha-se sobre a terra no inverno. Chlorureto de potassium : .200 kilogrammas mas por hectare; applica-se no in verno. Borra de lã e chavelho, unha e outras matérias córneas: 5 oo kilogrammas por hectare; massas 800 a 1000 kilogrammas por he ctare, no inverno. Gesso: 1000 a i 5 oo ki logrammas por hectere; cal: 1000 kilogrammas, no inverno. Supe rphosphato:400 ki logrammas por hactere, no fim do inverno;ephos phatos precipitados, 200 kilogrammas na mesma época, por hectare. Sangue dessecado; 400 kilogrammas a 5 oo kilo grammas, no fim do in verno. Os azotados: sulphato de ammoniaco, 3 oo kilo grammas: nitrato de soda 400 kilogrammas; sulpha to de potassa 200 kilo grammas; sulphato de fer ro Sooa 5 ookilogrammas. Estes saes só devem ser empregados na primavera quando a vinha principia a emittir assuasradiculas. Nas vinhas velhas espa lha-se o estrume á mão sobre toda a terra, cobrin do-se depois; nas novas, cujas raizesaindaoccupam uma supreficie muito lim i tada, lança ao pé de cada sêpa, numa cova aberta para essa, cobrindo-se de pois coma terra extrahida da mesma cova. De maneira alguma se deve misturar os elemen tos azotados, estrumes, massas, sulphato de am moniaco e nitrato de soda como superphosphato po is actuariamdesfavoravel mente. Vautativa de roubo Na noite de 1 para 2do corrente os gatunos tenta rampor meiodearromba mento introduzirem-se na importante mercearia dos srs. João da Loja& Irmão, na rua do Tenente Vala- dim , fazendo numa das portas da trazeira do esta belecimento 25 buracosem linha recta comuma pua. Comoosr. AugustoRa malhete tivesse de abrir o seu estabelecimento, que d al!i fica muito perto, e os presentisse, estes fugiram abandonando de todo a empreza. Os gatunos, pa ra poderemtrabalhar mais á vontade, tiraram caute losamente e apagaramum candeeiro da illum inação publica que estava defron te e foram collocal-o de baixo de uma carroça qLie alli se achava. Esta villa é de ha pouco tempo guardada de noite apenas por tres homens o que não é nada—por conta do bolso de alguns habitantes que, julgando terem as suas casas guar dadas dormemtranquillos e acordamde manhã rou bados. Ora como Aldegallega é Lima das villas maiores do nosso paiz e a maisim portante, é,por consequen cia, bem digna de uns 18 guardas, pelo menos, que avigiem;sendo6paraser viço diurno e 12para no cturno. Assim não receia- riamos tanto de um crime egual ao doBarreiroaque muito estamos sujeitos um dia. i$es&r«lem Pelas 8horas e meia da noite de 1 do corrente, na taberna de João Bentodas Neves, tambem conhecido pelo nome deJoãoEpipha- nio, deu-se uma renhida desordem entre dois indi viduos que alli jogavamas

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Page 1: DO DEM - mun-montijo.pt · II anno DOMmaO, 5 DE OUTUBRO DE 1902 A.“ (tq. SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Anno, i«™. ... lanigero, póde como o de estrebaria ser empregado

II a n n o DOMmaO, 5 DE OUTUBRO DE 1902 A .“ (tq.

SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA

Anno, i«™ . -----**•“>•1* “b»*»”para o Brazil, anno, 2S:>oo^reis (moeda fone). A v u l s o , no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio

A s s i g u a t u r a1S000 réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. I MDICíiOJilMSmtíÔIIíMÉ

Silín51 Annuncios

aBu i í I i c a ç õ e si.a publicação. 40 réis a !:nha. nas seguintes,

a 16—LARGO DA MISE.UCORDIA-H A L I ) E « A Í , I . i : ( i V

*• ....... r *t * ~ ............................................... ............ o . 7Annuncios na 4.;1 pagina, contracto csp:cial. Os auto*

is não se restituem quer sejr.m ou não publicados.PR QPR IETtRiO— José Augusto Saloio

EXPEDIENTE

. l c c e H : in i - s c c o i u g r a t i ­dão q u a e s q u e r n o t i c i a s q u e s e j a m «le i u t e r e s s e p u b l ic o .

SOCIEDADE DO DEM

Dirigindo-me ha dias a Pedrouços, tive occasião de visitar a kermesse que esta prestimosa sociedade instituirá em beneficio dos pobres da localidade e que tão bons resultados deu, levando o consolo e o abri­go bemfazejo aos despro­tegidos da sorte.Consola a alma vèr os

corações generosos dedi­carem-se á santa cruzada do Bem, pensando na mi­séria e na desgraça dos seus irmãos que soíírem; é bella, é santa, é nobre, essa cruzada e todos de­vem dar-lhe o seu auxilio.

Seria para dezejar que em todas as localidades se instituísse tão prestimosa associação; bailes, bazares, quaesquer divertimentos emfim, onde mediante uma pequena retribuição, se pu­dessem passar horas agra- daveis,concorrendo ao mes­mo tempo para enxugar as lagrimas dos que sof- irem. Os artistas de todos os generos podiam ahi con­correr com o seu esforço e 0 seu talento, praticando uma boa acção que os en- nobreceria a seus proprios olhos; grandes e pequenos, fidalgos e plebeus, unindo- se nessa propaganda de santo enthusiasmo, seriam dignos da gratidão e do re­conhecimento dos pobres, que deste mundo só co­nhecem o lado negro, que nunca vêem senão o céo tenebroso, sem uma estrel­la bemfazeja que lhes iilu- mine a vida.

O povo, de natural bon­dade de coração, dotado aos sentimentos mais no- ■'es e altruístas, seria o pri­meiro a auxiliar essa idéa meritoria, concorrendc tambem com o seu obulo modesto para que tão cari­dosa obra pudesse levar

por deante os seus benefi- cos effeitos.

Ahi fica a idéa. Que os corações bondosos a ado­ptem, e dar-me-hei por bem pago de a ter apre­sentado em plena luz.

JOAQUIM DOS ANJOS.

AGRI CULTURA

A á d u b a ç ã o « la s v i n h a s

Na vinha como em todas as plantas cultivadas, a es­colha e a qualidade do adu­bo a empregar no solo de­pendem essencialmente da própria composição da ter­ra e da maior ou menor riqueza desta em elemen­tos nutritivos que lhe são indispensáveis.

Antes de tudo convém conhecer as exi encias do solo.

Para se obter esse co­nhecimento torna-se neces- saria â analyse chimica da terra, que nos ponha ao fa­cto das proporções em que nella se encontram o a^o- íe, acido phosphorico, po- lassa e cal.

Tambem deve ser co­nhecida a riqueza do adubo a empregarem relação aos elementos acima referidos, assim como é indispensá­vel saber sob que fórma existem nelle essas maté­rias fertilisantes, se sob a fórma solúvel se insolúvel; porquanto, por exemplo: o azote póde ser util sob uma fórma a determinada terra, e inutil e até prejudi­cial sob outra.

(a) Adubos a\o lados,phos- phatados potassicos. — i.° O adubo de curral é o adu­bo por excellencia, pois que contém em si todas as ma­térias fertilisantes.

Convém naturalmente a todas as terras, mas infe­lizmente existe em peque­na quantidade;

2.0 O estrume do gado lanigero, póde como o de estrebaria ser empregado em todos os terrenos e até é mais rico do que aquel­le;

3.° O lixo das povoações ou varreduras das ruasque póde ser considerado como

adubo pobre, convém aos solos que carecem de ma­térias organicas para me­lhoria da sua composição chimica.

(b) Adubos anotados.—i.° O azote nitrico (nitrato de soda) convém especial­mente para os solos consis­tentes e argilosos;

2.0 O azote amonical (sulphato de amoniaco) pa­ra os solos medianamente compactos;

3.° Azote orgânico (san­gue dessecado, raspa de chavelhos, trapos de lã, massas, etc.,) nos solos li­geiros saibrentos ou calca- reos. Deve evitar-se, o azo- te nitrico nos solos muito calcareos e o azote orgâ­nico nas terras ricas e hLi­mos;

(c) Adubos phosphalados. -i.° Os superphosphatos

convéem a todos os solos excepto dos solos acidos e são particularmente apro­priados aos calcareos;

2.0 Os phophatos preci­pitados são convenientes para todos os solos;

3.” Os phosphatos fosseis, devem ser applicados aos solos que careçam a um tempo de acido phospho­rico e cal;

4.0 As escorias de des- phosphoração constituem um excellente adubo phos- phatado e muito activo agente calcareo; as mes­mas escorias egualmente utilisam aos solos sem aci­do phosphorico e cal.

(d) Adubos potassicos— O sulphato de potassa é util a todos os terrenos. O chlororeto de potassium dá bons resultados em ter­ras calcareas de sob solo permeável e em regiões que geralmente não estão soffrendo de grande aridez.

(e) Adubos calcareos (cor­recção)—1.° Margar e ba­nhar as terras onde o ele­mento calcareo faz falta;

2° Empregar o gesso nas terras ricas em matéri­as organicas em via de decomposição.

Applica-se o estrume de curral ou estábulo, antes do inverno, o mais tarde depois das chuvas de feve­reiro e março. Quantida­de uma média de 10:000

kilogrammaspor hectare e por anno. Se se estruma de tres em tres annos: 3o:ooo kilogrammas. Para o estrume de gado lanige­ro, um terço ou metade do estrume de estábulo.

Lixo ou varreduras das cidades ou povoações: 15:ooo a 20:000 kilogram­mas por hectare e por an­no, applicado no inverno.

Escorias de desphospho- ração e phosphatos mine- raes. Nas terras pobres em acido phosphorico e em cal, 1:000 kilogrammas por hactere em cada anno. Es­palha-se sobre a terra no inverno.

Chlorureto de potassium: .200 kilogrammas mas por hectare; applica-se no in­verno.

Borra de lã e chavelho, unha e outras matérias córneas: 5oo kilogrammas por hectare; massas 800 a 1000 kilogrammas por he­ctare, no inverno.

Gesso: 1000 a i5oo ki­logrammas por hectere; cal: 1000 kilogrammas,no inverno.

Supe rphosphato: 400 ki­logrammas por hactere, no fim do inverno; e phos­phatos precipitados, 200 kilogrammas na mesma época, por hectare.

Sangue dessecado; 400 kilogrammas a 5oo kilo­grammas, no fim do in­verno.

Os azotados: sulphato de ammoniaco, 3oo kilo­grammas: nitrato de soda 400 kilogrammas; sulpha­to de potassa 200 kilo­grammas; sulphato de fer­ro Soo a 5oo kilogrammas. Estes saes só devem ser empregados na primavera quando a vinha principia a emittir as suas radiculas.

Nas vinhas velhas espa­lha-se o estrume á mão sobre toda a terra, cobrin­do-se depois; nas novas, cujas raizes ainda occupam uma supreficie muito limi­tada, lança ao pé de cada sêpa, numa cova aberta para essa, cobrindo-se de­pois com a terra extrahida da mesma cova.

De maneira alguma se deve misturar os elemen­tos azotados, estrumes,

massas, sulphato de am­moniaco e nitrato de soda com o superphosphato po­is actuariam desfavoravel­mente.

V a u t a t i v a d e r o u b o

Na noite de 1 para 2 do corrente os gatunos tenta­ram por meio de arromba­mento introduzirem-se na importante mercearia dos srs. João da Loja & Irmão, na rua do Tenente Vala- dim, fazendo numa das portas da trazei ra do esta­belecimento 25 buracos em linha recta com uma pua.

Como o sr. Augusto Ra­malhete tivesse de abrir o seu estabelecimento, que d al!i fica muito perto, e os presentisse, estes fugiram abandonando de todo a empreza. Os gatunos, pa­ra poderem trabalhar mais á vontade, tiraram caute­losamente e apagaram um candeeiro da illuminação publica que estava defron­te e foram collocal-o de­baixo de uma carroça qLie alli se achava.

Esta villa é de ha pouco tempo guardada de noite apenas por tres homens— o que não é nada—por conta do bolso de alguns habitantes que, julgando terem as suas casas guar­dadas dormem tranquillos e acordam de manhã rou­bados.

Ora como Aldegallega é L im a das villas maiores do nosso paiz e a mais im­portante, é, por consequen­cia, bem digna de uns 18 guardas, pelo menos, que a vigiem; sendo 6 para ser­viço diurno e 12 para no­cturno. Assim não receia- riamos tanto de um crime egual ao do Barreiro a que muito estamos sujeitos um dia.

i$es&r«lemPelas 8 horas e meia da

noite de 1 do corrente, na taberna de João Bento das Neves, tambem conhecido pelo nome de João Epipha- nio, deu-se uma renhida desordem entre dois indi­viduos que alli jogavam as

Page 2: DO DEM - mun-montijo.pt · II anno DOMmaO, 5 DE OUTUBRO DE 1902 A.“ (tq. SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Anno, i«™. ... lanigero, póde como o de estrebaria ser empregado

O D O M I N G O

cartas. Achámos atrazador e repugnante o procedi­mento do dono do estabe­lecimento e mais indivíduos que alli estavam em con­sentirem aquelle barbaro espectáculo. Luctaram até se cancarem!

S u i c í d i o

O caixeiro Secundino Martins, de 21 annos de •edade, da mercearia do sr. Antonio Pereira Duarte, suicidou-se na madrugada de segunda-feira ultima.

Esteve no dia 1 do cor­rente nesta villa, o nosso amigo e assignante Adol- pho Ribeiro Cardona, di­gno 2.0 sargento da guar­da fiscal, no Barreiro.

M o v o h o r á r i o d o s v a p o ­r e s lisIíOtBCSBSeS

Começa ámanhã, segun ­da feira, o novo horário dos vapores lisbonenses que é o seguinte:

De Aldegallega, ás 7 ho­ras da manhã e 1 da tar­de. De Lisboa, ás n da manhã e 3 da tarde.

R e a l c i r i o d o s p e s c a d o ­r e s

E’ este mez que o real ci­rio dos pescadores vae para o pittoresco logar da Ata­laya. Este cirio costuma al­li demorar-se tres dias.

Preparam-se grandiosos festejos para o regresso do cirio.

Acham-se presos na ca­deia desta villa Henrique Dias dos Santos, casado, trabalhador e Estephania Tavares, casada, domesti­ca, ambos moradores no logar da Atalaya, por te­rem furtado pelas 8 horas e meia da noite de 28 de setembro proximo passado, cerca de 40 kilos de uvas da quinta da sr.a D. Ger­trudes Rufina dOliveira Simões, no referido logar

da Atalaya, freguezia do Divino Espirito Santo, d’es- te concelho.

A h e r d a d e d a R i l v a s

Tem sido enorme a affluencia de povo desta villa e de fóra á grande herdade da Rilvas, proprie­dade do opulento lavrador, ex."'° sr. José Maria dos Santos, que dista duas lé­guas desta villa, a fim de admirar o extraordinario movimento naquellas im­portantíssimas adegas.

A ERNESTO DA SILVA

Não poude ir para Cas- caes, conforme noticiámos no ultimo numero d 0 Do­mingo, o sr. José Cândi­do Rodrigues d’Annuncia- cão.

Choveu aqui todas as manhãs da semana passa­da, causando prejuizo aos vinhateiros que tinham uvas na eira.

Regressou ante-hontem de Algés, onde esteve a banhos, o nosso amigo Antonio Mendes Pinheiro Junior.

P ro v id e a B c â a s

O urinol do lado esquer­do do edificio do tribuna] encontra-se ha tempo ob­struído exhalando um chei­ro nauseabundo e decerto prejudicial á saude. A quem competir pedimos imme- diatas providencias.

AÍÍC5SOS

A noite passada, uns gra­ciosos quaesquer, entretive- ram-se apagando os can­deeiros da ilíuminação pu­blica.

Ao sr. administrador do concelho, pedimos se di­gne providenciar, applican- do um severo correctivo aos auctores de tão estú­pido divertimento.

Quando um rapaz dedica a sua juventude Ao bem dos seus irmãos com tanto ardor efé, Quando perde por elle a força e a saude,O que é esse rapaz? Respondam: O que é?

E um especulador, um vil ambicioso Que pretende fazer do povo o seu degi'au?Que, occultando o seu fim — cobarde, astucioso, P r a subir é capaz de tudo quanto é mau?

Não! E ' um luclador de raça forte e nobre,Que desce armado d liça— ousado campeão.Quer elle nivelar 0 que é humilde e pobre Ao rico e ao fe liz— ao outro seu irmão.

Vejam-río! Rosto aberto, altivo, intelligente! Olhar franco e leal, olhar que, não illude.Brilham nesse rapaz— um forte combatente —0 Talento, a Bondade, a eterna juventude!

JOAQUIM DOS ANJOS.

PENSAMENTOS

As mulheres pensam com 0 coração e enganam-se muito menos que os homens, que pensam com a cabeça. —Lescure.

— Não ha em França uma unica coisa grande, boa ou má, em polilica, em litteratura, em arte, que não tenha sido inspirada por uma mulher.— Alph. Karr.

— Todo o excesso de prazer é compensado por uma sonuna egual de trabalho e de aborrecimento. Não se gasta impunemente hum anno, uma parle dos rendi­mentos do anno seguinte.— Swift.

ANECDOT AS

Um intrujão estava contando, ã meza de um hotel, que linha vindo do Pará a Lisboa em seis dias.

—E ' impossível, observaram-lhe.— Pois sim, volveu elle, é maravilhoso. Mas tambem

essa travessia prodigiosa fo i s-á feita por os passageiros de 1 camara. Os de 2. tempo.

e j,.a gastaram muito maisI l I I f I I I I l l I I I K I i l I Z l l I

Um policia prendeu um homem por falso mendigo. Conduzido perante a aiictoridade, negou o que lhe im­putavam.

—-Não foste surprehendido no acto de esienderes a mão?— perguntou a auctoridadè.

— Sim, senhor, mas não era para pedir esmola.— Então para quê?— Era para vêr se chovia.

Sexta feira de Paixão Lili lembrou-se de assaltar o aparador, e devorou um covilhete de marmelada.

A mamã reprehende-a, exclamando:— A menina procedeu muito m al!.. . E em um dia

como este!. . . 0 bom Deus vae castigal-a!— Engana-se, mamã. 0 bom Deus não me viu, por­

que está morto.

A n n i v e r s a r i o s

Completou hontem mais um anniversario natalicio 0 nosso amigo, sr. José As­sis de Vasconcellos.

As nossas cinceras felici­tações.

— Tambem completa ámanhã o seu 4.0 anniver­sario natalicio a menina Sara, gentil filhinha do nosso amigo Manuel Cy- priano Pio.

A seus paes enviamos os nossos sinceros para­béns.

N e c r o l o g i a

Falleceu hontem, deven­do o seu funeral realisar-se hoje, pelas 8 horas da noi­te, sahindo o préstito fúne­bre da casa da sua residen- cia, na rua da Ponte, o sr. Euzebio d’01iveira.

A’ familia do finado en­viamos a expressão sincera do nosso pesar.

LITTERATURA

91o d e p é r o l a s

(Conclusão)

O estojo era fechado e por isso não pudemos di­zer o caminho por onde esse rapaz nos levou tão cuidadosamente e sem per­ca de tempo.

Apenas sabemosque pas­sados alguns instantes, 0 estojo era aberto, apressa­damente, e, de subito, achámo-nos num cama­rim luxuoso e perfumado, onde as mãos de uma ra­pariga loura nos acaricia­vam docemente.

Essa rapariga chama-se Hortênsia e era a amante do rapaz que nos havia comprado. . .

— Visionário, continua­ram as pérolas, Hortênsia, essa linda creatura dolhos côr de turqueza, é esta mesma creança em cujo pescoço nos enroscamos, é este pobre cadaver que tens defronte de ti!

Desde esse dia nunca

3i FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

UMA HISTORIADO

O U T R O M UNDORomance de aventuras

xiv I2 sg » o is sa c s

—Não,náo! gritou-lhe de repente o velho. Espirito náo vae vestido, Es­pirito todõ nu. Espirito tatuado.

O Mário com prèhenJeu e despiu- se atraz da rocfia. Ficou só com um lenço, para não ;ser indecente aos olhus da Joanna.

— Adeus, disse elle aos dois. Vou consolar-me trabalhando em seu fa­vor com todas as minhas for­ças.

—Mario, exclamou a Joanna, é o melhor dos homens. E ’ muito bon­doso. Perdoa-nos?

— Perdoar-lhes o quê? Juro ,que não lhes quero mal. E a prova é que estou alegre, que tenho uma idéa he­róica. Vista o meu fato.

— Assim não terei frio, não é ver­dade?

— E eu ficarei muito contente, acc-resçentou elle retirando-se, com grandes lagrimas nos olhos.

XV

ISodas de sassgeie b8’b«sm isianaslo

O João e a Joanna ficaram muito

admirados de se encontrarem sósi- nhos. juntos, livres para falarem com o coração aberto.- Esta liberdade incommodou-os e ao principio não puderam pronunciar uma unica pala­vra. 0 João sobretudo, mais desagei- tado em am or do que em qualquer outra coisa, ficava silencioso e quasi frio, não sabendo como encetar a conversa e desejando comtudo d'zer á Joanna toda a ventura que sentia A Joanna pensava com razão que fò­ra muito clara nas suas demonstra­ções de amor e, julgando, que a sua escolha valia bem um agradecimento; esperava por.ell.e. Estavam ambos se­riamente comp-omsttidos.

Com a ; rte maravilhosa que as mulheres teera para cortar as situa­ções difficeis, a Joanna encontrou meio de começar a conversação,

—Tenho medo, gritou de repente.

—Medo de que? perguntou o Her­cules.

— De tudo o que nos rodeia. Olha, lá em c'ma, como aquillo está a me- cher. Não vês?

E mostrou-lhe as aufractuosidades do cora' onde a luz do archote fazia -surgir sinistras apparições.

Mas elle não pensava n’isso." Sentia a joanna perto de si. Contava todas as pulsações do coração da sua bem amada; ardia aquelle contacto; afo­gava-se de amor nu m extase ardente e mudo.

— Por que não me respondes? dis­se a Jor.nna-,

— Mas eu respondo, e u . . .E apertou a nos braços. Esta res­

posta muda era tão energica, tão amorosa, tão cheia de desejos, que a Joanna quasi que teve medo. Resis­tiu ao amplexo c recuou, dizendo;

— João, o que faz?— Oh! exclamou elle, por piedade,

menina Joanna, não se escandalise Desde o instante em que declarou que me amava, desde esse momento de embriaguez, ainda não pude agra­decer-lhe. E agora que estamos sós agora que posso emfim dizer-lhe tu do, agora que o meu coração se atre ve a abrir-se com sigo ...

— Oh! oh! meu caro João, inter­rompeu a joven, como se fez taga relia!

— E ’ que eu amo-a ta n to !— E eu, grande creança, tornou el

la, não te amo tambem?E pegou-lhe n o queixo, sorrindo— Oh! obrigado! obrigado! meni

n a . ..— O que! menina! eu trato-te po1

tu, não vês?iContinual

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j^ais nos ap rtámos d j Hortênsia.

Os dois namorados eram doidos u m pelo ou­tro.

Muitas e muitas vezes sentimos o rumor dos seus beijos e ouvimos as suas palavras.

Oh! nem tu imaginas o que elles diziam!

Mas um dia.. . o namo­rado de Hortênsia desap- pareceu e nunca mais vol­tou.

Então a pobre loura foi etnpallidecendo a pouco e pouco, cada vez mais até que morreu.. .

Morreu!Em breve os estudantes

hãode vir profanar, com a ponta dos bisturis, o seu corpinho de sylphide, e, quem sabe ? hão de arran­car-nos do seu collo de neve!

E é por isso que nós es­tamos tristes e lacrimosas como as aguas de Ceylão essas aguas onde as areias são mais douradas, onde os coraes são mais verme­lhos . ..

E. de Castro s

contempladas no testa­mento da virtuosa bem- feitora, a honrarem este acto religioso com a sua presença no dia acima in­dicado.

SALCHICHARIA MERCANTILDE

A N N O N C i O S

ANNUNCIO

UUIMRO/l m\ ALlifiuALLlliuAI) IS

i!

No dia 9 do corrente pelas 7 horas da manhã, na egreja da Santa ('asa da Misericórdia, d’esta villa, ha de ce!ebrar-se uma mis­sa por alma de D. Maria Ri­ta de Cassia Paes, viuva do sr. Feliciano José Paes, cuja missa manda dizer a mesa da Irmandade da mesma Santa Casa como reconhecimento e em vir­tude da dita sr.a ter legado á Misericórdia um conto de réis em inscripções.

A familia da finada agra­dece essa boa deliberação da mesa, e da sua pane pede a todas as pessoas de sua amisade e principal­mente áquellas que foram

(S.a 8Bj53r2r.£;;H*So)

No dia 26 do corrente mez, pelas 11 horas da manhã, á porta do tribu­nal judicial de esta villa, nos autos de inventario por obito de Luiz de Al­meida, viuvo, morador que foi no sitio da Conceição dos Mattos, no qual é ca­beça de casal sua filha Adriana Rosa, se ha de ar­rematar em hasta publica, a quem maior lanço offe­recer sobre o valor abaixo dezignado, uma fazenda no sitio da Alagôa das Cheiras, freguezia de Al­cochete, composta de ter­ra de semeadura, vinha, arvores de fructo e olival, foreira ao Duque do Cada- val, em 43800 réis annuaes, com laudemio de vintena, avaliado o dominio util em 763800 réis.

Pelo presente, são cita­dos os credores incertos para assistirem ádita arre­matação, e ahi usarem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 2 de outubro de 1902.

o ESCRIVÁO

António Augusto da SilvaCoelho.

Verifiquei ;i exactidão.

O JUiZ DE DIREITO

Fernandes Figueira.

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José Antonio Nunes

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Visite pois o publico esta casa.

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do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas....................3o réisTomo de 5 fasciculos.................................... 1S0 »A GUERRA ANGLO BÓER c á obra cie mais palp tan te retualidade.

N’ella são descri)-tas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espanta Jo o mundo inteiro.

A GUERRA ANGLO-1 OER faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bat; lhas, combates» e «es;aramu:as» d'esta prolongada e acérrima lueta- entre inglezes, traasvaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroismo e tenacidade, em que são egu.almente a.imiráveis a coragem e de­dicação p triotica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos cfesta contenda e ;tre a poderosa Inglater a e as duas pequenas republica ; sul-africanas, decorrem atrávez de verda­

deiras peripecias, por tal maneira dramáticas e pittorescas, que dão á GUER­RA ANGLO-BOER. conjunctamente com o irresistível attractivo d’uma nar­rativa histórica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto, julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos succefssos que mai; interessam o mundo culto na actualidr.de.

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AO COMMERCIO DO POVOAO já bem conhecidas do publico as verdadeiras vnitagens que este estabelecimento offerece aos Còrnpradores de todos os seus artigos, pois que tem sortimento, e fn ' compras em condicçoes de poder competir com as primeiras casas de Lisboa no que diz respeito a preços, porque vende muitos artigos

A i a d a a n a i s b a r a í« > *e como tal esta casa para maior garantia estabeleceu o systema de GANHAR POUCO PARA VENDKR MUI 1 O e vendendo a todos pelos mesmos preços.

Tem esta casa além de varios artigos de vestuário mais as seguintes secções:De Fanqueiro, sortimento completo;De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de primeira moda;De Mercador, um bello e variado sortimento de casimirqs, flanellas, cheviotes.

picolilhos, e/c., etc.Fia lambem lindos pannos para capas de senhora, e de excedentes qualidades

por preços baratíssimos.A o s S J rS . A l i s y a t f ® * .— Este estabelecimento tem bom sortimento dc- fórros necessários para a sua

confecção taes com o:setins pretos e de cor, panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botóes. etc.A s S e i s h o r a s M o d i s t a s . — Lembram os proj rie ta ro s d’este estabelecimento uma visita, para

assim se certificarem de quanto os preços sáo limitados.Grande collecção de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que garanti

mos ser preto firme.U m a v i s U a p o i s a o C O M M E R C I O EM> P O V O

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Relogios de ouro. de prata, de aço. de nicke), de plaquet. de pbanta- sia, americanos, suisso; de parede, marítimos, despertadores americanos, des pertadores de phantasia, despertadores com musica, suissos de algibeiia com corda para oito dias.

Recommenda-se o relogio de AVELINO MARQUES CONTRAMES I RE. um bom escape d'ancora muito forte por 5Soop réis.

Oxidam-se caixas. d’aço com a maxima perfeição. Garantem-se todos os concertos.O proprietário d'esta relojoaria compra ouro e prata peio preço mais elevado.

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JOSÉ DA SILVA THíMOTEO & FILHO

O proprietário d’este antigo, acreditado e impor­tante estabelecimento, participa aos seus numerosos fr eguezes e ao publico em geral que acaba de forne­cer novamente o seu estabelecimento de todos os ob­jectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O pro­prietário deste estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.

Nas officinas d’este importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, gal­vaniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxi- dam-sè caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, gu tarras, etc.

O proprietário d’este estabelecimento dá uma li­bra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos traba­lhos aqui ditos, que elle, por não saber, tenha de 0 mandar executa fóra.

São garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os negoci >s d’esta casa.

Em caso 5 de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser execu­tado na presença do freguez.

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