dizcurso #5
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Edição do dizCURSO que saiu para as bancas do DEQ em Janeiro de 2009!TRANSCRIPT
> RGA
> Artigo Científico
> Cineartes
> RiaGente
Núcleo de Estudantes do Departamento de
Engenharia Química /AAC
Nesta edição:
Magusto no DEQ 2
Jantar de Natal do DEQ
2
Artigo Científico 3
Magusto no Pólo II 4
RGA 5
Janeiro de 2009 Ano II, edição 5
RGA
A Reunião Geral de Alunos, organizada pelo NEDEQ/AAC, realizou-se no passado dia 19 de Novembro. Apesar da pouca aderência por parte dos estudantes, esta reunião mostrou-se produti-va, com representantes das quatro listas candidatas à Direcção-Geral da AAC a divulgarem as suas ideias e programas.
Discutiram-se e esclarece-ram-se também alguns assuntos relativos à Praxe Académica, evidenciando, desde logo, a independência e neutralidade do NEDEQ/AAC à Praxe.
Foram ainda apresentadas as actividades já marcadas, organizadas pelo NEDEQ/AAC, bem como propostas para futuras actividades.
Como último assunto em discussão, o Processo de Bolonha e, em particular, os problemas procedentes à sua implementação no nos-so departamento.
Natal
acaba a ceia, as pessoas esperam a meia-noite jogando cartas, até ao momento em que poderão abrir os presentes e ir à Missa da Meia-Noite. As festas concluem-se com a “Epifania”, dia 6 de Janeiro, dia em que os reis magos deram os presentes ao Menino Jesus.
Na Suécia o Natal significa ”God Jul”. O Natal na Suécia é dos mais típicos e tradicio-nais, em especial porque o país está situado no extre-mo norte da Europa e tem sempre um Natal coberto de neve. Na Suécia é costume enterrar, no dia 25 de Dezembro, uma semente de cevada. Quando chega a germinar, o que não é nada fácil, o acontecimento é considerado prenúncio de boas colheitas.
A comemoração religiosa do Natal só foi iniciada no século IV quando o Papa Júlio I levou a cabo um estudo intensivo sobre a data de nascimento de Jesus Cristo e acabou por estabelecer oficialmente o dia 25 de Dezembro para as celebrações. Durante os três primeiros séculos da nossa era, os cristãos não celebra-ram o Natal.
A festa do Natal foi introdu-zida na Igreja Romana no século IV e, somente no século V, estabelecida ofi-cialmente como festa cristã. Uma das tradições mais marcantes do Natal é a Árvore de Natal. O mundo inteiro comemora o Natal, mas no entanto todos pos-suem maneiras diferentes de o comemorar.
Por exemplo, o Natal na Itália significa “Buon Nata-le”. O Natal na Itália é cheio de conhecimento ligado ao significado religioso. Quando
Exames
Aí vem mais uma época de exames!!! O NEDEQ deseja, antes de mais, boa sorte para todos. Aproximam-se, portanto, dias difíceis. Dias esses em que não há horários, dias em que muitos estudantes nem saem de casa e dias em que os livros são a úni-ca coisa que vemos. É por-tanto com esforço e com força de vontade que con-
seguimos passar às discipli-nas. E é passando às disci-plinas que o curso se faz, permitindo-nos um dia trabalhar naquilo que mais gostamos de fazer. Sem dúvida que começar o ano a estudar que nem uns “perdidos”, não é muito animador, mas caso tudo corra pelo melhor, ficamos com bons motivos para comemorar.
E começar o segundo semes-tre sabendo que o primeiro ficou “arrumado” é uma boa sensação, faz com que veja-mos as coisas de uma forma mais “leve”, ou seja, caso o primeiro semestre corra bem é meio caminho andado para o segundo correr também bem. Bons exames para todos os futuros Engenheiros Quími-cos.
Página 2 DizCurso—Boletim Informativo do NEDEQ/AAC
Realizou-se no passado
dia 11 Novembro pelas
17h, como já vem sendo
habitual o magusto do
DEQ. Como em todos os
magustos, não faltou a
bela da Castanha e Jeropi-
ga de muito boa qualidade
para acompanhar.
Foi com todo o espírito
próprio desta quadra de S.
Martinho que se deu início
ao Magusto. No início eram
poucas as pessoas presen-
tes nesta iniciativa, mas
com o passar dos minutos
a zona destinada para esta
iniciativa, o piso -3 do nos-
so departamento, foi-se
enchendo de pessoas, ale-
gria e boa disposição. Tal-
vez também fruto da tão
boa Jeropiga posta á dispo-
sição. Pode dizer-se que a
adesão a esta iniciativa foi
bastante satisfatória, uma
vez que esta iniciativa só
foi divulgada por e-mail no
dia anterior.
Magusto no DEQ por Anselmo Nunes
Jantar de Natal do DEQ por Catarina Teles
No passado dia 9 de Dezembro
realizou-se no Departamento de
Engenharia Química o tão aclama-
do Jantar de Natal. O jantar foi
executado com a ajuda das repre-
sentantes da Comissão Pedagógi-
ca, em conjunto com alguns
membros do Núcleo de Estudan-
tes. Apesar de se ter tido grande
aderência, o programa escolhido
não foi dos melhores, o que tor-
nou o jantar muito sóbrio e dividi-
do. Isto porque o grupo que ia
actuar (Grupo de Cordas da Sec-
ção de Fado da AAC) desmarcou-
se à última da hora. Ou seja, foi
gasto tempo precioso à procura
de uma maneira para tornar a
acústica do local o mais agradável
possível, em vez de podermos
despender esse tempo (perdido)
noutras actividades mais engraça-
das.
Então, como tentativa de haver
alguma actividade programada
tentou-se encontrar um computa-
dor com “karaoke” para animar a
noite, o que foi bem sucedido.
No entanto, devido a dificuldades
técnicas, demorou-se muito tem-
po até esta actividade estar a
funcionar plenamente, o que
levou a que muitas pessoas fos-
sem embora, visto ser uma altura
recheada, não só de prendas e
“bom espírito” mas também de
trabalhos finais e frequências,
restando apenas alguns alunos do
primeiro ano.
Apesar destes obstáculos todos,
uma actividade foi alcançada, o
Pai Natal, ou, neste caso, a Mãe
Natal, distribuiu presentes por
quase todas as pessoas, graças ao
NEDEQ que comprou tão calorosa-
mente os “presentinhos”.
Apesar de tudo, a decoração este-
ve à altura dos anos anteriores
mostrando assim que, mesmo
havendo aulas, trabalhos e fre-
quências, algumas pessoas
entram mais cedo no espírito
natalício e ajudaram a montá-la.
Um grande beijinho (e abraços)
para essas pessoas.
Página 3 Ano II, edição 5
compostagem.
Este grupo tem uma estreita ligação com uma empresa, a Adventech, que foi formada por mem-bros do grupo de investi-gação.
O GERSE juntamente com a empresa acima referida trata efluentes em que os processos biológicos são ineficientes, fazendo a integração dos processos de modo a conjugarem processos químicos e bio-lógicos com o objectivo de minimizar os custos.
Os métodos que permi-tem verificar se o proces-so químico já conseguiu baixar o nível de toxicida-de do efluente de forma a ter um posterior trata-mento biológico são a toxicidade e a respirome-tria.
Nestes últimos tempos o GERSE tem apostado no estudo do impacte ambiental, ou seja, procu-ram estudar os efluentes até que estes possam, segundo a legislação, ser lançados no ecossistema.
No entanto, este grupo não se limita apenas à componente laboratorial, tem também uma forte componente na parte de simulação de reactores.
Na parte de simulação, o GERSE, trabalha dois tipos de técnicas, as téc-nicas tradicionais (Fortran) e as técnicas modernas (dinâmica de fluidos computacional - CFD). Com estas técnicas é possível fazer a simula-ção de fluido em reactores multifásicos.
Um programa de CFD tem essencialmente duas com-ponentes:
- CAD: desenho vectorial do reactor (entrada, saí-da, parede e catalisador).
- Solver que serve para algoritmos numéricos de termos difusivos, convec-tivos e temporais e para definir as condições fron-teira e inicial.
O programa no final resol-ve-se recorrendo a uma rede de PCs: cluster.
A parte de ambiente do grupo GERSE, que está
Artigo Científico — GERSE por Telma Matias
Para o artigo científico desta edição decidi-mos entrevistar o Gru-po de Investigação em Engenharia da Reac-ção, Separação e Ambiente (GERSE).
Os professores do nosso departamento que fazem parte deste grupo são a Dr.ª Rosa Maria Quinta Ferreira (coordenadora), a Dr.ª Margarida Maria João Quina e o Dr. Lícinio Manuel Ferreira.
O GERSE é constituído também por quatro investigadores, o Rui Martins, o Rodrigo Lopes, a Cátia Augusto e o André Rossi. E fazem ainda parte deste grupo o Sérgio Silva, a Ana Sofia Simões e a Maria João Moreira.
A parte de Reacção e Separação dedica-se ao tratamento de efluentes (sólidos, líquidos e gaso-sos).
O tratamento de efluen-tes líquidos pode ser feito através de vários méto-dos. Esses métodos podem pertencer tanto à parte da Reacção como à parte da Separação. Os métodos de tratamento de efluentes que fazem parte da Reacção são a ozonólise simples e cata-lítica, a oxidação catalíti-ca húmida e o processo de Fenton. Os métodos que fazem parte da Separação são a flocula-ção, a ultrafiltração, a nanofiltração, a permuta iónica e os processos de adsorção em carvão acti-vado.
Para o tratamento de efluentes gasosos, a téc-nica utilizada é a oxida-ção catalítica dos VOC’s e os efluentes sólidos são tratados pelo método da
ainda no inicio, dedica-se à extracção e purificação do silício das areias para a construção de painéis fotovoltáicos (sistema de transformação de energia solar em energia eléctri-ca).
As areias que estão a ser estudadas são da região centro e o objectivo é explorar o potencial des-sas areias, de modo a poder extrair-se o silício que vai servir para a construção dos painéis solares.
É necessário estudar tam-bém qual o melhor pro-cesso de purificação do silício, ou seja, aquele que minimize os custos, o impacte ambiental e que tenha um menor gasto de energia.
Este projecto envolve a participação de uma empresa e de vários departamentos.
Antes de acabar queria apenas agradecer ao GERSE, pela simpatia com que me trataram e pela forma como me recebe-ram.
Página 4 DizCurso—Boletim Informativo do NEDEQ/AAC
Magusto social realizado no pólo II por Carina Ramos
No passado dia 19 de Novembro realizou-se o magusto social no pólo II, organizado pelos vários núcleos em parceria com a direcção geral da Associação Académica de Coimbra. Tal acontecimento revelou algumas falhas, falhas essas que mereceram algumas críticas. Ao contrário do que era anunciado nos poucos cartazes espalhados, principalmente na Universidade, um magusto que teria início às 16 h, começou com um atraso significativo, o que levou muita gente a desistir e ir embora. Um outro aspecto a comentar foi a desor-ganização, a falta de pessoas para trabalhar assim como o material a ser utilizado.
Um magusto social, ou seja, sem fins lucrativos para os núcleos envolvidos e direcção geral da associação, deveria atrair mais gente. Tal não se verificou, o que demonstra mais uma vez o desinteresse de grande parte da comunidade estudantil perante actividades académicas e sociais.
Por último acho que é de agradecer a todos aqueles que estiveram presentes e principalmente a todas as pessoas que trabalharam. Sem querer ser convencida, acho que estamos de parabéns, fomos o núcleo com mais presença e que mais trabalhou.
Página 5 Ano II, edição 5
RGA de 19 de Novembro por Inês Sineiro
No passado dia 19 de
Novembro teve lugar no
Departamento de Engenha-
ria Química (DEQ) uma
Reunião Geral de Alunos
(RGA) organizada pelo
NEDEQ/AAC e presidida
pela Mesa de Plenário.
Para os menos informados,
uma RGA trata-se de um espa-
ço de debate cujo objectivo é
dar voz aos estudantes, como
alunos e como colegas. Nesta
reunião poderiam esclarecer
dúvidas, expor ideias e mos-
trar descontentamentos…
Enfim, a palavra seria de
quem a quisesse ter e seria
ouvida! Os temas propostos
pelo Núcleo e pela Mesa do
Plenário a abordar nesta ses-
são abrangeram desde a Praxe
aos 120 anos da AAC, passan-
do pelas actividades propostas
pelo NEDEQ, e ainda o Proces-
so de Bolonha.
E porque nos encontrávamos
em época de eleições para a
Direcção-Geral da Associação
Académica de Coimbra (e uma
vez que a informação que a
maioria dos estudantes tem
neste campo é reduzida, se
não mesmo nula), foram tam-
bém convidados os elementos
constituintes das listas candi-
datas à DG/AAC, com intuito
de aproximar os estudantes do
DEQ ao mundo que é a Asso-
ciação Académica de Coimbra,
podendo ouvir pela voz dos
representantes das respectivas
listas a importância da AAC na
vida do estudante de Coimbra,
e o que cada lista defendia e
apoiava. Esta iniciativa foi lou-
vada pelos elementos das
listas presentes, pela preocu-
pação que houve em manter
os colegas informados, tentan-
do deste modo cultivar um
voto consciente, motivado pelo
juízo de cada um, ao invés de
votar na lista X ou Y porque o
amigo disse para o fazer, ou
porque os autocolantes eram
mais giros, ou porque davam
mais brindes!
Na apresentação das listas,
pudemos contar com a presen-
ça dos colegas: Jorge Serrote,
aluno da FDUC e vice-
presidente da actual DG/AAC,
pela lista A; Alexandre Leal,
aluno da FEUC, pela lista E;
João Reis, pela lista R e Henri-
que Paranhos, representante
da lista U. Entre ideais, objec-
tivos e preocupações, “falta de
associativismo” foi uma frase
bastante sublinhada no decor-
rer dos quatro discursos, pois
cada vez mais o estudante de
Coimbra se desliga dos assun-
tos respeitantes à AAC e de
tudo o que tem carácter extra-
curricular.
Feitas as apresentações das
listas, prosseguimos com os
restantes temas a abordar.
Relativamente à Praxe, o
debate teve como principais
focos: o conceito “anti-Praxe”
e o que ele implica; a impor-
tância do respeito mútuo den-
tro da Praxe; a banalização
que a Praxe tem vindo a sofrer
nos últimos anos; quem é o
Dux Veteranorum e a sua “importância” na Praxe; e o
(des)respeito à hierarquia e ao
Código da Praxe.
Relativamente ao tópico das
Actividades do NEDEQ, não
houve grande debate, devido
ao reduzido número de alunos
(exteriores ao Núcleo) que
compuseram a audiência da
RGA, e por isso foram apenas
apresentadas as actividades já
marcadas, e as propostas do
Núcleo para actividades futu-
ras. Está previsto que as pró-
ximas actividades sejam reali-
zadas em parceria com os
restantes departamentos do
Pólo II, de forma a tornar
estes eventos mais aliciantes,
uma vez que as actividades
que têm vindo a ser realizadas
têm tido uma fraca adesão, o
que desmotiva quem se empe-
nhou para as tornar possíveis.
No tema respeitante a Bolo-
nha, foram debatidas as van-
tagens e desvantagens da sua
implementação no DEQ e os
conflitos com as equivalências
de cadeiras. Foram ouvidas
ainda queixas relativas à
sobrecarga que os alunos têm
vindo a sofrer ao longo do
período lectivo e também à
falta de bases para algumas
cadeiras.
OPINIÃO
Recordo-vos que o voto é uma
forma de poderem mostrar a
vossa opinião, ainda que este
seja em branco. É uma forma
de mostrarem o que apoiam, a
vossa vontade de mudar o que
tem vindo (ou não) a ser feito,
ou para demonstrar o vosso
descontentamento perante a
crescente estagnação que tem
vindo a ser observada.
Como elemento constituinte da
Mesa de Plenário, mas tam-
bém como aluna do DEQ e
vossa colega, posso dizer que
foi com grande descontenta-
mento que pude observar a
falta de adesão que houve a
esta reunião, por parte dos
alunos deste departamento. É
compreensível que a esta altu-
ra do ano seja complicado
arranjar tempo entre trabalhos
e estudo, para ‘encaixar’ uma
reunião como esta. Os temas
mais importantes da RGA (falo
de Bolonha e das actividades
do Núcleo), não puderam ser
mais desenvolvidos devido
(mais uma vez) à falta de ele-
mentos na plateia para partici-
par. Ao invés de se fazerem
ouvir, têm os elementos da
Comissão Pedagógica andar a
marcar reuniões em cada um
dos anos, para ouvir queixas e
sugestões relativamente ao
Plano Curricular… Culpa de
Bolonha? E ao renunciar ao
nosso direito de ter uma parti-
cipação activa no Departamen-
to e na Academia, não estare-
mos nós a acomodar-nos às
mudanças que nos são impos-
tas, saindo prejudicados e
reclamando em murmúrios,
quando devíamos estar a
“gritar” pelos nossos direitos?!
Falo em gritar no sentido figu-
rado, uma vez que como podem observar, há formas
que vos facilitam a comunica-
ção com as entidades respon-
sáveis pela vossa aprendiza-
gem. O único problema é que
calados ninguém vos houve!!
Página 6 DizCurso—Boletim Informativo do NEDEQ/AAC
Cultura por Pedro Martins
Música
Deerhunter
Microcastle
Após o aclamado segundo disco Cryptograms, de 2007, os nor-te—americanos Deerhunter regressam com Microcastle. A banda de Bradford Cox (este também Atlas Sound) faz com este álbum uma descarada aproximação ao mainstream, com uma sonoridade mais pop, não sacrificando, contudo, o lado experimental e noise a que nos foram habituando.
Microcastle soa diferente de qualquer coisa que já tenham feito. Inicia-se devagar e, com a sua quietude, evolui para algo maior, tornando-se mais coeso e consistente.
Encontramos em “Never Stops” um bálsamo viciante, uma can-ção puramente pop que nos incita a repetir vezes sem conta o refrão - «Winter, in my heart. It never stops». “Nothing Ever Happened”, exercício puramen-te rock, com guitarras mal comportadas e desvairos pós-rock à mistura.
A luz que brilhava atrás da obscuridade impenetrável de Cryptograms apresenta-se agora em forma de canções – Microcastle é isto, uns Dee-rhunter diferentes, sem perde-rem a identidade. O quinteto de Atlanta fez assim um dos discos do ano transacto.
DJ /rupture
Uproot
DJ /rupture, isto é, Jace Clay-ton, produtor e DJ com base em Brooklyn, Nova Iorque, chega-nos com Uproot, uma mixtape em formato CD.
Esta é, definitivamente, a apro-ximação de /rupture ao dubs-tep – tal como os seus contem-porâneos – e fá-la muito bem, demonstrando que este é, hoje em dia, um dos géneros mais criativos e robustos da música electrónica.
Todo este Uproot está enraiza-do no dubstep. O seu início demonstra-o bem, mas, em vez de simplesmente seguir em frente conjugando uma série de canções semelhantes, Uproot dispara numa multiplicidade de direcções.
É o ouvido global e heterogé-neo de Clayton que torna este mashup numa obra coesa – a ligação que faz em todas as canções tece uma malha de conversações entre estas, sejam elas ragga, dubstep ou hip hop manhoso.
E é a economia de ideias que /rupture embrulha em Uproot que faz a hora de duração des-te CD parecê-lo muito menos.
Citando a Pitchfork Media, “/rupture está na rara categoria de DJ’s que dão a impressão de que não estão apenas a vaguear através da música, mas antes a corrigi-la, cons-
truindo as suas próprias leis, construindo uma história alter-nativa”.
Uma obra de electrónica expe-rimental e abstracta, ecléctica q.b., para noites mais longas.
Buraka Som Sistema
Black Diamond
A frescura experimental dos Buraka Som Sistema (BSS) despertou a curiosidade. Esta levou ao burburinho e ao hype, que se transformaram em cul-to. Este culminou por alturas do lançamento de From Buraka To The World, em 2006 – a estreia dos BSS nas lides disco-gráficas, em formato EP. O título da estreia, mesmo em jeito de apresentação, lançou o mote – “da Buraca para o mun-do”. Uma ameaça? E que ameaça. A febre festiva do kuduro progressivo (como os próprios BSS denominam a sua sonoridade) contagiou e ferveu muita multidão um pouco por todo o globo.
Com Black Diamond, primeiro álbum, DJ Riot, Lil’ John e Con-ductor apresentam-nos uma viagem à música (sub)urbana do século XXI, um legado da aldeia global. É música des-comprometida e informal, uma mistura de influências em raí-zes africanas, com o toque da electrónica.
Black Diamond propõe-se então a explorar os pontos de ligação
entre o kuduro e outras músicas “periféricas”. Como exemplos, encontramos aproximações ao baile funk carioca, ao dubstep e ao grime.
Black Diamond é selvagem. Pul-sa energia. Apela-nos ao instinto primário de dançar ao som do ritmo básico, simples e eficaz, ao som do ritmo cru. Black Dia-mond é um labirinto hipnótico feito destes ritmos, é a comple-xidade da electrónica moderna em confronto com o kuduro sel-vagem e cru.
peixe : avião
40.02
O primeiro EP do quinteto, Finjo a fazer de conta feito peixe : avião, prometia já algo de novo. Apelidaram-nos de Radiohead portugueses.
Adolfo Luxúria Canibal, o líder dos Mão Morta, deu as honras de escrever a press release des-ta edição. Descrevia assim este 40.02: «O modo como a triste-za, o tédio, o abatimento, a espera, o cândido são adornados com a banda sonora perfeita e absoluta e cantados pela notável e estranha poesia de Ronaldo Fonseca, numa união imaculada e magnífica. Como se peixe : avião sempre tivesse existido algures no limbo da nossa inconsciência, na maresia das tardes de Verão, na aragem trazida pelas primeiras chuvas, e esperasse a junção dos vocábu-los para tomar.»
Página 7 Ano II, edição 5
Música (con t . ) por Pedro Martins
As canções, a maioria feitas em guitarra, baixo, bateria e electróni-ca, clamam nas suas letras melan-colia e constroem um clima intimis-ta. Tudo resulta numa atmosfera soturna e num disco serenamente criativo e fresco.
Ainda nas palavras de Adolfo Luxú-ria Canibal, «40.02 Irradia portu-galidade, como se de repente tudo o que nos habituámos a associar à alma portuguesa, a melancolia dos seus poetas, o singelo das peque-nas coisas, se cristalizasse em sons e palavras».
Os Pontos Negros
Magnífico Material Inútil
O quarteto de Queluz lança o seu disco de estreia com o selo da tribo FlorCaveira, a editora independente de Tiago Guillul, uma das esperan-ças da nova pop cantada em portu-guês.
No seu EP de apresentação tinham já deixado canções como “Canção da Lili” e “Inês”. Dizia então o Ípsi-lon em revista a este EP: «É, prova-
velmente, o melhor reflexo portu-guês do “regresso” do rock 'n' roll anunciado no início do século XXI por The Strokes, The White Stripes e afins.».
Nas palavras de Samuel Úria, ele também da tribo FlorCaveira: «A naturalidade da melodia, a simples alegria de se fazer música: isto só podia ser deliciosamente adolescen-te.».
Ensaiam na cave da Igreja Baptista e têm no humor corrosivo das suas letras o seu principal trunfo
A música é toda ela energia garage, lembrando uns The Hives, mas são The Strokes a banda que sobressai como referência óbvia. Os Pontos Negros são rock 'n' roll que respira a actualidade e que reflecte a sua história. São banda que transforma este país, e as pessoas deste país, em matéria pop de lírica inventiva e música contagiante.
Cinema por Pedro Martins
Gomorra
de Matteo Garrone
O polémico filme de Matteo Garrone, "Gomorra", baseado no livro de Roberto Saviano, foi um dos acontecimentos do último Festival de Cinema de Cannes, onde conquistou o Prémio Especial do Júri. "Gomorra" é um mergulho brutal e violento nos meandros dos círculos infernais da Camorra napolitana (máfia), com uma crua e incrível precisão. Poder, dinheiro e sangue são os "valores" com que os habitantes de Nápoles se confrontam diariamente. A única linguagem é a das armas e o sangue o vício maior.
O Dia Em Que a Terra Parou (The Day The Earth Stood Still) de Scott Derrickson Klaatu (Keanu Reeves) é um extraterrestre com uma aparência humana que aterra na Terra, provocando uma série de incidentes. No hospital para onde os militares o leva-ram, e enquanto Governo e cientistas ten-tam desesperadamente perceber os seus mistérios, Helen Benson (Jennifer Connelly) consegue estabelecer contacto com o aliení-gena. E aí, percebe que ele foi enviado à Terra com uma missão: salvar o planeta. Porém, quando lê em Washington as pala-vras de Lincoln, percebe que os humanos ainda podem ter esperança. "O Dia Em Que a Terra Parou" é uma nova produção do clássico de ficção científica de 1951, realiza-do por Robert Wise.
Fome (Hunger) de Steve McQueen "Fome", o primeiro filme do artista plás-tico britânico Steve McQueen, conta a história de Bobby Sands, um activista do IRA (Irish Republican Army) preso em Maze, Belfast, na Irlanda do Norte, que começa uma greve de fome contra o tratamento que dão aos prisioneiros. Tenta assim conseguir para os activistas do IRA o estatuto de presos políticos, acabando por transformar-se num símbolo da luta armada do grupo. Steve McQueen recria então a história, questionando as noções de mártir e herói. "Fome" conquistou em Cannes o Caméra d'Or, o troféu que distingue a melhor primeira obra apresentada neste festival de cinema.
Página 8 DizCurso—Boletim Informativo do NEDEQ/AAC
Agenda cultural
Data Espectáculo Local Horário
5
Ciclo “Paul Newman”: “O Mais Selvagem Entre Mil”
Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV)
21:30
Os Livros Ardem Mal: Rui Tavares
TAGV 18:00
6 Ciclo “Paul Newman”: “Cortina Rasgada”
TAGV 21:30
7 Mississippi Gospel Choir 21:30
8
Tertúlia com António Arnaut, Gomes Canotilho e Vital Moreira sobre o tema "A República Portuguesa: 100 anos depois, o que
mudou, afinal?"
O Teatrão 18:30
9
Conferência: "Preparations and implementation of Medical services for the
Norwegian Olympic Team in Beijing 2008 “
Auditório do Estádio Universi-tário de Coimbra
-
10 Sábados no Museu: Orques-
tra Ecológica Museu da Ciência da UC 15:00—16:30
Ciclo "Paul Newman": "A Golpada"
TAGV 21:30
Visita—atelier: Fazer Fós-seis com Folhas
Jardim Botânico -
16
Cabaré da Santa O Teatrão -
Coimbra no Movimento Pre-sença: espectáculo de
beneficência a favor da Casa dos Pobres de Coim-
bra
TAGV 21:45
17
18ª Jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão da Zona Centro de Andebol:
Associação Académica de Coimbra x Ílhavo AC
- 18:00
22 Musical: "Os Produtores" TAGV 21:30
24 Sábados no Museu: Quem
tapou o Sol? Museu da Ciência da UC 15:00—16:30
27 Ciclo "Paul Newman": "O
Grande Salto" TAGV 21:30
30 Rodrigo Leão & Cinema
Ensemble TAGV 21:30
12
Janeiro
Página 9 Ano II, edição 5
RiaGente
SUDOKU
Preencher as casas vazias usando números de 1 a 9, de
forma a que não haja repetições em nenhuma linha,
coluna ou quadrado.
“Sábados no Museu 2009”
____________________________________________
Museu da Ciência da UC (Laboratório Chimico)
03-01-2009 a 28-03-2009
“Ciência em Família”
__________________________________________________
Museu da Ciência da UC [Secção de Botânica do Museu de História Natural]
Todos os Sábados à tarde, às 15:00—16:30
Vocacionado para a família
Marcação prévia
“Descobre o teu céu” - Escolas
_____________________________________________
Museu da Ciência da UC
18 de Janeiro, 15 de Fevereiro e 15 de Março
11:00—12:00 h
Marcação prévia
“Sábados à Descoberta na FCTUC”
__________________________________________________
Museu da Ciência da UC
Marcação prévia
http://www.mat.uc.pt/sabados
“A diversidade da vida 300 anos de Lineu”
__________________________________________________
Museu da Ciência da UC
Exposições em Janeiro
Anedotas
Qual a diferença entre a Química e a Culinária?
R: Na Química nunca se deve lamber a colher.
Por que é que as hemácias não se perdem na corrente sanguínea?
R: Porque elas seguem as plaquetas.
Como se chama um acidente entre dois ou mais aquece-dores?
R.: Choque térmico.
Por que não se pode falar alto nos laboratórios? R: Para não perturbar a concentração dos reagentes.
Núcleo de Estudantes do Departamento de
Engenharia Química /AAC
Edição: NEDEQ/AAC Tiragem: 100 exemplares
Envia as tuas questões/sugestões para [email protected]
Visita-nos em www.eq.uc.pt/~nedeq
O NEDEQ deseja-te
um Próspero Ano Novo e BOA SORTE PARA OS EXAMES!!!