diversidade e composição da ictiofauna do lago tupé · baseia-se na existência de diferenças...

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Diversidade Biológica Capítulo 13 Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé RESUMO - O sistema hidrológico do rio Negro é caracterizado pela variabilidade de biótopos colonizado por muitos organismos aquáticos, especialmente os peixes com cerca de 450 espécies. Considerando que nas Unidades de Conservação implantadas na bacia do rio Negro, as informações sobre a ictiofauna ainda são incipientes, esse trabalho propõe investigar a diversidade e composição específica sazonal da ictiofauna no lago que faz parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé. A hipótese a ser testada baseia- se na existência de diferenças sazonais na composição, diversidade e riqueza da ictiofauna resultante das variações na disponibilidade de habitats durante o ciclo hidrológico. As coletas foram realizadas mensalmente de julho de 2002 a dezembro de 2003, com uma bateria de malhadeira. A estrutura de associações de peixes foi descrita pela abundância Maria Gercilia M. SOARES Kedma Cristine YAMAMOTO e-mail: [email protected]. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), CP. 478, 69011-090, Manaus-AM, Br. e-mail: [email protected] Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA), Avenida Solimões 02, Conj. Atílio Andreazza, Bairro Japiim II. 69077-730. Departamento de Ciências Biológicas. Biotupé: Meio Físico, Diversidade Biológica e Sociocultural do Baixo Rio Negro, Amazônia Central SANTOS-SILVA, APRILE, SCUDELLER, Editora INPA, Manaus, 2005 Edinaldo Nelson Fábio Marques Veridiana Vizoni Sérgio MELO (Orgs.),

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Diversidade BiológicaCapítulo 13

Diversidade e composição da ictiofaunado Lago Tupé

RESUMO - O sistema hidrológico do rio Negro é caracterizado pela variabilidade de

biótopos colonizado por muitos organismos aquáticos, especialmente os peixes com cerca

de 450 espécies. Considerando que nas Unidades de Conservação implantadas na bacia do

rio Negro, as informações sobre a ictiofauna ainda são incipientes, esse trabalho propõe

investigar a diversidade e composição específica sazonal da ictiofauna no lago que faz

parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé.Ahipótese a ser testada baseia-

se na existência de diferenças sazonais na composição, diversidade e riqueza da ictiofauna

resultante das variações na disponibilidade de habitats durante o ciclo hidrológico. As

coletas foram realizadas mensalmente de julho de 2002 a dezembro de 2003, com uma

bateria de malhadeira. A estrutura de associações de peixes foi descrita pela abundância

Maria Gercilia M. SOARES

Kedma Cristine YAMAMOTO

e-mail: [email protected] Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA),

CP. 478, 69011-090, Manaus-AM, Br.

e-mail: [email protected] Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA),

Avenida Solimões 02, Conj. Atílio Andreazza, Bairro Japiim II. 69077-730.Departamento de Ciências Biológicas.

Biotupé: Meio Físico,Diversidade Biológica e Sociocultural do Baixo Rio Negro, Amazônia Central

SANTOS-SILVA, APRILE, SCUDELLER,

Editora INPA, Manaus, 2005

Edinaldo Nelson Fábio Marques Veridiana VizoniSérgio MELO (Orgs.),

relativa, riqueza, diversidade, equitabilidade e número de indivíduos. Foram capturados

2.292 exemplares distribuídos em 5 ordens, 22 famílias, 64 gêneros e 84 espécies. A

composição específica da ictiofauna mostra variações sazonais em nível de família,

espécie e abundância de indivíduos. Characidae, Hemiodontidae, Auchenipteridae,

Curimatidae, Cichlidae foram às famílias mais abundantes e em nível de espécie

sp., e .

Os resultados suportaram a hipótese de que existem diferenças sazonais na diversidade e

riqueza da ictiofauna do lago. Essas condições são mantidas por meio de uma área de terra

firme, relativamente intacta e grande área alagada, inclusive na seca que permite a

existência de habitats para a colonização de muitas espécies de peixes.

Amazônia, rio Negro, peixes, igapó.

Acestrorhynchus falcirostris, Moenkhausia intermedia, Hemiodus immaculatus,

Hemiodus Hemiodus gracilis, Hypophthalmus edentatus Cyphocharax abramoides

PALAVRAS-CHAVE:

IntroduçãoOs peixes compõem o grupo de vertebrados mais

diversificado do mundo. Estimativas do total deespécies que possam estar presentes na imensa área dedrenagem da bacia amazônica variam entre 1500 e 5000(Bohlke ., 1978; Goulding ., 1988; Malabarba

., 1998)No sistema hidrológico do rio Negro, caracterizado

pela variedade de biótopos, como: praias arenosas,corredeiras, remansos, ilhas, paranás e lagos, já foramidentificadas cerca de 450 espécies (Goulding .,1988). Os autores consideram que as característicasquímicas das águas pretas, como: alto teor decomponentes húmicos, baixo pH e nutrientes, nãopodem ser considerados fatores limitantes para adiversidade de peixes e apontaram a necessidade deincrementar as amostragens nestes biótopos eestimaram a possibilidade da riqueza para mais de 700espécies.

Apesar da riqueza, a fauna de peixes nos lagos deágua preta tem sido pouco investigada quandocomparada com a de lagos de várzea. Informaçõesimportantes têm sido disponibilizadas sobre a estruturade comunidades de peixes no lago Prato, Arquipélago dasAnavilhanas (Saint-Paul ., 2000); associações entrepeixes e macrófitas aquáticas, Arquipélago dasAnavilhanas (Araújo-Lima ., 1986); migrações dosjaraquis no rio Negro (Ribeiro, 1983; Ribeiro Petrere,1990); riqueza, diversidade e relações tróficas em vários

et al et al etal .

et al

et al

et al&

habitats do rio Negro (Goulding .,1988); diversidade e distribuição nolago do Prato (Garcia, 1995);comportamento alimentar no rioNegro (Ferreira, 1981; CarvalhoGoulding, 1985; Borges, 1986), rioPreto da Eva (Marlier, 1968) e nahidrelétrica de Curuá-Una, (Ferreira,1984). Santos (1983) reveloudiferenças na estrutura de comunida-des de peixes capturados no lago Tupée no rio Negro através de pescaexperimental.

Na Amazônia, a conservação e o usosustentável da biodiversidade emecossistemas aquáticos representamum desafio, especialmente por causada escassez de conhecimento sobre osorganismos, suas relações e seuaproveitamento para o consumohumano. Nas Unidades de Conservaçãoimplantadas na bacia do Rio Negro,ainda são incipientes as informaçõessobre a ictiofauna. Neste contextoesse trabalho propõe investigar adiversidade e composição específicasazonal da ictiofauna no lago que fazparte da RDS Tupé, submetido à fortepressão antrópica pela proximidade deManaus. A hipótese a ser testada

et al

&

182

Soares Yamamoto&

baseia-se na existência de diferençassazonais na composição, diversidade eriqueza da ictiofauna no lago,resultante das variações na disponibili-dade de habitats durante o ciclohidrológico.

O Tu p é ( 0 3 º 0 2 3 5 , 4 S e60º15 17,5 W) é um lago de águapreta, situado na RDS Tupé à margemesquerda do rio Negro, na AmazôniaCentral, cerca de 25 km a oeste deManaus. A flutuação anual média donível da água é de 10 m. A enchente,em geral, começa em novembro econtinua até o final de junho, Fig. 1(Aprile Darwich, 2005, nestevolume), atingindo a cota máxima emjulho; a vazante começa em agosto e aágua flui do lago para o rio, atingindonível mais baixo em outubro.

As coletas dos peixes foramrealizadas mensalmente de julho de2002 a dezembro de 2003, próximo àestação E 10

com bateria demalhadeira, malhas variando de 20 a90mm entre nós, medindo 25m decomprimento e 2,5m de altura. Asmalhadeiras foram armadas na regiãode água aberta do lago, partindo daslaterais para o centro do lago ondepermaneceram durante 24h. Asdespescas ocorreram em intervalos de6h.

Os peixes foram identificados nocampo com o auxílio de chaves deidentificação (Géry, 1977; Malabarba

., 1998; Kullander ., 2003).Porém, várias espécies foram fixadasem solução de formol, 10%, etransportados para o laboratório paraserem identificadas com a colaboração

Material e Métodos

’ ”’ ”

T Fig. 1 (Darwich ,2005, neste volume)

&

et al.

et al et al

de especialistas do INPA.A estrutura de associações de peixes foi investigada

através da abundância relativa (%) em número deindivíduos (N) e biomassa (g), riqueza (R), índice dediversidade de Shannon-Wiener (H') (Krebs, 1989) e índicede equitabilidade (E) (Magurran, 1988). Os dados foramagrupados em quatro períodos do ciclo hidrológicoenchente, cheia, vazante e seca.

Nas coletas efetuadas na água aberta do lago Tupéforam capturados 2292 exemplares de peixes distribuídosem 5 ordens, 22 famílias, 64 gêneros e 84 espécies (Tab.1; Anexo 1). Deste total, a ordem Characiformes (10famílias, 30 gêneros e 48 espécies) predominou commaior número de indivíduos em todos os períodos, 76,3%na enchente, 50,6% na cheia, 49,7% na vazante e 85,8% naseca. Seguida pela ordem Siluriformes (7 famílias, 15gêneros e 20 espécies) capturados na enchente, cheia eseca. Clupeiformes (2 famílias, 3 gêneros e 3 espécies),Perciformes (2 famílias, 13 gêneros e 16 espécies) eGymnotiformes (1 família, 2 gêneros e 2 espécies) são asordens que apresentaram menor número de indivíduos(Fig. 1). A seca (N=1.307) e a enchente (N=579)correspondem aos períodos nos quais foram capturados asmaiores quantidades de exemplares (Fig. 3).

As famílias mais representativas em número deindivíduos, em ordem decrescente de abundância, foramCharacidae, Hemiodontidae, Auchenipteridae,Curimatidae, Cichlidae, Pimelodidae, Pristigasteridae,Ctenoluciidae, Prochilodontidae e Scianidae comdominância variando sazonalmente. Na enchente é maioro número de exemplares pertencentes à famíliaCharacidae (61,3%), Auchenipteridae (13,5%) eCtenoluciidae (5,5%); na cheia, Hemiodontidae (25,3%),Charac idae (12 ,6%) , Pime lod idae (12 ,3%) ,Auchenipteridae (5,7%) e Cichlidae (4,6%); na vazantePimelodidae (26,9%), Hemiodont idae (20%)Auchenipteridae (10,3%) e Curimatidae (8,3%), efinalmente na seca Characidae (49,3%), Hemiodontidae(19,1%), Curimatidae (8,3%) e Cichlidae (7,4%) (Fig. 2).

As espécies com maior abundância no lago foram(27,1%),

(7,29%), (6,68%),

Resultados

Acestrorhynchus falcirostris Moenkhausiaintermedia Hemiodus immaculatus

Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé

183

Ordem, FamÍlia, Nome vulgar Enchente Cheia Vazante SecaGênero e Espécie N (%) N (%) N (%) N (%)Clupeiformes

PristigasteridaePellona flavipinnis (Valenciennes, 1836) apapá amarelo, sardinhão 2 0,3 3 1,1 10 6,9 1 0,1IIisha amazonica (Miranda-Ribeiro, 1920) apapá 1 0,2 5 1,9EngraulididaeLycengraulis batesii (Günther, 1868) manjuba 9 1,6 37 14,2Characiformes

ErythrinidaeHoplias malabaricus (Bloch, 1794) traíra 2 0,8 24 1,8CtenoluciidaeBoulengerella lucius (Cuvier, 1816) pirapucu 32 5,5 8 3,1 22 1,7AnostomidaeSchizodon vittatum (Valenciennes, 1850) aracú 9 6,2Schizodon fasciatus, Agassiz, 1829 aracú 1 0,2 1 0,1Anostomus sp. aracú 1 0,2 2 0,8 23 1,8Anostomus taeniatus (Kner, 1858) aracú 2 0,3Rhytiodus argenteofuscus (Kner, 1858) aracú, pau-de-nego 1 0,2Rhytiodus sp. aracú, pau-de-nego 7 0,5Leporinus affinis (Günther, 1864) aracú flamengo 2 0,3 6 0,5Laemolyta sp. aracú caneta 6 0,5HemiodontidaeAnodus elongatus, Agassiz, 1829 orana, charuto 5 0,9 1 0,4 10 6,9Anodus orinocensis (Steindachner, 1887) orana, charuto 1 0,2Hemiodus gracilis Günther, 1864 orana branca 15 2,6 23 8,8 2 1,4 59Hemiodus immaculatus Kner, 1858 orana, cubiu 9 1,6 38 14,6 27 18,6 79 6,0Hemiodus sp. orana 5 1,9 109 8,3Hemiodus goeldi Steindachner, 1908 orana 2 0,3Micromischodus sugilatus (Roberts, 1971) orana colarinho 3 0,2ProchilodontidaeSemaprochilodus insignis (Jardine & Schomburgk, 1841) jaraqui escama grossa 1 0,2 7 2,7 19 1,5Semaprochilodus taeniurus (Valenciennes, 1817) jaraqui escama fina 1 0,2 9 3,4 8 0,6CurimatidaeCurimatella meyeri (Steindachner, 1882) branquinha 5 0,4Curimata vittata (Kner, 1858) branquinha 53 4,1Curimata sp. branquinha 1 0,4Potamorhina altamazonica (Cope, 1878) branquinha cabeça lisa 2 1,4 1 0,1Potamorhina latior (Spix, 1829) branquinha peito-de-aço 2 1,4Psectrogaster rutiloides (Kner, 1858) branquinha cascuda 1 0,2 5 3,4Cyphocharax abramoides (Kner, 1859) branquinha 13 2,2 1 0,4 48 3,7Curimatopsis sp. branquinha 3 2,1CynodontidaeHydrolycus scomberoides (Cuvier, 1816) Peixe-cachorro 1 0,7Cynodon gibbus Spix & Agassiz, 1829 zé-do-ó 1 0,4AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus falcirostris (Cuvier, 1819) Peixe-cachorro 41 7,1 1 0,4 1 0,7 578 44,2Acestrorhynchus microlepis (Schomburgk, 1841) Peixe-cachorro, dente de cão 32 5,5 1 0,7CharacidaeCatoprion mento (Cuvier, 1819) piranha 2 0,2Serrasalmus elongatus Kner, 1860 piranha mucura 1 0,4 2 1,4Serrasalmus rhombeus (Linnaeus, 1766) piranha preta 1 0,1Serrasalmus sp. piranha 1 0,7Agoniates anchovia Eigenmann, 1914 cruzador 1 0,7 2 0,2Brycon melanopterus (Cope, 1872) matrinchã 1 0,2 4 1,5 1 0,1Ctenobrycon hauxwellianus (Cope, 1870) piaba 5 3,4Holobrycon sp. piaba 3 1,1Moenkhausia lepidura (Kner, 1858) piaba 23 8,8 9 0,7Moenkhausia intermedia Eigenmann, 1908 piaba 167 28,8Moenkhausia sp. piaba 2 0,8 2 0,2Tetragonopterus sp. piaba 47 3,6Bryconops sp. piaba 5 0,4Lonchogenys sp. 1 piaba 51 8,8Lonchogenys sp.2 piaba 63 10,9

Tabela 1. Lista das espécies capturadas nos períodos de enchente, cheia, vazante e seca no lago Tupé.

continua >

184

Soares Yamamoto&

> continuação

185

Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé

Ordem, FamÍlia,Gênero e EspécieGymnotiformes

HypopomidaeBrachyhypopomus sp.RhamphichthyidaeRhamphichthys sp.Siluriformes

PimelodidaeHypophthalmus edentatus Spix & Agassiz, 1829Hypophthalmus fimbriatus Kner, 1858Hypophthalmus marginatus Valenciennes, 1840Pimelodus blochii Valenciennes, 1840Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801)AuchenipteridaeAgeneiosus vitattus Steindachner, 1908Ageneiosus brevifilis Valenciennes, 1840Ageneiosus sp.1Ageneiosus sp.2Auchenipterus sp.Centromochlus heckelii De Filippi, 1853Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766)Tatia sp.Auchenipterichthys thoracatus (Kner, 1858)CallichthyidaeHoplosternum littorale (Hancock, 1828)DoradidaeHassar sp.Scorpiodoras sp.Oxydoras niger (Valenciennes, 1821)LoricariidaeAncistrus sp.Rineloricaria sp.Perciformes

CichlidaeAcarichthys heckelii (Müller & Troschel, 1849)Cichla temensis Humboldt, 1821Cichla monoclus Spix & Agassiz, 1831Cichla sp.Geophagus sp.Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831)Satanoperca sp.Satanoperca acuticeps (Heckel, 1840)Crenicichla sp.Uaru amphiacanthoides Heckel, 1840Acaronia nassa (Heckel, 1840)Chaetobranchus sp.Heros sp.SciaenidaePlagioscion squamossissimus (Heckel, 1840)Pachyurus sp.Pachypops sp.TOTAL

Nome vulgar Enchente Cheia Vazante SecaN (%) N (%) N (%) N (%)

sarapó 2 0,3

sarapó 1 0,1

mapará 1 0,2 6 2,3 35 24,1 1 0,1mapará 3 0,5 2 1,4mapará 0,0 26 10,0 2 1,4 1 0,1mandi 3 0,5 1 0,4

bico de pato 16 1,2

mandubé 25 4,3 1 0,4mandubé 1 0,4mandubé 1 0,2 1 0,7mandubé 1 0,2

mandi 13 5,0mandi peruano 21 3,6 11 7,6 19 1,5

camgati 4 2,8 4 0,3mandi 31 5,4 2 0,8 9 0,7mandi 26 4,5 19 1,5

tamoatá 2 1,4

botinho 1 0,41 0,2 9 0,7

cuiu-cuiu 1 0,2

bodó 2 0,3 2 0,8cachimbo 1 0,4 5 0,4

acará 4 0,3tucunaré 5 0,9 6 2,3 27 2,1tucunaré 1 0,1tucunaré 2 0,2

acará, papa-terra 6 0,5acara-açú 1 0,4

acará 2 0,8 27 2,1acará 14 1,1

jacundá 2 0,8 1 0,7 1 0,1acará bararuá 1 0,4 2 0,2

acará 1 0,2 10 0,8acará prata 2 0,2acará preto 1 0,1

pescada branca 1 0,2 18 6,9 5 3,4pescada, corvina 2 0,2pescada, corvina 2 0,2

125 84 63 185

Hemiodus Hemiodusgracilis M. intermedia (

H.immaculatusLycengraulis batesii

Hypophthalmus edentatusH. immaculatus

A. falcirostris

sp. (4,97%) e(4,32%). piaba)

é dominante na enchente,(orana, cubio) e

(manjuba) nacheia,(mapará) e na vazantee (peixe-cachorro) naseca (Fig. 3).

Há diferenças na diversidade entre os períodos commaiores valores na cheia e menores na seca. AEquitabilidade não variou muito entre os períodos, masapresentou menor valor na seca (0,614), provavelmentepor causa da dominância de . Na cheia, émaior a uniformidade no número dos exemplares entreas espécies o que aumenta a diversidade (H´= 4,13) (Fig.3).

A. falcirostris

Anexo 1. Fotos das principais espécies de peixes capturadas no lago Tupé.

186

continua >

Ilisha amazonica

Pellona flavipinnis

Lycengraulis batesii

Hoplias malabaricus

Boulengerella lucius

Leporinus affinis

Anostomus .sp

Hemiodus immaculatus

Hemiodus gracilis

Anodus orinocensis

Semaprochilodus insignis

Curimata vittata

Potamorhina latior

Potamorhina altamazonica

Psectrogaster rutiloides

Cyphocharax abramoides

Serrasalmus elongatus

Acestrorhynchus microlepis

Soares Yamamoto&

> continuação

187

Acestrorhynchus falcirostris

Moenkhausia lepidura

Lonchogenys sp.

Ctenobrycon hauxwellianus

Moenkhausia intermedia

Hypophthalmus edentatus

Hypophthalmus fimbriatus

Ageneiosus vittatus

Auchenipterichthys thoracatus

Parauchenipterus galeatus

Pseudepapterus sp.

Centromachlus heckelii

Hoplosternum littorale

Escorpiodoras sp.

Ancistrus sp.

Cichla temensis

Acarichthys heckelii

Plagioscion squamosissimus

Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé

Figura 1. Abundância relativa (%) das ordens de peixescapturadas no lago Tupé.

Figura 2. Abundância relativa (%) das famílias de peixes maiscapturadas no lago Tupé.

188

Discussão

A ictiofauna capturada no lago Tupémostra dominância de Otophysi(Characiformes, 77,1%; Siluriformes,13,5%). Os Perciformes (6,3%) e osPristigasteridae (3%) ocorreram compoucos exemplares. As freqüênciasrelativas das ordens no lago estão emconformidade com aquelas indicadaspara os rios (Ferreira, 1993; Ferreira

., 1988) e lagos de várzea daAmazônia Central (Junk ., 1983;Souza-Pereira, 2000; Saint-Paul .,2000; Yamamoto, 2004). A composiçãoespecífica da ictiofauna no lago mostravariações sazonais em nível defamílias, espécie e abundância deindivíduos.

Os maiores números de exemplarescapturados em todos os períodospertencem às famílias Characidae,Hemiodontidae, Auchenipteridae,Curimatidae e Cichlidae. Curimatidaee Hemiodontidae, que são famíliasconstituídas por várias espécies queformam cardumes e realizam migra-ções de longa (rio acima) e curta(dentro da RDS Tupé) distância.Desenvolvem parte do seu ciclo de vidanos lagos, na época de alagação, eparte nos rios, na época de seca. Nosistema lago do Rei foi observadomovimentos migratórios do lago emdireção ao rio Amazonas envolvendoespécies dessas famílias (FernandesMerona, 1988).

Os hemiodontídeos,(cubiu) e (orana branca)

e curimatídeos,e

(branquinhas), foram os peixes maisabundantes na cheia e vazante,respectivamente. Essas espéciesentram no lago com a enchente embusca de abrigo e alimentação, os

etal

et alet al

H. immacula-tus H. gracilis

C. abramoides, P.rutiloides, P. altamazonica P. latior

&

0 20 40 60 100

Characidae

Auchenipteridae

Acestrorhynchidae

Ctenoluciidae

Hemiodontidae

Curimatidae

Pristigasteridae

Anostomidae

Cichlidae

Pimelodidae

Rhamphichthyidae

Doradidae

Loricariidae

Prochilodontidae

Sciaenidae

Erythrinidae

Cynodontidae

Engraulididae

Callichthyidae

Abundância relativa (%)

Enchente

Cheia

Vazante

Seca

0 20 40 60 80 100

Characiformes

Clupeiformes

Siluriformes

Perciformes

Gymnotiformes

Abundância relativa (%)

EnchenteCheia

VazanteSeca

Soares Yamamoto&

189

Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé

Enchente

0 20 40 60 80 100

M. intermedia

Lonchogenys sp.1

Lonchogenys sp.2

A. falcirostris

B. lucius

A. vitattus

C. heckelii

C. abramoides

H. immaculatus

C. temensis

H. fimbriatus

A. taeniatus

H. goeldi

Ancistrus sp.

A. microlepis

Tatia sp.

A. thoracatus

H. gracilis

L .batesii

A. elongatus

P. blochii

P. flavipinnis

L. affinis

Brachyhypopomus sp.

Abundância relativa (%)

continua >

0 20 40 60 80 100

H. immaculatus

M. lepidura

L. batesii

P. squamossissimus

S. taeniurus

S. insignis

C. temensis

I.amazonica

P. flavipinnis

Holobrycon sp.

Moenkhausia sp.

Ancistrus sp.

Satanoperca sp.

H..marginatus

H. gracilis

Auchenipterus sp.

B. iucius

H. edentatus

Hemiodus sp.

B. melanopterus

S. taeniurus

H. malabaricus

Tatia sp.

Anostomus sp.

Crenicichla sp.

Abundância relativa (%)

Cheia

> continuação

190

continua >

Soares Yamamoto&

Vazante

0 20 40 60 80 100

H. edentatus

H. immaculatus

C. heckelii

P. flavipinnis

A. elongatus

S. vittatum

C. hauxwellianus

P. rutiloides

P. squamossissimus

P. galeatus

Curimatopsis sp.

H. gracilis

P. altamazonica

P. latior

S. elongatus

H. fimbriatus

H. marginatus

H. littorale

Abundância relativa (%)

191

> continuação

continua >

Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé

Seca

0 20 40 60 80 100

A. falcirostris

Hemiodus sp.

H. immaculatus

H. gracilis

C. vittata

C. abramoides

Tetragonopterus sp.

Cichla temensis

Satanoperca sp.

H. malabaricus

Anostomus sp.

B. lucius

S. insignis

C. heckelii

A. thoracatus

C. heckelii

S. lima

A. thoracatus

S. acuticeps

A. nassa

Tatia sp.

Scorpiodoras sp.

M. lepidura

S. taeniurus

Rhytiodus sp.

L. affinis

Laemolyta sp.

Geophagus sp.

Abundância relativa (%)

192

Figura 3. Abundância relativa (%) das principais espécies nos períodos de enchente, cheia,vazante e seca no lago Tupé.

> continuação

Soares Yamamoto&

hemiodontídeos o fitoplâncton (Claro-Jr. 2003); na águaaberta, e os curimatídeos os detritos (Soares .,1986; Ferreira, 1993; Pouilly 2003) na cabeceirado lago. A retração das águas força os peixes a migraremem direção à saída do lago que é próxima ao sítioamostral e, portanto torna passíveis de captura pelasmalhadeiras.

Nas famílias Characidae, Auchenipteridae,Engraulididae, Acestrorhynchidae e Cichlidae a maioriados peixes é residente, desenvolvendo todo o ciclo devida no lago como as espécies de pequeno porte,

(piaba), (piaba),sp.1 (piaba), sp.2 (piaba) e(manjuba); e de médio porte como (peixecachorro), (peixe cachorro), sp.(mandi), (mandi), (mandi),

(mapará), (mapará),(tucunaré), spp. (acará) e

(pirapucu). Durante o ciclo hidrológico, essasespécies estiveram presentes em quase todas aspescarias, embora a abundância tenha apresentadovariações. A maioria é considerada espécie pelágica eexplora os recursos disponíveis na área aberta do lago.Como exemplos podem ser mencionados

e que ingeremzooplâncton (Goulding , 1988; Garcia, 1995),

, que comem insetos (Garcia, 1995)e e

cuja dieta é constituída porpeixes (Goulding 1980; Goulding ., 1988; Garcia,1995; Merona , 2001).

Os caracídeos de pequeno porte (sp.1 e sp.2) dominantes na

enchente e cheia têm as populações reduzidas durante aseca. Isto provavelmente está relacionado à fortepressão de predação exercida por espécies como

, que são vorazes predadores (Goulding., 1988; Claro Jr., 2003; Oliveira Jr., 1998; Soares,, 1986) muito freqüentes e às vezes dominantes na

comunidade íctica do Tupé. Logo após o início daalagação os pequenos caracídeos e ciclídeos járecuperaram as perdas ocorridas na seca, indicado peladominância de sp.1 e

sp.2, na enchente.Mudanças na composição específica causadas pelo

,et al

M.intermedia M. lepidura Lonchogenys

Lonchogenys L. batesiiA. falcirostris -

A. microlepis TatiaC. heckelii A. thoracatus H.

marginatus H. edentatus C.temensis Satanoperca B.lucius

H. marginatus,H. edentatus, L. batesii A. surinamensis

et al. P.galeatus, C. heckelii

A. falcirostris, A. microlepis, B. lucius, S. lima C.temensis, H. malabaricus

et alet al.

M. lepidura,Lonchogenys Lonchogenys

A.falcirostris, B. lucius, P. flavipinnis, C. temensis, H.malabaricus etal - etal.

M. intermedia, LonchogenysLonchogenys

et al.,

os

ciclo hidrológico têm sido amplamenterelatadas em lagos de várzea dosistema Solimões/Amazonas, Inácio,Rei, Catalão (Merona Bittencourt,1993; Saint-Paul ., 2000; Vale,2003), lago do rio Negro,(Garcia, 1995; Saint-Paul ., 2000)e Rios Machado e Madeira (Goulding,1980). Na maioria dos trabalhos acimacitados, é ressaltado que durante operíodo de alagação (enchente) váriasespécies migram da calha do rio paraos lagos e no período da vazante,retornam ao rio. Na seca os lagos sãohabitados principalmente por espéciestípicas de ambientes lênticos,conforme observado no lago Tupé.

Nos períodos de enchente e cheia aabundância de peixes é grande, porémcom o aumento da área alagada e amaior disponibilidade de habitats pararefúgios, a malhadeira por ser umaparelho de pesca passivo, deixapossivelmente, de capturar muitasespécies e exemplares afetando assim,as amostragens durante este período.Na cheia e vazante as amostragenstambém foram prejudicadas pelapresença constante de botos queconsumiam os peixes e destruíam asmalhadeiras, resultando na menorcaptura de indivíduos. Na seca, aretração das águas diminui a áreaalagada e obriga os peixes a sedeslocarem em direção à área centrale mais profunda do lago, ondepermanecem até o próximo período dealagação. Uma vez concentrados naárea aberta do lago os peixes sãofacilmente capturados pelas malha-deiras.

Os valores de diversidade eequitabilidade revelam uma comuni-dade onde existe uma grandediferença na distribuição dos númerosde exemplares entre as espécies. Isso

&et al

et alPrato

193

Diversidade e composição da ictiofauna do Lago Tupé

por causa da dominância de espéciesque formam cardumes tanto asmigradoras ( ) como asresidentes no lago (

e ).A dominância de naenchente e de na seca,favorece a similaridade entre osvalores de diversidade nos períodos,embora na vazante a riqueza sejamuito baixa. Na cheia e vazante adominância de

e , resulta emmenor diferença na distribuição donúmero de exemplares entre asespécies elevando os valores daequitabilidade. Santos (1983) tambémindica essas espécies como abundantesno lago Tupé na década de 80. Apresença de espécies dominantes nacomunidade de peixes no Tupéconcorda com o padrão que tem sidodetectado em comunidades naturaisem outros lagos da Amazônia Centralde águas pretas (Garcia, 1995) e águabranca (Saint-Paul ., 2000;Yamamoto, 2004).

Comparando a riqueza ediversidade desse lago (R=157, H'=3,85) com outros trabalhos realizadosem lagos de várzea da AmazôniaCentral: Comandá (R=59, H'=3,9),Praia (R=76, H'=4,8) e Tracajá (R=52,H'=4,3) (Yamamoto, 2004), a região deágua aberta do Tupé pode serconsiderada com alta diversidade. Asdiferenças estão na biomassa dospeixes, pois em um lago de várzeapode ocorrer uma biomassa cincovezes maior do que em um lago do rioNegro (Saint-Paul ., 2000).

Na comunidade de peixes em umlago nem sempre às espécies maisabundantes correspondem ascomercializadas pela população(Pereira, 1999; Freitas, 1999). Dentre

H. immaculatusM. intermedia, A.

falcirostris, L. batesii H. edentatusM. intermedia

A. falcirostris

H. immaculatus, H.edentatus L. batesii

et al

et al

as 14 espécies de maior importância em termos deabundância capturadas no Tupé (

sp.,sp.1 e

sp.2, sp., C.e sp.) nenhuma

tem alto valor comercial. Somente dois grupos deespécies ( spp., spp.) são, empequena proporção, comercializados nos mercados deManaus (Batista, 1998). Por outro lado, peixes com altasazonalidade e baixa abundância como os

spp. (jaraquis), spp.(tucunarés), (acará-açu) espp.(acará-prata), spp. (pacu), spp.(matrinchã), (traíra) (aracú)e spp. (aracu) estão incluídos na dieta dascomunidades ribeirinhas localizadas na RDS TemaRebelo, 2005, neste volume).

Os resultados acima descritos têm importantesimplicações para o manejo da ictiofauna no lago Tupé,que ainda apresenta grandes áreas com floresta alagada.A variação na estrutura da ictiofauna associada com ociclo hidrológico está fortemente relacionada com adisponibilidade de habitats, que em lagos de água pretaestão principalmente restritos ao igapó e a água aberta.Saint-Paul . (2000) estudando a ictiofauna dasregiões de água aberta e igapó no lago Prato,Arquipélagode Anavilhanas, destaca que mais da metade (74%) dospeixes foi coletado no igapó, sendo superior em númerode espécies a captura na floresta de várzea do lagoInácio, rio Solimões. Portanto, os igapós podem serconsiderados habitats chave, de importância vital para odesenvolvimento de muitas populações de peixes(Goulding ., 1988).

Os resultados suportaram a hipótese de que existemdiferenças sazonais na diversidade e riqueza daictiofauna do lago Tupé por causa da presença de área deterra-firme, relativamente intacta, e a grande áreaalagável, que permitem a existência de habitats para acolonização de muitas espécies de peixes. Esses fatoressão de fundamental importância por possibilitar amanutenção da diversidade e abundância de espécies,haja vista que a proximidade do lago Tupé à cidade deManaus, tem favorecido, nas ultimas décadas, umaintensa pressão antrópica.

A. falcirostris, M.intermedia, H. immaculatus, Hemiodus H. gracilis,B. lucius, C. abramoides, C.vittata, LonchogenysLonchogenys Tetragonopterus heckelii, H.edentatus, L. batesi, A. thoracatus Tatia

Hemiodus Hypophthalmus

Semaprochilodus CichlaA. ocellatus Chaetobranchus

Mylossoma BryconH. malabaricus S. fasciatus

Leporinus(

et al

et al

&

194

Soares Yamamoto&

Agradecimentos

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