disseminação seletiva da informação (sdi): estado da...

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DISSEfoUNAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (S01): estado de arte e tendências futuras Rose Mary Juliano Longo* * Bibliotecária do Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados - CPAC. da Brasí:lia. DF 1978

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DISSEfoUNAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (S01):

estado de arte e tendências futuras

Rose Mary Juliano Longo*

* Bibliotecária do Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados - CPAC. da

E~lBRAPA

Brasí:lia. DF

1978

SUMÁRIO

1. ORICENS ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• , •••••••••••••• 1 - 2

2. SDI COHO f VISTO HOJE ........................................ 0 •••••••• •• •• 2

3. O PROCESSO DA DISSEMINAÇÃO DA INFORHAÇÃO •• • •••••••••••• •••• •• ••• ••••• 2 - 3

4. OBJETIVOS E ALctJl.fAS VANTAGENS DOS SERVIÇOS DF. SDl .................. .. .... 3

S. IMPORTANTES TllPICOS A SEREM CONSIDERADOS EH SERVIÇOS DE SOI •• •••••••••••• 3

5.1 Construção de perfil: Material d~ apoio. interação dos

usuários. ti pess oa intE'.rmediãria, avaliação •• 0 ••••••••••••••••••••••••• 3 - 5

5.2 Caracterlsticos da Construção de perfis dos usoãrios •••••••••.••• •• •••• 5

S.2.1 LÓgica Booleana •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 0 ••• ••••• 5 - 6

5.2.2 Truncagcm ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 6 - 7

5.2.3 Peso ••••••••••••••••••••••••• ••• ••••••••• • •• • •••••••• • •••••••••• •• 7 - 9

5.2.4 LÓgica IGNORE ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 9 -10

5.2.5 LÓgica WITH •••••• •• •••• •• •••••••• ••••• ••••••••••••••••••••• ••••• ••••• 10

6. PROBLEMAS EXISTENTES EM SERVIÇOS DE 5DI ••••• •••• ••••••••••••• ••• • •••••• • IO

6.1 Padronização por parte dos produtores de bancos de dados •••••••• • ••• 1D-ll

6.2 Retroalimentação dos Usu~rios ••• •• ••••••• •• •••••••••••• • •••••••• • .•• ll-12

6.3~ ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •. ••••• 12-14 6.4 Fornecimento dos documentos aos usuârios •••••••••••••••••••••••••••• ~IS 7. DESENVOLVUIENTOS RECENTES EM SERVIÇOS DE SDI • •••• ••••••••••••••••••• 1.&-I~ 8. TENDtNCIAS FUTURAS NOS SERVIÇOS DE SDI. ...... .. ..................... -17

9. BIBLIOGRAFIA •••••••••••••••••••• • ••••• •• •••••••••••••••••••••• • ••••• 18-23

ABSTRACT

Selective Disscmination of InfoI"uwtion (SDI) Scrvices require

an understanding of thc sys tcrns and data bases .. vnilahle.

A atudy of the statc-of-~rt of SOl serviccs vas carricd out

taking into consideration aspcct6 likc: features and logics involved,profile

construction. standardization of data bases' procluccrs. feebdack.

docunlcnt delivcry. and futurc trends in this kind of service.

RESUHO

costs

Os serviços de Disseminnç.ão Seletiva da Informação (SDI)nece.!

aitam de uma conscientizaçfío a respeito dos sis t emas e bancos de dados dia

poníveis •

Um estudo do "estado de arte" dos serviços de SDI foi elabora

do considerando-se os seguintes aspectos: cara~tcrrsticas c lógicas existen

tea, construção de perfis. pedronização por parte dos produtores de bancos de

dados, retroalimcntação, custos, fornecimento de documentos e tendências fu

turas nesse tipo de serviço.

l. Origens

As facilidad es propor c ion~da s pelo grande numero de computad~

r~s disponíveis durante as ülti~5 duas décadas, sua aplicação em impressao

typessetint. Gerando. 355io, quase que 3uto~ticamcnte. bancos de dados le

,i:veis por computadores. além da grande expans ão da literatura mundi~l. tudo

isso f~z com que se tornass e mais difícil, e dispendioso para a comunidade

científica se manter 3 par de toda a literatura relevante nas diversas áreas

de pesquisa . Esses foram alGuns dos fatores que proporcionaram O desenvolvi

.ento dos serviços de Disseminação Seletiva da Informação (SDl Sclective

~issemination of Information).

Considerando-se que os siste~s de SDI sur&ir~ somente na

década de 60, pode-se dizer que o seu desenvolvimento tem sido bastante rã

pido (OA.\tl-1ERS . 19 7l) •

SDI não ê um conccito novo. LtnlN (l96l) o define como "aquel~

serviço dentro de uma organização que se refere ã c~n~li%ação de novo~ itens

de informação. vindos de quaisquer Contes, para aqueles pontos dentro da or

ganização, onde a probabilidade de utilização, em conexão com interesses ou

trabalhos carentes, é grande".

De acordo com Luhn. J usuário deveria est~r livre de quase t~

dos os esforços no sentido de encontrar itens relevantes quando participa d:!

um serviço de SOl (LECATTE, 1975). ~ uma opinião um pouco extremista mas

por outro lado, o desenvolvimento excessivo dos usuários pode diminuir t.;lnto

os bencficios dos serviços de SDI, quanto a satisfação dos usuãrios com o

Sistema.

Antes do grande aumento da literatura mundial e da disponibi

lidade dos computadores, alg~as bibliotecas oCereciam um serviço manual de

alerta através do manuseio de títulos de periódicos e da compilação d~ resu

mos para as referências que fossem considerad.ls relevantes. distribuindo -as

então pelos usuários. Outras formas de serviços ~nuais de alerta eram: rodi

&io de periódicos entre us uários de uma biblioteca; tiras de papel com in

formações que chamassem a atenção dos usuários para determinados pontos d~

interesse; jornais murais. contendo fotocópias de sumários de periódi cos.li~

tas dos Materiais bibliogrã[icos adquiridos e/ou recebidos rcla biblioteca

e tantas mais. Isso era fcito através de fi chários por onde o bibl iotecário

s~ orientava de modo a fornacer a ca.da usuário o que era de seu intf!resse es

pecifico.

Esse serviço manual de alerta [o i princip.1lmcnte uti lizado em

1.

bibliotecas especiillizildas, onde, devido ao ulimero pequeno de usuãrios, se

tornava possLvel (levilndo-sc em considernç~o tnnto a disponibilidade de tem

po qUilnto a familiarização com os u s u ~rios ) a execução de um trabalho efi

ciente.

Atualmente, a situação ~ dife r ent e , e SOl se transformou num

serviço automatizado, contando com bancos de ded os legLveis por computadores,

permitindo a realização de um serviço con tLnuo c consistente para um número

maior de usu~rios.

2. SOl corno é vis t o hoje

Muitos autores afirmam que SOl é ape n3S uma outra contribui

çao vãlida ã disseminação da inform3ç~o (CH Ef,-n . 1971; GAFFNEY, 1973 ; LECCA

TE, 1975), isto ê, que SOl dC!veria se r ent endido r:t!:ramcntc como UIII meio a

mais disponLvel para a disseminação de informações . Não pre tendendo s.tisfa

zer todos os requis itos informaciona i s d~ cnda cientista, nao consegue tor

nar os outros meios de serviço da aler ta nbsolc t os. Desse modo, SOl e cons!

derado como um suplemento, em vez de se r u~ f orma de ocupar o lugar de o~

tros metodos de ale rta .

A compreensão da função do~ serviços de SOl deveria possibi1!..

tar aos usuãrios a consciência de que tili s serv iços eçtão longe de fornecer

a totalidade de iníoTmilção relevante pa r a seu trabalho de pesquisa. Em verd~ de, SOl não e a unica respos ta para seu~ intet-esses iufonnacionais, torna!!.

do-se necessãrio contar com outros serviços de al e\-Ca, tais como comunicação

pessoal, colégios i nvisLveis, confer~nc iil~ ou c~amadas telefônicas (CRANE,

1972) ,

3. O proces so da Disseminaç;to da In fol.,n~ çno

o processo da diss cl1Iinaç::;-o da 11lfu IT.\açno envolve: 1) a coleta

da informação produzi da; 2} a indexaçno dess ~ inf ormação; 3) a divulgação da

informação aos usuãrios ; e 4} tornõlr essõl i nfm·l'!léi.;ão acessível aos usuãrios.

Em outras palavras , o p roccs~o ~e di5seminação da informação d~

pende da eficiêncin de vár ias pess o.:ls e / ou sc n ·i ços : 1) o autor da. informa

ção; 2) as peSSoaS que coletam e en c~Lr.inh:1m a informaçno ; 3) aquelas que

indexam a inforrn.:l ção; 4) aqueles qUE'! rrololov~r.I c divulgam os serviços; 5) o

serviço de forneci mento do:: documento:: ; (' , fi na lllu:nce, 6) os usuários.

2,

Um serviço de SOl E; facilmente explicado qUOlndo se repassam

todos os seus aspcctos: 1) bancos de dadosj 2) centros de serviços de SOl;

3) progra~s de busca; lt) me ios de comunicação; 5) custos; 6) pessoas inter

mcdiárias e 7) perfis dos usuiiri o!'l (1l0US}lliN, 1973).

Partindo bem do princípio, jornais primãrios sao produzidos e

examinados por centros de "input" que organizam bOlneos de dados legíveis por

computadores. Os centros de serviços de SOlou compram ou arrendam esses bao!!.

cos de dados e escrevem procran~s de busca que permitem a recuperaç30 d3 i~

formação contida nos bancos de dados. e feita a divulgação dos serviços e

treinados; estabelecendo-se os custos e construindo-se os perfis de acordo

com o inter.esse dos usu~rios. Após esses serviços chegarem a lua fase op.!

racional, espera-se que v5rias avali ações sejOlm feitas, para se medirem o

ponto ótimo de performance aos ~E:!rviços , a sati sfação dos usuãrios etc.

(CO~NOR, 1967).

4. Obietivos e Ollgumas vantOlfiens do~ serviços de SOl

o objetivo dos servi.ços de SOl ê reunir a literatura mundial

corrente e anuncia-la selctivamenle , para urJlll ·grande comunidade de usuários

(HOUS>IAN, 1973).

As vantagens desse st:rviçp sao a redução considerável do te~

po tasto pelos usuãri.os, dUl·ante o exame e selcçno da literatura corrente

expansao da abrangência, visando a cobrir tarroêm publicações marginais ainda

não disponíveis aos usuários i to:lio\." uso da coleção das bibliotecas pelos usu

árias e o incentivo no sentido de haver um comportamento mais ativo do bi

bliotecãrio com relação ao usuãritl; 8 redução da duplicidade de experimentos

e .de projetos de pesquisa, já que os \1Suarios ficam a par dos mais recentes

desenvolvim~llt()s em suas .Jreas ô a a judar as bibliotecas na seleção e na .!

quisição de um volume maior de ma teria l bibliotecário a ser adicionado às

suas coleções. (NAUERHOFF &- SMITli, 1971 a, RO\o.TLANOS; 1971).

5. Importante~ tópicos a serem eon~iderados em serviços de SOl

S.l. Constru~ão de perfil : . material de apoio; interação dos usuãrios; a

pes soa intcrmcdi~ria ô a valiação.

Um dos aspectos mais importantes a ser considerado quando se

!;ll ~1 de servtçCls de SDl é a construçiío de perfil.

Cc.ralm'!!mtc, a maioria dos serviços de SOl no mundo enf3ti:r.a ,

•• 1 ~ ..•• ~ .-

sobremodo. esta fase da operaçao total, já que um perfil bem construído ê cons ide rado ror um grande número de Dutores como a chave parü um serviço de

SDl (EDSON. 1974; GAFFNEY. 1973; LECGAl'E. 1975; HAU\::R110FF. 1970. 19H;l'\wtRHCI'F

& SHITII. 1971 b; NUGENTj s .d. i \.IIXON & HOUSHAN, 196B).

Para se construir um perfil de n~clo adequado . é necessário se

ter uma b'8se de conhecinlCnto especifico, U1R.l boa bmiliarização com os ban

cos de dados que estão sendo utilizados e uma certa compreensão dos progr~

mas de busca e da lógica envolvida na recuperação da informação, de modo a

se fazer o melhor uso dos bancos de dados envolvidos nos perfis específicos.

A identificaç;;o do assunto geralmente vem dos próprios usuã

rios e podo ser. suplementado pelos especialistas. trabalhando nos centros de

SDl, conhecedores das con~lexidadcs dos bancos de dados, programas de busc~

lógica etc., ao passo que nao se espera dos u~ué.rios este tipo de conhccime~

to. Portanto, é necessário contar com especialista de informação e editores

de busca que agirão como intermediários na interação ent r e o usuário e o

sistema.

A melhor forma de se construir um perfil é através de uma en

trevista pessoal com o usuário. na qual é feita uma narração por escrito do

. eu campo de atuação onde tambem são submetidas palavras_chave e rcfctênc.!.

.s que melhor definen o seu interesse especif i co.

Nessa entrevista, o especialista deve cn locar o usuiírio a

par de todas as vantagens e desvantagens do sistema do qual p~rticipa. de

1IDdo que o usuário, estando ciente da disponibi l idade de informação passa

a aproveitar o máximo do si s tema.

Infelizmente , uma entrevista pessoal nem sempre e viável. Por

tanto. a maioria dos serviços de SDI tem que contar com recursos locais de

modo a tornar a construção de perfis tão eficiente quanto possível.

Os recursos dispensáveis na maioria dos serviços de SDl sao:

1) treinamento de editores de busca atraves de seminários d~dos em localiza

ções geogrÁficas distantes de seu ambiente de trabalho. visando a expl icar

os sistemas e as peculiaridades dos bancos de dados; 2) publicação de manu

ais que orientem os usuários e os editores de busca na melhor construção dos

perfis ; 3) contacto com os usuários atraves de chamadas telefônicas para as

segurar que os perfis re~lmente representam seus interesses de pesquisa, 4)

avaliação dos pacotes bibliográficos (printout) resultantes dos perfis, man

tendo , então, contacto com os usu5rios pata lIlQdificações,. acrescitros c/ou .!

nulações.

4.

o modo mais comum pelo qual oa perfis aao construrdos e envi,!

doa aoa serviços de SOl é através de um formularia, submetido ao usuario em

seu campodcle interesse, além de uma lista de palavras-chave ou conceitoa

que melhor recuperarão a informação necessaria. Solicita-se, tambem, um _I nimo de referência quc podem variar de 2 a 25, relativas ao campo eapecífi

co dos assuntos. Os usuarios tambem esclarecem os tipos de combinação daa

palavras-chave de seu interesse construindo-se assim a lógica dos perfia.

Quando esscs perfis chegam ao Centro do SD1, oa especialiatas

de info~ação editam e expandem as palavras-chave, conferem a8 expreuões

na tentativa de observar se existem erros na lÓGica usada, e então conta..!:.

tam 08 usuarios para possíveis modificações.

Alguns serviços de SOI suprem os usuários com duplicataa doa

pacotes bibliográficos e solicitam que eles avaliem os resultadoa de cada

buaca, facilitando o processo de retroalimentação ao centro, pe~itindo-se

fazer anãlises estatísticas de relevância, alêm de sugerir implementaçõos

nos perfis dos usuarios. lnfelisQcnte não muitos usuários ofereCe. retroal!

mentação suficiente aos centros de 501, tornando o serviço doa centro. ~i.

difícil.

.Alguns serviços de SDl contactam os usuários periodicamente p.!

ra .e certificarem de que eles estõo satisfcitos com o serviço e indaGarem

a respeito do que pode ter feito para melhora-lo. De novo, infeli.~nt~nem

todos os serviços de SOl têm esta política de ação. Assim, • avaliação dos

serviços só e feita ~casionalmente. quando sos usuários procuram OI servi

ços ou quando falhas muito grandes ocorrem em certos perfis.

5.2. Características da construçao de perfis dos usuários:

Quando se fala de logica envolvida na construção de perfi. refere-se às capacidades (capabilities) provenientes do aofware (ou pr~

,rama de busca) que po~s ibilitarão a recuperação das informaçÕeS e. difer.~

t~s níveis de sofisticação e efetividade .

5.2.1 LÓgica Booleana

A lógica usada por todos os programas de bu.ca de .erviço de

SDl ê a lógica Booleana, assim chamada por causa de Ceorge Boole l e conai!

te de simples operadores algebricos ; E, OU e NÃO.

A funções desses operadores são" melhores explicadas

representadas por diagramas de VENN, como se seGue: quando

s.

A OU B L~~] A E [] _. ··l B _~ _ _

A NÃO B [@)-... -1 A OU B NÃO C[~l A E B NÃO C~ A E B E C

C~ Portanto, na construção de perfis, pode-s e conectar palavrns

chav~ de uma maneira significativa através dos operado r es Bool c~ no5 . Por ~

"emplo, se ha interesse e , recuperar informações sobre nutrição nnim ... l pedi

riamos NUTRIÇÃO E ANUtAL; ou se houvesse interesse em rccuparar informações

sobre nu trição, porém n~o Animal, pe diríafl'Os NUIRtÇÃO - NÃO ANHIAL , mas se

fossemneccssarias informações sobre os dois assuntos, seria pedidO NUTRIÇÃO

OU ANH1AL.

Os operadores E e OU da lógi ca Booleana t êm f unções

OU alarga a estratégia de busca, já que represent.1 o

difere,!!.

p(!dido t es , i s to c.

de referência que con t enha o t ermo A OU o termo B OU o termo C, o operador ~

por outro lado, restringe a busca já que representa o pedido de re f erência que

contenha o termo A E t ambem o t ermo B, juntamen te com o termo C, c assim por

diante.

o uso do operador NÃO elimina completamente as chnnces de q ue!.

uma referência seja recuperada se contiver o termo que es tá sendo negado p~

lo NAO. Por esse motivo , os respons áveis pela construç;o de perf is devem t e r

muito cuidado quando usar em a lógica NÃO, poi s estão correndo o risco de nao

recuperarem refe rências r e levantes para o assunto especifico . e muito uelhor

esperar até que os prime iros pacotes bibliográf i cos (printouts) de perfil de

SDI tenham saido, e através dos r es ultados verificar quais es t ão, realmente,

recuperando apenas referências irrelevan t es , e só então ap licar o operndo r

NÃO para ess es t ermos específicos (SCHEFFLER, et aI, 19 72). Esse operador,

quando usado adequadamente , pode melhora r bnstante a relevância do Serviço.

S.2.2 . Truncagem

Outra capacidade dos procramadores de busca comumC" ntc usada

nos serviços de SDI é a trunc.lgem. Seu objetivo ê p"rmitir que muitos outros

termos sejam r ecuperados a partir da entrada de uma palavra chave trunc.lda.

diminuindo assim o número de t ermos num perf il. Trunc<1gcm tanbêm é IlIuito

útil quando se lida com buscas de vocabul~rio não control ado ( fr r.e- text sca~

ching) •

6.

A truncagem funciona quundo se tem uma palavra coro um radical co

mum e muitos prefixos e/ou sufixos que também se deseja recupcrnr. Por exem

pio, supõe-se que alsuem esteja interessado em recuperar referências lobre

DOCUMENTAÇÃO em geral. Para essa busca. dever-se-ia ter como termo palavras

chaves como: documento. documentos. documentação. etc. De forma a evitar o

grande nÚmero de termos. pode-se ater apenas do radical dn palavra neste

caso, DOCl~ffiNT. de modo que o computador. quando fizer a busca nos bancos de

dados em relação aos perfis. recupere todos as referências que contenham o

radical da palavra c todos os termos derivados.

O Sfmbolo comum de truncagem c um asterisco logo apos o termo

que deve ser truncado. Ex. (DOCtn1ENT*).

Existem outras formas de truncagem. Tanto se pode truncar no lu­

do direito da palavra (Document*). no lado esquerdo (*Centralizado), ou nos

doi. lados da palavra (*CENTRALI*). Os dois ultimas exemplos recuperariam

termos como: "descentralizado". e o ultimo exemplo recuperaria termos como :

"centralização". "descentralização" etc.

Novamente é necessãrio cuidado para evitar o mau uso dessa tecnl

ca, jã que os te-J:TDOS que são truncados erradmente podem recuperar muitas re

ferências inesperadas e irrelevantes.

5.2.3 Weishting (Peso)

Peso ê a designação de valores numcricos aos termos de um perfil.

A idéia do termo "pesol! não é nova. Foi descrita em 1957 (WILDE, 1976), e

foi relacionada ã possível importância (ou a suposta importância) de um te~

mo com relação a um documento (SPARCK JONES, 1972).

Existem várias maneir~s de se interpretar esse conceito de peso

e muitos estudos já foram realizados sobre o assunto (SALTON, 1-68.

& 1.ESK, 1968.).

SALTON

Embora o peso nao seja utilizado ~mplamente em toda sua extensão

pela maioria dos serviços de SDI, e uma tccnica i~portante que pode ser usa

da com os seguintes objetivos:

a) Sortir

Se se assinalam valores numcricos aos termos, quando o computador

Tecuperar as citações bibliogr~ficas. o pacote bibliográfico virá com as re

7.

ferências em ordem de importância. O pe~o dos documentos envolve o conceito

de contasem. que e dependente da soma dos pesos dos termos. A ordennçno dos

documentos recuperados , pela contas em, deveria dar o mesmo tipo de resulta­

dos, isto ê, as cita;ões mais importantes serem recuperadas primeiro (HATT­

HEWS, 1970). Dessa maneira, o usuãrio recebe primeiro .as melhores referênc~.1.S

do banco de dados buscadas, e não as primeirils referências que corresponderem

aos requisitos de seu perfil.

b) Evitar o uso do operador NÃO

Pelo uso do peso nesativo em um certo te rmo, consegue-se evitar o

uso da lógica Booleana NÃO. que, como foi mencionado anteriormente, é muito

forte e corta completac.ente todas as possibilidades de se recuperar uma r~: fe

rência parcialmente relevante. O peso negativo significa que se outros termos

Da expressno a ser recuperada têm peso suficiente para superar o peso limite

(threshold ~eight). as referências ainda ser~o recuperadas, apesar da prele~

ça do termo que leva um peso negativo.

O peso limite e um valor assinalado a uma expressa0 sendo bUlcada

e representa o peso m{nimo da soma ou contagem dos termos dos perfis deriva

dos da referência que devera ser recuperada e impressa. Se o somatório total

dos pesos for igual a ou maior que o peso limite, a referência ê então recup!

rada e impressa no pacote bibliogr~fico (printout), mas se o somatório total

dos pesos for menor que o peso limite • referência ê rejeitada.

c) Meio de implementar os perfis

Infelizmente, a maioria dos serviços de SDI usam o conceito de p!

ao somente de uma forma que não influencia os resultados d~s referên~ias recu

peradas, isto ê •• ssinnlam o mesmo valor numerico para todos os ~ ~I"h' Olt "';'0

perfil e dão um peso limite do mesmo valor, o que sign;Ç~~~ que toda citação

que corresponde a uma expressa0 de busca seri :-~o..: .. perada. pois apenas um te.!.

mo i necessãrio para satisfazer o ?~a l~mite.

Mesmo esse u~o do conceito de peso pode ajudar na implementação

~os perfis. Tanto uma quantidade muito grande de referências, ou referências

muito irrelevan tes, recuperadas pelos pacotes bibliogrãficos, torna possível :

a) diminuir o peso dos termos dos perfis que causam r ecuperação excessiva, ou

mesmo retir~-las do perfil; b) aumentar o peso limite para um valor que resul

8.

resultará na qualidade e quantidade desejadas de referências; e c)fazer ambo~

tornando assim o uso do peso mais significativo.

d) Como um equivalente de buscas com uso da lógica Booleana

Já foi mencionado na literatura que, com habilidade adequada, qual

quer pedido de busca com lógica Boole~apode ser convertido nUm4 forma de p~

~~imilarmente, qualquer pedido em forma de peso pode ser convertida a uma

forca Booleana, ambos proporcionando recup~r3ção idêntica para a mesma expre~

são (ANCIOh~. 1975).

Isso significa que um estrategista de busca pode escrever a mesma

expressão tanto usando a lógica Booleana ou com termos com peso. Contudo, ain

d. existem distinções operacionais entre as duas tecnicas, já que ambas têz

auas vantagens e limitações no uso real.

Não pretendemos comparar a eficiência de recuperaçao de uma teco!

ea sobre a outra, jã que tanto a lógi ca Booleana como o peso podem recuperar

o.esmo conjunto de informações , se os perfis foram construídos para ati~

tir esse objetivo. O ponto a ser observado aqui e que as expressões Booleanas

podem ser re-escritas num formato de peso e vice-versa. As duas tecnicas têm

faoçÕes distintas. Deve-se basear no fato de que cada sistema 6erá

ea fuução do usuãrio (KAMlNECKl et aI., 1976). A escolha da técnica

adotad. dependerã sempre dos interesses dos usuários.

orientado

a ler

Uma das vantagens do peso e que evita os altos graus de complexid~

de pod~ surgir numa expressão Booleana. isto e. o uso de colchetes. parênt~

se. e QUtros sinais •

As tecnicas de peso dos perfis sao de interesse consideravel e me

teC~maior atenção db que recebem por parte da maioria dos serviços de SDl

li oper.aclon.ais na epoca de hoje (STERN, 1977) •

.5 .. 2.4 Lógica IGNORE

A lógica IGNORE nao e amplamcnte usada pela maioria dos serviços de

11[ ~RD & PERSOZ, 1977). mas e uma lógica muito simples que tem a mesma

I.oçi. ~ peso negativo, isto e • evita o uso da lógica Booleana NÃO e permi

~ q~ ~~ferências sejam recuperadas mesmo q~e contenhrum o termo a ser ignor~

a. (~. 1968).

Essa logica funciona da sc&uinte mancira: quando o computador com-

9.

para os bancos de dados com as expressoes de busca dos perfis e encontra um

termo D ser ienorado. passa por aquele termo e vai verificar os outros ter­

mos na expressão. Se a citação, sendo comparada, satisfaz os outros requisi

tos da expressa0 de busca. é ainda recuperada , ignorando, completamente. o

termo que levava as instruções para se r IGNORADO.

Um outro argumento relacionado a esta lôgica ê que o operador Bo~

leano ou produz os mesmo resultados e aparentemente ninguém tenta eontraarg~

mentar esta opinião.

S.2.S . LÓgica WITH

A lógica WITH ê nova em termos de serviços de SDI. embora seja r~

lativamente comum em pesquisas retrospectivas atraves de terminais

(BAYARD t PERSOZ, 1977)

on-line

Essa lógica permite o acoplamento de termos de busca mesmo que e-

leI nao apareçam em seguência na referência recuperada. Mais do que isso. ea

•• lógica pcr-ite que se especifiquem quantos espaços ou palavras de desejan

entre os termos de busca. Por exemplo. usando o lógica WITH pode-se especifi

c.r que se deseja o termo B seguindo o termo A com nao mais do que três esp~

ços. ou três sinais de pontuação, etc, entre eles .

Essa lógica tem algumas semelhanças com o operador Booleano E. no

sentido qde que o operador E recuperãrã referências com dois ou mais teraos

pedidos na expressão de busca. Contudo. ê diferente no sentido de que neo se

pode especificar quantos espaços os usuãrios desejam entre os termos busca -

dos.

6. Problemas existente~ em serviços de SDI.

661. Padronização por parte dos produtores de Bancos de Dados. fa-

um dos primeiros passos quando se inicia um serviço de SDI é f~

zer um levantamento da comunidade de suãrios para de termina r suas necessida­

des e que bancos de dados bibliogrãficos seriam mais adequados para atender

aquelas necessidades . f nesta fase que o primeiro problema aparece. Infeli~

~nte não existe padronização na produção de bancos de dados e cada institui

ção faz o que considera melhor ad~quada para sua operaçao ou o que ê ~i.

10.

custo-efctivo. Assim, guando um centro de SDI compra ou arrenda mais de ~

banco de dados, vindo de produtores diferentes , tem que encarar o problema

de ter cada banco de dados em seu format o próprio, de modo que o centro se

torna obrigado a escrever tantos programas quanto seja o nÜmero dos bancos

de dados, conseguindo assim dar-Ihes um formato comum que o computador do

centro serâ capaz de manusear de maneira eficiente.

ESle problema, embora envolva uma serie de programaçoes, ê um

processo relativamente simples, que envolve a chegada do banco de dados no

centro em formato de fitas magneticas; a confecção de programas para reform~

tar as fitas num formato comum; a armazenagem dos bancos de dados em diaco;

e atraves de um programa de busca, a comparaç~o dos bancos de dados com oa

perfi. para se obterem os pacotes bi bliográficos do SDI par& cada usuário do

serviço.

Este processo fica melhor ilustrado na fig o 6 ,-__ -,PROCRAIIA

L-__ ~~,Ã_O ___ ~ FITAS

HAGNtTICAS

6.2. Retroalimentação dos usuãrios:

Um dos outros proble;aas freqUentes relacionado com. um serviço de

SDI e a falta de retroal imentação por parte dos usuârios .

Alguns serviços de SDI oferecem aos seus usuários du duplicidade

dOB pacotes bibliogrâficos onde eles devem anotar as referências, indicando

Be elas aao relevantes ou não. Esta i nformação e utilizada para a implement~

ção dos perfis e geralmente continua por vários meses ou atê um ano. Alte.!,

nativamente. os serviços de SDr podem enviar questionários que avaliem o ser

viço que estã sendo oferecido.

Infelizmente a percentagem de usuãrios que retroalimentam o ser

viço é baixo e às vezes o interrompem sem nenhuma explicação, talvez porque

1\.

pensem que ele oao seja bom o suficiente. Contudo, 8&Cr:l assim sem dar ao ser

viço a chance de fazer as coi sas melhorarem.

Os serviços podem contactar os usuários por carta ou telefone.

mas cabe ao usuãrio decidi r se os pacotes bibliocrãficos são relevantes ou

nao (BROWN , 1971).

Relevância ou precisão e recall sao assuntos amplamente discuti.

dos na maior parte da literatura relativa a SDI (8AKKER et nl., 1972 •

1972b. 1972c; 8ROWN, 1972; CLEVI::RDOr~, 1972; CLONGH & 8P.Al-fiffiLL. 1971; DUTION

& CIBNEY, 1971; CAFNEY, 1973; LECATTE, 1975; I'ULLER, 1971; NUGENT, S.D., OU

VE.!.L.!!!. 1973, ROHLANDS, 1970; SCiIEFflEr.. c t aI; 1972i t-.'OLTERS & BROWN

1971) •

Precisão pode ser definida como a proporçeo de referências rcL~

vantes em relação ao nÚmero total de iten~ recuperados, enquanto ~ ê a

proporção de referências relevantes recuperadas em relação ao numero

de itens relevantes em todo o banco de dados.

total

ESsas duas medidas são inversamente relacionadas já que quanto

maior a precisão menor serã a recall e vice-versa (CLF.VERDON. 1972), embora

uma editoraç.ão cuidadosa possa melhorar ambas.

Como foi mencionado anteriormente, a única pessoa que pode deci

dir se o pacote bibliográfico é r elevante ou não, ou se a precisão ê mais im

portante do que ~, ou vice-versa, ê o próprio usuário. Quando os uluâ

rios deixam de retroalimentar o serviço, corre-se o risco de que o .erviço

pare de ser eficiente, podendo-se esperar um decréscimo no numero de usuá­

rios.

6.3. Custo

Uma importante consideração na operacionalização de serviço de

SDI e o custo e como ele deve ser distributdo. I sso ê enfocado de vârias m~

neiras pelos diversos serviços existentes (8ARKER~, 1972a).

Algumas pessoas pensam que o SDI, sendo u~a extensão (ou sofisti

cação) dos serviços de referência de bibli otecas, deveria ser oferecido &r~

tuitamente aos usuários, Outros acreditam que c importante descartar quai~

quer idéias de que vendas não são bem ac~itds e que serviços de SOl deverirun

ser vendidos no sentido exato da palavra (C"~'KELL, 1971).

O fato real é que os serviços de SDI são normalmente vendidos co

12.

mo assinaturas anuais. Uma das diferenças entre serviços SOl é que aleuns d!

les são financiados por acordos governaoentais ou pertencem ao governo, .en

do a •• i. serviços que nao visam n lucros, enquanto que outros são geralmente

instituições privadas e, portanto, orientadas ao lucro, cobrando mais pelos

serviços do que as outras organicações.

Os serviços de SDl também cobram aos usuarios de maneira difere~

te. Algun. cobram uma taxa fixa por ano com um limite no nÚmero de referi~

eia. que os usuarios podem receber; a maioria cobra de acordo com o número

de banco de dados que os usuários querem utilizar; alguns outrol cobram pelo

número de palavras-chaves ou termo nos perfis; e ainda outros limitam a n~

ro de termos desejados pelos usuários.

Um outro enfoque ê se levarem em consideração os tipos de cu. to

a que a própria operação dos serviços fica sujeita, e tambem até que ponto

ê viável a criação e manutenção de um serviço de SDl ou • participação em

um aerviço desse gênero.

Num Serviço de SDI os custos podem ser divididos em varias comp~

Dentes. Esses custos incluem o custo de produzi~ ou arrendar as fitas maGo!

tieal; o custo de reformatã-lasi o custo de busca (tempo de computador); o

custo de impricir os documentos resultantes da buscai sal~rios do pessoal

manutenção dos perfis; e material e custo de ey.pedição pelo correio (BARKER

et aI, 1972.; GAFFNEY, 1971).

Bousman (1973) divide os custos de um serviço de SDI em 10% p~

ra compra e manutenção dos bancos de dados, 40% para o tempo ao computador

na produção do serviç.o. e 50% para custo de pessoal envolvendo serviço ao u­

auário e manutenção de perfis.

Quando se considera a criaçao de um serviço interno de 501. .ó

deveria ler considerado como viâvel e ecoqô~ico quando o numero de perfis i maior do que 50 ou se mais do que 600 termos são utilizados (OAMHERS, 1970).

Mas mesmo assim dependerâ do tipo de facilidadcs disponíveis dc computador e

facilidade de acesso a elas.

Ao se discutirem serviços de SD1, em geral deve-se considerar to

dos os aspectos que os torna0 bem sucedidos e seu custo efetivo. Quando .e

pensa no crescimento exponencial da literatura mundial, o constante decresci

DO no preço dos computadores. o constante aumento no custo da mãO-de-obra. o

tempo economizado pelos cientistas na leitura da literatura existente aas

suas ãreas de pesquisa e a abral~ência ampla de qualquer banco de dados, p~

de-se afirmar que o decréscimo do custo total c provavelmente o fator domin.~

te que causa a grande aceitação dos serviços de SDI por parte dos usuãrios.

Em certos estudos, os resultados parecem indicar que o custo de

um serviço de SDI completamente desenvolvido talvez se aproxime de um terço

do CuSCo do serviço equivalente em uma biblioteca convencional (DAHHERS, 197~

Considerando todas as vantagens já mencionadas dos serviços de

SDr pode-se concluir que esse tipo de serviço ê tanto justificável em tex-os

de custo, como tambem ê cu~to efetivo, já que, partindo de uma boa construção

de perfis, uma escolha consciente dos bancos de dados a serCffi utilizados, e

de um bom programa de busca, O custo-efetividade c inerente, pois o resultado

final dos serviços atendera. da melhor maneira. possrvel, às necessidades dos

usu5rios (KAMlNECKI~, 1976).

Depois de estabelecida a utilização e a efetividade dos serviços

de SDI, ainda existem alguns fatores que reduzirão seus custos. Alem dos peE

fi. individuais, praticamente todos os outros serviços de 501 oferecem perfis

padronizados nas áreas de assuntos que os centros consideram importantes. U8~

ários podem participar desse tipo de serviço de alerta que é muito mais bara

to de que os perfis individuais, jã que ê uma operação prêcstnbelecida e oa

usuários não participam do processo de construçno dos perfis 4,.ECGAU:, 1975) •

Uma forma semelhante de redução de custo e fazer perfis em grupos que a.o

normalmente formados por um nÚMero de cientistas na mesma arca de pesquisa.

Isso forma o perfil consistente com os interesses dos cientistas. Alem di.ao,

os usuãrios dividem o preço de apenas um perfil.

Levando-se em conta todos os aspectos de custo dos serviços de

SDI, parece suficientemente claro que os serviços de SDI jã provaram ser cus

to efetivo (D~~mRS. 1971) e vale a pena serem usados mais intensancntc do

que tem sido até hoje. Ainda existe contudo uma minoria de cientistas no au~

do que se beneficia com o uso desses serviços O~UERHOFF, 1974a).

6.4. Fornecimento dos documentos aos usuãrios.

Não existe nada msis frustrante do que saber que alguma coisa de

grande importância existe e não se pode obtê-la.

Esse e um dos serios problemas que os usuãrios de serviços de SDI

enfrentam quando recebem seus pacotes bibliográficos (printouts) e ficam ci­

entes de material importante existente em suas áreas de assunto, mas nno coo

seguem obter as fotocópias ou o próprio documento.

Serviços de SDI, para serem realmente eficientes, deveriam ter um

bom serviço de fornecimento dos documentos para que possam não só colocar os

usuãrios cientes do material corrente em suas ãreas de interesse, mas tambem

prover os usuários com os documentos propriamente ditos (MAUERHOFF, 1974b).

O fornecimento de documentos pode scr obtido te várias fontes

mesmo se o centro de SDI não tenha ele mesruo a coleção. Nesse ponto, conve.

referir a um dos estágios no processo de disseminação, que é a eficiência da

biblioteca. f doloroso se dar conta de quão seria é a inabilidade de muitas

bibliotecas em fornecer os documentos corresrondentes as listas que aparccem

nos pacotes bibliográficos dos serviços de SDI. Quando a própria biblioteca

nao pode fornecer a informação deve recorrer ao empréstimo interbibliotccas

para colocar o material disponível aos pesquisadores (DEUTSCH & ROSS, 1976),

com o auxílio das bibliotecas cooperantcs no sistema. Outra fonte de provisão

de material bibliográfico e a British Library Division (BLLD, Boston Spa, In

glaterra) que foi projetada com o objetivo de fornecer fotocópias dos materi

ais necessitados por outras bibliotecas, e 30% serviço é agora utili~ado por

usuários de países fora do continente europeu. Estudos estão agora sendo fei

tos em outros países, por exemplo, nos Estados Unidos, de modo a criar e.se

mesmo tipo de serviço, ou atraves de um centro nacional, ou vários centrol re

,ionais, executando as mesmas funções.

As bibliotecas (ou os próprios usuários) poderiam tentar 8S bi­

bliotecas nacionais de vários países, como; Biblioteca do Congresso E.U.A.I

te.); Biblioteca Nacional de Agricultura (E.U.A. -NAL)i Biblioteca Nacional de

~dieiDa (E.U.A. -Nl!1); British Library (Inglaterra), de modo a obter 8 infor

mação necessitada.

Outro recurso seria contar com instituições que podem fornecer a

informação, mas somente em microforma. Isso irâ depender da atitude dos usu

ãrios em relação ao uso deste tipo de material, jã que todos os estudos fei

tos ate hoje têm mostrado várias controversias e opiniões a e contra o uso

de microformas. Alternativamente, ê indiscut!vel que se existem leitoras e

impressoras de .icroformas de boa qualidade e em quantidade suficientes para

~ermitir que várias pessoas façam uso, as vantagens de se usar as microformas

6ao: completar 45 coleções de J:1odo retrospectivo , economia de espaço po1.n, ar

tDazenaBel1.menor custo de o1.quisiç30 (já. que as microfonnas sao muito mais ba

ratas do que o material impresso); mais fácil reprodução, etc.

1971; CHRIST, 1972; LEWIS, 1970).

(CAHPBELL ,

Se os usuários realmente nao conseguem o material que querem de

pois de tentarem todas as maneiras prováveis, ficam com ' um sentimento de fru~

çao. e provavelmente com a ideia de que não faz sentido se tornarem conscien

tes de materiais importantes quando a obtenção destes materiais e imposs~vel •

• 7. Desenv~lvimentos recentes em serviços de 501.

Depois que se deu conta que um dos fatores que tornaria. os servi ços de SOl bem s'Jcedidos e custo-efetivo era Um.l eonstruç3o de perfi s adequ,!!.

da a novos desenvolvimentos, começou a sureir na área de serviço corrente de

.lerta. A necessidade de uma manutenção de perfis mais acressiva ou talvez um

enfoque completamente novo neste sentido foi reconhecido (HOUSMhN , 1973). UI

titD&mente, terminais interativos cn-1ine têm sido usados por muitos serviços

de SOl para a entrada, atualização e ma.nutenção dos perfis. Isso traz 408 se~

viços de SOl e aos seus usuários o grande benef~cio e vanta~em da oportunida

de (timeliness). já que quando os usuários c/ou estrategistas de busca têm

que atualizar os perfis, fazendo acréscimos c/ou anulações em botch

têm que esperar atá a próxima rodada dos bancos de da.dos com os perfis

mode •

para

verificar se eSSes perfis estão da maneira desejada. Esse per~odo de espera p~

de v~riar de uma semana. ate um mês. dependendo da frecUênciã lo banco de da

dos. ao passo que a mesma operaçao, quando feita num tetQinal on-line, leva ~

penas alguns segundos, no máximo minutos para checar ao mesmo resultado de

aejado.

Como a própria característica dos serviços de SOlos t ornaria mui

to caros se operados completamente num terminal on-line, o ponto media nesse

easo seria a negociação e implementação dos perfis serem feitos on-line e ro

dadas ~ batch mode (LEGATTE, 1975).

Uma outra forma de sofisticação dos sistemas de SOl é ajustar o

formato dos pacotes bibliográficos (printouts) para servir ãs necessidades

dos usuários (RO~~S, 1971). Isto e comumente feito por muitos centros de

50!, isto é, em vez de receber os pacotes bibliogrnficos em papel de comput~

dor, os usuários podem recebê-los em fichas de tamanho ndequado que lhes pc!,

mitam formar seus próprios fichãrios das r e íerências relevantes em suas ãrea~

Um dos formatos que está sendo estudado é a previsão dos pacotes bibliogrní,!.

cos em dispositivos legíveis por computador para uso no fiehnrio pessoal do u

8uârio (LEGGATE, 1975).

Um outro melhoramento dos ultimos anos, e que c utilizado por

poucos sistemas de 501 , e forn~cer um fndice KWIC (Keyword-ln-Context) das

referências recuperadas pelos usuários de modo que, alem de terem seus fich~

rios, os usuários tambem possuem um sistema de indexaçno que possibilite a

recuperação da informação nos seus fichários individuais (YUCU1S, 1977). O Índice KLIC (Key-Lctter.ln-Context) é uma outr3 forca que tem sido fornecida

por alguns serviços inclusive os serviços do Chemical Abstracts (Chemical Ab~

tracts Services-CAS) para auxiliar o usua"L"Ío na seleção dos fraementos d3s p!

lavras-chaves . Esse índice c semelhante ao lndice ~llC, mas se refere a um

único termo. Ele alfabeta o termo separadamente dentro de cada um dos seus ca

ractcres na medida em que vão se mobilizando ao redor do caracter, sendo dis

tinguido. Isto dã ao usuario a vantagem de ver qual ê a recuperação potencial

que pode ser obtida quando se usa um fragmento de um termo em quaisquer modos

de truncaeem (IITR1, 1971).

8. Tendências futuras nos serviços de SOl.

Acredita-se que a crescente aceitação dos serviços de SOl em to

do o mundo exigirn algumas modificações nos nos sos sistemas ~c informação a­

tuais, tais como o cres cimento de rede de bibliotecas, maior recuperação de

informação de forma interativa; melhores recursos de bibliotecas; maior padr~

nização na produção de bancos de dados; uma possível accitaçno do fomato do

projeto Hh,RC (Hachine.-Readable Cat41oguine) da Biblioteca do Congresso (LC)

eomo o formato padrão do futuro; melhores processos de entrada e indexação na

produção dos bancos de dados; criação de mais centros como o BLLD em Baston

Spa. Inglaterra para se proporcionar um melhor serviço de fornecimento de do

cumentos ; c. talvez, maior aceitação por parte dos usuarios em relação a08

materiais exis t entes em microformas (CECHHAN, 1972; HOUSHAN, 1973;

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