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Dezembro/2017 Ano 40 - nº 378 HSM Expo 2017 Acompanhe a cobertura do evento e os principais conteúdos ligados à área da Administração Bullying Corporativo Comportamento nocivo afeta os colaboradores e as empresas. Saiba como se proteger dessa prática Disponível AS OPINIÕES DOS ESPECIALISTAS PARA 2018 É HORA DE VIRAR O JOGO?

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Dezembro/2017 Ano 40 - nº 378

HSM Expo 2017Acompanhe a cobertura do evento e os principais conteúdos ligados à área da Administração

Bullying CorporativoComportamento nocivo afeta os colaboradores e as empresas. Saiba como se proteger dessa prática

Disponível

AS OPINIÕES DOS ESPECIALISTAS PARA 2018

É HORA DE VIRAR O JOGO?

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PARCERIAS

Profissionais e empresas registrados contam com serviços exclusivos nos postos de atendimento da sede do CRA-SP e do SAESP, e ainda têm direito a benefícios e ofertas em estabelecimentos conveniados ao Clube de Serviços. Para mais informações, acesse clubedeservicosaesp.com.br.

OS SERVIÇOS DO CRA-SP E DO SAESP FACILITAM A SUA VIDA

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Em meio aos desafios que o nosso país e o mundo enfrentaram em 2017, passamos a ter, nos últimos meses do ano, pequenas melhorias que geraram certo otimismo. Por isso, é importante não cairmos em desesperança e pessimismo, pois assim não quebrare-mos os círculos viciosos em que fomos colocados. Um dos pioneiros da Administração, Henry Ford, já dizia: “Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”.

Durante 2017, o CRA-SP, apesar das adversidades, acreditou sem-pre poder. Conseguimos implantar projetos importantíssimos para nossa profissão, desde a van de serviços itinerantes que visitou 47 cidades do estado de São Paulo até a expansão de serviços à população com a implantação do CEJUSC na Casa Pau Brasil (em novembro), passando pela remodelagem do site – agora um por-tal. Realizamos, também este ano, 153 eventos e 1.500 ações em instituições de ensino superior, tanto na capital como no interior.

Em 2018, pretendemos manter a mesma atitude. Confiar que podemos fazer e unir todos esforços necessários para tal. Isso não significa ignorar a conjuntura e o nosso ambiente, pois sabemos que 2018 é um ano eleitoral, no qual teremos a chance de escolher governadores, deputados, senadores e o presidente da república.

Não iremos discutir qual partido político deverá conquistar esses cargos, mas precisamos – não como profissão, mas como país – de gestores públicos, de administradores nessas posições de decisão. Pessoas comprometidas com o crescimento do país, que saibam julgar o que é melhor para a coletividade e que entendam que as suas decisões impactam a vida de milhões de pessoas.

A última edição do ano de nossa Revista traz, como matéria prin-cipal, uma avaliação do cenário de 2018, levando em consideração questões políticas, econômicas e sociais para que possamos pensar e agir de forma consciente em relação ao futuro do nosso país

Ao nos despedirmos deste ano gostaríamos de refletir sobre a citação: “Conhecimento passa, mas a sabedoria permanece”.

Que essa frase nos norteie em 2018!

questões políticas, econômicas e sociais para que possamos pensar e agir de forma consciente em relação ao futuro do

Ao nos despedirmos deste ano gostaríamos de refletir sobre a citação: “Conhecimento passa, mas a sabedoria

Que essa frase nos norteie em 2018!

questões políticas, econômicas e sociais para que possamos pensar e agir de forma consciente em relação ao futuro do

Ao nos despedirmos deste ano gostaríamos de refletir sobre a citação: “Conhecimento passa, mas a sabedoria

DIV

ULG

AÇÃO

“É importante não cairmos em desesperança e pessimismo, pois assim não quebraremos os círculos viciosos em que fomos colocados.”

O 2018 que queremos

Adm. Roberto Carvalho CardosoPresidente do Conselho Regional deAdministração de São Paulo

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Editorial

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PresidenteAdm. Roberto Carvalho CardosoDiretoriaAdm. Silvio Pires de PaulaVice-presidente AdministrativoAdm. Claudia Marcia de Jesus ForteVice-presidente de Relações ExternasAdm. Luiz Carlos Marques RicardoVice-presidente de PlanejamentoAdm. Idalberto ChiavenatoVice-presidente para Assuntos Acadêmicos Adm. Paulo Gaspar Schlittler 1ª SecretárioAdm. Rogério Fernando de Góes2º SecretárioAdm. Mauro José Aita 1º TesoureiroAdm. Francisco Rafael Pescuma 2º TesoureiroAdm. Mauro KreuzConselheiro Federal Efetivo por São PauloAdm. Teresinha Covas LisboaConselheira Federal Suplente por São PauloConselheirosAdm. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Adm. Ana Akemi Ikeda, Adm. João Luiz de Souza Lima, Adm. Hong Yuh Ching, Adm. Fernando de Carvalho Cardoso, Adm. José Vicente Messiano, Adm. Marcos Nogueira Cobra, Adm. Antônio Carlos Cassarro, Adm. Silvio José Moura e SilvaComissão de ComunicaçãoAdm. Silvio Pires de Paula, Adm. Luiz Carlos Marques Ricardo, Adm. Marcos Cobra, Adm. Ana Akemi Ikeda, Claudia Marcia de Jesus Forte e Rogério Fernando de Góes.EditoraKatia Carmo ‒ MTB 84.375/SPRedaçãoKatia CarmoMilena Brito Diagramação e artePhábrica de Produções: Alecsander Coelho, Daniela Bissiguini,Ércio Ribeiro, Icaro Bockmann, Marcel Casagrande, Marcelo Macedo, Paulo Ciola, Kauê Rodrigues e Rodrigo AlvesImpressãoPlural Editora e Gráfica Ltda.Tiragem45.000 exemplaresA RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP.

Seccionais CRA-SPSeccional de BauruCoordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo SperançaRua Rio Branco, 15-15, sala 31, Centro17015-311 - Bauru - SPTel.: (14) [email protected] de CampinasCoord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí13025-151 ‒ Campinas ‒ SPTel.: (19) [email protected] de Presidente PrudenteCoord. Regional: Adm. Manoel Barreto de SouzaAv. Cel. José Soares Marcondes, 871, sala 132, Bosque19010-080 ‒ Presidente Prudente ‒ SPTel.: (18) [email protected] de Ribeirão PretoCoordenadora Regional: Adm. Fátima Angélica R. Moura Av. Braz Oláia Acosta, 727, cj. 109 - Jardim Califórnia 14026-040 - Ribeirão Preto - SPTel.: (16) [email protected] Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira)Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro BuschAv. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande11060-000 - Santos - SPTel.: (13) [email protected] de São José do Rio Preto Coordenador Regional: Adm. Eduardo Gomes de Azevedo JuniorRua Imperial, 59, salas 1 e 2, Vila Imperial15015-610 - São José do Rio Preto - SPTel.: (17) [email protected] de São José dos Campos (Vale do Paraíba e Litoral Norte)Coordenador Regional: Adm. Dejair Dutra de SouzaRua Euclides Miragaia, 700, sala 25, Centro 12245-820 - São José dos Campos - SPTel.: (12) [email protected] de SorocabaCoordenadora Regional: Adm. Aida RodriguesAvenida Antônio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim18047-620 - Sorocaba - SPTel.: (15) [email protected]

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A RAP é certificada pelo Instituto Verificador de Circulação ‒ IVC como veículo de circula-ção controlada de conteúdo dirigido.

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Matéria de capa O que especialistas esperam para 2018 em relação a economia, política e negócios

MediaçãoAtravés de parceria entre o SAESP/CRA-SP e o Tribunal de Justiça de São Paulo, sede do Conselho abrigará o 247º CEJUSC

EditorialPalavra do presidente do CRA-SP, Adm. Roberto Carvalho Cardoso 3.

6. Notas

Pesquisas, estudos e levantamentos recentes

Itinerante Projeto CRA-SP na Minha Cidade já visitou 47 municípios. Veja os resultados totais de 2017 26.

28. Depoimentos As opiniões de quem participou dos últimos eventos promovidos pelo Conselho

30. CRA-SP Indica

Recomendações de livros e vídeos para o profi ssional de Administração

32. RepresentaçõesOnde o CRA-SP esteve presente

34. Opinião

No artigo deste mês, a necessidade da gestão do conhecimento na atualidade

HSM Expo A cobertura do principal evento na área de gestão e os ensinamentos na área da inovação, comportamento, motivação e liderança 10.

18.

24.

Bullying Saiba como se

defender da prática que afeta cada vez

mais pessoas no mundo corporativo 14.

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O estudo "Uso de aplicativos: pesquisa inédita revela hábitos e preferências dos brasileiros", reali-zado pela TopperMinds e a Mind-Miners traçou o perfi l de relacio-namento do público com os apps. A pesquisa comprova que as mar-cas precisam investir melhor nos aplicativos, não apenas enrique-cendo-os com conteúdo, mas principalmente gerando utilidade real no dia a dia do usuário, para gerar fi delidade e vendas.

Participaram da pesquisa mil brasileiros, 50% homens e 50%

mulheres, de todas faixas etárias acima de 18 anos, das classes ABC das cinco regiões brasileiras. Os objetivos do estudo foram com-preender a motivação de uso, se consumidores pagariam por downloads, quais aplicativos são mais úteis, quais os app “queridi-nhos” e identifi car o comporta-mento de compra por esse canal.

A principal conclusão é que o brasileiro está aberto para pagar por aplicativos que tenham uti-lidade, que ofereçam benefícios reais, facilitem o dia a dia ou pro-

porcionem entretenimento, mas as marcas não entenderam como explorar tantos recursos tecnoló-gicos e seus canais de venda.

Quem consome pelo app, prefe-re a praticidade de poder comprar em qualquer hora e lugar, pela ra-pidez do processo e vantagens de algumas lojas como desconto ex-clusivo ou frete grátis, por exemplo.

Sobre o uso de smartphone, 90% possuem sistema operacio-nal Android e 58% utilizam há mais de cinco anos. A maioria já baixou ou instalou aplicativo, sendo que jogos e redes sociais são os mais acessados, além dos apps úteis como os de bancos e transporte, mas 59% nunca pa-gou para instalar um app.

No quesito compras, enquan-to 72% já fi zeram alguma aqui-sição por aplicativo, principal-mente moda, eletrônicos, celular e livros, 78% dos consumidores usam app dentro de lojas físicas apenas para obter benefícios, co-mo descontos, por exemplo.

Fonte: TopperMinds e MindMiners

Pesquisa indica que marcas devem usar aplicativospara fidelizar consumidor

Notas

ENTRE AS PESSOAS QUE BAIXAM APLICATIVOS

78% 83% 60% 36% 57%

usam aplicativos gratuitos por serem mais atrativos;

priorizam os que auxiliam nas atividades pessoais;

de usuários estão dispostos a pagar pelo aplicativo se perceber que será útil.

compram por aplicativo;

porque recebem vantagens e ofertas;

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pagamentos em dia; no caso do condomínio, a participação dos que têm esta conta em ordem chega a 89% e 84% para quem têm aluguel para quitar. Outros compromissos que os inadim-plentes costumam pagar majori-tariamente em dia são TV por as-sinatura e internet (83%) e contas de água e luz (80%). Metodologia

Foram ouvidos 600 consumidores com contas em atraso há pelo menos 90 dias, de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. Acesse a íntegra da pesquisa em www.spcbrasil.org.br

Fonte: SPC Brasil e CNDL

Cartão de loja e empréstimos são os principais tipos de conta que levam à inadimplência

Estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Con-federação Nacional de Dirigen-tes Lojistas (CNDL) mostra que os cartões de loja e os emprésti-mos são os principais causadores da inadimplência dos brasileiros. Em cada dez inadimplentes que possuem cartões de loja, oito (80%) se encontram nessas con-dições porque atrasaram essa conta. O segundo item de crédi-to que mais gera negativação de CPF são os empréstimos em ban-cos ou fi nanceiras: 65% dos en-trevistados que têm esse tipo de compromisso fi caram com o ʻno-me sujoʼ em decorrência de atra-sos em suas parcelas.

Nove em cada dez inadimplentes estão com planos de saúde e condomínio em dia

Para quem está inadimplen-te, saber escolher as contas que devem ser pagas prioritariamen-te é um dos grandes desafi os. Dentre os compromissos fi nan-ceiros que mais estão em dia, o principal destaque são as dívi-das não bancárias, em especial aquelas ligadas ao plano de saú-de e moradia. No primeiro caso, 93% dos inadimplentes que têm esse compromisso estão com os

me sujoʼ em decorrência de atra-

Para quem está inadimplen-te, saber escolher as contas que

ISTO

CK

ITENS QUE MAIS GERAM INADIMPLÊNCIA

Cartões de loja

Cartão de crédito

Crediário

Financiamento de automóvel

ou moto

Financiamento da casa própria

Empréstimos em bancos ou financeiras

Cheque especial

Cheque pré-datado

Crédito consignado

Mensalidades escolares

80%

65%

60%

50%

27%

65%

64%

51%

38%

24%

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O home offi ce é uma prática que vem ganhando espaço no Brasil e que deve crescer ain-da mais com a mudança na le-gislação trabalhista. De acordo com uma pesquisa realizada pe-lo Spaces ‒ espaço de trabalho fl exível original de Amsterdã, que inaugurou sua primeira uni-dade no Brasil em junho, 55% das pessoas por aqui fazem pe-lo menos um dia de home offi ce por semana. A pesquisa foi reali-zada previamente à chegada da empresa ao Brasil.

Mesmo assim, o home offi -ce pode ser um desafi o, pois é necessário adaptar o trabalho à rotina da casa. “Nem sempre a pessoa possui a estrutura ou o ambiente necessário para tra-balhar de casa todos os dias, o tempo todo. Por exemplo, pou-cas pessoas têm um espaço pro-pício para uma reunião em casa. Sem contar que existe a ques-

tão das outras pessoas que vi-vem no local e que podem in-terromper momentos de traba-lho importantes”, comenta Otá-vio Cavalcanti, diretor do Spaces no Brasil. “Por isso, temos visto que o trabalho remoto tem sido acompanhado, também, de um crescimento na oferta de espa-ços de coworkings, por exem-plo”, acrescenta.

Trabalho remoto

Para facilitar, muitas pessoas transformam o home office em trabalho remoto, utilizando ou-tros espaços - 43% dos respon-dentes brasileiros afirmam que, quando trabalham remota-mente, escolhem outro ponto da mesma cidade em que fun-ciona o escritório da empresa; 13% deles preferem locais que ficam no máximo a 20 minutos de suas casas.

Notas

Home office é opção para 55% dos trabalhadores corporativos no Brasil

Sobre a pesquisaO estudo foi realizado com 20 mil pro-

fissionais em todo o mundo, sendo 900 do Brasil, de diversos setores: consultoria e serviços, utilities, tecnologia, entre outros.

Fonte: Spaces

Demanda por atenção da família é um desafi o para 43% das pessoas;

Barulhos da casa, como máquinas de lavar e campainhas, se mostram um incômodo para 40% dos profi ssionais;

Outros pontos também podem se tornar empecilhos, como a questão da tecnologia.

DESAFIOS DOHOME OFFICE

ISTO

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O Semesp ‒ Sindicato das Man-tenedoras de Ensino Superior rea-lizou, recentemente, a 9ª edição do Seminário de Tecnologia da In-formação, com o tema “A Educa-ção dialogando com o século 21”. “A 2ª edição da pesquisa sobre TI mostrou que todas as IES (Institui-ções de Ensino Superior) respon-dentes ao questionário têm rede Wi-Fi, mas nas de pequeno porte, de até 3 mil matrículas, os disposi-tivos que acessam a rede são em torno de 1.100. Já nas de porte gi-gante, com mais de 20 mil alunos, chegam a mais de 60 mil dispo-sitivos”, disse o coordenador do evento, prof. César Fava.

Segundo ele, esse resultado mostra uma mudança signifi cativa na evolução da prestação de servi-ços pelas IES, em termos tecnoló-gicos, a seus alunos. Outra consta-tação é de que vale a pena as IES

investirem cada vez mais em apli-cativos para dispositivos móveis e colocar esse custo no planejamen-to estratégico. “Por meio dos aces-sos dos alunos com esses disposi-tivos as IES têm condições de fazer um mapeamento melhor do clien-te e, com esses dados, melhorar a retenção e reduzir a evasão dos alunos”, explicou Fava.

A pesquisa mostrou ainda que quanto maior o porte da IES, maior o investimento em siste-mas de inteligência analítica e maior retorno (veja abaixo). “O investimento é muito importan-te, mas as IES de pequeno por-te precisam ter profi ssionais en-gajados em atender melhor os clientes e um poder de convenci-mento de gestores de que a TI é estratégica e não apenas um se-tor que resolve o que é mais ur-gente”, orienta Fava.

Pesquisa mapeia os principais gaps que as IES enfrentam no uso de tecnologias

ÁREA A RECEBER SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA

INVESTIMENTO NAS IES DE PORTE GRANDE

INVESTIMENTO NAS IES DE PEQUENO PORTE

Tomada de decisões 50% 25%

Gestão acadêmica, fi nanceira e fi lantrópica 50% 18,8%

Marketing 37,5% 21,9%

Gestão de aprendizagem 37,5% 6,3%

Otimização 50% 12,5%

Fonte: Semesp

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necessidade da classe média, que queria previsibilidade. Com o tempo, o mercado hoteleiro pas-sou a entender que essa não era uma onda passageira e entrou de vez nesta área, para oferecer acomodações melhores, diferen-tes e com mais personalização. Esse, segundo Conley, é o ponto alto da disrupção: o momento em que o establishment (algo como um grupo com poder e in-fluência em determinado setor) reconhece que aquela “moda” veio para ficar e alterar os ru-mos dos negócios. Porém, antes disso, alguém precisa surfar e acreditar na onda da inovação e, de acordo com ele, foi o que os três fundadores do Airbnb (dois designers e um engenheiro) fize-ram quando começaram a alugar colchões em um apartamento, em São Francisco, nos Estados Unidos, para outros profissio-nais que estavam em uma confe-rência na cidade e não achavam vagas nos hotéis da região.

HSM Expo

Considerado o maior evento de gestão em-presarial da América Lat ina, o HSM Expo

chegou este ano à sua 17ª edi-ção, trazendo palestrantes e especialistas nas mais diversas áreas do conhecimento, tanto do Brasil, como do mundo. Em três dias, o evento reuniu mais de seis mil participantes e a Revista Administrador Profis-sional esteve por lá para ouvir alguns dos principais destaques nos campos de interesse da Ad-ministração. Confira, a seguir, lições para inovação, compor-tamento, motivação e liderança.

Hotelaria disruptiva

Com quatro milhões de aco-modações listadas em todo o mundo (250 mil delas apenas no Brasil), a plataforma Airbnb, avaliada em mais de US$ 30 bi-lhões, é um case de inovação no setor de hospedagem. Para o seu

conselheiro, Chip Conley, isso se deve a um fator imprescindível nos dias atuais: estar à frente das ondas de mudança que chegam de tempos em tempos. Para ele, algumas empresas estão a um passo da disrupção em seus ne-gócios e, muitas vezes, nem se dão conta disso.

“Organizações que não me-lhoraram seus produtos e ações nos últimos anos, que desconsi-deram novos concorrentes e que não entendem os clientes e suas expectativas precisam colocar seus óculos de especialista e en-xergar uma nova realidade, pois, caso contrário, outra pessoa verá essas necessidades do consumi-dor”, alerta Conley.

O conselheiro lembrou que após o final da 2ª Guerra Mun-dial as pessoas passaram a viajar com mais frequência e, frente a essa nova realidade, os hotéis das grandes redes que conhecemos hoje começaram a se instalar à beira das estradas para suprir a

Conhecimento, experiências e cases na HSM Expo 2017

OPE

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Conley, que tem uma rede de 19 hotéis e continua conse-lheiro do Airbnb (algo que, em um primeiro momento, parece totalmente improvável) foi sin-cero ao admitir que não previu essa onda que os fundadores da plataforma vislumbraram: a do compartilhamento. Ele simples-mente não conseguia entender como alguém poderia preferir se hospedar na casa de alguém em vez de ficar em um quarto de ho-tel, algo que, hoje, é totalmente compreensível. “O Airbnb não é só uma transação, mas sim uma experiência para tornar o anfi-trião um amigo e 40% das pes-soas que se hospedam através da plataforma não teriam ficado em hotéis, mas sim em casas de amigos ou familiares”, ressaltou Conley ao explicar porque é pos-sível conciliar a gestão dos seus negócios e, ao mesmo tempo, participar das ações do Airbnb.

Para ele, além de ser um com-plemento às inúmeras expectati-vas dos hóspedes, a plataforma é essencial em situações específi-cas, nas quais o aumento no nú-mero de vagas em determinado local é apenas pontual, como no caso da Copa do Mundo ou das Olímpiadas, por exemplo, quando a construção de um ho-tel somente para essa época não é adequada tanto do ponto de vista econômico, quanto do lado ambiental. Para ele, ter opções alternativas de hospedagem traz diversas vantagens para todos gerando, inclusive, receita para as famílias locais.

Por fim, Conley lembrou que nem toda ideia dita "maluca" será um grande negócio e que, por vezes, é necessário esquecê--las rapidamente para que outras

opções possam surgir. “Você tem que estar aberto para ver o fu-turo e digerir rapidamente o que já aconteceu para seguir adiante e, nesta etapa, é importante con-versar com alguém de fora do seu negócio para ouvir novas ideias.”

O que seu comporta-mento diz sobre você?

Como você se sente depois de uma situação difícil? Se a sua res-posta for “arrependido”, é muito provável que você esteja agindo errado nestes momentos. Para Amy Cuddy, psicóloga social, professora na Harvard Business School e autora do 2º TED Talk mais visto (que até o fechamento desta edição já contava com quase 45 milhões de visualizações), esse é um sentimento comum quando abordamos algo com temor, pois é como se isso fosse dar errado de qualquer jeito.

Para Amy, nestes momentos é necessário que tenhamos pre-sença para enfrentar as situações,

pois só assim geramos credibi-lidade. “É preciso ser autêntico, mostrar aquilo que você é no seu melhor momento e não fingir. Além disso, se você não acre-ditar na sua história, quem irá? Para que isto aconteça, deve-se apresentar confiança, porém, sem a tão famosa arrogância que, nada mais é, do que auto-estima frágil. Sem confiança, as palavras não batem com os seus gestos e esse é o primeiro sinal de mentira”, explicou.

Sentir-se confiante é estar em-poderado e saber que é possí-vel realizar qualquer coisa que se queira, estar otimista para mudar a maneira de se pensar e encarar as situações, ter con-centração nas tarefas cogniti-vas e melhorar o desempenho, agir e buscar oportunidades, além de ajudar o próximo e não pensar apenas em si. Mas como fazer isso? Postura ereta e an-dar firme, segundo Amy, já co-laboram no ganho de confiança e podem, até, trazer felicidade.

“O Airbnb não é só uma transação, mas sim uma experiência para tornar o anfitrião um amigo..." ressaltou Chip Conley

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HSM Expo

“Quando os indivíduos têm po-der, eles aumentam de tamanho, inflam o peito. No esporte, os ga-nhadores, no momento da vitó-ria, abrem os braços. Os animais também agem da mesma forma quando querem mostrar con-fiança. Já quando você se sente sem poder, torna-se submisso e se encolhe. Não ter poder não está muito longe de ter vergonha e isso é ruim para todos”, defendeu Amy.

Ela explicou, entretanto, que o poder pode corromper algumas personalidades, pois é através dele que você mostra, de fato, quem é. Ao mesmo tempo, é a sua falta que nos enfraquece, podendo gerar problemas até em nossa fisiologia. É por conta

disso que a postura diz tanto so-bre a noção de poder que temos, pois a mente conversa o tempo todo com o corpo.

Através de seus estudos, Amy também identificou que a nossa cultura ensina às mulheres, desde pequenas, a se esconderem e isso pode ter relação direta com o que elas pensam de si e dos outros. Ela relatou que, em um experi-mento recente, crianças entre quatro e seis anos encararam bonecos expansivos como me-ninos e bonecos retraídos como meninas, uma percepção que, sem dúvida, precisa mudar.

Sem limites: a incansável busca pela excelência

Com indiscutível entrosamento, o nadador Michael Phelps, maior medalhista olímpico da história - com um total de 28 medalhas, sendo 23 de ouro com quebra de recorde, em cinco Jogos Olímpi-cos - e seu treinador Bob Bowman participaram de um talk show mo-derado pelo fundador da HSM, José Salibi Neto, no qual fizeram um paralelo entre o mundo das piscinas e dos negócios.

De acordo com Bowman, apesar de Phelps ir parar no seu grupo de treinamento por acaso, suas

características físicas e natureza competitiva o impressionaram logo de cara, mas, segundo ele, foram sua disciplina e respeito às metas, aliadas à motivação, que o ajudaram na conquista de títulos. “A motivação está relacionada às metas. Se os objetivos têm signi-ficado para você, eles o impulsio-nam para a frente”, contou.

Para Phelps, parte de seu estí-mulo surgiu logo no início da car-reira, quando, aos 11 anos, deixou de lado o basebol, o lacrosse e o futebol para se dedicar à natação e se deparou com atletas mais experientes que não o deixavam competir em igualdade. “Eu en-trava por último na piscina e tinha que, fisicamente, superar os ou-tros nadadores, para que eles não largassem mais na minha frente. Então eu marquei presença e me tornei o líder do grupo. Eu sem-pre quis ser o melhor, por isso me preparei tanto. Parte do sucesso é não tolerar nada além do primeiro lugar”, disse.

Sobre feedback, Bowman lem-brou que, em seu trabalho como técnico, sua missão mais impor-tante era motivar Phelps a melho-rar de inúmeras formas, mas que é preciso ter disposição para falar de assuntos que geram descon-forto. “As críticas são construtivas, não negativas. Servem para fazer crescer, melhorar, tornar mais forte e ajudar a alcançar sonhos e objetivos. A coisa mais fácil é dar um tapinha nas costas e não dar feedback, mas essa é a pior coisa que se pode fazer para o desenvolvimento de uma pessoa. A minha função como treinador é colocar as pessoas em situações diferentes, porque, para haver mudança, você precisa sair da sua zona de conforto”, constatou.

Bob Bowman e Michael Phelps

Amy Cuddy

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Outro ponto considerado im-portante para Phelps, no que diz respeito à conquista de metas, foi a retirada da expressão “não posso” do seu vocabulário. “Essa combinação de palavras negativas é ruim, porque quanto mais você fala ‘não posso’, mais você acre-dita que não é possível fazer algo. Se você falar ‘eu não consigo’, au-tomaticamente você já decidiu isso na sua cabeça. Então, para mim, para o que eu queria tentar fazer, não era possível mais usar essas palavras”, explicou o nada-dor, finalizando o talk show com a constatação de que “o resultado daquilo que se almeja nunca é imediato. Se você não estiver sa-tisfeito, é preciso encontrar uma outra maneira de realizar a tarefa para chegar ao que se quer. No iní-cio pode ser frustrante, cansativo, mas a mente tem de ser aberta e acreditar que tudo é possível sim, desde que exista paixão e entrega”.

Empreendedorismo e liderança na era digital

Tomando como exemplos fatos marcantes de sua trajetória de 16 anos como treinador da seleção brasileira de vôlei masculino, Bernardinho explicou de que forma valores éticos e morais, aliados à confiança e credibili-dade, são fundamentais na for-

mação de um líder de sucesso. Para ele, sem liderança, apenas

três coisas acontecem natural-mente, em qualquer instituição: atrito, confusão e queda de desem-penho. Para todas as outras, como, por exemplo, o alcance de metas, é preciso direcionamento. “O verda-deiro líder bate metas com consis-tência, porque ele inspira, prepara, ajuda no desenvolvimento de pes-soas, mostra o caminho. Ele escala os profissionais em suas posições corretas, pois sabe que, do contrá-rio, o rendimento não será bom. Mas, fundamentalmente, o líder sabe ouvir e estimular a troca per-manente de ideias”, contou.

Bernardinho afirmou ainda que, apesar de todos os aparatos tec-nológicos utilizados para facilitar a comunicação, inclusive no am-biente corporativo, nada substi-tui o contato humano. “No mundo digital, as novas ferramentas, ve-locidade e proximidade são funda-mentais para que a gente possa se comunicar, mas como é que você vai dar ou receber feedback sem olhar nos olhos das pessoas? Tal-vez tenhamos mais parâmetros, através da tecnologia, para fazer uma avaliação, mas o feedback que realmente faz as coisas acon-tecerem não ocorre sem contato humano”, constatou.

O treinador falou também sobre a importância da comunicação na

cultura empresarial e que, mesmo em uma organização com mais de 10 mil empregados, exemplos são passados mediante contato entre pessoas, portanto “um grupo de Whatsapp não fará com que isso aconteça”. Segundo Bernardinho, a cultura tem a ver com valores e a aderência a ela é detectada com a ausência do líder. “Se os empregados fazem a coisa certa quando você não está, é porque a cultura é forte”, enfatizou.

Sobre a formação de equipe, Bernardinho foi enfático ao afir-mar que os profissionais não de-vem ser os melhores, mas, sim, os certos a integrarem os grupos de trabalho, ou seja, pessoas dis-postas a trabalhar em conjunto. “No final das contas, o sucesso é resultado do esforço coletivo. Se você quer mudar o mundo, una-se a pessoas, porque sozi-nho você não muda nem o seu mundo e as pequenas coisas à sua volta. Líderes precisam de pessoas, de planejamento, es-tratégia, disciplina e, mais do que isso, é preciso comunicar e compartilhar, caso contrário, não há alinhamento. Ou nós lutamos como um time ou morreremos como indivíduos”, finalizou. Por Katia Carmo e Milena Brito

“O verdadeiro líder bate metas com consistência, porque ele inspira, prepara, ajuda no desenvolvimento de pessoas, mostra o caminho... Mas, fundamentalmente, o líder sabe ouvir e estimular a troca permanente de ideias" contou Bernardinho

OPE

NSP

ACE

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quando o empregador e seus pre-postos ofenderem-se fisicamente”.

O que fazer

O próprio Ministério do Traba-lho e Emprego - MTE, por meio da cartilha elaborada pela Subcomis-são de Gênero, com participação da sua Comissão de Ética (dispo-nível em https://goo.gl/rYWgei), orienta o empregado sobre como se portar em situações de bullying corporativo, tais como:

Bullying

Piadas de mau gosto, críti-cas sem sentido, exclusão ou isolamento, sobre-carga de tarefas, impo-

sição de horários injustificados, ameaças, xingamentos, fofocas, intimidações e manipulações. Es-ses são alguns dos exemplos de comportamentos no ambiente de trabalho que causam humilhação, constrangimento e até transtor-nos psicológicos para o empre-gado, principalmente quando realizados de forma repetitiva.

Embora ainda não sejam consi-derados crime no Brasil, os casos de assédio moral no trabalho ou bullying corporativo - como se convencionou chamar essa prática no país - têm movimentado o dia a dia dos profissionais da Justiça do Trabalho, que viram as denúncias de conduta abusiva aumentarem na última década.

Apesar de o Ministério Público não diferenciar assédio moral de bullying, ambos são passíveis de punição e indenização por danos morais e podem levar o agressor

à demissão por justa causa. Isso porque a prática é enquadrada no artigo 483 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que determina que o empregado pode considerar rescindido o contrato e pleitear indenização quando, entre outros motivos, “forem exi-gidos serviços superiores às suas forças, contrários aos bons cos-tumes ou alheios ao contrato; for tratado por seus superiores hie-rárquicos com rigor excessivo; por ato lesivo à honra e boa fama ou

ISTO

CK

Bullying corporativo: um risco para empresas e empregados

Como os empregados reagem ao bullying?

REAÇÃO % DE COLABORADORES

Confrontam o agressor 32%

Reportam o caso ao gerente da área 27%

Pedem demissão 13%

Não fazem nada 17%

Outras reações 11%Fonte: Pesquisa realizada em agosto de 2015, pela Robert Half,

considerando a opinião de 317 profissionais dos Estados Unidos

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anotar, com detalhes, todas as humilhações sofridas, incluindo dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do(a) agressor(a), conteúdo da conversa e o que mais achar necessário; procurar a ajuda dos colegas, principalmente da-queles que testemunharam o fato ou que sofrem humilhações do(a) agressor(a); evitar conver-sas, sem testemunhas, com o(a) agressor(a); procurar seu sindi-cato e relatar o acontecido; buscar apoio junto a familiares e amigos.

No entanto, de acordo com An-dreia Pedro, psicóloga, coach e consultora de empresas, especia-lista em desenvolvimento humano e inteligência emocional, antes de chegar à esfera jurídica, o empre-gado, ao identificar a prática, deve se posicionar de forma segura e cautelosa frente à situação. “Antes de mais nada, o profissional pre-cisa ter segurança e confiança no seu trabalho, para entender que o papel que lhe colocaram não lhe cabe. Reconhecer suas habilida-des, competências e capacidades, para desenvolver sua inteligência emocional e saber lidar com a si-tuação. O próximo passo seria entender a política da empresa em relação à prática, para levar o caso ao departamento designado. Caso não haja política definida, o departamento de Recursos Hu-manos da empresa deve ser acio-nado, a fim de acolher, orientar e acompanhar o caso”, explicou.

Papel da empresa

A participação das empresas no combate ao bullying corpo-rativo, por meio de palestras, seminários ou dinâmicas que demonstrem a gravidade das práticas abusivas e levem à sen-

sibilização, seja pela criação ou inclusão de regras que coíbam as agressões e que constem no regimento interno, mostra-se, também, imprescindível.

De acordo com a empresa de recrutamento Robert Half, ao re-ceber uma denúncia de bullying, é indispensável que as organiza-ções reforcem sempre a impor-tância do trabalho em grupo, não só no discurso, mas com treina-mentos que enalteçam esse tipo de iniciativa, promovendo a par-ticipação de todos. A empresa também recomenda tratar o tema Andreia Pedro

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Saiba se você está sendo vítima de bullying corporativo

Alguns exemplos de conduta abusiva

Ameaçar constantemente, amedrontando quanto à perda do emprego;

Repetir a mesma ordem para realizar tarefas simples, centenas de vezes, até desestabilizar emocionalmente o(a) subordinado(a);

Desmoralizar publicamente;

Rir, a distância e em pequeno grupo, direcionando risos ao trabalhador;

Querer saber o que está sendo conversado;

Ignorar a presença do(a) trabalhador(a);

Desviar da função ou retirar material necessário à execução da tarefa, impedindo sua realização;

Trocar o empregado de turno de trabalho sem aviso prévio;

Mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador;

Dispensar o trabalhador por telefone, telegrama ou correio eletrônico, estando ele em gozo de férias;

Espalhar entre os(as) colegas que o(a) colaborador está com problemas nervosos;

Sugerir que o trabalhador peça demissão devido a problemas de saúde;

Divulgar boatos sobre a moral do trabalhador.

DIV

ULG

AÇÃO

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Bullying

Após pouco tempo no cargo de especialista, minha gerente anunciou para a equipe que eu seria coordenadora. Depois do anúncio busquei, com frequência, feedbacks sobre as funções que eram esperadas de mim e as respostas, em geral, eram vagas. Minha avaliação de final de ano foi "acima do esperado", o que equivale a uma entrega de 150%. Além disso, em uma pesquisa informal realizada com minha equipe, feita de forma anônima, obtive 100% (resultado máximo) de satisfação em relação a minha coordenação.

Mesmo assim, apesar de não haver nenhum relato ou registro de feedback corretivo, ela (gerente) passou a falar para a equipe coisas que considerava erradas na minha conduta. Simultaneamente, soube de diversos casos em que ela me denegria junto aos meus pares e até a profissionais de outros setores. Recorri a ela diversas vezes, chegan-do a dizer claramente que estava sabendo de tudo e a postura, por muito tempo, foi a de dizer que não havia nada de errado com meu trabalho e que essas situações não existiam.

Um dos piores momentos foi quando ela passou uma das minhas principais atribuições a uma funcionária da minha equipe, que ocu-pava um cargo júnior e pediu que isso se mantivesse em segredo. A profissional começou a desempenhar o meu papel sem que eu fosse sequer notificada.

Próximo a minha saída da instituição, ela mudou a postura alegando uma série de atividades que eu não havia desempenhado, sendo que nenhu-ma delas me havia sido atribuída. Levantei todos os e-mails e históricos de conversas em que ela havia informado minhas atribuições e, mesmo diante de provas, ela dizia que eu deveria ter subentendido o que fazer. O RH da instituição se recusou a ler os conteúdos que comprovavam a ve-racidade dos meus relatos.

Muitas vezes me senti incapaz, questionei meu merecimento em ocu-par o cargo que tinha. Tentei me reerguer com mudanças de atitudes, sugestões de novos projetos etc., mas sempre que tentava, ela mudava novamente minhas atividades ou dizia que havia entendido errado as orientações anteriores. Foi um período muito difícil em que eu passei a apresentar crises de choro, insônia, dores de cabeça, estômago e tre-mores faciais. Demorei a entender/aceitar que, na verdade, estava vi-vendo um caso explícito de assédio moral.

Durante todo o processo tive o acompanhamento da minha psicóloga e de uma grande amiga que, além de psicóloga é coach. Ambos foram fun-damentais para me ajudar a me enxergar novamente como a profissional merecedora de ocupar o cargo que tinha, entender que aquele cargo/empresa não me definiam como profissional e que era possível algumas estratégias, inclusive a saída da organização, sem que isso significasse uma derrota pessoal. Precisei entender que o erro era de quem massa-crava e não meu, como massacrada. No final, não tive forças para aceitar nenhum trabalho na mesma área de atuação em que estive nesses sete anos e acabei optando por mudar de área.

N.N.T.P. – Especialista de Treinamento*

“Muitas vezes me senti incapaz e questionei meu merecimento em ocupar o cargo que tinha”

de forma aberta, deixando claro quais políticas adotadas, possí-veis punições ao agressor e al-ternativas de comunicação das agressões por parte do agredido. É fundamental, portanto, que se tenha lideranças com sensibili-dade para identificar comporta-mentos que fogem do ideal para tomar atitudes necessárias, antes que o problema se torne maior.

Além disso, de acordo com o MTE, os abusos também geram consequências negativas para as organizações, tais como: queda na produtividade e menor eficiência; imagem negativa da empresa pe-rante os consumidores e mercado de trabalho; alteração na quali-dade do serviço/produto e baixo índice de criatividade; doenças profissionais, acidentes de tra-balho e danos aos equipamentos; troca constante de empregados, ocasionando despesas com res-cisões, seleção e treinamento de pessoal e aumento de ações tra-balhistas, inclusive com pedidos de reparação por danos morais.

Danos emocionais

Para Andreia, quando o pro-blema é encarado de frente pela empresa e passa a constar em pesquisas de clima e nas en-trevistas de desligamento, por exemplo, é possível utilizar os indicadores gerados para criar ações de combate a comporta-mentos que agridem, adoecem e podem levar o empregado ao sui-cídio. Isso porque, muito embora a prática de bullying corporativo reflita em baixa produtividade, o impacto emocional é imensurá-vel. “Já atendi inúmeros casos no consultório de estresse, síndrome do pânico, depressão e pacientes

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O que acontece em instituições financeiras hoje é uma pressão psicológica mais indireta, de forma que você sinta e acredite ser responsável pela não entrega das metas. As pessoas que têm mais comprometimento com o trabalho, pelo que pude perceber, são as que mais sofrem e que não conseguem lidar com a situação.

No meu caso em específico, fiquei doente e com depressão porque não estava conseguindo entregar o contrato de metas e sofria com abordagens do tipo: "a instituição credita seu salário todo mês. Ima-gina se pagarem o proporcional à sua entrega" ou "nós sabemos que quem não entrega o contrato de metas não tem uma vida lon-ga na instituição" ou "hoje é último dia do mês, então só poderá ir embora depois que vier a minha mesa passar a produção".

Com o recurso do Whatsapp e a criação de grupos, a instituição vai com você para onde você for, dentro e fora do seu horário de tra-balho, em casa, enquanto está com marido e filho. São mensagens para questionar reclamações de clientes, produção não informada, enfim, não existe vida à parte quando você trabalha para uma ins-tituição financeira.

Eu fiquei por quatro anos e meio e, durante esse período, não sou-be o que foi dormir uma noite inteira sem sonhar com os "compro-missos de entregas de metas” que tive de assumir, tendo pesadelos com superiores me cobrando. Desenvolvi pânico também de ir até o banco, tive desequilíbrios emocionais e crises de choro infinitas, sensação de que iria morrer com falta de ar.

E quando você vai fica doente e sem vontade de estar naquele lu-gar, mas é obrigado porque é seu emprego, você ainda é cobrado por não contribuir com o clima da empresa e, também, por seus pa-res te enxergarem como uma pessoa pessimista. Enfim, para algu-mas pessoas é impossível permanecer estável em um ambiente as-sim. Particularmente, tive muita dificuldade em aceitar que estava doente, de enxergar que a culpa não era minha e que eu precisava me afastar para me cuidar.

Por isso, fiquei até o meu limite, até o ponto em que eu não con-segui levantar e ir ao trabalho, chegando ao consultório médico chorando, tremendo e sem conseguir falar.

T.S. – Gerente de Instituição Financeira*

“Tive desequilíbrios emocionais e crises de choro infinitas, sensação de que iria

morrer com falta de ar”

com pensamentos suicidas, além, é claro, das doenças psicossomá-ticas, como gastrite, alterações digestivas, pressão arterial, entre outros”, elencou.

Ainda segundo a psicóloga, mesmo que o bullying aconteça em várias esferas – de cima para baixo, entre pares e de baixo para cima – quando parte do chefe, a prática tem um efeito mais de-vastador no estado emocional do trabalhador. “Somente o fato de estar hierarquicamente abaixo deixa o empregado extremamente intimidado, com medo de perder o emprego e, na maioria das ve-zes, sem coragem de pedir ajuda por receio de represálias, afinal, ‘é a palavra do meu chefe contra a minha’”, finalizou.Por Milena Brito

* os nomes das profissionais foram omitidos para preservar suas identidades

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Instituições e órgãos que devem ser procurados em casos de bullying

corporativo

Ministério do Trabalho e Emprego

Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego

Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher

Conselhos Estaduais dos Direitos da Mulher

Comissão de Direitos Humanos

Conselho Regional de Medicina

Ministério Público

Justiça do Trabalho

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Capa

Antes mesmo de chegar-mos ao final do ano, as especulações sobre o que pode (ou não)

acontecer em 2018 já haviam começado. Não é para menos. É consenso entre especialistas das mais diversas áreas que o cená-rio político, que já se desenha em torno das próximas eleições presidenciais, irá ditar as expec-tativas e os rumos de atividades econômicas e financeiras, além, é claro, das contratações e neces-sidades do mercado de trabalho.

Essa, entretanto, parece ser a única certeza. Embora as proje-ções sejam muito melhores do que o panorama vivido este ano, a retomada do crescimento e a saída da crise acontecerão de forma lenta, com números cau-telosos. “Temos expectativa de uma economia mais produtiva

para 2018. Esperamos o cresci-mento do PIB para algo em torno de 2% e 2,5% - melhor do que este ano, no qual devemos fechar em 0,7% - e acreditamos que os juros fiquem um pouco abaixo dos 7,5%. A inflação, entretanto, deve ficar um pouco acima dos atuais 3% (algo em torno de 4%), mas, mesmo assim, dentro de um patamar bastante controlado que prevê, inclusive, a redução do de-semprego”, analisa o professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV, Joelson Sampaio.

Para o economista, esse é um ciclo normal após grandes pe-ríodos de crise e reflete, ainda, um cenário de cautela. “Se nós crescermos 2% no ano que vem, ainda estaremos perto do que vivemos em 2010. Ou seja, vai demorar muito tempo para reto-marmos a trajetória que tínha-

mos até 2012, 2013. É a mesma lógica de quando se ganha R$ 10 mil por mês e é demitido. Se você conseguir uma recolocação que lhe pague R$ 1 mil, esse novo valor é 100% a mais do que a sua renda desempregado, mas quando você o compara àqueles R$ 10 mil anteriores, é visível que ainda está longe de voltar ao mesmo patamar de antes”, alerta Sampaio.

Cenário político

As votações de reformas polê-micas, as alianças que deverão se formar para a eleição do novo presidente e os escândalos envol-vendo os mais diversos setores da sociedade fazem parte do jogo político que tem deixado alguns setores desconfiados. O estudo In-ternacional Business Report, reali-

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zado pela consultoria e auditoria Grant Thornton em mais de 10 mil empresas de 36 economias, revelou que o índice de otimismo do empresário brasileiro ainda está em queda, alcançando ape-nas 26% no 3º trimestre de 2017, 6 pontos percentuais a menos em relação ao trimestre anterior.

crescimento do PIB e inflação, além da retomada no consumo das famílias. Porém, as eleições presidenciais serão determinan-tes para isso”, explicou.

Polêmicas, as reformas prome-tidas pelo atual governo também têm papel importante neste de-senho do próximo ano, especial-mente as mudanças tributária e previdenciária, que impactam diretamente no bolso de todos. “Existe uma chance muito baixa dele (governo) conseguir aprovar a reforma previdenciária ainda este ano, mas, caso isso acon-teça, teremos tem um cenário mais favorável em 2018”, prevê o professor Sampaio.

Volatilidade

Diante de tanta especulação, o setor financeiro, segundo es-pecialistas, tenderá a se manter instável durante o período ante-rior às eleições. “O ano que vem é importante para desenhar os próximos quatro anos e isso pode gerar mais incerteza e, como con-sequência, volatilidade em algu-mas áreas, como câmbio e bolsa de valores, por exemplo, pois elas são variáveis mais inconstantes”, alerta Sampaio.

Para o Adm. André Massaro, consultor financeiro e coordena-dor do Grupo de Excelência em Finanças do CRA-SP, os próximos meses serão bem movimentados.

"Temos expectativa de uma economia mais produtiva para 2018. Esperamos o crescimento do PIB para algo em torno de 2% e 2,5% - melhor do que este ano, no qual devemos fechar em 0,7%.” Joelson Sampaio

“Os empresários superestima-ram a retomada da economia com a expectativa de aumento do otimismo ainda em 2017, principalmente com a estabili-dade da inflação e leve redução do desemprego. Essa expecta-tiva não se concretizou devido à instabilidade política gerada pelo travamento de reformas, como a previdenciária, e o não controle de gastos por conta do Governo Federal”, explica Daniel Maranhão, sócio líder da área de auditoria da Grant Thornton.

As quatro últimas edições do estudo indicaram que o otimismo do brasileiro caiu consideravel-mente – no 4º trimestre de 2016, o índice foi de 59% - mas, de acordo com Maranhão, essa ten-dência pode mudar no próximo ano. “Para 2018 poderemos ter uma melhora, principalmente se confirmarmos as expectati-vas dos economistas quanto ao

O que esperar de 2018?

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“Fazer previsões sobre o mercado é algo naturalmente difícil, mas, para 2018, está particularmente desafiador por conta do cenário político-institucional. As elei-ções, ao que tudo indica, não serão 'comuns', mas sim uma guerra. O clima de tensão (tanto no mercado financeiro quanto fora dele) é evidente e, ao me-nos até o momento, nenhum dos candidatos que aparecem como favoritos nas pesquisas eleitorais têm posições que agradam aos investidores. Se as eleições forem vencidas por alguém de linha mais moderada e pró-mercado, é bastante provável que a taxa de juros siga em queda, inclusive em direção aos níveis praticados em outros países da América Latina percebidos como “mais estáveis” economicamente. Já a vitória de um candidato com ideias ex-tremistas e/ou populistas pode reverter esse movimento, o que inverteria a trajetória dos juros e da inflação. No momento, alguns indicadores relevantes, como as taxas de juros futuras, demons-tram essa incerteza”, explica.

Em 2018, será possível investir?

Mesmo diante do consenso de que o período será instável, mui-tas pessoas ainda pretendem in-vestir e aproveitar a tão esperada retomada do crescimento para planejar seu futuro financeiro. Para Massaro, os investidores devem ficam atentos ao cenário e às informações, buscando, in-dependente do seu perfil, uma postura mais cuidadosa. “Uma das poucas coisas que parece ser consenso em 2018 pelos agentes do mercado financeiro é que as coisas devem 'chaco-alhar' bastante. Deveremos ter muita boataria e desinformação ao longo do ano, especialmente através das redes sociais, o que costuma assustar bastante o pe-queno investidor. Por isso, é im-portante filtrar as informações, até para não ficar em uma posi-ção reativa, mudando de estraté-gia ao saber de notícias e boatos. Na dúvida, é recomendável uma postura mais conservadora em 2018. É importante lembrar que

as taxas de juros brasileiras, ape-sar de já terem caído bastante, ainda são bem generosas em relação àquilo que se pratica no resto do mundo. Então, a renda fixa pós-fixada (títulos vincula-dos à Selic e ao CDI) continuam sendo um “porto seguro” para aquele investidor que quer evi-tar grandes oscilações”, orienta o administrador.

Agronegócio e indústria

Apesar da cautela necessária, o Brasil não vive só de desconfiança. Setores que sofreram bastante com a crise, como a construção e a indústria, e outros que vivencia-ram bons momentos mesmo em meio à recessão, como é o caso do agronegócio, compartilham esperanças para 2018.

Sondagem industrial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no início de no-vembro, mostrou um relativo aumento da produção e estabi-lidade na geração de emprego na área. O indicador que mede a evolução da produção alcan-çou 52,6 pontos em outubro, o de emprego no setor subiu para 49,7 pontos (maior valor desde novembro de 2013) e o de inten-ção de investimentos por parte dos empresários também aumen-tou para 50,6 pontos (permane-cendo sem queda pelo 5º mês consecutivo e atingindo a maior marca desde fevereiro de 2015). Ainda de acordo com a CNI, esse resultado reflete a melhora das condições da indústria em geral e a confiança dos empresários para os próximos seis meses, pois as expectativas de demanda e as compras de matérias-primas e de quantidade exportada continuam

“Fazer previsões sobre o mercado é algo naturalmente difícil, mas, para 2018, está particularmente desafiador por conta do cenário político-institucional. As eleições, ao que tudo indica, não serão 'comuns', mas sim uma guerra."André Massaro

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acima dos 50 pontos, linha divi-sória que indica a estabilidade.

No agronegócio, a esperança é um pouco maior e reflete, acima de tudo, os resultados obtidos neste ano. O índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), me-dido pela Organização das Co-operativas Brasileiras (OCB) e pelo Departamento do Agrone-gócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), subiu 6,7 pontos no 3º trimestre deste ano em relação ao 2º trimestre, ficando em 99,1 pontos, indicando me-lhora das expectativas, embora o entusiasmo não tenha retornado aos níveis de 2016 quando, no mesmo período, registrou 106,3 pontos. De acordo com a metodo-logia do estudo, uma pontuação acima de 100 pontos corres-ponde a otimismo e, abaixo disso, indica baixo grau de confiança.

Já para o produtor agropecu-ário, o avanço foi de 5,9 pontos em relação ao trimestre anterior, alcançando a marca de 93,2 pon-tos que, embora abaixo dos 100, ainda representa uma boa notícia. Os pecuaristas, por fim, formam o grupo que mais ganhou confiança no trimestre. Seu indicador subiu

14 pontos, chegando a 94,2 de-pois de registrar, um trimestre an-tes, o patamar mais baixo da série história (80,2). O gerente do Dea-gro da Fiesp, Antônio Carlos Costa, lembra que a medição anterior tem uma explicação bem conhe-cida de todos. “Os horizontes do mercado de carne eram muito in-certos: o setor ainda sofria com as consequências da operação Carne Fraca e pairavam muitas dúvidas após a delação da JBS, em maio deste ano. A melhora nos preços do boi ajudou a aumentar o ânimo dos pecuaristas”, relembra.

Para o professor da FGV, esses dois setores foram protagonistas na recuperação da economia, mas isso não significa que deve-mos ficar totalmente tranquilos. “Estamos saindo da crise por conta do consumo e, principal-mente, pelas questões favoráveis da agroindústria e agropecuária, que foram muito bem este ano. Mas para crescermos de forma sustentável e continuarmos este processo no longo prazo precisa-mos fazer reformas estruturais. Ou seja, não adianta colocar nossos problemas embaixo do tapete, pois isso uma hora irá voltar”, adverte Sampaio.

Dentro das organizações

Outro aspecto bastante deba-tido em 2017 foi a transparência nas relações empresariais. Com os escândalos de corrupção em organizações públicas e priva-das, nunca se falou tanto sobre Compliance e Governança Cor-porativa como no último ano. Mas afinal, a preocupação e a mudança de cultura por parte das empresas irão permanecer daqui para a frente? Para Renato

Almeida dos Santos, sócio da S2 Consultoria e coordenador do MBA em Gestão de Riscos e Com-pliance da Trevisan Escola de Ne-gócios, a tendência é que o tema, com o passar do tempo, torne-se secundário, o que pode voltar a ser um risco. “Naturalmente o as-sunto tende a não se manter na pauta principal da organização. Neste caso, é preciso criar estra-tégias de monitoramento contí-nuo, definindo procedimentos de verificação da aplicabilidade do Programa de Integridade ao modo de operação da empresa e criar mecanismos para que as deficiências encontradas em qualquer área possam realimen-tar continuamente seu aperfeiço-amento e atualização. É preciso garantir, também, que o Pro-grama de Integridade faça parte da rotina da empresa e que atue de maneira integrada com outras áreas, como recursos humanos, departamento jurídico, auditoria interna e departamento contábil--financeiro”, alerta o especialista.

De acordo com Renato, as or-ganizações que já iniciaram o processo de mudança em 2017 devem permanecer atentas aos seus valores e conceitos sobre o que é certo ou errado, deixando claras as diretrizes para seus membros. Além disso, será ne-

Jonathan Yung

Renato Santos

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cessário tomar ações enérgicas contra os ofensores da cultura estabelecida. Isso ocorre por meio de apuração de atos anti-éticos e aplicação de medidas disciplinares, que minimizam a percepção de impunidade e re-forçam a transparência e a ética.

Já para aquelas organizações que simplesmente ignoraram o tema este ano, a dica do con-sultor é rever esse comporta-mento o quanto antes, seguindo alguns parâmetros básicos. “O primeiro passo para implantar um Programa de Compliance é

ter o comprometimento e apoio da alta direção. Depois, definir a instância responsável pelo Pro-grama de Integridade (que de-verá ser dotado de autonomia, independência, imparcialidade, recursos materiais, humanos e financeiros para o pleno funcio-namento) com possibilidade de acesso direto, quando necessário, ao mais alto corpo decisório da empresa. É preciso, também, es-truturar as regras e instrumentos com base no conhecimento do perfil e riscos da empresa sem esquecer, é claro, de elaborar o

código de ética e de conduta, as políticas e os procedimentos de prevenção de irregularidades”, orienta Santos.

Independente do setor, o que se tira deste panorama de tantas incertezas para 2018 é, sem dú-vida, a responsabilidade de todos fazerem corretamente a lição de casa, seja dentro das organiza-ções, nas urnas ou no próprio planejamento pessoal. Um árduo e longo trabalho que precisa da cooperação de um país inteiro para dar certo. Por Katia Carmo

2018: esperança no mercado de trabalho?Em março deste ano, o desemprego no Brasil alcan-

çou um recorde histórico: 14,2 milhões de brasileiros estavam fora do mercado de trabalho formal, núme-ro que representava 13,7% da população. Os dados, constantes na Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílios Contínua - PNAD Contínua, divulgada pelo IB-GE, diminuíram um pouco com o passar dos meses (de acordo com levantamento apresentado no fi nal de no-vembro, o índice do terceiro trimestre fi cou em 12,2%, ou 12,7 milhões de pessoas desempregadas), mas ain-da assim são preocupantes.

Com números tão expressivos, é impossível não co-nhecer alguém afetado por esse cenário. Entretanto, mesmo com a expectativa de melhora nas contrata-ções, muitos profi ssionais estão apreensivos com o tem-po passado fora do mercado formal e a realidade dos processos seletivos. Como se preparar, então, para o tão esperado retorno? “Em primeiro lugar, é preciso estar atualizado. Caso a pessoa queira mudar a direção de sua carreira, vale a pena fazer cursos direcionados. Nesse ca-so, procurar um amigo que já atua na área para fazer uma entrevista informal e saber o que está acontecendo

no mercado também é interessante. É bom ter em men-te que a grande maioria das vagas nunca é publicada, sendo preenchida por indicações. É importante que as pessoas saibam que você está buscando uma posição”, aconselha Jonathan Yung, sócio da Vertico Human Ca-pital, empresa especializada em recrutamento e consul-toria de RH, atuante em toda a América Latina.

Para quem foi afetado pela crise logo no início e, des-de então, não conseguiu uma recolocação, a boa no-tícia é que o fato de estar longe do mercado por um longo período não signifi ca, necessariamente, um pon-to negativo, conforme explica Yung. “Esse preconcei-to sobre o tempo de desemprego existia, mas estamos saindo de três anos de crise. Nesse cenário, toda pes-soa que está contratando sabe que há profi ssionais fo-ra do mercado por causa disso. É algo muito comum. Minha recomendação é sempre falar a verdade, porque as empresas vão buscar referências. Dizer que está sem emprego porque sua empresa fechou ou sua divisão foi encerrada, por exemplo, é super normal. Hoje, inclusi-ve, as pessoas têm demorado mais para se recolocar, cerca de 12 meses”, tranquiliza.

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Mediação

O presidente do CRA-SP, Adm. Roberto Carvalho Cardoso (à esquerda), e o presidente do TJSP, Des. Paulo Dimas de Bellis Mascaretti (à direita), inauguram, oficialmente, o 247º CEJUSC no Estado de São Paulo

Colaboradores do Conse-lho Regional de Admi-nistração de São Paulo – CRA-SP e do Sindicato

dos Administradores no Estado de São Paulo – SAESP se juntaram, na manhã do dia 22 de novembro, a juízes, conselheiros, adminis-tradores, advogados, servidores da justiça e autoridades civis e militares, para prestigiarem a inauguração do posto do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – CEJUSC, instalado na casa Pau-Brasil, sede do Conse-lho, através de uma parceria entre o SAESP/CRA-SP e o Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP.

Durante a solenidade, que con-tou com a presença dos desem-bargadores Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, presidente do TJSP e Tasso Duarte de Melo, coordena-dor em exercício do Núcleo Per-manente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos – NUPE-MEC, foram apresentados dados sobre a atuação dos Centros Ju-

Evento marca a inauguração do posto do CEJUSC na sede do CRA-SP

diciários e Postos de Conciliação implantados atualmente no Es-tado de São Paulo.

“De janeiro a setembro de 2017 foram realizadas 107.648 audiências pré-processuais. Destas, o percentual de sucesso, leia-se acordo de conciliação e pacificação, é de 67%. Só nas me-diações e conciliações de família, alcançamos 84% de êxito. Já nas relações cíveis, chegamos a 54%. Nas mediações e conciliações nas quais o processo já foi instau-rado, realizamos 143.721 audi-ências, sendo 20 mil no campo cível e 39 mil na área da família, resultando em um percentual de sucesso de 42%”, exultou o de-sembargador Melo.

Cultura de conciliação

Os métodos de solução de con-flito recompõem a sociedade de modo que ela possa encontrar auxílio para resolver seus pro-blemas, sem, necessariamente,

entrar com ações judiciais. De acordo com Mascaretti, o CEJUSC é uma porta aberta à população para ajudar a melhorar o acesso ao sistema judiciário e torná-lo mais ágil e moderno. “Temos que fazer com que o judiciário trabalhe para promover a cidadania e a paz so-cial. E essa paz social não acontece simplesmente dando a sentença. Precisamos aproximar as pessoas, fazê-las entenderem que, ao serem protagonistas de uma ação, elas também devem ser donas da so-lução do seu conflito”, disse.

Ainda segundo Mascaretti, independente do setor, servido-res públicos devem se colocar, sempre, a serviço da sociedade e, com a criação do CEJUSC e o sucesso de sua política de paci-ficação social, fica claro que o caminho trilhado em sua presi-dência no Tribunal é um retrato do alinhamento de ideais da equipe. “Nosso Tribunal avan-çou muito nos últimos dois anos porque acreditamos em gestão e

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Da esquerda para a direita, o desembargador Vanderci Alvares, os advogados Alessandra Gotti e Elias Marques de Medeiros Neto, o desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, os

administradores Roberto Carvalho Cardoso e Rogério Góes e o estatístico Júlio Trecenti.

planejamento estratégico. Sabe-mos que o serviço público é al-tamente emperrado, burocrático, difícil de implementar novas prá-ticas, mas temos que trabalhar para dar a ele efetividade, com políticas permanentes que não irão se desfazer a cada gestão, a cada administrador ocasional que assumir o cargo de dirigente do nosso Tribunal”, explicou.

Para o presidente do CRA-SP/SAESP, Adm. Roberto Carvalho Cardoso, abrigar o 247° CEJUSC do Estado de São Paulo enaltece o lema do Conselho de estar a serviço da Administração, prin-cipalmente porque, antes disso, as ações na área de conciliação estavam restritas às discussões nos Grupos de Excelência, espe-cialmente no GEAL – Grupo de Administração Legal e no GEMA – Grupo de Mediação e Arbitragem.

Convênio CRA-SP e TJSP

Durante a cerimônia de inaugu-ração do CEJUSC, o Conselho e o Tribunal de Justiça assinaram o “Acordo de Cooperação Técnica” para a extração de dados de taxo-nomia e jurimetria que, de acordo com o presidente do CRA-SP, tem como objetivo gerar informações a partir do imenso volume de da-dos dos tribunais. “É comum as pessoas confundirem dados com informações. Dados são fragmen-tos. Informações são dados elabo-rados, estruturados. A taxonomia é para garantir que todos os pro-cessos tenham uma classificação adequada e precisa. A jurimetria parte dessa classificação e, ao uti-lizar ferramentas estatísticas, per-mitirá a geração de informação para que se tenha maior controle e tomada de decisões. Esperamos que essa experiência de São Paulo

sirva de modelo para o Conselho Nacional de Justiça aplicar em todo o Brasil”, vislumbrou.

Na ocasião também foi celebrada a reabertura do “Fórum de Treina-mento de Equipes de Alto Desem-penho do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo”, convênio en-tre o CRA-SP e o TJSP que, em sua primeira versão, em 2012 e 2013, capacitou cerca de oito mil servido-res. “Hoje em dia, máquinas, equi-pamentos e instalações deixaram de ser o grande diferencial de uma organização. O segredo do sucesso está nas pessoas. Ter gente moti-vada para alcançar os objetivos só é possível com treinamento. Por isso, nessa nova edição, pretende-mos ampliar o número de profis-sionais capacitados, trabalhando com multiplicadores dentro do Tribunal e em todas as regiões do estado”, comprometeu-se o presi-dente do CRA-SP.

Homenagem

Ao final da celebração, o Con-selho Regional de Administra-ção de São Paulo homenageou o desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti pelos rele-vantes serviços prestados à ad-ministração pública, destacando

o constante investimento em tec-nologia, além do treinamento e capacitação profissional. Tendo em vista um judiciário mais eficiente, em sua gestão foram nomeados 175 novos juízes em período de cortes de orçamento, permitindo o descongestiona-mento das comarcas do interior.

Presenças

Além dos desembargadores e do presidente do CRA-SP, tam-bém estiveram presentes no evento a advogada Alessandra Gotti, presidente do Instituto Ar-ticule; o juiz Eduardo Francisco Marcondes, diretor do Fórum de Guaianazes; o desembarga-dor José Roberto Coutinho de Arruda, membro do NUPEMEC; o presidente do Conselho Regio-nal de Estatística, Julio Trecenti; o conselheiro do CRA-SP e in-terlocutor da parceria CRA-SP/TJSP, Adm. Rogério Fernando de Góes; o juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto, assessor da presi-dência do TJSP; o desembarga-dor Vanderci Alvares; o diretor executivo da Associação Paulista de Municípios, Wagner Mendes e conselheiros do CRA-SP. Por Milena Brito

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Itinerante

Projeto CRA-SP na Minha Cidade já realizou mais de 3 mil atendimentos em todo o estado

Desde que foi lançado, em julho deste ano, o projeto CRA-SP na Minha Cidade já visitou 47 municípios

em todo o estado de São Paulo, levando aos profissionais e estu-dantes da área serviços como o registro e a emissão das Carteiras de Identidade Profissional – CIP e de Estudante.

Além do registro, no CRA-SP Móvel também é possível emitir

a Carteira de Trabalho e Previ-dência Social – CTPS (através de uma parceria do SAESP/CRA-SP e o Ministério do Trabalho e Em-prego – MTE), regularizar a si-tuação no Conselho, emitir a 2ª via da CIP e esclarecer dúvidas sobre a profissão.

Incentivo à leitura

Juntamente com a prestação

de serviços, o CRA-SP Móvel também abriga o projeto Ler é saber: compartilhe um li-vro. A ação disponibiliza gra-tuitamente inúmeros títulos para leitura, que podem ser repassados e compartilha-dos com outras pessoas , p romovendo o conhec i -mento. Ao todo, 861 livros foram doados pelo CRA-SP até o momento.

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Atendimento realizado dentro do CRA-SP Móvel

NúmerosConfi ra os resultados totais de 2017 do programa

CRA-SP na Minha Cidade:

Tatuí

Guarulhos

Votorantim

Ibiúna

São Roque

Sorocaba

Mogi das Cruzes

Mauá

Pindamonhangaba

Lorena

Cruzeiro

São Vicente

Itanhaém

Peruíbe

Olímpia

São José do Rio Preto

Presidente Prudente

Marília

São João da Boa Vista

Amparo

Jundiaí

Araraquara

São Carlos

Franca

Jaú

Pederneiras

Lençóis Paulista

Itararé

Capão Bonito

Itapetininga

Barretos

Jaborandi

Bebedouro

Praia Grande

Registro

Caraguatatuba

São Sebastião

Jacareí

Lins

Bauru

Orlândia

Santa Rita do Passa Quatro

São Carlos

Santa Bárbara do Oeste

Piracicaba

Limeira

Bragança Paulista

Confi ra as cidades já visitadas pelo CRA-SP Móvel

Estudantes – No total, o CRA-SP Móvel realizou atendimento de 987 alunos, entre novas inscrições, registro e entrega de Carteiras de Estudante;

Profi ssionais – Até o momento, foram efetuados 252 atendimentos relativos a Carteira ou registro profi ssional;

Sociedade – Foram atendidas 247 pessoas para emissão ou atualização da Carteira de Trabalho e Previdência Social ‒ CTPS.

Total: Entre todas as ações promovidas, inclusive no esclarecimento de dúvidas e doações de livros, o CRA-SP Móvel realizou, este ano, 3.723 atendimentos.

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Depoimentos

Além dos profissionais que visitam a sede do CRA-SP, os participantes dos eventos promovidos pelo Conselho também deixam a sua opinião e sugestões quanto às atividades desenvolvidas.

São relatos que ajudam o Conselho a sempre proporcionar melhores conteúdos para os estudantes, profissionais da Administração e empresários.

Confi ra, abaixo, os principais comentários recebidos durante os últimos eventos promovidos pelo CRA-SP.

Palestra “A Tecnologia das Moedas Digitais”

Foi a minha primeira palestra na sede do CRA-SP e achei o atendimento e a recepção muito cordiais. O conteúdo apresentado foi de extrema importância. Com certeza irei participar de mais eventos no local.Luana Silva

Uma apresentação produtiva e de grande importância para o momento em que vivemos. Cada vez mais a tecnologia vem trazendo facilidades para nossas experiências do dia a dia.Bruno Chagas Simão

Palestra “A Carreira dos Sonhos e como alcançá-la”

Adorei a palestra, principalmente o conteúdo que foi abordado. Nunca tive tanta clareza do que eu realmente quero seguir como carreira, quanto agora. Agradeço a todos do CRA-SP pela recepção, pois me senti muito acolhida.Vitória de Brito Hiemisch

Feliz escolha do tema e também da palestrante, pois é um tema escasso diante de tantas mudanças que estão ocorrendo no mercado de trabalho no Brasil e no mundo.Márcio Cesar Dell'Abadia

Me formei há dois anos e o evento proporcionado pelo CRA-SP trouxe um pouco mais de esperança para a minha carreira, pois todos sabemos o quanto é difícil o começo. Saber que pessoas de sucesso passaram por momentos de di� culdades e isso as tornou grandes foi muito importante. Um evento cercado por pessoas capazes e de credibilidade é muito e� caz.Henrique Alves Coelho Filho

Parabéns ao Comitê de Jovens Administradores pelo aniversário de 10 anos, oferecen-do um evento com a maior especialista em carreiras para jovens administradores: So� a Esteves, Cia. de Talentos.Marco Bayeux

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PESQUISA OPERACIONALMétodos de modelagem quantitativa para a tomada de decisõesAutor: Salvatore Benito VirgillitoNúmero de páginas: 392Editora Saraiva

No mercado de trabalho, profi ssionais que pos-suem a capacidade de transformar dados em in-formação têm um diferencial estratégico que fa-vorece a efi ciência na tomada de decisões nas or-ganizações. Nesta obra, o autor oferece a profi s-sionais e estudantes o passo a passo das técnicas que envolvem os modelos quantitativos, abor-dando desde o conceito matemático mais básico até a construção de um conjunto teórico das mo-delagens, sempre em paralelo com demonstra-ções de fórmulas e métodos, a fi m de enfatizar o raciocínio e a metodologia a ser aplicada.

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Você sabe o que é uma organiza-ção exponencial? É uma nova visão de empresa tão tecnologi-camente inteligente, adaptável e abrangen-te quanto o novo mundo em que deve ope-rar e que costuma ter um resultado pelo me-nos dez vezes maior. Este livro apresenta os dez atributos de toda organização exponen-cial ‒ cinco elementos externos e cinco estra-tégias organizacionais internas ‒ e sugere um faça-você-mesmo, ensinando os interessados a utilizarem tecnologias exponenciais para cons-truir uma startup ou para adaptar essas ideias em empresas maiores.

ORGANIZAÇÕES EXPONENCIAISPor que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito)Autores: Salim Ismail, Michael S. Malone, Yuri Van Geest, Peter H. Diamandis Número de páginas: 288HSM Editora

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Livros

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Por que estamos tão impassíveis sobre o clima e o que seria neces-

sário para superar os obstáculos aparentemente insuperá-veis para o progresso? O empreendedor político Ted Hals-tead propõe uma solução transformadora baseada nos prin-cípios conservadores dos mercados livres e do governo limi-tado. Saiba mais sobre como este plano de dividendos em carbono poderia desencadear um efeito do-minó internacional para uma solução climá-tica mais popular, econômica e equitativa.Assista em http://bit.ly/2pXVPG1

Vídeos

A plataforma TED Talks reúne pequenos vídeos que trazem assuntos interessan-tes das mais diversas áreas e conta com a participação de pessoas renomadas. Confi ra alguns conteúdos inspiradores para os profi ssionais de Administração:

RICHARD ST. JOHN: SUCESSO É UMA JORNADA CONTÍNUA

Em seu estilo tipicamente sincero, Richard St. John nos lembra que o sucesso não é uma rua unidirecional, mas uma jornada constante. Ele usa a história de sua ascen-são e queda para ilustrar uma valiosa lição: quando paramos de tentar, falhamos.Assista em http://bit.ly/1pwr8jf

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Representações

Representações e participações do CRA-SP na sociedade

Em nome do CRA-SP, diversos re-presentantes (entre conselheiros e profi ssionais da Administração) divulgam junto a diferentes pú-blicos, como Instituições de Ensi-no Superior, empresas públicas e privadas, entidades e governo, a missão e os objetivos do Conse-lho, ampliando a sua representati-vidade na sociedade.

Confi ra, a seguir, as últimas repre-sentações realizadas.

Eventos diversos ‒ novembro e dezembro

10/11Comemoração 30 Anos de SESVESP - Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo ‒ SESVESPRepresentante: Pres. Roberto Car-valho Cardoso

14/11Top de Sustentabilidade 2017 - Associação dos Dirigentes de Ven-das e Marketing do Brasil -ADVBRepresentante: Cons. Antônio Carlos Cassarro

22 a 24/11Assembleia de Presidentes do Sistema CFA/CRAsRepresentante: Pres. Roberto Carvalho Cardoso

23/11Palestra O Impacto da Educação no Custo das Atividades Empre-sariais - Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa de São Paulo - ADCERepresentante: Cons. Antônio Carlos Cassarro

25/11XI Encontro de Líderes do Esta-do de SP - Conselho Regional de Corretores de Imóveis - CRECIRepresentante: Cons. Antônio Carlos Cassarro

27/11Solenidade de Abertura da 12ª Edição da Semana Nacional da Conciliação - Tribunal Regional Federal da 3ª Região Representante: Cons. Rogério Fernando de Góes

04/12Cerimônia Apresentação da Meto-dologia de Cálculo do Índice de Efeti-vidade da Gestão Estadual - Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Representante: Cons. Luiz Carlos Marques Ricardo

07/12Cerimônia de Premiação - IV Prê-mio Melhores Empresas para Tra-balhadores com Defi ciência 2017 - Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Defi ciência Representante: Cons. Antônio Car-los Cassarro

09/12Cerimônia do Dia Internacional do Combate à Corrupção ‒ Ordem dos Advogados do Brasil - OABRepresentante: Cons. Antônio Car-los Cassarro

11/12Sessão Solene em Comemoração aos 71 anos de instalação do CRCSP - Conselho Regional de ContabilidadeRepresentante: Cons. Luiz Carlos Marques Ricardo

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Colaborações para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] Os textos devem conter no máximo 3 mil caracteres (com espaços), nome completo do autor, foto em alta resolução e o registro no CRA-SP.

→ Este artigo refl ete, exclusivamente, a opinião de seu autor. O CRA-SP não se responsabiliza pelas ideias nele contidas.

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Uma das grandes aliadas do ambiente corpora-tivo é, sem sombra de dúvida, a Gestão do Co-

nhecimento. Embora ela seja uma estratégia indispensável para a vida saudável de uma empresa, parece que muitas organizações se esqueceram ou ignoram a sua prática, enquanto outras, como se diz popularmente, ‘andam me-tendo os pés pelas mãos’.

Frente às grandes mudanças sociopolítico-econômicas ocor-ridas no país, é preciso cautela nas negociações e nas tomadas de decisões, pois apesar de os indicadores apontarem uma me-lhora no mercado nacional e os gráficos apresentarem perspec-tivas otimistas para a economia do país, não se pode esquecer que o Congresso brasileiro vive um de seus piores momentos da história e, como o mercado fi-nanceiro é movido por perspec-tivas, as empresas devem estar sempre em alerta.

A sucessão de fatos como a Operação Lava Jato, o impea-chment, as denúncias contra o atual presidente e outros escân-dalos políticos têm feito o Bra-sil cair e subir várias vezes, uma espécie de ‘eletrocardiograma’ no mercado internacional que aumenta as chances de as agên-cias de riscos rebaixarem a clas-sificação do país, diminuindo a quantidade de investidores. Para completar o cenário, em um único ano o país teve debates e/ou reformas no sistema pre-videnciário, trabalhista e ainda

A gestão do conhecimento frente às mudanças sociopolítico-econômicas

se analisa a questão tributária. Sobre as mudanças das leis tra-

balhistas incluindo carga horária, férias, 13º salário, afastamento gestante, contrato de trabalho intermitente, terceirização, te-letrabalho, entre outros vários artigos, mal conseguimos acom-panhar tudo antes da chegada de uma ou outra alteração, tanto que, em nota, a coordenadora do DIEESE (Departamento Inter-sindical de Estatísticas e Estu-dos Socioeconômicos) disse que “ainda não dá para saber o que vai pegar”, expressão de comum acordo entre muitos especialistas que afirmam não ser possível se manifestar antes dos três primei-ros meses de aplicação da Lei.

O fato é que muitas empresas estão se deixando levar somente pelos dados obtidos em notas jornalísticas e por informações superficiais de alguns profis-sionais (que ainda não tiveram tempo de assimilar tudo) e não estão levando em consideração o aprofundamento nas ques-

tões, sendo impedidos de gerir e filtrar estes conhecimentos com maestria na hora das ne-gociações. É necessário que as organizações estejam alinhadas com os acontecimentos do país, seja na cultura, na política, na economia ou na sustentabilidade em toda sociedade. É imprescin-dível, também, ler as entrelinhas nacionais e internacionais e não somente o óbvio.

Por motivos como estes, as em-presas devem voltar a dar mais ênfase na Gestão do Conheci-mento, pois desta forma a estra-tégia traçada estará mais firme e segura para atuar sem medo de errar no mercado cada vez mais competitivo, pois a sua proposta e finalidade é sempre agregar va-lor às informações, negociações e tomadas de decisão.

Opinião

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