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1 Classificação dos Solos - continuação Profº Caio Rubens Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações 2 Classificação dos solos Tipos de classificação usuais: Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos e os índices de consistência do solo quando trata-se de solo predominantemente fino. Classificação Rodoviária (HRB): Mais utilizada na engenharia rodoviária, também considera o tamanho dos grãos e os índices de consistência do solo. Classificações regionais: Classificação MCT para solos tropicais, solos que tem peculiaridades de comportamento somente encontrados em regiões de clima tropical. Classificação pela origem do solo: Considera a origem pedológica do solo (rocha que lhe deu origem) e a formação do solo.

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Classificação dos Solos -continuação

Profº Caio Rubens

Disciplina: Mecânica dos

Solos e Fundações

2

Classificação dos solosTipos de classificação usuais:

Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos eos índices de consistência do solo quando trata-se de solopredominantemente fino.

Classificação Rodoviária (HRB): Mais utilizada naengenharia rodoviária, também considera o tamanho dosgrãos e os índices de consistência do solo.

Classificações regionais: Classificação MCT para solostropicais, solos que tem peculiaridades de comportamentosomente encontrados em regiões de clima tropical.

Classificação pela origem do solo: Considera a origempedológica do solo (rocha que lhe deu origem) e a formaçãodo solo.

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Classificação dos solosClassificação Rodoviária

Esse sistema é bastante empregado na engenhariarodoviária mundial.

Baseado, assim como a classificação pelo sistemaunificado, na granulometria do solo e nos limites deAtterberg (LL, IP).

Também se inicia a classificação pela verificação daporcentagem que passa na peneira 200 (% P#200), peneirade abertura 0,075mm.

A diferença nesta classificação é que nesta classificação ossolos de graduação grosseira são aqueles que apresentammenos de 35% passado na peneira 200 (abertura0,075mm).

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Classificação dos solosOs solos de graduação grosseira (% P #200 < 35%) formamos grupos A-1, A-2 e A-3.

Os solos com mais de 35% passando na peneira 200(0,075mm), são os solos finos, e formam os grupos A-4,A-5, A-6 e A-7.

Dentro dos grupos de solos de graduação grosseira assubdivisões são definidas pela granulometria, por meio da% que passa nas peneira de aberturas 2,0mm (#10),0,42mm (#40) e 0,075mm (#200).

Dentro dos grupos de solos de graduação fina assubdivisões são definidas pelos limites de Atterberg(LL e IP).

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Classificação dos solosTipos de classificação usuais:

Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos eos índices de consistência do solo quando trata-se de solopredominantemente fino.

Classificação Rodoviária (HRB): Mais utilizada naengenharia rodoviária, também considera o tamanho dosgrãos e os índices de consistência do solo.

Classificações regionais: Classificação MCT para solostropicais, solos que tem peculiaridades de comportamentosomente encontrados em regiões de clima tropical.

Classificação pela origem do solo: Considera a origempedológica do solo (rocha que lhe deu origem) e a formaçãodo solo.

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Classificação dos solosClassificações Regionais

No Brasil o sistema rodoviário é mais empregado em obrasrodoviárias e o sistema unificado para grandes obras deterra como as barragens.

Engenheiros de fundações, em geral, empregamclassificações regionais.

Sistemas de classificação convencionais nem sempreconfirmam a experiência local.

“Argila porosa vermelha” (espigão da Av. Paulista) – Siltede alta compressibilidade (MH) pela classificação unificada– limites de Atterberg o localizam abaixo da linha A.

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Classificação dos solosDiscrepâncias – diferença entre os solos existentes noBrasil e os solos existentes nos países de clima temperadoonde as classificações convencionais foram elaboradas.

Metodologia de classificação MCT (miniatura

compactada tropical)

Sistema de Classificação proposto pelo prof. Job ShujiNogami (EPUSP).

Nesta classificação não são considerados os índices deAtterberg.

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Classificação dos solosA classificação utiliza corpos-de-prova compactados emdiferentes energias e se baseia em parâmetros obtidos emensaios realizados nesses corpos-de-prova.

Classifica o solo pelo seu “estado” não pelas partículas

que o constituem.

A classificação divide os solos em 2 grandes grupos:Lateríticos (L) e Não Lateríticos (N).

O grupo dos não lateríticos se subdivide em: arenoso (A,A’), argiloso (G’) e siltoso (S’)

O grupo dos lateríticos se subdivide em: arenosos (A, A’) eargilosos (G’) .

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Classificação dos solosPara esta classificação são determinados os coeficientes:

c’ – relacionado a granulometria do solo (areia, silte ouargila) e a deformabilidade

d’ – relativo a eficiência da compactação

e’ - relacionado à laterização do solo (indica se o solo é ounão laterítico)

Pi – relacionado ao comportamento do solo na presença deágua.

Exemplo típico de solo laterítico – “terra roxa”

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Classificação dos solosTipos de classificação usuais:

Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos eos índices de consistência do solo quando trata-se de solopredominantemente fino.

Classificação Rodoviária (HRB): Mais utilizada naengenharia rodoviária, também considera o tamanho dosgrãos e os índices de consistência do solo.

Classificações regionais: Classificação MCT para solostropicais, solos que tem peculiaridades de comportamentosomente encontrados em regiões de clima tropical.

Classificação pela origem do solo: Considera a origempedológica do solo (rocha que lhe deu origem) e a formaçãodo solo.

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Classificação dos solosClassificação pela origem do solo

Pela sua origem os solos podem ser classificados em 2 grandes grupos: residual e transportado.

Solos residuais

São aqueles originários da decomposição das rochas que se encontram no próprio local em que se formaram.

�Velocidade de decomposição da rocha maior que a velocidade de remoção pelos agentes externos

�Velocidade de decomposição – chuvas, temperaturas e vegetação;

�Condições das regiões tropicais são favoráveis a rápida degradação das rochas;

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Classificação dos solos�Maiores ocorrências de solos residuais nas regiões tropicais – inclusive Brasil;

Solos residuais se apresentam em horizontes com o grau de intemperização decrescente:

Solo residual maduro: superficial ou sotaposto a um horizonte poroso, perdeu toda estrutura da rocha-mãe e tornou-se relativamente homogêneo.

Saprolito ou solo saprolítico: mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios e fissuras, mas perdeu toda a consistência. Visualmente parece uma rocha alterada, mas apresenta pequena resistência ao manuseio (residual jovem).

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Classificação dos solosRocha alterada: horizonte em que a alteração progrediu ao longo de fraturas ou zonas de maior resistência, deixando intactos grandes blocos da rocha original.

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Classificação dos solosSolos residuais – grande interesse indicação da rocha mãeque condiciona a composição física do solo.

Residuais de basalto: argilosos

Residuais de gnaisse: siltosos

Residuais de granito: areia, silte e argila (proporçõesiguais).

Solos Transportados

São aqueles que foram levados ao seu atual local poralgum agente de transporte. Suas características sãofunção do agente transportador.

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Classificação dos solosSolos coluvionares: formados pela ação da gravidade.

Solos aluvionares: solos resultantes do carreamento pelaágua. Sua constituição depende da velocidade das águasno momento da deposição. Podem ser essencialmentearenosos ou muito argilosos.

Solos eólicos (depósitos eólicos): solos resultantes dotransporte pelo vento. O transporte eólico provoca oarredondamento das partículas do solo, em virtude do atritoconstante.

Drifts: originários do transporte por geleiras, muitofrequentes na Europa, com pequena ocorrência no Brasil.

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Classificação dos solosSolos Orgânicos

São aqueles que contém elevada quantidade de matériaorgânica decorrente de decomposição de origem vegetal ouanimal, em vários estágios de decomposição.

� Solos muito compressíveis – problemáticos

� No Brasil – depósitos litorâneos (dezenas de metros),várzeas de rios e córregos (3 a 10m)

� Elevado índice de vazios

� Sedimentação recente – baixa capacidade de suporte

� Elevada compressibilidade

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Classificação dos solos� Concentração de folhas e caules em decomposição -Turfas

� Materiais altamente deformáveis e

� Muito permeáveis, por isso

� Recalques devidos a carregamentos externos ocorremrapidamente

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Classificação dos solosTipos de classificação usuais:

Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos eos índices de consistência do solo

Classificação Rodoviária (HRB): Mais utilizada naengenharia rodoviária, também considera o tamanho dosgrãos e os índices de consistência do solo.

Classificações regionais: Classificação MCT para solostropicais, solos que tem peculiaridades de comportamentosomente encontrados em regiões de clima tropical.

Classificação pela origem do solo: Considera a origempedológica do solo (rocha que lhe deu origem) e a formaçãodo solo.

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Exercícios1) A massa específica natural (ρn) de um solo é de 2000 kg/m3. O teor

de umidade é de 10%. Supondo-se que massa específica dos sólidos é 2700 kg/m3,

a) Determinar o índice de vaziosb) Determinar a porosidadec) Determinar a massa específica seca

2) São conhecidos, para um determinado solo: γn = 1,8gf/cm3, w= 12% e γs = 2,7 gf/cm3. Pede-se calcular:

a) S (grau de saturação)b) e (índice de vazios)c) n (porosidade)

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Exercícios3) Um solo apresenta umidade (w) de 25%, massa específica dos sólidos (ρs)

de 2,45g/cm3, massa específica natural (ρn) de 1,87g/cm3. Calcule:Massa específica aparente seca (ρd)

a) Índice de vazios (e)b) Grau de saturação (S)c) Porosidade (n)

4) Ensaios de caracterização de dois solos indicaram que o solo A tinha LL = 70% e IP=30%, enquanto o solo B tinha LL=55% e IP=25%. Amostras desses dois solos foram amolgadas e água foi adicionada de forma que os dois ficassem com teor de umidade de 45%. É possível prever qual dos dois solos ficará mais consistente neste teor de umidade?

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Exercícios5) As curvas granulométricas apresentadas na Figura 1, correspondem a solos

com as seguintes características:

Pede-se:a) Determinar o coeficiente de não uniformidade (CNU) e o coeficiente de

curvatura (CC) dos solos j, k, ib) Qual o índice de atividade da argila dos solos a, b, g?c) Qual a porcentagem do solo c que passa na peneira #200 (abertura de

0,075mm)

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Exercícios