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1 à Guiné-Bissau No dia 29 de março, às 23:30 horas, chegámos ao aeroporto Os- valdo Vieira em Bissalanca. Estavam à nossa espera: o Conselheiro Espiritual da equipa Bissau 1, Sr. Padre Bernardo da Cunha, o Casal Responsável da equipa, Klissene e Luís da Costa, o Emílio e o Lúcio. Sentimo-nos muito bem acolhidos na alegria do encontro e reen- contro, pois já tinhamos estado com alguns dos elementos da equi- pa em Portugal. Às 9:00 horas, visitámos as instalações da Cúria, guiados pelo Sr. Padre Bernardo da Cunha, que nos mostrou os arquivos históri- cos da diocese, assim como outras instala- ções, nomeadamente, o seu gabinete de trabalho. Dia 30 de março, sexta-feira DIÁRIO DA VISITA À GUINÉ-BISSAU POR ALTURA DO COMPROMISSO DA PRIMEIRA EQUIPA P-SETOR GUINÉ-BISSAU E CRIAÇÃO DO Casal Responsável da Província África Às 9:30 horas, tivemos uma audiência com o Sr. D. José Lampra Cá, bispo auxiliar de Bissau, onde tivemos a oportunidade de apresentar o Movimento das ENS, bem co- mo entregar um conjunto de documentos do nosso Movimento e a carta enviada ao Sr. D. José Camnate na Bissin, pelo casal Responsável da Supra-Região, Margarida e João Paulo. Ficámos a saber que o Papa Francisco, num encontro de bispos, ao falar sobre a família sugeriu as ENS como Mo- vimento para aprofundamento do Sacra- mento do Matrimónio e de apoio à família.

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1à Guiné-Bissau

No dia 29 de março, às 23:30 horas, chegámos ao aeroporto Os-valdo Vieira em Bissalanca. Estavam à nossa espera: o ConselheiroEspiritual da equipa Bissau 1, Sr. Padre Bernardo da Cunha, o CasalResponsável da equipa, Klissene e Luís da Costa, o Emílio e o Lúcio.Sentimo-nos muito bem acolhidos na alegria do encontro e reen-contro, pois já tinhamos estado com alguns dos elementos da equi-pa em Portugal.

Às 9:00 horas, visitámos as instalações daCúria, guiados pelo Sr. Padre Bernardo daCunha, que nos mostrou os arquivos históri-

cos da diocese, assim como outras instala-ções, nomeadamente, o seu gabinete detrabalho.

Dia 30 de março, sexta-feira

DIÁRIO DA VISITA À GUINÉ-BISSAUPOR ALTURA DO

COMPROMISSO DA PRIMEIRA EQUIPA

PRÉ-SETOR GUINÉ-BISSAU

E CRIAÇÃO DO

Casal Responsável da Província África

Às 9:30 horas, tivemos uma audiência como Sr. D. José Lampra Cá, bispo auxiliar deBissau, onde tivemos a oportunidade deapresentar o Movimento das ENS, bem co-mo entregar um conjunto de documentosdo nosso Movimento e a carta enviada aoSr. D. José Camnate na Bissin, pelo casalResponsável da Supra-Região, Margarida eJoão Paulo. Ficámos a saber que o PapaFrancisco, num encontro de bispos, ao falarsobre a família sugeriu as ENS como Mo-vimento para aprofundamento do Sacra-mento do Matrimónio e de apoio à família.

2 Diário da visita

Quando D. José Camnat regressou a Bissau,chamou o Sr. Padre Bernardo e pediu-lheque avançasse com uma equipa de formaexperimental, pois sabia que o padre Ber-nardo tinha já acompanhado uma equipaem Portugal e conhecia o Movimento. O Luís

da Costa, responsável do Pré-Setor, deu umtestemunho sobre a sua experiência de vidaem equipa. Falámos sobre o compromissoda equipa e na expansão do Movimentono país. Sentimo-nos calorosamente acolhi-dos e bem vindos à Guiné-Bissau.

Às 11:00 horas, visitámos a Rádio SOLMANSI(Já Amanheci), emissora católica, sedeadanas instalações da Cúria. Esta emissora, par-tilha o espaço e as emissões com a Comu-

nidade Mulçumana, um exemplo de diálo-go inter-religioso. Demos uma entrevista so-bre o Movimento, com o Sr. Padre Bernardoe o Luís da Costa.

Às 15:00 horas, participámos com a equipaBissau 1 na Via Sacra, orientada pelo Sr. Pa-

dre Bernardo no Bairro de Belém. Fazia muitocalor... Estiveram presentes mais de 1000

3à Guiné-Bissau

Depois da cerimónia to-da a equipa, nós e a irmãRegaldina, que acompa-nha a equipa nas ausên-cias do Padre Bernardo,jantámos na casa paro-quial. Depois do jantar fi-zemos uma reunião deequipa, para falarmos docompromisso da mesma. Neste encontro tambémesteve presente o PadreFrancelino.

pessoas, a maioria, teve que ficar fora daIgreja de Cristo Redentor, onde se celebrouMissa da Paixão do Senhor e a Adoraçãoda Cruz. Estas cerimónias foram celebradasna língua crioula, com alguns cânticos em

português, duraram cerca de 4h45. O edi-fício da Igreja de Cristo Redentor é muitosóbrio mas com muitos elementos em ma-deira esculpida, ricamente trabalhos pelosjovens artífices do Centro Artístico Juvenil daParóquia.

4 Diário da visita

Às 10:00 horas, iniciámos nas instalações daCúria Diocesana, com a presença de todaa equipa, o Padre Bernardo e a irmã Regal-

Dia 31 de março, sábado

dina, uma formação sobre a internaciona-lidade do Movimento.

Depois toda a equipa reuniu para a elaboração do texto do Compromisso.

Seguiu-se o almoço, Caldo de cha-béu de peixe, divinamente con-fecionado pela Beti, elemento daequipa.

5à Guiné-Bissau

Dia 1 de Abril, domingo de Páscoa

Logo pela manhã, dirigimo-nos à Sé Cate-dral, para a Eucaristia de domingo de Pás-coa, presidida pelo Sr. D. José Lampra Cá,que falou na homilia, sobre as ENS, expli-

cando a todos os paroquianos a cerimóniaque se ia realizar no final da Eucaristia: o

Após o compromisso, realizamos um encon-tro, ainda na Sé Catedral, com os casais

compromisso da equipa Bissau 1. Esta cele-bração foi toda em português. Aliás todasas Eucaristias na Sé Catedral são em portu-guês, muito bem preparada e com belíssi-mos cânticos em crioulo. Estava muita gen-te, não cabendo todos na Igreja.

das duas próximas equipas, a Catedral 1 eBrá 1.

6 Diário da visita

Almoçámos todos em casa do casal Klissene e Luís da Costa, conhecemos todos os filhosdos casais, todos muito pequeninos, e depois do almoço, confraternizámos até cerca das17:00 horas.

Realizámos ainda uma formação de Casal Responsável de Equipa e Casal Responsável deSetor.

7à Guiné-Bissau

Neste encontro foi escolhido o casal Klissenee Luís da Costa para Responsável do Pré-Setor, Guiné-Bissau.

Dia 2 de Abril, segunda-feira

Muito cedo pela manhã, fomos até à cida-de de Bafatá, que dista aproximadamente140 km de Bissau, com toda a equipa e CE,para um encontro com o Sr. Bispo D. PedroZilli. A viagem foi longa, 3 horas, com a estra-

Ao longo da estrada veem-se aldeias (ta-bancas), com pequenas mesquitas. Os ani-mais, porcos, cabras, galinhas etc... atra-

da muito movimentada, vimos um brutalacidente com um camião senegalês car-regado de sacos de castanha cajú, que sevirou, provocando vários feridos.

Brindámos com vinho do Porto ao Compro-misso da Equipa e ao Casal Responsável doPré-Setor.

8 Diário da visita

vessam a estrada com fre-quência. O cajueiro abun-da, a principal riqueza daGuiné, e junto ao Rio Geba,perto de Bafatá há grandescampos de cultivo de arroz,o principal alimento do gui-neense. Vimos ainda cen-tenas de construções emareia vermelha, de formacónica, construídas por for-migas salalé.

Ao longo do percurso fizemos várias pa-ragens, uma para fixar com um arame ofarol traseiro da viatura do padre Ber-nardo, que ficou danificado, na sequên-

cia de um acidentetido no dia anterior,quando regressavaa sua casa vindo dareunião da equipa.Outra paragem, pa-ra alguns elementosda comitiva, toma-rem o pequeno al-moço e ainda paratirarmos todos umafotografia na pontedo rio Geba.

9à Guiné-Bissau

Às 10:00 horas, chegámos a Bafatá, 45o detemperatura, onde nos esperava um grupode casais, alguns paroquianos, irmãs, sacer-dotes e o Sr. Bispo D. Pedro Zilli. Fomos con-vidados a tomar o pequeno almoço, café,chá, pão, bolinhos, preparado com muitoamor por uma das irmãs. Depois, tivemos umencontro no salão de reuniões. Fizemos umaoração, orientada pelo Sr. Bispo. Após umabreve apresentação de todos os presentes,falámos sobre o Movimento e a nossa vivên-cia, o casal Luís e Klissene deram o seu tes-

temunho. Bafatá quer uma equipa. A RádioSol Mansi, delegação de Bafatá, solicitou-nos uma entrevista para falarmos sobre opropósito da visita a Bafatá.

10 Diário da visita

Almoçámos na Cúria com o Sr. Bispo, umsacerdote e um jovem missionário recente-mente vindo do Brasil. Ficámos a saber quequanto mais se avança para o interior daGuiné, menor é o número de cristãos, maisdifícil é encontrar casais, com o sacramentodo matrimónio.

Após o almoço, iniciámos uma formaçãopara casais piloto e no final ainda houve

Por volta das 16:00 horas, visitámos Bafa-tá, cidade destruída, esquecida, abando-nada...

tempo para um divertido jogo entre casais,proposto pela Telma.

Como nos dizia o Sr. Bispo D. Pedro Zilli: “bem-vindos aonde pouco ou nada acontece, es-tamos esquecidos”.

11à Guiné-Bissau

Saímos já bastante tarde de Bafatá, o carrodo padre Bernardo avariou e precisou de

ser arranjado. Fizemos uma parte da viagemjá de noite, chegando às 20:30 horas a Bissau.

Dia 3 de Abril, terça-feira

Às 10:00 horas a Telma e o Lúcio,vieram-nos buscar ao hotel parauma visita turística à cidade de Bis-sau. Bissau é uma cidade muitomovimentada, habitada por po-vos de diferentes etnias que dãoum colorido especial às ruas. Hácentenas de “toca tocas”, sempreapinhados de gente, muitos e mui-tos táxis (azul e branco), com vidrospartidos, com para-choques distor-cidos, de chapa amolgada corroí-da pela ferrugem, ainda andam,graças ao empenho e criatividadede geniais mecânicos. Infelizmentemuitos a grande velocidade, porisso há tantos acidentes.

12 Diário da visita

Visitámos o bonito porto de pesca e o mercado.

Fomos ao mercado de Bandim, onde sevende de tudo um pouco.

13à Guiné-Bissau

Por último visitámos a Cooperativa EscolarNova Tecnologia, um projeto social do Lú-cio, equipista, inserido no bairro de Missira,frequentada por 382 crianças da pré-primá-

ria ao 7.º ano. Faltam muitas condições nes-ta escola: telhado, reboco, pintura, mobiliá-rio... Mas só com muito amor, esforço e per-sistência consegue levar o projeto avante.

14 Diário da visita

15à Guiné-Bissau

16 Diário da visita

Almoçámosem casa docasal, Telmae Emílio umabela caldei-rada de peixebica, famosopela sua qua-lidade e sa-bor.

Ao fim da tarde, às 19:00 horas, mais uma veznas instalações da Cúria, concluímos a for-mação de casal piloto para toda a equipa.

O padre Bernardo não esteve connosco,por ter ocorrido à porta da Igreja um graveacidente entre um Toca Toca e um camião.

17à Guiné-Bissau

Dia 4 de Abril, quarta-feira

De manhã vieram-nos buscar para irmos àsinstalações da TAP, para coordenar o enviosem custos acrescidos de materiais das ENSpara a Guiné, como já acontece com CaboVerde. Fomos ainda à embaixada de Por-tugal, falar com o Consul a fim de aligeiraro processo de vistos para Portugal, para osEncontros Nacionais e eventuais formações,de modo a que se minimizem os custos comas passagens.

Visitámos o Centro Artístico Juvenil da Paró-quia de Cristo Redentor, cujas vendas re-

vertem a favor de bolsas de estudo para es-tudantes.

18 Diário da visita

Almoçámos uma saborosa caldeirada depeixe, em casa do CR do Pré-Setor e depois

do almoço, reunimos para planear já o pró-ximo ano pastoral.

Ao fim da tarde, regressámos à Cúria onde tivemos um encontro com os novos casais dasequipas da Catedral e de Brá.

19à Guiné-Bissau

No final fizemos a entrega dos símbolos doServiço, Nossa Senhora e uma vela ao casalresponsável do Pré-Setor.

Foram também apresentados às novasequipas os respetivos casais piloto.

20 Diário da visita

Dia 5 de Abril, quinta-feira

Estivemos no campo num pic-nic convíviocom a equipa Bissau 1.Comemos ostras, camarão, caranguejo,arroz, peixe assado e frango no churrasco.Houve música, dança, falou-se de política,das etnias e costumes tradicionais que por

Nô ka larga Bissau 1

Bita e Manuel

O balanço desta viagem é muito positivo.Encontrámos uma equipa jovem, muito uni-da, coesa, motivada e hospitaleira, já comalguma caminhada de vida em equipa.Sentimo-nos em casa, bem acolhidos, orga-nizaram muito bem o programa e cumpri-ram-no, tendo alguns solicitado dias de fé-rias, para estarem livres e poderem estarconnosco. O CE, padre Bernardo da Cunha,tem o apoio dos bispos de Bissau e Bafatá.Temos muita esperança nesta equipa, pilardo Movimento na Guiné-Bissau, esperamosque a nossa estadia lhes tenha levado âni-mo e força, para serem pilotos de novasequipas, na certeza de que Nossa Mãe Ma-ria Santíssima nunca os abandonará e quepodem contar connosco.

vezes são obstáculos ao bom funciona-mento do casa. Despedimo-nos com umaoração e partilha. A Telma e o Emílio le-varam-nos ao aeroporto, embarcámos às2:00 horas, de sexta-feira, para regresso aPortugal.