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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE COORDENAÇÃO DAS POLÍTICAS ESTADUAIS DE TRANSPLANTES CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DIRETRIZES PARA AMBULATÓRIOS PRÉ- TRANSPLANTES E CENTROS TRANSPLANTADORES DE ÓRGÃOS NO PARANÁ 2015

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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE COORDENAÇÃO DAS POLÍTICAS ESTADUAIS DE TRANSPLANTES

CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES

DIRETRIZES PARA AMBULATÓRIOS PRÉ-TRANSPLANTES E CENTROS TRANSPLANTADORES

DE ÓRGÃOS NO PARANÁ

2015

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE/CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANA Rua Barão do Rio Branco, 465 – 1º Andar – Centro – Curitiba - CEP 80010-180 – Paraná - Fone: (41) 3304-1900 – Fax: (41) 3304-1909

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Beto Richa Governador do Paraná

Michele Caputo Neto Secretário de Estado da Saúde

Paulo Almeida Superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde

Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch Coordenadora das Políticas Estaduais de Transplantes e da Central Estadual de Transplantes

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ÍNDICE APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 04 DIRETRIZES .................................................................................................................................. 06 PARTE 1 – DO ACESSO E DA REGULAÇÃO

I) CENTROS TRANSPLANTADORES DE ÓRGÃOS NO PARANÁ ................................. 07

II) SISTEMA DE REGULAÇÃO ESTADUAL/MUNICIPAL ............................................. 07

III) FLUXOGRAMA DE ENCAMINHAMENTOS DE PACIENTES PARA AVALIAÇÃO NOS CENTROS TRANSPLANTADORES DE ÓRGÃOS (CTO) ....................................................... 09

PARTE 2 – DA AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DOS SERVIÇOS

I) SELO QUALIDADE EM TRANSPLANTES: PARANÁ PELA VIDA ............................... 10

II) PROTOCOLOS TÉCNICOS (FÍGADO, CORAÇÃO E RINS) ........................................ 12

RESULTADOS ESPERADOS ........................................................................................................... 12 INDICADORES ............................................................................................................................. 12 PARCERIAS .................................................................................................................................. 12 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 13 ANEXOS I) Protocolo Técnico de Encaminhamento para avaliação pré-transplante – Fígado................... 14 II) Protocolo Técnico de Encaminhamento para avaliação pré-transplante – Coração............... 15 III) Protocolo Técnico de Encaminhamento para avaliação pré-transplante - Rim ..................... 17 IV) RESOLUÇÃO GS N. 335/2014 .................................................................................................18

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APRESENTAÇÃO A Central Estadual de Transplantes do Paraná (CET/PR) foi criada em 1995 com os objetivos de regulamentar a procura, captação e a distribuição de órgãos e tecidos para transplante, aumentar a captação e o aproveitamento e assegurar a justiça na distribuição de órgãos e tecidos no âmbito estadual. A CET/PR, integrante da estrutura da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR), é vinculada administrativamente à Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde e tecnicamente ao Sistema Nacional de Transplantes/Ministério da Saúde (MS). O Sistema Estadual de Transplantes é coordenado pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, denominada no Paraná de Central Estadual de Transplantes, composta pelas Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos – OPO, que recebem a denominação de Comissões de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes -COPOTT’s. O Estado do Paraná possui COPOTT em Londrina, Maringá e Cascavel, formando em conjunto com os serviços credenciados o Sistema Estadual de Transplantes, que conta com o apoio permanente das associações de especialidades médicas envolvidas, dos serviços ambulatoriais, centros transplantadores e associações dos usuários. A CET/PR, cumprindo com as Diretrizes da Política Estadual de Transplante do Estado do Paraná, aprovada em 2011 pelo Conselho Estadual de Saúde do Paraná – CES/PR, tem atuado para a reorganização e otimização do Sistema Estadual de Transplantes (SET), visando o aperfeiçoamento da logística de procura de potenciais doadores e incentivo à ampliação da captação de órgãos. Para tanto, foram dotadas as seguintes estratégias:

• Publicação das Diretrizes para a Política Estadual de Transplantes; • Revisão de critérios para credenciamento e recredenciamento de serviços, de equipes

de transplantes e de órgãos e tecidos (2011); • Reforço ao funcionamento das Comissões de Procura de Órgãos e Tecidos para

Transplantes-COPOTT’s, como organizadoras da logística de procura de potenciais doadores e estímulo à ampliação da captação de órgãos (2011);

• Foco no aumento do número de transplantes (2012) com capacitação intensiva de equipes de serviços de captação de órgãos, tecidos, de transplantes e reestruturação da Central de Transplantes para apoio e suporte a Unidades de Terapia Intensiva-UTI’s e notificação de Morte Encefálica (ME);

• Intensificação da comunicação social sobre a importância da doação de órgãos.

Os avanços obtidos com os investimentos realizados no processo de reorganização dos serviços de transplante e do acesso aos mesmos podem ser demonstrados com os resultados abaixo:

• Aumento de 53% nas notificações de possível doador pelos diferentes serviços; • Aumento de 134% nas doações quando comparados os primeiros semestres de 2010 e

2013;

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• A realização proporcional de doações passou de 25% das notificações em 2010 para 39% em 2013;

• Incremento de 227% no quantitativo de órgãos transplantados, comparados os primeiros semestres de 2010 e 2013;

• Realização de 985 transplantes de córneas/ano, sendo que o número preconizado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos-ABTO (fim da fila) foi de 935;

• Maior aproximação com os prestadores de serviços, por intermédio da equipe de suporte da Central de Transplantes na abordagem familiar e consultoria à UTI’s na notificação de ME;

• Parceria com Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e ABTO em programas de capacitação.

A avaliação quantitativa é bastante expressiva deste esforço. Segue quadro que apresenta o crescimento no período de 2010 a 2013 do número de órgãos transplantados no Paraná: Quadro 1: Número de Órgãos Transplantados nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013 no Paraná.

ORGÃOS TRANSPLANTADOS 2010 2011 2012 2013

CORAÇÃO 15 18 26 23 *FIGADO 47 64 98 110

RINS 116 193 272 302 *PANCREAS 5 25 18 23

TOTAL 183 300 414 458 *Transplante de Fígado: No período de Janeiro a Dezembro 2012; dos 98 transplantes realizados, 05 foram conjugados (Fígado e Rim). No período de Janeiro a Dezembro 2013; dos 110 transplantes realizados, 04 foram conjugados (Fígado e Rim). *Transplante de Pâncreas: No período de Janeiro a Dezembro 2011; dos 25 transplantes realizados, 21 foram conjugados (Rim e Pâncreas). No período de Janeiro a Dezembro 2012; dos 18 transplantes realizados, 12 foram conjugados (Rim e Pâncreas). No período de Janeiro a Dezembro 2013; dos 23 transplantes realizados, 21 foram conjugados (Rim e Pâncreas) Fonte: CET-PR, 2013 Destaca-se que o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) tem estabelecido importantes diretrizes para organização e ampliação de serviços e com a publicação da Portaria GM nº 845, de 02 de maio de 2012, estabelece estratégia de qualificação e ampliação do acesso aos transplantes de órgãos sólidos e de medula óssea, por meio da criação de novos procedimentos e de custeio diferenciado para a realização de procedimentos de transplantes e processo de doação de órgãos1, apontando para a necessária qualificação e ampliação de acessos aos transplantes de órgãos sólidos e de medula óssea. Para continuar avançando com segurança, cumprindo com o estabelecido na referida portaria, a CET/PR organizou o Projeto “Paraná pela Vida: Excelência no Sistema Estadual de Transplantes”, aprovado por unanimidade na Comissão Intergestora Bipartite -CIB (Deliberação nº 377/2013), que, entre outras ações, institui diretrizes para a qualificação dos ambulatórios de avaliação pré-transplantes e Centros Transplantadores de Órgãos no âmbito estadual. Estas diretrizes estão organizadas para: 1) ampliar acesso via regulação e instituição de protocolos

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técnicos e 2) aumentar a qualidade dos serviços prestados com avaliações periódicas e validação dos mesmos com a concessão de selo de qualidade. DIRETRIZES Qualificar profissionais que atuam nos ambulatórios de avaliação pré-transplantes e nos

Centros Transplantadores nas áreas de fígado, rins, pâncreas, coração, córneas e medula óssea.

Realizar avaliação pré-transplante de acordo com protocolos técnicos, conforme Resolução GS nº 335/2014.

Cumprir com fluxos entre profissionais que avaliam o pré-transplante e os especialistas dos Centros Transplantadores.

Obter certificação por meio do “Selo de Qualidade em Transplantes: Paraná pela Vida”. Promover o crescimento do Sistema Estadual de Transplantes com ampliação do acesso

e aumento do número de transplantes.

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PARTE 1 – DO ACESSO E DA REGULAÇÃO

I) CENTROS TRANSPLANTADORES DE ÓRGÃOS NO PARANÁ Fígado • Hospital de Clínicas da UFPR • Hospital e Maternidade Angelina Caron • Hospital São Vicente de Curitiba • Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba • Hospital Infantil Pequeno Príncipe (Pediátrico) Coração • Hospital e Maternidade Angelina Caron • Hospital Infantil Pequeno Príncipe (Pediátrico) • Santa Casa de Curitiba • Santa Casa de Londrina • Policlínica de Pato Branco Rins Associação Beneficente Bom Samaritano (Hospital Santa Rita de Maringá) Hospital e Maternidade Angelina Caron Hospital Infantil Pequeno Príncipe (Pediátrico) Hospital Nossa Senhora da Salete de Cascavel Hospital São Vicente de Curitiba Hospital Evangélico Londrina Hospital Univ. Cajuru Curitiba Hospital Univ. Evangélico de Curitiba Santa Casa de Curitiba Santa Casa de Londrina Santa Casa de Maringá Policlínica de Pato Branco

II) SISTEMA DE REGULAÇÃO ESTADUAL/MUNICIPAL O sistema de regulação estadual e/ou municipal deverá organizar, disponibilizar e regular as vagas para atendimento dos pacientes, desde sua possível indicação até o pré e pós- transplante: A) Para a oferta de consultas, na perspectiva de inseri-las no sistema de regulação estadual e/ou municipal, estima-se a necessidade nas diferentes áreas, de vagas por serviço, conforme abaixo:

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Transplantes

preconizados /ano

N. de pacientes encaminhados ao sistema (total de consultas/ano)

Numero total de consultas a utilizar/ano e por mês/por serviço

Área de fígado 262 262 x 5 = 1.310 1.310/ 5 serviços = 262 consultas/serviço/ano ou cerca de 20 consultas/ mês/serviço

Área de coração 63 05 consultas/mês/por serviço Área de rins

626

12 consultas/mês por serviço (obs. lembrar que a portaria estabelece que para cada paciente em diálise o serviço deve oferecer 2 vezes o número em consultas especializadas a outros pacientes; e que há uma estimativa de 13 sessões de diálise/paciente cadastrados nos 39 serviços existentes no PR.

B) Para o fortalecimento da referência no Sistema Estadual de Transplantes, define-se a abrangência de atuação dos estabelecimentos de saúde, conforme Plano Diretor de Regionalização -PDR/CIB: TRANSPLANTE HEPÁTICO RS MUNICÍPIO ESTABELECIMENTO ABRANGÊNCIA

2ª Curitiba

Campina Grande do Sul

Hospital de Clínicas da UFPR Hospital e Maternidade Angelina Caron Hospital São Vicente de Curitiba Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba Hospital Infantil Pequeno Príncipe (Pediátrico) Sociedade Hospitalar Angelina Caron

Toda a população do estado Toda a população do estado

TRANSPLANTE CARDÍACO RS MUNICÍPIO ESTABELECIMENTO ABRANGÊNCIA

2ª Curitiba

Campina Grande do Sul

Santa Casa de Misericórdia de Curitiba Hospital Infantil Pequeno Príncipe Sociedade Hospitalar Angelina Caron

1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 21ª RS Toda a população do estado 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 21ª RS

7ª Pato Branco Policlínica Pato Branco 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 20ª RS 17ª Londrina Irmandade Santa Casa de Londrina 11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª RS *

16ª, 17ª, 18ª, 19ª e 22ª RS * * A população da Macro-Noroeste é atendida em Londrina e Curitiba.

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TRANSPLANTE RENAL RS MUNICÍPIO ESTABELECIMENTO ABRANGÊNCIA

2ª Curitiba

Campina Grande do Sul

Santa Casa de Misericórdia de Curitiba Hospital Universitário Evangélico de Curitiba Hospital Universitário Cajuru Hospital São Vicente Hospital Infantil Pequeno Príncipe Sociedade Hospitalar Angelina Caron

1ª e 2ª 3, 4ª, 5ª, 6ª e 21ª RS Toda a população do estado 1ª e 2ª 3, 4ª, 5ª, 6ª e 21ª RS

Pato Branco Policlínica Pato Branco

10ª Cascavel Clínica Médica Nossa Senhora da Salete

7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 20ª RS

15ª Maringá Associação Beneficente Bom Samaritano Irmandade da Santa Casa de Maringá

11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 15ª RS

17a Londrina Santa Casa de Londrina Hospital Evangélico de Londrina

16ª, 17ª, 18ª, 19ª, e 22ª RS

III) FLUXOGRAMA, conforme figura 1, de encaminhamentos de pacientes para avaliação nos Centros Transplantadores de Órgãos (CTO) do Sistema Estadual de Transplantes. Figura 1 – Fluxograma para encaminhamentos de pacientes para avaliação nos CTO.

Atenção Básica

Ambulatório de Especialidade (avaliação clínica e exames - verificação e preenchimento de quesitos do protocolo técnico)

Indicação de transplante Sem indicação transplante

Ambulatório pré-transplante (protocolo técnico de habilitação para o transplante)

SIG/CNCDO Serviço de origem (atenção básica ou ambulatório de especialidade)

Gestor municipal ou estadual/Regional de Saúde (RS) para agendamento de consulta de avaliação pré-transplante via sistema de regulação existente

PACIENTE

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PARTE 2 – DA AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DOS SERVIÇOS

I) SELO “QUALIDADE EM TRANSPLANTES: PARANÁ PELA VIDA” A partir de critérios de qualidade, visando o aperfeiçoamento dos serviços e a excelência nos procedimentos de transplantes, serão avaliados e validados os Centros Transplantadores de Órgãos. Salienta-se que os critérios estaduais podem, em uma segunda fase, ser utilizados de forma complementar as categorias de complexidade estabelecidas pelo Sistema Nacional de Transplantes- SNT/Ministério de Saúde, nos níveis A,B,C e D, a saber:

CRITÉRIOS DE QUALIDADE SNT (COMPLEXIDADE E VOLUME DE TX)

NÍVEIS SELO DE QUALIDADE EM TRANSPLANTES PARANÁ

Nível I

Nível II

Nível A

Estabelecimentos de saúde autorizados para 4 (quatro) ou mais tipos de transplantes de órgãos sólidos ou autorizados para pelo menos 1 (um) tipo de transplante de órgão sólido e para transplante de medula óssea alogênico não aparentado. Mínimo de 3 (três) transplantes por milhão de população brasileira, por ano, mesmo que de apenas um órgão sólido (rim, fígado, pulmão ou coração).

Nível III

Nível I –básico Nível II

Nível B Estabelecimentos de saúde autorizados para 3 (três) tipos de transplantes de órgãos sólidos. Nível III

Nível I –básico Nível II

Nível C Estabelecimentos de saúde autorizados para 2 (dois) tipos de transplantes de órgãos sólidos ou para pelo menos 1 (um) tipo de transplante de órgão sólido e transplante de medula óssea alogênico aparentado.

Nível III

Nível I –básico Nível II

Nível D Estabelecimentos de saúde autorizados para 1 (um) tipo de transplante de órgão sólido. Nível III

Com a metodologia de utilização do instrumento de certificação e validação de Centros Transplantadores de Órgãos, com o “Selo Qualidade em Transplantes: Paraná pela Vida”, organizado em níveis básico, intermediário e avançado, será incluída a utilização de indicadores pré-selecionados, a saber:

NÍVEIS DO SELO DE QUALIDADE EM TRANSPLANTES PARA CENTROS TRANSPLANTADORES

Nível básico de controle de qualidade – SELO BÁSICO

Todos os protocolos técnicos ativos, incluindo o de intercorrências clínicas; Ambulatório pré-transplante e pós-transplante estabelecido e ativo com equipe

multidisciplinar;

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Programa de capacitação periódica para equipes; Oferta mínima de consultas e transplantes/ano – pactuado com cada serviço; Avaliação de resultados: registro inicial de dados para construção dos

indicadores selecionados; Todos os requisitos instituídos por portarias.

Nível intermediário ou de implantação de melhores práticas de qualidade - SELO INTERMEDIÁRIO

Nível básico acrescido de avaliação de resultados (indicadores quantitativos):

Indicador 1 – Percentual de consultas pré-transplantes META: aumento nas consultas pré-transplante em relação ao ano anterior.

Indicador 2 – Número de transplantes frente ao preconizado ABTO. META: aumento (em percentual) no número de transplantes/ano X preconizado ABTO em relação ao ano anterior.

Indicador 3 – Número de transplantes por milhão de população, por órgão, no ano anterior ao do relatório. META: aumentar número absoluto de transplantes/milhão em relação ao ano anterior.

Nível de excelência - SELO AVANÇADO

Nível básico + alcance de metas nível intermediário, acrescido de indicador qualitativo: Indicador – sobrevida de paciente ao transplante. Meta: aumento sobre situação do ano anterior.

Para valorização do desempenho dos Centros Transplantadores de Órgãos poderão ser realizados eventos de entrega da certificação e publicação de resultados.

Os Centros Transplantadores de Órgãos para manter os critérios da habilitação serão monitorados e validados anualmente pela Central Estadual de Transplantes, enviando à mesma relatório padrão com informações sobre:

• cumprimento de todos os requisitos instituídos por portarias, resoluções e outros instrumentos legais;

• utilização dos protocolos técnicos e operacionais ativos, incluindo os de intercorrências clínicas;

• manutenção de ambulatório pré-transplante e pós-transplante ativo com equipe multidisciplinar;

• realização de programa interno de capacitação permanente para equipes; • avaliação de resultados com o registro inicial de dados para construção dos indicadores

selecionados; de consultas e transplantes, conforme contratado; oferta mínima de transplantes/ano (pactuado por serviço);

• realização de encaminhamentos no procedimento de vistoria/avaliação dos serviços, e estabelecimento da pactuação de resultados para o ano seguinte; e apresentação anual na CIB as metas pactuadas x realizadas.

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II) IMPLANTAR OS PROTOCOLOS TÉCNICOS PARA AS ÁREAS DE FÍGADO, CORAÇÃO E RINS, CONFORME RESOLUÇÃO GS N.º 335/2014 (ANEXA).

RESULTADOS ESPERADOS Aproximação dos sistemas de especialidades e de transplantes por intermédio de

protocolos técnicos de avaliação pré-transplante e de fluxos de encaminhamento de pacientes;

Confirmação de capacitações permanentes promovidas pelos Centros Transplantadores para seus profissionais com ênfase nas especialidades que encaminham ao Sistema Estadual de Transplantes;

Validação dos serviços instituídos e vistoria para atualização do credenciamento/habilitação;

Estabelecimento de parâmetros e indicadores de resultados desejados para monitoramento e avaliação dos serviços com ênfase no acesso ao sistema e à qualidade;

Publicização periódica de resultados. INDICADORES Número de acessos ao Sistema Estadual de Transplantes; Número de Serviços Transplantadores envolvidos; Número de transplantes realizados;

Número de transplantes por usuários nas 22 Regionais de Saúde;

Número de serviços certificados.

PARCERIAS Ministério da Saúde Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos - ABTO Sociedade de Terapia Intensiva - SOTIPA Associação de Medicina Intensiva Brasileira – AMIB Conselho Federal de Medicina - CFM Conselho Estadual de Saúde – CES/PR Conselho Nacional dos Secretários de Saúde – CONASS Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde – CONASEMS

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REFERÊNCIAS

1. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Gabinete do Ministro. Portaria nº 845, de 02 de maio de 2012, www.bvsms.saude.gov.br

2. ABTO. Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Registro Brasileiro de Transplantes -RBT. Dimensionamento dos Transplantes no Brasil e em cada estado. SP, 2013.

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Anexo I FONTE: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE HEPATOLOGIA,2013 Anexo II - Protocolo Técnico – Coração

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO PARA AVALIAÇÃO PRÉ-TRANSPLANTE - FÍGADO Para encaminhamento de pacientes oriundos da assistência municipal ou regional para consulta de avaliação inicial nos centros transplantadores de fígado, o paciente deverá apresentar evidência clínica e/ou exames complementares de doença hepática crônica descompensada e/ou doença hepática crônica com risco iminente de descompensação e/ou complicada por hepatocarcinoma, comprovando os itens abaixo: DADOS DO PACIENTE

Nome:

Data Nasc.: RG: CPF:

Nome da mãe:

Endereço: Nº:

Cidade: CEP: UF:

1. AVALIAÇÃO CLÍNICA CONSTATANDO HEPATOPATIA CRÔNICA/CIRROSE Sim Não Não há

dados A. Histórico de ascite. B. Histórico de encefalopatia hepática C. Histórico de sangramento digestivo por Varizes de esôfago ou estômago. D. Nódulo hepático suspeito de tumor hepático (Hepatocarcinoma). E. Dados para cálculo MELD score Creatinina (mg/dL): RNI: Bilirrubinas totais (mg/dL): Sódio:

2. EXAMES COMPLEMENTARES: Resultado

A. Ecografia de abdome B. RNM abdome C. TAC abdome

3. OUTRAS SITUAÇÕES: A. Cirrose por HCV com risco de descompensação durante o tratamento anti-viral (avaliação pré-tratamento):

B. Doença hepática crônica complicada por prurido intratável:

C. Outro Fonte: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE HEPATOLOGIA, 2013 De posse destes registros, a CENTRAL DE REGULAÇÃO disponibiliza ao serviço básico ou especializado de saúde, municipal ou regional a consulta do paciente solicitante no Centro Transplantador. Serviço de origem:____________________________________________________________________________ Médico: ______________________________________________________________________________________ Data: ___ / ___ / ______

____________________________________

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Anexo II

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO PARA AVALIAÇÃO PRÉ-TRANSPLANTE - CORAÇÃO Para encaminhamento de pacientes oriundos da assistência municipal ou regional para consulta de avaliação inicial nos centros transplantadores de CORAÇÃO, o paciente deverá apresentar evidência clínica e/ ou exames complementares de Insuficiência Cardíaca comprovada, pelo que se deverá marcar com X e comprovar os itens abaixo: DADOS DO PACIENTE

Nome:

Data Nasc.: RG: CPF: Nome da mãe: Endereço: Nº: Cidade: CEP: UF:

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE ETIOLOGIA: Isquêmica Chagásica Etílica Hipertensiva Idiopática Outras

AVALIAÇÃO CLÍNICA CONSTATANDO ALGUMA DAS SITUAÇÕES ABAIXO: Dispneia aos pequenos esforços apesar de medicação para ICC (Anexo I) otimizada Sinais de fadiga, baixo débito ao esforço Edema de MMII e /ou ascite refratária ao tratamento Angina refratária ao tratamento e sem possibilidade de tratamento invasivo ou cirurgia Taquicardia ventricular refratária

TIPO DE EXAME DE IMAGEM UTILIZADO ECOGRAFIA Outros

RESULTADOS DO EXAME DE IMAGEM: A) FEVE < ou = 35% B) Dilatação de VE C) Dilatação de VD D) PSAP > 40 mm hg

OUTROS EXAMES: ECG de repouso RX de tórax (PA e perfil) Cateterismo cardíaco para estudo de coronárias (se possível) Ecografia abdominal (se possível)

TIPO DE EXAMES LABORATORIAIS: Hemograma Uréia Sódio Creatinina Potássio TGO Colesterol Total TGP HDL TSH Triglicerídeos Sorologia para Sífilis Sorologia para Chagas (IgG e IgM) Sorologia para HIV

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OBSERVAÇÕES:

1. Na definição do encaminhamento à lista de transplante, o serviço transplantador acrescenta critérios, tais como: Cate com medidas de pressão invasivas e teste de reatividade Pulmonar (IC < 2,0 e pressão pulmonar <4 w) e Teste ergoespirométrico (VO2 <12);

2. APÓS INSTAURAÇÃO DO TRATAMENTO, ENCAMINHAR PARA EQUIPE DE TRANSPLANTE QUANDO: 2.1 Apesar da terapêutica ainda permanecer em classe funcional III/IV persistente; 2.2 Doença isquêmica com angina refratária sem possibilidade de revascularização; 2.3 Arritmia ventricular refratária.

De posse destes registros, a CENTRAL DE REGULAÇÃO disponibiliza ao serviço básico ou especializado de saúde, municipal ou regional a consulta do paciente solicitante no Centro Transplantador.

Serviço de origem:_______________________________________________________________ Médico: ________________________________________________________________________ Data: ___ / ___ / ______

______________________________________

Carimbo e Assinatura

ANEXO I

Recomendações para tratamento farmacológico de pacientes ambulatoriais com IC compensada candidatos ao transplante cardíaco segundo a II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco:

1. Uso de IECA (preferencial) ou BRA para todos os pacientes (independente da etiologia) com FEVE <45% , nas doses máximas da droga ou máximas toleradas;

2. Uso de Beta bloquadores com estudos que demonstraram efetividade em IC (Carvedilol, succinato metoprolol, bisoprolol ) nas doses máximas da droga ou máximas toleradas;

3. Uso da Combinação de nitrato e hidralazina em pacientes com FEVE baixa e com contra-indicações aos IECA ou BRA , como substitutivo;

4. Uso da Combinação de nitrato e hidralazina em pacientes com FEVE baixa e afrodescendentes como acréscimo a terapia com IECA ou BRA, para pcte sintomáticos apesar da terapia otimizada com os mesmos;

5. Uso de Diuréticos de alça nas doses necessárias para estabelecer o balanço hídrico adequado; 6. Uso de espironolactona em pactes com FEVE <45% e isquêmicos e nos pacientes com miocardiopatia

dilatada não isquêmica nos pacientes em classe funcional II,III, IV; 7. Uso de digital em pacientes com IC com FEVE <45% e sintomáticos apesar de toda terapêutica acima

mencionada.

Consultoria: Dra. Lídia Zytynski Moura, M.D., Ph.D., Coordenadora do Curso de Medicina e professora de cardiologia, PUC-PR, 2013.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE/CENTRAL ESTADUAL DE TRANSPLANTES DO PARANA Rua Barão do Rio Branco, 465 – 1º Andar – Centro – Curitiba - CEP 80010-180 – Paraná - Fone: (41) 3304-1900 – Fax: (41) 3304-1909

www.saude.pr.gov.br / e-mail: [email protected] 17

Anexo III CONSULTORIA: DRA. MARTA BOGGER - Vice-presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO PARA AVALIAÇÃO PRÉ-TRANSPLANTE - RIM Para encaminhamento de pacientes oriundos da assistência municipal ou regional para consulta de avaliação inicial nos centros transplantadores de RINS, o paciente deverá apresentar evidencia clinica e/ ou exames complementares de Insuficiência RENAL CRÔNICA comprovada, pelo que se deverá comprovar os itens abaixo: DADOS DO PACIENTE

Nome: Data Nasc.: RG: CPF: Nome da mãe:

Endereço: Nº: Cidade: CEP: UF:

INSUFICIÊNCIA RENAL CRONICA, COM ALGUMAS DAS SITUAÇÕES ABAIXO (Portaria 2600/09, art. 32)

SIM NÃO I - está realizando alguma das modalidades de terapia renal substitutiva; II - apresenta depuração da creatinina endógena menor que 10 ml/min/m2; III- idade inferior a 18 anos e apresenta depuração da creatinina endógena menor que 15 mL/min/m2

IV – é diabético em tratamento conservador e apresentem depuração da creatinina endógena menor que 15 mL/min/m2

AVALIAÇÃO CLINICA GERAL: SIM NÃO OBSERVAÇÃO

1. AVALIAÇÃO CARDIOLOGICA COM: RISCO CIRURGICO ECG

2. EXAMES DE DETECÇÃO DE CA (ATENÇÃO BASICA): MAMOGRAFIA (protocolo M.S.)

PAPANICOLAU (protocolo M.S.) PSA (homens >40anos c/ fator de risco ou > 50 anos)

RESULTADOS DE EXAMES (Portaria 2600/09):

Exames Resultado Sorologias Resultado Sorologias Resultado Dosagem de sódio HIV IgM Dosagem de potássio HTLV I e II Chagas IgG Creatinina HbsAg IgM Ureia Anti-Hbc Citomegalovírus IgG ABO e RH Anti-Hbs VDRL TSH Anti-HCV Hemograma Glicemia

OUTROS EXAMES ESPECÍFICOS:

Consultoria: SOCIEDADE PARANAENSE DE NEFROLOGIA, 2013.

De posse destes registros, a CENTRAL DE REGULAÇÃO disponibiliza ao serviço básico ou especializado de saúde, municipal ou regional a consulta do paciente solicitante no Centro Transplantador. Serviço de origem:____________________________________________________________________________ Médico: ______________________________________________________________________________________ Data: ___ / ___ / ______ ____________________________________ Carimbo e Assinatura