direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico aula-00 aula demo proc trabalho trtrj 19196 (1)

Upload: simone-dias-cruz

Post on 04-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    1/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 29

    1. O PROFESSOR

    Ol, prezado aluno! com grande satisfao que aceitei o convite do

    pessoal do Estratgia Concursos para ministrar este Curso de Noes de

    Processo do Trabalho (teoria e questes), para a carreira de Tcnico Judiciriodo Tribunal Superior do Trabalho.

    Meu nome Eduardo de Oliveira Campos, sou natural de Goinia/GO.

    Formado em Direito pela PUC-GO, em 2003, Especialista em Direito Privado

    pela FESURV-GO, em 2005, e em Direito Tributrio pela UCB-DF, em 2006.

    Advogado militante nas reas cvel e trabalhista de 2004 a 2009. Atualmente

    sou Analista Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho da 18 Regio (Gois).

    Sou professor desde 2007, quando ingressei na Universidade Federal de Gois

    (UFG), como professor substituto de Prtica Jurdica, reas Cvel e Trabalhista,

    e de Direito e Processo do Trabalho, e na PUC-GO, como professor horista de

    Direito Comercial, Processo Civil e Processo do Trabalho. Cheguei a lecionar

    em Cursinhos Preparatrios para Concurso de Goinia, como o Tese e o

    Carlos Andr, sempre com a disciplina Processo do Trabalho.

    O primeiro concurso para o qual fui aprovado e convocado foi para

    Escriturrio do Banco do Brasil, em 2002. No assumi, porque estava me

    AULA 00: Da Justia do Trabalho na

    Constituio Federal organizao e

    competncia

    SUMRIO PGINA1. O PROFESSOR 12. O CONCURSO E O CURSO 23. CRONOGRAMA 34. AULA INAUGURAL Da Justia do Trabalho naConstituio Federal organizao e competncia 4

    5. QUESTES DECONCURSOS/GABARITO/COMENTRIOS 23

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    2/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 29

    formando e fui chamado para uma cidade a 300 km de Goinia (mas como me

    arrependo disso!). Depois de um tempo na advocacia, sofrendo com a

    instabilidade e a concorrncia do mercado, resolvi voltar a estudar para

    concursos em 2006. No mesmo ano, fui aprovado para Tcnico Judicirio doTribunal Regional Federal da 1 Regio, mas no cheguei a ser convocado.

    Aps, passei a estudar para os concursos na rea trabalhista, inclusive

    magistratura, pois sempre me identifiquei com essa matria. Fui aprovado

    para Advogado do Conselho Regional de Medicina, em 2008, em 2 lugar. Em

    2009, tambm em 2 lugar, fui aprovado para Advogado Trabalhista da

    Agncia Brasileira de Exportao (APEX). Nesse ano, tambm fui aprovado

    para o cargo de Analista Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho da 5Regio (Bahia) e para o cargo de Analista Judicirio do Tribunal Regional do

    Trabalho da 15 Regio (Campinas). Hoje estou redistribudo para o TRT da

    18 Regio (Gois), minha terra natal. Tenho absoluta certeza de que prestar

    concursos pblicos foi a melhor deciso que tomei em minha vida!

    2. O CONCURSO E O CURSO

    A demanda de servidores na Justia Trabalhista muito grande, dado o

    aumento de reclamatrias trabalhistas ajuizadas nesta esfera do Judicirio,

    principalmente aps a Emenda Constitucional 45/2004, a qual ampliou a

    competncia desta Justia Especializada. Alm disso, diversos projetos de lei

    esto em tramitao no Congresso Nacional, visando criao de cargos para

    os Tribunais do Trabalho, o que vem permitindo a realizao de concursos no

    Brasil todo, espalhados nos 24 Regionais do Trabalho.

    A validade dos concursos para servidores de TRT e do TST de quatro

    anos, em geral. Assim, em 2013, com certeza, sero abertos novos concursos,

    especialmente para os regionais que tiveram concursos em 2008 ou 2009,

    como Paran, Gois, Bahia e So Paulo.

    Porm, o nosso enfoque aqui o concurso para o TRT da 1

    Regio! As ementas do edital para Analista e Tcnico Judicirio, na

    nossa disciplina, so diferenciadas, por isso lanaremos dois cursos

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    3/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 29

    distintos. Penso que investir em cursos para os TRTs e para o TST uma

    grande oportunidade de contribuir com aqueles que pretendem uma carreira

    bem remunerada, com estabilidade, excelente ambiente de trabalho, timas

    instalaes e, o melhor, aplicando Justia para o povo brasileiro e fortalecendoo Poder Judicirio, o que gratificante!

    Tratando especificamente deste nosso curso de Noes de Processo do

    Trabalho para Tcnico Judicirio, teremos como pblico alvo pessoas que

    nunca tiveram contato com Direito, por isso elaborarei um curso com

    linguagem bem fcil e acessvel, pois pessoas at de nvel mdio podem

    prestar o concurso.

    Os analistas e tcnicos judicirios formados em Direito podem assumirfunes como assistente de juzes ou de desembargadores, que um trabalho

    muito interessante, especialmente do ponto de vista financeiro, j que existe

    uma gratificao bastante atrativa (at dois mil reais).

    Ento, pensamos em um curso com uma linguagem bem fcil, sem

    desmerecer, claro, o cuidado tcnico e legalista que a matria demanda, ou

    seja, sempre bom o aluno acompanhar a aula com a CLT (Consolidao das

    Leis do Trabalho) e a CF (Constituio Federal) em mos, alm das Smulas

    do TST (Tribunal Superior do Trabalho).

    O curso se resumir em 2 (duas) aulas, j que a ementa do edital bem

    concisa na nossa disciplina. O curso conter a teoria e resoluo de questes

    pertinentes ao assunto.

    A seguir, o CRONOGRAMA do nosso curso de Noes de Processo do

    Trabalho, alm de uma aula inaugural e a resoluo de questes de provas

    recentes relativas ao assunto abordado.

    3. CRONOGRAMA

    AULA 00 Da Justia do Trabalho na Constituio Federal organizao

    e competncia.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    4/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 29

    AULA 01 DIA 30/11/12 Fontes do Direito Processual do Trabalho.

    Do processo judicirio dos princpios do processo trabalhista e da aplicao

    subsidiria do CPC. Da competncia da Justia do Trabalho na CLT. Das Varas

    do Trabalho das secretarias das Varas, dos distribuidores e dos oficiais dejustia.

    AULA 02 15/12/12 Dos recursos trabalhistas.

    4. AULA INAUGURAL DA JUSTIA DO TRABALHO NACONSTITUIO FEDERAL ORGANIZAO E COMPETNCIA

    Antes de adentrarmos especificamente no tema desta aula inaugural,

    necessrio esclarecer o porqu de estudarmos Direito Processual e, no nosso

    caso, Direito Processual do Trabalho.

    Voc que nunca teve contato com leis, no sabe nem o que processo,

    no sabe nem qual faculdade vai cursar, mas j tem interesse em concursos

    pblicos, precisa ter em mente qual a finalidade de se estudar Processo. E

    voc que vai prestar para analista, bom sempre relembrar teoria geral.

    Assim, vamos a alguns conceitos bsicos, que vo nos ajudar a

    compreender o incio do nosso estudo. Por isso, quero que voc leia os

    prximos pargrafos com bastante ateno e seguindo um raciocnio lgico.

    Primeiro, o que direito? Ou o que Direito (com a inicial maiscula)?

    O homem , antes de mais nada, um animal racional e de convvio

    social, comunitrio (no estamos aqui, falando de eremitas, que optam por ter

    uma vida alheia aos acontecimentos do mundo).

    Nessa condio, e por viver em uma sociedade organizada, o homem

    estabelece normas (regras e princpios), para que haja um equilbrio entre os

    diversos interesses envolvidos na comunidade.

    E aqui que nasce a ideia de direito (com letra minscula). O direito

    nada mais do que um interesse normatizado. Por exemplo, voc no pode

    construir um muro na sua casa que invada o lote do vizinho, porque voc no

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    5/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 29

    tem esse direito. Voc pode ter o interesse de construir ali, mas no tem esse

    direito. J o seu vizinho tem o direito de no ter sua propriedade violada.

    Por conseguinte, surge a ideia de Direito (com a inicial maiscula). O

    Direito a cincia que estuda as normas, isto , as regras que criam eexcluem direitos aos seres humanos, ou seja, a cincia que estuda quem tem

    ou no tem direito de ver seu interesse realizado.

    Vemos, portanto, que interesse todo mundo tem, so vontades inerentes

    ao ser humano. S que nem todos interesses chegam a ser realizados, pois

    nem todos so direitos. E o Direito a cincia que estuda a regulamentao

    desses direitos (interesses normatizados).

    Ficou claro? Espero que sim. O exemplo da construo na casa do vizinhoconfigura bem o que eu quis dizer.

    A vem a ideia de justia (com letra minscula) e Justia (com inicial

    maiscula). A primeira o objetivo maior da cincia do Direito, ao tentar

    equilibrar os conflitos de interesse dos homens. J a Justia, com a inicial

    maiscula, o rgo, o Poder Judicirio, em que se resolvem esses conflitos

    de interesse.

    O conflito de interesses, por sua vez, ao chegar Justia, isto , ao

    Poder Judicirio, recebe a denominao de lide. E para se chegar (ou tentar

    chegar) uma resoluo justa (justia) dessa lide, preciso ser proferida uma

    sentena. Para o conjunto de atos subseqentes e lgicos que vo desde o

    ajuizamento da ao at a sentena d-se o nome de processo.

    Agora j temos base para diferenciarmos direito material e direito

    processual, ou, em linguagem mais tcnica, direito substantivo e direito

    adjetivo. Direito material aquele que normatiza um interesse, uma vontade,

    um querer ser, um poder ser. J o direito processual uma norma que

    regulamenta um processo, isto , a via de resoluo de uma lide (conflito de

    interesses) no Poder Judicirio.

    Por exemplo. Vamos diferenciar direito material do trabalho e direito

    processual do trabalho. Um empregado, ao ser dispensado de uma empresa,

    tem o direito (material) de receber suas verbas rescisrias, enquanto que o

    empregador tem o dever de pag-las. Caso o empregador no cumpra com

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    6/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 29

    seu dever, o empregado tem seu direito violado, e assim dever buscar

    satisfaz-lo na Justia do Trabalho, rgo do Poder Judicirio especializado

    para processar e julgar esse tipo de lide (conflito de interesses). A realizao

    de uma audincia na Justia do Trabalho um exemplo de um ato relativo aodireito processual do trabalho.

    Ah, professor, ento agora entendi! Aqui no seu curso vamos estudar

    como se desenvolve um processo na Justia do Trabalho, desde seus

    princpios, organizao, competncia e resoluo de lides.

    Isso mesmo!

    J na matria Direito Material do Trabalho, ou simplesmente chamada

    Direito do Trabalho, voc vai estudar aviso prvio, FGTS, jornada de trabalho,verbas rescisrias, contrato de trabalho, terceirizao, etc, direitos do

    trabalhador em si.

    Enquanto isso, nosso curso vai estudar como esses direitos materiais

    chegam a ser satisfeitos ao trabalhador (ou ao empregador) aps um processo

    na Justia do Trabalho, ou seja, como eles chegam a se realizar.

    O Direito Processual do Trabalho, nossa matria, possui trs fontes

    bsicas de estudo.

    A primeira delas a Constituio Federal de 1988, que a principal lei

    do Direito brasileiro. A Justia do Trabalho tem previso constitucional

    especialmente nos artigos 111 a 116, alm de um ou outro que lembraremos

    aqui durante o curso.

    A segunda, e mais cobrada no nosso concurso, a Consolidao das Leis

    do Trabalho, a famosa CLT, Decreto-lei n 5.452, de 1943. De linguagem

    antiquada, mas ainda vigente, o estudo da CLT merece ateno especial,

    porque demanda uma adequao de seu texto s novas disposies

    constitucionais, legais e jurisprudenciais.

    A terceira fonte, menos cobrada em nosso concurso, o Cdigo de

    Processo Civil, o no menos famoso CPC. Esta lei tem aplicao subsidiria

    CLT, isto , naquilo que a CLT for omissa, aplica-se o CPC (falaremos melhor

    disso no momento oportuno).

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    7/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 29

    Nesta aula inaugural, vamos analisar os artigos da Constituio Federal

    que regulamentam e norteiam a Justia do Trabalho, especialmente sobre sua

    organizao e competncia.

    Tentaremos ao mximo evitar o texto de lei em si, para que voc estudeprimeiro, entenda a mensagem, e depois faa a leitura da lei ou da

    Constituio, absorvendo o contedo de maneira mais tranqila.

    Ou, dependendo do caso, citaremos o dispositivo legal e explicaremos

    em seguida.

    Professor, preciso decorar a Constituio Federal, a CLT e o CPC, em

    todos os assuntos que voc mencionar no curso?

    Olha, se voc conseguir isso, confesso que voc tem que ir paraHollywood, para trabalhar como ator de cinema, que decora laudas e laudas de

    falas de filme, e fica milionrio.

    No vou negar que bom voc fixar bem os textos de lei, at porque

    bancas de concurso, como a FCC (Fundao Carlos Chagas), cobram bastante

    decoreba.

    Mas a nossa inteno aqui no de treinar voc a decorar a lei, ou de

    estimul-lo a isso. O nosso propsito ensinar voc a raciocinar o Direito,

    como uma matria eminentemente lgica.

    A minha inteno , portanto, explicar o contedo, para que voc possa

    entender o texto da lei com mais facilidade. A, se voc esqueceu o que

    decorou na hora da prova, com um simples raciocnio lgico e com a

    memorizao das aulas (teoria e resoluo de questes), sua lembrana

    refrescada automaticamente, o que lhe dar mais segurana no dia do

    concurso.

    Quem s decora tem muito mais risco de esquecer na hora, dar o famoso

    branco, at mesmo porque voc tem vrias outras matrias pra estudar. J

    quem entende o contedo, comparando as leis, reforando o estudo com a

    teoria, tem muito mais capacidade para resolver as questes que parecem que

    sumiram da sua cabea.

    Vamos passar para nossa aula inaugural ento. Beba bastante gua

    durante a leitura, porque voc deve estar seco por conhecimento, o que

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    8/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 29

    muito bom. Se sua leitura j chegou at aqui, porque voc tem interesse em

    assumir o cargo de Analista ou Tcnico Judicirio do TRT, pelas diversas razes

    que j enumerei acima.

    Outra dica: nunca leia com sono. Voc no apreende nada, e s fica commais sono. Estude depois de dormir bem. O corpo cansado implica mente

    preguiosa.

    Vamos l! Mos obra, porque nossa prova dia 27, e sua vaga est

    esperando por sua aprovao!

    a) rgos da Justia do Trabalho

    Pessoal, a Justia do Trabalho uma ramificao do Poder Judicirio da

    Unio, tambm chamada de uma Justia Especializada. A Justia Comum da

    Unio a Justia Federal, enquanto que as Especializadas so a do Trabalho, a

    Eleitoral e a Militar.

    Ora, se uma ramificao do Poder Judicirio da Unio, seus servidores

    e Juzes so remunerados pela Unio, so servidores pblicos federais, regidos

    pela Lei 8.112/90 (o que torna esse concurso ainda mais atrativo: os salrios

    no atrasam e so maiores do que os da Justia Estadual).

    A Justia do trabalho composta por trs rgos, segundo o texto

    constitucional:

    # Tribunal Superior do Trabalho (TST)

    # Tribunais Regionais do Trabalho (TRT)

    # Juzes do Trabalho

    a.1) TST

    O TST o principal rgo da Justia do Trabalho, a ltima cpula desta

    Justia Especializada. composto por Ministros, assim como o STF e o STJ.

    responsvel, a grosso modo, pela anlise da ltima instncia dos recursos

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    9/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 29

    trabalhistas, isto , a ltima tentativa da parte perdedora tentar rever a

    sentena de primeiro grau. Tem sede em Braslia.

    A Constituio Federal ensina que o TST composto por 27 Ministros.

    Muito cuidado, isso sempre cobrado em provas, porque a CLT, de texto maisantigo, fala em apenas 17 Ministros. Mas o que vale a Constituio!

    Pois bem.

    Esses Ministros (27) so escolhidos entre brasileiros, natos ou

    naturalizados, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, nomeados

    pelo Presidente da Repblica, aps aprovao da maioria absoluta do Senado

    Federal.

    Veja como lgico, se uma Justia da Unio, o Presidente da

    Repblica quem nomeia!

    A Constituio ainda estabelece que a escolha dos vinte e sete Ministrossegue um critrio, dividindo-os em duas categorias:

    a) os de carreira, escolhidos entre Juzes do TRT (ateno aqui: juiz

    do TRT DESEMBARGADOR) do Brasil todo, indicados pelo prprio TST,

    que comporo 4/5 do quadro de Ministros;

    b) e os oriundos do chamado quinto constitucional, isto , 1/5 do TST

    composto por advogados ou membros do Ministrio Pblico do Trabalho.

    Trs observaes interessantes:

    Primeiro: Juiz do Trabalho, para chegar a ser Ministro do TST, tem que

    se tornar Desembargador de TRT antes, o que a Constituio chama de Juiz

    de Tribunal Regional.

    Segundo: advogado, para chegar a ser Ministro do TST, deve ter notrio

    saber jurdico e reputao ilibada, com mais de 10 (dez) anos de efetiva

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    10/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 29

    atividade profissional, indicado em lista sxtupla pela OAB (Ordem dos

    Advogados do Brasi).

    Terceiro: membro do Ministrio Pblico do Trabalho, para chegar a ser

    Ministro do TST, tem que contar como dez anos de efetivo exerccio, indicadoem lista sxtupla pelo MPT.

    Olha que interessante... ter notrio saber jurdico e reputao ilibada no

    critrio para Juiz ou membro do MPT para chegar a ser Ministro, mas para

    advogado sim... engraado, n? E a prpria Constituio prega a igualdade de

    tratamento entre as carreiras... fica a reflexo.

    Por fim, quanto ao TST, a Constituio Federal prev que funcionaro,

    junto ao Tribunal, a Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento de

    Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funes, regulamentar os

    cursos oficiais para o ingresso e promoo na carreira; e o Conselho Superior

    da Justia do Trabalho (CSJT), cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a

    superviso administrativa, oramentria, financeira e patrimonial da Justia do

    Trabalho de primeiro e segundo graus, como rgo central do sistema, cujas

    decises tero efeito vinculante.

    Esses dois so rgos essencialmente administrativos, que auxiliam o

    TST nas atividades extra-judiciais, ou seja, fora do exerccio do Poder

    Judicirio em si.

    Muito cuidado: esses dois rgos NO so rgos da Justia do

    Trabalho, mas sim funcionam junto ao TST. Examinador gosta de colocar isso

    na prova, mas no caia nesse pegadinha!

    a.2) os TRTs

    J os TRT so a chamada segunda instncia, compostos por

    Desembargadores Federais do Trabalho, responsveis pela anlise recursal

    primria das sentenas dos Juzes, via de regra. Existem, no Brasil, 24 (vinte e

    quatro) Tribunais Regionais do Trabalho, divididos por regio (e no por

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    11/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 29

    estado!) cuidado com isso, nem todo estado tem seu prprio e exclusivo

    TRT, e tem estado que tem 2 TRTs. So eles:

    TRT da 1 Regio Rio de JaneiroTRT da 2 Regio So Paulo (grande So Paulo e baixada santista)

    TRT da 3 Regio Minas Gerais

    TRT da 4 Regio Rio Grande do Sul

    TRT da 5 Regio Bahia

    TRT da 6 Regio Pernambuco

    TRT da 7 Regio Cear

    TRT da 8 Regio Par e AmapTRT da 9 Regio Paran

    TRT da 10 Regio DF e Tocantins

    TRT da 11 Regio Amazonas e Roraima

    TRT da 12 Regio Santa Catarina

    TRT da 13 Regio Paraba

    TRT da 14 Regio Rondnia e Acre

    TRT da 15 Regio Demais cidades do interior de So Paulo

    TRT da 16 Regio Maranho

    TRT da 17 Regio Esprito Santo

    TRT da 18 Regio Gois

    TRT da 19 Regio Alagoas

    TRT da 20 Regio Sergipe

    TRT da 21 Regio Rio Grande do Norte

    TRT da 22 Regio Piau

    TRT da 23 Regio Mato Grosso

    TRT da 24 Regio Mato Grosso do Sul

    Os Tribunais Regionais do Trabalho compem-se de, no mnimo, sete

    juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva regio, e nomeados pelo

    Presidente da Repblica, dentre brasileiros, natos ou naturalizados, com mais

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    12/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 29

    de 30 e menos de 65 anos de idade (preste ateno aqui, a idade mnima

    30 anos, e no TST 35).

    Assim como o TST, os juzes (desembargadores) dos TRT so compostos

    de 1/5 dentre membros da advocacia e do MPT (seguindo os mesmos critrioscitados anteriormente quanto ao quinto constitucional), e de 4/5 entre Juzes

    do Trabalho, do prprio regional, escolhidos alternadamente por merecimento

    ou antiguidade.

    Olha que interessante, e tambm sempre cobrado em provas:

    Os Tribunais Regionais do Trabalho devem instalar a chamada justiaitinerante, com a realizao de audincias e demais funes de atividade

    jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdio, servindo-se de

    equipamentos pblicos e comunitrios.

    Pra que serve isso, professor?

    Essa determinao constitucional visa a atender a populao que fica em

    regies geograficamente longe dos grandes centros urbanos, onde geralmente

    no h Vara do Trabalho. uma tima iniciativa da nossa Constituio! E a

    Justia do Trabalho, como uma das mais (ou por que no a mais) organizadas

    do Brasil, tem realizado bastante essa atividade, levando Juzes e servidores

    para locais de difcil acesso, para atividades com durao provisria e rotativa.

    Alm disso, os Tribunais Regionais do Trabalho podero funcionar

    descentralizadamente, constituindo Cmaras regionais, a fim de assegurar o

    pleno acesso do jurisdicionado justia em todas as fases do processo.

    a.3) Os Juzes do Trabalho

    Por fim, temos os Juzes do Trabalho, responsveis pelo incio do

    processo trabalhista (em geral). So eles os que proferem as sentenas,

    visando a por um fim na lide (conflito de interesses).

    U, professor, Juiz do Trabalho rgo? Mas no uma pessoa?

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    13/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 29

    uma pessoa sim, mas investida de Poder, poder este chamado de

    jurisdio. Representa o Poder Judicirio, a denominada primeira instncia.

    Eles trabalham nas Varas do Trabalho, antigamente chamadas de Juntas de

    Conciliao e Julgamento (esse o nome que ainda consta na CLT...).Assim como todos os Juzes de carreira, para uma pessoa se tornar um

    Juiz do Trabalho, cujo cargo inicial ser o de juiz substituto, preciso

    aprovao em concurso pblico, de provas e ttulos, com a participao da

    Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do Bacharel

    em Direito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e obedecendo-se, nas

    nomeaes, ordem de classificao.

    Quando devidamente investidos, os Juzes do Trabalho gozam dasseguintes garantias: vitaliciedade, o que significa que s podem perder o

    cargo por sentena judicial transitada em julgado (que no caiba mais

    recurso); irredutibilidade de vencimentos; e inamovibilidade (s pode ser

    removido a pedido ou devido ao interesse pblico).

    b) Competncia da Justia do Trabalho

    Primeiramente, preciso entender o que competncia. Dizer que um

    Juiz ou um Tribunal competente para julgar um tipo de ao, no quer dizer

    que ele capaz, timo, excelente no seu papel. Do mesmo modo que ser

    incompetente, para o mundo jurdico, no quer dizer que incapaz, fraco,

    despreparado.

    A competncia, para ns, no se confunde, portanto, com capacidade,

    excelncia ou preparo. A competncia est relacionada com o limite da

    jurisdio.

    Professor, e o que jurisdio?

    Jurisdio a prerrogativa que o Poder Judicirio possui de dizer ou

    aplicar o direito (juris= direito; dio = dizer, aplicar). Como vimos

    anteriormente, a Justia visa por fim s lides, sentenciando quem tem e quem

    no tem direito, caso a caso.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    14/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 29

    Assim, podemos dizer que todo rgo do Poder Judicirio tem jurisdio.

    J a competncia o limite da jurisdio, isto , a qual rgo do Poder

    Judicirio competedizer o direito para aquele caso em anlise.

    Vamos a um exemplo bem simples. Jos deve a Joo R$ 70.000,00. Jooprocura um Juizado Especial Cvel (mais conhecido como de pequenas

    causas) e ouve do advogado ou do servidor: este Juizado no competente

    para sua causa. Explicando, o Juizado no pode aplicar a jurisdio ao caso de

    Joo, porque o valor da dvida ultrapassa 40 salrios mnimos, limite das

    causas dos Juizados.

    Outro exemplo, que interessa a ns. Caio demitido da empresa Alfa,

    procura um advogado e este ajuza ao na Justia Federal, para cobrar asverbas rescisrias do contrato de trabalho. Nesse caso, a Justia Federal

    incompetente, pois a competncia da Justia do Trabalho.

    Acho que deu pra entender, n? Dizer que um Juiz competente,

    significa atribuir a ele o poder da jurisdio para o caso concreto.

    A competncia da Justia do Trabalho abrange duas classificaes

    clssicas.

    Primeiramente, se divide em:

    # Competncia hierrquica, interna, funcional ou em razo da funo:

    aquela que se estabelece perante qual rgo ou subdiviso da Justia do

    Trabalho a ao ou recurso ter seu processamento. Ser melhor estudada na

    prxima aula.

    # Competncia territorial, local ou em razo do lugar: aquela que se

    fixa por opo do autor da ao, de acordo com a localidade que ser

    competente para julgar e processar o dissdio. Tambm ser analisada na

    prxima aula.

    # Competncia em razo da pessoa: depende de quem o titular do

    direito da ao; est intimamente ligada matria, no caso da Justia do

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    15/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 29

    Trabalho, pois eminentemente se manifestam, nessa Justia Especializada,

    aes entre trabalhadores e empresas.

    # Competncia material ou em razo da matria: aquela que seconfigura em razo da natureza da relao jurdica da lide que chega Justia

    Especializada do Trabalho. Estudaremo-na mais aprofundadamente a partir de

    agora, pois est prevista no artigo 114, da Constituio Federal, alterado pela

    Emenda Constitucional n 45, de 2004, sendo objeto constante de provas de

    concursos.

    J a segunda classificao se faz entre competncia absoluta ecompetncia relativa.

    A competncia em razo da matria, da pessoa e da funo absoluta,

    podendo a incompetncia ser declarada de ofcio pelo juiz, isto , sem

    manifestao de qualquer uma das partes. No exemplo do caso de Caio contra

    a empresa Alfa, citado acima, o Juiz Federal se pronuncia incompetente no

    primeiro despacho do processo.

    Por sua vez, a competncia territorial relativa, isto , se a parte

    interessada no apresentar sua discordncia na primeira oportunidade de se

    defender (a que se d o nome de exceo de incompetncia), o juiz antes

    incompetente poder se tornar competente para processar e julgar a lide.

    Exemplo: Caio trabalhou em So Paulo para a empresa Alfa, mas entrou

    com a reclamao trabalhista em Campinas, onde reside. Caso a empresa Alfa

    no se manifeste, o Juzo de Campinas passa a ser competente para o caso.

    Ateno: quando acontece de o o juiz antes incompetente se tornar

    competente para processar e julgar a lide tem-se o que chamamos de

    prorrogao da competncia.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    16/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 29

    Passemos, pois, anlise da competncia material da Justia do

    Trabalho, prevista no artigo 114, da Constituio Federal.

    A competncia material pode ser subdividida em originria, derivada e

    executria.

    Competncia material originria aquela que se depreende da simples

    leitura do inciso I do art. 114, da CF: Compete Justia do Trabalho

    processar e julgar as aes oriundas da relao de trabalho, abrangidos os

    entes de direito pblico externo e da administrao pblica direta e indireta da

    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Interessante frisar que, a partir da EC 45/2004, qualquer relao de

    trabalho ser de competncia da Justia Especializada Laboral.

    Constitui uma relao de trabalho qualquer relao jurdica em que a

    fora do labor humano seja a forma de prestao dos servios. Por isso que

    somente uma pessoa fsica pode ser sujeito em uma relao de trabalho como

    prestador de servios a uma outra, denominada tomador de servios (este

    ltimo sim, podendo ser uma pessoa jurdica, isto , uma empresa).

    Neste diapaso, houve uma brusca ampliao da competncia da Justiado trabalho, eis que esta, antes da EC 45/04, somente se prestava a dirimir as

    lides decorrentes da relao de emprego, trabalho avulso e pequenas

    empreitas (art. 652 da CLT).

    Cumpre aqui distinguir relao de trabalho de relao de emprego,

    para que voc entenda porque houve a famosa ampliao da competncia da

    Justia do Trabalho.

    J definimos anteriormente que relao de trabalho qualquer relaojurdica em que uma pessoa (prestador) fornece sua fora de trabalho para

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    17/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 29

    uma outra pessoa (tomador). o caso de um pintor que voc contrata para

    retocar a fachada de sua casa.

    Por sua vez, a relao de emprego uma espcie de relao de trabalho.

    Na relao de emprego, uma pessoa fornece sua fora de trabalho para outra,mas sempre de forma personalssima, habitual, onerosa e subordinada.

    Expliquemos.

    A relao de emprego personalssima porque uma empresa no admite

    que um empregado, quando for faltar ao servio, mande outra pessoa no seu

    lugar. Ora, se a empresa contratou Maurcio para cargo de gerente, porque

    Maurcio quem tem as qualidades que o cargo necessita. Logo, se Maurcio

    no pode comparecer na sexta-feira prxima, ele perder o salrio do dia, nopodendo mandar seu irmo para cobrir a falta.

    A relao de emprego onerosa, porque ningum contratado para

    trabalhar de empregado de graa. A empresa tem o dever de pagar o salrio

    do empregado.

    A relao de emprego habitual, tambm chamada de no eventual,

    devendo haver uma continuidade da prestao de servios. Por isso o contrato

    de trabalho um contrato de pacto sucessivo. Voc estudar isso melhor na

    Disciplina Direito do Trabalho.

    Por fim, a relao de emprego subordinada, isto , o empregado est

    estritamente ligado ao poder diretivo do empregador. Melhor explicando, o

    empregador quem decide onde, com quem, quando, quantas horas vai

    trabalhar e quanto vai ganhar o empregado, o qual se sujeita s regras da

    empresa. Por isso, que se diz que o empregador assume os riscos do

    negcio, pois o empregado simplesmente cumpre ordens.

    Voc percebe, portanto, que a relao de emprego mais restrita do que

    as relaes de trabalho em geral, que abrangem um universo maior de

    pessoas.

    Assim, relaes jurdicas como o trabalho autnomo (prestao de

    servios, empreitada, corretagem, representao comercial, agncia, mandato,

    etc) e o trabalho eventual passaram a ser de competncia da Justia do

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    18/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 29

    Trabalho, alm da relao de emprego. Da se falar em ampliao da

    competncia.

    Cuidado: o STF, em julgamento da ADIN 3.395-6, proposta pela AJUFE,excluiu da Justia do Trabalho as aes de servidores pblicos em face da

    Unio, Estado ou Municpios. Mantiveram-se na competncia especializada

    apenas os empregados pblicos, isto , os servidores que so regidos pelo

    regime da CLT. Assim, quando voc passar para tcnico judicirio do TRT, e

    quiser entrar com uma ao em face da Unio, para pedir aumento salarial

    previsto em lei, por exemplo, a ao dever ser ajuizada na Justia Federal, e

    no na Justia do Trabalho, porque seu regime estatutrio (da Lei 8.112/90,e no celetista (da CLT).

    Outra questo que se apresenta como de difcil soluo e consenso a

    da relao de consumo. O TST vem entendendo que no se confundem a

    relao de consumo e a relao de trabalho.

    Para melhor visualizao, utilizam o exemplo de um mdico que presta

    servios em uma clnica.

    A relao do mdico com a clnica de prestao de servios relao

    de trabalho, uma vez que a energia do trabalho do mdico expandida para

    alm do tomador de servios, ou seja, a clnica. Esta usar o trabalho do

    mdico para atingir sua funo social.

    J a relao mdico-paciente de consumo, haja vista que o paciente

    tomador final da energia de trabalho do mdico.

    Nesse contexto, relaes de trabalho so de competncia da Justia do

    Trabalho, e relaes de consumo so de competncia da Justia Comum.

    Cuidado, isso j caiu em prova!!!

    O STJ, em 2008, editou a Smula 363, assimilando tal raciocnio para os

    contratos de honorrios de profissionais liberais: Compete Justia estadual

    processar e julgar a ao de cobrana ajuizada por profissional liberal contra

    cliente.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    19/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 29

    Finalizando a competncia material originria, percebem-se ramificaes

    ao se analisarem os incisos de II a VII do art. 114 da CF. Vejamos:

    II - as aes que envolvam exerccio do direito de greve;

    Os Tribunais Regionais do Trabalho e o TST tm competncia para

    processar e julgar os chamados dissdios de greve. Se a greve restrita a uma

    regio (local), a competncia do TRT respectivo. Se a nvel nacional, como

    ocorreu recentemente com os Correios, a competncia do TST.

    Interessante lembrar que a Constituio estabelece algumas regrinhas

    sobre os dissdios de greve.a) caso seja frustrada a negociao coletiva, as partes podem eleger

    rbitros, antes de ajuizarem o dissdio.

    b) caso alguma parte se recuse a negociar ou arbitragem, as partes

    podem ajuizar, de comum acordo, o dissdio de natureza econmica, para

    estabelecer novas regras vlidas entre os empregados e patres.

    c) no caso de greve de atividade essencial (ex.: sade), o Ministrio

    Pblico do Trabalho pode ajuizar diretamente o dissdio, para que a Justia

    ponha fim lide.

    III - as aes sobre representao sindical, entre sindicatos, entre

    sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

    Antes da EC 45/2004, os sindicatos tinham que cobrar o imposto sindical

    na Justia comum, mas agora podem cobrar na prpria Justia do Trabalho.

    IV - os mandados de segurana, habeas corpus e habeas data, quando o

    ato questionado envolver matria sujeita sua jurisdio;

    Professor do cu, o que isso? Isso no matria de Direito

    Constitucional?

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    20/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 29

    sim, mas cabe a mim explicar resumidamente do que se trata e dar

    exemplos da aplicao na Justia do Trabalho.

    Mandado de segurana (MS) uma ao (na verdade, um remdio

    constitucional), que visa garantir o exerccio de direito lquido e certo, isto ,que no guarde dvidas de sua existncia e eficcia. Por exemplo, se uma

    empresa nomeia um bem para garantir uma ao de execuo provisria (isso

    vamos estudar depois, calma!), e o Juiz manda penhorar uma conta bancria,

    ela pode entrar com mandado de segurana para anular a penhora. Outro

    exemplo de cabimento na Justia do Trabalho so os MS contra decises

    interlocutrias. No processo do trabalho, as decises anteriores sentena no

    so passveis de recurso, podendo a parte impetrar MS contra essa deciso.Exemplo, o Juiz, ao receber uma reclamao trabalhista, v que o empregado

    tem garantia de emprego e manda a empresa reintegr-lo em seu quadro de

    funcionrios, antes da sentena. Essa deciso interlocutria, mas a empresa

    pode entrar com MS, pois no existe recurso prprio.

    J o habeas corpus (HC) o remdio constitucional que visa conceder a

    liberdade a quem est preso. O HC no tem muito cabimento na Justia do

    Trabalho, pois se direcionava para o depositrio infiel. O que isso, professor?

    Depositrio infiel a pessoa que ficou responsvel pela guarda de um bem

    penhorado pela Justia e deixou o bem se perder ou se deteriorar. S que o

    STF decidiu que no cabe mais priso para o depositrio infiel, o que

    praticamente excluiu o HC na Justia do Trabalho.

    Por sua vez, o habeas data o remdio constitucional que visa conceder

    ao titular do direito o conhecimento ou a retificao de dados a seu respeito.

    Um exemplo, o empregado vai a uma Delegacia Regional do Trabalho e lhe

    negada informao sobre sua situao no PIS ou de sua Carteira de Trabalho.

    O Juiz do Trabalho seria competente para apreciar o habeas data contra essa

    negativa do rgo pblico, pois a matria sujeita sua jurisdio.

    V - os conflitos de competncia entre rgos com jurisdio trabalhista,

    ressalvado o disposto no art. 102, I, "o" (STF);

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    21/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 29

    A prpria Justia do Trabalho dirime (resolve) os conflitos de

    competncia entre rgos de jurisdio trabalhista, salvo conflitos entre TST e

    STJ, que de competncia do STF.

    Assim, se o Juiz de Ribeiro Preto se diz incompetente e determina que aao v para Franca, e o Juiz de Franca tambm se diz incompetente, existe

    um conflito negativo de competncia. O TRT respectivo (15 Regio, no caso)

    competente para resolver o conflito, e dizer qual dos dois deve julgar o caso.

    VI - as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial, decorrentes

    da relao de trabalho;

    A Justia do Trabalho passou a ser competente, aps 2004, para

    processar e julgar as aes de indenizao por dano material ou patrimonial,

    decorrentes da relao de trabalho.

    Acontecia muito (e ainda acontece, e como acontece!) de o empregado

    sofrer um acidente de trabalho (machucar-se, ceifar-se, ou at morrer, no

    exerccio de seu trabalho), necessitando buscar na Justia a reparao dos

    danos materiais (despesas mdicas, penso vitalcia) e morais (violao

    honra, imagem), decorrentes do acidente.

    A Justia do Trabalho era competente apenas para julgar direitos

    trabalhistas em si, mas no casos de responsabilidade civil da empresa, como

    no caso de danos materiais ou morais. Tal competncia era da Justia comum

    estadual, o que causava um verdadeiro caos processual entre as partes.

    Empregado e empregador chegavam a ter dois processos em trmite, um na

    Justia comum e outro na Justia do Trabalho.

    Buscou-se, portanto, a economia processual e a simplicidade do

    processo, unificando a competncia da Justia Especializada, nesses casos.

    Agora, num s processo, o empregado pode buscar seus direitos trabalhistas e

    civis (estes caso decorrentes da relao de trabalho) em face de seu

    empregador.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    22/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 29

    Lembre-se que hoje se admite, inclusive, a cumulao dos pedidos de

    danos morais e estticos, nos casos em que o empregado mutilado no

    acidente de trabalho, tudo de competncia da Justia Trabalhista.

    VII - as aes relativas s penalidades administrativas impostas aos

    empregadores pelos rgos de fiscalizao das relaes de trabalho;

    O Auditor Fiscal do Trabalho, ao impor uma multa empresa por

    descumprir legislao pertinente a direitos trabalhistas, obrigava o empregador

    a discutir a validade da penalidade administrativa imposta na Justia comum.

    Assim, a partir de 2004, a Justia do Trabalho passou a ser competente paraessas causas, o que, convenhamos, muito mais pertinente!

    J o inciso VIII o que se chama de competncia material executria da

    Justia do Trabalho:a execuo, de ofcio, das contribuies sociais previstas

    no art. 195, I, a, e II, e seus acrscimos legais, decorrentes das sentenas

    que proferir.

    Isso quer dizer que as contribuies devidas pelas empresas ao INSS,

    decorrentes dos direitos trabalhistas reconhecidos nas sentenas trabalhistas,

    so executveis (cobradas) pela prpria Justia do Trabalho, mais uma vez em

    face do princpio da economia processual.

    Por fim, o inciso IX o que se chama de competncia material derivada:

    outras controvrsias decorrentes da relao de trabalho, na forma da lei.

    A Constituio Federal impe que a lei ordinria pode estabelecer novas

    competncias decorrentes da relao de trabalho, para a Justia do Trabalho,

    no necessitando, para tanto, de outra emenda constitucional, o que

    bastante louvvel, j que o trmite de uma lei ordinria bem mais simples do

    que o de uma emenda.

    Bom, queridos alunos, essa foi nossa aula inaugural, para vocs sentirem

    como ser nosso curso, nossas prximas cinco aulas.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    23/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 29

    Assim como ocorrer com as aulas vindouras, segue abaixo a correo

    comentada de algumas questes de concurso acerca dos temas vistos na aula

    de hoje.

    Espero que tenham gostado, que adquiram o curso, e que tenham muitosucesso na nova empreitada que passam a buscar em suas vidas: a conquista

    da almejada carreira pblica!

    Nos vemos novamente em breve!

    Bons estudos!

    5. QUESTES DE CONCURSOS

    Questo 01 (TRT 18 2008). Os Tribunais Regionais do Trabalho compem-

    se de, no mnimo, sete juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva

    regio, e nomeados pelo Presidente

    (A) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

    (B) da Repblica.

    (C) do Tribunal Superior do Trabalho.

    (D) do Supremo Tribunal Federal.

    (E) do Senado Federal.

    Questo 02 (TRT 2 2008). As competncias em razo da pessoa, da funo

    e da matria so de natureza

    (A) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.

    (B) relativa.

    (C) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.

    (D) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.

    (E) absoluta.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    24/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 29

    Questo 03 (TRT 16 2009). Os Tribunais Regionais do Trabalho tero um

    quinto de sua composio de advogados e membros do Ministrio Pblico do

    Trabalho com mais de

    (A) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

    (B) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente da Repblica.

    (C) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

    (D) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeadospelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    (E) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente da Repblica.

    Questo 04 (TRT 3 2009). Segundo o que rege a Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil, so rgos da Justia do Trabalho

    (A) as Juntas de Conciliao e Julgamento.

    (B) os Juzes do Trabalho.

    (C) os Juizados Arbitrais Trabalhistas.

    (D) as Instncias Especiais Trabalhistas.

    (E) as Varas de Acidente do Trabalho.

    Questo 05 (TRT 3 2009). Fazem parte da composio do Tribunal Superior

    do Trabalho

    (A) vinte e um Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de trinta

    e cinco e menos de setenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria simples do Congresso Nacional.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    25/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 29

    (B) vinte e um Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de vinte e

    cinco e menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria qualificada do Congresso Nacional.

    (C) vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta ecinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da

    Repblica aps aprovao pela maioria absoluta do Senado Federal.

    (D) vinte e trs Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e

    menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria simples da Cmara de Deputados.

    (E) vinte e trs Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e

    cinco e menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica apsaprovao pela maioria qualificada da Cmara de

    Deputados.

    Questo 06 (TRT 3 2009). Compete Justia do Trabalho processar e julgar

    (A) as aes oriundas da relao de consumo, abrangidos os entes da

    administrao pblica direta e indireta da Unio.

    (B) as aes que envolvam exerccio do direito de manifestao do

    pensamento no campo artstico e desportivo.

    (C) as aes sobre representao sindical, entre associaes de classe,

    agncias especiais e suas representaes.

    (D) os habeas corpus, quando o ato questionado envolver matria sujeita

    sua jurisdio.

    (E) os conflitos de competncia entre rgos com jurisdio federal.

    GABARITO

    01 B

    02 E

    03 E

    04 B

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    26/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 29

    05 C

    06 D

    COMENTRIOS SOBRE AS QUESTES:

    Questo 01 (TRT 18 2008). Os Tribunais Regionais do Trabalho compem-

    se de, no mnimo, sete juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva

    regio, e nomeados pelo Presidente

    (A) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

    (B) da Repblica.(C) do Tribunal Superior do Trabalho.

    (D) do Supremo Tribunal Federal.

    (E) do Senado Federal.

    Comentrio: Pessoal, essa a era muito simples. Como dissemos na nossa

    aula, os Desembargadores do Trabalho fazem parte do Poder Judicirio da

    Unio; assim, eles devem ser nomeados pelo Presidente da Repblica! Letra

    correta a B.

    Questo 02 (TRT 2 2008). As competncias em razo da pessoa, da funo

    e da matria so de natureza

    (A) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.

    (B) relativa.

    (C) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.

    (D) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.

    (E) absoluta.

    Comentrio: Queridos, lembre-se que apenas a competncia territorial

    relativa, que admite a chamada prorrogao de competncia, como

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    27/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 29

    estudamos na aula de hoje. Logo, as que constam no cabealho da questo

    so todas de natureza absoluta! Letra E.

    Questo 03 (TRT 16 2009). Os Tribunais Regionais do Trabalho tero umquinto de sua composio de advogados e membros do Ministrio Pblico do

    Trabalho com mais de

    (A) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

    (B) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente da Repblica.(C) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

    (D) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    (E) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exerccio, nomeados

    pelo Presidente da Repblica.

    Comentrio: Questo sobre o famoso quinto constitucional. Um quinto dos

    TRTs formado por advogados, que contem com 10 anos de efetiva atividade

    profissional, ou por membros do MPT, com 10 anos de efetivo exerccio,

    nomeados pelo Presidente da Repblica! Fcil essa, no? Resposta a letra E.

    Questo 04 (TRT 3 2009). Segundo o que rege a Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil, so rgos da Justia do Trabalho

    (A) as Juntas de Conciliao e Julgamento.

    (B) os Juzes do Trabalho.

    (C) os Juizados Arbitrais Trabalhistas.

    (D) as Instncias Especiais Trabalhistas.

    (E) as Varas de Acidente do Trabalho.

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    28/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00

    Prof. Eduardo Campos www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 29

    Comentrio: Amigos, so rgos da Justia do Trabalho o Tribunal Superior

    do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e os Juzes do Trabalho. Pra

    comear, no existem mais Juntas de Conciliao e Julgamento, previstas na

    CLT, hoje so denominadas simplesmente de Varas do Trabalho, que no sorgos da Justia do Trabalho. Os demais itens sequer existem no nosso Poder

    Judicirio. Ento, marca l, letra B, Juzes do Trabalho.

    Questo 05 (TRT 3 2009). Fazem parte da composio do Tribunal Superior

    do Trabalho

    (A) vinte e um Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de trintae cinco e menos de setenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria simples do Congresso Nacional.

    (B) vinte e um Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de vinte e

    cinco e menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria qualificada do Congresso Nacional.

    (C) vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e

    cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da

    Repblica aps aprovao pela maioria absoluta do Senado Federal.

    (D) vinte e trs Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e

    menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria simples da Cmara de Deputados.

    (E) vinte e trs Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e

    cinco e menos de sessenta anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps

    aprovao pela maioria qualificada da Cmara de

    Deputados.

    Comentrio: Prezado, lembre-se, so 27 os Ministros do TST, e no 17, como

    diz a CLT. As outras assertivas nem complicaram, colocando o nmero 17...

    essa foi fcil. Letra C!

    Questo 06 (TRT 3 2009). Compete Justia do Trabalho processar e julgar

  • 7/30/2019 Direito-processual-do-trabalho-p-trtrj-tecnico Aula-00 Aula Demo Proc Trabalho Trtrj 19196 (1)

    29/29

    Noes de Processo do Trabalho Tcnico Judicirio TRT 1

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Eduardo Campos Aula 00(A) as aes oriundas da relao de consumo, abrangidos os entes da

    administrao pblica direta e indireta da Unio.

    (B) as aes que envolvam exerccio do direito de manifestao dopensamento no campo artstico e desportivo.

    (C) as aes sobre representao sindical, entre associaes de classe,

    agncias especiais e suas representaes.

    (D) os habeas corpus, quando o ato questionado envolver matria sujeita

    sua jurisdio.

    (E) os conflitos de competncia entre rgos com jurisdio federal.

    Comentrio: A nica alternativa que se enquadra no artigo 114 da

    Constituio Federal a letra D, as demais querem apenas te confundir na

    redao!

    Tenho certeza que voc acertou todas, depois de ter lido atentamente

    nossa aula. Te vejo nas prximas aulas!

    Grande abrao!

    Eduardo Campos