direito constitucional p trtrj analista aula 03 aula 03

101
D. Constitucional p/TRT-RJ (Analista) Prof a . Nádia Carolina – Aula 03 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 101 AULA 03: Organização Político-Administrativa. Competências. SUMÁRIO PÁGINA 1 – Organização Político-Administrativa 1-23 2 – Repartição de Competências 24-82 3 - Lista de Questões 83-98 4 - Gabarito 99-101 Organização político-administrativa Para uma boa compreensão da Organização do Estado Brasileiro, é necessário que revisemos, rapidamente, o que diz o “caput” do art. 1º da Constituição: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: Como dissemos na aula 00 deste curso, nesse dispositivo fica caracterizado que a forma de estado adotada pelo Brasil é a federação. Dá- se o nome de Federação ou Estado federal a um Estado composto por diversas entidades territoriais autônomas, dotadas de governo próprio. Por autonomia, compreende-se um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela Constituição que não podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central. Segundo Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, 28ª edição), o mínimo necessário para a caracterização da organização federalista é a decisão do legislador constituinte de criar o Estado federal e suas partes indissociáveis, a Federação (União) e os Estados-membros, pois a criação de um governo geral implica a renúncia e o abandono de certas porções de competências administrativas, legislativas e tributárias por parte dos governos locais. Essa decisão está consubstanciada nos arts. 1º e 18 da Constituição Federal. Além disso, a Constituição Federal deve estabelecer os seguintes princípios: Os cidadãos dos diversos Estados-membros aderentes à Federação devem possuir a nacionalidade única desta; Repartição constitucional de competências entre os entes federativos; Necessidade de que cada ente federativo possua uma esfera de competência tributária que lhe garanta renda própria; Poder de auto-organização dos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, atribuindo-lhes autonomia constitucional; Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção federal, para manutenção do equilíbrio federativo;

Upload: antonia-nunes

Post on 13-Feb-2015

49 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 101

AULA 03: Organização Político-Administrativa.

Competências.

SUMÁRIO PÁGINA

1 – Organização Político-Administrativa 1-23

2 – Repartição de Competências 24-82

3 - Lista de Questões 83-98

4 - Gabarito 99-101

Organização político-administrativa

Para uma boa compreensão da Organização do Estado Brasileiro, é necessário que revisemos, rapidamente, o que diz o “caput” do art. 1º da Constituição:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,

constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

Como dissemos na aula 00 deste curso, nesse dispositivo fica

caracterizado que a forma de estado adotada pelo Brasil é a federação. Dá-

se o nome de Federação ou Estado federal a um Estado composto por diversas entidades territoriais autônomas, dotadas de governo próprio. Por autonomia,

compreende-se um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela Constituição que não podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo

governo central.

Segundo Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, 28ª edição), o mínimo necessário para a caracterização da organização federalista é a decisão

do legislador constituinte de criar o Estado federal e suas partes indissociáveis, a Federação (União) e os Estados-membros, pois a criação de um governo

geral implica a renúncia e o abandono de certas porções de competências

administrativas, legislativas e tributárias por parte dos governos locais. Essa decisão está consubstanciada nos arts. 1º e 18 da Constituição Federal. Além

disso, a Constituição Federal deve estabelecer os seguintes princípios:

Os cidadãos dos diversos Estados-membros aderentes à Federação devem possuir a nacionalidade única desta;

Repartição constitucional de competências entre os entes federativos; Necessidade de que cada ente federativo possua uma esfera de

competência tributária que lhe garanta renda própria; Poder de auto-organização dos Estados-membros, Distrito Federal e

Municípios, atribuindo-lhes autonomia constitucional;

Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção federal, para manutenção do equilíbrio federativo;

Page 2: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 101

Participação dos Estados no Poder Legislativo federal, de forma a permitir-se a ingerência de sua vontade na formação da legislação federal;

Possibilidade de criação de novo Estado ou modificação territorial de Estado existente, dependendo da aquiescência da população do Estado

afetado; A existência de um órgão de cúpula do Poder Judiciário para

interpretação e proteção da Constituição Federal.

A Federação brasileira obedece a esses princípios, sendo composta por

União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, todos entes autônomos e de mesma hierarquia. Para proteção da federação como forma de estado, o

vínculo entre esses eles é indissolúvel (não há direito de secessão em nosso ordenamento jurídico). Além disso, o constituinte determinou a impossibilidade

de qualquer proposta de emenda constitucional tendente a abolir a federação (art. 60, § 4º, I, CF).

Destaca-se, porém, que autonomia difere de soberania. No Brasil, apenas a República Federativa do Brasil (RFB) é considerada soberana,

inclusive para fins de direito internacional. Só ela possui personalidade internacional: os Estados federados são reconhecidos pelo direito

internacional apenas na medida em que a RFB autoriza.

Outra importante diferença que deve ficar clara para você é aquela entre federação (que acabamos de estudar) e confederação. Como vimos, na

federação, há uma união indissolúvel de entes autônomos com base numa

Constituição. Na confederação, a união é dissolúvel e se dá entre Estados soberanos, com base em um acordo internacional. Um exemplo de

confederação é a República Árabe Unida.

Aprofundemos um pouco mais no estudo da federação, tema recorrente em provas de concurso. O Estado Federal, de acordo com a doutrina, é

delineado de acordo com o tipo de federalismo que adota. O federalismo pode

ser:

Quanto à formação, tanto por agregação quanto por segregação. O primeiro tipo é formado pela união de vários Estados, tendo como exemplo os

EUA. O segundo, por meio da divisão de um Estado preexistente, como é o caso do Brasil.

FEDERAÇÃO

• UNIÃO INDISSOLÚVEL

• OS ENTES FEDERADOS SÃO AUTÔNOMOS

• TEM COMO FUNDAMENTO A CONSTITUIÇÃO

CONFEDERAÇÃO

• UNIÃO DISSOLÚVEL

• OS ENTES FEDERADOS SÃO SOBERANOS

• TEM COMO FUNDAMENTO UM ACORDO INTERNACIONAL

Page 3: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 101

Quanto à concentração de poder, tanto centrípeto, quanto centrífugo ou de equilíbrio. No centrípeto, o governo central detém a maior

parte do poder; no centrífugo, há uma grande descentralização, com menor concentração do poder no governo central e ampliação dos poderes regionais.

Por fim, no federalismo de equilíbrio, busca-se uma distribuição equitativa de poderes entre governos centrais e regionais. Os EUA adotam o modelo

centrífugo e o Brasil, o de equilíbrio.

Quanto ao equacionamento das desigualdades, tanto simétrico quanto assimétrico. O primeiro busca a distribuição igualitária de competências

e de receitas; já o segundo, embora também vise à igualdade entre os entes federados, busca, também, reduzir as desigualdades socioeconômicas entre os

Estados federados. É o modelo adotado pela CF/88.

Continuemos nossa análise sobre a organização da República Federativa do Brasil (RFB) pela leitura do art. 18 da Constituição:

Art. 18. A organização político-administrativa da República

Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos

desta Constituição.

Esse dispositivo constitucional, assim como o “caput” do art. 1º da

CF/88, que acabamos de rever, enumera os entes federativos que compõem a República Federativa do Brasil: União, Estados, Distrito Federal e

Municípios. Além disso, confere autonomia a todos esses entes, que podem decidir sobre matérias específicas, dentro dos limites constitucionais. Não há

subordinação ou hierarquia entre eles: todos têm suas competências definidas

pela Constituição.

O § 1º do art. 18 da Constituição Federal determina, ainda, que Brasília é a capital federal. Brasília não se confunde com o Distrito Federal, ocupando

apenas parte do seu território.

Um ponto importante sobre o art. 18 é que a Constituição de 1988

permitiu que os Municípios compusessem o Estado federal, inovando em relação à anterior. Já os Territórios foram excluídos da Federação, passando a

ser apenas integrantes da União, conforme determina o art. 18, §2º da Carta Magna:

§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,

transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem

serão reguladas em lei complementar.

Page 4: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 101

1. União

A União é pessoa jurídica de direito público interno, sem personalidade internacional, autônoma, com competências administrativas e legislativas enumeradas pela Carta Magna. Quando representa a República Federativa do

Brasil, entretanto, apresenta soberania. Note que neste caso quem realmente pratica os atos de Direito Internacional é a República Federativa do Brasil,

sendo apenas representada por órgãos da União (como o Presidente da República, por exemplo).

Não confunda, caro (a) aluno (a) os conceitos de República Federativa do Brasil (RFB) e União. A primeira é o todo, compreendendo União, Estados-

membros, Distrito Federal e Municípios. A segunda é parte: é um dos integrantes da RFB.

Em seu artigo 20, a Constituição enumera os bens da União:

BEN

S D

A U

NIÃ

O

AS TERRAS DEVOLUTAS INDISPENSÁVEIS À DEFESA DAS FRONTEIRAS, DAS FORTIFICAÇÕES E CONSTRUÇÕES MILITARES, DAS VIAS FEDERAIS DE COMUNICAÇÃO

E À PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, DEFINIDAS EM LEI

OS LAGOS, RIOS E QUAISQUER CORRENTES DE ÁGUA EM TERRENOS DE SEU DOMÍNIO, OU QUE BANHEM MAIS DE UM ESTADO, SIRVAM DE LIMITES COM OUTROS PAÍSES, OU

SE ESTENDAM A TERRITÓRIO ESTRANGEIRO OU DELE PROVENHAM, BEM COMO OS TERRENOS MARGINAIS E AS PRAIAS FLUVIAIS

AS ILHAS FLUVIAIS E LACUSTRES NAS ZONAS LIMÍTROFES COM OUTROS PAÍSES

OS RECURSOS NATURAIS DA PLATAFORMA CONTINENTAL E DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA

O MAR TERRITORIAL

OS RECURSOS MINERAIS, INCLUSIVE OS DO SUBSOLO

AS CAVIDADES NATURAIS SUBTERRÂNEAS E OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E PRÉ-HISTÓRICOS

OS TERRENOS DA MARINHA E SEUS ACRESCIDOS

AS PRAIAS MARÍTIMAS

AS TERRAS TRADICIONALMENTE OCUPADAS PELOS ÍNDIOS

OS POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA

AS ILHAS OCEÂNICAS E AS COSTEIRAS, EXCLUÍDAS DESTAS AS QUE CONTENHAM A SEDE DE MUNICÍPIOS, EXCETO AQUELAS ÁREAS AFETADAS AO SERVIÇO PÚBLICO E A

UNIDADE FEDERAL, E AS REFERIDAS NO ART. 26, II DA CF (ESSAS ÁREAS, MESMO CONTENDO SEDE DE MUNICÍPIOS, PERTENCEM À UNIÃO)

Page 5: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 101

Alguns esclarecimentos sobre os incisos do art. 20 da Constituição se fazem necessários.

As terras devolutas (art. 20, II, CF) são propriedades públicas sem nenhuma utilização específica que não se encontram, a qualquer título,

integradas ao domínio privado. Em regra, pertencem aos Estados membros, com exceção daquelas atribuídas pela Carta Magna à União (indispensáveis à

defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei).

Outro conceito importante é o de mar territorial. De acordo com a Lei

federal n. 8.617/93, o mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral

continental e insular (art. 1º).

Além disso, destaca-se que de acordo com a súmula no 650 do STF, os

incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.

Continuando nosso estudo, dispõe a CF/88 (art. 20, IX) que pertencem à

União os recursos minerais, inclusive os do subsolo. O solo onde esses

recursos estão situados, porém, permanece como propriedade do particular. Só para enriquecer nossos conhecimentos, reproduzirei o art. 176 da Carta

Magna:

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem

propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao

concessionário a propriedade do produto da lavra.

Suponhamos, como exemplo, que seja encontrada uma mina de ouro em

uma fazenda do Sr. João da Silva, em Goiás. A propriedade da fazenda continuará sendo do Sr. João, embora o ouro encontrado seja da União. Caso

uma concessionária venha a explorar essa jazida, deverá pagar royalties à União, proprietária dos recursos minerais. O produto da lavra (ouro extraído),

entretanto, será da concessionária.

É importante ressaltar que o legislador constituinte permitiu à União,

para efeitos administrativos, a criação de regiões de desenvolvimento (art. 43), mediante a articulação de sua ação em um mesmo complexo

geoeconômico e social, visando ao seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, por meio de lei complementar, que disporá sobre as

condições para integração de regiões em desenvolvimento; a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,

integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social (CF, art. 174, § 1º), aprovados juntamente com estes.

Page 6: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 101

Além disso, poderão ser estabelecidos incentivos regionais que compreenderão, além de outros, na forma da lei (art. 43, § 2º, CF):

Igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;

Juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; Isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais

devidos por pessoas físicas ou jurídicas; Prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das

massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

2. Estados-membros

Os Estados-membros ou Estados federados1, assim como a União, são entes autônomos, apresentando personalidade jurídica de direito público

interno. Apresentam capacidade de auto-organização e autolegislação,

conforme se depreende do artigo 25, “caput” da Constituição:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios

desta Constituição.

A auto-organização se dá por meio da elaboração de suas Constituições,

fruto do exercício do poder constituinte derivado decorrente pela atuação de suas Assembleias Legislativas. Já a autolegislação ocorre pela edição de suas

próprias leis, resultando da atuação do legislador ordinário, também nas Assembleias Legislativas.

Tanto a auto-organização quanto a autolegislação devem obedecer aos

princípios constitucionais sensíveis, enumerados taxativamente pela Constituição em seu art. 34, VII. O nome “sensíveis” se deve ao fato de que

estes são de observância obrigatória, sob pena de intervenção federal, ou seja, caso contrariados, provocam uma reação:

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

(...)

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime

democrático;

1 Não confunda Estado federado (sinônimo de Estado-membro) com Estado federal ( sinônimo

de República Federativa do Brasil). Os primeiros são parte do segundo.

Page 7: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 101

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e

indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de

transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e

nas ações e serviços públicos de saúde.

Devem, também, obedecer aos princípios constitucionais extensíveis, normas de organização que a Lei Fundamental estendeu a

Estados-membros, Municípios e Distrito Federal. Encontram-se dispostos em normas espalhadas pelo texto da Carta Magna. É o caso dos fundamentos e

objetivos fundamentais da RFB, por exemplo (art. 1º, I a V; art. 3º, I a IV e art. 4º, I a X, CF/88).

Por fim, os Estados-membros devem obediência aos princípios constitucionais estabelecidos, normas espalhadas pelo texto da Constituição

que, além de organizarem a própria federação, estabelecem preceitos centrais de observância pelos Estados-membros em sua auto-organização. Exemplo:

arts. 27; 28, 37, I a XXI, §§ 1º a 6º; 39 a 41, CF.

Nesse sentido, tem-se o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que “se é certo que a nova Carta Política contempla um elenco menos

abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a

expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princípios federais extensíveis e aos

princípios constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram

acervo expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar (STF,

Pleno, ADI no 216/PB, RTJ 146/388).

Para fixarmos melhor quais são os princípios constitucionais sensíveis, que tal um esquema?

Page 8: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 101

Os Estados-membros possuem, também, autogoverno, apresentando Legislativo, Executivo e Judiciário estaduais. Por meio do povo, são eleitos

seus representantes no Legislativo e Executivo locais, sem subordinação ao Poder Central. A Constituição Federal prevê expressamente a existência dos

Poderes Legislativo (CF, art. 27), Executivo (CF, art. 28) e Judiciário (CF, art. 125) estaduais.

O Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo formado apenas pela

Assembleia Legislativa. Veja o que dispõe o artigo 27, §1º, da Carta Magna:

§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados

Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,

remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

Os deputados estaduais são eleitos para mandatos de quatro anos, pelo

sistema proporcional. Seu número é determinado pela regra estabelecida no art. 27, “caput”, da Carta Magna:

Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais

acima de doze.

Assim, caso um Estado tenha 38 (trinta e oito) deputados federais, terá

36+(38-12), o que totaliza 62 (sessenta e dois) deputados estaduais.

PR

IN

CÍP

IO

S C

ON

STITU

CIO

NA

IS

S

EN

SÍV

EIS

DIREITOS DA PESSOA HUMANA

FORMA REPUBLICANA, SISTEMA REPRESENTATIVO E REGIME DEMOCRÁTICO

APLICAÇÃO DO MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS ESTADUAIS,

COMPREENDIDA A PROVENIENTE DE TRANSFERÊNCIAS, NA MANUTENÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E NAS AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

PRESTAÇÃO DE CONTAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DIRETA E INDIRETA

AUTONOMIA MUNICIPAL

Page 9: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 101

No que se refere ao Poder Executivo estadual, destaca-se o art. 28 da Constituição:

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no

primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano

anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente,

observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.

§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta,

ressalvada a posse em virtude de concurso público e

observado o disposto no art. 38, I, IV e V.

§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da

Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

Observe que o subsídio do Governador, do Vice-Governador e dos secretários de Estado é fixado por lei, a partir de projeto apresentado pela

Assembleia Legislativa. Sujeita-se, portanto, a veto do Governador. Seu valor serve como limite remuneratório (teto) no âmbito do Poder Executivo estadual,

exceto para os procuradores e defensores públicos, cujo teto salarial será 90,25% do subsídio de Ministro do STF (CF, art. 37, XI).

Mesmo diante dessa regra, os Estados-membros podem adotar um limite

diverso para Legislativo, Executivo e Judiciário, um teto único. É o que determina o art. 37, §12, da Constituição:

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,

em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos

Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do

subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos

Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

No que concerne ao Judiciário, estabelece a Constituição que os Estados

organizarão sua Justiça, observados os princípios nela estabelecidos (art. 125, “caput”, CF/88). A Carta Magna determina, ainda, que a competência dos

tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça (art. 125, § 1º, CF/88).

Page 10: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 101

A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e

pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar

seja superior a vinte mil integrantes (art. 125, § 3º, CF/88).

Além de auto-organização, autolegislação e autogoverno, os Estados

possuem autoadministração. Assim, são competentes para se administrarem, no exercício das competências definidas pela Constituição.

Determina a Carta Magna que os Estados poderão, mediante lei

complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para

integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de

interesse comum (art. 25, § 3º, CF/88). São, portanto, três os requisitos para que os estados atuem nessas hipóteses:

Lei complementar estadual;

Que os municípios envolvidos sejam limítrofes;

Finalidade de organização, o planejamento e a execução de funções

públicas de interesse comum.

Mas, afinal, o que são microrregiões, regiões metropolitanas e

aglomerados urbanos?

As regiões metropolitanas são formadas por um conjunto de Municípios cujas sedes se unem, com certa continuidade urbana, em torno de um

Município-polo. As microrregiões, por sua vez, são formadas por Municípios limítrofes, sem continuidade urbana, com características homogêneas e

problemas administrativos comuns. Finalmente, os aglomerados urbanos são áreas urbanas cujos Municípios apresentam tendência à complementaridade de

suas funções, exigindo, por isso, um planejamento integrado e uma ação

coordenada dos entes públicos. É o caso da Baixada Santista, por exemplo.

A CF/88 determina quais são os bens dos Estados em seu art. 26, que reproduzimos abaixo:

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma

da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,

Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

Page 11: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 101

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

3. Municípios

Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela Constituição Federal, à condição de princípio constitucional sensível (CF, art.

34, VII, “c”). Essa autonomia baseia-se na capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração.

Pode-se dizer que o Município se auto-organiza por meio de sua Lei

Orgânica Municipal e leis municipais; autogoverna-se por meio da eleição direta de seu Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores sem qualquer ingerência dos

Governos Federal e Estadual; e, por fim, autoadministra-se ao pôr em exercício suas competências administrativas, tributárias e legislativas,

diretamente conferidas pela Constituição Federal. Entretanto, diferentemente do que acontece nos demais entes da federação, não há Poder Judiciário

municipal.

No que diz respeito à auto-organização, determina a Carta da República

que:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada

por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a

promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os

seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo

realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro

domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no

caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição; (...)

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,

observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores

não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município;

Page 12: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 101

A Lei Orgânica organizará os órgãos da Administração, a relação entre Poderes, disciplinará a competência legislativa do Município, bem como suas

competências comum e suplementar (art. 23 e 30, II, da Constituição, respectivamente), estabelecerá as regras do processo legislativo municipal e a

regulamentação orçamentária do Município, em consonância com a Constituição Federal e a Estadual.

Compete à Lei Orgânica Municipal, ainda, fixar o número de Vereadores , observado o limite máximo de:

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil)

habitantes;

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil)

habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta

mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e

vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)

habitantes;

i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil)

habitantes;

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000

(seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000

(setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;

Page 13: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 101

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)

habitantes;

m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000

(um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000

(um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;

o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e

quinhentos mil) habitantes;

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e

oitocentos mil) habitantes;

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000

(um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000

(dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de

habitantes;

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de

habitantes;

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000

(cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;

v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;

e

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes.

Page 14: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 101

Esses limites já foram cobrados em algumas provas da FCC, fique atento! Veja como isso apareceu em prova de 2012:

1. (FCC/2012/MP-PE) Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de quatorze Vereadores,

nos Municípios de mais de sessenta mil habitantes e de até noventa mil habitantes.

Comentários:

Nos Municípios de mais de cinquenta mil habitantes e de até oitenta mil habitantes, o limite máximo é de quinze Vereadores. Questão incorreta.

2. (FCC/2012/MP-PE) Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de treze Vereadores, nos Municípios

com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta mil habitantes.

Comentários:

É o que determina a Constituição (art. 29, IV, “c”). Questão correta.

O artigo 29, X da Constituição estabelece o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça. Considerando que o constituinte não foi muito

claro nessa determinação, o STF entende que a competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos se limita aos crimes de competência da justiça

comum estadual. Nos demais casos, a competência originária cabe ao respectivo tribunal de segundo grau.

Há duas importantes súmulas do STJ sobre esse assunto. A primeira delas é a Súmula 208, que determina que “compete à Justiça Federal

processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”. A segunda é a Súmula 209, que estabelece

que “compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”. Destaca-se, ainda,

que os delitos eleitorais, segundo o STJ (STJ, DJU, 17 ago, 1992, 3ª Seção) o Prefeito deverá ser processado e julgado, originariamente, pelo Tribunal

Regional Eleitoral, no caso de prática de crimes eleitorais e pelo Tribunal de Justiça (não pelo Tribunal do Júri) no caso de prática de crimes dolosos contra

a vida (STJ, 5ª Turma, HC 2.259-9-MT, DJU, 28.02.1994).

No que se refere aos crimes de responsabilidade praticados pelo Prefeito

Municipal, é importante que os classifiquemos em próprios ou impróprios. Enquanto os primeiros são infrações político-administrativas, cuja sanção

corresponde à perda do mandato e à suspensão dos direitos políticos, os segundos são verdadeiras infrações penais, apenados com penas privativas de

liberdade. Os primeiros (próprios) deverão ser julgados pela Câmara Municipal,

Page 15: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 101

enquanto os segundos (impróprios) deverão ser julgados pelo Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara de Vereadores.

Destaca-se, porém, que a Constituição Federal prevê a competência originária do Tribunal de Justiça, salvo as exceções anteriormente

mencionadas, apenas para o processo e julgamento das infrações penais comuns contra o Prefeito Municipal. Não se admite a extensão interpretativa

para se considerar a existência de foro privilegiado para as ações populares, ações civis públicas e demais ações de natureza cível. Essa proibição também

vale para as ações de improbidade administrativa, por ausência de previsão constitucional específica.

A Constituição prevê algumas hipóteses de crime de responsabilidade do

Prefeito em seu art. 29-A, § 2º (rol exemplificativo): efetuar repasse que

supere os limites definidos no artigo 29-A, que vimos anteriormente; não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou enviá-lo a menor em relação

à proporção fixada na Lei Orçamentária.

Esquematizando:

JULGAMENTO DO PREFEITO

CRIMES DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESVIO DE VERBA SUJEITA A PRESTAÇÃO DE CONTAS

PERANTE ÓRGÃO FEDERAL

JUSTIÇA FEDERAL

CRIMES ELEITORAIS TRE

CRIMES DE RESPONSABILIDADE PRÓPRIOS

CÂMARA MUNICIPAL

CRIMES DE RESPONSABILIDADE IMPRÓPRIOS E CRIMES

DOLOSOS CONTRA A VIDA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AÇÕES POPULARES, AÇÕES CIVIS PÚBLICAS E DEMAIS AÇÕES DE NATUREZA CÍVEL, BEM COMO

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

PRIMEIRA INSTÂNCIA

Page 16: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 101

A Constituição não outorgou foro especial aos Vereadores perante o Tribunal de Justiça. Contudo, segundo o STF, a Constituição do Estado pode

fazê-lo, se o legislador constituinte entender oportuno. A Carta Magna limitou-se a conceder-lhes inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no

exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII), a chamada imunidade material.

No que se concerne ao subsídio dos vereadores, a Constituição determina, em seu artigo 29, VI, que este será fixado pelas respectivas

Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe a Carta Magna, os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica

e os seguintes limites máximos:

Número de habitantes

Até 10.000

De

10.001 a

50.000

De 50.001 a

100.000

De

100.001 a

300.000

De

300.001 a

500.000

Acima de

500.000

Subsídio máximo do

vereador (% subsídio

deputados estaduais)

20% 30% 40% 50% 60% 75%

Dispõe, ainda, a Carta Magna, em seu art. 29-A, § 1º, que a Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha

de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

Além disso, nos §§ 2º e 3º, prevê uma hipótese de crime de

responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal:

§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto

com o subsídio de seus Vereadores.

§ 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da

Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.

4. Distrito Federal

Page 17: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 101

O Distrito Federal apresenta algumas características dos Estados e algumas características dos Municípios. Como exemplo, cita-se que, como os

Municípios, é regido por lei orgânica e não tem poder de organização do Ministério Público e do Poder Judiciário que atuam em seu território. Da

mesma forma, apresenta competências próprias dos Estados, como é o caso da concorrente, e está sujeito à intervenção federal. Possui, ainda, como os

Estados, três representantes no Senado Federal, participando da composição

do Poder Legislativo federal.

O Distrito Federal é ente federado autônomo e, como tal, dispõe de auto-organização, autoadministração, autolegislação e autogoverno (CF, arts. 18,

32 e 34). A auto-organização do Distrito Federal se dá por meio de lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e

aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição (art. 32, “caput”, CF/88).

No que se refere à autolegislação, apresenta uma característica peculiar: a ele são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados

e Municípios (CF, art. 32, §1º e 147). Não se pode, porém, dizer que o Distrito Federal apresenta todas as competências legislativas dos Estados-

membros. Algumas não lhe foram estendidas, como é o caso, por exemplo, da competência para dispor sobre sua organização judiciária, do Ministério Público

e da Defensoria Pública, bem como organização administrativa, que é privativa da União (art. 22, XVII, CF). Além disso, ao contrário dos Estados-membros, a

competência para organizar e manter, no seu âmbito, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Defensoria Pública, a polícia civil, a polícia militar e o corpo

de bombeiros militar é da União (CF, art. 21, XIII e XIV).

Já no que tange ao autogoverno, a eleição do Governador e do Vice-

Governador segue as regras da eleição para Presidente da República. A dos deputados distritais segue a regra dos deputados estaduais.

Outra peculiaridade do Distrito Federal é que, diferentemente do que

ocorre com os demais entes federados, não há previsão constitucional para alteração dos seus limites territoriais. Ressalta-se, ainda, que, ao contrário dos

Estados-membros, o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios (art.

32, “caput”, CF/88).

Além disso, não pode organizar nem manter o Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, nem as polícias civil e militar e o corpo de

bombeiros. Todos esses órgãos são organizados e mantidos pela União, cabendo a ela legislar sobre a matéria. Nesse sentido, determina a Súmula 647

do STF que “compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal”.

5. Territórios Federais

Page 18: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 101

Os Territórios federais não são entes federados, integram a União (art. 18, §2º, CF). Caso sejam criados, obedecerão às regras constitucionais a

seguir:

Territórios

Poderão, ou não, ser divididos em Municípios (art. 33, § 1º, CF)

As contas do seu Governo serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de

Contas da União (CF, art. 33, § 2º)

Quando tiverem mais de cem mil habitantes, além do

Governador, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e

defensores públicos federais. A lei disporá sobre as eleições

para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa (CF, art. 33, §3º)

Governador escolhido pelo Presidente da República, com nome aprovado previamente, por voto secreto, após

arguição pública, pelo Senado Federal (CF, art. 52, III, “c”)

A jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais

caberão aos juízes locais, na forma da lei (CF, art. 110, parágrafo único)

Elegerão quatro deputados federais (CF, art, 45, § 2º)

.

Segundo a Carta Magna, a criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Destaca-se que a criação de um Território federal a partir do desmembramento de um Estado obedece as mesmas regras referentes à formação dos Estados,

que estudaremos a seguir.

6. Formação dos Estados

Antes de estudarmos a formação dos Estados, é importante definirmos os fenômenos da fusão, cisão ou incorporação, possíveis de ocorrerem tanto

com os Estados quanto com os Municípios.

Pela fusão, o ente federado se incorpora a outro, da mesma espécie (um Estado se incorpora a outro Estado ou um Município se incorpora a outro

Estado). Com isso, há a formação de um terceiro e novo ente federado,

distinto dos anteriores e com personalidade própria. Os entes federativos que lhe deram origem não mais existirão.

Já pela cisão, o ente federativo (Estado ou Município) se subdivide,

formando dois ou mais novos entes. No caso de um Município, haverá a formação de novos Municípios. No caso de um Estado, poderão ser formados

novos Estados ou Territórios. Os entes formados apresentam personalidade distinta daqueles que lhes deram origem. Os originários, por sua vez,

desaparecem.

Page 19: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 101

Finalmente, no desmembramento, que também pode ocorrer tanto nos Estados quanto nos Municípios, há duas possibilidades. Em ambas, o ente (ou

entes) originários não desaparecem.

A primeira delas (desmembramento-anexação) é quando um ou mais

entes federados cedem parte de seu território para que este seja anexado a um ente já existente. Exemplo: o Município de Goiânia cede parte de seu

território ao de Aparecida de Goiânia.

A segunda possibilidade (desmembramento-formação) ocorre quando um ou mais entes federados cedem parte de seu território para que haja a

formação de um novo ente. Foi o que aconteceu com Goiás, quando este cedeu parte de seu território para a formação do estado do Tocantins.

De volta à análise da Constituição, seu art. 18, § 3º, determina que os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se

anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada2, através de

plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Observe que a formação dos Territórios obedece aos mesmos requisitos necessários para a

incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado. Combinando-se este artigo ao art. 48, VI, CF/88, tem-se que esses requisitos são:

Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas;

Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados;

Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

“E o que são populações diretamente interessadas, professora?”

A resposta é dada pela Lei 9.709/1998, que em seu artigo 7º dispõe:

Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o entende-se por população diretamente interessada tanto a do

território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação,

tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo

percentual que se manifestar em relação ao total da população

consultada.

O resultado do plebiscito é vinculante, caso desfavorável, pois torna a modificação territorial impossível. Já quando favorável, a decisão final sobre a

2 Na ADI 2.650/DF, o STF considerou que se deve dar ao termo

“população diretamente interessada” o significado de que, nos casos de

desmembramento, incorporação ou subdivisão de Estado, deve ser consultada, mediante plebiscito, toda a população do (s) Estado (s) afetado (s), e não apenas a população da área a ser desmembrada, incorporada ou subdividida.

Page 20: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 101

modificação territorial é do Congresso Nacional, pois este poderá editar ou não a lei complementar. Já a consulta às Assembleias Legislativas é meramente

opinativa. Mesmo se esta for desfavorável à mudança territorial, o Congresso Nacional pode editar a lei complementar que aprova a subdivisão, incorporação

ou desmembramento.

7. Formação dos Municípios

O art. 18, § 4º da Constituição, com redação dada pela EC no 15/1996, assim dispõe:

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento

de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de

consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de

Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da

lei.

São, portanto, cinco os requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios:

Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando

genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a criação,

incorporação, fusão e desmembramento de municípios; Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e

a forma de divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;

Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada acima;

Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos; Aprovação de lei ordinária estadual determinando a criação,

incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s).

8. Vedações aos Entes Federados

A Constituição estabelece, em seu art. 19, algumas vedações aos entes federados:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus

representantesrelações de dependência ou aliança, ressalvada,

na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

Page 21: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 101

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

No que se refere ao inciso I, observa-se que o Brasil é um Estado laico,

leigo ou não confessional, não adotando qualquer religião oficial. Entretanto, admite-se a colaboração de interesse público com os cultos religiosos ou

igrejas, na forma da lei.

O inciso II veda que um ente da Federação recuse fé a documentos públicos produzidos por outro, em virtude de sua procedência. Assim, a

Receita Federal do Brasil não pode recusar fé a uma certidão negativa de débito emitida pela Secretaria da Fazenda do Tocantins, por exemplo. Trata-se

de uma garantia que visa a fortalecer o pacto federativo.

Finalmente, o inciso III acima também reforça o pacto federativo, ao vedar

que os entes da federação criem preferências entre si ou entre brasileiros, em função de sua naturalidade. Assim, é vedado, por exemplo, que um concurso

público estabeleça que somente os naturais de Minas Gerais poderão concorrer a determinada vaga.

9. Intervenção Federal

A autonomia dos entes federados poderá, excepcionalmente, ser afastada, em algumas situações anormais determinadas taxativamente pela Constituição. Nesse caso, haverá intervenção da União sobre Estados ou

Distrito Federal ou sobre Municípios situados em Territórios (a chamada intervenção federal) ou, ainda, intervenção do Estado em seu Município

(intervenção estadual).

As hipóteses de intervenção federal nos Estados e Municípios são

dispostas em rol taxativo (“numerus clausus”) no art. 34 da CF:

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

I - manter a integridade nacional;

II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:

a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;

Page 22: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 101

b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos

em lei;

VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão

judicial;

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de

transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Nos casos previstos no art. 34, I, II, III e V, o Presidente da República

age de ofício, independentemente de provocação. É a chamada intervenção federal espontânea.

Já no caso de coação ou impedimento que impeça o livre exercício dos

Poderes Legislativo ou Executivo, a intervenção dependerá de solicitação, ao Presidente da República, do Poder que está sofrendo a coação ou o

impedimento. Caberá ao Presidente decidir acerca da conveniência e oportunidade de atender ao pedido.

Em alguns casos, porém, a intervenção será provocada por requisição, ficando o Presidente da República obrigado a promovê-la, caso a suspensão do

ato impugnado não seja suficiente para restabelecer a normalidade. São eles:

Para garantir o livre exercício do Poder Judiciário, em que a decretação da intervenção federal dependerá de requisição do STF.

Para prover a execução de ordem ou decisão judicial, em que a

requisição será feita:

a) Pelo TSE, no caso de descumprimento de ordem ou decisão da justiça eleitoral;

b) Pelo STJ, no caso de descumprimento de ordem ou decisão do STJ;

c) Pelo STF, no caso de descumprimento de ordem ou decisão do

próprio STF, da justiça do trabalho ou da justiça militar.

Finalmente, em alguns casos, a intervenção será provocada, dependendo

de provimento de representação. É o caso de ofensa aos princípios sensíveis

Page 23: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 101

ou de necessidade de prover a execução de lei federal, em que a intervenção dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da

República (PGR). Os princípios sensíveis, caso você já tenha se esquecido, estão listados no art. 34, VII, da CF/88.

10. Intervenção nos Municípios

As hipóteses em que os Estados poderão intervir em seus Municípios ou

a União poderá intervir nos Municípios situados em seus Territórios estão previstas no art. 35 da CF/88:

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a

União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas

ações e serviços públicos de saúde;

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na

Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

Observe que, assim como a intervenção federal, trata-se de medida

excepcional, uma vez que a regra é a autonomia do Município. Por isso mesmo, só pode ser decretada nos casos taxativamente previstos pela

Constituição da República, em seu art. 35.

Como ato político que é, apenas o Governador do Estado ou o Presidente da República (este, no caso de Municípios situados em Territórios) poderão

decretá-la. No caso previsto no inciso IV, isso dependerá de provimento, pelo

Tribunal de Justiça, de representação formulada pelo Procurador-Geral de Justiça.

Destaca-se, ainda, que, igualmente à intervenção federal, haverá um

controle político exercido pela Assembleia Legislativa, que, no prazo de 24 horas, apreciará o decreto interventivo. A exceção se dá no caso do art. 35, IV,

da Carta Magna.

11. O Controle do Congresso Nacional na Intervenção

Page 24: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 101

O controle político do Congresso Nacional sobre o decreto de intervenção se dá com fundamento nos § 1º e 2º do art. 36 da CF/88:

§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber,

nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado,

no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no

mesmo prazo de vinte e quatro horas.

Destaca-se que, caso haja a rejeição do decreto interventivo pelo

Congresso Nacional, o Presidente da República deverá cessá-lo imediatamente.

Outro ponto importante sobre o controle político do Congresso Nacional é que ele está dispensado em algumas situações, estabelecidas no § 3º do art.

36 da Carta Magna. São elas:

Intervenção federal para prover a execução de lei federal, ordem ou

decisão judicial;

Intervenção federal em caso de afronta aos princípios sensíveis da

Constituição.

Nesses casos, estabelece a Constituição que, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á

a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao

restabelecimento da normalidade. Caso, porém, essa medida não seja suficiente para restabelecer a normalidade, o Presidente da República

decretará a intervenção federal, que será submetida ao controle político do Congresso Nacional. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades

afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

Repartição de competências

Na definição de José Afonso da Silva, competência é a “faculdade

juridicamente atribuída a uma entidade, órgão, ou agente do Poder Público

para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar as suas funções”.

O objetivo da repartição de competências na CF/88 é dividir o poder político entre os entes federados de forma racional e equilibrada, garantindo o

federalismo de equilíbrio entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Para isso, a Carta Magna adotou como critério para estabelecer competências o

chamado princípio da predominância do interesse. Assim, determinou que matérias de interesse geral fossem de competência da União, deixando aquelas

Page 25: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 101

de interesse regional para os Estados e as de interesse local para os municípios.

A Constituição reparte competências ao dividir, entre os entes federados, as diversas atividades do Estado brasileiro. Essa repartição pode ser

modificada por emenda constitucional, desde que não ocorra de tal forma que haja tendência à abolição da forma federativa de Estado (cláusula pétrea), por

reduzir de forma substancial a autonomia de um ou mais entes federados.

A repartição de competências pode se dar por meio de duas técnicas: repartição horizontal ou vertical. Na horizontal, os entes federados atuam em

áreas específicas, sem a interferência de um sobre o outro, sob pena de inconstitucionalidade. Já na vertical, há uma atuação coordenada dos entes

federados.

O sistema de repartição de competências adotado pela Constituição

brasileira se fundamenta na técnica da enumeração dos poderes da União (arts. 21 e 22), indicação dos poderes dos Municípios (art. 30) e atribuição dos

poderes remanescentes aos Estados (art. 25, § 1º, CF). Em todos esses casos, faz-se uso da técnica de repartição horizontal de competências.

Simultaneamente, a Carta Magna permite a delegação de algumas competências (art. 22, parágrafo único), prevê áreas comuns em que a

atuação dos entes federados se dá paralelamente (art. 23) e algumas áreas concorrentes entre União, Estados e Distrito Federal. Nas competências

concorrentes, verticalmente repartidas, cabe à União estabelecer as normas

gerais e aos Estados e Distrito Federal a competência suplementar.

1. Competências da União

A Carta da República estabelece, em seu art. 21, as competências

exclusivas da União:

Art. 21. Compete à União:

UNIÃO MATÉRIAS DE INTERESSE

GERAL

ESTADOS-MEMBROS

MATÉRIAS DE INTERESSE REGIONAL

DISTRITO FEDERAL

MATÉRIAS DE INTERESSE REGIONAL E LOCAL

MUNICÍPIOS MATÉRIAS DE INTERESSE

LOCAL

Page 26: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 101

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

III - assegurar a defesa nacional;

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele

permaneçam temporariamente;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a

intervenção federal;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

VII - emitir moeda;

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito,

câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e

social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão

ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de

um órgão regulador e outros aspectos institucionais;

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação

com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura

aeroportuária;

Page 27: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 101

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham

os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e

internacional de passageiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério

Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;3

XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária

e a ferroviária federais, bem como a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e dos

Territórios;

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o

corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a

execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;

XVII - conceder anistia;

XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as

inundações;

XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

3 Redação dada pela EC no 69/2012 com o objetivo de transferir, da União para o Distrito Federal, as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do

Distrito Federal.

Page 28: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 101

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de

qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a

industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do

Congresso Nacional;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa

e usos médicos, agrícolas e industriais;

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,

comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da

existência de culpa;

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da

atividade de garimpagem, em forma associativa.

Essas competências são administrativas, devendo a União atuar com

exclusividade. São indelegáveis a outros entes federativos. Mesmo diante da omissão da União, não podem os demais entes federados atuar no âmbito

dessas matérias.

O artigo 22 da Constituição estabelece a competência privativa da União. Leia-o na íntegra.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil4, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

II - desapropriação;

Page 29: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 101

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

V - serviço postal;

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos

metais;

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de

valores;

VIII - comércio exterior e interestadual;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima,

aérea e aeroespacial;

XI - trânsito e transporte;

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV - populações indígenas;

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;

XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da

Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança

popular;

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

Page 30: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 101

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e

corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária

e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social;

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

XXV - registros públicos;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas,

autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as

empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa

marítima, defesa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os

Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

São competências legislativas sobre as quais os demais entes federados não podem legislar, mesmo diante da omissão da União. Entretanto, é possível

que Estados e Distrito Federal (jamais Municípios) legislem sobre questões específicas (nunca gerais) dessas matérias, desde que a União lhes delegue

tal competência por lei complementar.

Caso haja tal delegação, ela deverá contemplar todos os Estados-

membros e o Distrito Federal. Portanto, ao contrário da competência do art. 21 da CF, a competência do art. 22 é delegável.

Veja como isso foi cobrado em prova:

3. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Em relação às competências no âmbito da organização político-administrativa do Estado Brasileiro, é

correto asseverar que a União possui competência legislativa privativa, a qual não pode ser delegada aos Estados, ao Distrito

Federal e nem aos Municípios.

Page 31: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 101

Comentários:

A competência privativa da União pode, sim, ser delegada a Estados e Distrito

Federal, mas não aos Municípios. O instrumento para que tal delegação possa ser feita é a lei complementar. Questão incorreta.

4. (FCC/2012/TRE-SP) Na hipótese de um Estado-membro da federação pretender legislar sobre direito eleitoral,

a) dependerá de lei complementar federal que autorize os Estados a

legislar sobre questões específicas da matéria. b) não poderá atingir seu objetivo, por se tratar de competência privativa

da União, nos termos da Constituição da República. c) poderia fazê-lo, desde que inexistisse lei federal sobre a matéria.

d) terá a lei estadual sua eficácia eventualmente suspensa naquilo que for

contrária a lei federal superveniente. e) poderia exercer competência legislativa plena, para atender a suas

peculiaridades, desde que inexistisse lei federal sobre normas gerais na matéria.

Comentários:

Como legislar sobre direito eleitoral é de competência privativa da União (art.

22, I, CF) o Estado-membro só poderá legislar sobre a matéria caso haja autorização por meio de lei complementar federal, dirigida a todos os Estados-

membros. Mesmo assim, a lei estadual só poderá versar sobre questões específicas do direito eleitoral (art. 22, parágrafo único, CF). A letra A é o

gabarito da questão.

Destaca-se ainda que nada impede que a União retome, a qualquer momento, sua competência, legislando sobre a matéria delegada. Isso porque

a delegação não se confunde com renúncia de competência.

Para Alexandre de Moraes, a delegação de assuntos da competência legislativa privativa da União aos Estados depende do cumprimento de três

requisitos:

Requisito formal: a delegação deve ser objeto de lei complementar

devidamente aprovada pelo Congresso Nacional;

Requisito material: só poderá haver delegação de um ponto específico

da matéria de um dos incisos do art. 22 da CF/88, pois a delegação não se reveste de generalidade;

Requisito implícito: a proibição, constante do art, 19 da Carta Magna, de que os entes federativos criem preferências entre si, implica que a lei

complementar editada pela União deverá delegar a matéria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir o pacto federativo.

Page 32: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 101

Na falta da delegação, é inconstitucional qualquer lei estadual ou do Distrito Federal que disponha sobre as matérias do art. 22 da Constituição.

Nesse sentido, decidiu o STF (Súmula Vinculante no 2) que “é inconstitucional a lei ou o ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de

consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”.

Caso haja tal delegação, ela deverá contemplar todos os Estados-membros e o Distrito Federal. Portanto, ao contrário da competência do art. 21

da CF, a competência do art. 22 é delegável.

Para fecharmos o estudo desse tópico, trago para você alguns

posicionamentos jurisprudenciais importantes do STF acerca do art. 22.

De acordo com o Pretório Excelso, lei estadual que limite o valor das quantias cobradas pelo uso de estacionamento de veículos em áreas

particulares invade a competência privativa da União para legislar sobre direito civil. Enquanto a União regula o direito de propriedade e estabelece as regras

substantivas de intervenção no domínio econômico, os outros níveis de governo apenas exercem o policiamento administrativo do uso da propriedade

e da atividade econômica dos particulares, tendo em vista, sempre, as normas substantivas editadas pela União5.

Além disso, considerou a Corte inconstitucional lei estadual que dispunha sobre atos de juiz, direcionando sua atuação em face de situações específicas6.

Isso porque compete privativamente à União legislar sobre direito processual (art. 22, I). Sob o mesmo fundamento, considerou, também, inconstitucional,

norma estadual que disciplinava o valor que devia ser dado a uma causa7.

5 ADI 1.918, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 23.08.01, DJ de 01.08.03.

6 ADI 2.257, Rel. Min. Eros Grau, j. 06.04.05, DJ de 26.08.05.

7 ADI 2.655, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 09.03.04, DJ de 26.03.04.

REQUISITO FORMAL

LEI COMPLEMENTAR

REQUISITO MATERIAL

DELEGAÇÃO DE APENAS UM PONTO DA MATÉRIA

REQUISITO IMPLÍCITO

A LEI DEVERÁ DELEGAR A MATÉRIA IGUALMENTE ENTRE TODOS OS

ESTADOS

Page 33: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 101

2. Competência comum

O artigo 23 da Carta Magna trata da chamada competência comum, concorrente administrativa, paralela ou cumulativa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Vamos lê-lo juntos?

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das

instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e

garantia das pessoas portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens

naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de

obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à

ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em

qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de

marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e

minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Page 34: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 101

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Note que essas são matérias de competência administrativa de todos os entes da Federação, de forma solidária, com inexistência de subordinação

em sua atuação. Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade.

No que se refere à lei complementar prevista no parágrafo único do art.

23 da Constituição, nota-se que esta tem como finalidade evitar conflitos e dispersão de recursos, coordenando-se as ações dos entes federativos em prol

de melhores resultados.

Questões de prova:

5. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Em relação às competências no âmbito da organização político-administrativa do Estado Brasileiro, é

correto asseverar que a União possui competência comum, juntamente com Estados, Distrito Federal e Municípios, para fomentar

a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.

Comentários:

É o que dispõe o art. 23, VIII, da Constituição. Questão correta.

6. (FCC/2012/TRT 6ª Região)Determina a Constituição que Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio

do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Esta regra constitucional aplica-se no caso de competência

a) comum. b) reservada.

c) suplementar. d) concorrente.

e) remanescente.

Comentários:

Trata-se de regra aplicável no âmbito da competência comum, conforme dispõe o parágrafo único do art. 23 da Carta Magna. A letra A é o gabarito da

questão.

3. Competência legislativa concorrente

Page 35: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 101

Em seu artigo 24, a Constituição estabelece a competência legislativa concorrente. Vamos ler o artigo na íntegra?

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e

urbanístico;

II - orçamento;

III - juntas comerciais;

IV - custas dos serviços forenses;

V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio

ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,

turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,

histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas

causas;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância e à juventude;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da

União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

Page 36: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 101

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas

peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

A competência legislativa concorrente é atribuída à União, dos Estados e do Distrito Federal (os Municípios não foram contemplados). A

competência da União está limitada ao estabelecimento de regras gerais. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito Federal complementar a

legislação federal (é a chamada competência suplementar dos Estados-membros e Distrito Federal).

Caso a União não edite as normas gerais, Estados e Distrito Federal

exercerão competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Entretanto, caso a União posteriormente ao exercício da competência

legislativa plena pelos Estados e Distrito Federal edite a regra geral, ela

suspenderá a eficácia da lei estadual (veja que não se fala em revogação, mas em suspensão) apenas no que for contrária àquela. Ocorre, então, um

bloqueio de competência, não podendo mais o Estado legislar sobre normas gerais, como vinha fazendo.

Observa-se que a Carta Magna adotou o modelo de competência

concorrente não cumulativa, em que há repartição vertical, isto é, dentro de um mesmo campo material reservou as regras gerais à União e deixou aos

Estados a complementação. Na competência concorrente cumulativa (não adotada pela Carta Magna), não há limites prévios para o exercício da

competência, que pode ser igualmente exercida por todos os entes federativos.

Outro ponto de destaque é que a competência suplementar dos Estados-

membros e do Distrito Federal pode ser dividida em duas espécies: competência complementar e competência supletiva. A primeira dependerá de

existência prévia de lei federal, a ser especificada pelos Estados-membros e pelo Distrito Federal. Já a segunda surgirá quando da inércia da União em

editar a lei federal, permitindo aos Estados-membros e ao Distrito Federal exercerem a competência legislativa plena, tanto para a edição de normas de

caráter geral quanto de normas específicas.

Page 37: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 101

4. Competências dos Estados

A Constituição não lista taxativamente as competências dos Estados-membros, reservando-lhes a chamada competência remanescente ou residual (art. 25, §1º, CF):

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Essa técnica foi adotada originariamente pela Constituição norte-

americana e, desde então, por todas as Constituições brasileiras, por privilegiar a autonomia dos Estados-membros em relação à União. Isso porque

permite que a maior parte das competências seja dos Estados, uma vez que as competências da União são listadas taxativamente, enquanto as dos Estados-

membros são indefinidas.

Entretanto, a Carta Magna enumera isoladamente algumas competências

dos Estados. Veja quais são as mais cobradas em concursos, a partir da leitura das correspondentes normas constitucionais:

Art. 25, § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou

mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na

forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação;

Art. 25, § 3º - Os Estados poderão, mediante lei

complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de

municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse

comum.

COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

COMPLEMENTAR

EXISTÊNCIA DE LEI FEDERAL GERAL

EDIÇÃO DE LEIS ESPECÍFICAS

SUPLETIVA

AUSÊNCIA DE LEI FEDERAL GERAL

EDIÇÃO TANTO DE NORMAS GERAIS QUANTO DE

ESPECÍFICAS

Page 38: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 101

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.

Questão de prova:

7. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Em relação às competências no

âmbito da organização político-administrativa do Estado Brasileiro, é correto asseverar que a União é dotada de competência administrativa

remanescente ou residual para suprir a inércia legislativa dos Estados e Municípios.

Comentários:

É dos Estados a competência remanescente ou residual, não da União.

Questão incorreta.

Destaca-se, ainda, que a Constituição atribui ao Distrito Federal as

competências legislativas, administrativas e tributárias reservadas aos estados e aos municípios (CF, art. 32, §1º).

Contudo, há exceções (competências estaduais que não foram atribuídas

ao Distrito Federal). É o caso das competências do art. 21, XIII e XIV da CF, que são da União, diferentemente do que acontece com os Estados, aos quais

foi dada competência para tratar dessas matérias.

5. Competências do Distrito Federal

A Constituição atribui ao Distrito Federal as competências legislativas, administrativas e tributárias reservadas aos estados e aos municípios (CF, art.

32, §1º).

Contudo, há exceções (competências estaduais que não foram atribuídas

ao Distrito Federal). É o caso das competências do art. 21, XIII e XIV da CF, que são da União, diferentemente do que acontece com os Estados, aos quais

foi dada competência para tratar dessas matérias.

6. Competências dos Municípios

As competências dos Municípios são listadas, em sua maior parte, no artigo 30 da Constituição, que leremos juntos:

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

Page 39: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 101

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de

prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse

local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e

do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento

territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e

estadual.

Questões de prova:

8. (FCC/2012/ARCE) Compete aos Municípios, dentre outras

atribuições, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,

incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

Comentários:

É o que determina o art. 30, inciso V, da CF/88. Questão correta.

9. (FCC/2012/ARCE) Compete aos Municípios, dentre outras atribuições, prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e

do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.

Comentários:

Trata-se da literalidade do art. 30, inciso VII, da Constituição. Questão correta.

Page 40: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 101

A competência legislativa dos municípios subdivide-se em exclusiva e suplementar:

Competência exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, I);

Competência suplementar, para suplementar a legislação federal ou estadual, no que couber (CF, art. 30, II).

A competência administrativa dos Municípios autoriza sua atuação sobre

matérias de interesse local, especialmente sobre aquelas constantes dos incisos III a IX do art. 30 da Carta Magna.

Cabe aos Municípios disciplinar a exploração da atividade de estabelecimento comercial, mediante expedição de alvarás ou licenças para

funcionamento.

Do mesmo modo, é de competência do Município a fixação do horário de funcionamento do comércio local, bem como de drogarias, farmácias e dos

plantões obrigatórios destas (Súmula 645, STF). O STF entende, também, que o Município é competente para, dispondo sobre a segurança de sua população,

impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem portas

eletrônicas, com detector de metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de balas.

Todavia, é de competência da União (não do Município) a fixação do

horário de funcionamento das agências bancárias, pois este extrapola o interesse local.

É importante destacar, também, que o STF decidiu que o Município é competente para legislar sobre limite de tempo de espera em fila dos usuários

dos serviços prestados pelos cartórios localizados no seu respectivo território, sem que isso represente ofensa à competência privativa da União para legislar

sobre registros públicos.

Entende, ainda, a Corte, que o Município pode editar legislação própria, com fundamento na autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30,

I), com o objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não),

equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas

eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera,

ou, ainda, colocação de bebedouros. Não há, portanto, necessidade de que essa legislação municipal obedeça diretrizes definidas em lei federal ou

estadual, dado que a competência para tratar do assunto é do Município (AI 347.717-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-5-2005, Segunda

Turma, DJ de 5-8-2005.).

Também entende a Corte que o Município possui competência para legislar sobre tempo de atendimento em filas nos estabelecimentos bancários,

Page 41: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 101

tratando-se de assunto de interesse local, o que não se confunde com a atividade-fim do banco (AI 722549 MG, DJe-073 DIVULG 26/04/2010 PUBLIC

27/04/2010).

Outro importante entendimento da Corte é o de que o preceito da

Constituição que garante o direito a ‘meia passagem’ aos estudantes, nos transportes coletivos municipais, avança sobre a competência legislativa local.

A competência para legislar a propósito da prestação de serviços públicos de transporte intermunicipal é dos Estados-membros (competência residual). Não

há inconstitucionalidade no que toca ao benefício, concedido pela Constituição estadual, de ‘meia passagem’ aos estudantes nos transportes coletivos

intermunicipais. Já no caso de serviço de transporte local, a competência para dispor a respeito é da legislação municipal (ADI 845, DJe-041 DIVULG 06-

03-2008 PUBLIC 07-03-2008).

Por fim, destaca-se a posição do Supremo de que lei municipal que

obriga ao uso de cinto de segurança e proíbe transporte de menores de 10 anos no banco dianteiro dos veículos é inconstitucional, por ofender à

competência privativa da União Federal para legislar sobre trânsito (CF, art. 22, XI).

10. (FCC/2004/IPEA) Decorre do sistema federativo estabelecido na

Constituição Federal que:

a) a União é hierarquicamente superior aos Estados e ao Distrito Federal;

e que estes são hierarquicamente superiores aos Municípios, não se lhes aplicando os conceitos de soberania e autonomia.

b) somente a União é ente soberano, sendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entes autônomos.

c) somente a União, os Estados e o Distrito Federal são entes autônomos, sendo os Municípios entes administrativos não dotados de autonomia

federativa. d) somente a União é ente autônomo, sendo os Estados, o Distrito Federal

e os Municípios entes administrativos não dotados de autonomia federativa. e) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são entes

autônomos. Comentários:

Autonomia difere de soberania. No Brasil, apenas a República Federativa do Brasil (RFB) é considerada soberana, inclusive para fins de direito

internacional. Só ela possui personalidade internacional: os Estados federados

Page 42: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 101

são reconhecidos pelo direito internacional apenas na medida em que o a RFB autoriza. A letra E, portanto, é o gabarito da questão.

11. (FCC/2010/PGE-AM) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios integram a organização político-administrativa da

República Federativa do Brasil, juntamente com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da

Constituição.

Comentários:

Os Territórios não integram a estrutura da República Federativa do

Brasil, não são entes federados. Fazem parte da União, sendo meras descentralizações administrativas desta. Trataremos dos Territórios com mais

detalhes adiante, ainda nesta aula. Questão incorreta.

12. (FCC/2010/TJ-MS/Juiz) No tocante à organização do Estado brasileiro, mormente no que se refere à organização de poderes e aos

entes federados, a Constituição prevê como entes federados a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios.

Comentários:

Como vimos, o art. 18 da CF/88 prevê, como entes federados, apenas a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Os Territórios fazem

parte da União, sendo meras descentralizações administrativas desta. Questão incorreta.

13. (FCC/2009/TRT 3ª Região) No que diz respeito à organização político-administrativa da União é correto afirmar que são bens da

União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos.

Comentários:

Os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos são, de fato, bens da União (art. 20, VIII e X, CF). Questão correta.

14. (FCC/2006/TRT 24ª Região) NÃO constituem bem da União:

a) os recursos minerais. b) os potenciais de energia hidráulica.

c) os rios que banham apenas um Estado Federado. d) as cavidades naturais subterrâneas.

e) os sítios arqueológicos.

Comentários:

Page 43: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 101

Os rios só fazem parte da União quando se situam em terrenos de seu domínio, ou banham mais de um Estado, ou servem de limites com outros

países ou se estendem a território estrangeiro ou dele proveem (art. 20, III, CF). A letra C é o gabarito.

15. (FCC/2005/TCE-MA) Dentre os bens da União, de acordo com a Constituição, incluem-se:

a) quaisquer águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e

em depósito. b) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-

históricos. c) quaisquer ilhas fluviais e lacustres.

d) os rios de longo curso e seus terrenos marginais.

e) as terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos.

Comentários:

A letra A não encontra previsão entre os bens da União, estando, por

isso, incorreta.

As ilhas fluviais e lacustres só são bens da União quando se situam nas

zonas limítrofes com outros países. Por isso, a letra C está errada.

Também os rios só são bens da União quando se situam em terrenos de seu domínio ou banham mais de um Estado, ou servem de limites com outros

países, ou, ainda, se estendem a território estrangeiro ou dele proveem. A

letra D, por isso, está errada.

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios também são bens da União. A CF/88 não faz a mesma previsão quanto às terras ocupadas pelos

remanescentes dos quilombos. A letra E está errada.

Por fim, as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e

pré-históricos são, como vimos, bens da União. O gabarito é a letra B.

16. (FCC/2008/TJ-RR) Pertencem à União as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais, bem como o solo em que localizados,

para efeito de exploração ou aproveitamento.

Comentários:

Dispõe a CF/88 (art. 20, IX) que pertencem à União os recursos

minerais, inclusive os do subsolo. O solo onde esses recursos estão situados, porém, permanece como propriedade do particular. Só para enriquecer nossos

conhecimentos, reproduzirei o art. 176 da Carta Magna:

Page 44: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 101

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem

propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao

concessionário a propriedade do produto da lavra.

Suponhamos, como exemplo, que seja encontrada uma mina de ouro em

uma fazenda do Sr. João da Silva, em Goiás. A propriedade da fazenda continuará sendo do Sr. João, embora o ouro encontrado seja da União. Caso

uma concessionária venha a explorar essa jazida, deverá pagar royalties à União, proprietária dos recursos minerais. O produto da lavra (ouro extraído),

entretanto, será da concessionária. Questão incorreta.

17. (FCC/2011/TRE-AP) No tocante à Organização Político-

Administrativa, a União repassou para determinada Igreja verba pública para o auxilio de trezentas crianças carentes e desabrigadas,

sendo que com tal repasse as crianças foram todas tiradas da rua e abrigadas numa instituição controlada pela Igreja. Esse repasse de

verba é:

a) ilícito porque não há previsão na Constituição Federal que autorize. b) ilícito porque a Constituição Federal proíbe expressamente a União de

manter relação com Igreja para tal finalidade. c) permitido pela Constituição Federal porque visa o interesse público.

d) vedado pela ausência de interesse público.

e) ilícito porque o Poder Público é quem deve, com exclusividade, auxiliar diretamente as crianças, não podendo delegar essa função para uma Igreja.

Comentários:

A Constituição estabelece, em seu art. 19, algumas vedações aos entes

federados:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus

representantesrelações de dependência ou aliança, ressalvada,

na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

No que se refere ao inciso I, observa-se que o Brasil é um Estado laico,

leigo ou não confessional, não adotando qualquer religião oficial. Entretanto, admite-se a colaboração de interesse público com os cultos religiosos ou

igrejas, na forma da lei.

Page 45: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 101

O inciso II veda que um ente da Federação recuse fé a documentos públicos produzidos por outro, em virtude de sua procedência. Assim, a

Receita Federal do Brasil não pode recusar fé a uma certidão negativa de débito emitida pela Secretaria da Fazenda do Tocantins, por exemplo. Trata-se

de uma garantia que visa a fortalecer o pacto federativo.

Finalmente, o inciso III acima também reforça o pacto federativo, ao

vedar que os entes da federação criem preferências entre si ou entre brasileiros, em função de sua naturalidade. Assim, é vedado, por exemplo, que

um concurso público estabeleça que somente os naturais de Minas Gerais poderão concorrer a determinada vaga.

Voltando à questão, considero que ela foi mal feita. Apesar de podermos

interpretar que se trata de um caso de colaboração de interesse público, creio

que isso deveria constar de maneira expressa, no enunciado. De qualquer forma, o gabarito é a letra C, com base na ressalva constante do art. 19, I, da

CF/88.

18. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Nos termos da Constituição Federal, à União não é vedado, recusar fé a documentos públicos, bem como

estabelecer diferença entre brasileiros.

Comentários:

É o oposto disso! A CF/88, em seu art. 19, veda à União, aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos públicos, bem como criar distinções entre brasileiros. Questão incorreta.

19. (FCC/2009/TJ-PI) É permitido aos Estados:

a) manter aliança com igrejas, desde que não seja a colaboração de interesse público.

b) incorporar-se entre si para formarem novos Estados. c) recusar fé aos documentos públicos.

d) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. e) renunciar sua autonomia, estabelecendo relação de dependência com

qualquer Município.

Comentários:

O art. 19 da Constituição veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal

e aos Municípios:

Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes

o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de

interesse público; Recusar fé aos documentos públicos;

Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

Page 46: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 101

Com base nessas vedações, as letras A, C e D estão incorretas. Da mesma forma, a letra E está incorreta, pois o Estado jamais poderá renunciar

à sua autonomia, que é assegurada pela própria CF/88. O gabarito, portanto, é a letra B. Veremos, ainda nesta aula, quais as condições para que o Estado se

incorpore a outros.

20. (FCC/2006/TRF 1ª Região) É vedado à União, aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter

com eles ou seus representantes relações de dependência e aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

Comentários:

O enunciado está perfeito. Questão correta.

21. (FCC/2010/TCE-AP) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a

realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e sudeste do

atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² e 1.300.000

habitantes. O plebiscito seria realizado nesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A referida proposta de

criação do Estado de Carajás:

a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da Federação é indissolúvel.

b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins.

c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em

Estado.

d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso

Nacional, por lei complementar. e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e

publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal.

Comentários:

O art. 18, § 3º da Constituição determina que os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a

outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do

Congresso Nacional, por lei complementar. Observe que a formação dos Territórios obedece aos mesmos requisitos necessários para a incorporação,

subdivisão e desmembramento de Estado. Combinando-se este artigo ao art. 48, VI, CF/88, tem-se que esses requisitos são:

Page 47: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 101

Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas; Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados;

Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

“E o que são populações diretamente interessadas, professora?”

A resposta é dada pela Lei 9.709/1998, que em seu artigo 7º dispõe:

Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o

entende-se por população diretamente interessada tanto a do

território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação,

tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo

percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.

O resultado do plebiscito é vinculante, caso desfavorável, pois torna a

modificação territorial impossível. Já quando favorável, a decisão final sobre a modificação territorial é do Congresso Nacional, pois este poderá editar ou não

a lei complementar. Já a consulta às Assembleias Legislativas é meramente

opinativa. Mesmo se esta for desfavorável à mudança territorial, o Congresso Nacional pode editar a lei complementar que aprova a subdivisão, incorporação

ou desmembramento.

Voltando à questão, a proposta de criação do Estado é constitucional, desde que, além da consulta às populações diretamente interessadas, por

plebiscito, ela seja, também, aprovada por lei complementar editada pelo Congresso Nacional. Veja que a oitiva das Assembleias Legislativas costuma

ser omitida, como passo essencial para a criação, incorporação ou desmembramento de estados, devido a seu caráter meramente opinativo, não

vinculante. A letra D é o gabarito da questão.

22. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Os Estados

podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios

Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de:

a) referendo, e do Congresso Nacional, por Lei Ordinária. b) plebiscito, e do Congresso Nacional, por Lei Complementar.

c) referendo, e do Congresso Nacional, por Lei Complementar. d) plebiscito, e do Congresso Nacional, por Lei Ordinária.

e) referendo, e do Congresso Nacional, por Decreto Legislativo.

Comentários:

Page 48: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 101

Para a incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado, são necessários três requisitos:

Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas; Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados;

Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

Note que a oitiva das Assembleias Legislativas costuma ser omitida, como passo essencial para a criação, incorporação ou desmembramento de

estados, devido a seu caráter meramente opinativo, não vinculante. A letra B, portanto, é o gabarito da questão.

23. (FCC/2008/TRF 5ª Região) A República Federativa do Brasil está organizada político-administrativamente de forma que os Estados

podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios

Federais, mediante a aprovação:

a) dos eleitores inscritos na respectiva área, mediante referendum da população diretamente interessada, e da Câmara dos Deputados, por lei

ordinária.

b) por dois terços do Senado Federal, em dois turnos de votação, após plebiscito pela população diretamente interessada.

c) da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

d) pela maioria absoluta dos integrantes das Assembleias Legislativas respectivas, a ser confirmada por referendo pela população diretamente

interessada. e) de emenda constitucional específica, após consulta através de plebiscito

da população diretamente interessada.

Comentários:

Para a incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado, são

necessários três requisitos:

Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas; Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados;

Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

A letra C é o gabarito da questão.

24. (FCC/2006/TRF 1ª Região) Os Estados podem incorporar-se entre

si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante:

a) resolução do Senado Federal, em único turno e com a aprovação de dois terços dos seus membros, após aprovação da população dos municípios

diretamente interessada, através de referendo.

Page 49: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 101

b) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante referendo, às populações

dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de viabilidade Estadual.

c) consulta prévia à população dos Estados envolvidos, através de plebiscito, e da Câmara dos Deputados, por lei ordinária, e do Senado Federal,

por resolução votada em dois turnos e aprovada por dois terços dos seus

membros. d) lei federal, dentro do período determinado por lei complementar

estadual, independentemente de consulta prévia às populações dos Municípios envolvidos, desde que aprovado pelo Senado Federal.

e) aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Comentários:

Mais uma vez, repetiremos que a incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado, são necessários três requisitos:

Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas;

Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados; Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

A letra E é o gabarito da questão.

25. (FCC/2008/TRT-SP) No que concerne à Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos Estados-membros, todos com

personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna

denominada:

a) desmembramento-anexação.

b) fusão. c) cisão.

d) desmembramento-formação. e) contração.

Comentários:

Definiremos, a seguir, os fenômenos da fusão, cisão ou incorporação, possíveis de ocorrerem tanto com os Estados quanto com os Municípios.

Pela fusão, o ente federado se incorpora a outro, da mesma espécie (um

Estado se incorpora a outro Estado ou um Município se incorpora a outro Estado). Com isso, há a formação de um terceiro e novo ente federado,

distinto dos anteriores e com personalidade própria. Os entes federativos que

lhe deram origem não mais existirão.

Page 50: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 101

Já pela cisão, o ente federativo (Estado ou Município) se subdivide, formando dois ou mais novos entes. No caso de um Município, haverá a

formação de novos Municípios. No caso de um Estado, poderão ser formados novos Estados ou Territórios. Os entes formados apresentam personalidade

distinta daqueles que lhes deram origem. Os originários, por sua vez, desaparecem.

Finalmente, no desmembramento, que também pode ocorrer tanto nos Estados quanto nos Municípios, duas possibilidades podem ocorrer. Em ambas

as possibilidades, o ente (ou entes) originários não desaparecem.

A primeira delas é quando um ou mais entes federados cedem parte de seu território para que este seja anexado a um ente já existente. Exemplo: o

Município de Goiânia cede parte de seu território ao de Aparecida de Goiânia.

A segunda possibilidade ocorre quando um ou mais entes federados

cedem parte de seu território para que haja a formação de um novo ente. Foi o que aconteceu com Goiás, quando este cedeu parte de seu território para a

formação do estado do Tocantins.

Voltando à questão, percebe-se que o enunciado traz o conceito de

cisão. O gabarito é a letra C.

26. (FCC/2011/TRF 1ª Região) A incorporação de Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar

Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação:

a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado. b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.

c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado. d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.

e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Comentários:

Trataremos, a seguir, do processo de formação dos Municípios. O art. 18, § 4º da Constituição, com redação dada pela EC no 15/1996, assim dispõe:

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento

de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de

consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de

Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da

lei.

Page 51: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 101

São, portanto, cinco os requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios:

Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a criação,

incorporação, fusão e desmembramento de municípios; Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e

a forma de divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;

Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada acima;

Consulta prévia, por plebiscito, às POPULAÇÕES DOS MUNICÍPIOS ENVOLVIDOS;

Aprovação de lei ordinária estadual determinando a criação, incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s).

Portanto, a letra E é o gabarito da questão.

27. (FCC/2009/TCE-GO) A Constituição da República estabelece que a fusão e a incorporação de Municípios:

a) são proibidas. b) somente são autorizadas para Municípios com mais de duzentos mil

habitantes. c) serão feitas mediante aprovação da população diretamente interessada,

por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. d) serão feitas por lei estadual, dentro do período determinado por lei

complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de

Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. e) serão reguladas em lei complementar de iniciativa da população

diretamente interessada.

Comentários:

A Constituição estabelece que a fusão e a incorporação de Municípios

serão feitas obedecidos alguns requisitos:

Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando

genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios;

Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e a forma de divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade

municipal; Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida

pela lei mencionada acima; Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos municípios envolvidos;

Aprovação de lei ordinária estadual determinando a criação, incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s).

Page 52: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 101

Portanto, a letra D é o gabarito.

28. (FCC/2010/TRE-AL) Sobre os Estados Federados é correto afirmar

que compete ao Congresso Nacional dispor sobre os regimentos internos das Assembleias Legislativas e respectivas polícias e dos

serviços administrativos de suas secretarias, e prover os respectivos cargos.

Comentários:

Reza a Constituição que a Assembleia Legislativa do Estado disporá sobre seu regimento interno e respectivas polícias e dos serviços administrativos de

suas secretarias (art. 27, § 3º, CF). Também caberá ao Estado o provimento de seus os respectivos cargos. O Estado, como vimos, é ente autônomo,

apresentando autogoverno, autolegislação e auto-organização. Questão incorreta.

29. (FCC/2009/DPE-PA) As Constituições Estaduais e as Leis

Orgânicas Municipais não são obrigadas a seguir o modelo federal no que toca à iniciativa privativa do chefe do Executivo para propor

projetos de lei.

Comentários:

As Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas Municipais deverão

obedecer às hipóteses previstas pela CF/88 como sendo de iniciativa privativa do Presidente da República no processo legislativo federal, devido aos

princípios da simetria e da separação dos Poderes. Pelo princípio da simetria,

deve haver uma semelhança entre os institutos jurídicos dos entes federativos, definidos na CF/88, Constituições Estaduais e Leis Orgânicas. Questão

incorreta.

30. (FCC/2008/MPE-RS) Os Estados federados organizarão sua justiça, observados os princípios estabelecidos em suas leis estaduais

e municipais.

Comentários:

A Constituição determina que os Estados organizarão sua Justiça,

observados os princípios nela estabelecidos (art. 125, “caput”, CF/88). Questão incorreta.

31. (FCC/2010/TRE-AL) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao sêxtuplo da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e nove, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais abaixo de

doze.

Comentários:

Page 53: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 101

Reza a Constituição, em seu artigo 27, que o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Questão

incorreta.

32. (FCC/2009/TRE-PI) O número de Deputados à Assembleia

Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e cinco, será

acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de dez.

Comentários:

Dispõe a Constituição, em seu artigo 27, que o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Questão

incorreta.

33. (FCC/2007/TRF 3ª Região) O número de Deputados à Assembleia

Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será

acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Comentários:

Determina a CF/88, em seu artigo 27, que o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Questão

incorreta.

34. (FCC/2010/TRE-AL) Os Estados poderão, mediante lei ordinária, instituir aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por

agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Comentários:

Determina a Carta Magna que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de

interesse comum (art. 25, § 3º, CF/88). Questão incorreta.

35. (FCC/2010/TRE-PI) Os Estados poderão, mediante lei ordinária,

instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

Page 54: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 101

microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução

de funções públicas de interesse comum.

Comentários:

O examinador repetiu o “peguinha”. O instrumento adequado para a

instituição de aglomerações urbanas e microrregiões é a lei complementar, não a ordinária. Questão incorreta.

36. (FCC/2007/TRF 4ª Região) Os subsídios do Governador de Estado serão fixados por resolução do Poder Executivo e submetidos ao

referendo da Assembleia Legislativa.

Comentários:

Reza a Carta Magna que os subsídios do Governador, do Vice-

Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa. Questão incorreta.

37. (FCC/2010/TJ-MS) Os Estados e o Distrito Federal podem fixar,

em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsidio mensal dos Desembargadores

do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do

Supremo Tribunal Federal, mas esta faculdade não se aplica aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Comentários:

É o que determina o art. 37, §12, da Constituição. Questão correta.

38. (FCC/2011/PGE-RO) Nos termos da Constituição da República,

incluem-se entre os bens dos Estados-membros da federação:

a) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da

União. b) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica

exclusiva. c) os potenciais de energia hidráulica que se encontrem em seu domínio

territorial.

d) os recursos minerais, inclusive os do subsolo, encontrados em áreas dentro de seu território.

e) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos dentro de seu domínio territorial.

Comentários:

Page 55: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 101

A CF/88 determina quais são os bens dos Estados em seu art. 26, que reproduzimos abaixo:

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma

da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no

seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

O gabarito é a letra A.

39. (FCC/2011/PGE-RO) Dentre os bens pertencentes ao Estado, incluem-se:

a) as cavidades naturais subterrâneas, os sítios arqueológicos e pré-históricos.

b) as ilhas fluviais e lacustres em seu território. c) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em

depósito, ressalvadas, neste caso, da forma da lei, as decorrentes de obras da União.

d) os potenciais de energia elétrica. e) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica

exclusiva de seu território.

Comentários:

Os bens dos Estados são listados na tabela a seguir:

Bens

dos Estados

As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de

obras da União.

As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu

domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros.

As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.

As terras devolutas não compreendidas entre as da União.

O gabarito é a letra C.

Page 56: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 101

40. (FCC/2011/TJ-PE) À eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, em se tratando de Município com mais de duzentos mil habitantes, aplicam-

se as normas relativas às eleições em dois turnos.

Comentários:

À eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, em se tratando de Município com

mais de duzentos mil eleitores, aplicam-se as regras relativas às eleições em dois turnos (art. 29, II, CF). Questão incorreta.

41. (FCC/2010/METRÔ) O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de vinte por cento da

receita do Município.

Comentários:

Reza a CF/88 que o total da despesa com a remuneração dos Vereadores

não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município (art. 29, VII, CF). Questão incorreta.

42. (FCC/2010/TRE-AL) O total da despesa com a remuneração dos

Vereadores não poderá ultrapassar o montante de dez por cento da receita do Município.

Comentários:

Nada disso. Segundo a CF/88, o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da

receita do Município (art. 29, VII, CF). Questão incorreta.

43. (FCC/2010/TRE-AL) O Município reger-se-á por lei orgânica,

votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.

Comentários:

É isso mesmo! É o que determina o “caput” do art. 29 da Constituição.

Questão correta.

44. (FCC/2009/TJ-SE) O Município reger-se-á por lei orgânica, votada

em dois turnos, com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada por um terço dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.

Comentários:

Dispõe o “caput” do art. 29 que o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por

dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará. Questão incorreta.

Page 57: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 101

45. (FCC/2010/TRE-AL) Nos Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do

subsídio dos Deputados Estaduais.

Comentários:

No que se refere ao subsídio dos vereadores, a Constituição determina,

em seu artigo 29, VI, que este será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que

dispõe a Carta Magna, os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:

Número de habitantes

Até 10.000

De

10.001 a

50.000

De

50.001 a

100.000

De

100.001 a

300.000

De

300.001 a

500.000

Acima de

500.000

Subsídio

máximo do

vereador (% subsídio

deputados estaduais)

20% 30% 40% 50% 60% 75%

Observando a tabela acima, percebemos que, nos Municípios com até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos vereadores corresponderá, de fato,

a 20% daquele dos Deputados Estaduais. Questão correta.

46. (FCC/2010/TRT 22ª Região) A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído

o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

Comentários:

O enunciado está perfeito! É o que determina a CF/88 em seu art. 29-A,

§ 1º. Questão correta.

47. (TCE-SP/2012/FCC) Ao analisar as contas anuais da Câmara de

Vereadores de determinado Município com mais de 36.000 habitantes, o Tribunal de Contas competente efetuou as seguintes constatações:

- foi atendido o percentual determinado pela Constituição da

República, em relação a gastos com folha de pagamento; - a remuneração dos agentes políticos processou-se regularmente.

Nessa hipótese, é possível concluir que o órgão legislativo do

Município em questão:

Page 58: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 101

a) Não gastou mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio dos Vereadores, fixado em parcela

única mensal e de valor correspondente a, no máximo, trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

b) Teve uma despesa total, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não superior a cinco por cento do somatório

da receita tributária própria e das transferências tributárias devidas ao

Município. c) Não gastou mais de trinta por cento de sua receita com folha de

pagamento, incluído o gasto com o subsídio dos Vereadores, fixado em parcela única mensal e de valor correspondente a, no máximo, quarenta por cento do

subsídio dos Deputados Estaduais. d) Teve uma despesa total, incluídos os subsídios dos Vereadores e gastos

com inativos, não superior a sete por cento do somatório da receita tributária própria e das transferências tributárias devidas ao Município.

e) Não gastou mais de cinquenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio dos Vereadores, fixado em parcela

única mensal e de valor correspondente a, no máximo, cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

Comentários:

A letra A está correta. Nos Municípios com dez mil e um a cinquenta mil habitantes, determina a Constituição que o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, “b”, da CF/88). Além disso, estabelece a Carta Magna que a Câmara

Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores (art. 29-A, §

1º, CF/88).

A letra B está errada. O art. 29-A, inciso I, da Carta Magna, determina que o total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios

dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar 7%

(sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes, relativos ao somatório da receita tributária própria e das

transferências tributárias a eles devidas. Assim, o Município poderá ter tido despesa total maior que cinco por cento, respeitado o limite de sete por cento

previsto na Carta da República. A letra B está incorreta.

A letra C está errada. Reza a Carta Magna que a Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento,

incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores (art. 29-A, § 1º, CF/88). Assim, o Município poderá ter gasto mais que quarenta por cento de sua

receita com folha de pagamento, respeitado o limite de setenta por cento.

Além disso, nos Municípios com dez mil e um a cinquenta mil habitantes, determina a Constituição que o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, “b”, da CF/88), não quarenta, como diz o enunciado.

Page 59: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 101

A letra D está errada. O art. 29-A, inciso I, da Carta Magna, determina que o total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios

dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil)

habitantes, relativos ao somatório da receita tributária própria e das transferências tributárias a eles devidas. Note que o erro da alternativa está no

fato de que, no cálculo da despesa, excluem-se os gastos com inativos.

A letra E está errada. Estabelece a Carta Magna que a Câmara Municipal

não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores (art. 29-A, § 1º, CF/88).

Assim, o Município poderá ter gasto mais que cinquenta por cento de sua receita com folha de pagamento, respeitado o limite de setenta por cento.

Além disso, nos Municípios com dez mil e um a cinquenta mil habitantes, determina a Constituição que o subsídio máximo dos Vereadores

corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, “b”, da CF/88), não cinquenta, como diz o enunciado.

A letra A é o gabarito.

48. (FCC/2011/TRE-TO) Para a composição das Câmaras Municipais, nos Municípios de até 15.000 habitantes, será observado o limite

máximo de:

a) 17 Vereadores.

b) 15 Vereadores. c) 13 Vereadores.

d) 11 Vereadores. e) 9 Vereadores.

Comentários:

A questão cobra o conhecimento do art. 29, IV, da Constituição:

Art. 29, IV - Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000

(quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)

habitantes;

Page 60: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 101

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)

habitantes;

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de

80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de

120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000

(trezentos mil) habitantes;

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000

(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;

i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de

450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de

600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até

900.000 (novecentos mil) habitantes;

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um

milhão e cinquenta mil) habitantes;

m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de

1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de

1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até

1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;

o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000

(um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;

Page 61: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 101

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até

1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de

1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de

2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000

(quatro milhões) de habitantes;

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000

(cinco milhões) de habitantes;

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais

de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;

v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de

6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000

(oito milhões) de habitantes; e

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;

O gabarito é a letra E. Nos Municípios de até 15.000 habitantes, observar-se-á o limite máximo de 9 vereadores.

49. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Constitui crime de responsabilidade

do Presidente da Câmara Municipal não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês.

Comentários:

A Carta Magna prevê algumas hipóteses de crime de responsabilidade do Prefeito em seu art. 29-A, § 2º:

Page 62: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 101

Art. 29-A, § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de

2000)

I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste

artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de

2000)

Além disso, nos §§ 2º e 3º, prevê uma hipótese de crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal:

§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto

com o subsídio de seus Vereadores.

§ 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.(Incluído

pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

Questão incorreta.

50. (FCC/2010/TRE-AM) Constitui crime de responsabilidade do

Presidente da Câmara Municipal se da receita gastar com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, mais

de:

a) cinquenta por cento.

b) setenta por cento. c) quarenta por cento.

d) sessenta por cento. e) cinquenta e cinco por cento.

Comentários:

Percebe-se, a partir desses dispositivos, que constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal se da receita gastar com

folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, mais de SETENTA POR CENTO. A letra B é o gabarito.

51. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o

Distrito Federal que é vedada sua divisão em Municípios.

Comentários:

Page 63: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 101

De fato, é vedada a divisão do Distrito Federal em Municípios (art. 32, “caput”, CF). Questão correta.

52. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o Distrito Federal que será regido por lei orgânica, votada em dois

turnos e aprovada por três quintos da Câmara Legislativa.

Comentários:

De acordo com a CF/88, a auto-organização do Distrito Federal se dá por

meio de lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará,

atendidos os princípios estabelecidos na Constituição (art. 32, “caput”, CF/88). Questão incorreta.

53. (FCC/2009/MPE-SE) Determina a Constituição que o Distrito

Federal é governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da República, pelo fato de ser a sede da capital federal.

Comentários:

A CF/88 determina que o Distrito Federal é governado por um Governador, cuja eleição segue as regras da eleição do Presidente da

República. Além disso, a sede da capital federal é Brasília, não o Distrito Federal. Questão incorreta.

54. (FCC/2009/MPE-SE) Determina a Constituição que o Distrito Federal é regido por uma Constituição Distrital.

Comentários:

O Distrito Federal é regido por uma lei orgânica (art. 32, “caput”, CF/88). Questão incorreta.

55. (FCC/2010/PGE-AM) De acordo com a Constituição Federal, os

Territórios podem ser subdivididos em Municípios.

Comentários:

Os Territórios poderão, ou não, ser divididos em Municípios (art. 33, §

1º, CF). Questão correta.

56. (FCC/2010/PGE-AM) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios gozam de autonomia política, uma vez que elegem seu

próprio governador.

Comentários:

Page 64: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 101

Os Territórios não têm autonomia, são meras descentralizações administrativas da União. Seu Governador é escolhido pelo Presidente da

República, com nome aprovado, previamente, por voto secreto, após arguição pública, pelo Senado Federal. Questão incorreta.

57. (FCC/2011/TRT 23ª Região) O Banco Ouro S/A, sediado no Município de Bragança Paulista, Estado de São Paulo, iniciou operação

de natureza financeira, concedendo crédito ao Banco Níquel S/A, cuja sede está estabelecida no Município de Niterói, Estado do Rio de

Janeiro. Segundo a Constituição Federal, a fiscalização dessa operação de natureza financeira é de competência:

a) do Município de Bragança Paulista.

b) do Estado de São Paulo.

c) do Estado do Rio de Janeiro. d) da União.

e) do Município de Niterói.

Comentários:

No inciso VIII do art. 21 a Carta Magna determina que compete à União - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza

financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada. A letra D é o gabarito.

58. (FCC/2010/TRF 4ª Região) A exploração dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros

compete:

a) aos Estados. b) aos Estados e aos países estrangeiros.

c) aos Municípios.

d) ao Distrito Federal. e) à União.

Comentários:

Determina o art. 21, XII, “e”, CF/88 que compete à União explorar,

diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de

transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. A letra E é o gabarito.

59. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Compete

exclusivamente à União, de acordo com a Constituição Federal de 1988,

a) preservar as florestas, a fauna e a flora. b) fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento

alimentar.

Page 65: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 101

c) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.

d) estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

e) estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.

Comentários:

Das alternativas anteriores, a única que consiste numa competência exclusiva da União é a de estabelecer as áreas e as condições para o exercício

da atividade de garimpagem, em forma associativa. A letra E é o gabarito.

60. (FCC/2011/TRE-TO) É competência privativa da União:

a) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas. b) estabelecer e implantar política de educação para a segurança do

trânsito. c) legislar sobre direito eleitoral.

d) legislar sobre direito financeiro. e) legislar sobre direito urbanístico.

Comentários:

O artigo 22 da Constituição estabelece a competência privativa da União. Leia-o na íntegra.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

II - desapropriação;

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e

radiodifusão;

V - serviço postal;

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos

metais;

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de

valores;

Page 66: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 101

VIII - comércio exterior e interestadual;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima,

aérea e aeroespacial;

XI - trânsito e transporte;

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV - populações indígenas;

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições

para o exercício de profissões;

XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da

Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia

nacionais;

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança

popular;

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,

garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária

e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social;

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

XXV - registros públicos;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

Page 67: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 101

XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas,

autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as

empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 19, de 1998)

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa

marítima, defesa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os

Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

A letra C é o gabarito da questão.

61. (FCC/2012/TJ-RJ/Analista Judiciário – Execução de Mandados) Lei estadual que disciplinasse procedimentos em matéria processual:

a) Seria incompatível com a Constituição da República, por se tratar de

matéria de competência legislativa privativa da União. b) Teria sua eficácia suspensa, pela superveniência de lei federal sobre

normas gerais, naquilo que lhe fosse contrária. c) Seria compatível com a Constituição da República, desde que houvesse

lei complementar federal que autorizasse os Estados a legislarem sobre

questões específicas das matérias. d) Seria compatível com a Constituição da República, desde que houvesse

lei complementar federal que fixasse normas para a cooperação entre União e Estados na matéria.

e) Deveria restringir-se ao exercício de competência legislativa suplementar, para atender às peculiaridades do Estado, na hipótese de

inexistir lei federal sobre normas gerais.

Comentários:

O art. 24, XI, da Carta Magna, determina ser de competência

concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar sobre procedimentos em matéria processual.

A competência da União está limitada ao estabelecimento de regras

gerais. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito Federal complementar a legislação federal (é a chamada competência suplementar dos

Estados-membros e Distrito Federal).

Caso a União não edite as normas gerais, Estados e Distrito Federal

exercerão competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

Page 68: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 101

Entretanto, caso a União posteriormente ao exercício da competência legislativa plena pelos Estados e Distrito Federal edite a regra geral, ela

suspenderá a eficácia da lei estadual (veja que não se fala em revogação, mas em suspensão) apenas no que for contrária àquela. Ocorre, então, um bloqueio

de competência, não podendo mais o Estado legislar sobre normas gerais, como vinha fazendo.

A letra B é o gabarito da questão.

62. (FCC/2010/TRT 9ª Região) Compete privativamente à União legislar sobre:

a) procedimentos em matéria processual. b) orçamento.

c) produção. d) desporto.

e) transferência de valores.

Comentários:

Com base no inciso VII do art. 22 da CF, a alternativa E é o gabarito.

63. (FCC/2010/PGE-AM) Todas as competências privativas

legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas

não pelos Municípios.

Comentários:

As competências privativas legislativas da União só podem ser delegadas

aos Estados caso seja para estes legislarem sobre questões específicas dessas matérias. Nesse caso, lei complementar deverá autorizar o exercício da

competência aos Estados. Portanto, nem todas as competências poderão ser delegadas aos Estados. Destaca-se, ainda, que, de fato, a delegação é

impossível para os Municípios. Questão incorreta.

64. (FCC/2011/TRT 1ª Região) A Constituição Federal faculta à União a delegação de assuntos de sua competência legislativa privativa aos

Estados, desde que satisfeitos os requisitos:

a) objetivo e explícito.

b) formal, material e implícito. c) subjetivo e absoluto.

d) ativo, relativo e explícito. e) singular, objetivo e pleno.

Comentários:

Page 69: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 101

A banca cobrou o conhecimento da doutrina. Para Alexandre de Moraes, a delegação de assuntos da competência legislativa privativa da União aos

Estados depende do cumprimento de três requisitos:

Requisito formal: a delegação deve ser objeto de lei complementar

devidamente aprovada pelo Congresso Nacional; Requisito material: só poderá haver delegação de um ponto específico da

matéria de um dos incisos do art. 22 da CF/88, pois a delegação não se reveste de generalidade;

Requisito implícito: a proibição, constante do art, 19 da Carta Magna, de que os entes federativos criem preferências entre si, implica que a lei

complementar editada pela União deverá delegar a matéria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir o pacto federativo. A letra B é o gabarito da

questão.

65. (FCC/2011/TRE-TO) Fomentar a produção agropecuária e

organizar o abastecimento alimentar é competência:

a) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) privativa da União.

c) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) privativa dos Estados e do Distrito Federal.

e) privativa dos Municípios.

Comentários:

O artigo 23 da Carta Magna trata da chamada competência comum,

paralela ou cumulativa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Vamos lê-lo juntos?

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das

instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens

naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou

cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à

ciência;

Page 70: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 101

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a

melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de

marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de

direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e

minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a

cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Note que essas são matérias de competência administrativa de todos os

entes da Federação, com inexistência de subordinação em sua atuação. Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja, interesses de toda a

coletividade.

A letra A é o gabarito da questão, com base no inciso VIII do art. 23 da

CF/88.

66. (FCC/2011/TRT 23ª Região) Segundo a Constituição Federal, legislar sobre a proteção e a integração social das pessoas portadoras

de deficiência é de competência:

a) privativa dos Estados.

b) privativa da União. c) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.

d) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. e) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.

Comentários:

Em seu artigo 24, a Constituição estabelece a competência legislativa

concorrente. Vamos ler o artigo na íntegra?

Page 71: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 101

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento;

III - juntas comerciais;

IV - custas dos serviços forenses;

V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,

defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,

turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao

consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância e à juventude;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas

gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

Page 72: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 101

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas

peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais

suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

São competências LEGISLATIVAS da União, dos Estados e do Distrito Federal (OS MUNICÍPIOS NÃO FORAM CONTEMPLADOS). A competência da

União está limitada ao estabelecimento de REGRAS GERAIS. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito Federal complementar a legislação

federal (é a chamada COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR dos Estados-membros e Distrito Federal).

Caso a União não edite as normas gerais, Estados e Distrito Federal exercerão competência legislativa PLENA, para atender a suas peculiaridades.

Entretanto, caso a União posteriormente ao exercício da competência legislativa plena pelos Estados e Distrito Federal edite a regra geral, ela

SUSPENDERÁ a eficácia da lei estadual (veja que não se fala em revogação, mas em suspensão) APENAS no que for contrária àquela.

Com base no inciso XIV do art. 24 da Constituição, a letra C é o gabarito da questão.

67. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a

competência suplementar dos Estados.

Comentários:

Determinam os §§ 1º e 2º do art. 24 da CF/88 que a competência da

União, no âmbito da legislação concorrente, limitar-se-á a estabelecer normas gerais e que a competência da União para legislar sobre normas gerais não

exclui a competência suplementar dos Estados. Questão incorreta.

68. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

Comentários:

Dispõe o § 1º do art. 24 da CF/88 que a competência da União, no âmbito da legislação concorrente, limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

Questão correta.

69. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto

Page 73: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 101

que os Estados, existindo Lei Federal sobre normas gerais, exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

Comentários:

É o contrário! Dispõe o § 3º do art. 24 da CF/88 que INEXISTINDO lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa

plena para atender a suas peculiaridades. Questão incorreta.

70. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que a superveniência de Lei Federal sobre normas gerais não suspende

a eficácia da Lei Estadual, mesmo no que lhe for contrário.

Comentários:

É o oposto disso! Dispõe o § 4º do art. 24 da CF/88 que a superveniência

de Lei Federal sobre normas gerais suspende a eficácia da Lei Estadual, no que lhe for contrário. Questão incorreta.

71. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que os três poderão legislar concorrentemente sobre trânsito e

transporte.

Comentários:

A competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da

União (art. 22, XI, CF/88). Questão incorreta.

72. (FCC/2011/ TRT 24ª Região) Compete à União, aos Estados e ao

Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) águas. b) proteção à infância e à juventude.

c) energia. d) informática.

e) cidadania.

Comentários:

Segundo o art. 24, XV, da CF/88, compete à União, aos Estados e ao

Distrito Federal legislar concorrentemente sobre proteção à infância e à juventude. A competência para legislar sobre águas, energia, informática e

cidadania é privativa da União. A letra B é o gabarito.

73. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência para legislar

sobre educação e ensino é:

Page 74: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 101

a) privativa da União. b) privativa dos Estados e do Distrito Federal.

c) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) privativa do Município.

e) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.

Comentários:

A competência para legislar sobre educação e ensino é concorrente

da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24, IX, CF/88). Fique atento, entretanto, a um pequeno detalhe: compete à União (art. 22, XXIV, CF/88)

legislar privativamente sobre as diretrizes e bases da educação nacional. A letra E é o gabarito da questão.

74. (FCC/2010/TRT 8ª Região) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) propaganda comercial.

b) comércio interestadual. c) trânsito.

d) transporte. e) procedimentos em matéria processual.

Comentários:

Determina o art. 24, XI, da CF/88 que compete á União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre procedimentos em matéria

processual. As demais alternativas trazem matérias sobre as quais a competência para legislar é privativa da União. A letra E é o gabarito da

questão.

75. (FCC/2010/TRE-RS) Dentre outras, NÃO é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal, de regra, legislar

sobre:

a) proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e

paisagístico. b) regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e

aeroespacial. c) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas.

d) educação, cultura, ensino, desporto, defesa do solo e dos recursos naturais.

e) previdência social, proteção e defesa da saúde, caça, pesca e fauna.

Comentários:

Das alternativas da questão, a única que não é competência concorrente

da União, Estados e Distrito Federal é legislar sobre regime dos portos,

Page 75: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 101

navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial. Trata-se de competência privativa da União (art. 22, X, CF). A letra B é o gabarito.

76. (FCC/2010/TRE-AL) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) procedimentos em matéria processual.

b) desapropriação. c) serviço postal.

d) trânsito. e) transporte.

Comentários:

Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre procedimentos em matéria processual (art. 24, XI, CF/88). Todas as demais

alternativas são matérias de competência privativa da União. A letra A é o gabarito.

77. (FCC/2010/TRF 4ª Região) Os Estados não possuem competência

legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em áreas que não lhe

forem expressamente atribuídas pela Constituição Federal.

Comentários:

A Constituição não lista taxativamente as competências dos Estados-membros, reservando-lhes a chamada competência remanescente ou residual

(art. 25, §1º, CF):

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não

lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Questão incorreta.

78. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o

Distrito Federal que terá competência legislativa idêntica à dos Estados.

Comentários:

A Constituição atribui ao Distrito Federal as competências legislativas, administrativas e tributárias reservadas aos estados e aos municípios (CF, art.

32, §1º). Questão incorreta.

79. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o Distrito Federal que a eleição de seu Governador e dos Deputados

Distritais coincidirá com a dos Prefeitos e Vereadores Municipais, para mandato de igual duração.

Page 76: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 101

Comentários:

Veja o texto do art. 32, § 2º, da Constituição:

Art. 32, § 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador,

observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais,

para mandato de igual duração.

Questão incorreta.

80. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o

Distrito Federal que lei distrital disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de

bombeiros militar.

Comentários:

Leia o que determina o art. 32, § 4º, da Constituição:

§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do

Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.

Questão incorreta.

81. (FCC/2010/PGE-AM) A propósito do modelo de repartição de competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que

aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais.

Comentários:

Aos Estados foram asseguradas, além das competências residuais,

outras, específicas, listadas de maneira expressa na CF/88. É o caso, por exemplo, da competência para explorar, diretamente ou mediante concessão,

os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei (Art. 25, § 2º, CF/88). Questão incorreta.

82. (FCC/2006/TCE-PB) Em virtude da competência remanescente, os Estados-membros poderão legislar sobre todas as matérias que não

lhes estiverem vedadas implícita ou explicitamente pela Carta Magna.

Comentários:

O enunciado está perfeito! Questão correta.

83. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Compete aos

Municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.

Page 77: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 101

Comentários:

Determina o art. 25, § 2º, da CF/88, que cabe aos Estados explorar

diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua

regulamentação. Questão incorreta.

84. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Os Municípios regem-se por lei orgânica e possuem competência reservada ou

remanescente.

Comentários:

Negativo! A competência reservada ou remanescente (art. 25, §1º, CF) é

dos Estados. Questão incorreta.

85. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios,

é correto afirmar que poderão organizar distritos, observada a legislação estadual, sendo que a criação e supressão de distritos deve

ser realizada por Lei Federal.

Comentários:

As competências dos Municípios são listadas, em sua maior parte, no

artigo 30 da Constituição, que leremos juntos:

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que

couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de

prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação

estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse

local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino

fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Page 78: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 101

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do

parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e

estadual.

Voltando à questão, observa-se que os Municípios poderão, de fato,

organizar distritos. Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, tanto a criação quanto a organização e a supressão de distritos deverão observar a lei

estadual. Questão incorreta.

86. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios, é correto afirmar que poderão instituir e arrecadar os tributos de sua

competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos

fixados em lei.

Comentários:

O enunciado reproduz o que estabelece o art.30, III, da CF/88. Questão

correta.

87. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios,

é correto afirmar que poderão prestar diretamente, sendo vedado o regime de concessão ou permissão, o serviço público de transporte

coletivo, pois tem caráter essencial.

Comentários:

Determina o inciso V do art. 30 da CF que os Municípios poderão

organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem

caráter essencial. Questão incorreta.

88. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios, é correto afirmar que poderão manter programas de educação infantil,

sendo vedada a cooperação técnica e financeira da União.

Comentários:

Determina o inciso VI do art. 30 da CF que os Municípios poderão

manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental. Questão incorreta.

Page 79: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 101

89. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os

serviços públicos de interesse local, excluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

Comentários:

Determina a Carta Magna que compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços

públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. O bom senso garante a você o acerto da questão: se o transporte

local tem caráter essencial, não faz sentido excluí-lo, não é mesmo? Questão incorreta.

90. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

Comentários:

O enunciado está perfeito! É o que determina o art. 30, VIII, da CF/88. Questão correta.

91. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios promover a

proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Comentários:

É o que determina o art. 30, IX, da CF/88. Questão correta.

92. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios criar,

organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

Comentários:

É o que determina o art. 30, IV, da CF/88. Questão correta.

93. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios, dentre

outras, organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

Comentários:

Compete à União organizar, manter e executar a inspeção do trabalho

(art. 21, XXIV, CF/88). Questão incorreta.

94. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

Page 80: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 101

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não autoriza a legislação municipal a estipular tempo de atendimento ao público nas agências

bancárias estabelecidas em seu território, por se tratar de matéria reservada à lei complementar da União sobre sistema financeiro

nacional.

Comentários:

O STF entende que o Município possui competência para legislar sobre

tempo de atendimento em filas nos estabelecimentos bancários, tratando-se de assunto de interesse local, o que não se confunde com a atividade-fim do

banco. Questão incorreta.

95. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município

para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, autoriza a legislação

municipal a dispor sobre o direito dos estudantes à "meia passagem" no serviço de transporte coletivo local, ainda que a questão já

encontre disciplina específica em contrário na Constituição estadual.

Comentários:

É exatamente esse o entendimento do STF. Segundo a Corte, o preceito

da Constituição que garante o direito a ‘meia passagem’ aos estudantes, nos transportes coletivos municipais, avança sobre a competência legislativa local.

A competência para legislar a propósito da prestação de serviços públicos de transporte intermunicipal é dos Estados-membros (competência residual). Não

há inconstitucionalidade no que toca ao benefício, concedido pela Constituição estadual, de ‘meia passagem’ aos estudantes nos transportes coletivos

intermunicipais. Já no caso de serviço de transporte LOCAL, a competência para dispor a respeito é da legislação municipal. Questão correta.

96. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, autoriza a legislação municipal a dispor sobre a instalação de sanitários e equipamentos de

segurança nas agências bancárias estabelecidas em seu território, desde que não contrarie as diretrizes definidas sobre a questão em

sede de lei federal ou estadual.

Comentários:

Entende o STF que o Município pode editar legislação própria, com

fundamento na autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em

suas agências, em favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas

eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera,

Page 81: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 101

ou, ainda, colocação de bebedouros. Não há, portanto, necessidade de que essa legislação municipal obedeça diretrizes definidas em lei federal ou

estadual, dado que a competência para tratar do assunto é do Município Questão incorreta.

97. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, autoriza a legislação municipal a dispor sobre a obrigatoriedade e os requisitos mínimos da

contratação de seguro contra furto e roubo de veículos em estacionamentos de centros comerciais, shopping centers e

supermercados.

Comentários:

O entendimento do STF é o de que a competência constitucional dos

Municípios de legislar sobre interesse local não tem o alcance de estabelecer normas que a própria Constituição, na repartição das competências, atribui à

União ou aos Estados. O legislador constituinte, em matéria de legislação sobre seguros, sequer conferiu competência comum ou concorrente aos Estados ou

aos Municípios. Questão incorreta.

98. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município

para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não autoriza a legislação

municipal a exigir o uso de cinto de segurança e proibir o transporte de menores de 10 anos no banco dianteiro de veículos automotores,

cabendo, porém, ao Município disciplinar a matéria com base no art. 23, XII, da Constituição Federal, que define a competência comum

para estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Comentários:

O STF entende que lei municipal que obriga ao uso de cinto de segurança e proíbe transporte de menores de 10 anos no banco dianteiro dos veículos é

inconstitucional, por ofender à competência privativa da União Federal para legislar sobre trânsito (CF, art. 22, XI). RE 227.384-SP, rel. Min. Moreira Alves,

17.6.2002.(RE-227384). Questão incorreta.

99. (FCC/2010/PGE-AM) A propósito do modelo de repartição de

competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos

os entes federativos.

Comentários:

Há competências materiais comuns entre os entes federativos e há,

também, competências materiais exclusivas de cada um deles. Exemplo: art.

Page 82: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 101

21 da CF/88. Outro erro da questão é que as competências concorrentes são legislativas e não materiais. Questão incorreta.

100. (FCC/2012/MP-PE) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre organização do sistema

nacional de emprego.

Comentários:

Trata-se de competência privativa da União (art. 22, XVI). Questão

incorreta.

101. (FCC/2012/MP-PE) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre proteção à infância e à

juventude.

Comentários:

De fato, trata-se de competência concorrente entre esses entes

federados, conforme versa o art. 24, XV, da CF/88. Questão correta.

102. (FCC/2012/MP-PE) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre navegação lacustre.

Comentários:

Trata-se de competência privativa da União (art. 22, X). Questão incorreta.

103. (FCC/2012/TRE-CE) José, ao estudar a Constituição Federal, aprendeu que legislar sobre orçamento, direito econômico e desporto,

entre outros, compete

a) privativa e respectivamente à União, aos Estados e à União. b) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal.

c) privativamente à União. d) privativamente aos Estados.

e) exclusiva e respectivamente à União, à União e aos Estados.

Comentários:

Trata-se de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito

Federal (art. 24, I, CF). A letra B é o gabarito da questão.

Page 83: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 101

Lista de Questões

1. (FCC/2012/MP-PE) Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de quatorze Vereadores, nos

Municípios de mais de sessenta mil habitantes e de até noventa mil habitantes.

2. (FCC/2012/MP-PE) Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de treze Vereadores, nos Municípios

com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta mil habitantes.

3. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Em relação às competências no

âmbito da organização político-administrativa do Estado Brasileiro, é correto asseverar que a União possui competência legislativa privativa,

a qual não pode ser delegada aos Estados, ao Distrito Federal e nem aos Municípios.

4. (FCC/2012/TRE-SP) Na hipótese de um Estado-membro da

federação pretender legislar sobre direito eleitoral,

a) dependerá de lei complementar federal que autorize os Estados a legislar

sobre questões específicas da matéria. b) não poderá atingir seu objetivo, por se tratar de competência privativa

da União, nos termos da Constituição da República. c) poderia fazê-lo, desde que inexistisse lei federal sobre a matéria.

d) terá a lei estadual sua eficácia eventualmente suspensa naquilo que for contrária a lei federal superveniente.

e) poderia exercer competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades, desde que inexistisse lei federal sobre normas gerais na

matéria.

5. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Em relação às competências no

âmbito da organização político-administrativa do Estado Brasileiro, é correto asseverar que a União possui competência comum, juntamente

com Estados, Distrito Federal e Municípios, para fomentar a produção

agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.

6. (FCC/2012/TRT 6ª Região)Determina a Constituição que Leis

complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio

do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Esta regra constitucional aplica-se no caso de competência

a) comum. b) reservada.

c) suplementar. d) concorrente.

e) remanescente.

7. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Em relação às competências no

âmbito da organização político-administrativa do Estado Brasileiro, é correto asseverar que a União é dotada de competência administrativa

remanescente ou residual para suprir a inércia legislativa dos Estados

e Municípios.

Page 84: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 101

8. (FCC/2012/ARCE) Compete aos Municípios, dentre outras atribuições, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de

concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

9. (FCC/2012/ARCE) Compete aos Municípios, dentre outras atribuições, prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e

do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.

10. (FCC/2004/IPEA) Decorre do sistema federativo estabelecido na Constituição Federal que:

a) a União é hierarquicamente superior aos Estados e ao Distrito Federal; e que estes são hierarquicamente superiores aos Municípios, não se lhes aplicando os conceitos de soberania e autonomia.

b) somente a União é ente soberano, sendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entes autônomos.

c) somente a União, os Estados e o Distrito Federal são entes autônomos, sendo os Municípios entes administrativos não dotados de autonomia

federativa.

d) somente a União é ente autônomo, sendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entes administrativos não dotados de autonomia federativa.

e) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são entes autônomos.

11. (FCC/2010/PGE-AM) De acordo com a Constituição Federal, os

Territórios integram a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, juntamente com a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da Constituição.

12. (FCC/2010/TJ-MS/Juiz) No tocante à organização do Estado

brasileiro, mormente no que se refere à organização de poderes e aos entes federados, a Constituição prevê como entes federados a União,

os Estados, o Distrito Federal e os Territórios.

13. (FCC/2009/TRT 3ª Região) No que diz respeito à organização

político-administrativa da União é correto afirmar que são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios

arqueológicos.

14. (FCC/2006/TRT 24ª Região) NÃO constituem bem da União:

a) os recursos minerais. b) os potenciais de energia hidráulica.

c) os rios que banham apenas um Estado Federado. d) as cavidades naturais subterrâneas.

e) os sítios arqueológicos.

15. (FCC/2005/TCE-MA) Dentre os bens da União, de acordo com a Constituição, incluem-se:

Page 85: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 101

a) quaisquer águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito.

b) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos.

c) quaisquer ilhas fluviais e lacustres. d) os rios de longo curso e seus terrenos marginais.

e) as terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos

quilombos.

16. (FCC/2008/TJ-RR) Pertencem à União as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais, bem como o solo em que localizados,

para efeito de exploração ou aproveitamento.

17. (FCC/2011/TRE-AP) No tocante à Organização Político-

Administrativa, a União repassou para determinada Igreja verba pública para o auxilio de trezentas crianças carentes e desabrigadas,

sendo que com tal repasse as crianças foram todas tiradas da rua e abrigadas numa instituição controlada pela Igreja. Esse repasse de

verba é:

a) ilícito porque não há previsão na Constituição Federal que autorize. b) ilícito porque a Constituição Federal proíbe expressamente a União de manter relação com Igreja para tal finalidade.

c) permitido pela Constituição Federal porque visa o interesse público. d) vedado pela ausência de interesse público.

e) ilícito porque o Poder Público é quem deve, com exclusividade, auxiliar diretamente as crianças, não podendo delegar essa função para uma Igreja.

18. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Nos termos da Constituição Federal, à União não é vedado, recusar fé a documentos públicos, bem como

estabelecer diferença entre brasileiros.

19. (FCC/2009/TJ-PI) É permitido aos Estados:

a) manter aliança com igrejas, desde que não seja a colaboração de interesse público. b) incorporar-se entre si para formarem novos Estados.

c) recusar fé aos documentos públicos.

d) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. e) renunciar sua autonomia, estabelecendo relação de dependência com

qualquer Município.

20. (FCC/2006/TRF 1ª Região) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou

igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência e aliança,

ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

21. (FCC/2010/TCE-AP) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo

Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a

Page 86: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 101

realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e sudeste do

atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses Municípios, seis meses

após a publicação do Decreto Legislativo. A referida proposta de criação do Estado de Carajás:

a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da Federação é indissolúvel.

b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins.

c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em

Estado. d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à

população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso Nacional, por lei complementar.

e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e

publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal.

22. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Os Estados

podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios

Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de:

a) referendo, e do Congresso Nacional, por Lei Ordinária. b) plebiscito, e do Congresso Nacional, por Lei Complementar.

c) referendo, e do Congresso Nacional, por Lei Complementar. d) plebiscito, e do Congresso Nacional, por Lei Ordinária.

e) referendo, e do Congresso Nacional, por Decreto Legislativo.

23. (FCC/2008/TRF 5ª Região) A República Federativa do Brasil está organizada político-administrativamente de forma que os Estados

podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se

anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante a aprovação:

a) dos eleitores inscritos na respectiva área, mediante referendum da

população diretamente interessada, e da Câmara dos Deputados, por lei ordinária.

b) por dois terços do Senado Federal, em dois turnos de votação, após plebiscito pela população diretamente interessada.

c) da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

d) pela maioria absoluta dos integrantes das Assembleias Legislativas

respectivas, a ser confirmada por referendo pela população diretamente interessada.

Page 87: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 101

e) de emenda constitucional específica, após consulta através de plebiscito da população diretamente interessada.

24. (FCC/2006/TRF 1ª Região) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros,

ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante:

a) resolução do Senado Federal, em único turno e com a aprovação de dois terços dos seus membros, após aprovação da população dos municípios

diretamente interessada, através de referendo. b) lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar

federal, e dependerá de consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de viabilidade

Estadual.

c) consulta prévia à população dos Estados envolvidos, através de plebiscito, e da Câmara dos Deputados, por lei ordinária, e do Senado Federal,

por resolução votada em dois turnos e aprovada por dois terços dos seus membros.

d) lei federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, independentemente de consulta prévia às populações dos Municípios

envolvidos, desde que aprovado pelo Senado Federal. e) aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito,

e do Congresso Nacional, por lei complementar.

25. (FCC/2008/TRT-SP) No que concerne à Organização do Estado, se

um Estado for dividido em vários novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-

originário, ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna denominada:

a) desmembramento-anexação.

b) fusão. c) cisão.

d) desmembramento-formação. e) contração.

26. (FCC/2011/TRF 1ª Região) A incorporação de Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar

Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação:

a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado.

b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.

c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado. d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.

e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Page 88: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 88 de 101

27. (FCC/2009/TCE-GO) A Constituição da República estabelece que a fusão e a incorporação de Municípios:

a) são proibidas. b) somente são autorizadas para Municípios com mais de duzentos mil

habitantes. c) serão feitas mediante aprovação da população diretamente interessada,

por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. d) serão feitas por lei estadual, dentro do período determinado por lei

complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de

Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. e) serão reguladas em lei complementar de iniciativa da população

diretamente interessada.

28. (FCC/2010/TRE-AL) Sobre os Estados Federados é correto

afirmar que compete ao Congresso Nacional dispor sobre os regimentos internos das Assembleias Legislativas e respectivas

polícias e dos serviços administrativos de suas secretarias, e prover os respectivos cargos.

29. (FCC/2009/DPE-PA) As Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas Municipais não são obrigadas a seguir o modelo federal no

que toca à iniciativa privativa do chefe do Executivo para propor projetos de lei.

30. (FCC/2008/MPE-RS) Os Estados federados organizarão sua justiça, observados os princípios estabelecidos em suas leis estaduais

e municipais.

31. (FCC/2010/TRE-AL) O número de Deputados à Assembleia

Legislativa corresponderá ao sêxtuplo da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e nove, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais abaixo de

doze.

32. (FCC/2009/TRE-PI) O número de Deputados à Assembleia

Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e cinco, será

acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de dez.

33. (FCC/2007/TRF 3ª Região) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na

Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de

doze.

34. (FCC/2010/TRE-AL) Os Estados poderão, mediante lei ordinária,

instituir aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por

agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Page 89: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 89 de 101

35. (FCC/2010/TRE-PI) Os Estados poderão, mediante lei ordinária, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução

de funções públicas de interesse comum.

36. (FCC/2007/TRF 4ª Região) Os subsídios do Governador de Estado

serão fixados por resolução do Poder Executivo e submetidos ao

referendo da Assembleia Legislativa.

37. (FCC/2010/TJ-MS) Os Estados e o Distrito Federal podem fixar,

em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsidio mensal dos Desembargadores

do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do

Supremo Tribunal Federal, mas esta faculdade não se aplica aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

38. (FCC/2011/PGE-RO) Nos termos da Constituição da República, incluem-se entre os bens dos Estados-membros da federação:

a) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da

União. b) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica

exclusiva. c) os potenciais de energia hidráulica que se encontrem em seu domínio

territorial. d) os recursos minerais, inclusive os do subsolo, encontrados em áreas

dentro de seu território. e) as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-

históricos dentro de seu domínio territorial.

39. (FCC/2011/PGE-RO) Dentre os bens pertencentes ao Estado,

incluem-se:

a) as cavidades naturais subterrâneas, os sítios arqueológicos e pré-históricos.

b) as ilhas fluviais e lacustres em seu território. c) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em

depósito, ressalvadas, neste caso, da forma da lei, as decorrentes de obras da União.

d) os potenciais de energia elétrica.

e) os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva de seu território.

40. (FCC/2011/TJ-PE) À eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, em se

tratando de Município com mais de duzentos mil habitantes, aplicam-se as normas relativas às eleições em dois turnos..

Page 90: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 90 de 101

41. (FCC/2010/METRÔ) O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de vinte por cento da

receita do Município.

42. (FCC/2010/TRE-AL) O total da despesa com a remuneração dos

Vereadores não poderá ultrapassar o montante de dez por cento da receita do Município.

43. (FCC/2010/TRE-AL) O Município reger-se-á por lei orgânica,

votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.

44. (FCC/2009/TJ-SE) O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada

por um terço dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.

45. (FCC/2010/TRE-AL) Nos Municípios de até dez mil habitantes, o

subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

46. (FCC/2010/TRT 22ª Região) A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído

o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

47. (TCE-SP/2012/FCC) Ao analisar as contas anuais da Câmara de

Vereadores de determinado Município com mais de 36.000 habitantes, o Tribunal de Contas competente efetuou as seguintes constatações:

- foi atendido o percentual determinado pela Constituição da República, em relação a gastos com folha de pagamento;

- a remuneração dos agentes políticos processou-se regularmente.

Nessa hipótese, é possível concluir que o órgão legislativo do Município em questão:

a) Não gastou mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio dos Vereadores, fixado em parcela

única mensal e de valor correspondente a, no máximo, trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

b) Teve uma despesa total, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não superior a cinco por cento do somatório

da receita tributária própria e das transferências tributárias devidas ao Município.

c) Não gastou mais de trinta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio dos Vereadores, fixado em parcela

única mensal e de valor correspondente a, no máximo, quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

d) Teve uma despesa total, incluídos os subsídios dos Vereadores e gastos com inativos, não superior a sete por cento do somatório da receita tributária

própria e das transferências tributárias devidas ao Município.

e) Não gastou mais de cinquenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio dos Vereadores, fixado em parcela

Page 91: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 91 de 101

única mensal e de valor correspondente a, no máximo, cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

48. (FCC/2011/TRE-TO) Para a composição das Câmaras Municipais, nos Municípios de até 15.000 habitantes, será observado o limite

máximo de:

a) 17 Vereadores. b) 15 Vereadores.

c) 13 Vereadores. d) 11 Vereadores.

e) 9 Vereadores.

49. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Constitui crime de responsabilidade

do Presidente da Câmara Municipal não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês.

50. (FCC/2010/TRE-AM) Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal se da receita gastar com folha de

pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, mais de:

a) cinquenta por cento. b) setenta por cento.

c) quarenta por cento. d) sessenta por cento.

e) cinquenta e cinco por cento.

51. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o Distrito Federal que é vedada sua divisão em Municípios.

52. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o Distrito Federal que será regido por lei orgânica, votada em dois

turnos e aprovada por três quintos da Câmara Legislativa.

53. (FCC/2009/MPE-SE) Determina a Constituição que o Distrito Federal é governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da

República, pelo fato de ser a sede da capital federal.

54. (FCC/2009/MPE-SE) Determina a Constituição que o Distrito

Federal é regido por uma Constituição Distrital.

55. (FCC/2010/PGE-AM) De acordo com a Constituição Federal, os

Territórios podem ser subdivididos em Municípios.

56. (FCC/2010/PGE-AM) De acordo com a Constituição Federal, os

Territórios gozam de autonomia política, uma vez que elegem seu próprio governador.

57. (FCC/2011/TRT 23ª Região) O Banco Ouro S/A, sediado no Município de Bragança Paulista, Estado de São Paulo, iniciou operação

de natureza financeira, concedendo crédito ao Banco Níquel S/A, cuja sede está estabelecida no Município de Niterói, Estado do Rio de

Page 92: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 92 de 101

Janeiro. Segundo a Constituição Federal, a fiscalização dessa operação de natureza financeira é de competência:

a) do Município de Bragança Paulista. b) do Estado de São Paulo.

c) do Estado do Rio de Janeiro. d) da União.

e) do Município de Niterói.

58. (FCC/2010/TRF 4ª Região) A exploração dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros

compete:

a) aos Estados.

b) aos Estados e aos países estrangeiros. c) aos Municípios.

d) ao Distrito Federal. e) à União.

59. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Compete

exclusivamente à União, de acordo com a Constituição Federal de

1988,

a) preservar as florestas, a fauna e a flora. b) fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento

alimentar. c) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas. d) estabelecer e implantar política de educação para a segurança do

trânsito. e) estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de

garimpagem, em forma associativa.

60. (FCC/2011/TRE-TO) É competência privativa da União:

a) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas. b) estabelecer e implantar política de educação para a segurança do

trânsito.

c) legislar sobre direito eleitoral. d) legislar sobre direito financeiro.

e) legislar sobre direito urbanístico.

61. (FCC/2012/TJ-RJ/Analista Judiciário – Execução de Mandados) Lei estadual que disciplinasse procedimentos em matéria processual:

a) Seria incompatível com a Constituição da República, por se tratar de matéria de competência legislativa privativa da União.

Page 93: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 93 de 101

b) Teria sua eficácia suspensa, pela superveniência de lei federal sobre normas gerais, naquilo que lhe fosse contrária.

c) Seria compatível com a Constituição da República, desde que houvesse lei complementar federal que autorizasse os Estados a legislarem sobre

questões específicas das matérias. d) Seria compatível com a Constituição da República, desde que houvesse

lei complementar federal que fixasse normas para a cooperação entre União e

Estados na matéria. e) Deveria restringir-se ao exercício de competência legislativa

suplementar, para atender às peculiaridades do Estado, na hipótese de inexistir lei federal sobre normas gerais.

62. (FCC/2010/TRT 9ª Região) Compete privativamente à União

legislar sobre:

a) procedimentos em matéria processual.

b) orçamento. c) produção.

d) desporto. e) transferência de valores.

63. (FCC/2010/PGE-AM) Todas as competências privativas

legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas

não pelos Municípios.

64. (FCC/2011/TRT 1ª Região) A Constituição Federal faculta à União a delegação de assuntos de sua competência legislativa privativa aos

Estados, desde que satisfeitos os requisitos:

a) objetivo e explícito. b) formal, material e implícito.

c) subjetivo e absoluto. d) ativo, relativo e explícito.

e) singular, objetivo e pleno.

65. (FCC/2011/TRE-TO) Fomentar a produção agropecuária e

organizar o abastecimento alimentar é competência:

a) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) privativa da União.

c) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) privativa dos Estados e do Distrito Federal.

e) privativa dos Municípios.

66. (FCC/2011/TRT 23ª Região) Segundo a Constituição Federal,

legislar sobre a proteção e a integração social das pessoas portadoras de deficiência é de competência:

Page 94: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 94 de 101

a) privativa dos Estados. b) privativa da União.

c) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. d) concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.

67. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a

competência suplementar dos Estados.

68. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

69. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto

que os Estados, existindo Lei Federal sobre normas gerais, exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

70. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que a superveniência de Lei Federal sobre normas gerais não suspende

a eficácia da Lei Estadual, mesmo no que lhe for contrário.

71. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência da União, dos

Estados e do Distrito Federal de legislar concorrentemente, é correto que os três poderão legislar concorrentemente sobre trânsito e

transporte. .

72. (FCC/2011/ TRT 24ª Região) Compete à União, aos Estados e ao

Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) águas.

b) proteção à infância e à juventude. c) energia.

d) informática. e) cidadania.

73. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência para legislar

sobre educação e ensino é:

a) privativa da União.

b) privativa dos Estados e do Distrito Federal. c) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

d) privativa do Município. e) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.

74. (FCC/2010/TRT 8ª Região) Compete à União, aos Estados e ao

Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) propaganda comercial.

Page 95: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 95 de 101

b) comércio interestadual. c) trânsito.

d) transporte. e) procedimentos em matéria processual.

75. (FCC/2010/TRE-RS) Dentre outras, NÃO é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal, de regra, legislar

sobre:

a) proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.

b) regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.

c) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas.

d) educação, cultura, ensino, desporto, defesa do solo e dos recursos naturais.

e) previdência social, proteção e defesa da saúde, caça, pesca e fauna.

76. (FCC/2010/TRE-AL) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) procedimentos em matéria processual. b) desapropriação.

c) serviço postal. d) trânsito.

e) transporte.

77. (FCC/2010/TRF 4ª Região) Os Estados não possuem competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em áreas que não lhe

forem expressamente atribuídas pela Constituição Federal.

78. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o

Distrito Federal que terá competência legislativa idêntica à dos

Estados.

79. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o

Distrito Federal que a eleição de seu Governador e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Prefeitos e Vereadores Municipais, para

mandato de igual duração.

80. (FCC/2009/TCE-GO) Dispõe a Constituição da República sobre o

Distrito Federal que lei distrital disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de

bombeiros militar.

81. (FCC/2010/PGE-AM) A propósito do modelo de repartição de

competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais.

82. (FCC/2006/TCE-PB) Em virtude da competência remanescente, os Estados-membros poderão legislar sobre todas as matérias que não

lhes estiverem vedadas implícita ou explicitamente pela Carta Magna.

Page 96: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 96 de 101

83. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Compete aos Municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços

locais de gás canalizado.

84. (FCC/2010/Assembleia Legislativa de São Paulo) Os Municípios

regem-se por lei orgânica e possuem competência reservada ou remanescente.

85. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios,

é correto afirmar que poderão organizar distritos, observada a legislação estadual, sendo que a criação e supressão de distritos deve

ser realizada por Lei Federal.

86. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos

Municípios, é correto afirmar que poderão instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem

prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.

87. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios, é correto afirmar que poderão prestar diretamente, sendo vedado o

regime de concessão ou permissão, o serviço público de transporte coletivo, pois tem caráter essencial.

88. (FCC/2011/TRT 14ª Região) Sobre a competência dos Municípios, é correto afirmar que poderão manter programas de educação infantil,

sendo vedada a cooperação técnica e financeira da União.

89. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os

serviços públicos de interesse local, excluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

90. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

91. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação

e a ação fiscalizadora federal e estadual.

92. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios criar,

organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

93. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Compete aos Municípios, dentre

outras, organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

94. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não autoriza a legislação municipal a estipular tempo de atendimento ao público nas agências

bancárias estabelecidas em seu território, por se tratar de matéria reservada à lei complementar da União sobre sistema financeiro

nacional.

Page 97: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 97 de 101

95. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, autoriza a legislação municipal a dispor sobre o direito dos estudantes à "meia passagem"

no serviço de transporte coletivo local, ainda que a questão já encontre disciplina específica em contrário na Constituição estadual.

96. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município

para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, autoriza a legislação

municipal a dispor sobre a instalação de sanitários e equipamentos de segurança nas agências bancárias estabelecidas em seu território,

desde que não contrarie as diretrizes definidas sobre a questão em sede de lei federal ou estadual.

97. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, autoriza a legislação municipal a dispor sobre a obrigatoriedade e os requisitos mínimos da

contratação de seguro contra furto e roubo de veículos em estacionamentos de centros comerciais, shopping centers e

supermercados.

98. (FCC/2010/Prefeitura de Teresina) A competência do Município

para legislar sobre matéria de interesse local, segundo a orientação da

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não autoriza a legislação municipal a exigir o uso de cinto de segurança e proibir o transporte

de menores de 10 anos no banco dianteiro de veículos automotores, cabendo, porém, ao Município disciplinar a matéria com base no art.

23, XII, da Constituição Federal, que define a competência comum para estabelecer e implantar política de educação para a segurança do

trânsito.

99. (FCC/2010/PGE-AM) A propósito do modelo de repartição de

competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos

os entes federativos.

100. (FCC/2012/MP-PE) Compete à União, aos Estados e ao Distrito

Federal legislar concorrentemente sobre organização do sistema nacional de emprego.

101. (FCC/2012/MP-PE) Compete à União, aos Estados e ao Distrito

Federal legislar concorrentemente sobre proteção à infância e à juventude.

102. (FCC/2012/MP-PE) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre navegação lacustre.

103. (FCC/2012/TRE-CE) José, ao estudar a Constituição Federal, aprendeu que legislar sobre orçamento, direito econômico e desporto,

entre outros, compete:

Page 98: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 98 de 101

a) privativa e respectivamente à União, aos Estados e à União. b) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal.

c) privativamente à União. d) privativamente aos Estados.

e) exclusiva e respectivamente à União, à União e aos Estados.

Page 99: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 99 de 101

1. INCORRETA

2. CORRETA

3. INCORRETA

4. A

5. CORRETA

6. A

7. INCORRETA

8. CORRETA

9. CORRETA

10. E

11. INCORRETA

12. INCORRETA

13. CORRETA

14. C

15. B

16. INCORRETA

17. C

18. INCORRETA

19. B

20. CORRETA

21. D

22. B

23. C

24. E

25. C

26. E

27. D

28. INCORRETA

29. INCORRETA

30. INCORRETA

31. INCORRETA

32. INCORRETA

33. INCORRETA

34. INCORRETA

35. INCORRETA

36. INCORRETA

37. CORRETA

38. A

Page 100: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 100 de 101

39. C

40. INCORRETA

41. INCORRETA

42. INCORRETA

43. CORRETA

44. INCORRETA

45. CORRETA

46. CORRETA

47. A

48. E

49. INCORRETA

50. B

51. CORRETA

52. INCORRETA

53. INCORRETA

54. INCORRETA

55. CORRETA

56. INCORRETA

57. D

58. E

59. E

60. C

61. B

62. E

63. INCORRETA

64. B

65. A

66. C

67. INCORRETA

68. CORRETA

69. INCORRETA

70. INCORRETA

71. INCORRETA

72. B

73. E

74. E

75. B

76. A

77. INCORRETA

78. INCORRETA

79. INCORRETA

80. INCORRETA

81. INCORRETA

82. CORRETA

83. INCORRETA

Page 101: Direito Constitucional p Trtrj Analista Aula 03 Aula 03

D. Constitucional p/TRT-RJ

(Analista) Profa. Nádia Carolina – Aula 03

Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 101 de 101

84. INCORRETA

85. INCORRETA

86. CORRETA

87. INCORRETA

88. INCORRETA

89. INCORRETA

90. CORRETA

91. CORRETA

92. CORRETA

93. INCORRETA

94. INCORRETA

95. CORRETA

96. INCORRETA

97. INCORRETA

98. INCORRETA

99. INCORRETA

100. INCORRETA

101. CORRETA

102. INCORRETA

103. A