direito do trabalho ii
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direito de grevedireito da mulherdireito do menormenor aprendizTRANSCRIPT
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Direito do Trabalho II
Segurana e Medicina do Trabalho
Segurana e medicina do trabalho so o segmento do Direito do
Trabalhador incumbido de oferecer condies de proteo sade do
trabalhador no local de trabalho, e de sua recuperao quando no estiver
em condies de prestar servios ao empregador.
Preocupa-se com todas as ocorrncias que interfiram em soluo de
continuidade em qualquer processo produtivo, independente se nele tenha
resultado leso corporal, perda material, perda de tempo ou mesmo esses
trs fatores conjuntos.
FUNDAMENTOS
At o incio do sculo XVIII, no havia preocupao com a sade do
trabalhador. Os problemas relacionados com a sade intensificam-se a
partir da Revoluo Industrial. As doenas do trabalho aumentam em
proporo a evoluo e a potencializao dos meios de produo, com as
deplorveis condies de trabalho e da vida das cidades.
A partir de ento houve a necessidade de elaborao de normas para
melhorar o ambiente de trabalho em seus mais diversos aspectos, de modo
que o trabalhador no seja prejudicado com agentes nocivos a sua sade.
A ordem jurdica passou a determinar certas condies mnimas para serem
observadas pelo empregador, aplicando sanes para tanto, bem como
exercendo a fiscalizao sobre as determinadas regras.
A Lei n 6.514/77 que deu nova redao aos art. 154 a 201 da CLT, e tendo
sido complementada pela Portaria n 3.214/78, disps, sobre o servio
especializado em segurana e medicina do trabalho, equipamento de
proteo individual, atividades e operaes insalubres e perigosas etc.
sabido que preveno de acidentes no se faz simplesmente com a
aplicao de normas, porm elas indicam o caminho obrigatrio e
determinam limites mnimos de ao para que se alcancem, na plenitude,
os recursos existentes na legislao. necessrio que se conhea seus
meandros e possibilidades e, com isso, conseguir eliminar, ao mximo, os
riscos nos ambientes de trabalho.
FONTES
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CONSTITUCIONAIS:
Art. 7 - So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social (criou um patamar civilizatrio
mnimo): inc. XXII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana;
inc. XXIII - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei
inc. XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa.
INFRACONSTITUCIONAIS: arts. 154 ao 159; 189 ao 197; 200 e 201;
162 ao 167;
Art. 189 "Sero consideradas atividades ou operaes insalubres aquelas
que, por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos sade, acima dos limites de tolerncia
fixados em razo da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposio aos seus efeitos".
A insalubridade se d pela exposio contnua do trabalhador ao fator
prejudicial de sua sade.
O art. 190 da CLT, diz;
Art. 190 "O Ministrio do Trabalho aprovar o quadro das atividades e
operaes insalubres e adotar normas sobre os critrios de caracterizao
da insalubridade, os limites de tolerncia aos agentes agressivos, meios de
proteo e o tempo mximo de exposio do empregado a esses agentes.
Pargrafo nico As normas referidas neste artigo incluiro medidas de
proteo do organismo do trabalhador nas operaes que produzem
aerodispersides txicos, irritantes, alergnicos ou incmodos".
Ainda, o art. 191:
Art. 191 "A eliminao ou a neutralizao da insalubridade ocorrer:
I com a adoo de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerncia;
II com a utilizao de equipamentos de proteo individual ao
trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de
tolerncia.
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Pargrafo nico Caber s Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada
a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua
eliminao ou neutralizao, na forma deste artigo".
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: O adicional de insalubridade ser de
40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do
salrio mnimo da regio, segundo se classifiquem nos graus mximo,
mdio e mnimo (art. 192, CLT).
Resumindo: so consideradas ATIVIDADES INSALBRES aquelas que prejudiquem a sade do trabalhador, estejam previstas em rol elaborado
pelo Ministrio do Trabalho e sejam identificadas por peritos. Nestas condies, o empregado receber um adicional de 10, 20 ou 40% do salrio
mnimo enquanto perdurar o trabalho nestas condies.
EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI
Obrigatoriamente, devem as empresas fornecer aos empregados o
Equipamento de proteo Individual (EPI), de forma gratuita, para proteg-
los contra os riscos de acidentes de trabalho e danos sua sade. A NR 6
da Portaria n 3.214/78 especifica regras sobre EPIs.
So considerados, entre outros, equipamentos de proteo individual:
protetores auriculares, luvas, mscaras, calados, capacetes, culos,
vestimentas etc.
O empregador deve adquirir o tipo adequado de EPI s atividades do
empregado, treinar o trabalhador para seu uso e substitu-lo quando
danificado ou extraviado, e ainda tornar obrigatrio o seu uso.
RGOS DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS
De acordo com o art. 163 da CLT, obrigatria a constituio de Comisso
Interna de Preveno de Acidentes (CIPA).
Quanto composio da CIPA:
Art. 164 Cada CIPA ser composta de representantes da empresa e dos
empregados, de acordo com os critrios que vierem a ser adotados na
regulamentao de que trata o pargrafo nico do artigo anterior.
1 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero por
eles designados.
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2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero
eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de
filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados.
3 O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de 1 (um)
ano, permitida uma reeleio.
4 O disposto no pargrafo anterior no se aplicar ao membro suplente
que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do
nmero das reunies da CIPA.
5 O empregador designar, anualmente, dentre os seus
representantes, o Presidente da CIPA, e os empregados elegero, dentre
eles, o Vice-Presidente.
Os titulares da representao dos empregados nas CIPAS no podero
sofrer despedida arbitrria, conforme determina o art. 165 da CLT:
Art. 165 "Os titulares da representao dos empregados nas ClPAs no
podero sofrer despedida arbitrria, entendendo-se como tal a que no se
fundar em motivo disciplinar, tcnico, econmico ou financeiro.
Pargrafo nico Ocorrendo a despedida, caber ao empregador, em caso
de reclamao Justia do Trabalho, comprovar a existncia de qualquer
dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a
reintegrar o empregado".
Saliente-se que a garantia de emprego para o empregado eleito e no
para o indicado pelo empregador para ser presidente da CIPA.
Trabalho da Mulher
PROTEO PR - CONTRATO
a. Art. 373-A:
Ressalvadas as disposies legais destinadas a corrigir as distores que
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades
estabelecidas nos acordos trabalhistas, vedado:
I - publicar ou fazer publicar anncio de emprego no qual haja referncia ao
sexo, idade, cor ou situao familiar, salvo quando a natureza da
atividade a ser exercida, pblica e notoriamente, assim o exigir;
b. Lei 9.029/95:
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Probe a exigncia de atestados de gravidez e esterilizao, e outras prticas
discriminatrias, para efeitos admissionais ou de permanncia da relao
jurdica de trabalho, e d outras providncias.
PROTEO DURANTE O CONTRATO
c. Gerais:
Revista pessoal (revista na bolsa) e revista ntima (corporal) - permito
promover a proteo do patrimnio privado da empresa desde que no fira
a dignidade humana;
d. Especficas (Maternidade):
Proteo maternidade (proteo criana e no me):
Mudar o horrio de trabalho;
Mudana de funo;
Perodos de descanso para amamentar e para consultas mdicas;
Pode rescindir o contrato se nenhuma dessas regras for observada;
Direito a estabilidades (so garantias de emprego):
Desde a confirmao da concepo desde a confirmao mdica;
At 05 meses aps parto;
Licena maternidade por um perodo de 120 dias que poder ser prorrogado
por mais 60 dias se:
A empresa estiver inscrito no Programa Empresa Cidad;
Se a mulher at o 1 ms aps o parto requerer a prorrogao da licena;
Se abortar de forma no criminosa, ter direito a duas semanas de
afastamento;
Smula 244 - TST
244. Gestante. Estabilidade Provisria (redao do item III alterada na sesso do Tribunal Pleno realizada em 14-9-2012) I - O desconhecimento do estado gravdico pelo empregador no afasta o
direito ao pagamento da indenizao decorrente da estabilidade. (art. 10, II, b do ADCT). (ex- OJ 88 - DJ 16-4-2004)
II - A garantia de emprego gestante s autoriza a reintegrao se esta se der durante o perodo de estabilidade. Do contrrio, a garantia restringe-se
aos salrios e demais direitos correspondentes ao perodo de estabilidade. (ex-Smula 244 - Res. 121/2003, DJ 21-11-2003)
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III - A empregada gestante tem direito estabilidade provisria prevista no
art. 10, II, b, do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, mesmo
na hiptese de admisso mediante contrato por tempo determinado.
No h distino entre filho adotado ou natural;
O empregador manter creche para o empregado. ART. 194 CF
Trabalho do Menor
Os artigos 402 ao 441 da CLT trata do Trabalho do Menor, estabelecendo as
normas a serem seguidas por ambos os sexos no desempenho do trabalho.
A Constituio Federal, em seu artigo 7, inciso XXXIII considera menor o trabalhador de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos de idade.
Segundo a legislao trabalhista brasileira proibido o trabalho do menor
de 18 anos em condies perigosas ou insalubres. Os trabalhos tcnicos ou administrativos sero permitidos, desde que realizados fora das reas de risco sade e segurana.
Ao menor de 16 anos de idade vedado qualquer trabalho, salvo na
condio de aprendiz a partir de 14 anos.
A partir dos 14 anos admissvel o Contrato de Aprendizagem, o qual deve ser feito por escrito e por prazo determinado conforme artigo 428 da CLT.
Ao menor devido, no mnimo, o salrio mnimo federal, inclusive ao menor
aprendiz garantido o salrio mnimo hora, uma vez que sua jornada de trabalho ser de no mximo 6 horas dirias, ficando vedado prorrogao
e compensao de jornada, podendo chegar ao limite de 8 horas dirias desde que o aprendiz tenha completado o ensino fundamental, e se nelas forem computadas as horas destinadas aprendizagem terica.
Outra funo que pode ser exercida por menores o Estgio. Alunos que
estiverem frequentando cursos de nvel superior, profissionalizante de 2 grau, ou escolas de educao especial podem ser contratados como
estagirios. O estgio no cria vnculo empregatcio de qualquer natureza e o estagirio poder receber bolsa, ou outra forma de contraprestao que
venha a ser acordada, devendo o estudante, em qualquer hiptese, estar segurado contra acidentes pessoais.
O atleta no profissional em formao, maior de quatorze anos de idade, poder receber auxlio financeiro da entidade de prtica desportiva
formadora, sob a forma de bolsa de aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal, sem que seja gerado vnculo empregatcio entre
as partes.
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O artigo 427 da CLT determina que todo empregador que empregar menor
ser obrigado a conceder-lhe o tempo que for necessrio para a frequncia s aulas.
A prestao de servio extraordinrio pelo empregado menor somente
permitida em caso excepcional, por motivo de fora maior e desde que o trabalho do menor seja imprescindvel ao funcionamento do
estabelecimento.
O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, ter direito a fazer coincidir suas frias com as frias escolares.
proibido ao empregador fracionar o perodo de frias dos empregados menores de 18 (dezoito) anos.
Outras caractersticas no contrato de trabalho com menores:
So proibidos de trabalhar no horrio das 22:00 as 05:00 (considerado como horrio noturno);
licito ao menor firmar recibos de pagamentos, mas a resciso dever ter a
representao dos pais ou responsveis legais; Mesmo que o menor fique afastado para cumprimento de servio militar e
no receba nenhum vencimento da empresa, dever ter seu FGTS depositado ms a ms.
Prescrio e Decadncia
PRESCRIO
A prescrio, na esfera trabalhista, ocorre e passa a fluir a partir de
dois lapsos temporais:
1. Na vigncia do contrato de trabalho: prazo prescricional de 5
anos - caso haja leso a determinado direito o trabalhador ter direito
a buscar reparao no prazo de 5 (cinco) anos contados da data em
que houve a violao do direito ( a denominada prescrio
quinquenal); e
2. A partir da extino do contrato de trabalho: 2 anos - os
direitos lesados no quinqudio (perodo de 05 anos) anterior data da
propositura da ao estaro protegidos. Aqueles que antecederem este
perodo estaro prescritos ( a denominada prescrio bienal).
DECADNCIA
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Na decadncia, h perda do direito pelo decurso de prazo, e conceitua-se como a perda da possibilidade de obter uma vantagem jurdica e garanti-la judicialmente, em face do no exerccio oportuno da correspondente
faculdade de obteno.
de decadncia o prazo estabelecido, pela lei ou pela vontade unilateral ou bilateral, quando prefixado ao exerccio do direito pelo seu titular. E ser
de prescrio quando fixado no para o exerccio do direito, mas para o exerccio que o protege. Quando, porm, o direito deve ser exercido por meio da ao, originando-se ambos do mesmo fato, de modo que o
exerccio da ao representa o prprio exerccio do direito, o prazo estabelecido para a ao deve ser tido como prefixado ao exerccio do
direito, sendo, portando, de decadncia, embora aparentemente se afigure de prescrio. Praticamente, portanto, para se saber se um prazo estatudo de decadncia ou prescrio, basta indagar se a ao constitui, em si, o
exerccio do direito, que lhe serve de fundamento, ou se tem por fim proteger um direito, cujo exerccio distinto do exerccio da ao. No
primeiro caso, o prazo extintivo do direito e o seu decurso produz a decadncia; no segundo caso, o prazo extintivo da ao e o seu decurso produz a prescrio (Cmara Leal).
Prazos Prescricionais Art 7, inc XXIX CF. SMULA 308 TST
XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais,
at o limite de dois anos aps a extino do contrato de trabalho;
308. Prescrio quinquenal (incorporada a Orientao Jurisprudencial n.
204 da SDI-1)
I. Respeitado o binio subsequente cessao contratual, a prescrio da
ao trabalhista concerne s pretenses imediatamente anteriores a cinco
anos, contados da data do ajuizamento da reclamao e, no, s anteriores
ao quinqunio da data da extino do contrato. (ex-OJ 204- inserida em 8-
11-2000)
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrio da ao
trabalhista para 5 (cinco) anos de aplicao imediata e no atinge
pretenses j alcanadas pela prescrio bienal quando da promulgao da
CF/1988. (ex-Smula 308 - Res. 6/1992, DJ 5-11-1992)
Direito Coletivo
O Direito Coletivo do Trabalho a parte do Direito do Trabalho que trata da organizao sindical, dos conflitos coletivos de trabalho e sua soluo e da
representao dos trabalhadores. o elo entre o direito pblico e o direito privado do trabalho.
Complexo de institutos, princpios e regras jurdicas que regulam as relaes laborais de empregados e empregadores e outros grupos jurdicos
normativamente especificados, considerada sua ao coletiva, realizada
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autonomamente ou atravs das respectivas entidades sindicais. (Maurcio Godinho).
Funes do Direito Coletivo do Trabalho Alm das funes gerais, que englobam aquelas inerentes a todo o Direito
do Trabalho, principalmente a garantia de melhores condies de pactuao das relaes de trabalho, as funes especficas do Direito Coletivo do
Trabalho compreendem a gerao de normas coletivas (autonomia privada coletiva que se expressa nos Acordos Coletivos e Convenes Coletivas), a soluo de conflitos coletivos de trabalho (atravs do entendimento direto
entre os entes coletivos ou entre sindicato obreiro e empresa, ou ainda, atravs de busca do entendimento com a intermediao de terceiros); a
funo sociopoltica (relaes democrticas que distribuem poder), e a funo econmica (buscando adequar as relaes de trabalho realidade econmica, visando melhorias salariais a partir do exerccio da negociao
direta).
Princpios do Direito Coletivo do Trabalho
H um conjunto de princpios que asseguram as condies de criao e afirmao dos entes coletivos. Englobam, principalmente, o princpio da liberdade sindical e associativa e o princpio da autonomia sindical.
O Principio da Autonomia Sindical, um principio respaldado na
Constituio Federal, em especial, no seu art. 8, I que garante direito de organizao sindical, sem a interferncia do poder pblico, como era no passado. Isto significa o reconhecimento do ente coletivo e seu
representante o sindicato.
Todas as empresas devem abster-se de prticas que induzam ou probam a
sindicalizao ou prtica que vincule a manuteno ou extino do contrato
de trabalho ou prtica que condicionem a manuteno do trabalho
sindicalizao. Tambm vedado s empresas que dirijam indiretamente as
empresas.
J o Princpio da Liberdade Sindical confere a cada empregado o direito de participar de associaes e de sindicatos, a consequncia lgica e sistemtica da anlise das normas que integram o sistema jurdico a de
que o trabalhador no seja obrigado a contribuir para entidades das quais no tem interesse de associar-se.
Todo e qualquer trabalhador deve ter garantia ou direito de filiar-se ou
desfiliar-se de uma ou qualquer entidade sindical. Garantia atuao sindical - No adianta ter autonomia sindical se gerar a
demisso do empregado.
PRINCPIOS QUE TRATAM DAS RELAES ENTRE SERES COLETIVOS
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Intervenincia Sindical Obrigatria: pressupe que negociao coletiva
somente h com a presena do sindicato na mesa de negociao;
Equivalncia dos Contratantes Coletivos: sindicatos entre empregados
e empregadores tem a mesma conformao jurdica e exercem as mesmas
prerrogativas e poderes;
Lealdade e Transparncia: durante a vigncia da negociao coletiva as
partes so proibidas de provocarem, por exemplo, greve. Salvo se as
condies se alterarem.
PRINCPIOS QUE TRATAM DOS EFEITOS DOS NEGCIOS COLETIVOS
Criatividade Jurdica: as negociaes coletivas criam normas jurdicas que
por serem abstratas, gerais e impessoais, no aderem ao contrato
individual do trabalho; e somente podero ser suprimidas por outra
negociao coletiva. Para a criao dessa norma jurdica, obrigatria a
interveno do sindicato. Sem a presena do sindicato, cria-se uma clusula
contratual (individual, pessoal e concreta no pode ser suprimida em
prejuzo do empregado);
Adequao Setorial Negociado (patamar civilizatrio mnimo): as
normas autnomas coletivas podem prevalecer sobre as normas estatais
desde que: 1 implementem padro setorial superior ao padro geral; 2 as
normas coletivas s podem transacionar normas de indisponibilidade
relativa, ou seja, deve respeitar o patamar civilizatrio mnimo (um rol de
direitos mnimos garantidos ao empregador);
CONFLITOS COLETIVOS DE TRABALHO
So conflitos entre contratados em forma ampla e contratantes, igualmente
de forma amplificada.
Jurdico > aquele que versa acerca da interpretao de uma
norma jurdica.
Econmico -> aquele que versa acerca das condies de trabalho
(clusulas salariais e ambiente de trabalho)
MODALIDADES DE RESOLUO DE CONFLITO
Autocompositiva - A autocomposico um meio de soluo de
conflitos, no jurisdicional, em que as prprias partes pem fim s
suas pendncias, sem a interveno de um terceiro. Pode ser
endoprocessual (dentro do processo) ou extraprocessual (fora do
processo):
- Renncia denominada tambm desistncia, um dos litigantes abdica do
seu direito total ou parcialmente. um negcio jurdico unilateral.
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- Transao - tambm chamada negociao ou acordo. Ocorre quando
ambas as partes, por concesses recprocas ( de nus e de vantagens),
chegam a um ajuste, colocando fim ao litgio ou prevenindo-o. negcio
jurdico bilateral.
- Conciliao - a conciliao no pode ser uma espcie de mediao.
Embora sejam figuras afins, existe uma sutil diferena, j que o mediador
apresenta propostas e sugestes, tornando-se agente do acordo, enquanto
o objetivo do conciliador a transao das partes (meio autocompositivo da
soluo dos conflitos).
Heterocompositiva - aquela em que a soluo do conflito
encontrada e imposta por terceiro. Ex.: Arbitragem e Mediao.
- Mediao - O objetivo da mediao a aproximao das partes em busca
de um ponto comum, viabilizando um acordo.
A mediao ocorre, quando um terceiro intervm na disputa, a fim de
propor-lhe soluo, ou seja, a fim de promover acordo entre os
contendores.
Para haver mediao, no necessrio o acordo final, basta a inteno do
mediador e at das partes para tanto. O mediador o elo de ligao entre
as partes, no emitindo parecer ou laudo e sequer tomando qualquer
medida, como por exemplo, ouvindo testemunhas e diligenciando.
O mediador deve ser neutro, fazendo com que as partes participem na
busca das solues que sero as que melhor se ajustem a seus interesses.
- Arbitragem - Arbitragem o meio de soluo de controvrsias em que as
partes, facultativamente, escolhem um terceiro, denominado rbitro, sem
funo jurisdicional, para dirimir o conflito, atravs de uma sentena
arbitral.
So caractersticas da arbitragem: a) conflito de interesses, atual ou
potencial, entre dois ou mais sujeitos; b) indicao de um terceiro, alheio
contenda; c) soluo do conflito vinculante para os interessados, desde que
estes se submetam voluntariamente deciso do terceiro, com o que a
deciso se torna obrigatria em virtude da vontade dos contendores que
acertam expressamente a soluo dada ao conflito pelo rbitro nomeado.
rbitro toda pessoa natural que, sem estar investida na judicatura
pblica, eleita por duas ou mais pessoas para solucionar conflitos entre
elas surgidos, prolatando deciso de mrito.
Organizao Sindical Brasileira
Sindicatos so associaes permanentes que visam defesa de direitos e
interesses de trabalhadores ligados entre si por laos profissionais ou laborativos comuns;
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A aglutinao destes trabalhadores sob uma associao se d pelos critrios
dos sistemas sindicais. Uma associao ser associao nos termos do CC com o devido registro no cartrio de registro de pessoas jurdicas. Pra que
essa associao se torne sindicato depende do registro sindical no Ministrio do Trabalho desta associao.
SISTEMA SINDICAIS
SINDICATO POR OFCIO OU PROFISSO:
SINDICATO POR CATEGORIA PROFISSIONAL:
A organizao sindical no Brasil se d por categorias, conforme estabelece a Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, em seu art. 511:
" lcita a associao para fins de estudo, defesa e coordenao dos seus
interesses econmicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autnomos, ou
profissionais liberais, exeram, respectivamente, a mesma atividade e profisso ou atividades ou profisses similares ou conexas."
SINDICATO POR EMPRESA [NO FOI ACOLHIDA PELO D.
BRASILEIRO];
SINDICATO POR RAMO EMPRESARIAL [NO FOI ACOLHIDA PELO D.
BRASILEIRO].
ESTRUTURA:
EXTERNA:
SINDICATO
Sindicato uma associao que rene pessoas da mesma categoria trabalhista. Os sindicatos tm como objetivo principal a defesa dos interesses econmicos, profissionais, sociais e polticos dos seus associados. Eles so tambm dedicados aos estudos da rea que atuam e tambm realizam atividades voltadas para o aperfeioamento profissional dos seus associados. Sindicatos so responsveis tambm pela organizao de greves e manifestaes voltadas para a defesa dos interesses da sua categoria trabalhista.
FEDERAO
Federaes sindicais so associaes que renem ao menos cinco sindicatos representativos ou de atividades ou profisses idnticas, similares ou conexas. Cada ramo de sindicato pode formar uma federao sindical. Federao sindical a representao em segundo grau do trabalhador.
CONFEDERAO
Confederaes sindicais so organizaes sindicais que renem no mnimo
trs federaes sindicais de uma mesma categoria econmica ou
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profissional
INTERNA:
CENTRAL SINDICAL (LEI. 11.648/08):
BASE TERRITORIAL: a base mnima de 01 Sindicato por Municpio
Centrais sindicais renem sindicatos de diversas categorias. A CUT (Centra nica dos Trabalhadores) uma central sindical, da qual o Sindisade faz parte. As centrais sindicais possuem estrutura independente dos sindicatos que a formam, e mais forte que um sindicato individual. Elas lutam pelos interesses de vrias categorias, participando ativamente da poltica do pas. UNICIDADE/PLURALIDADE SINDICAL:
RECEITAS SINDICAIS: so recursos para manuteno dos sistemas sindicais;
CONTRIBUIO SINDICAL OBRIGATRIA: valor anualmente
recolhido dos trabalhadores de forma obrigatria (tributo) em favor
do sindicato;
CONTRIBUIO CONFEDERATIVA: Valor anualmente recolhido
dos trabalhadores sindicalizados em favor da Confederao. Esta
modalidade de receita somente devida pelo trabalhador que,
voluntariamente, adere ao sindicato. Precedente Normativo 119 do
TST e Smula 666 do STF.
CONTRIBUIO ASSISTNCIAL: Valor anualmente recolhido dos
trabalhadores sindicalizados em favor do Sindicato. Esta modalidade
de receita somente devida pelo trabalhador que, voluntariamente,
adere ao sindicato. Precedente Normativo 119 do TST e Smula 666
do STF
MENSALIDADE: Valor mensalmente recolhido dos trabalhadores
sindicalizados em favor do Sindicato. Esta modalidade de receita
somente devida pelo trabalhador que, voluntariamente, adere ao
sindicato. Precedente Normativo 119 do TST e Smula 666 do STF.
NEGOCIAO COLETIVA DO TRABALHO
fruto de negociao entre as partes, atravs de respectivas comisses de negociao, que so escolhidas e tm o poder de negociao outorgado em
assembleias convocadas para esta finalidade. O sucesso da CCT ou do ACT depende de vrios fatores, dentre os quais:
a) Garantia da liberdade e da autonomia sindical;
b) Razovel ndice de sindicalizao do grupo representado;
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c) Espao para complementao e suplementao do
sistema legal de proteo ao trabalho.
CONVENO COLETIVA DE TRABALHO CCT,
um ato jurdico pactuado entre sindicatos de empregadores e de empregados para o estabelecimento de regras nas relaes de trabalho
em todo o mbito das respectivas categorias (econmica) e (profissional). Diferentemente dos acordos coletivos, os efeitos das Convenes no se limitam apenas s empresas acordantes e seus empregados.
Uma conveno coletiva de trabalho acaba determinando obrigaes e
direitos para as partes, que devem ser respeitadas durante sua vigncia. Ressalta-se que suas clusulas no podem ferir direitos previstos na legislao, sob pena de nulidade.
O artigo 611 da CLT define Conveno Coletiva de Trabalho como o acordo
de carter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econmicas e profissionais estipulam condies de trabalho
aplicveis, no mbito das respectivas representaes, s relaes individuais de trabalho.
ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
o acordo que estipula condies de trabalho aplicveis, no mbito da empresa ou empresas acordantes, s respectivas relaes de trabalho. A celebrao dos acordos coletivos de trabalho facultado aos sindicatos
representativos das categorias profissionais, de acordo com o art. 611 1 da CLT.
Assim, conveno coletiva de trabalho o instrumento firmado por
sindicatos de trabalhadores e de empregadores, de aplicao s categorias por eles representadas.
J o acordo coletivo de trabalho celebrado por uma das empresas e o sindicato que representa os trabalhadores daquela empresa.
Quando a categoria, profissional ou econmica, no estiver organizada em sindicato, este ser substitudo pela federao do grupo ou confederao.
CENTRAIS SINDICAIS
As Centrais Sindicais, que tambm denominadas de unies ou
confederaes de trabalhadores, so consideradas entidades de cpula, pois
se situam no topo da estrutura sindical, acima dos sindicatos, das
federaes e confederaes de trabalhadores.
Assim, as Centrais Sindicais representam outras entidades sindicais (e no
trabalhadores isoladamente), que a ela se filiam espontaneamente. So
consideradas entidades intercategoriais, pois abraam categoriais
profissionais distintas.
As centrais sindicais passam a possuir duas prerrogativas, que so a de coordenar a representao dos trabalhadores por meio das organizaes sindicais filiadas e participar de negociaes em fruns, colegiados de
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rgos pblicos e demais espaos de dilogo social, nos quais se discutam
questes afetas aos interesses gerais dos trabalhadores.
Aps o termino da vigncia da conveno ou do acordo coletivo, que
de dois anos, normalmente, a clusula continua eficaz?
Temos trs teorias para responder questo acima:
Aderncia irrestrita: com base no art. 7, caput, que fala da melhoria
na condio social do trabalhador, seria vedada a reduo dos
direitos conquistados pelo instrumento normativo que perdeu o vigor.
Essa teoria no condiz com a realidade, pois se assim fosse,
engessaria o direito, o faria perder sua razo de existir.
Aderncia pelo prazo: aps os dois anos de durao seria extinto,
fazendo com que os trabalhadores perdessem totalmente os direitos
adquiridos;
Aderncia por revogao: o instrumento coletivo tem vigncia at
que outra negociao a revogue.
Esta ltima teoria (c) a mais adequada, tendo sido
inclusive sumulada pelo TST (Smula 277).
Hierarquia entre Acordo Coletivo e Conveno Coletiva
Art. 620: As condies estabelecidas em Conveno, quando mais
favorveis, prevalecero sobre as estipuladas em Acordo.
Desta forma, entende-se que o Acordo Coletivo prevalece sobre a
Conveno Coletiva.
Pela Pirmide do Ordenamento Jurdico de Hans Kelsen temos a supremacia
da constituio do pas. No caso do direito do trabalho, a supremacia advm
pela norma mais favorvel ao trabalhador. A exceo se uma norma
estatal heternoma dispuser que se aplica uma norma, mesmo que outra
mais favorvel advenha.
Direito Comum
CF
LO LC
-
Direito do Trabalho
Norma Favorvel
Como distinguir a norma mais favorvel:
a) Teoria da Acumulao: acumula, soma as normas mais favorveis de
cada instituto e forma um terceiro instituto, compilando as normas.
b) Teoria do Conglobamento: para analisar qual norma mais favorvel,
faz-se uma anlise geral de seu contedo. Esta a teoria aplicada Lei
8.064/82.
Assim sendo, a ACT, por ser mais especfica, torna-se mais favorvel.
Natureza Jurdica
A natureza jurdica do ACT e do CCT de contrato, porm, um contrato
vinculante, com carter normativo, pois vincula os que assinaram e os
trabalhadores da classe, impessoal, abstrato, lei de natureza especial,
que atinge apenas aqueles que desejam.
Trabalhar na categoria e estar dentro da base territorial so expresses do
desejo de fazer parte do sindicato.
Paralizaes do Direito Coletivo do Trabalho
As paralizaes so reconhecidas como uma forma de autotutela.
LOCAUTE (LOCK OUT): Paralizao total ou parcial da atividade empresarial
para inibir manifestaes dos empregados, ou para deles obter
concordncia pretenso empresarial. Locaute paralizao empresarial,
proibida por lei.
GREVE (Lei 7.783/89): Greve a sustao total ou parcial da prestao de
servios pela categoria profissional.
-
Considera-se legtimo o exerccio do direito de greve, que a suspenso
coletiva temporria e pacfica, total ou parcial da prestao de servios ao
empregador.
Pode-se tanto suspender como fazer a operao tartaruga (trabalhar
muito devagar) ou trabalhar com excesso de zelo (Ex: a Receita Federal
abre cada pacote que vem da China para o Brasil).
Greve o direito de causar prejuzo ao empregador sustando a prestao
dos servios.
Direitos que podem ser defendidos - proibida a dispensa do empregador durante o perodo de greve;
- permitido o Piquet e a arrecadao de fundos para o movimento paredista;
- o contrato de trabalho ser suspenso e a remunerao ser decidida por negociao coletiva.
Objetivos da greve: Art. 1 da Lei 7.783 c/c art. 9 da CF: possvel greve
poltica, greve solidria.
Requisitos: Art. 3 da L 7.783: prvia negociao coletiva, ou seja, a
participao dos sindicatos essencial. Convocao de assembleia dos empregados. Comunicao ao empregador e ao pblico.
Pargrafo nico. vedada a resciso de contrato de trabalho durante a
greve, bem como a contratao de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrncia das hipteses previstas nos arts. 9 e 14.