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DIREITO DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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Page 1: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

DIREITO DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIAUNIÃO EUROPEIA

ANA RITA GIL

Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Page 2: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Notas PreliminaresNotas Preliminares

Direito de Imigração e Direito de Asilo / Imigrante e Refugiado: distinção

Conceito comunitário de estrangeiro: nacional de Estado Terceiro

Page 3: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Enquadramento no Enquadramento no Tratado de Tratado de

Funcionamento da Funcionamento da UEUE

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Tratado de Funcionamento da União Tratado de Funcionamento da União Europeia: art. 67.º, n.º2:Europeia: art. 67.º, n.º2:

A União (…) desenvolve uma política A União (…) desenvolve uma política comum em matéria de asilo, de comum em matéria de asilo, de imigração e de controlo das fronteiras imigração e de controlo das fronteiras externas, que se baseia na externas, que se baseia na solidariedade entre os Estados-solidariedade entre os Estados-Membros e que é equitativa em relação Membros e que é equitativa em relação aos nacionais de países terceirosaos nacionais de países terceiros

Page 5: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Art. 79 .º, n.º1 TFUE: A União desenvolve uma política comum de imigração política comum de imigração destinada a garantir:

- uma gestão eficaz dos fluxos migratórios

- um tratamento equitativo dos nacionais de países terceiros que residam legalmente nos Estados-Membros

- a prevenção da imigração ilegal e do tráfico de seres humanos e o reforço do combate a estes fenómenos

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Art. 79.º (2) TFUE – medidas nos seguintes domínios:

a) Condições de entrada e de residênciaa) Condições de entrada e de residência, e normas relativas à emissão de vistos e de títulos de residência de longa duração, inclusive para efeitos de reagrupamento familiar;

b) Definição dos direitos dos nacionais de países terceiros b) Definição dos direitos dos nacionais de países terceiros que residam legalmente num Estado-Membro, incluindo as condições que regem a liberdade de circulação e de permanência nos outros Estados-Membros;

c) Imigração clandestina e residência ilegalc) Imigração clandestina e residência ilegal, incluindo o afastamento e o repatriamento de residentes em situação ilegal;

d) Combate ao tráfico de seres humanosd) Combate ao tráfico de seres humanos, em especial de mulheres e de crianças.

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Art. 79.º TFUE:

3. 3. A União pode celebrar com países terceiros acordos de acordos de readmissãoreadmissão

4. 4. Medidas para fomentar a integração dos nacionais de integração dos nacionais de países terceiros que residam legalmente no seu territóriopaíses terceiros que residam legalmente no seu território, (excluindo-se qualquer harmonização das disposições legislativas e regulamentares dos Estados-Membros).

5. 5. As competências da UE em matéria de imigração não afectam o direito de os EM determinarem o volume de direito de os EM determinarem o volume de admissão admissão dos nacionais de países terceiros no respectivo território para aí procurarem trabalho

Page 8: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

As medidas adoptadas em matéria de política de imigração devem respeitar os direitos fundamentais plasmados na:

- Carta dos Direitos Fundamentais da Carta dos Direitos Fundamentais da União EuropeiaUnião Europeia

- Convenção Europeia dos Direitos do - Convenção Europeia dos Direitos do HomemHomem

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Carta dos Direitos Fundamentais da Carta dos Direitos Fundamentais da União EuropeiaUnião Europeia

-Âmbito de aplicação (divisão tripartida)

- Direitos específicos dos estrangeiros:

Art. 15.º, n.º 3: Art. 15.º, n.º 3: Os nacionais de países terceiros que sejam autorizados a trabalhar no território dos Estados-Membros têm direito a condições de trabalho equivalentescondições de trabalho equivalentes àquelas de que beneficiam os cidadãos da União.

Art. 19.º: Protecção em caso de afastamento, expulsão Art. 19.º: Protecção em caso de afastamento, expulsão ou extradiçãoou extradição1. São proibidas as expulsões colectivas.2. Ninguém pode ser afastado, expulso ou extraditado para um Estado onde corra sério risco de ser sujeito a pena de morte, a tortura ou a outros tratos ou penas desumanos ou degradantes.

Page 10: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Medidas Existentes Medidas Existentes sobre Imigração sobre Imigração

LegalLegal

Page 11: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

A acção da UE visa coordenar as diferentes abordagens nacionais através do mecanismo da harmonizaçãoharmonização

Estabelecimento standards mínimos standards mínimos :

Os Estados-Membros têm o poder de estabelecer disposições mais favoráveis

Medidas Existentes sobre Medidas Existentes sobre Imigração LegalImigração Legal

Page 12: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Directiva 2003/86 sobre Reagrupamento Familiar

Directiva 2003/109 sobre Residentes de Longa Duração

Directiva 2004/81 - vítimas do tráfico de seres humanos ou de auxílio à imigração ilegal

Directiva 2004/114 sobre Imigração de Estudantes, Estagiários e Voluntários

Directiva 2005/71 sobre Admissão para efeitos de Investigação Científica

Directiva 2009/50 sobre condições de entrada e residência para efeitos de trabalho altamente qualificado (Directiva “Cartão Azul”)

Medidas Existentes sobre Medidas Existentes sobre Imigração LegalImigração Legal

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- Cônjuge

-Filhos Menores (abaixo da maioridade estabelecida pela lei do Estado-Membro em causa e não casados).

A –Directiva sobre Reagrupamento Familiar

Estabelece um direitodireito ao reagrupamento familiar para (art. 4.º):

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Os EM PODEM autorizar ainda o reagrupamento de:

- unido de facto - unido de facto com quem o reagrupante mantenha uma relação estável, duradoura e devidamente comprovada ou uma união de facto registada

- ascendentes directos - ascendentes directos em primeiro grau do requerente do reagrupamento ou do seu cônjuge, se estiverem a seu cargo e não tiverem o apoio familiar necessário no país de origem;

- filhos solteiros maiores filhos solteiros maiores do requerente do reagrupamento ou do seu cônjuge, objectivamente incapazes de assegurar o seu próprio sustento por razões de saúde

A –Directiva sobre Reagrupamento Familiar

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Condições (art. 3.º, 7.º e 8.º):Condições (art. 3.º, 7.º e 8.º):

- AR de prazo de 1 ano + perspectiva de obter direito de residência permanente

- Recursos estáveis e regulares para sustentar a família;

-Alojamento adequado;

- Seguro de saúde para o próprio e demais familiares;

-EM podem requerer cumprimento de medidas de integração e de um período de espera

A –Directiva sobre Reagrupamento Familiar

Page 16: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Motivos de Recusa (art. 6.º):Motivos de Recusa (art. 6.º):

- Ordem pública, segurança pública e saúde pública

Direitos dos Membros da Família (art. Direitos dos Membros da Família (art. 14.º) :14.º) :

- educação;

- emprego;

- actividade profissional por conta própria,

- acesso a orientação e formação profissional

A –Directiva sobre Reagrupamento Familiar

Page 17: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

A –Directiva sobre Reagrupamento Familiar

- Jurisprudência do TJUE :

- Parlamento v. Conselho, C-540/03

- Chakroun, C-578/08

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B –Directiva sobre Residentes de Longa Duração

Estabelece um direito para os nacionais de países terceiros residentes a obter o estatuto de residente de longa duração estatuto de residente de longa duração na UEna UE

Condições (art. 4.º e 5.º):Condições (art. 4.º e 5.º):

- residência legal no EM por cinco anos;

- recursos estáveis e regulares para se sustentar a si próprio e aos membros da sua família;

-seguro de saúde;

- os EM podem ainda requerer que o requerente cumpra determinadas medidas de integração.

Page 19: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

B –Directiva sobre Residentes de Longa Duração

Título permanenteTítulo permanente, podendo ser retirado (art. 8.º e 9.º):

a)Aquisição fraudulenta;

b)Expulsão;

c)Ausência do território da Comunidade por um período de 12 meses consecutivos

d)Ameaça para a ordem pública

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B –Directiva sobre Residentes de Longa Duração

Direitos:Direitos:

-Direito a igualdade de tratamento com os nacionais do Estado de residência (art. 11.º)

excepções (n.º3)

- Protecção acrescida contra expulsões (art. 12.º)

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B –Directiva sobre Residentes de Longa DuraçãoDireitos:Direitos:

- - Direito a circular e a exercer actividades económicas ou outras noutrosnoutros EM (art. 14.º).

- Aplicam-se condições de igualdade no 2.º EM (art. 21.º)

- 2.º EM pode:-Limitar o nr. de entradas (art. 14.º, n.º 4)

- Exigir requisitos relativos a recursos estáveis e regulares, seguro de doença e medidas de integração (art. 15.º)

-Indeferir o pedido com base em ameaça à ordem pública, segurança pública e saúde pública (art. 17.º e 18.º)

Page 22: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

C –Directiva “Cartão Azul”

Objectivos: Objectivos: - Regular a imigração altamente qualificada para a UE-- Promover a mobilidade de trabalhadores altamente qualificados

dentro da UE

Objectivo da UE de se tornar a economia mais dinâmica e competitiva baseada no conhecimento

Page 23: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

C –Directiva “Cartão Azul”

Qualificações profissionais elevadas(art. 2.º, g) : Qualificações profissionais elevadas(art. 2.º, g) : - Comprovadas por diploma do Ensino Superior

- condição de os estudos terem durado pelo menos três anos

OU

- Experiência profissional que tenha durado pelo menos cinco anos (de um nível comparável ao das qualificações elevadas)

Page 24: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Condições (art. 5.º): Condições (art. 5.º):

-contrato de trabalho válido ou oferta vinculativa de emprego para trabalho altamente qualificado, de duração de pelo menos um ano

-comprovativo qualificações profissionais ou condições profissão regulamentada

-documento de viagem válido / visto

-seguro de doença que cubra todos os riscos contra os quais são normalmente cobertos os nacionais do Estado-Membro em causa,

-não constituir uma ameaça para a ordem pública, segurança pública ou saúde pública

- o salário anual não deve ser inferior a pelo menos 1,5 vezes o salário anual bruto médio do EM em causa (n.º3).

C –Directiva “Cartão Azul”

Page 25: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

C –Directiva “Cartão Azul”A Directiva não concede um direito de entrada no território dos EM!não concede um direito de entrada no território dos EM!

1. A Directiva não afecta o direito do Estado-Membro de determinar o volume de admissão de nacionais de países terceiros que entrem no respectivo território para efeitos de emprego altamente qualificado (art. 6.º)

2. Os EM podem verificar se a vaga em causa pode ser preenchida por (art. 8.º, n.º2):- Nacionais;- Cidadãos da UE;- Nacionais de países terceiros legalmente residentes nesse EM;- Detentores do Estatuto de imigrantes de longa duração que desejem trabalhar nesse EM

Mesmo se o candidato cumprir todos os requisitos, a entrada pode-lhe ser negada por ter sido alcançada a quota anual de entrada de nacionais de países terceiros para efeitos de trabalho (art. 8.º, n.º3)

Page 26: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

C –Directiva “Cartão Azul”

Direitos:Direitos:

- Cartão azul – validade entre um a quatro anos (art. 7.º)

- Após dois anos – pode haver acesso progressivo ao mercado de trabalho (art. 12.º)

- Igualdade de Tratamento com os nacionais do EM no que toca a condições de trabalho, liberdade de associação e sindicalização, educação e formação profissional, reconhecimento de diplomas, accesso a bens e serviços (art. 14.º)

- Condições mais favoráveis de reagrupamento familiar (art. 15.º)

- Após 18 meses de emprego num EM - direito de circulação para outro EM para efeitos de trabalho altamente qualificado (art. 18.º)

Page 27: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Medidas ExistentesMedidas Existentessobre Imigração sobre Imigração

IrregularIrregular

Page 28: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Medidas ExistentesMedidas Existentessobre Imigração Irregularsobre Imigração IrregularDirectiva 2001/40 sobre reconhecimento mútuo de

decisões de afastamentoDirectiva 2001/51 sobre sanções das

transportadorasDirectiva 2002/90 relativa à definição do auxílio à

entrada e residência irregularesDirectiva 2003/110 relativa ao apoio em caso de

trânsito para efeitos de afastamento por via áreaDirectiva 2004/82 relativa à obrigação de

comunicação de dados dos passageiros pelas transportadoras

Directiva 2008/115 (Directiva do Retorno)Directiva 2009/52 sobre sanções para

empregadores de imigrantes em situação irregular

Page 29: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Directiva do Retorno

Objectivo:Objectivo:

- - Regular o retorno de imigrantes em situação irregular para os seus países de origem / proveniência

- Estabelecimento de regras e procedimentos comuns a aplicar pelos EM

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Quando confrontado com uma estadia irregular, o EM decide:

Directiva do Retorno A estadia irregular de um nacional de país terceiro deve terminar através de um procedimento justo e transparente culminando em expulsão expulsão (art. 6.º)

Conceder ao indivíduo um título de residênciaououtra autorização que permita direito a permanecer no território por motivos humanitários ou outros (n.º4)

Emitir uma decisão de retorno + uma proibição de entrada e permanência no território de todos os EM(em princípio não excedendo 5 anos) – art. 11.º

Page 31: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Os EM devem ter em conta (art. 5.º)(a) O melhor interesse da criança;(b) A protecção da vida familiar;(c) O estado de saúde do imigrante em situação ilegal,(d) O respeito pelo princípio do non refoulement.

O retorno voluntário deve ser preferido em relação ao retorno forçado, devendo fixar-se um período para se garantir a partida voluntária (art. 7.º)(excepções: risco de fuga, ameaça à ordem pública, segurança pública e segurança nacional ou se um pedido de residência legal foi indeferido por ser manifestamente infundado ou fraudulento)

Deve prever-se um direito a recurso da decisão de retorno (art. 13.º)

Directiva do Retorno

Page 32: DIREITO DE IMIGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA ANA RITA GIL Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Detenção:Detenção:

Ultima ratio Ultima ratio quando há risco de fuga ou o indivíduo se encontra a prejudicar o procedimento de retorno (art. 15.º, n.º1)

SalvaguradasSalvaguradas respeitantes ao procedimento decisório, a recurso e a controlo judicial da detenção.

Limite de tempoLimite de tempo- art. 15.º, n.º 5 e 6 - seis meses (pode ser estendido por mais doze meses)

MenoresMenores apenas podem ser detidos como medida de último recurso e pelo menor período de tempo possível (art. 17.º).

Directiva do Retorno

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Jurisprudência:

Kadzoev, C-357/09

El Dridi, C- 61/11

Directiva do Retorno