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 DIREITO DE EMPRESA 1. O DIREITO DE EMPRES A COMO UM RAMO DO DIREITO CIVIL Artigo 2045 do Código Civil: revogou a parte primeira do Código Comercial. Artigos 966 a 1195 do Código Civil: Do Direito de Empresa. A parte segunda do Código Comercial permanece em vigência: Comércio Marítimo 2. DIREITO COMERCIAL E DIREITO EMPRES ARIAL Diferenças. - O DIREITO COMERCIAL É UM TODO QUE ABRANGE O DIREITO EMPRESARIAL COMO PARTE. 3. TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO E TEORIA DA EMPRESA  Te oria dos Ato s de Comércio: A pessoa só era considerada comerciante se praticasse a intermediação da troca de bens (compra e venda) com caráter profissional com o intuito de lucro, ou seja, qualificava a figura do comerciante. Mas por outro lado não qualificava como comerciante o prestador do serviço ou industrial. Sistema Francês Artigo 4° do Código Comercial Intermediação da tr oca de bens com car áter pr ofissional e intuito de lucro.  Teoria da Empresa: Adveio com o CC de 2002, sendo que antes havia com o Código Comercial a Teoria dos Atos de Comércio. Ela refere a organização dos fatores de produção para criação ou circulação de bens ou serviços. Com o adveio de tal teoria,

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DIREITO DE EMPRESA

1. O DIREITO DE EMPRESA COMO UM RAMO DO DIREITOCIVIL

Artigo 2045 do Código Civil: revogou a parte primeira do CódigoComercial.

Artigos 966 a 1195 do Código Civil: Do Direito de Empresa.

A parte segunda do Código Comercial permanece em vigência:Comércio Marítimo

2. DIREITO COMERCIAL E DIREITO EMPRESARIAL

Diferenças.

- O DIREITO COMERCIAL É UM TODO QUE ABRANGE O DIREITOEMPRESARIAL COMO PARTE.

3. TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO E TEORIA DA EMPRESA

  Teoria dos Atos de Comércio: A pessoa só era considerada

comerciante se praticasse a intermediação da troca de bens(compra e venda) com caráter profissional com o intuito delucro, ou seja, qualificava a figura do comerciante. Mas poroutro lado não qualificava como comerciante o prestador doserviço ou industrial.

Sistema Francês

Artigo 4° do Código Comercial

Intermediação da troca de bens com caráter profissional eintuito de lucro.

 Teoria da Empresa: Adveio com o CC de 2002, sendo que anteshavia com o Código Comercial a Teoria dos Atos de Comércio.

Ela refere a organização dos fatores de produção para criaçãoou circulação de bens ou serviços. Com o adveio de tal teoria,

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passamos da figura do comerciante para a figura doempresário. Passou a ser um ramo do Direito Civil.

Sistema italiano

Artigo 966 do Código Civil: Teoria da empresa e qualifica afigura do empresário. Se o caput diz o conceito de empresário,o § único vai dizer o conceito de autônomo.

Organização dos fatores de produção para criação ou circulação

de bens ou serviços.

4. ABRANGÊNCIA DO DIREITO DE EMPRESA

a) Conceitos e normas relativas ao empresário, suas atividadescomo empresa individual ou sociedade empresarial.

b) Diversas formas de sociedade personificadas ou não, simples ouempresariais. Temos sociedades de fato, mas não de direito,sociedade irregular (no contrato diz que irá até o período X,

chegando a tal data continua em vigor, passando então a serirregular.

c) Normas sobre administração, responsabilidade (Sociedadelimitada: capital de R$ 100.000,00, divido pelos 4 sócios. Naassinatura, o sócio se comprometeu a dar 25 mil reais (ato desubscrição). Entretanto não injetou na empresa os 25, se vier umaexecução sobre a empresa, mas faltar 25. Em princípio os outrosirão pagar), escrituração e demonstrações contábeis.

d) Nome empresarial, prepostos, dissolução e liquidação desociedade.

e) Reestruturação societária. Transformação societária: tenho umaempresa limitada e quero transformá-la em S/A.

5. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA ATIVIDADE

EMPRESARIAL

Artigos 170 a 181 da Constituição Federal – Fundamento

Constitucional da Atividade Econômica.

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Artigo 170, artigo 5°, XIII + artigo 6°, caput , + artigo 7° da

Constituição Federal = valorização do trabalho humano e da

livre iniciativa usando a CONSECUÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL.

6. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA

União> artigo 22 da CF/88.

7. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL

Enunciado 53 CEJ

Artigo 5°, XXIII + artigo 182, § 2° + 186 da CF

Função social da propriedade / função social da empresa

Interesse dos consumidores

Interesse dos concorrentes

Externalidades

Sociais Responsabilidade social corporativa

• Ambientais

SOCIAS: Metalúrgica demite 2.000 funcionários.

AMBIENTAIS: Instalação de um produto que cause câncer na

população.

8. CONCEPÇÃO ATUAL DE EMPRESA

Conceito: é a atividade econômica organizada para produção e

circulação de bens e serviços, exercida, profissionalmente, pelo

empresário ou pela sociedade empresária por meio do

estabelecimento.

9. ATIVIDADE EMPRESARIAL

Economicidade

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Fatores para Organização Empresa –

atividade

formação da empresa econômica

organizada

Profissionalidade

Produção

 

Exercida por empresário Bens e/ou serviços Lucro ou

resultado

Individual (PF) ou coletivo (PJ) econômico

ou social

Circulação

10. DELIMITAÇÃO CONCEITUAL DA ATIVIDADE

ECONÔMICA ORGANIZADA

Atividade: produção de produtos, circulação de bens ou

serviços.

Econômica: pretensão de ganhar lucro.

Organizadas: articulação de:

o Capital

o Força de trabalhos

o Insumos

o  Tecnologia

11. ALCANCE DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO DE BENS ESERVIÇOS:

Produção de bens: Criação de produtos por meio da indústria.

Produção de serviços: Prestação de serviços.

Circulação de bens: Distribuição e comercialização no atacado e

no varejo.

Circulação de serviços: é a intermediação.

12. ASPECTOS JURÍDICOS DA EMPRESA (Generalidades)

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Empresa como fenômeno complexo: Pressupõe empresário e

patrimônio o qual constitui o estabelecimento em relação com o

empresário através da empresa.

Aspecto subjetivo: São titulares da empresa o empresário

individual ou a sociedade empresária que investem capital na

mesma, sendo que os sujeitos designados no § único do artigo

966 do CC não exercem atividade típica de empresário.

Aspecto objetivo: O estabelecimento é o aspecto patrimonial da

empresa composto de bens materiais e imateriais para o

exercício da sua atividade.

13. FUNDAMENTOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

Livre iniciativa

Liberdade de concorrência.

14. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS BÁSICOS DO DIREITO

PRIVADO

Autonomia de vontade.

Igualdade.

 Trabalho: Diga da diferença entre a teoria dos atos de comércio ea teoria da empresa, relacionando esta com a concepção deempresa trazida pelo Código Civil. A seguir, fale dos fatores queimplicam na formação da empresa, estabelecendo ligações desseconceito com a função social da empresa e a responsabilidadesocial corporativa. Quando necessário, aponte a base legalrespectiva.

DIREITO DE EMPRESA

CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL: Conjunto de normas eprincípios que regem a atividade econômica organizada para aprodução e circulação de bens e serviços exercida

profissionalmente pelo empresário por meio do estabelecimento,sob a presunção do interesse da coletividade.

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OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL: é a própria atividadeeconômica organizada, ou seja, a empresa.

CARACTERES

Especialidade: relações jurídico-empresariais tendo porobjeto a empresa.

Cosmopolitismo: provém do grego e dirá que uma pessoanão pertence apenas a um território, e sim ao mundo. Diz danecessidade de tutela jurídica para relações econômicasinternacionais por meio de tratados e convençõesinternacionais.

Individualismo: animus lucrandi.

Onerosidade: para fazer funcionar essa atividade econômicaorganizada é necessário investir um capital, em razão dofato de ela sempre envolver uma faceta econômica.

Liberalismo: Liberdade contratual, livre iniciativa, liberdadede concorrência. Se não houver o liberalismo, não haverá a

própria existência da empresa.

Dinamismo: Se tem uma ciência que terá que acompanhar aceleridade empresarial.

Informalismo: Não provém do formalismo estatizado peloDireito.

Fragmentarismo: Vai se relacionar com duas fontes:

o

Estatais Legislativa

 Jurisprudencial

Convencional

o Não estatais: a realização de negócios de certasempresas pode vir a servir de precedente do própriodireito empresarial.

Direito consuetudinário.

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Doutrina, ou seja, direito científico.

Negócios jurídicos mercantis.

Solidariedade presumida: dentro da empresa a solidariedade

se presume.

Massificação: Contrato-tipo. Se a pessoa vai fazer um segurono banco, não vai negociar os itens do contrato, só iráassinar o contrato já estabelecido. Ex: contrato de seguro,consórcio e financiamento.

CONCEITO DE EMPRESÁRIO

Artigo 966, caput:

Pessoa Física: empresário individual, artigo 966, caput.

Pessoa Jurídica: sociedade empresária, artigo 981.

CONCEITO DE EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: É o titular da empresa.

Pessoa natural que, registrando-se no registro público de empresasmercantis, entregando capital natureza, insumos, tecnologia e forçade trabalho, toma, com animus lucrandi, a iniciativa de organizar comprofissionalidade uma atividade econômica para produção ecirculação de bens ou serviços no mercado.

CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE EMPRESÁRIOINDIVIDUAL

Artigo 966 + 972

Capacidade jurídica: Plenamente capaz o emancipado.Responde ilimitadamente com seus bens pessoais e comaqueles afetados a empresa.

Efetividade no exercício da empresa: atividade-fim voltada à

prática efetiva de um conjunto de atos empresariais paraobtenção de um resultado econômico-social.

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Profissionalidade: Emprego dos fatores de produção com uso deauxiliares ou não.

Lucratividade mediata: Possibilidade de obtenção de lucro ou deum resultado econômico-social com retorno do capital

investido.

ALGUNS IMPEDIMENTOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DEEMPRESÁRIO INDIVIDUAL

A) Menores não emancipados.

B) Incapazes.

C) Militares das três forças armadas e das policias militares.

D) Funcionários públicos civis da União, dos Estados e Municípios.

E) Magistrados e Membros do Ministério Público.

F) Médicos, para o exercício simultâneo da medicina e da farmácia,drogaria ou laboratório.

G) Estrangeiros não residentes no país.

H) Cônsules, salvo os não remunerados.

I) Falidos, enquanto não reabilitados.

- Resposta: artigo 973. Não pode alegar o fato de ser impedido parase eximir das responsabilidades.

- Delimitação do impedimento: Estão impedidos de exercer aatividade empresarial, mas não quer dizer que não podem ser sócios.Não se estende a participação da sociedade: acionista, quotista(sociedade limitada) ou comanditário (sociedade em comanditasimples).

AUTÔNOMO

  Caput – empresário: SOCIEDADE EMPRESÁRIA.

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966

§ único – autônomo: SOCIEDADE SIMPLES.

EN. 54 (é caracterizador do elemento de empresa a declaração daatividade-fim, assim como a prática dos atos empresariais) + EN.195/CEJ

Atividade: Fazer propaganda.

Elemento empresa Objeto: Vender a propaganda.

Organização

ESTABELECIMENTO: objeto pelo qual o sujeito empresário faz aempresa se movimentar. É o complexo de bens de natureza variada,materiais ou imateriais, reunidos e organizados pelo empresárioindividual ou pela sociedade empresária, por serem necessários eúteis ao desenvolvimento e a exploração de sua atividade econômica.No Código Civil, o conceito está no artigo 1142 (conjunto de bensoperados pelo empresário, ou seja, é aquilo que é útil a sua atividadepara que o movimento possa acontecer.

CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO

  objeto unitário patrimônio

Estabelecimento de direito e afetado à empresa

Negócios jurídicos

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Bens incorpóreos ou Bens corpóreosheterogêneos

Complexo de relações

 Jurídicas.

Valor econômico

universalidade de direito “sou

generis”

• O empresário pode ter vários estabelecimentos, surgindo entãoo estabelecimento principal e as filiais. Artigo 969.

Bens incorpóreos: marcas, cliente e nome empresarial, pontocomercial.

Bens corpóreos: computador, mesa, cadeira.

Ver artigo 1143.

  Trabalho: Relacione o conceito de direito de empresa com osconceitos de empresa, empresário e estabelecimento. A seguir, digadas condições para o exercício da atividade do empresário individual,dizendo também do conceito de autônomo e sua relação com asociedade simples ou empresária. Quando necessário, estabeleça abase legal respectiva.

1. Conceito de Nome Empresarial

• O nome empresarial basicamente se divide em firma e

denominação. É aquele sobre o qual o empresário e a

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sociedade empresária exercem suas atividades e se obrigamnos atos a elas pertinentes.

• Artigo 1155 do Código Civil

2. Funções do Nome Comercial

• Função subjetiva: identifica o empresário, ou seja, paradiferenciar o empresário dos demais.

• Função objetiva: individualizar o empresário.

• Função utilitária: proteger investimentos e consumidores.Proteger consumidores de algum abuso que determinada

empresa possa cometer.

3. Modalidade do nome empresarial

• Firma

o Individual: quando se fala em firma individual, se refere a

empresário individual

o Social: quando se fala em firma social, se refere asociedade empresária.

• Denominação

Obs.: Empresário individual utiliza somente firma. Sociedade em

nome coletivo vai utilizar somente a firma, pois todos os sócios têmresponsabilidade ilimitada. A sociedade limitada pode optar seutilizará a firma ou a denominação. Sociedade Anônima somenteutilizará denominação.

4. Conceito de firma

• É o nome utilizado pelo empresário, pela sociedade em quehouver sócio de responsabilidade ilimitada e de formafacultativa pela sociedade limitada.

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5. Conceito de denominação

• É o nome utilizado pela sociedade anônima e cooperativa e umcaráter opcional pela sociedade limitada e em comandita porações.

6. Natureza jurídica do nome empresarial

• Direito de personalidade que consiste no direito subjetivo doempresário individual ou coletivo de defender sua identidade(função subjetiva) e individualização (função objetiva).

• Artigo 5°, XXIX da CF/88 + artigos 16 a 18 + 52 do Código Civil.

7. Princípio da Veracidade

• Requer que a firma individual contenha o nome do empresário,ou seja, a firma é registrada no “meu nome”. Requer que afirma social contenha o nome de pelo menos um dos sócios dasociedade empresária.

8. Princípio da Novidade

• O nome empresarial deve ser novo e diferenciado. Não pode játer sido assentado no órgão competente dentro de certa áreageográfica.

9. Conceito de Registro Empresarial

• É postulado formal e não material da existência da empresa. Éfator regulador e não caracterizador da atividade empresarial.Irá regularizar formalmente a situação do empresário frente aoEstado.

Registrar-se na junta comercial.

• Artigos 967 e 968 Manter escrituração regular do seunegócio.

Levantar demonstrações contábeisperiódicas.

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• Enunciado 198/CEJ: A inscrição do empresário na juntacomercial não é requisito para sua caracterização, admitindo-seo exercício da empresa sem tal providência. O empresárioirregular reúne os requisitos do artigo 966, sujeitando-se as

normas do Código Civil e da Legislação Especial, salvo naquiloem que forem incompatíveis com a sua condição ou diante deexpressa disposição em contrário.

10. Requisitos do Registro Empresarial

Sede da empresa

Data de início da atividade não anterior ao

requerimento.

• Artigo 968 Cópia autenticada do RG e CPF.

Se for o caso procuração com firmareconhecida em cartório e estipulação depoderes específicos

Comprovantes de pagamento

Estadual guia derecolhimento junta.

Federal DARF

• Artigo 968, § 3° + 1113 a 1115 do Código Civil

Transformação de empresa individual em sociedadeempresária

11. Sede, Filial, Sucursal e Agência

• Sede: estabelecimento principal da empresa com primazia dadireção.

• Filial, sucursal e agências: qualquer estabelecimento cujo poderde comando esteja vinculado a outro estabelecimento.

o Os atos dela obrigam a organização como um todo.

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o Deve utilizar a mesma firma ou denominação doestabelecimento principal.

o Criação ou extinção vinculada a alteração contratual ouestatutária do registro competente.

o CNPJ difuso do estabelecimento principal.

12. Diferenças básicas entre nome empresarial, marcae título do estabelecimento

• Nome empresarial (5 fatores): identifica e individualiza oempresário e a atividade por ele exercida. Protege o empresário

e a atividade empresarial no âmbito estadual e no territórionacional se houver arquivamento do pedido de sua proteçãonas juntas comerciais nos demais estados, porque a juntacomercial fica no âmbito de cada estado. Extingue-se com adeclaração de inatividade do empresário. Constituiu direito depersonalidade e é inalienável.

• Marca (5 fatores): sinal identificador do produto ou do serviçoindicando a sua procedência. Registro no INPI (InstitutoNacional da Propriedade Industrial). A marca é um bem

imaterial, objeto de propriedade industrial. Ela extingue-se em10 anos caso não haja pedido de prorrogação. É alienável pormeio de cessão do seu registro e do seu uso por tempo certo.

•  Título do estabelecimento (2 fatores): Designa o local onde aatividade empresarial é exercida. Pode coincidir ou não com amarca ou nome empresarial.

13. Conceito de ponto comercial ou empresarial

• .

14. Tipos de ponto comercial

a) Localização do imóvel por si mesma, a qual lhe acresce valor:empresário proprietário: perda de ponto nula ou improvável: Ex:Desapropriação para realização de obras públicas

b) Localização do imóvel valorizada pela atividade nele exercida:

empresário locatário: garantias: possibilidade de renovação

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contratual; indenização pela perda do ponto no caso de nãorenovação.

QUESTÃO: Conceitue nome empresarial, dizendo das suas funções eda sua natureza jurídica, assim como estabelecendo diferenciaçõesentre firma e denominação. A seguir, aponte algumas diferençasentre nome empresarial, marca e título do estabelecimento,relacionando estas os princípios da veracidade e da novidade.

1. CONCEITO DE PONTO COMERCIAL OU EMPRESARIAL: Seriao local aonde o empresário exerce atividade empresarial, ouseja, o imóvel onde está situado o seu estabelecimento. Ponto éo local em que se encontra o estabelecimento empresarial. Aproteção jurídica do ponto decorre da sua importância para osucesso da empresa.

2. TIPOS DE PONTO COMERCIAL OU EMPRESARIAL:

A. Localização do imóvel por si mesma a qual lhe acresce valor.

Empresário Proprietário

Perda do ponto nula ou improvável

Ex: desapropriação para obras públicas

B. Localização do imóvel valorizada pela atividade neleexercida

Empresário locatário

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Garantias

Possibilidade de renovação contratual

• Ex: contrato de locação em vigor e

proprietário recebe oferta maior. Como ficará?Se o contrato ainda estiver em vigor e olocador receber oferta maior, o locatáriodeverá ser indenizado, indenização esta quecaberá ao locador e ao novo inquilino.

• Se o contrato tiver acabado, o locatário podetentar cobrir a oferta do novo inquilino paranão perder o ponto.

Indenização pela perda do ponto no caso de nãorenovação

• Não houve proposta, de terceiro, maisvantajosa.

• Não foi dado ao imóvel o destino alegado peloproprietário (locador).

• Não foram iniciadas as obras preditas peloproprietário.

• Se desenvolver no imóvel o mesmo ramo deatividade do antigo locatário.

3. OBSERVAÇÕES PARA O EMPRESÁRIO LOCATÁRIO:

- Lei 12112/2009 alterou a Lei 8245/91.

- Passou a vigorar a partir de 23 de janeiro de 2010.

- Essa lei tem natureza híbrida (trata de questões de direitomaterial e processual). Os tópicos de direito material aplicam-sea novos contratos ou aqueles que sejam renovados desde adata em que a lei entrou em vigor. Os tópicos de direitoprocessual se aplicam imediatamente, ainda que paraprocessos que já estejam tramitando.

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- Caso haja ação renovatória de contrato de locação, o locatáriodeverá demonstrar a idoneidade do fiador. Não havendorenovação, o locatário terá 30 dias para desocupar o imóvel, seassim requerer o locador, considerando-se que o prazo anterior

era de 6 meses.

4. EMPRESÁRIO RURAL

Se empreendedor rural, pessoa física, opta por seinscrever na junta comercial.

Artigo 971

Se inscrito, equipara-se a empresário individual

5. TEORIA DA PRESERVAÇÃO E DA UTILIDADE SOCIAL DAEMPRESA: (DOUTRINA)  Pelo fato da empresa cumprir umafunção social, gerando empregos e promovendo a circulação deprodutos e serviços do mercado, possibilitando também orecolhimento de tributos, excepcionalmente é admitida sua

continuidade por incapaz, desde que fosse exercida por elequando capaz, ou recebesse a titularidade empresarial emrazão de sucessão.

6. CONTINUIDADE DA EMPRESA: (CÓDIGO CIVIL).

Continuidade da empresa

Empresário individual incapaz Menor ou interdito

Interdição por incapacidade Sucessão “inter vivos” ou “causamortis”

superveniente

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Representação ou assistência: Artigos 974 a 976.Responsabilidade do representante se nomeado gerente, tendo,entretanto, direito de regresso contra o último, ou contra o

gerente.

Autorização judicial

7. PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO NA CONTINUIDADE DA

EMPRESA

Bens pessoais do incapaz (Menor ou interdito).

Adquiridos antes da sucessão

ou interdição e alheios ao acervo Não respondempelas dívidas

empresarial

Obtidos após a interdição não

estranhos à atividade empresarial Respondem pelasdívidas

e

adquiridos antes ou depois da Respondem pelasdívidas

sucessão ou interdição (Bens afetados

à empresa)

CIVIL

Não existem duas personalidades ResponsabilidadeEMPR. INDIV.

ilimitada

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EMPR

8. REPERCUSSÕES DO REGIME MATRIMONIAL DO DIREITODE EMPRESA: Artigo 1027. Impossibilidade do ex cônjuge ouherdeiros do sócio pleitear a parte que lhes for cabívelimediatamente, pois terão direitos apenas à divisão periódicados lucros. Responsabilidade do empresário casado sob oregime de comunhão universal até o limite de sua meação,salvo se provar que o seu cônjuge tirou proveito da atividadeempresarial.

QUESTÃO: Primeiramente, conceitue ponto comercial, apontandoalgumas peculiaridades inerentes ao empresário locatário. Após,diga das repercussões patrimoniais da teoria da continuidade daempresa apontando também as hipóteses da sua aplicabilidade.Aponte a base legal.

1. DO CONTRATO SOCIETÁRIO

1.1. Parte Geral

Indivíduo Prazo

MERCADO Contrato Juro

Propriedade Garantia

1.2. Contrato social

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Pluralidade societária, ou seja, vai ter mais deuma pessoa.

ELEMENTOS DO Constituição do capital social.

CONTRATO SOCIAL

Cooperação para o fim comum, ou seja, a quese destina o negócio. A atividade fim é oobjetivo da empresa.

Participação nos lucros e prejuízos.

Comunhão Intuito personae.

Intuito pecuniae.

1.3. Conceito de contrato social

• É a convenção por via da qual duas ou mais pessoas, naturaisou jurídicas, obrigam-se a conjugar esforços e/ou recursos paraa consecução de um fim comum.

• Artigo 981

1.4 Caracteres

• PLURILATERALIDADE

• ONEROSIDADE

• COMUTATIVIDADE

• CONSENSUALIDADE

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1.5 Observações

• Contribuição de cada sócio para o capital social, ou seja, cadasócio vai contribuir para a formação do patrimônio especial daempresa. – artigo 981 e 988.

• Participação nos lucros e prejuízos (caráter oneroso), opercentual referente a essa participação deve estar nos termosdo contrato – artigo 997, VII e 1007.

•  Affectio societatis, ou seja, comunhão

1.6 Requisitos

Capacidade genérica para os atos da vida civil– artigos 972, 974 e 976.

SUBJETIVOS Habilitação para dispor de bens.

Consentimento dos contraentes.

OBJETIVOS: Liceidade e possibilidade dos fins comuns, ou seja, ofim deve ser lícito e possível – artigo 1123.

FORMAIS: Forma livre, embora em regra se use a forma escrita –artigos 45 + 985 + 987 + 992 + 997 + 998, § 1° e § 2°.

  1.7 Representação Gráfica

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Contrato de soc. Pessoas com capacidade + Vontade manifestaRELAÇÕES

Requisito subjetivo Requisito formal

Entre sócios Objeto social Fins econômicos(lucrativa).

Lícito e possível 

Com terceiros Requisito objetivo Sem fins econômicos

1.8 Conceito de sociedade como pessoa jurídica dedireito privado: Com o registro do contrato social, a sociedadeadquire personalidade jurídica, passando a ser pessoa jurídica dedireito privado, a qual consiste em uma unidade de pessoasnaturais ou jurídicas que visa a consecução de certos fins,reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos eobrigações.

1.9 Processo de personificação

Material: Atos de associação,fins a

1ª fase: Ato constitutivo plurilateral   que se propõe e

conjunto de bens.inter-vivos, ou seja, a

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formação de contrato. Formal: Documento públicoou particular, havendo casosem que é necessária aautorização estatal.

2ª fase: Registro público – artigos 45 + 46 + 984 + 985 + 1134 +1150.

1.10 Capacidade Jurídica

Direitos patrimoniais ou reais.

  Direitos de personalidade.

DIREITOS

(Generalidades) Direitos industriais.

Direitos obrigacionais.

LIMITAÇÕES

• Em razão da natureza: Artigo 49 do CC e artigo 12, I e IIdo CPC. Falta-lhe titularidade de família, parentesco e nãopode praticar os atos da vida pública, necessitando de umrepresentante legal.

• Decorrente de lei: Artigo 176, § 1° da CF/88 (vai dizer dalimitação de empresas estrangeiras para explorar recursosminerais, ou seja, não pode fazer isso sem uma autorização

estatal); artigo 190 da CF/88 (devem haver normasinfraconstitucionais para regular a aquisição e o

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arrendamento de propriedades rurais para estrangeiro); eartigo 222 da CF/88 (empresas jornalísticas e da radiofusãodevem ser de brasileiros natos ou naturalizados há mais de10 anos).

1.11 RESPONSABILIDADE

• Responsabilidade contratual: A pessoa jurídica de direitoprivado, no que se refere a realização de negócio jurídico,dentro do poder autorizado pela lei ou pelo contrato social, éresponsável, devendo cumprir o disposto no contrato,respondendo por seus bens pelo inadimplemento contratual.Artigo 389 do CC. Terá responsabilidade objetiva por fato oupor vício de produto ou serviço – CDC.

• Responsabilidade extracontratual: Se o empregado deuma empresa está a serviço e provoca um acidente detrânsito, quem responde por isso é a empresa. As pessoas jurídicas de direito privado respondem objetivamente pelos

atos ilícitos praticados por seus representantes,independente de culpa. Artigos 931, 932, III e 933 do CC.

• Responsabilidade delitual:

QUESTÃO: Relacione o conceito de contrato social com seusrespectivos elementos e requisitos. Por fim, diga de algumaslimitações decorrentes da personificação e alguma relação com ofator da responsabilidade.

1. RESPONSABILIDADE DECORRENTE DA PERSONIFICAÇÃO

• RESPONSABILIDADE CONTRATUAL: Relaciona-se cominadimplemento contratual. Se a pessoa jurídica não cumprir irá

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ser responsabilizada. Vai ser esgotado o patrimônio daempresa, e depois, se necessário, irá recair sobre o patrimôniodo empresário. Art. 1024 (benefício de ordem).

• RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL: Quem responde por

um acidente causado pelo motorista (empregado), será aempresa, independente de culpa. Responsabilidade objetiva.Art. 931, 932, III e 933.

• RESPONSABILIDADE DELITUAL: As pessoas jurídicas de direitoprivado podem ter imputabilidade criminal, estando sujeitas aresponsabilidade penal, podendo inclusive exercer açõespenais, considerando-se que a responsabilidade penal é do seurepresentante (não tem como prender uma pessoa jurídica).

Art. 37 do CPP.

2. EFEITOS DECORRENTES DA PERSONIFICAÇÃO.

• Sociedade adquire personalidade jurídica, passando a sersujeito de direitos e deveres, tendo titularidade obrigacional eprocessual.

• Sociedade passa a ter individualidade própria, não se

confundindo com seus sócios ou representantes.

• A sociedade adquire autonomia e responsabilidade patrimonial.

• Sociedade poderá sofrer alterabilidade estrutural, ou seja,poderá modificar o tipo de sociedade, migrar de uma paraoutra.

3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

REG. DO

CONTRATO

SOCIAL

 Titularidade Titularidade

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Obrigacional Processual

PERSONALIDADE

  JURÍDICA Nome (firma;denominação)

Soc. como sujeito Nacionalidade

De direitos e deveres

Domicílio

EFEITOS Soc. com individualidade

Própria Direito depersonalidade

Soc. com autonomia e responsabilidade patrimonial

Soc. com possibilidade de alterabilidade estrutural

4. SOCIEDADE EMPRESÁRIA

• É a sociedade personificada que assentada do registro público

de empresas mercantis (junta comercial), tem,profissionalmente, por objeto a atividade econômica organizadapara a produção ou circulação de bens ou serviços no mercadocom a finalidade de lucro mediato ou imediato.

5. CARACTERES

• Pessoa jurídica de direito privado.

o Autonomia patrimonial.

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o  Titularidade obrigacional e processual.

o Responsabilidade (contratual; extracontratual e delitual).

• Exercício com habitualidade e profissionalidade de atividadeeconômica empresarial lícita, que se relaciona com um dosrequisitos objetivos do contrato social, ou seja, liceidade epossibilidade do objeto.

• Lucratividade mediata ou imediata.

• Constituição do capital social pelos sócios.

Organização interna.o Sistema de contabilidade.

o Conservação da escrituração.

o Levantamento anual de balanço econômico.

OBSERVAÇÃO: Contrato social constitutivo de pessoa jurídica, só

pode ser admitido a registro dos órgãos competentes quando visadopor advogado, sob pena de nulidade. Artigo 1°, § 2° do Estatuto daOAB – Lei 8906/94.

6. MODALIDADES SOCIETÁRIAS: Espécies.

• (1039 a 1044): Sociedade em nome coletivo.

• (1045 a 1051): Sociedade em comandita simples.

• (1052 a 1087): Sociedade limitada.

• (1090 a 1092): Sociedade em comandita por ações.

• (1088 a 1089): Sociedade anônima ou Cia. Lei 6.404/76.

• Sociedade de capital e indústria. Não está prevista em lei, maspode ser montada.

7. NATUREZA DA ATIVIDADE ECONÔMICA

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• (982): Sociedade empresária por força de lei.

• (984): Sociedade empresária por equiparação. Artigo 971.Produtor rural.

8. PRINCÍPIOS

• Legalidade do objeto social, sendo que o objeto social é aatividade fim.

• Função social da empresa.

• Boa-fé objetiva e probidade; pressupõe-se que os atos de umaempresa estão consignados de boa-fé e probidade.

• Co-participação dos lucros e das perdas. Artigo 1008.

9. REGISTRO/OBRIGATORIEDADE: A sociedade empresária,antes do início de sua atividade, estava obrigada por lei aefetuar seu assento e o de seus atos constitutivos na juntacomercial de sua sede, isso para obter personalidade eregularidade.

10.REGISTRO/IMPORTÂNCIA: Cadastra a sociedade empresária;dá publicidade, segurança e eficácia autêntica aos atossocietários; indica seus sócios, administradores, capital social esede; concede tutela jurídica e uso de prerrogativas próprias doempresário coletivo.

11. NATUREZA DO REGISTRO:

• CONSTITUTIVA: Confere personalidade a sociedade empresária.É a partir do registro que nasce a pessoa jurídica.

• DECLARATIVA: Declaração da regularidade da sociedadeempresária.

12. EFEITOS NEGATIVOS DA FALTA DE REGISTRO

• Irregularidade.

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• Clandestinidade.

• Responsabilidade ilimitada dos sócios.

• Dificuldade para efetivar negócios regulares (empréstimos

bancários, etc.)

• Proibição de contratar com o poder público.

• Impossibilidade de obter enquadramento como micro epequena empresa.

• Ilegitimidade ativa para pedir falência de outra empresa.

13.SOCIEDADE DE FATO: Existe apenas verbalmente, não existecontrato. Não detém documentos constitutivos da própriasociedade, existindo apenas faticamente.

14.SOCIEDADE IRREGULAR:  Tem um contrato social, mas não oregistra na junta comercial. Detém os documentos constitutivosda sociedade, mas não arquiva os mesmos na junta comercial.

15. SOCIEDADE DE FATO X SOCIEDADE IRREGULAR:

a. IMPORTÂNCIA DA DIFERENÇA: Artigo 987 do Código Civil.Um dos fatores que importa na necessidade dadiferenciação é o fato de ser plausível ação entre sóciospara declarar a existência da sociedade somente entresócios de uma sociedade irregular, na medida que apenasesses possuem documentação passível de prova entre siou com terceiros.

PROVA: TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO E TEORIA DE EMPRESA. ASCONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL(IMPEDIMENTOS) – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. MODALIDADES DONOME EMPRESARIAL. A TEORIA DA CONTINUIDADE DA EMPRESA.FILIAIS. SOCIEDADE DE FATO E IRREGULAR. DIFERENÇAS E PORQUEDAS DIFERENÇAS E DIFERENÇA ENTRE AUTÔNOMO E EMPRESÁRIO(ONDE ESTÁ A DIFERENÇA). 10 QUESTÕES.

1. SOCIEDADE PERSONIFICADA E DESPERSONIFICADA.

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• Sociedade despersonificada: artigo 986 a 996.

• Sociedade personificada: artigo 997 a 1141.

2. SOCIEDADE DESPERSONIFICADA: São sociedades que nãopossuem personalidade jurídica ou que não tem ato constitutivoescrito ou porque, se o possuem, não levaram a registro, ouainda porque o registro dos atos constitutivos não produzqualquer efeito. Ex: sociedades em comum e as sociedades emconta de participação. O artigo 993 falará que as sociedadesem conta de participação ainda que inscrevam os seus atos na junta comercial, continuarão a ser despersonificadas.

3. SOCIEDADE PERSONIFICADA: São as sociedades queadquiriram personalidade por ter levado ao registro competenteseus atos constitutivos. Ex: sociedade em nome coletivo,sociedade em comandita simples, sociedade em comandita porações, sociedade limitada, cooperativas, sociedade simples esociedade anônima.

4. CLASSIFICAÇÃO PELA RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS

• SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA:  Todos ossócios respondem subsidiária e ilimitadamente pelas obrigaçõesda sociedade. Ou seja: se o patrimônio social não for suficiente,o patrimônio dos sócios responde pelas obrigações. Ex:sociedade em nome coletivo, a sociedade em comum e a

sociedade simples. Artigo 1024.

• SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA:  Todos ossócios respondem limitadamente. Ou seja: obrigam-se até omontante da sua contribuição para formação do capital social.Ex: as anônimas e as limitadas.

• SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE MISTA: Alguns sóciostêm sociedade limitada e outros ilimitada. Ex: sociedade em

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comandita simples, a comandita por ações e a em conta departicipação.

5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DO CAPITAL:

• SOCIEDADE DE CAPITAL FIXO: O capital é determinado pelocontrato constitutivo e só pode ser modificado mediante suaalteração. Ex: todas as personificas, exceto as cooperativas.

• SOCIEDADE DE CAPITAL VARIÁVEL: São aquelas cujo capitalnão esteja fixado no contrato, variando a qualquer tempo. Ex:sociedades cooperativas. Artigo 1094, inciso I.

6. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE CONSTITUIÇÃO

7. SOCIEDADE SIMPLES X SOCIEDADE EMPRESÁRIA:sociedade simples (artigo 966, § único + 981) e sociedadeempresária (artigo 966, caput + 981).

8.

SOCIEDADE DE PESSOAS SOCIEDADE DE CAPITAISA. A administração só pode serexercida por sócios. Só ossócios administram.

A.  Dissociação entreadministração e propriedade.Pode haver um terceiro

contratado para administrar asociedade.B. Ao menos uma classe desócios possui responsabilidadesolidária e ilimitada.

B.  Todos os sócios possuem aresponsabilidade limitada asua contribuição ou ao total docapital social.

C. Não é livre a entrada denovos sócios.

C. É livre a entrada de novossócios

D. Morte ou incapacidade dossócios pode gerar a dissoluçãototal ou parcial.

D. Morte ou incapacidade dossócios não influi na vidasocietária.

E. Usa a razão social (firma). E. Usa denominação.F. Admite a exclusão de sócio F. A quebra da affectio

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pela quebra da affectiosocietatis.

societatis não influi na vida dasociedade, não sendo motivopara exclusão dos sócios.

9. SOCIEDADE DE PESSOAS:

• Sociedade em nome coletivo

• Sociedade em comandita simples

• Sociedade simples

• Sociedade em conta de participação

10. SOCIEDADE DE CAPITAIS:

• Sociedade anônima

• Sociedade em comandita por ações

11.SOCIEDADE HÍBRIDA: No que tange as sociedades limitadas,não é possível enquadrá-las como sociedade de pessoas ou de

capitais, ocorrendo isso em razão da sua natureza híbrida, aqual ora é de pessoas, ora é de capitais. Tal hibridismo se justifica quando se percebe que nas sociedades limitadas existea limitação de responsabilidades dos sócios, a limitação aoingresso de novos sócios, bem como a possibilidade deutilização tanto de razão social, quando de denominação.

12.SOCIEDADE LIMITADA: Sociedade contratual formada por 2

ou mais pessoas, em que cada sócio responde perante ela pelovalor de sua quota-parte e todos assumem relativamente aterceiros subsidiariamente, uma responsabilidade solidária maslimitada ao total do capital social. 

13. CARACTERES / SOCIEDADE LIMITADA

A. Limitação da responsabilidade.

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B. Representação da participação dos sócios por meio dasquotas.

C. Divisão do capital social em cotas iguais e desiguais.

D. Solidariedade pela integralização do capital.

E. Indivisibilidade da quota em relação à sociedade.

F. Livre formação do capital social.

G. Uso de firma ou denominação.

H. Deliberação dos sócios pela maioria de votos, conforme ovalor das quotas.

I. Exclusão de sócio faltoso pela maioria do capital.

14. NATUREZA JURÍDICA / SOCIEDAE LIMITADA

15.CONSTITUIÇÃO / SOCIEDADE LIMITADA

TRABALHO: Diga das diferenças entre as classificações quanto àresponsabilidade dos sócios, bem como das diferenças entresociedade simples e sociedade empresária. A seguir, igualmentediferencie sociedade de pessoas e sociedade de capitais,apontando, por fim, a partir do conceito de sociedade limitada, arazão de esta ser considerada uma espécie societária híbrida.

1. NATUREZA JURÍDICA / SOCIEDADE LIMITADA: Natureza híbrida.Isso em razão do fato de ser uma mescla de sociedade depessoas com sociedade de capitais, retirando elementos, emsua estrutura orgânica, da sociedade de capitais. Ao passo quenas relações entre sociedade e sócios e relações dos sóciosentre si, retira elementos da sociedade de pessoas, fundindonormas capitalistas com normas personalistas.

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2. CONSTITUIÇÃO / SOCIEDADE LIMITADA: Contrato plurilateralregistrado no órgão competente.

3. BASE LEGAL:

a. Artigo 1052 a 1087.

b. Conceito legal: artigo 1052.

c. Regência supletiva: artigo 1053.

d. Regência facultativa: artigo 1053, § único.

e. Teor do contrato social: artigo 1054 + 997.

4. CONTEÚDO DO CONTRATO SOCIAL:

a. Obrigatório: artigo 997.

b. Facultativo: Cláusulas que atendam aos interesses dossócios ao disciplinar a organização e o funcionamento

social. Ex: reunião de sócios (vai estipular a periodicidadeda realização de reuniões), regência facultativa pelasociedade anônima, conseqüências de óbito de sócio,implicando em dissolução parcial ou total, autorizaçãopara estranho administrar a sociedade (via de regra quemé o administrador é um dos sócios – artigo 1060.Entretanto, o artigo 1061 diz de uma exceção que évalidade desde que prevista no contrato), retirada de pró-labore (valor que cada sócio irá retirar cada mês),distribuição dos encargos administrativos, possibilidadede exclusão de sócio.

c. Contrato Modificativo: é possível a alteração de cláusulasdo contrato social mediante contrato modificativodevidamente regularizado. Ex: alteração do prazo deduração da sociedade, aumento ou diminuição do capitalsocial, mudança de sede, retirada ou exclusão de sócio, ainclusão de novo sócio, alteração da firma oudenominação, alteração da atividade fim.

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5. ESTRUTURA QUANTO À RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS: artigo

1052.

Responsabilidade Valor dasIntegralizado

Limitada quotas cap.

SÓCIOS DE SOCIEDADE

LIMITADA

Responsabilidade Limitada ao totalNão integralizado

Solidária do cap. Subscrito cap.

Exemplos:

1. A, B e C são os sócios de uma sociedade limitada X.

2. Um capital social subscrito de X é de R$ 1.000,00.

3. O sócio A integraliza a sua quota de R$ 500,00 subscritos.

4. B integraliza 100 dos 200 subscritos.

5. C integraliza 200 dos 300 subscritos.

6. Fica em aberto 200 reais que é o valor que pode ser pleiteadode qualquer sócio.

7. Se acionado A este tem direito de regresso contra B e C.

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8. A poderá postular de cada um R$ 100.

9. Se acionada a sociedade, citados os sócios da execução, osbens dos sócios, no valor da parte que faltar para integralizaçãodo capital social, poderão ser penhorados (ver benefício de

ordem).

10. Somente há solidariedade quanto ao capital que faltar naintegralização.

11. Se a penhora atingir bens dos sócios em valor superior aodo capital não integralizado, haverá redução da penhora. Artigo685, I do CPC.

12. Se o capital social estiver totalmente integralizado,

nenhum sócio responderá pela sociedade acima do valor da suaquota parte.

13. Verifica-se assim a aplicabilidade do artigo 1052 (parte 1ªe 2ª), havendo sua interpretação restrita referindo sociedadepor quotas de responsabilidade limitada se integralizado o totaldo capital social.

6. ESTRUTURA BÁSICA QUANTO À NATUREZA DA SOCIEDADELIMITADA

Soc. contratual Predominância personalista,

“sui generis”  mas híbrido

Relações entre sociedade e sóciose relações dos sócios entre si

Normas personalistas

Normas Capitalistas Sociedade de pessoas

Estrutura

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Sociedade de capitais

7. EXCEÇÕES QUANTO À RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS

a) Aprovação expressa de deliberação contrária ao contrato ou alei (artigo 1072, § 5° + 1080).

b) Proteção de empregado na Justiça do trabalho, deixando-se deaplicar as normas de limitação da responsabilidade.

c) Ocorrência de fraude contra credores, valendo-se da separaçãopatrimonial, acarreta responsabilidade ilimitada pelaaplicabilidade da desconsideração da pessoa jurídica. Abuso dedireito e excesso de poder. Artigo 50 do CC + 28 do CDC.

d) Responsabilidade pessoal e ilimitada por perdas e danos desócio que participar de deliberação em operação conflitantecom o interesse da sociedade, a qual é aprovada em razão doseu voto. Artigo 1010, § 3°.

e) Omissão do termo LTDA ou limitada responsabilizada solidária eilimitadamente os administradores que assim empregarem afirma ou a denominação da sociedade. Artigo 1058, § 3°.

8. RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS QUANTO AO TEMPO

• Artigo 1032:

• Artigo 1055, § 1°:

• Valor Real x Valor Nominal: DIFERENÇA.

QUESTÃO: Fale da diferença entre subscrição e integralização,apurando, de forma exemplificativa, a razão da responsabilidadesolidária na sociedade limitada se dar quanto a integralização docapital social. Por fim, diga de alguma hipótese da conceituação dadesconsideração da PJ.

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1. Responsabilidade dos sócios quanto ao tempo:

• Art. 1032: A responsabilidade de sócio perdurará por até 2 anosapós a averbação da saída da sociedade.

• Artigo 1055, § 1°: Obrigação solidária de sócios pela exataestimação dos bens conferidos ao capital social. Todos os sóciosrespondem por 5 anos contados da data de registro dasociedade limitada, solidariamente, pela totalidade do capitalsocial, mesmo integralizado em bens móveis e imóveis em suaexata estimação do valor declarada no pacto social.

• Valor NOMINAL x valor REAL: Assim, todos os sócios respondemsolidariamente pela diferença entre o valor real dos bensconferidos e o valor nominal do total do capital. Logo, o valornominal é o valor estipulado no contrato social. E o valor real éo valor de mercado do bem que pode ser diferente em relaçãoao valor nominal, marcando sócios, solidariamente com estadiferença.

2. Conceito de quotas sociais: A quota é um bem imaterialdotado de valor ou de conteúdo econômico. São parcelas emque está dividido ou representado, o capital social, podendo tervalores iguais ou desiguais, cabendo uma ou várias quotas acada sócio, conforme a contribuição que der ao ingressar nasociedade limitada. Artigo 1055, caput.

3. Reação entre quotas e capital social:

  CAPITAL SOCIAL

DINHEIRO Bens ou créditos

QUOTA

Fração do capital social

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4. Regime de quotas

  QUOTAS IGUAIS Quotas iguais

unitárias múltiplas

DIVISÃO DO CAPITAL Quotas iguaisunitárias simples

SOCIAL

Quota únicainicial

QUOTAS DESIGUAIS Quota única

permanente

No valor na forma no exercício noresultado

de circulação de direito de votoeconômico

5. Quotas iguais

5.1. Quotas iguais unitárias simples: O capital será dividido emquotas unitárias, todas iguais, conforme o número de sóciosquotistas, cabendo a cada um deles uma quota no mesmovalor, sendo as quotas subscritas igualmente pelos sócios.

5.2. Sistema de quota única inicial: Não serão acrescidas a quotainicial as adquiridas posteriormente, tendo-se assim 2

grupos de quotas: quotas iniciais e posteriores.

5.3. Sistema de quotas permanente: São acrescidas à quotainicial as quotas adquiridas em momento posterior,considerando-se que as inserções de capital não geramnovas quotas, mas apenas acarretam o aumento do valornominal da quota única.

5.4. Sistema de quotas iguais unitárias múltiplas: O capital serádividido em várias quotas iguais ou básicas, cuja aquisição

pelo sócio é livre. Cada sócio poderá receber mais de umaquota em valores iguais, facilitando a subscrição do capital e

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seus aumentos, cessão ou transferência de parte de quotassem que se saia da sociedade ou haja condomínio de quotas,o cômputo de votos.

Ex1: A sociedade X tem capital de 1 milhão de reais.

Ex2: Pode ser dividida em mil quotas de R$ 1.000,00.

Ex3: Pode ser dividida em 100 mil quotas de R$ 10,00.

Ex4: Se 4 forem os sócios e mil quotas de R$1.000,00 tiverem deser entre eles divididas, cada um pode receber igualmente 250quotas.

Ex5: Mas as quotas podem ser divididas desigualmente, recebendo2 deles 250 quotas, 1 deles 400 quotas e outro 100 quotas.

6. Quotas desiguais: Cada quota será valorada num montanteda participação do sócio no capital social, sendo que cada sócioterá direito a uma ou a diversas quotas desiguais.

6.1. Quotas desiguais no valor: O capital social poderá ser

dividido em quantas quotas desiguais quanto forem ossócios, sendo atribuída a cada um uma quota representativada sua participação parcial na totalidade do capital social.

Ex1: A, B e C são sócios da Limitada X.

Ex2: O capital social de X é R$ 150.000,00.

Ex3: A tem um quota de R$ 100.000,00

Ex4: B tem uma quota de R$ 25.000,00.

Ex5: C tem uma quota de R$ 25.000,00.

Ex6: A será sócio majoritário.

Ex7: B e C serão sócios minoritários.

Ex8: Os sócios poderiam conferir a cada quota o valor que bementendesse.

Ex9: Porém, as quotas desiguais não poderão ultrapassar 25% do

capital social, sob pena de nulidade absoluta da cláusula.

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Ex10: 25% de R$ 150.000,00 é R$ 37.500,00.

Ex11: Mas quotas desiguais de R$ 25.000,00 correspondem a maisou menos 16,05% de R$ 150.000,00.

Ex12: Se B e C detém cada mais ou menos 16,05% do capitalsocial a soma percentual do capital de ambos será 33%.

Ex13: Se o artigo 1010, §1° fala que para certas deliberações énecessária a formação da maioria absoluta do capital,correspondente a mais da metade do mesmo, esta deve serinterpretada como 75% do capital.

Ex14: Se R$ 100.000,00 corresponde a mais ou menos 67% docapital social, o sócio A não poderá tomar certas deliberações

sozinho.

Ex15: Isto porque a soma percentual da participação quotista de Be C está para 33% do capital social.

6.2. Quotas desiguais na forma de circulação: Por força davontade do sócio que advém do contrato social por força dequotista aplica-se o artigo 1057 dizendo este igualmente da

omissão do contrato social.6.3. Quotas desiguais no exercício do direito do voto:

Existirá quantos sócios, no contrato social ou por acordo dequotista estabelecerem desigualdade relativa a certosassuntos, de modo que titulares de determinadas quotasdeverão votar em sintonia com titulares de outras quotas,isto por conta da aplicabilidade supletiva do artigo 118 daLei 6.604/66.

6.4. Quotas desiguais quanto ao resultado econômico:Poderá haver, desde que estabelecida no contrato social,participação desigual dos quotistas no que diz respeito aoresultado econômico, este entendido por lucros e perdasconforme se extrai da combinação do artigo 997, VII,combinado com o artigo 1007 e 1008 do Código Civil.

Questão: Relacione conceito de quota social com os conceitos de

subscrição e integralização, abordando as características dosistema de quotas iguais unitárias múltiplas, bem como da

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desigualdade de quotas quanto ao valor, ao voto e ao resultadoeconômico.

1. INDIVISIBILIDADE DE QUOTAS: Cada quota é facãoindivisível do capital social, sendo considerada bem móvel, logoos direitos dela decorrentes não poderão ser divididos, excetopara efeito de transferência mediante alienação, seção oudoação ao sócio ou a terceiro.

2. CONDOMÍNIO DE QUOTAS: Por força, poderá haverácondomínio de quotas entre vários co-titulares, sendo que os

direitos da quota indivisa só poderão ser exercidos pelocondômino representante, eleito pelos demais sócios, ou seja,pela massa condominial, competindo-lhe praticar atos perante asociedade ou terceiros, respeitando os interesses comuns. Alémdisso, a sociedade pode exigir de qualquer condôminoprestação relativa a integralização da quota condominial. Dessaforma o co-sócio que realizar o pagamento poderá cobrar dosoutros as respectivas partes, havendo responsabilidadesolidária dos condôminos pelas prestações necessárias à

integralização da quota indivisa. Ex: Se a quota de R$ 1.500,00não está integralizada, qualquer sócio pode exigir aintegralização dessa quota.

3. CONDOMÍNIO / ESTRUTURA:

Condomínio

Representante

SOCIEDADE LIMITADA SÓCIO A

CAPITAL SOCIAL SÓCIO B QUOTA R$ 1.500,001/3

CONDOMINIAL

R$ 4.500,00 SÓCIO C

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SÓCIO D R$ 1.500,00 1/3

SÓCIO E R$ 1.500,00 1/3

4. ADMINISTRAÇÃO / SOCIEDADE LIMITADA

colegiada – Sócios adm.

ADMINISTRAÇÃO (todos, dois ou maisadministradores)

Singular Sócio adm.

Adm. não sócio

Aprovado por 2/3, se capital Aprovado pelaunanimidade

Integralizado se capital nãointegralizado

5. CARACTERES BÁSICOS / ADMINISTRAÇÃO

a) Feito em contrato social ou em atos separados (contratomodificativo).

b) Pode ser sócio ou estranho, havendo permissão contratual,tendo a função de administrar e representar ativa epassivamente a sociedade perante terceiros.

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c) Se nomeado um só administrador haverá a administraçãosingular.

d) Se todos ou dois ou mais forem indicados haverá administraçãocolegiada.

e) Nomeação (termo de posse) deverá ser averbada no registrocompetente para ser disponível frente terceiros, sendo que estaaverbação deve se dar em até 10 dias da investidura naadministração.

6. CARACTERES / CESSAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

a) DESTITUIÇÃO: A destituição se dá em 2 hipóteses. Pelo términodo prazo fixado no contrato para sua gestão. A qualquer temo,desde que feito contrato modificativo. Ex: Se tiver um termofixado no contrato que o termo será 2012, será destituído nestadata.

b) RENÚNCIA: Ato pessoal do administrador renunciando aquelecargo junto a sociedade, o qual igualmente deve ser

formalizado para ter eficácia.

7. DEVERES / ADMINISTRAÇÃO

a) Providenciar medidas para atingir o objeto social.

b) Seguir os parâmetros da sociedade limitada, por ser seurepresentante.

c) Prestar contas de sua gestão.

d) Atuar na defesa dos interesses da sociedade.

e) Procurar obter um resultado positivo para o patrimônio social.

f) Assumir responsabilidade por perdas e danos e débitos sociaispor prática culposa ou dolosa de ato irregular.

g) Respeitar funções reservadas aos demais órgãos societários ouadministradores

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h) Votar também em matéria que não envolva interesse próprio,visto ser representante da totalidade dos interesses societáriose, por sua vez, gira ao redor da atividade fim da empresa.

8. DIREITOS / ADMINISTRAÇÃO

a) Praticar atos de gestão necessários para consecução dos fins dasociedade.

b) Executar todos os atos para atingir o objetivo social econtemplar as decisões das assembléias.

c) Usar, privativamente, da firma ou denominação social, tendonecessários poderes.

d) Receber remuneração se for: administrador não sócio a título depró-labore, se estipulada em cláusula do contrato social;administrador sócio ou não sócio, havendo previsão no contratosocial ou assembléia, sob forma de distribuição dos lucrossociais apurados ou de atribuição de gratificação oubonificação.

e) Representar a sociedade, manifestando, em relação a terceirosa vontade desta, executando, no âmbito interno, as decisõestomadas.

9. CONSELHO FISCAL: Artigo 1066.

Conceito: órgão fiscalizador colegiado, dos atos dosadministradores da sociedade limitada e subordinado a

assembléia dos sócios que aprova seus pareceres, visandoapreciar as contas do administrador, balanço patrimonial e oresultado econômico, sendo facultativa a sua existência nasociedade limitada.

10.CONSELHO FISCAL / IMPEDIMENTOS: Artigos 1066, § 1° +artigo 1011, § 1°.

11.CONSELHO FISCAL / ATRIBUIÇÕES: Artigo 1069, I a IV.Fiscalização dos balanços comerciais, verificar se não há

nenhum desvio na sociedade, etc.

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12. ÓRGÃO DELIBERATIVO

ÓRGÃO CONCLAVE Reunião

DELIBERATIVO DE SÓCIOS

Assembléia

13. ÓRGÃO DELIBERATIVO / CONCEITO

O órgão deliberativo da sociedade limitada formar-se-á pelaassembléia ou reunião de sócios, convocada para decidir

assuntos de peculiar interesse da sociedade, possibilitando arealização de sua finalidade. Sociedade com menos de 10pessoas não é necessário formação da assembléia. Artigos1072 a 1080.

14.ATOS DEPENDENTES DE DELIBERAÇÃO: Artigo 1071, I a VIII

15.REGRAS / INSTITUTOS DE ASSEMBLÉIA: Artigos 1072 a1080.

1. Noções elementares / sociedade anônima

- tendência ao empreendedorismo

Quanto se trabalha com capital alheio

- finanças – S.A. /corporações

• Ações ordinárias – tem direito ao voto nas deliberações deagência – comandam a empresa.

• Ações preferenciais – não tem direito a voto na empresa – nãotem poder para trocar os administradores.

No Brasil o capital social funciona da seguinte maneira

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33% - ações ordinárias

16,8 = 51% - comando da empresa

67 % - ações preferenciais – há a tendência de que venham a ter

direito a voto – novo mercado.* O preço de uma ação é determinado pela capacidade de geração de lucrosde uma empresa e não pelo seu patrimônio.

* Feito prospecto de lucros passados em determinadas faixas de tempo nosentido de apontar para as possibilidades de lucros futuros.

Questão: estabeleça uma relação entre a indivisibilidade de quotas e ocondomínio de quotas, dizendo os direitos e deveres do condôminorepresentante no caso deste ser administrador da sociedade, tendo esta a

característica de uma administração colegiada.1. Sociedade em nome coletivo:

Artigos 1039 a 1044.

Supletiva: artigos 997 a 1038.

1040.

É a sociedade de pessoas voltada à consecução de atividadeeconômica, na qual os sócios (pessoas naturais) respondem solidária e

ilimitadamente pelas obrigações sociais, de acordo com o artigo 1039 doCódigo Civil.

1.1. Caracteres:

Quadro societário composto apenas por pessoas naturais.

Responsabilidade solidária e ilimitada de todos os sócios.

Bens particulares dos sócios podem responder por dívidas sociaisapós exauridos / executados os bens sociais.

1.2. Constituição:

Mediante contrato social por instrumento público ou particular.

A firma social irá conter o nome de todos, de alguns ou de um sócio.

A firma social deve ser seguida da sigla & Companhia ou & Cia.

Contrato social deve conter as cláusulas essenciais do artigo 997,bem como cláusulas de estipulação facultada a vontade das partes.

1.3. Administração:

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A administração competirá aos sócios.

Não havendo estipulação de sócio administrativo, todos ou qualquerum deles poderá exercer a administração.

1.4. Observações: Há possibilidade de liquidação da quota de sócio para solver dívida

particular antes da dissolução da sociedade. Artigos 1043, I, II e §único do Código Civil.

A dissolução pode se dar em 4 hipóteses:

A) consenso unânime de sócios.

B) deliberação da maioria absoluta de sócios.

C) falta de pluralidade de sócios.

D) falência.

2. Sociedade em Comandita Simples:

Artigos 1045 a 1051.

Supletiva: artigos 1039 a 1044.

1046.

Sociedade de pessoas para o exercício de atividade empresarial ounão, organizando-se umas (comanditadas), por serem empreendedoras,como sócias solidárias e ilimitadamente responsáveis pelos débitos sociais,e outras (comanditárias), meras prestadoras de capital, comolimitadamente responsáveis pelas suas contribuições no capital social.

2.1. Caracteres: Duas modalidades de sócios:

A) Sócio comanditado (responsabilidade de forma ilimitada): pessoasnaturais que são empreendedores e administradores, obrigando-se como

sócios solidários e ilimitadamente responsáveis.B) Sócio comanditário: pessoas naturais ou jurídicas que são investidores efiscalizadores e tem responsabilidade limitada ao valor da quota social.

* Pode ser simples ou empresária.

* Na firma social só aparece os comanditados.

* Firma social constituída pelo nome dos sócios comanditados,seguida da expressão & Cia.

2.2. Administração: A administração compete aos sócioscomanditados ou a um dentre eles designadas pelo contrato social.

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2.3. Observações: 

Não pode o sócio comanditário praticar ato de gestão ou ter seunome na firma social.

Pode o sócio comanditário participar das deliberações sociais,fiscalizar os atos de gestão dos sócios comanditados e eventualmenteser constituído procurador da sociedade para prática de negóciosespecíficos.

Morrendo o sócio comanditário a sociedade continua com seusherdeiros.

Morrendo sócio comanditado dá-se a liquidação da sua quota.

2.4. Dissolução pode se dar em 5 hipóteses:

Vencimento do prazo de duração.

Acordo unânime de sócios.

Deliberação por maioria absoluta de sócios.

Falta de pluralidade de sócios.

Ausência de uma das categorias de sócio por mais de 180 dias oufalência. Artigo 1051.

3. Sociedade em comandita por ações:

Artigos 1090 a 1092.

Supletiva: artigos 1088 a 1089.

1090.

É aquela em que o capital está dividido em ações, respondendo os

sócios pelo preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas,considerando-se também, que a responsabilidade subsidiária, e ilimitadados diretores (comanditados) pelas perdas sociais, podendo, por isso,receber participação de lucros.

3.1. Caracteres:

Firma social contendo o nome de um ou mais comanditados,acompanhada da expressão & Cia, acrescida da locação comanditapor ações.

Denominação social seguida da locução “em comandita por ações”.

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Duas modalidades de sócios.

Acionistas comanditários e acionistas comanditados, sendo os últimosos diretores.

Responsabilidade limitada ao valor das ações para comanditários.

Responsabilidade subsidiária, solidária e ilimitada pelas obrigaçõessociais para comanditados.

3.2. Administração:

Compete ao sócio comanditado nomeado no ato constitutivo, isto porprazo indeterminado.

Se forem vários os gestores, todos terão a mesma responsabilidade

dos comanditados depois de esgotados os bens sociais.3.3. Observações:

Gestor / diretor será destituído por deliberação de acionistas quecorrespondem a 2/3 do capital social.

Destituído o diretor este permanecerá responsável pelas obrigaçõesassumidas durante sua gestão pelo prazo de 2 anos.

Não pode haver mudança do objeto social, prorrogação da sociedade,aumento ou redução do capital social, sem anuência doscomanditados, a teor do artigo 1092 do Código Civil.

4. Sociedade em conta de participação: Antiga sociedade de capital eindústria.

Artigos 991 a 996.

Supletiva: artigos 997 a 1038.

996.

• Sócio ostensivo: empreendedor que entra com capital e trabalho,usando a sua firma individual para prática de negócios, arcando comresponsabilidade ilimitada de acordo com o artigo 991.

• Sócio participante: investidor com participação restrita a entrega decapital que vise o fim social, com direito de obter, ao final, parcelados resultados financeiros ou sociais do empreendimento.

4.1. Observações:

Sociedade não personificada.

Ausência de firma social.

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Falta de titularidade negocial e processual.

Existência “interna corporis”.

Ausência de autonomia patrimonial.

Exercício de atividade negocial pelo ostensivo.

Não sujeição à falência.

Liquidação processada por vida da prestação de contas: artigos 996do Código Civil + 914 a 919 do Código de Processo Civil.

•  Terceiro só se vincula a sócio ostensivo.

• Registro não confere personalidade jurídica. Artigo 993 do CódigoCivil.

• Se o sócio participante praticar atos privativos de sócio ostensivoresponderá como tal. Artigo 993, § único do Código Civil.

• Impossibilidade de sujeição à falência.

• Falência de sócio ostensivo provoca dissolução.

Insolvência da pessoa jurídica.

Artigo 994, § 2° do Código Civil.

• Especialização patrimonial só produz efeitos entre os sócios. Artigos993 e 994, § 1° do Código Civil.

Conceito: É a sociedade que desprovida de personalidade jurídica ouexistência perante terceiros, constitui-se pelo sócio ostensivo, que, porentrar com capital e trabalho, pratica em seu nome individual atos degestão, adquirindo direitos e assumindo obrigações com terceiro,respondendo pessoal e ilimitadamente pelos débitos sociais e pelos sócios

participantes, que contribuem com capital, participando dos lucros e perdas,podendo exigir prestação de contas.

1. Sociedade Anônima ou Companhia:

1.1. Conceito: Pessoa jurídica de direito privado, de natureza empresarial,cujo capital está dividido em ações negociáveis de igual valor nominal,quando assim emitidas, ou sem valor nominal, limitando-se aresponsabilidade dos acionistas ao preço da emissão das ações subscritasou adquiridas.

REGÊNCIA: Lei 6.404/76 e 1088 a 1089 do Código Civil.

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1.2. Caracteres:

a) Sociedade na qual o capital é dividido em ações, via de regra,rigorosamente igualitárias.

b) Ações representam valores mobiliários que limitam aresponsabilidade do acionista ao seu preço de emissão, sendo queuma vez integraliza a ação o acionista não terá nenhumaresponsabilidade adicional.

c) Ações, como títulos representativos da participação societária,correspondentes a partes ideais da sociedade, são livrementenegociáveis, não podendo nenhum acionista impedir a entrada dequalquer pessoa no quadro associativo.

d) Sociedade institucional ou normativa e não contratual, já que nenhum

contrato liga os sócios entre si, visto que a finalidade societária vemantes da personalidade dos sócios.

e) Sociedade empresária e de capital, vez que o objetivo social estárelacionado com sua natureza societária, que prima pela finalidadenegocial em descrédito da pessoalidade dos sócios que integram asociedade na medida da sua representação no capital da empresa.

f) Condomínio de ações: Falecendo titular de ação, não poderá serimpedido o ingresso de seus sucessores no quadro de acionistas.

g) Uso de denominação, acompanhada da locução companhia ousociedade anônima, onde haverá um nome fantasia ou de seufundador, por exemplo, indicando o objetivo social (ramo deatividade) com a sigla S.A. ou C/A.

1.3. Contrato Social: Requer para sua formação um contrato socialplurilateral, oriundo de um projeto escrito que contenha as diretivas doEstatuto, já que se trata de sociedade institucional ou normativa.

1.4. Constituição / requisitos preliminares:

a) Subscrição, pelo menos por 2 pessoas, de todas as ações em que sedivide o capital social fixado no Estatuto.

b) Realização / integralização, como entrada, de 10% no mínimo dopreço de emissão das ações subscritas em dinheiro.

c) Depósito, no Banco do Brasil S.A. ou em outro estabelecimentobancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), daparte do capital integralizado em dinheiro.

1.5. Capital Social: Parte da contribuição em dinheiro, bens (corpóreos,

incorpóreos, móveis ou imóveis), créditos, suscetíveis de avaliação

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monetária, com o qual os acionistas (subscritores), ao integralizá-lo, formamo fundo necessário ao início da atividade social.

1.6. Ações: São valores mobiliários representativos de frações ideais enegociáveis do capital social da sociedade emissora.

1.6.1. Ações ordinárias: São aquelas que conferem direito reservado porlei aos acionistas comuns, no sentido de que os mesmos tenham direito avoto nas deliberações de agência.

1.6.2. Ações preferenciais: São aquelas que outorgam vantagemespecificada pelo Estatuto ao acionista, dando prioridade no reembolso docapital investido, mas não propiciando direito a voto nas deliberações deagência.

1.6.3. Ações com valor nominal: Quando o certificado de ações estiver

expresso, em dinheiro, o seu valor, obtido da divisão do valor do capital pelonúmero de ações emitidas.

1.6.4. Ações sem valor nominal: Quando no texto do certificado não seexpressar nominalmente um valor, estando sujeito o mesmo as flutuaçõesde mercado.

1.7. Debênture: Valores mobiliários que são aos seus titulares um direitode crédito contra a sociedade anônima emissora, representandoempréstimos feitos pela companhia junto aos investidores e ao público.Pode ser convertida em ações.

1.8. Comercial Papers: Notas promissórias de emissão pública paraobtenção de recurso a curto prazo com finalidade de propiciar odesenvolvimento da companhia.

1.9. American Depositary Receipts (ADRs): Valores mobiliáriosemitidos por bancos norte americanos permitindo que sociedades anônimassediadas fora dos EUA captem recursos no mercado de capitais dos EUA.

1.10. Brazilian Depositary Receipts (BDRs): Certificadosrepresentativos das ações de companhia estrangeira para serem

negociadas nas bolsas de valores do Brasil, próprios para investimentosbrasileiros no exterior.

1.11. Acionista: Pessoa natural ou jurídica que é sócia da companhia,sendo titular de uma ou mais ações em que se divide seu capital socialfixado no estatuto.

1.11.1. Direitos essenciais:

a) Participação nos lucros sociais e no acervo social, caso liquidada acompanhia.

b) Fiscalizar os atos de gestão da companhia.

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c) Preferência para subscrição de novas ações, assim como debênturesconversíveis em ações.

1.11.2. Direitos especiais: Restritos na forma do estatuto aos detentoresde ações preferenciais.

1.11.3. Direitos gerais coletivos ou sociais: Detêm relação com aexistência da sociedade, exercidos pelos acionistas, relacionados com apossibilidade de consecução da finalidade da companhia.

1.11.4. Deveres:

a) Contribuição para formação do capital social mediante integralizaçãodo preço de emissão das ações subscritas.

b) Escolha em caso de condomínio de ações do acionista que orepresentará.

c) Designação, sendo acionista residente no exterior de seurepresentante no Brasil.

d) Não constituição de outra sociedade com a mesma atividadeeconômica empresarial.

e) Obrigação quanto ao comparecimento nas Assembléias votando nasquestões discutidas caso tenha essa competência.

1.12. Comissão de Valores Mobiliários (CVM): Criada pela Lei 6.385/76,

  juntamente com o banco central, exerce a supervisão e o controle domercado de capitais de acordo com as diretrizes básicas traçadas pelo CVM,o qual por sua vez submete-se ao Ministério da Fazenda.

1.12.1. Atribuições:

a) Estimular a formação de poupanças e sua posterior aplicação emvalores mobiliários.

b) Promover a expansão e o funcionamento eficiente do mercado deações.

c) Estimular as aplicações permanentes em ações de empresasnacionais.

d) Assegurar o funcionamento regular e eficiente dos mercados da bolsade valores e de balcão.

e) Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores demercado.

1.13. Bolsa de valores: (secundário mercado), “varejo”. Constitui uma

entidade privada que resulta da associação das sociedades corretoras, o

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qual exerce serviço público, caracterizado como monopólio territorial comosociedade civil sem fins lucrativos. Lei 4.728/65.

1.14. Mercado de Balcão:  Todas as distribuições, compra e venda deações realizadas fora da bolsa de valores, mediante contrato específico

entre os participantes ou por intermédio das instituições financeiras, asquais constituem seus principais agentes dizem respeito as relaçõesrealizadas pelo mercado de balcão.

1.15. Noções de Novo Mercado:

NOVO MERCADO

BOVESPA Assina contrato com a empresa.

1.16. Sociedade Anônima Aberta ou Companhia de Capital Aberto: Éaquela em que os valores mobiliários representativos do fracionamento docapital social podem ser negociados na bolsa de valores ou no mercado debalcão. Para que uma sociedade anônima possa ter seus valores mobiliáriosadmitidos à negociação no mercado acionário, necessita da autorização daComissão dos Valores Mobiliários (CVM).

1.17. Sociedade Anônima Fechada ou Companhia de CapitalFechado: É aquela em que os valores mobiliários representativos dofracionamento do capital social, normalmente estão divididos entre poucos

acionistas, de maneira que quem quiser (participar) adquirir ações, deveráconvencer um dos acionistas a vendê-las. Essas ações, ao contrário do queocorre na companhia de capital aberto não são comercializadas tanto nabolsa de valores quanto no mercado de balcão. Assim, vez que não existemações publicamente negociadas, a companhia de capital fechado nãonecessita da autorização da CVM, para seu funcionamento.

É possível transformar companhia de capital aberto em companhia decapital fechado em virtude da baixa de lucratividade, ou vice-versa.

Ações e sua valoração comercial:

• Valor nominal: Valor resultante da divisão do capital social pelonúmero de ações, sendo que o valor nominal é estipulado pelosestatutos.

• Valor patrimonial: É o valor da participação do titular da ação nopatrimônio líquido da companhia, o qual pode ser conhecido pelasdemonstrações contábeis periódicas da empresa.

• Valor de negociação: É o preço que o titular da ação consegueobter na sua alienação, o qual é definido por uma série de fatores,

tais como perspectivas de rentabilidade, patrimônio líquido da

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companhia, estipulado pelas demonstrações contábeis, desempenhodo setor em que atua, etc.

• Valor econômico: Está relacionado ao valor de negociação, namedida em que é calculado por especialistas através de técnicas de

mercado específicas, sempre tendo em vista uma tentativa deracionalização das perspectivas de rentabilidade da empresa.

Estipulação do valor da ação:

a) O preço de uma ação é determinado pela capacidade de geração delucros de uma empresa.

b) Não pelo seu patrimônio.

c) Nesse cálculo entra um prospecto de lucros passados em

determinada faixa de tempo.d) Que é dividido pela perspectiva de lucros futuros.

e) A qual, por sua vez, é calculada mediante inserção de certas variáveiseconômicas.

f) Logo, é o lucro e não um patrimônio o denominador comum paraeficácia de uma companhia.

Preço de emissão: É o valor pago por quem subscreve a ação, destinando-se a estipular a contribuição que o acionista dá para o capital social bem

como limite de sua responsabilidade. O preço de emissão é fixado pelosfundadores quando da constituição da companhia, relacionando-se,portanto, ao valor nominal das ações fixado no estatuto.

Estrutura Administrativa da Sociedade Anônima ou Companhia

• Assembléia: Constitui órgão deliberativo dos acionistas, compondo-se como órgão máximo da companhia, onde participam todos osacionistas com direito a voto, considerando-se que os acionistas semdireito a voto podem se manifestar com relação as matérias

constantes na pauta, isto de acordo com o artigo 125, § único da Lei6.404/76.

o Assembléia Geral Ordinária: É realizada nos 4 primeirosmeses do exercício seguinte, constituindo, basicamente, emaprovar as contas relativas ao exercício social encerrado em31/12 do ano anterior.

o Assembléia Geral Extraordinária: Pode ser realizada aqualquer momento de acordo com a necessidade da suainstalação frente ao interesse da companhia, considerando-se

que o quorum da instalação será de ¼ do capital socialvotante ou 2/3 caso constar da ordem do dia reforma do

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estatuto social. Esse quorum serve para assembléia geralordinária e extraordinária.

• Diretoria: Órgão executivo composto, no mínimo, por 2 membrosacionistas ou não, eleitos pelo conselho da administração ou pela

assembléia geral, sendo que sua finalidade consiste basicamente emrepresentar legalmente a companhia.

• Conselho da Administração: Órgão deliberativo composto, nomínimo, por 3 membros acionistas, eleitos pela Assembléia Geral,com a finalidade de agilizar a tomada de decisões, sendo obrigatórionas Companhias de Capital Aberto.

• Administradores: Inserem-se os membros da diretoria ou doConselho Fiscal, devendo ser pessoas físicas residentes no Paísdesde que legalmente não impedidas.

• Deveres dos administradores:

a) Diligência e cuidado nos negócios da sociedade.

b) Lealmente.

c) Informação.

d) Sigilo.

• Conselho Fiscal: Composto por no mínimo 3 membros, no máximo5, acionistas ou não, com a função de convocar, fiscalizar, denunciare examinar os documentos da administração, com a existênciaobrigatória mas funcionamento facultativo, facultada ao estatuto.Artigos 161/163, da Lei 6.404/76.

Teor básico das demonstrações contábeis: Demonstrações contábeissão parte integrante do relatório da administração, prestem conta dos atose resultados da gestão da companhia no exercício social, cabendo aosacionistas aprovar ou regular tais contas na assembléia geral ordinária, aqual é realizada até o fim do quarto mês subseqüente ao encerramento do

exercício social.

 TIPOS:

a) Balanço patrimonial.

b) Demonstração dos resultados.

c) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

d) Demonstração das origens e aplicação dos recursos.