direito constitucional iv bárbara lobo bibliografia: bonavides, paulo. curso de direito...

41
Direito Constitucional IV Bárbara Lobo

Upload: internet

Post on 28-Apr-2015

159 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

Direito Constitucional IV

Bárbara Lobo

Page 2: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

BIBLIOGRAFIA:

• BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007.

• MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. São Paulo: Atlas, 2007.

• SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2007.

Page 3: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional: teoria do estado e da constituição, direito constitucional positivo. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.

• TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

• HOLTHE, Leo Van. Direito Constitucional. Salvador: Jus Podvm, 2009.

Page 4: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• MEIRELLES, Hely Lopes; WALD, Arnoldo; MENDES, Gilmar Ferreira. Mandado de segurança e ações constitucionais. São Paulo: Malheiros, 2009. 32. ed.

Page 5: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

1 - A validade das normas jurídicas

A validade das normas jurídicas (seja ela uma regra, seja ela um princípio) é analisada em consonância com o ordenamento jurídico no qual a mesma se insere. O padrão de validade das normas jurídicas é a Constituição: se as normas estão de acordo com a Constituição são consideradas válidas, se não, são consideradas inválidas.

Page 6: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

Requisitos de validade das normas:

• agente (o agente deve ser competente),• forma (observância ao processo legislativo – a lei deve ser

emanada em conformidade com seu procedimento);• objeto (verificação da compatibilidade da previsão legal

com a previsão constitucional. Por exemplo: qualquer lei que preveja a pena de morte no Brasil é considerada de antemão inconstitucional);

• fim (a lei deve observar a finalidade social. Por exemplo: no Brasil não se pode fazer uma lei que propague a ideologia comunista ou neo-nazista, visto que tal interesse não é social).

Page 7: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

VALIDADE

VIGÊNCIA

EFICÁCIA

Page 8: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

Princípios

Regras

NORMAS

Page 9: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

REGRAS

“TUDO OU NADA”Válida ou inválida

- Critérios de superioridade, cronológico ou especialidade

PRINCÍPIOS

Dimensão de pesoPrincípios conflitantes

convivem em um mesmo ordenamento

jurídico

Page 10: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• REGRA: Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

• PRINCÍPIO: Princípio da igualdade.

Page 11: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

2. SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO

Normas constitucionais

Normas infraconstitucionais

Page 12: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Supremacia formal da Constituição se refere à observância dos procedimentos adequados para a edição de uma norma (competência do agente e processo legislativo).

• Supremacia material: diz respeito à adequação do conteúdo da norma às normas constitucionais.

Page 13: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

3. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Fiscalização da compatibilidade das normas infraconstitucionais com as normas constitucionais.

Pressupostos:• Rigidez constitucional• Supremacia da Constituição

Page 14: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Todas as normas constitucionais se apresentam como parâmetro para o controle de inconstitucionalidade, incluindo o ADCT (que também é norma constitucional) e, com o advento da EC 45/2004, art. 5, §3º, CF, os tratados internacionais sobre direitos humanos aprovados no Congresso Nacional por 3/5 dos seus membros, no molde das Emendas Constitucionais.

• Preâmbulo?

Page 15: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

3.1 - Sistemas de controle de constitucionalidade

• Classificação: 1) Quanto à natureza:- Político – Exemplo: artigo 66, §1º, CF;- Jurisdicional – origem : Marbury x Madson

(EUA, 1803).No Brasil, artigos 97 e 102,I, a, CF;- Misto – órgão especial composto por

membros do Judiciário e de outros órgãos. Cortes Constitucionais: Alemanha, Espanha, etc.

Page 16: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

2) Quanto ao objetivo do controle:- Concreto ou subjetivo: exercido no

curso de um processo. Recurso Extraordinário.

- Abstrato: norma em abstrato em face da Constituição.

- Incidental: Itália e Alemanha. Decisão de inconstitucionalidade por um órgão, decisão do mérito do processo por outro órgão.

Page 17: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

3) Quanto ao momento:- Preventivo – Exercido pelo Legislativo

ou pelo Executivo. Exemplo: art. 62, §5º CF;

- Repressivo – Exercido pelo Judiciário. ex. artigo 102, I, a , CF.

Page 18: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

4) Quanto à conduta:- Por ação;- Por omissão.

5) Quanto ao número de órgãos:- Concentrado – STF – ADIN e ADC; TJ –

Constituições estaduais- Difuso – qualquer juiz ou tribunal.

Page 19: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• O controle difuso apresenta-se como o controle concreto de constitucionalidade e a questão de inconstitucionalidade neste caso pode ser alegada por qualquer das partes, pelo MP, bem como pode ser concedida de ofício pelo Juiz ou Tribunal.

Page 20: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

4. INCONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS

- Conceito: Inconstitucionalidade é a desconformidade de uma lei com relação à Constituição.

- Pressupostos:• Supremacia constitucional• Existência de um ato legislativo

Page 21: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Inconstitucionalidade : Inconstitucionalidade refere-se à relação entre as normas e a Constituição.

• Ilegalidade: Ilegalidade deriva da desconformidade de um ato com uma norma.

Page 22: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

4.1 - Espécies de inconstitucionalidade:

• Classificação:

1) Quanto ao tipo: a) Inconstitucionalidade formal:

Procedimento de elaboração da lei. Aspectos extrínsecos à lei. A elaboração de uma norma deve observar o processo legislativo previsto nos artigos 59 a 69 da Constituição, bem como a competência para sua edição.

Page 23: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

Exemplos: Art. 69, CF. Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. Se uma lei complementar é aprovada por maioria relativa, a mesma padece de inconstitucionalidade formal.

Art. 65: Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

Tendo em vista que o Legislativo brasileiro é bicameral (Câmara dos Deputados e Senado Federal), um projeto de lei aprovado em uma casa legislativa deve ser revisto pela outra. Caso um projeto de lei não obedeça tal previsão e seja aprovado por uma casa, sem que haja revisão pela outra, o mesmo padecerá de inconstitucionalidade formal.

Page 24: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

Notícias STF Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2010

Plenário retoma na próxima semana julgamento sobre Lei de Improbidade AdministrativaEntre os julgamentos previstos para a próxima semana no Plenário do Supremo Tribunal

Federal (STF), está a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2182, que questiona a Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92.

A ADI foi proposta pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN) sob o argumento de que a lei é inconstitucional por vício formal, porque ela teria sido sancionada sem ser submetida ao processo legislativo bicameral (Câmara e Senado), previsto no artigo 65 da Constituição Federal. Esse dispositivo determina que todo projeto aprovado em uma das Casas do Congresso Nacional deve ser revisto pela outra. O julgamento será retomado com o voto-vista do ministro Eros Grau.

Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=120311.

Acesso em 22 de fev./2010.

Page 25: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

b) Inconstitucionalidade material: Refere-se aos aspectos intrínsecos à lei. O conteúdo da norma está em desacordo com as previsões constitucionais.

Ex.: Art. 7º, XXX – Lei que preveja que a mulher deva receber salários mais altos do que os homens.

Page 26: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

2) Quanto ao conteúdo

a)Total: abrange todo o ato normativo;b)Parcial atinge somente parte dele. No primeiro caso a norma é totalmente

inválida, no segundo, somente a parte inconstitucional é inválida. Nessa situação, caso o conteúdo inválido comprometa a totalidade da norma, a mesma deverá ser declarada inconstitucional em sua totalidade.

Page 27: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

3) Quanto ao momento:

a)Originária: ocorre na vigência de uma norma constitucional. É uma norma emanada durante a vigência de uma constituição incompatível com as previsões desta.

Page 28: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

b) Superveniente: Ocorre quando uma Constituição ou Emenda Constitucional são elaboradas e algumas normas já vigentes são incompatíveis com elas.

• O STF não aceita a inconstitucionalidade superveniente, em face do fenômeno da não recepção – normas contrárias à CF/1988 não foram recepcionadas por ela. Fala-se em REVOGAÇÃO.

• Também ocorre a inconstitucionalidade superveniente quando a interpretação da lei toma feições inconstitucionais.

Page 29: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• RE 402287 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIORelator(a): Min. CARLOS VELLOSOJulgamento: 09/03/2004 Órgão Julgador: Segunda Turma

EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI DE IMPRENSA: Lei 5.250/67, art. 56: PRAZO DE DECADÊNCIA DO DIREITO DE AÇÃO: NÃO-RECEPÇÃO PELA CF/88. RE COM FUNDAMENTO NO ART. 102, III, b. I. - O acórdão decidiu pela não-recepção do art. 56 da Lei 5.250/67 (Lei de Imprensa) pela CF/88. É inadmissível o RE pela alínea b do inciso III do art. 102, C.F.: inocorrência de declaração de inconstitucionalidade, dado que as normas anteriores à Constituição e com esta incompatíveis são consideradas não recebidas, assim revogadas pela Constituição nova. II. - Negativa de trânsito ao RE. Agravo não provido.

Page 30: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

4) Quanto à espécie a) Inconstitucionalidade por ação: decorre de um ato

positivo do Estado, qual seja, a elaboração de uma norma inconstitucional.

b) Inconstitucionalidade por omissão: decorre da obrigação do Legislativo de elaboração de uma norma e o mesmo se mantém inerte. O Legislativo desrespeita o seu dever constitucional de legislar. Ações cabíveis: Mandado de Injunção – art. 5º, LXXI (LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;) – e ADI por omissão – art. 103, §2º.

Page 31: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

5. Evolução do Controle de Constitucionalidade no Brasil

• Constituição do Império (1824);• Constituição de 1891 –

origem do controle de constitucionalidade no Brasil;

Page 32: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Constituição de 1934 - Inova ao estabelecer quorum especial para declaração da inconstitucionalidade de leis ou atos normativos, qual seja, o de maioria absoluta, ou seja, para declaração de inconstitucionalidade é necessário que, da totalidade dos ministros que compõem o Tribunal, a maioria se manifeste pela inconstitucionalidade. Tal exigência ainda permanece. Estabelece competência do Senado para declarar a suspensão de leis ou atos inconstitucionais. Prevê a ADI interventiva.

Page 33: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Constituição de 1937 – possibilidade de reconstitucionalização pelo Legislativo de lei declarada inconstitucional pelo Judiciário;

• Constituição de 1946 – instituição do controle abstrato de constitucionalidade, com único legitimado, qual seja, PGR.

• Constituição de 1967 e EC nº 1/1969: mantém a de 1946 e acrescenta o controle de constituição estadual para fins de intervenção em Município.

Page 34: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Constituição de 1988: Ênfase ao controle concentrado de constitucionalidade. Ação Direita de Inconstitucionalidade; Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental; Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. EC 03/1993 – Ação Declaratória de Constitucionalidade. Controle em face da Constituição Estadual.

Page 35: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

6. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE

• Surge juntamente com a teoria do controle de constitucionalidade, em 1803, na Suprema Corte norte-americana, no caso Marbury X Madson.

• “Este controle caracteriza-se por ser exercido por qualquer juiz ou tribunal no caso concreto, quando uma das partes, em um determinado processo individual, argúi a inconstitucionalidade de uma lei incidentalmente, por via de exceção.

No controle difuso, a declaração de inconstitucionalidade não é o objeto principal da ação. A questão da inconstitucionalidade surge quando uma das partes alega, como “causa de pedir” ou como argumento de defesa, a incompatibilidade de uma lei ou ato normativo com o texto da Lei Maior.” (HOLTHE, 2009, p. 152)

Page 36: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Pode ser alegada por qualquer das partes, pelo MP ou ser concedida pelo juiz ou tribunal de ofício.

• Pode ser realizado em qualquer espécie de ação (ex. reclamação trabalhista ou ação de alimentos).

• O controle difuso ou aberto também é conhecido como: controle incidental, por via de exceção, por via de defesa, controle indireto ou incidenter tantum.

Page 37: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Cláusula da reserva de plenário: art. 97 da CF/1988: os tribunais somente poderão declarar a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial.

• A cláusula da reserva de plenário não se aplica, caso o tribunal reconheça a constitucionalidade das leis (devido à presunção de constitucionalidade das leis).

• Exceções à cláusula da reserva de plenário: art. 481, parágrafo único do CPC.

Page 38: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

Art. 481. Se a alegação [de inconstitucionalidade] for rejeitada, prosseguirá o julgamento; se for acolhida, será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a questão ao tribunal pleno.

Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, (1) quando já houver pronunciamento destes ou (2) do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

Page 39: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Súmula vinculante nº 10 STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

Page 40: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• A declaração de inconstitucionalidade da lei por via do controle difuso é inter partes, ou seja, ela permanece no ordenamento jurídico válida e obrigatória para todos, deixando de ser aplicada somente no caso concreto em que foi declarada inconstitucional.

• Apresenta efeitos ex tunc.

Page 41: Direito Constitucional IV Bárbara Lobo BIBLIOGRAFIA: BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2007. MORAES, Alexandre

• Caso a decisão, por via do controle difuso, tenha sido proferida pelo STF, ou seja, por meio de Recurso Extraordinário, tendo em vista o disposto no art. 52, X, CF, o Senado Federal pode suspender no todo ou em parte a execução da referida lei – os efeitos, assim, serão erga omnes e ex nunc.