direito constitucional ii - direitos fundamentais

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Direito Universidade Vamos Programa: Capitulo I – Regime Comum d 1. Atribuição dos Direi 2. A protecção jurídica 3. Os limites ao exercí 4. Os limites dos Direit – Os limites eminentes; As colisões ou conflitos de D - A intervenção legislativa na Os limites dos Direitos Socia Capitulo II – Regime específic 1. – Regime material do 2. – O regime orgânico; Capitulo III – Regime específi Capitulo IV – Direitos Fundam 1. Natureza, Estrutura 2. – A Eficácia vinculativ 3. Protecção dos Direi Capitulo V – Direitos Fundam 1. - Liberdade de Comun 2. Liberdade de Assoc 3. Liberdade Económic 3.1 Liberdade de Tra Capitulo I – O Principio de Es É um princípio que resulta consagrar o primado do Dire Leis, contrariamente às doutr Ex.: Totalitarismo e Auto As leis são reguladoras d constitucionalismo contra o t fonte de referência nenhum subordinado à própria lei. N absoluto era ele a lei, podia consagrar o primado da lei co Dentro deste princípio de Est Não é só de Direito. O princípio de Estado de Dir Constituição, a lei magna est tem constituição escrita. o Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có António Manuel de Albuquerque Pereira e Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1 estudar a parte II – Direitos Fundamentais. dos direitos fundamentais: itos; a; ício dos Direitos; tos Fundamentais; Direitos; a matéria dos Direitos, Liberdades e Garantias; ais; co dos Direitos, Liberdades e Garantias: os Direitos, Liberdades e Garantias; ico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais; mentais dos Trabalhadores: a e Objecto; va dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores; itos Fundamentais dos Trabalhadores; mentais em Especial: nicação; ciação – Liberdade de Reunião; ca e Propriedade privada; abalho e de Profissão; stado de Direito; do constitucionalismo moderno e do liberali eito como regulador da vida inter-subjectiva. O rinas que concentravam todo o poder numa únic oritarismo. da vida inter-subjectiva. É a vitória do li totalitarismo e o autoritarismo. O soberano ou ma, não é lei, o monarca não é lei fundam No totalitarismo considerado como uma marca fazer o que quisesse. Depois, veio o Liberalismo ontra o próprio monarca, aliás o monarca é subor tado de Direito está o princípio de Estado de Dire reito Democrático exige a adopção de uma lei tadual de qualquer estado, exceptuando-se a In 1 ; ; ismo, que veio a que conta são as ca pessoa. iberalismo e do o monarca não é mental mas, está a, chefe de tudo, o que acabou por rdinado às leis. eito Democrático. fundamental – A nglaterra que não

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Page 1: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

Direito Constitucional II

Universidade Lusófona

Vamos estudar a parte II Programa: Capitulo I – Regime Comum dos direitos fundamentais:

1. – Atribuição dos Direitos;2. – A protecção jurídica;3. – Os limites ao exercício dos Direitos;4. – Os limites dos Direitos Fundamentais;

– Os limites eminentes; – As colisões ou conflitos de Direitos; - A intervenção legislativa na matéria dos Direitos, Liberdades e Garantias; – Os limites dos Direitos Sociais;

Capitulo II – Regime específico dos Direitos, Liberdades e Garantias:

1. – Regime material dos Direitos, Liberdades e Garantias;2. – O regime orgânico;

Capitulo III – Regime específico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais; Capitulo IV – Direitos Fundamentais dos Trabalhadores:

1. – Natureza, Estrutura e Objecto;2. – A Eficácia vinculativa dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;3. – Protecção dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;

Capitulo V – Direitos Fundamentais em Especial:

1. - Liberdade de Comunicação;2. – Liberdade de Associação 3. – Liberdade Económic 3.1 – Liberdade de Trabalho e de Profissão;

Capitulo I – O Principio de Estado de Direito;

É um princípio que resulta do constitucionalismo moderno e do liberalismo, que veio a consagrar o primado do Direito como regulador da viLeis, contrariamente às doutrinas que con

Ex.: Totalitarismo e Autoritarismo.

As leis são reguladoras da vida interconstitucionalismo contra o totalitarismo e o autoritarismo.fonte de referência nenhuma, não é lei, o monarca não é lei fundamental mas, subordinado à própria lei. No totalitarismo considerado como uma marca, chefe de tudo, absoluto era ele a lei, podia fazer o que quisesse. consagrar o primado da lei contra o próprio monarca, aliás o monarca é subordinado às leis Dentro deste princípio de Estado de Direito está o princípio de Estado Não é só de Direito. O princípio de Estado de Direito Constituição, a lei magna estadual de qualquer estado, exceptuandotem constituição escrita.

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

Vamos estudar a parte II – Direitos Fundamentais.

Regime Comum dos direitos fundamentais: Atribuição dos Direitos; A protecção jurídica; Os limites ao exercício dos Direitos; Os limites dos Direitos Fundamentais;

As colisões ou conflitos de Direitos; A intervenção legislativa na matéria dos Direitos, Liberdades e Garantias; Os limites dos Direitos Sociais;

Regime específico dos Direitos, Liberdades e Garantias: material dos Direitos, Liberdades e Garantias;

Regime específico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais;

Direitos Fundamentais dos Trabalhadores: Natureza, Estrutura e Objecto;

lativa dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;Protecção dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;

Direitos Fundamentais em Especial: Liberdade de Comunicação; Liberdade de Associação – Liberdade de Reunião; Liberdade Económica e Propriedade privada;

Liberdade de Trabalho e de Profissão;

O Principio de Estado de Direito;

É um princípio que resulta do constitucionalismo moderno e do liberalismo, que veio a consagrar o primado do Direito como regulador da vida inter-subjectiva. O que conta são as Leis, contrariamente às doutrinas que concentravam todo o poder numa única pessoa.

Ex.: Totalitarismo e Autoritarismo.

As leis são reguladoras da vida inter-subjectiva. É a vitória do liberalismo e do contra o totalitarismo e o autoritarismo. O soberano ou o

fonte de referência nenhuma, não é lei, o monarca não é lei fundamental mas, No totalitarismo considerado como uma marca, chefe de tudo,

era ele a lei, podia fazer o que quisesse. Depois, veio o Liberalismoconsagrar o primado da lei contra o próprio monarca, aliás o monarca é subordinado às leis

Dentro deste princípio de Estado de Direito está o princípio de Estado de Dire

de Direito Democrático exige a adopção de uma lei fundamental, a lei magna estadual de qualquer estado, exceptuando-se a Inglaterra que não

1

Regime específico dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais;

lativa dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores;

É um princípio que resulta do constitucionalismo moderno e do liberalismo, que veio a subjectiva. O que conta são as

todo o poder numa única pessoa.

subjectiva. É a vitória do liberalismo e do soberano ou o monarca não é

fonte de referência nenhuma, não é lei, o monarca não é lei fundamental mas, está No totalitarismo considerado como uma marca, chefe de tudo,

Liberalismo que acabou por consagrar o primado da lei contra o próprio monarca, aliás o monarca é subordinado às leis.

de Direito Democrático.

lei fundamental – A se a Inglaterra que não

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Outro elemento do Principio de Estado de Direito Democrático é a Estes, não podem estar concentrados numa única pessoa, numa rnormas onde existe uma interdependência:- Temos 3 poderes; 1. - Legislativo; 2. – Executivo; 3. – Administrativo (Judicial) Outro elemento fundamental humana. Respeito que o poder públicocolectivamente, e vice-versademocraticamente, pelo quadro normativo internoEstado Democrático de Direito. - Princípio da Liberdade; do pensamento e de expressão. - Principio da Igualdade: todos iguais perante a lei. Proibição da descriminação baseada na raça, condição, orientação politica, - Principio da inviolabilidade da pessoa humana:Este princípio da inviolabilidade da pessoa humana imcontra privações arbitrárias da liberdadeprocesso transparente, livre, contrário às inquisiçõesSurge também aqui a questão da pena dprevista nalguns ordenamentos questão: o aborto. - Principio da responsabilização de actos praticados, ou omissõescolectivas. Ex.: Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI

(Tribunal Penal Internacional)

crimes contra a paz, contra a humanidade. Um aspecto

imunidade constitucional, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra

a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais.

Também se aplica, de acordo com a co

e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o

TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção.

Os Princípios do Estado de Direito:

1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana;2. Princípio da Jurisdicidade e da Constitucionalidade;3. Princípio da Separação de Poderes;4. Princípio da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança;5. Princípio da Igualdade;6. Princípio da Proporcionalidade;

1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana; O Estado de Direito surgiu como vitória do Liberalismo e do Constitucionalismo. Os poderes eram, até então, todos administrados pelo monarca. Face às lutas pelo liberali

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

do Principio de Estado de Direito Democrático é a separação de poderes. não podem estar concentrados numa única pessoa, numa relação disciplinada por

uma interdependência:

Administrativo (Judicial) – A Administração da Justiça;

fundamental dentro deste princípio é o respeito pelos direitos da pessoa o poder público tem que ter pela pessoa humana,

versa, regulado por normas, disciplinaresdemocraticamente, pelo quadro normativo interno. Não são normas impostas, daí ser um Estado Democrático de Direito.

pensamento e de expressão.

dos iguais perante a lei. Proibição da descriminação baseada na condição, orientação politica, religião, etc.

Principio da inviolabilidade da pessoa humana: Toda a pessoa humana Este princípio da inviolabilidade da pessoa humana implica a protecção da pessoa humana contra privações arbitrárias da liberdade. Tratamentos desumanos. Direito

ivre, contrário às inquisições, com direito à defesa, direito à palavraSurge também aqui a questão da pena de morte, prevista bastante discutida e que se encontra prevista nalguns ordenamentos jurídicos, e ainda dentro deste princípio encontramos outra

Principio da responsabilização de actos praticados, ou omissões, por pessoas singulares

Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI

(Tribunal Penal Internacional) – Especializado em matéria de Direitos Humanos, julgamento de

crimes contra a paz, contra a humanidade. Um aspecto importante é o facto da irrelevância d

, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra

a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais.

Também se aplica, de acordo com a convenção de Viena de 1963 (sobre relações diplomáticas

e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o

TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção.

Os Princípios do Estado de Direito: da Dignidade da Pessoa Humana; da Jurisdicidade e da Constitucionalidade; da Separação de Poderes; da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança;

Igualdade; da Proporcionalidade;

da Dignidade da Pessoa Humana;

O Estado de Direito surgiu como vitória do Liberalismo e do Constitucionalismo. Os poderes todos administrados pelo monarca. Face às lutas pelo liberali

2

separação de poderes. elação disciplinada por

é o respeito pelos direitos da pessoa pela pessoa humana, singular ou

disciplinares, reconhecidas . Não são normas impostas, daí ser um

dos iguais perante a lei. Proibição da descriminação baseada na

humana merece respeito. plica a protecção da pessoa humana

. Direito à defesa num , com direito à defesa, direito à palavra.

, prevista bastante discutida e que se encontra encontramos outra

, por pessoas singulares ou

Políticos são responsabilizados pelos seus actos ou omissões. Neste sentido surgiu o TPI

Especializado em matéria de Direitos Humanos, julgamento de

importante é o facto da irrelevância da

, que permite que qualquer chefe de estado que cometa crimes contra

a humanidade e contra a paz não possa invocar a sua imunidade ou privilégios especiais.

nvenção de Viena de 1963 (sobre relações diplomáticas

e consulares), os representantes de um país perante uma organização internacional, perante o

TPI, não podem reclamar a imunidade ou privilégios especiais consagrados nessa convenção.

O Estado de Direito surgiu como vitória do Liberalismo e do Constitucionalismo. Os poderes todos administrados pelo monarca. Face às lutas pelo liberalismo, foi possível

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limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação através das leis. A lei disciplina relações interactuação do poder. O constitucionalismo foi a vpessoa. A constituição é a Lei Magna, fixou, – balizou –, das relações entre órgãos públicos, por um lado, e, por outro, entre órgãos públicos e pessoas privadas, singulares ou colectivas. Como consequência da evolução do constitucionalismoocupa a parte mais cimeira da hierarquia das normas estaconstituição é o quadro de referêncialegislador deve-a ter em conta, antes de legislar, bem como qualquer acto legislativo ou administrativo deve estar em conformidade com a constituição. A Constituição baliza todo o quadro de actuação dos poder Segundo a CRP, a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por outras palavras, uma norma contrária à uma norma ordinária contrárnormas depende da sua conformidade com a constituição. Já vimos que as normas constitucionais estabelecem fronteiras no relacionamento entre os entes públicos, por um lado, e, dos entes públicosaqui que nasce o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Este é um principio constitucional é limitativo da actuação do Estado por que o Estado não pode actuar desrespeitando a dignidade da pessoa humana. E, é Estado. O fim supremo da actuação do Estado deve ter em conta a pessoa humana. A pessoa humana de que estamos a falar é uma pessoa humana concreta, ideal, fora da história. É uma pessointegram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa de situações ocasionais1, a doutrina defende a pessoa humana contra situações de arbitrariedade. Na CRP encontramos, desde logo, uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana (…)». Por outro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder por exemplo no Artº 26º, “Outros direitos pessoais

«1. A todos são reconhecidos os direitos

personalidade, à capacidade civilpalavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra

quaisquer formas de discriminação.

2. A lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas

contrárias à dignidade humana

1 Se tivermos um bom presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é

assim.

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação através das leis. A lei disciplina relações inter-subjectivas, limita – estabelece

O constitucionalismo foi a vitória sobre a concentração do poder nas mãos de uma única pessoa. A constituição é a Lei Magna, – Lei Fundamental –, de qualquer Estado. Esta vitória

as relações entre órgãos públicos, por um lado, e, por outro, entre órgãos pessoas privadas, singulares ou colectivas.

Como consequência da evolução do constitucionalismo, hoje, em todo o mundoocupa a parte mais cimeira da hierarquia das normas estaduais, das normas de um Estado. A

referência e de valorização de todas as normas internas, qualquer a ter em conta, antes de legislar, bem como qualquer acto legislativo ou

administrativo deve estar em conformidade com a constituição. A Constituição baliza todo o poderes públicos estaduais.

a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por contrária à lei fundamental é ferida de ineficácia jurídica, ou seja,

ordinária contrária à constituição é inválida, por conseguinte a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição.

Já vimos que as normas constitucionais estabelecem fronteiras no relacionamento entre os entes públicos, por um lado, e, dos entes públicos com as pessoas, singulares ou colectivas. É aqui que nasce o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Este é um principio constitucional é limitativo da actuação do Estado por que o Estado não pode actuar desrespeitando a dignidade da pessoa humana. E, é limitativo porque a pessoa humana é o fim supremo do Estado. O fim supremo da actuação do Estado deve ter em conta a pessoa humana.

que estamos a falar é uma pessoa humana concreta, não é uma pessoa ideal, fora da história. É uma pessoa humana dentro da sociedade onde mais pessoas a integram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa

, a doutrina defende a pessoa humana contra situações de

sde logo, referencias à pessoa humana, no seu Artº 1º uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana (…)».

ro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder Outros direitos pessoais”;

A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação

à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra

quaisquer formas de discriminação.

lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas

contrárias à dignidade humana, de informações relativas às pessoas e famílias.

m presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é

3

limitar o poder do soberano, através de um quadro normativo preciso. Limitar a sua actuação estabelece fronteiras – a

as mãos de uma única , de qualquer Estado. Esta vitória

as relações entre órgãos públicos, por um lado, e, por outro, entre órgãos

em todo o mundo, a constituição , das normas de um Estado. A

e de valorização de todas as normas internas, qualquer a ter em conta, antes de legislar, bem como qualquer acto legislativo ou

administrativo deve estar em conformidade com a constituição. A Constituição baliza todo o

a validade das normas depende da sua conformidade com a constituição. Por lei fundamental é ferida de ineficácia jurídica, ou seja,

, por conseguinte a validade das

Já vimos que as normas constitucionais estabelecem fronteiras no relacionamento entre os com as pessoas, singulares ou colectivas. É

aqui que nasce o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Este é um principio constitucional é limitativo da actuação do Estado por que o Estado não pode actuar desrespeitando a

limitativo porque a pessoa humana é o fim supremo do Estado. O fim supremo da actuação do Estado deve ter em conta a pessoa humana.

não é uma pessoa onde mais pessoas a

integram. É uma pessoa como fim do Estado, como essência, não é uma pessoa que dependa , a doutrina defende a pessoa humana contra situações de

referencias à pessoa humana, no seu Artº 1º «Portugal é

ro lado, a pessoa humana encontra garantias constitucionais contra abusos do poder

desenvolvimento da bom nome e reputação, à imagem, à

à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra

lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou

informações relativas às pessoas e famílias.

m presidente, temos bons direitos, mas, se ele for mau teremos maus direitos. Não é

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Direito Constitucional II

Universidade Lusófona

3. A lei garantirá a dignidade pessoalnomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na

experimentação científica.

4. A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuarcasos e termos previstos na lei

2. Principio da Jurisdicidade e da Constitucionalidade;Porquê Jurisdicidade? Porque a actuação do Estado deve ter em conta as leis. genéricas, imperativas, etc.… Os latinos diziam “Ubi ius ibi societas, ubi societas ibi iusSociedade (Não há direito sem sociedade)

o direito divino é aplicado na sociedade, por inspiração de algumas pessoas que depois

transmitiam a outros esses direitos.

Este princípio apresenta três características;

1. Um Sistema jurídico organizado e 2. Um Sistema jurídico hierarquizado 3. Um Sistema jurídico susceptível de fiscalização, fiscalização da constitucionalidade ou

da legalização dos actos;

3. Principio da Separação de Poderes; Este princípio é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do Estado ou poder politico tem três funções;

1. Poder Legislativo; 2. Poder Executivo; 3. Poder Federativo;

Montesquieu falou também em três poderes;

1. Legislativo, atribuído ao Parlamento2. Executivo, semelhante ao que disse Locke e que consiste na administração dos

assuntos do Estado, em termos internos e externos3. Poder Judicial, atribuído aos tribunais, que têm a função de administrar a justiça;

A conjugação do Principio da nos falar do primado da Lei. Isto porque, o num determinado ordenamento jurídico, e a Separação de Poderes é também através das leis, porque se não existirem leis o poder legislativo poderia interferir nos assuntos destinados ao outro poder. Estes dois princípios têm que “jogar” conhecendo as reseu próprio campo de acção, sem interferir no campo alheio, no entanto, jogam em conjunto. 4. Principio da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança; O Que é o Principio da Segurança Jurídica? Implica a certeza de Direito! Querbem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim

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António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

dignidade pessoal e a identidade genética do ser humanonomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na

fica.

A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuarcasos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento motivos políticos

Principio da Jurisdicidade e da Constitucionalidade;

rque a actuação do Estado deve ter em conta as leis. E estas devem ser abstractas,

Ubi ius ibi societas, ubi societas ibi ius”, – Onde existe o Direito e(Não há direito sem sociedade), onde a Sociedade existe, existe o Direito

o direito divino é aplicado na sociedade, por inspiração de algumas pessoas que depois

transmitiam a outros esses direitos.

Este princípio apresenta três características; Um Sistema jurídico organizado e não caótico; Um Sistema jurídico hierarquizado (existe hierarquia entre as normas jurídicasUm Sistema jurídico susceptível de fiscalização, fiscalização da constitucionalidade ou

da legalização dos actos;

da Separação de Poderes;

é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do Estado ou poder politico tem três funções;

Montesquieu falou também em três poderes; atribuído ao Parlamento; semelhante ao que disse Locke e que consiste na administração dos

assuntos do Estado, em termos internos e externos; atribuído aos tribunais, que têm a função de administrar a justiça;

da Jurisdicidade e do Principio da Separação dos poderes permiteIsto porque, o Princípio da Jurisdicidade significa

num determinado ordenamento jurídico, e a Separação de Poderes é também através das leis, porque se não existirem leis o poder legislativo poderia interferir nos assuntos destinados ao outro poder. Estes dois princípios têm que “jogar” conhecendo as regras onde cada um tem o seu próprio campo de acção, sem interferir no campo alheio, no entanto, jogam em conjunto.

Principio da Segurança Jurídica e da Protecção da Confiança;

O Que é o Principio da Segurança Jurídica?

Implica a certeza de Direito! Quer dizer que no quadro jurídico tem que ser um quadro certo, bem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim

4

identidade genética do ser humano,

nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na

A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar-se nos fundamento motivos políticos.»

E estas devem ser abstractas,

o Direito existe a o Direito. – Mesmo

o direito divino é aplicado na sociedade, por inspiração de algumas pessoas que depois

existe hierarquia entre as normas jurídicas); Um Sistema jurídico susceptível de fiscalização, fiscalização da constitucionalidade ou

é indissoluvelmente ligado ao Estado de Direito, ou seja, inseparável, surgiu nos séculos XIX e XX, o primeiro autor deste princípio foi John Locke. Segundo Locke, o poder do

semelhante ao que disse Locke e que consiste na administração dos

atribuído aos tribunais, que têm a função de administrar a justiça;

Jurisdicidade e do Principio da Separação dos poderes permite-rincípio da Jurisdicidade significa o lugar ocupado

num determinado ordenamento jurídico, e a Separação de Poderes é também através das leis, porque se não existirem leis o poder legislativo poderia interferir nos assuntos destinados ao

gras onde cada um tem o seu próprio campo de acção, sem interferir no campo alheio, no entanto, jogam em conjunto.

dizer que no quadro jurídico tem que ser um quadro certo, bem definido. Não pode ser caótico ou arbitrário, onde hoje é uma lei amanhã é outra. Assim

Page 5: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

Direito Constitucional II

Universidade Lusófona

poderemos considerar a Certeza de Direito como um primeiro elemento do Principio da Segurança. Outro elemento é a publicação das normasJurídica), tudo o que possa ser acto tem que ser publicado. No nosso sistema não podem existir normas secretas. Este Principio da Segurança Jurídica também implica a Clareza/Certeza das normas. A lei não pode ter um sentido poético. A questão da Protecção da Confiança significa que a confiança de um cidadão no seu sistema jurídico tem uma protecção baseada nas leis. Se ele, o cidadão estiinvocar as suas leis internas. Assim estamos a falar da Segurança dentro de um terminado espaço jurídico. A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falavainexistência, mas hoje falamos de insobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte de revelação da norma jurídica. Esta jurídica, é feita através da sua publicaçãoconhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico.autêntica. 5. Principio da Igualdade; Tratar por igual o que é igual e desigual o que é desigual. mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional. Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver discriminação. Externo ou Internacional: Significa a ipode tratar outro como se este não fosse um Estado. A concretização dês te principio neste contexto é feito nas Nações Unidas, por exemplo. A igualdade soberana significa a representação proporcional, nestecom o Direito Internacional Público, que teremos no próximo ano. 6. Principio da Proporcionalidade; Significa basicamente que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária deve ter em conta a proporcionalidade. Ex.: Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão

entre 5 e 20 anos”, – O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com

equilíbrio, com equidade. Nem todos m

ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí

aplicar a medida mais correcta.

nada, nem 8, nem 80. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação.

O Principio Republicano e a Forma Institucional de Governo

1. As Formas Monárquicas2. As Formas Republicanas de Governo (

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

poderemos considerar a Certeza de Direito como um primeiro elemento do Principio da ento é a publicação das normas, que nos dão a Garantia (Segurança

ser acto disciplinar do comportamento do cidadão na sociedade tem que ser publicado. No nosso sistema não podem existir normas secretas.

nça Jurídica também implica a Clareza/Certeza das normas. A lei não

A questão da Protecção da Confiança significa que a confiança de um cidadão no seu sistema jurídico tem uma protecção baseada nas leis. Se ele, o cidadão estiver no estrangeiro não pode invocar as suas leis internas. Assim estamos a falar da Segurança dentro de um terminado

A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falavainexistência, mas hoje falamos de ineficácia. De acordo com o estudo, anteriormente feito, sobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte de revelação da norma jurídica. Esta fonte de revelação ou de conhecimento da norma

da sua publicação, em Diário da República, é este o instrumento para conhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico.

Tratar por igual o que é igual e desigual o que é desigual. Hoje todas as constituições do mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional.

Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver

Externo ou Internacional: Significa a igualdade soberana entre os estados. Nenhum Estado pode tratar outro como se este não fosse um Estado. A concretização dês te principio neste contexto é feito nas Nações Unidas, por exemplo. A igualdade soberana significa a representação proporcional, neste caso das Nações Unidas. Este é um assunto relacionado com o Direito Internacional Público, que teremos no próximo ano.

Principio da Proporcionalidade;

que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária m conta a proporcionalidade.

Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão

O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com

equilíbrio, com equidade. Nem todos matam nas mesmas circunstâncias. Tem que haver uma

ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí

aplicar a medida mais correcta. Este principio tem como objectivo evitar desequilíbrios, tudo ou

. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação.

O Principio Republicano e a Forma Institucional de Governo Monárquicas de Governo;

2. As Formas Republicanas de Governo (Res-Pública);

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poderemos considerar a Certeza de Direito como um primeiro elemento do Principio da , que nos dão a Garantia (Segurança

do comportamento do cidadão na sociedade

nça Jurídica também implica a Clareza/Certeza das normas. A lei não

A questão da Protecção da Confiança significa que a confiança de um cidadão no seu sistema ver no estrangeiro não pode

invocar as suas leis internas. Assim estamos a falar da Segurança dentro de um terminado

A falta de publicação de uma norma provoca a ineficácia da mesma, antes falava-se de eficácia. De acordo com o estudo, anteriormente feito,

sobre as fontes de direito tínhamos a fonte da produção da norma jurídica e também a fonte ou de conhecimento da norma

em Diário da República, é este o instrumento para conhecermos as normas jurídicas que fazem parte do nosso sistema jurídico. Esta é a fonte

Hoje todas as constituições do mundo prevêem este princípio, a dois níveis: Interno e Externo ou Internacional.

Interno: Relativamente aos cidadãos onde todos são iguais perante a lei, não pode haver

gualdade soberana entre os estados. Nenhum Estado pode tratar outro como se este não fosse um Estado. A concretização dês te principio neste contexto é feito nas Nações Unidas, por exemplo. A igualdade soberana significa a

caso das Nações Unidas. Este é um assunto relacionado

que, quando o poder público tem que intervir de forma discricionária

Supondo que existe uma lei que diz: “todo aquele que mata é condenado a pena de prisão

O juiz tem que ter em conta vários elementos para fixar a pena justa, com

atam nas mesmas circunstâncias. Tem que haver uma

ponderação de vários factores e a sua conjugação dentro do quadro jurídico e a partir daí

Este principio tem como objectivo evitar desequilíbrios, tudo ou

. Tem que existir razoabilidade, equidade, bom senso, a ponderação.

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Direito Constitucional II

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3. A Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios Fundamentais, Monarquia, República, etc.);

4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;5. As Formas Ditatoriais de Governo;6. As Formas Democráticas de Governo;7. A Experiência Democrática Portuguesa e dos PALOP;

A forma como é exercida o poder cargos públicos, mais concretamente a magistraturapodemos dizer que se trata doutro entre os diferentes poderes que compõem o Estado: Órgãos Públicos. Órgãos de Soberania, segundo a CRP

- O Presidente da Republica - A Assembleia da Republica - O Governo (Órgão Colegial) - Os Tribunais (Órgão Colegial) - Regiões Autónomas (com os seus respectivos órgãos

Locais), (Órgãos Colegiais) Tudo isto tem a ver com a relação de separação de poderes semos diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o conceito teve vários significados ao longo da história. Para Platão as formas de Governo dependiam do número de governantes tendo em caspecto ético do exercício do poder, ou seja, ele distinguia a boa da má governação.Monarquia de Tirania conforme o poder fosse concentrado nas mãos de uma só pessoa e a actuação desse poder fosse ou não conforme a leiquando não fosse conforme a lei era tirania. A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício do poder fosse feito por mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei. A terceira distinção é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse concentrado nas mãos de mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei. Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente seguia o raciocínio platónico. Depois surge outro pensador:Publica (de todos) = Repúblicaprincípio de República é o poder que não é concentrado nas mmonárquicas (sangue azul). A monarquia era ode pessoas por via hereditária Montesquieu também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por republicana, destacando o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa que governa de forma arbitrária.

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Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios Fundamentais, Monarquia, República, etc.);

4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;de Governo;

6. As Formas Democráticas de Governo; . A Experiência Democrática Portuguesa e dos PALOP;

o poder público, tendo em conta a sua relação com o exercício dos cargos públicos, mais concretamente a magistratura suprema do Estado. Por outras palavras,

rata da relação entre governantes e governados por um lado e por poderes que compõem o Estado: Órgãos Públicos.

, segundo a CRP: O Presidente da Republica (Órgão unipessoal); A Assembleia da Republica (Órgão Colegial);

(Órgão Colegial); (Órgão Colegial);

Regiões Autónomas (com os seus respectivos órgãos; incluem-se aqui as Autarquias , (Órgãos Colegiais);

Tudo isto tem a ver com a relação de separação de poderes sem prejuízo de cooperação entre os diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o conceito teve vários significados ao longo da história.

Para Platão as formas de Governo dependiam do número de governantes tendo em caspecto ético do exercício do poder, ou seja, ele distinguia a boa da má governação.

irania conforme o poder fosse concentrado nas mãos de uma só pessoa e a actuação desse poder fosse ou não conforme a lei. Quando conforme a lei era monarquia,

fosse conforme a lei era tirania.

A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício do poder fosse feito por mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei.

ão é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse concentrado nas mãos de mais pessoas ou não, de acordo ou não com a lei.

Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente o platónico.

Depois surge outro pensador: Maquiavel, que traçou o principio de res publicaRepública. Contrapondo este principio à monarquia. Segundo ele, este

princípio de República é o poder que não é concentrado nas mãos de determinadas classesA monarquia era o poder reservado a uma determinada categoria

de pessoas por via hereditária.

também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por o o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa

que governa de forma arbitrária.

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Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios Fundamentais,

4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;

tendo em conta a sua relação com o exercício dos suprema do Estado. Por outras palavras,

entre governantes e governados por um lado e por

se aqui as Autarquias

prejuízo de cooperação entre os diferentes órgãos referidos. Esta relação sofreu uma evolução em termos históricos e o

Para Platão as formas de Governo dependiam do número de governantes tendo em conta o aspecto ético do exercício do poder, ou seja, ele distinguia a boa da má governação. Distinguia

irania conforme o poder fosse concentrado nas mãos de uma só pessoa e a lei era monarquia,

A sua segunda distinção feita por Platão é entre Aristocracia e Oligarquia, conforme o exercício

ão é entre a Democracia e a Demagogia conforme o exercício do poder fosse

Outro pensador que teve o mérito de estudar esta matéria foi Aristóteles, que basicamente

res publica. Res (coisa) Contrapondo este principio à monarquia. Segundo ele, este

ãos de determinadas classes poder reservado a uma determinada categoria

também faz a mesma distinção entre monarquia e o exercício do poder por o o disputismo político como por exemplo o governo de uma só pessoa

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1. As Formas Monárquicas de Governo; Configuração do poder politico, ou seja, a relação entre governantes e governados por um lado, e entre os próprios órgãos da monarquia, por outro. outro lado os órgãos monárquicos. O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em conta os laços familiares, de acordo com uma certa linha de relFormas de monarquias ao longo da história:

1. Monarquia Romana:período romano. Oforma já atrás referidoutros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta monarquia não suprimia outros poderes, antespoderes mas, subordinados ao monarca;

2. Monarquia Feudal:outros poderes dentro da serviços ao próprio monarca;

3. Monarquia limitada:actuação era bastante lisimbólicos;

4. Monarquia Absoluta:monarquia suprimiu outros poderes.

5. Monarquia Cesarista (César):uma ruptura com o princípio da her

6. Monarquia Constitucional:monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma lei fundamental –

7. Monarquia Parlamentar:representativo dos cidadãos (monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no sentido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento ter o poder legislativo, também tinha o poder de fiscalização;

8. Monarquia simbólica: meramente simbólica, decorativa. Não tinha qualqupermitisse exercer o controlo político sobre o monarca;

2. As Formas Republicanas de Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão unipessoal. Não é uma pessoa considsim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República. O Presidente da República é aquele que exerce a suprema magistratura do Estado enquanto chefe de um órgão, o órgão Presi Critério de escolha: A monarquia tinha critérios não democráticoslaços de sangue, era hereditário. pertencem a todos, não são exclusivos de ninguémcritérios para a nomeação do Chefe de Estado. Tratasufrágio universal, directo, secret

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1. As Formas Monárquicas de Governo;

Configuração do poder politico, ou seja, a relação entre governantes e governados por um rgãos da monarquia, por outro. Entre o monarca e os súbditos e por

monárquicos.

O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em conta os laços familiares, de acordo com uma certa linha de relação familiar. Formas de monarquias ao longo da história:

Monarquia Romana: Conforme se depreende facilmente ocorreu durante o período romano. O chefe de Estado era o Rei. Escolhido de forma hierárquica (

já atrás referida). No entanto, o exercício do poder permitia a existência de outros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta monarquia não suprimia outros poderes, antes, permitia a existência desses outros

subordinados ao monarca; Monarquia Feudal: O monarca ou o Rei governava permitindo a existência de

outros poderes dentro da ratio ou lógica do feudalismo. Tinham que prestar alguns serviços ao próprio monarca; Monarquia limitada: A existência de outros órgãos era permitida mas a sua actuação era bastante limitada. Os outros órgãos eram meramente decorativos,

Monarquia Absoluta: Mais ou menos na fase da idade moderna. Este tipo de monarquia suprimiu outros poderes. Extinguiu outros poderes, daí ser absoluta;Monarquia Cesarista (César): Aqui temos uma mudança revolucionária, dandouma ruptura com o princípio da hereditariedade, revogando-o; Monarquia Constitucional: Consensualidade entre a antiga e a moderna monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma

– A Constituição; Monarquia Parlamentar: Permitia a existência de um parlamento como órgão

o dos cidadãos (populus, o povo aproxima-se do poder). Nesta monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no

ido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento ter o poder legislativo, também tinha o poder de fiscalização; Monarquia simbólica: Contrapondo com a anterior esta tem uma posição meramente simbólica, decorativa. Não tinha qualquer competência que lhe permitisse exercer o controlo político sobre o monarca;

2. As Formas Republicanas de Governo (Res-Pública);

Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão Não é uma pessoa considerado em termos de pessoa em sentido individual, mas

sim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República.

O Presidente da República é aquele que exerce a suprema magistratura do Estado enquanto chefe de um órgão, o órgão Presidente da República.

monarquia tinha critérios não democráticos. A escolha tinha em conta laços de sangue, era hereditário. Hoje, não é assim. Na república, os assuntos do pertencem a todos, não são exclusivos de ninguém. A partir daí começaram a criarcritérios para a nomeação do Chefe de Estado. Trata-se de um método de eleição

ecreto e periódico. É um critério Democrático.

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Configuração do poder politico, ou seja, a relação entre governantes e governados por um Entre o monarca e os súbditos e por

O titular supremo do Estado (chefe de Estado) era escolhido de forma hereditária, tendo em

Conforme se depreende facilmente ocorreu durante o chefe de Estado era o Rei. Escolhido de forma hierárquica (da

do poder permitia a existência de outros órgãos, nomeadamente o poder legislativo e o poder judicial. Esta

permitia a existência desses outros

ou o Rei governava permitindo a existência de . Tinham que prestar alguns

A existência de outros órgãos era permitida mas a sua mitada. Os outros órgãos eram meramente decorativos,

Mais ou menos na fase da idade moderna. Este tipo de Extinguiu outros poderes, daí ser absoluta;

uma mudança revolucionária, dando-se

Consensualidade entre a antiga e a moderna monarquia. A limitação do poder era feita por via de um texto constitucional, uma

a existência de um parlamento como órgão se do poder). Nesta

monarquia temos a existência do parlamento onde os cidadãos tinham acento no ido de controlar o poder exercido pelo monarca, ou seja além do parlamento

Contrapondo com a anterior esta tem uma posição er competência que lhe

Significa que a Chefia do Estado é atribuída a um órgão, não a uma pessoa, mas um órgão erado em termos de pessoa em sentido individual, mas

sim como titular de um órgão de soberania, ou seja, é o Presidente da República.

O Presidente da República é aquele que exerce a suprema magistratura do Estado enquanto

escolha tinha em conta os assuntos do Estado

rtir daí começaram a criar-se outros de eleição através de

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Na República vamos ver o relacionamento entre a chePortanto, entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um Estado e como é encarado o fenómeno religioso na também a relação entre os diferentes órgãos No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder fenómeno religioso, uma fusão temos a Teocracia. Teocraciasacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade. Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe-de-Estado um sacerdote (o Papa), e o Irão, que éreligiosos islâmicos. E, quando prevalece o poder politicoCésar o que é de César e a Deus o que é de Deus

separação de poderes, entre os poderes pum sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo poderes tradicionalmente rtendencialmente as funções imperiais e pontifícias característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a atingir, por vezes, formas tão Estado. A ideologia do cesaropapísmo assenta na ideia romana de que a religião é essencialmente um assunto colectivo e secundariamente individual. Política e religião são entidades indissolúveis em que o sagrado é parte do temporal, de que o chefe de Estado é chefe da Igreja. Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em passado e/ou no presente nunca houve tambientes históricos onde havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países protestantes. Por outro lado, podemos ter uma total identificação cexiste uma relação de paralelismoreconhece a existência do Estado, no entanto, são duas há sufocação de uma ou de outr Dentro deste modelo podemos distinguir;

1. O Critério baseado na igualdade e a cooperação, entre o poder ou seja, o Ministro exerce a sua função respeito, igualdade, cooperação (colaboram)determinam ministrar certo tipo de aulas no ensino público

2. O Critério da separação hostil3. E, o Critério da neutralidade:

Entre o Estado e a Igreja existe um acordo, chamaentre o Estado e a Igreja há alguns pontos comuns Ex.: O Casamento Católico produz efeitos civis.canónicos. O contrário sim, ou sejaefeitos civis. A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio.

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blica vamos ver o relacionamento entre a chefia do Estado, entre os órgãos do Estado, entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um

Estado e como é encarado o fenómeno religioso na res pública. A seguirtre os diferentes órgãos do Estado.

No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder fenómeno religioso, uma fusão que pode fazer prevalecer o fenómeno religioso

Teocracia é uma forma de governo onde o povo é contsacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade.

Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo Estado um sacerdote (o Papa), e o Irão, que é controlado pelos Aiatolas, lideres

quando prevalece o poder politico, temos o CesaropapísmoCésar o que é de César e a Deus o que é de Deus” – Pode-se concluir que Deus já falava de separação de poderes, entre os poderes políticos e os poderes religiosos. Cesaropapísmoum sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo poderes tradicionalmente reservados a suprema autoridade religiosa, unificando tendencialmente as funções imperiais e pontifícias na sua pessoa. Daí decorre o traço característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a

formas tão extremas que levou a Igreja a ser considerada um órgão de

A ideologia do cesaropapísmo assenta na ideia romana de que a religião é essencialmente um assunto colectivo e secundariamente individual. Política e religião são entidades indissolúveis

que o sagrado é parte do temporal, de que o chefe de Estado é chefe da Igreja.

Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em passado e/ou no presente nunca houve tanta distinção. O cesaropapísmo apenas

havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países

podemos ter uma total identificação com o fenómeno religiosoexiste uma relação de paralelismo. O Estado reconhece a existência da religião, a religião reconhece a existência do Estado, no entanto, são duas autoridades distintas e paralelas, não há sufocação de uma ou de outra.

Dentro deste modelo podemos distinguir; na igualdade e a cooperação, entre o poder político

ou seja, o Ministro exerce a sua função política e o Padre prega a missarespeito, igualdade, cooperação (colaboram) – em termos de educação, por exemplodeterminam ministrar certo tipo de aulas no ensino público – utilizado em Portugal

eparação hostil: existência de conflitos, sem cooperação;neutralidade: Neutralizam-se, cada um por si;

Entre o Estado e a Igreja existe um acordo, chama-se Concordata. Dentro da relação stado e a Igreja há alguns pontos comuns.

Ex.: O Casamento Católico produz efeitos civis. O casamento civil não produz efeitos canónicos. O contrário sim, ou seja, o casamento religioso é reconhecido por ser causador de

A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio.

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fia do Estado, entre os órgãos do Estado. , entre os governantes e os governados, entre os vários órgãos que compõem um

. A seguir, analisaremos

No contexto republicano podemos ter, digamos, uma fusão entre o poder político e o pode fazer prevalecer o fenómeno religioso. Assim sendo

é uma forma de governo onde o povo é controlado por um sacerdote ou líder religioso que governa, supostamente, segundo o desejo de uma divindade.

Exemplos actuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo controlado pelos Aiatolas, lideres

Cesaropapísmo. “Dar a

se concluir que Deus já falava de Cesaropapísmo foi

um sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo

eservados a suprema autoridade religiosa, unificando sua pessoa. Daí decorre o traço

característico do cesaropapísmo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a ser considerada um órgão de

A ideologia do cesaropapísmo assenta na ideia romana de que a religião é essencialmente um assunto colectivo e secundariamente individual. Política e religião são entidades indissolúveis

que o sagrado é parte do temporal, de que o chefe de Estado é chefe da Igreja.

Esse fenómeno é tipicamente cristão dado que o evangelho distingue política de religião, não se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa em que no

apenas existiu em havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países

om o fenómeno religioso, pois entre eles . O Estado reconhece a existência da religião, a religião

autoridades distintas e paralelas, não

político e a religião, e o Padre prega a missa, mas há

em termos de educação, por exemplo, utilizado em Portugal;

: existência de conflitos, sem cooperação;

se Concordata. Dentro da relação

O casamento civil não produz efeitos , o casamento religioso é reconhecido por ser causador de

A igreja não reconhece o casamento civil porque este permite o divórcio.

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Ainda na relação Estado/Igreja A recente questão das caricaturas de de uma questão séria, pois qualquer profissão deve ser exercida de acordo com as normas da sua profissão, bem como da sua deontologia. Este tema coloca em destaque o desempenho do próprio jornalista, que neste caso forma de fazer jornalismo. Ora, considerando que este jornalista agiu isoladamenteque se deve atribuir, única e exclusivamente O Estado da Dinamarca não é só composto por aquele jornanem todos os jornalistas dinamarqueses estiveram de acordo com a atitude do autor das caricaturas, por isso também não devem ser todos os jornalistas responsabilizados pelo acto isolado do outro. Mas, o referido país europeu possa generalizar um acto praticado por uma pessoa como se esse acto fosse praticado por toda uma comunidade, caso contrário poderíamos correr o risco de ir ao pormenor e atribuir culpas à comunidade europeia, p 3. A Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Monarquia, República, etc.); A realidade portuguesa contempla um sistema republicano, contra a monarquia, demobaseado na separação de poderes, no Estado é eleito em sufrágio universal directo, secreto e periódico. Existe ainda o limitação de mandatos, onde o PR só pode exercer no máximo danos cada, – 10 anos no máximo 4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades; Significa o exercício do poder limitados no tempo, as escolhGoverno pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora disfarçada; 5. As Formas Ditatoriais de Governo;Têm quatro aspectos:

1º - Poderes vastos atribuídos ao ditador; 2º - Concentração de poderes na figura do ditador que não considera o cidadão como

fronteira da sua actuação. Ele, o ditador, tem os referidos poderes vastos, dentro destrutura do Estado. Na sua relação com o povo, ele, não considera o povo como elemento limitador dos seus poderes, pois estes, não votam para a sua eleição, dado que o ditador não é escolhido populares. Aqui a relação entre governante e governado na ditadura é feita conforme a vontade do ditador, logo o governado submete

3º - Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias

assustadoras 80% ou 90%, ou até mesmo por aclamação. 4º - Falta de mecanismo de controlo da actuação dos governantes. O governante não é

controlado pelo povo. O parlamento não tem uma função verdadeiramente de controlo

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Ainda na relação Estado/Igreja

A recente questão das caricaturas de Mahomé, na perspectiva do professor Vieipois qualquer profissão deve ser exercida de acordo com as normas da

a sua deontologia. Este tema coloca em destaque o desempenho do que neste caso envolveu toda uma população e o seu Estado

forma de fazer jornalismo. Ora, considerando que este jornalista agiu isoladamenteque se deve atribuir, única e exclusivamente, a responsabilidade de tal acto.

O Estado da Dinamarca não é só composto por aquele jornalista, e até porque nem todos os jornalistas dinamarqueses estiveram de acordo com a atitude do autor das caricaturas, por isso também não devem ser todos os jornalistas responsabilizados pelo acto isolado do outro. Mas, o referido país europeu tem também outras profissões, daí que não se possa generalizar um acto praticado por uma pessoa como se esse acto fosse praticado por toda uma comunidade, caso contrário poderíamos correr o risco de ir ao pormenor e atribuir culpas à comunidade europeia, porque afinal a Dinamarca faz parte da União Europeia,

3. A Realidade Constitucional Portuguesa sobre a Matéria (Princípios

A realidade portuguesa contempla um sistema republicano, contra a monarquia, demobaseado na separação de poderes, no princípio da jurisdicidade (primado da Lei). O Chefe de Estado é eleito em sufrágio universal directo, secreto e periódico. Existe ainda o limitação de mandatos, onde o PR só pode exercer no máximo dois mandatos seguidos, de 5

10 anos no máximo.

4. O Principio Democrático e a Forma Politica de Governo: Generalidades;

Significa o exercício do poder público baseado em escolhas livres, periódicas, com mandatos limitados no tempo, as escolhas têm em conta o critério maioritário. A forma politica de Governo pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora

de Governo;

Poderes vastos atribuídos ao ditador;

Concentração de poderes na figura do ditador que não considera o cidadão como fronteira da sua actuação. Ele, o ditador, tem os referidos poderes vastos, dentro destrutura do Estado. Na sua relação com o povo, ele, não considera o povo como elemento limitador dos seus poderes, pois estes, não votam para a sua eleição, dado que o ditador não é escolhido de forma democrática, despreza praticamente as aspirações

Aqui a relação entre governante e governado na ditadura é feita conforme a vontade do ditador, logo o governado submete-se à vontade do ditador;

Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias 80% ou 90%, ou até mesmo por aclamação.

Falta de mecanismo de controlo da actuação dos governantes. O governante não é O parlamento não tem uma função verdadeiramente de controlo

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na perspectiva do professor Vieira Có, trata-se pois qualquer profissão deve ser exercida de acordo com as normas da

a sua deontologia. Este tema coloca em destaque o desempenho do e o seu Estado, face à sua

forma de fazer jornalismo. Ora, considerando que este jornalista agiu isoladamente, é a ele

lista, e até porque certamente nem todos os jornalistas dinamarqueses estiveram de acordo com a atitude do autor das caricaturas, por isso também não devem ser todos os jornalistas responsabilizados pelo acto

tem também outras profissões, daí que não se possa generalizar um acto praticado por uma pessoa como se esse acto fosse praticado por toda uma comunidade, caso contrário poderíamos correr o risco de ir ao pormenor e atribuir

orque afinal a Dinamarca faz parte da União Europeia, etc.….

Princípios Fundamentais,

A realidade portuguesa contempla um sistema republicano, contra a monarquia, democrático da jurisdicidade (primado da Lei). O Chefe de

Estado é eleito em sufrágio universal directo, secreto e periódico. Existe ainda o princípio da ois mandatos seguidos, de 5

baseado em escolhas livres, periódicas, com mandatos maioritário. A forma politica de

Governo pode ser Ditadura ou Democracia. Estes são dois regimes, ou sistemas, políticos completamente distintos. Se bem que possa haver em democracia uma ditadura, embora

Concentração de poderes na figura do ditador que não considera o cidadão como fronteira da sua actuação. Ele, o ditador, tem os referidos poderes vastos, dentro da estrutura do Estado. Na sua relação com o povo, ele, não considera o povo como elemento limitador dos seus poderes, pois estes, não votam para a sua eleição, dado que

democrática, despreza praticamente as aspirações Aqui a relação entre governante e governado na ditadura é feita conforme a

se à vontade do ditador;

Não existe uma limitação temporal do poder. O ditador é sempre reeleito com maiorias

Falta de mecanismo de controlo da actuação dos governantes. O governante não é O parlamento não tem uma função verdadeiramente de controlo

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político ou fiscalização politica. Existe praticamditador. Quando ele quer uma lei, mesmo injusta, o parlamento legisla de acordo com a sua vontade. Se quiser aplicar ou abolir a pena de morte ou outro tipo de leis, o parlamento concorda sempre.

As ditaduras podem ser: Autocráticas: quando o governo é colegial (de várias pessoas); Monocráticas: quando Fontes de inspiração de diferentes formas históricas, ou ainda actuais, de ditaduras; Bolchevismo (Antiga URSS) existe. Em certos países tinha que se cantar o hino desta ditadura, caso contrário eram considerados inimigos. Por brincadeira pode considerardemocracia.

Ex.: Um americano e um rpode dizer abaixo o presidente americano

também se pode dizer: abaixo o presidente americano

Fascismo: A colonização é a politica externa do fascismo, coloniza, um ditador coloniza. Alguns políticos africanos têm a tendência de acusar, responsabilizar os europeus pelo colonialismo. O professor considera que a Europa também foi vítima do colonialismo, que é o enquanto os africanos lutaramfascismo. Assim, todos eram, europeus e africanos, vitimas.contornar esta situação foi sem duvida a coo

O fascismo é uma doutrina totalitária de extremaItália, a partir de 1919, e durante de fascio, nome de grupos políticos ou de mXIX e o começo do século XX; mas também de um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade expressão camisas negras, em virtude do uniforme que utilizavam.

Portugal (1932-1968) – Menos restritivo que os regimes fascistas da Itália, Alemanha e Espanha, o Estado Novo de António de Olifascista.

Caudilhismo: Ditadura militar. Existiu em muitos paísesoutros. São exemplos os internacionalismos soviéticos ou cubanos.do poder político caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. Apresenta-se como forma de exercício de poder radicalmente oposta à democracia. O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos armados. Acredita-se que a primeira geração de caudilhos se originou na época da independência das colónias hispanopoder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias. Presume-se que as instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia republicana por influência dos Estados Unidos.

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político ou fiscalização politica. Existe praticamente para concordar com as ideias do ditador. Quando ele quer uma lei, mesmo injusta, o parlamento legisla de acordo com a

Se quiser aplicar ou abolir a pena de morte ou outro tipo de leis, o parlamento concorda sempre.

quando o governo é colegial (de várias pessoas); ou quando o governo é de uma só pessoa;

Fontes de inspiração de diferentes formas históricas, ou ainda actuais, de ditaduras;

Bolchevismo (Antiga URSS) – Radicado na ideologia marxista-leninista. Este sistema já não existe. Em certos países tinha que se cantar o hino desta ditadura, caso contrário eram considerados inimigos. Por brincadeira pode considerar-se que na antiga Rússia existia

Um americano e um russo à conversa, onde diz o americano que na América se abaixo o presidente americano. E o russo responde-lhe que, na praça vermelha

abaixo o presidente americano.

A colonização é a politica externa do fascismo, isto porque um democrata não coloniza, um ditador coloniza. Alguns políticos africanos têm a tendência de acusar, responsabilizar os europeus pelo colonialismo. O professor considera que a Europa também foi

colonialismo, que é o fascismo. A Europa lutou pela sua liberdade do fascismo, enquanto os africanos lutaram contra o colonialismo, que era a componente externa do

am, europeus e africanos, vitimas. O aspecto diplomático para contornar esta situação foi sem duvida a cooperação internacional.

é uma doutrina totalitária de extrema-direita desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919, e durante o seu governo (1922 – 1943 e 1943 – 1945). Fascismo deriva

, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era

um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela

, em virtude do uniforme que utilizavam.

Menos restritivo que os regimes fascistas da Itália, Alemanha e Espanha, o Estado Novo de António de Oliveira Salazar era no entanto um regime quasi

Ditadura militar. Existiu em muitos países, africanos, latina americanos, entre outros. São exemplos os internacionalismos soviéticos ou cubanos. Caudilhismo

tico caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. se como forma de exercício de poder radicalmente oposta à democracia.

O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos se que a primeira geração de caudilhos se originou na época da

independência das colónias hispano-americanas em torno de 1820, devido à mudança de poder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias.

instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia republicana por influência dos Estados Unidos.

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ente para concordar com as ideias do ditador. Quando ele quer uma lei, mesmo injusta, o parlamento legisla de acordo com a

Se quiser aplicar ou abolir a pena de morte ou outro tipo de leis, o

Fontes de inspiração de diferentes formas históricas, ou ainda actuais, de ditaduras;

leninista. Este sistema já não existe. Em certos países tinha que se cantar o hino desta ditadura, caso contrário eram

se que na antiga Rússia existia

usso à conversa, onde diz o americano que na América se , na praça vermelha

isto porque um democrata não coloniza, um ditador coloniza. Alguns políticos africanos têm a tendência de acusar, responsabilizar os europeus pelo colonialismo. O professor considera que a Europa também foi

a lutou pela sua liberdade do fascismo, contra o colonialismo, que era a componente externa do

O aspecto diplomático para

direita desenvolvida por Benito Mussolini na 1945). Fascismo deriva

ilitância que surgiram na Itália entre fins do século , que nos tempos do Império Romano era

um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela

Menos restritivo que os regimes fascistas da Itália, Alemanha e veira Salazar era no entanto um regime quasi-

, africanos, latina americanos, entre audilhismo é o exercício

tico caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. se como forma de exercício de poder radicalmente oposta à democracia.

O caudilhismo pode ser de índole militar, quando o ascendente ao poder é líder de grupos se que a primeira geração de caudilhos se originou na época da

americanas em torno de 1820, devido à mudança de poder sobre povos envolvidos, que deixavam de ser colónias das potências europeias.

instituições políticas recém iniciadas foram inspiradas na filosofia

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Direito Constitucional II

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Autoritária: O ditador, é a magna autoridade, faz o que quer.político em que é postulado o princípio da autoridetrimento das liberdades individuais. O autoritarismo pode ser definido como um comportamento em que instituição ou pessoa se excede no exercício da autoridade de que lhe foi investida. Pode ser caracterizado pelodespotismo. Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de uma pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação. Totalitarismo politico: Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como se pudesse existir Estado sem pessoas!?. opositores. Condená-los por congelamento na Sibéria, por exemplo. Todos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o regime. O amigo do inimigo era extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (“Estado Máximo”). Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da extensão natural das instituições estatais. Geralmextremismos ideológicos. Há totalitarismos de direita (Nazismo) e de esquerda (Estalinismo), embora essa catalogação seja redutora. As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidoresdo regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito aos seus fins; o totalitarismo de esquerda (controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadoresuma revolução de facto no regime de propriedades, terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício do grande capital para assegurar os regimes de Estaline ou Mao métodos — por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: respectivamente, um colectiviza Os regimes totalitários são violentamente opressores. O totalitarismo é um regime inserido na “sociedade de massas”, não existindo enquanto tal antes do século XX. São paradigmas na história os regimes totalitários de Adolf Hitler Alemanha e na União Soviética. O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo.

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

O ditador, é a magna autoridade, faz o que quer. O autoritarismopolítico em que é postulado o princípio da autoridade. Esta é aplicada com frequência em detrimento das liberdades individuais.

O autoritarismo pode ser definido como um comportamento em que instituição ou pessoa se excede no exercício da autoridade de que lhe foi investida.

Pode ser caracterizado pelo uso do abuso do poder e da autoridade confundindo

Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de

pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação.

Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como se pudesse existir Estado sem pessoas!?. Em nome do Estado podia-

los por congelamento na Sibéria, por exemplo. Deportações políticas.

odos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o regime. O amigo do inimigo era inimigo. Totalitarismo é um regime político bextensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (

Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da extensão natural das instituições estatais. Geralmente, é um fenómeno que resulta de extremismos ideológicos. Há totalitarismos de direita (Nazismo) e de esquerda (Estalinismo), embora essa catalogação seja redutora.

As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidoresdo regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito aos seus fins; o totalitarismo de esquerda (Estalinismo, Maoísmo e variações) representa o controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores

to no regime de propriedades, colectivizando os bens de produção e as terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício do grande capital para assegurar os seus interesses de forma violenta. As semelhanças entre

ou Mao Tse Tung com os de Hitler ou Mussolini limitampor isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos:

colectiviza a propriedade, o outro a mantém para a classe burguesa.

Os regimes totalitários são violentamente opressores. O totalitarismo é um regime inserido , não existindo enquanto tal antes do século XX. São paradigmas

na história os regimes totalitários de Adolf Hitler e Joseph Stalin, respectivamente na Alemanha e na União Soviética.

O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo.

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autoritarismo é um regime dade. Esta é aplicada com frequência em

O autoritarismo pode ser definido como um comportamento em que instituição ou pessoa

uso do abuso do poder e da autoridade confundindo-se com o

Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de

pessoa sobre outra através poder financeiro, económico ou pelo terror e pela coação.

Não há nenhuma liberdade individual, o que conta é o Estado, como -se assassinar os

Deportações políticas.

odos os que incomodassem tinham que ser afastados, quem não fosse a favor era contra o é um regime político baseado na

extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (“Estado Total”,

Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da ente, é um fenómeno que resulta de

extremismos ideológicos. Há totalitarismos de direita (Nazismo) e de esquerda (Estalinismo),

As semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidores do regime totalitário. As diferenças que guardam, no entanto, são muitas, e dizem respeito

alinismo, Maoísmo e variações) representa o controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores, mas pressupõe

os bens de produção e as terras, enquanto o de direita (Fascismo, Nazismo e variações) é essencialmente um artifício

ma violenta. As semelhanças entre com os de Hitler ou Mussolini limitam-se aos

por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: para a classe burguesa.

Os regimes totalitários são violentamente opressores. O totalitarismo é um regime inserido , não existindo enquanto tal antes do século XX. São paradigmas

e Joseph Stalin, respectivamente na

O politólogo especialista no Islão Bassam Tibi propôs nos seus livros mais recentes a tese de que o Fundamentalismo islâmico (em alemão "Islamismus") é também um totalitarismo.

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6 - Formas Democráticas de Governo;O que é a Democracia?

A Democracia tem origem “KRATOS” (Poder Público). A Democracia é fruto da “Presidente Norte-Americano definiu a democracia como sendo governo do povo. O elemento fundamental na democracia é a tomada de decisões por maioria, as maiorias são reconhecidas como sendo parte integrantes do sistema político. em democracia e participam no jogo democrático através de critérios, manifestações, réplicas e outras formas de luta pacífica. Democracia é um sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com o povo. Para usar uma frase famosa, democracia é o povo". Democracia se opõe às formas de ditadura e tuma elite auto-eleita. Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre “democracia pura”), onde o povo expressa sua vontade por voto particular, e a democracia representativaonde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram. Outros itens importantes na democracia incluem terá direito ao voto? Como qual o sistema que deve ser usado para a eleição de Há outra definição de democracia além da que foi dada acima, embora seja menos comummente usada. De acordo com essa definição, a palavra democracia directa, enquanto a democracia represen As primeiras origens desta definição podem ser encontradas no trabalho do antigo filósofo grego Aristóteles. Aristóteles distinguiudependendo de que forma era governadoou injusto. Ele chamou de demokratia

e a um sistema justo governado por muitos chamou república (do latim res publica

do que hoje podemos chamar democracia podemos chamar democracia representativa, embora a eleitos. As palavras “democracia” e “alguns dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Eles argumentavam que só uma democracia representativa (que eles chamavam de eles usavam a palavra “democraciaconsideravam tirânica. Nem a definição de Aristóteles nem a dos Pais Fundadores americanos é normalmente usada hoje – a maioria dos cientistas políticos hoje (e ainda matermo “democracia” para se referir a um governo pelo povo, seja

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Formas Democráticas de Governo;

Grega e tem dois conceitos fundamentais “DEMOS). A Democracia é fruto da “Res Publica” (Coisa de Todos

Americano definiu a democracia como sendo governo do povo. O elemento ocracia é a tomada de decisões por maioria, as maiorias são reconhecidas

como sendo parte integrantes do sistema político. As maiorias não podem ser destruídas em democracia e participam no jogo democrático através de critérios, manifestações, réplicas

outras formas de luta pacífica.

é um sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com o povo. Para usar uma frase famosa, democracia é o "governo do povo para o

Democracia se opõe às formas de ditadura e totalitarismo, onde o poder reside em

Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia directa (algumas vezes chamada

nde o povo expressa sua vontade por voto directo democracia representativa (algumas vezes chamada “democracia

onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões eles que os elegeram.

Outros itens importantes na democracia incluem exactamente quem é “o Povo proteger os direitos de minorias contra a “tirania da maioria

deve ser usado para a eleição de representantes ou outros executivos.

Há outra definição de democracia além da que foi dada acima, embora seja menos usada. De acordo com essa definição, a palavra democracia se refere somente à

, enquanto a democracia representativa é conhecida como

As primeiras origens desta definição podem ser encontradas no trabalho do antigo filósofo grego Aristóteles. Aristóteles distinguiu-se, no seu livro Política, seis formas de governo, dependendo de que forma era governado, por poucos ou muitos, e se seu governo era justo

demokratia (democracia) um governo injusto governado por muitos, e a um sistema justo governado por muitos chamou politeia, normalmente traduzido como

ica, “coisa pública”). A demokratia de Aristóteles chegou mais perto do que hoje podemos chamar democracia directa, e politeia chegou mais perto do que podemos chamar democracia representativa, embora a demokratia ainda tenha executivos

“república” foram usadas em um modo similar a alguns dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Eles argumentavam que só uma democracia representativa (que eles chamavam de “república”) poderia proteger o direito dos indivídu

democracia” para se referir à democracia directa

Nem a definição de Aristóteles nem a dos Pais Fundadores americanos é normalmente usada a maioria dos cientistas políticos hoje (e ainda mais do que o povo em geral) usa o

para se referir a um governo pelo povo, seja directo ou representativo. O

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DEMOS” (Povo) e Coisa de Todos). O antigo

Americano definiu a democracia como sendo governo do povo. O elemento ocracia é a tomada de decisões por maioria, as maiorias são reconhecidas

maiorias não podem ser destruídas em democracia e participam no jogo democrático através de critérios, manifestações, réplicas

é um sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas "governo do povo para o

otalitarismo, onde o poder reside em

Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. (algumas vezes chamada

em cada assunto democracia indirecta”),

onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões

o Povo”? Isto é, quem tirania da maioria” e

representantes ou outros executivos.

Há outra definição de democracia além da que foi dada acima, embora seja menos se refere somente à

tativa é conhecida como república.

As primeiras origens desta definição podem ser encontradas no trabalho do antigo filósofo , seis formas de governo,

, por poucos ou muitos, e se seu governo era justo (democracia) um governo injusto governado por muitos,

, normalmente traduzido como de Aristóteles chegou mais perto

chegou mais perto do que ainda tenha executivos

foram usadas em um modo similar a Aristóteles por alguns dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Eles argumentavam que só uma democracia

) poderia proteger o direito dos indivíduos; directa, que eles

Nem a definição de Aristóteles nem a dos Pais Fundadores americanos é normalmente usada is do que o povo em geral) usa o

ou representativo. O

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termo “república” normalmente significa hoje um sistema político onde um chefe de estado é eleito por um tempo limitado, ao oposto Note, no entanto, que os termos mais antigos ainda são usados algumas vezes em discussões de teoria política, especialmente quando considerando o trabalho de Aristóteles ou dos Fundadores” americanos. Essa terminolopolíticos conservadores e liberais nos Estados Unidos. Dentro desse artigo, a definição de democracia dada no início do artigo (isto é, democracia inclui democracia directa e indirecta Características da Democracia:

1. Há intervenção dos Governados na escolha dos Governantes Directa – estamos Indirecta – através dos próprios representantes (ex.: Governo, na negociação de uma convenção internacio

2. Separação de Poderes e o Respeito;3. Respeito pelos Direitos da Pessoa Humana;4. Fiscalização dos actos dos governantes, através de órgãos próprios (ex.: Parlamento

e os Tribunais); 5. Possibilidade de renovação ou não do mandato político, o povo tem a possi

de limitar o mandato dos governantes; 6. O Sistema Republicano nunca pode ser posto em causa, em democracia não é

possível modificar a Constituição até um regime que não seja republicano. Vantagens da Democracia (as

1. Impedir a subida ao poder ou manutenção no poder de pessoas cruéis;2. Possibilidade de gozo pleno dos direitos fundamentais em condições de segurança

sentido Jurídico) e estabilidade (no sentido de não haver arbitrariedades);3. Possibilidade de gozo de liberdade pessoal,

pessoa; 4. Protecção dos interesses das pessoas, os económicos, os bens, existem leis específicas

e não arbitrárias, 5. Possibilidade de auto6. Promoção do desenvolvimento huma7. Igualdade entre a pessoa considerada singularmente e o Estado, este é obrigado a

respeitar os direitos fundamentais, tal como nos os respeitamos;8. Criação de condições de paz e segurança colectiva;9. Tolerância; 10. A promoção do desenvolvimento para todos.

A Republica como Estado Democrático: A seguir à Revolução do 25 de Abril, Portugal optou pela via democrática, apesar de se registarem dificuldades, como por exemplo os golpes de Estado, Portugal optou pela via democrática de forma unitária do EstadoPolíticos, surgindo a Democracia. Órgãos de Soberania, segundo a CRP:

- O Presidente da Republica (Órgão unipessoal); - A Assembleia da Republica (Órgão Colegial);

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normalmente significa hoje um sistema político onde um chefe de estado é eleito por um tempo limitado, ao oposto de uma monarquia constitucional.

Note, no entanto, que os termos mais antigos ainda são usados algumas vezes em discussões de teoria política, especialmente quando considerando o trabalho de Aristóteles ou dos

americanos. Essa terminologia antiga também tem alguma popularidade entre conservadores e liberais nos Estados Unidos.

Dentro desse artigo, a definição de democracia dada no início do artigo (isto é, democracia indirecta) será usada.

ísticas da Democracia: Há intervenção dos Governados na escolha dos Governantes;

estamos perante o sufrágio universal directo ou referendo:através dos próprios representantes (ex.: Governo, na negociação

de uma convenção internacional) Separação de Poderes e o Respeito; Respeito pelos Direitos da Pessoa Humana; Fiscalização dos actos dos governantes, através de órgãos próprios (ex.: Parlamento

Possibilidade de renovação ou não do mandato político, o povo tem a posside limitar o mandato dos governantes; O Sistema Republicano nunca pode ser posto em causa, em democracia não é

modificar a Constituição até um regime que não seja republicano.

as suas Virtudes): ao poder ou manutenção no poder de pessoas cruéis;

Possibilidade de gozo pleno dos direitos fundamentais em condições de segurança sentido Jurídico) e estabilidade (no sentido de não haver arbitrariedades);Possibilidade de gozo de liberdade pessoal, a autoridade pública

Protecção dos interesses das pessoas, os económicos, os bens, existem leis específicas

auto-governo pela via de escolha democrática das leis;Promoção do desenvolvimento humano; Igualdade entre a pessoa considerada singularmente e o Estado, este é obrigado a respeitar os direitos fundamentais, tal como nos os respeitamos; Criação de condições de paz e segurança colectiva;

A promoção do desenvolvimento para todos.

A Republica como Estado Democrático:

A seguir à Revolução do 25 de Abril, Portugal optou pela via democrática, apesar de se como por exemplo os golpes de Estado, Portugal optou pela via

democrática de forma unitária do Estado, com o reconhecimento da existência de Partidos a Democracia.

Órgãos de Soberania, segundo a CRP: O Presidente da Republica (Órgão unipessoal); A Assembleia da Republica (Órgão Colegial);

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normalmente significa hoje um sistema político onde um chefe de estado é

Note, no entanto, que os termos mais antigos ainda são usados algumas vezes em discussões de teoria política, especialmente quando considerando o trabalho de Aristóteles ou dos “Pais

gia antiga também tem alguma popularidade entre

Dentro desse artigo, a definição de democracia dada no início do artigo (isto é, democracia

perante o sufrágio universal directo ou referendo: através dos próprios representantes (ex.: Governo, na negociação

Fiscalização dos actos dos governantes, através de órgãos próprios (ex.: Parlamento

Possibilidade de renovação ou não do mandato político, o povo tem a possibilidade

O Sistema Republicano nunca pode ser posto em causa, em democracia não é modificar a Constituição até um regime que não seja republicano.

ao poder ou manutenção no poder de pessoas cruéis; Possibilidade de gozo pleno dos direitos fundamentais em condições de segurança (em sentido Jurídico) e estabilidade (no sentido de não haver arbitrariedades);

deve respeitar a

Protecção dos interesses das pessoas, os económicos, os bens, existem leis específicas

pela via de escolha democrática das leis;

Igualdade entre a pessoa considerada singularmente e o Estado, este é obrigado a

A seguir à Revolução do 25 de Abril, Portugal optou pela via democrática, apesar de se como por exemplo os golpes de Estado, Portugal optou pela via

m o reconhecimento da existência de Partidos

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- O Governo (Órgão Colegial); - Os Tribunais (Órgão Colegial); - Regiões Autónomas (com os seus respectivos órgãos; incluem

Locais), (Órgãos Colegiais); A Democracia Representativa e a Eleição: A Democracia Representativa é o exercício de direitos políticos através de reprelegítimos, ou seja, representantes escolhidos democraticamente de forma livre. A eleição é a forma democrática, através da qual, os governados escolhem os seus governantes. As eleições podem ser gerais ou intercalares (quando é necessário o preendentro de um órgão), eleições políticas (legislativas), as eleições presidenciais e administrativas, que consistem na escolha de representantes administrativos. As eleições Internas são por exemplo, as eleições no Parlamento (pora eleição de membros eventualmente para uma revisão constitucional). As eleições Externas são, por exemplo, a eleição de Deputados. A Democracia Directa é quando o povo é chamada a pronunciar(ex.: Aborto, Pena de Morte...) então, de acordo com a decisão constitucional o povo pode ser chamado a eleger. Formas de um Processo Eleitoral:

1.º - Começa com o recenseamento ou actualização de cadernos eleitorais2.º - Publicação do resultado eleit3.º - A contestação com vista a suprimir eventuais irregularidades4.º - A votação concreta, o voto, a possibilidade de impugnação ou não dos resultados5.º - Os resultados provisórios6.º - Os resultados definitivos.

Em Portugal, o Presidenteinternacionais, noutros países o processo é mais ou menos análogo, tehaver observadores internacionais onde o seu papel é Em termos do direito autárquico em Portugal é possível o exercício desse direito por pessoas que não sejam portuguesas, em Cabo Verde, um Cabo-verdiano poderá votar em Portugal). A seguir às eleições os eleitos são investidos para os cargos que foram eleitosse munido de todos os elementos necessários Os Sistemas eleitorais:

1. De representação proporcional;2. De representação maioritária;3. De representação das minorias;4. Direito eleitoral português e dos PALOP;

O que é um sistema eleitoral?Entende-se por sistema eleitoral o método de conversão dos votos em mandatos. sendo podemos ter representações proporcionrepresentações das minorias

1. A representação proporcionalpressuposto de que a diversidade da vontade eleitoral revelada no quadro do exercício

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O Governo (Órgão Colegial); s (Órgão Colegial);

Regiões Autónomas (com os seus respectivos órgãos; incluem-se aqui as Autarquias Locais), (Órgãos Colegiais);

A Democracia Representativa e a Eleição:

A Democracia Representativa é o exercício de direitos políticos através de reprelegítimos, ou seja, representantes escolhidos democraticamente de forma livre. A eleição é a forma democrática, através da qual, os governados escolhem os seus governantes. As eleições podem ser gerais ou intercalares (quando é necessário o preenchimento da alguns lugares dentro de um órgão), eleições políticas (legislativas), as eleições presidenciais e administrativas, que consistem na escolha de representantes administrativos. As eleições Internas são por exemplo, as eleições no Parlamento (portanto dentro do mesmo órgão como a eleição de membros eventualmente para uma revisão constitucional). As eleições Externas são, por exemplo, a eleição de Deputados.

A Democracia Directa é quando o povo é chamada a pronunciar-se sobre questões específicas (ex.: Aborto, Pena de Morte...) então, de acordo com a decisão constitucional o povo pode ser

Formas de um Processo Eleitoral: omeça com o recenseamento ou actualização de cadernos eleitorais; ublicação do resultado eleitoral; contestação com vista a suprimir eventuais irregularidades; votação concreta, o voto, a possibilidade de impugnação ou não dos resultados

resultados provisórios; e s resultados definitivos.

o Presidente da Republica dispensa a participação de observadores outros países o processo é mais ou menos análogo, tendo no entanto

haver observadores internacionais onde o seu papel é o de observar (no sentido de fiscalizar).

to autárquico em Portugal é possível o exercício desse direito por pessoas desde que haja reciprocidade (ex.: se um Português pode votar

verdiano poderá votar em Portugal). A seguir às eleições os eleitos ão investidos para os cargos que foram eleitos. Com a investidura titular, o político encontra

elementos necessários para cumprir o cargo.

De representação proporcional; resentação maioritária;

De representação das minorias; Direito eleitoral português e dos PALOP;

O que é um sistema eleitoral? se por sistema eleitoral o método de conversão dos votos em mandatos.

representações proporcionais, representações maioritáriasrepresentações das minorias.

A representação proporcional: o sistema de representação proporcional tem como pressuposto de que a diversidade da vontade eleitoral revelada no quadro do exercício

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se aqui as Autarquias

A Democracia Representativa é o exercício de direitos políticos através de representantes legítimos, ou seja, representantes escolhidos democraticamente de forma livre. A eleição é a forma democrática, através da qual, os governados escolhem os seus governantes. As eleições

chimento da alguns lugares dentro de um órgão), eleições políticas (legislativas), as eleições presidenciais e administrativas, que consistem na escolha de representantes administrativos. As eleições

tanto dentro do mesmo órgão como a eleição de membros eventualmente para uma revisão constitucional). As eleições Externas

se sobre questões específicas (ex.: Aborto, Pena de Morte...) então, de acordo com a decisão constitucional o povo pode ser

votação concreta, o voto, a possibilidade de impugnação ou não dos resultados;

da Republica dispensa a participação de observadores ndo no entanto que

observar (no sentido de fiscalizar).

to autárquico em Portugal é possível o exercício desse direito por pessoas desde que haja reciprocidade (ex.: se um Português pode votar

verdiano poderá votar em Portugal). A seguir às eleições os eleitos o político encontra-

se por sistema eleitoral o método de conversão dos votos em mandatos. Assim representações maioritárias e

o sistema de representação proporcional tem como pressuposto de que a diversidade da vontade eleitoral revelada no quadro do exercício

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do direito de sufrágio devedos órgãos electivos. Em termos práticos podemos destacar o método do cocienteeleitoral que consiste na divisão do número total dos votos pelo número de mandatos atribuindo-se a cada candidatura tantoapurado couber no número de votos por ele recebido.

2. A representação maioritáriaa candidatura que tiver obtido maior número de votos comparativamente com arestantes candidaturas.

3. Na representação das minoriasde pessoas localizadas num determinado espaço eleitoral.

4. No Direito eleitoral em geral ou de processo eleitoral democrático temos: Ponto de partida:

eleitorais. Campanha politica: Sufrágio: realização da votação através de sufrágio. Fiscalização dos actos eleitorais. Transformação dos votos em ma

anteriormente referenciados. Em Portugal os órgãos a sufrágio universal, directo, secreto e periódico

- Presidente da Republica;- Assembleia da Republica;- Órgãos legislativos das regiões autónomas dos Açores e Ma- Parlamento europeu; - Assembleias de Freguesia;- Assembleias Municipais;- Câmaras municipais;

O que é o sufrágio? É a manifestação de vontade no sentido de eleger, ou não. É a forma democrática de escolher os titulares de cargos políticos de a No nosso ordenamento jurídico, português e de outros países da CPLP, podemos encontrar os elementos anteriores (recenseamento, etc.). O que é o sufrágio universal?O sufrágio universal significa que todos podem votar, desde qlei. Não há distinção entre raças, religiões, etc., desde que sejam todos portugueses e maiores de 18 anos. O sufrágio é igual não há discriminação dos eleitores. O que é o sufrágio directo? A manifestação dos eleitores na O que é o sufrágio secreto? É a independência de quem vota. Ninguém pode ser obrigado, mesmo em tribunal, a dizer em quem votou. O que é o sufrágio periódico?Porque os mandatos têm uma limitação temporal (exercício do mandato, proceder a novo sufrágio.

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do direito de sufrágio deve-se compreender uma diversidade paralela na composição dos órgãos electivos. Em termos práticos podemos destacar o método do cocienteeleitoral que consiste na divisão do número total dos votos pelo número de mandatos

se a cada candidatura tantos candidatos quantas as vezes que o cociente apurado couber no número de votos por ele recebido. A representação maioritária na atribuição dos mandatos do órgão electivo beneficia

a candidatura que tiver obtido maior número de votos comparativamente com arestantes candidaturas. Na representação das minorias a preocupação essencial é de um determinado grupo de pessoas localizadas num determinado espaço eleitoral. No Direito eleitoral em geral ou de processo eleitoral democrático temos:

Ponto de partida: Recenseamento eleitoral ou a actualização dos cadernos

Campanha politica: não pode haver eleições sem as respectivas campanhas.realização da votação através de sufrágio.

Fiscalização dos actos eleitorais. Transformação dos votos em mandatos, de acordo com os critérios anteriormente referenciados.

Em Portugal os órgãos a sufrágio universal, directo, secreto e periódico são: da Republica;

Assembleia da Republica; Órgãos legislativos das regiões autónomas dos Açores e Madeira;

Assembleias de Freguesia; Assembleias Municipais;

É a manifestação de vontade no sentido de eleger, ou não. É a forma democrática de escolher os titulares de cargos políticos de acordo com a CRP e as leis.

No nosso ordenamento jurídico, português e de outros países da CPLP, podemos encontrar os elementos anteriores (recenseamento, etc.).

O que é o sufrágio universal? O sufrágio universal significa que todos podem votar, desde que tenham a idade permitida por lei. Não há distinção entre raças, religiões, etc., desde que sejam todos portugueses e maiores de 18 anos. O sufrágio é igual não há discriminação dos eleitores.

A manifestação dos eleitores na escolha directamente, ou não, sem mediação.

É a independência de quem vota. Ninguém pode ser obrigado, mesmo em tribunal, a dizer em

O que é o sufrágio periódico? Porque os mandatos têm uma limitação temporal (X anos), é necessário, findo esse período de exercício do mandato, proceder a novo sufrágio.

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se compreender uma diversidade paralela na composição dos órgãos electivos. Em termos práticos podemos destacar o método do cociente eleitoral que consiste na divisão do número total dos votos pelo número de mandatos

s candidatos quantas as vezes que o cociente

na atribuição dos mandatos do órgão electivo beneficia a candidatura que tiver obtido maior número de votos comparativamente com as

a preocupação essencial é de um determinado grupo

No Direito eleitoral em geral ou de processo eleitoral democrático temos: ecenseamento eleitoral ou a actualização dos cadernos

não pode haver eleições sem as respectivas campanhas.

, de acordo com os critérios

É a manifestação de vontade no sentido de eleger, ou não. É a forma democrática de escolher

No nosso ordenamento jurídico, português e de outros países da CPLP, podemos encontrar os

ue tenham a idade permitida por lei. Não há distinção entre raças, religiões, etc., desde que sejam todos portugueses e maiores

escolha directamente, ou não, sem mediação.

É a independência de quem vota. Ninguém pode ser obrigado, mesmo em tribunal, a dizer em

anos), é necessário, findo esse período de

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Direito Constitucional II

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As eleições devem ser antecipadamente marcadas, não podem sua marcação deverá ser prévia e de acordo com as lei O órgão que é responsável pelos actos eleitorais chamaAdministração do Processo Eleitoral). Períodos, antes e depois das eleições:- Apresentação das candidaturas;- Organização das várias assembleias de voto;- Votação, propriamente dita;- Apuramento dos resultados;- Contencioso eleitoral; Nos PALOP por inspiração do direito eleitoral português é possível encontrarmos traços atrás sublinhados. Outro elemento importante é a Democracia e nverdadeiro espírito deste princípio O que são partidos políticos?São pessoas colectivas de natureza consiste na representação de um Estado e Sociedade ao nível dos órgã Os partidos políticos são importantes em democracia porque contribuem para o debate político, para o controlo ou fiscalização do poder e desempenho, também, das funções de carácter pedagógico. Funções dos partidos no Estado ou na Soc

1. Legitimação democrática dos órgãos de soberania2. Controlo: Significa a limitação do poder publico face aos partidos não podendo este

actuar de forma arbitrária. 3. Liberdade de opinião

cartazes, etc; 4. Liberdade de imprensa:5. Liberdade de reunião;6. Liberdade de manifestação;7. Liberdade de associação;8. Criação livre de partidos políticos:

partidos políticos; 9. Livre militância: ninguém é obrigado a fazer parte de partidos, ou, caso o pretenda,

pode livremente fazê10. Direito de oposição democrática11. Direito de informação

externa do poder público12. Garantia de participação ou de abstenção:

obrigado a ir votar. Depende da sua consciência;13. Direito de garantir a capacidade eleitoral activa e passiva: É Activo: quando nós escolhemos; É Passivo: quando somos escolhidos; Ex.: Quando escolhemos o PR estamos a ser activos. Quando nos encontramos em posição de podermos ser eleitos estamos a ser passivos.

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António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

As eleições devem ser antecipadamente marcadas, não podem provocar efeitovia e de acordo com as leis.

ponsável pelos actos eleitorais chama-se STAPE (Secretariado Técnico para a Administração do Processo Eleitoral).

Períodos, antes e depois das eleições: Apresentação das candidaturas; Organização das várias assembleias de voto;

dita; Apuramento dos resultados;

Nos PALOP por inspiração do direito eleitoral português é possível encontrarmos traços atrás

Outro elemento importante é a Democracia e nas democracias é importante, para o princípio, a existência de partidos políticos.

O que são partidos políticos? de natureza associativa com carácter permanente, cuja finalidade

consiste na representação de um Estado e Sociedade ao nível dos órgãos de poder público.

Os partidos políticos são importantes em democracia porque contribuem para o debate político, para o controlo ou fiscalização do poder e desempenho, também, das funções de

Funções dos partidos no Estado ou na Sociedade: Legitimação democrática dos órgãos de soberania;

Significa a limitação do poder publico face aos partidos não podendo esteactuar de forma arbitrária. Liberdade de opinião através de conferencias de imprensa, comícios, manifestações,

mprensa: Os partidos devem lutar para garantir esta liberdade;Liberdade de reunião; Liberdade de manifestação; Liberdade de associação; Criação livre de partidos políticos: os partidos existem e permitem a criação de novos

ninguém é obrigado a fazer parte de partidos, ou, caso o pretenda, pode livremente fazê-lo; Direito de oposição democrática; Direito de informação; os partidos devem ser informados dos actos da vida interna e

er público. Para que o poder público não pratique actos secretos;Garantia de participação ou de abstenção: num processo eleitoral ninguém é obrigado a ir votar. Depende da sua consciência; Direito de garantir a capacidade eleitoral activa e passiva: Direito Fundamental.

quando nós escolhemos; quando somos escolhidos;

: Quando escolhemos o PR estamos a ser activos. Quando nos encontramos em posição de podermos ser eleitos estamos a ser passivos.

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efeito de surpresa. A

se STAPE (Secretariado Técnico para a

Nos PALOP por inspiração do direito eleitoral português é possível encontrarmos traços atrás

as democracias é importante, para o

associativa com carácter permanente, cuja finalidade os de poder público.

Os partidos políticos são importantes em democracia porque contribuem para o debate político, para o controlo ou fiscalização do poder e desempenho, também, das funções de

Significa a limitação do poder publico face aos partidos não podendo estes

através de conferencias de imprensa, comícios, manifestações,

Os partidos devem lutar para garantir esta liberdade;

os partidos existem e permitem a criação de novos

ninguém é obrigado a fazer parte de partidos, ou, caso o pretenda,

os partidos devem ser informados dos actos da vida interna e . Para que o poder público não pratique actos secretos;

num processo eleitoral ninguém é

to Fundamental.

: Quando escolhemos o PR estamos a ser activos. Quando nos encontramos em posição

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Diferenças entre Partidos político

1. Associações políticas:concorrer ao exercício do poder constituir espaços de debates políticos, debates ideocarácter pedagógico, cientifico, intelectual, sobre matérias de carácter isso são associações polassumir poderes públicos e as associações não;

2. Comissões eleitorais:uma determinada candidatura. Em termos constitucionais são grupos de pessoas que visam apoiar uma candidatura, mas não tem carácter permanente, desaparecem logo após as eleições.

3. Grupos de pressão: política de pressão sobre o poder imprensa, etc. Quando existem descontentamentos estes podem aproveitar para se infiltrar nas manifestações e até podem levar a golpes de Estado. Provocam o desgaste do poder público. Onde há “pouca” democraciaassumir o poder político.

Classificação dos Partidos: de acordo com a tipologia de Maurice Duverger;

1. Partidos de quadros ou intelectuais:dirigentes. O critério selectivo

Os partidos podem ser rígidos ou flexíveis: Rígidos: os que adoptam o principio de orientação de voto aos gruacordo com a disciplina partidária; Flexíveis: os que respeitam a autonomia dos seus dirigentes.

2. Partidos de Massas ou Militantes:dispensa dos critérios académicos. Qualquer decisão é submetidbases. As bases são consultadas.matéria ou totalitários

Especializados são socialistas (dedicam Totalitários são fascistas, comunistas;

3. Partidos conservadores e Conservadores: O sistema político vigente deve ser preservado, não pode ser constantemente alterado; Progressistas: defendem o contrário dos conservadores; Sistema de Partidos:

1. Monopartidário: estes regimes total na vida económica, social,

2. Multipartidarismo: existem praticamente em todos os países. Permite a existência de muitos partidos;

3. Bipartidarismo: alternância no poder entre dois partidos. Ex.: Inglaterra, França, EUA. É difícil os pequenos partidos chegarem ao poder.

Realidade de outros países: Portugal também passou por uma situação revolucionária até chegar à democracia.

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Diferenças entre Partidos políticos e outras figuras afins, nomeadamente: Associações políticas: não são partidos políticos, porque as associações não visam concorrer ao exercício do poder público. O papel das associações politicas é de constituir espaços de debates políticos, debates ideológicos. A sua função é de carácter pedagógico, cientifico, intelectual, sobre matérias de carácter isso são associações políticas. A diferença é que os partidos podem concorrer para assumir poderes públicos e as associações não;

leitorais: não são partidos. São constituídas com o objectivo de apoiar uma determinada candidatura. Em termos constitucionais são grupos de pessoas que visam apoiar uma candidatura, mas não tem carácter permanente, desaparecem logo

não têm, necessariamente, carácter permanente, fazem uma de pressão sobre o poder público, através de manifestações,

Quando existem descontentamentos estes podem aproveitar para se tações e até podem levar a golpes de Estado. Provocam o desgaste

. Onde há “pouca” democracia, os militares têm sempre apetite para assumir o poder político.

de acordo com a tipologia de Maurice Duverger; os de quadros ou intelectuais: partidos que apostam nas qualidades dos seus

dirigentes. O critério selectivo tem a ver com os títulos académicos. Os partidos podem ser rígidos ou flexíveis:

os que adoptam o principio de orientação de voto aos grupos parlamentares, de acordo com a disciplina partidária;

os que respeitam a autonomia dos seus dirigentes.

Partidos de Massas ou Militantes: são partidos com ampla base popular, com dispensa dos critérios académicos. Qualquer decisão é submetida à consideração das bases. As bases são consultadas. Estes partidos podem ser especializados

totalitários. são socialistas (dedicam-se à acção social);

são fascistas, comunistas;

Partidos conservadores e Partidos progressistas: O sistema político vigente deve ser preservado, não pode ser

defendem o contrário dos conservadores;

estes regimes têm um único partido que assume o protagonismo total na vida económica, social, etc;

existem praticamente em todos os países. Permite a existência de

alternância no poder entre dois partidos. Ex.: Inglaterra, França, EUA. cil os pequenos partidos chegarem ao poder.

Portugal também passou por uma situação revolucionária até chegar à democracia.

17

ão são partidos políticos, porque as associações não visam . O papel das associações politicas é de

lógicos. A sua função é de carácter pedagógico, cientifico, intelectual, sobre matérias de carácter político, para

. A diferença é que os partidos podem concorrer para

não são partidos. São constituídas com o objectivo de apoiar uma determinada candidatura. Em termos constitucionais são grupos de pessoas que visam apoiar uma candidatura, mas não tem carácter permanente, desaparecem logo

permanente, fazem uma , através de manifestações, conferências de

Quando existem descontentamentos estes podem aproveitar para se tações e até podem levar a golpes de Estado. Provocam o desgaste

, os militares têm sempre apetite para

partidos que apostam nas qualidades dos seus

pos parlamentares, de

são partidos com ampla base popular, com a à consideração das

especializados em razão da

O sistema político vigente deve ser preservado, não pode ser

assume o protagonismo

existem praticamente em todos os países. Permite a existência de

alternância no poder entre dois partidos. Ex.: Inglaterra, França, EUA.

Portugal também passou por uma situação revolucionária até chegar à democracia.

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Nos países PALOP a partir dos anos 90 aconteceu a grande abertura politica com a queda do comunismo e o advento da democracia, realizandoestes países adaptassem o sistema multipartidárioCronologia do surgimento dos partidos políticos em Portugal de acordo com o registo do Tribunal Constitucional:

Data

26-12-1974 Partido Comunista Português

13-01-1975 Partido Popular

17-01-1975 Partido Social-democrata

30-01-1975 Política XXI

01-02-1975 Partido Socialista

18-02-1975 Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

17-02-1975 Partido Popular Monárquico

02-04-1979 Partido Socialista Revolucionário

23-08-1979 Partido Operário de Unidade Socialista

05-11-1979 Partido Democrático do Atlântico

15-12-1982 Partido Ecologista "Os Verdes"

10-07-1985 Partido Nacional Renovador

12-08-1993 MPT – Partido da Terra

24-03-1999 Bloco de Esquerda

07-04-1999 Partido Humanista

23-04-2002 Movimento pelo Doente

18-06-2003 Nova Democracia

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Nos países PALOP a partir dos anos 90 aconteceu a grande abertura politica com a queda e o advento da democracia, realizando-se as primeiras eleições, levando a que

estes países adaptassem o sistema multipartidário. Cronologia do surgimento dos partidos políticos em Portugal de acordo com o registo do

Partido Símbolo Sigla

Partido Comunista Português

PCP

CDS-

democrata

PPD/PSD

PXXI

PS

Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

PCTP/MRPP

Partido Popular Monárquico

PPM

Partido Socialista Revolucionário

PSR

Partido Operário de Unidade Socialista

POUS

Partido Democrático do Atlântico

PDA

Partido Ecologista "Os Verdes"

PEV

Partido Nacional Renovador

PNR

MPT

BE

PH

MD

PND

18

Nos países PALOP a partir dos anos 90 aconteceu a grande abertura politica com a queda se as primeiras eleições, levando a que

Cronologia do surgimento dos partidos políticos em Portugal de acordo com o registo do

Sigla Observações

PCP

-PP

PPD/PSD

PXXI (ex-MDP/CDE)

PS

PCTP/MRPP

PPM

PSR (ex-LCI e PRT)

POUS (ex-MUT)

PDA

PEV (ex-MEP-PV)

PNR (ex-PRD)

MPT

BE

PH

MD

PND

Page 19: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

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1. Direitos Fundamentais 2. A importância constitucional dos Direitos Fundamentais. O direito constitucional dos direitos fundamentais. Vamos ver o tratamento da matéria dos direitos fundamentais. Em qualquer ordenamento jurídico, a constituição ocupa o patamar mais elevado em termos hierárquicos normativos. Entretanto, a matéria dos direitos fundamentais encontraregulamentos ou consagra noutros diplomas importantes a internacional. A nível interno temos por exemplo o crimes perpetrados contra as pessoas, exemplo, a vida, a violação do direito à vida é punida em termos jurídico penais. A vida intrauterina e extrauterina Outro direito fundamental é a destacamos o direito civil que protege os direitos da personalidade das pessoas. Outro elemento de destaque na arena internacional é a protecção da pessoa humana através de instrumentos internacionais nomeadamente a Declaração dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia- Outro importante elemento é a Carta das Nações Unidas, os pactos das Nações Unidas sobre os direitos civis e políticos de 1966 e sobre os direitos económicos sociais e culturais de 1966. A Carta da União Europeia também consagra disposições sobre os direitos humanos, a Carta da Organização de Estados Americanos (OEA), a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, o Tratado ou Estatuto da CPLP, a SADEC destacar, os direitos fundamentais têm hoje protecção internacional precisamente como a protecção das pessoas contra abusos cometidos pelas autoridades estaduais. Não vale a pena falar da protecção defalamos de direitos fundamentais enquanto protecção das pessoas em relação ao poder público. Vamos ver de seguida alguns aspectos relacionados com o conceito de Direitos Fundamentais. Os direitos fundamentais são de carácter direitos fundamentais são direitos que o existência). Estes direitos resultam da é o estado que os cria tem é de reconhecêa autonomia e separação da pessoa em relação ao estado.Também são direitos de natureza constitucional

São direitos de carácter individual

indivíduo. Em resumo, os direitos fundamentais são posições jurídicas activas das pessoas integradas no estado sociedade exercidas por contraposição ao estado poder consagradas no texto constitucional dos estados. Desta definição destacamos três elementos constitutivos dos direitos fundamentais:

1. Elemento subjectivo dos direitos podem exercê

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A importância constitucional dos Direitos Fundamentais.

O direito constitucional dos direitos fundamentais. A consagração formal constitucional dos direitos fundamentais. Vamos ver o tratamento da matéria dos direitos fundamentais.

Em qualquer ordenamento jurídico, a constituição ocupa o patamar mais elevado em termos vos. Entretanto, a matéria dos direitos fundamentais encontra

regulamentos ou consagra noutros diplomas importantes a nível internointernacional. A nível interno temos por exemplo o direito penal, com penas graves (pesadas),

contra as pessoas, exemplo, a vida, a violação do direito à vida é punida em termos jurídico penais. A vida intrauterina e extrauterina têm protecção penal.

Outro direito fundamental é a integridade das pessoas, que é inviolável. A nível interno, que protege os direitos da personalidade das pessoas.

Outro elemento de destaque na arena internacional é a protecção da pessoa humana através de instrumentos internacionais nomeadamente a Declaração dos Direitos do Homem,

-geral das Nações Unidas em 10 – 12 – 1948.

Outro importante elemento é a Carta das Nações Unidas, os pactos das Nações Unidas sobre os direitos civis e políticos de 1966 e sobre os direitos económicos sociais e culturais de 1966.

da União Europeia também consagra disposições sobre os direitos humanos, a Carta da Organização de Estados Americanos (OEA), a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, o Tratado ou Estatuto da CPLP, a SADEC (Estados da África Austral), como podemdestacar, os direitos fundamentais têm hoje protecção internacional precisamente como a protecção das pessoas contra abusos cometidos pelas autoridades estaduais.

protecção de direitos fundamentais de um órgão para outro falamos de direitos fundamentais enquanto protecção das pessoas em relação ao poder

Vamos ver de seguida alguns aspectos relacionados com o conceito de Direitos

Os direitos fundamentais são de carácter jus racionalista. De acordo com esta doutrina os direitos fundamentais são direitos que o Estado não cria, mas simplesmente os declara (

Estes direitos resultam da ratio, são direitos que existem como fruto da razão, não é o estado que os cria tem é de reconhecê-los. São direitos de carácter negativo

a autonomia e separação da pessoa em relação ao estado. natureza constitucional, têm uma consagração formal constitucional.

individual, porque estão ligados indissoluvelmenteEm resumo, os direitos fundamentais são posições jurídicas activas das pessoas

integradas no estado sociedade exercidas por contraposição ao estado poder consagradas no texto constitucional dos estados.

o destacamos três elementos constitutivos dos direitos fundamentais: – as pessoas integradas no estado sociedade, ou seja, os titulares

dos direitos podem exercê-los em contraposição ao estado poder. É a faculdade que cada

19

direitos fundamentais. A consagração formal constitucional dos direitos fundamentais. Vamos ver o tratamento da matéria dos direitos fundamentais.

Em qualquer ordenamento jurídico, a constituição ocupa o patamar mais elevado em termos vos. Entretanto, a matéria dos direitos fundamentais encontra-se

nível interno estadual e , com penas graves (pesadas),

contra as pessoas, exemplo, a vida, a violação do direito à vida é punida protecção penal.

das pessoas, que é inviolável. A nível interno, que protege os direitos da personalidade das pessoas.

Outro elemento de destaque na arena internacional é a protecção da pessoa humana através de instrumentos internacionais nomeadamente a Declaração dos Direitos do Homem,

Outro importante elemento é a Carta das Nações Unidas, os pactos das Nações Unidas sobre os direitos civis e políticos de 1966 e sobre os direitos económicos sociais e culturais de 1966.

da União Europeia também consagra disposições sobre os direitos humanos, a Carta da Organização de Estados Americanos (OEA), a Carta Africana dos Direitos do Homem e

Austral), como podemos destacar, os direitos fundamentais têm hoje protecção internacional precisamente como a

para outro órgão, falamos de direitos fundamentais enquanto protecção das pessoas em relação ao poder

Vamos ver de seguida alguns aspectos relacionados com o conceito de Direitos

com esta doutrina os stado não cria, mas simplesmente os declara (a

, são direitos que existem como fruto da razão, não negativo, reconhecem

, têm uma consagração formal constitucional.

oluvelmente à pessoa como Em resumo, os direitos fundamentais são posições jurídicas activas das pessoas

integradas no estado sociedade exercidas por contraposição ao estado poder consagradas no

o destacamos três elementos constitutivos dos direitos fundamentais: as pessoas integradas no estado sociedade, ou seja, os titulares

los em contraposição ao estado poder. É a faculdade que cada

Page 20: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

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um de nós tem de exercer os seus direitos fundamentais perante o estado. O estado não pode ignorar esses direitos. 2. Elemento objectivo –

protegidos relativamente a cada direito fundamental.

3. Elemento formal – temfundamental. Os direitos fundamentais sofreramséculos. Podemos fazer outra classificação dos direitos fundamentais tendo em conta a evolução histórica:

- Direitos fundamentais- Direitos fundamentais públicos. Exemplo, o presidente da República tem - Direitos fundamentais exemplo. - Direitos fundamentais pessoas. Exemplo, nesta sala, a redução de propinas, outro é de cidadania.

Outras classificações do ponto de vista - Direitos fundamentais sobre a vida

circulação. - Direitos fundamentais gerais

todos os estados membros. Também são designados de indistintivamente todos os sujeitos públicos, essa vinculação, também se designa “Omnes”.

- Direitos fundamentais especiaisinserção social de determinadas pessoas, o direito das crianças, dirgrávidas.

- Direitos pessoais – por exemplo a integridade física;- Direito fundamental do bom- Direito fundamentais políticos- Direitos fundamentais laborais- Direitos fundamentais sociais

habitação, a saúde, a escola…;- Direitos, liberdades, garantias

estado tem de dar garantias d Direitos afins dos Direitos Fundamentais As figuras afins são por exemplo obrigada a reconhecer realidade económica e social e adoptar mecanismos para o seu reconhecimento formal. Outro elemento é do assim dito reconhecimento e defesa dos direitos fundamentais. Por exemplo a nível dos tribunais. Os interesses difusos são variados, por exemplo a questa gripe das aves;

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António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

de exercer os seus direitos fundamentais perante o estado. O estado não pode ignorar esses direitos.

conjunto de vantagens inerentes aos objectivos e conteúdos protegidos relativamente a cada direito fundamental.

tem a haver com a consagração com os direitos fundamentais na lei fundamental. Os direitos fundamentais sofreram evolução ao longo dos últimos dois séculos. Podemos fazer outra classificação dos direitos fundamentais tendo em conta a

fundamentais individuais – inerentes à pessoa singular; fundamentais institucionais – inerentes à pessoa enquanto titular de cargos

públicos. Exemplo, o presidente da República tem imunidade, … fundamentais comuns – inerentes a toda a comunidade, política, por

fundamentais particulares – inerentes a uma determinada categoria de pessoas. Exemplo, nesta sala, a redução de propinas, outro é de cidadania.

do ponto de vista material (matérias): Direitos fundamentais sobre a vida são diferentes de um direito fundamental sobre a

gerais – todo um povo, também são comuns, por exemplo vinculam todos os estados membros. Também são designados de Ius colles

indistintivamente todos os sujeitos públicos, essa vinculação, também se designa “

especiais – tem a haver com determinados requisitos, por exemplo inserção social de determinadas pessoas, o direito das crianças, direito das mulheres

por exemplo a integridade física; bom-nome;

políticos – Respública – contraposição à vida privada; laborais – tem a haver com os trabalhadores; sociais – tem a haver com a vida numa sociedade

habitação, a saúde, a escola…; Direitos, liberdades, garantias: temos direitos, os outros têm de respeitar esses direitos e o

estado tem de dar garantias de direitos para esses direitos.

Direitos afins dos Direitos Fundamentais

figuras afins são por exemplo – as garantias institucionais – quando a instituição pública é obrigada a reconhecer realidade económica e social e adoptar mecanismos para o seu

Outro elemento é do assim dito interesses difusos – tem a haver com o aspecto processual de reconhecimento e defesa dos direitos fundamentais. Por exemplo a nível dos tribunais.

nteresses difusos são variados, por exemplo a questão do meio ambiente, a saúde pública,

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de exercer os seus direitos fundamentais perante o estado. O estado não

conjunto de vantagens inerentes aos objectivos e conteúdos

a haver com a consagração com os direitos fundamentais na lei evolução ao longo dos últimos dois

séculos. Podemos fazer outra classificação dos direitos fundamentais tendo em conta a

inerentes à pessoa enquanto titular de cargos

toda a comunidade, política, por

inerentes a uma determinada categoria de pessoas. Exemplo, nesta sala, a redução de propinas, outro é de cidadania.

são diferentes de um direito fundamental sobre a

todo um povo, também são comuns, por exemplo vinculam Ius colles – vinculam

indistintivamente todos os sujeitos públicos, essa vinculação, também se designa “Erga

tem a haver com determinados requisitos, por exemplo eito das mulheres

tem a haver com a vida numa sociedade – por exemplo, a

temos direitos, os outros têm de respeitar esses direitos e o

quando a instituição pública é obrigada a reconhecer realidade económica e social e adoptar mecanismos para o seu

tem a haver com o aspecto processual de reconhecimento e defesa dos direitos fundamentais. Por exemplo a nível dos tribunais.

ão do meio ambiente, a saúde pública,

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Os deveres fundamentais: A cada direito fundamental corresponde um dever fundamental. Direito sem dever, é um estado sem fronteiras. O equilíbrio consiste no equilíbrio entra direitos e deveres. Outro elemento: os direitos dos povos, direito à autodeterminação, direito à independência que é um direito fundamental. Em termos históricos, temos três grandes períodos:

1. Liberalismo económicoaos direitos humanos, mas no século XX foi substituído por em conta o aspecto social.

2. Nacionalismo político circunscreve ao espaço estadual mas deve ter em conta a relaç

3. Individualismo – século XIX, substituído pela solidariedade. Futuro dos Direitos Fundamentais:Os direitos fundamentais não são direitos infalíveis, são sujeitos a alterações de acordo com o desenvolvimento social, por exemplo o conceithoje, tem a haver com a evolução das pessoas. Uma preocupação é a banalizaçãopois constituem o núcleo fundamental da sociedade. O direito à vida não é um fundamental, permanente e imutável. O conceito de globalização – em causa os direitos fundamentais. Exemplo na União Europeia, estamos a assistir a um processo de adesão cada vez m O valor dos direitos fundamentaiscargos públicos, onde há maior civilização haverá maior leque de reconhecimento e garantia dos direitos fundamentais. O regime comum dos Direitos Fundamentais

1. Generalidades; 2. A protecção jurídica; 3. O sistema português dos direitos fundamentais;4. Atribuição dos direitos fundamentais;

Genericamente, como é abordada a questãconceito de direitos fundamentais?

- Dignidade da pessoa humana;- Protecção;

Qual é o regime comum dos direitos fundamentais?Por outras palavras, dentro de um ordenamento jurídico e dentro do sistema jurídico, qualdenominador comum dos direitos fundamentais, ou seja, quando estamos perante um texto de direitos constitucionais. Como sabemos quais são os direitos fundamentais? Por exemplo são direitos respeitantes à pessoa. Esta matéria foi objecto de tratamentostermos doutrinários, assim, ao longo de dois séculos de constitucionalismo, podemos destacar as seguintes teorias:

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A cada direito fundamental corresponde um dever fundamental. Direito sem dever, é um estado sem fronteiras. O equilíbrio consiste no equilíbrio entra direitos e deveres.

os direitos dos povos, direito à autodeterminação, direito à independência que é um direito fundamental.

Em termos históricos, temos três grandes períodos: económico – século XIX – consagrou determinados princípios em relação

direitos humanos, mas no século XX foi substituído por intervencionalismoem conta o aspecto social.

político – século XIX, substituído pelo internacionalismocircunscreve ao espaço estadual mas deve ter em conta a relação internacional.

século XIX, substituído pela solidariedade.

Futuro dos Direitos Fundamentais: não são direitos infalíveis, são sujeitos a alterações de acordo com o

desenvolvimento social, por exemplo o conceito de tortura do século XIX, não é o mesmo de hoje, tem a haver com a evolução das pessoas.

banalização, não podem ser banalizados, são direitos fundamentais, pois constituem o núcleo fundamental da sociedade. O direito à vida não é um fundamental, permanente e imutável.

não podem ser banalizados dentro da globalização, não pode por em causa os direitos fundamentais. Exemplo na União Europeia, estamos a assistir a um processo de adesão cada vez mais forte, mas não pode espezinhar esses direitos.

valor dos direitos fundamentais – tem a haver com o nível civilizacional dos titulares de cargos públicos, onde há maior civilização haverá maior leque de reconhecimento e garantia

O regime comum dos Direitos Fundamentais

3. O sistema português dos direitos fundamentais; 4. Atribuição dos direitos fundamentais;

Genericamente, como é abordada a questão dos direitos fundamentais. Qual é o conceito de direitos fundamentais?

Dignidade da pessoa humana;

Qual é o regime comum dos direitos fundamentais? Por outras palavras, dentro de um ordenamento jurídico e dentro do sistema jurídico, qualdenominador comum dos direitos fundamentais, ou seja, quando estamos perante um texto de direitos constitucionais. Como sabemos quais são os direitos fundamentais? Por exemplo são direitos respeitantes à pessoa. Esta matéria foi objecto de tratamentostermos doutrinários, assim, ao longo de dois séculos de constitucionalismo, podemos destacar

21

A cada direito fundamental corresponde um dever fundamental. Direito sem dever, é um estado sem fronteiras. O equilíbrio consiste no equilíbrio entra direitos e deveres.

os direitos dos povos, direito à autodeterminação, direito à independência

consagrou determinados princípios em relação intervencionalismo, tendo

internacionalismo, a vida não se ão internacional.

não são direitos infalíveis, são sujeitos a alterações de acordo com o o de tortura do século XIX, não é o mesmo de

, não podem ser banalizados, são direitos fundamentais, pois constituem o núcleo fundamental da sociedade. O direito à vida não é um qualquer, é

não podem ser banalizados dentro da globalização, não pode por em causa os direitos fundamentais. Exemplo na União Europeia, estamos a assistir a um

ais forte, mas não pode espezinhar esses direitos.

tem a haver com o nível civilizacional dos titulares de cargos públicos, onde há maior civilização haverá maior leque de reconhecimento e garantia

o dos direitos fundamentais. Qual é o

Por outras palavras, dentro de um ordenamento jurídico e dentro do sistema jurídico, qual é o denominador comum dos direitos fundamentais, ou seja, quando estamos perante um texto de direitos constitucionais. Como sabemos quais são os direitos fundamentais? Por exemplo são direitos respeitantes à pessoa. Esta matéria foi objecto de tratamentos diferentes em termos doutrinários, assim, ao longo de dois séculos de constitucionalismo, podemos destacar

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Direito Constitucional II

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1 – Teoria liberal – caracterizadacontexto, segundo a teoria leconomia;

2 – Teoria socialista – de matriz soviética, que colocou os direitos fundamentais de carácter social e económico ao serviço de uma ideologia ditadura colectivista de esquerda;

3 – Teoria fascista – tem que os direitos fundamentais assumiram uma relevância cooperativa social com ausência de pluralismo político, caracterizado por ditadura de direita;

4 – Teoria social – surgiu em defesa da questão social,árbitro da sociedade;

5 – Teoria democrática – surgiu na Alemanha após a II Grande Guerra. Segundo esta teoria, o estado pode funcionar como

Em Portugal, os direitos fundencontramos na constituição, nas leis e no direito internacional homem…); Quais são os elementos constitutivos dos direitos fundamentais?Os direitos fundamentais têm basicamente1 – Elemento subjectivo –

defender-se do estado; 2 – Elemento material –

constitucionalmente; 3 – Elemento formal – a consagraç

e colocação de direitos fundamentais no patamar mais elevado da ordem jurídica interna ou estadual;

Quais são os critérios seguros por um legislador constitucional na construção de um edifício dos direitos fundamentais? Esta questão é respondida pela doutrina portuguesa da seguinte forma:1 – Para o professor Jorge Miranda, os direitos fundamentais consagrados na constituição da

república são sempre em sentido material, ERGA OMNES – universal).

2 – O professor Vieira de Andrade diz que os direitos fundamentais exercem uma função de protecção de bens pessoais tendo o homem como ponto de partida e de chegada.

3 – O professor Gomes Canotilho e o professor Vdireitos positivos e os direitos negativos

democracia económica e social. Quais são as fontes onde podemos acatar os direitos fundamentais?1 – A constituição da república

fundamental, fica expressamente proibida a adopção de normas ordinárias, contrárias à constituição.

2 – Fontes externas – são instrumentos de valor internacional. Os direitos fundamentais típicos são os que encontramos na constituição nos títulos II e III. Outros direitos fundamentais atípicos também podem ser encontrados na constituição, mas fora do espaço geográfico dos títulos atrás mencionados.

Como encontramos os direitos fundamentais Qual é o critério para a determinação dos direitos fundamentais

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

caracterizada pelos direitos de liberdade e pelas liberdades públicas, nesse contexto, segundo a teoria liberal, o estado não podia intervir na sociedade e na

de matriz soviética, que colocou os direitos fundamentais de carácter social e económico ao serviço de uma ideologia marxista-leninista, caracterizada por uma

colectivista de esquerda; tem que os direitos fundamentais assumiram uma relevância cooperativa

social com ausência de pluralismo político, caracterizado por ditadura de direita;surgiu em defesa da questão social, colocando o estado numa posição de

surgiu na Alemanha após a II Grande Guerra. Segundo esta teoria, o estado pode funcionar como árbitro, mas coabitando com outras instituições.

Em Portugal, os direitos fundamentais consagrados na constituição… são os que encontramos na constituição, nas leis e no direito internacional (declaração dos direitos do

Quais são os elementos constitutivos dos direitos fundamentais? Os direitos fundamentais têm basicamente três elementos:

direitos inerentes às pessoas integradas num estado podendo

– esses direitos são um bem, um património, protegido

a consagração constitucional dos direitos fundamentais. A formalização e colocação de direitos fundamentais no patamar mais elevado da ordem jurídica interna

Quais são os critérios seguros por um legislador constitucional na construção de um edifício

Esta questão é respondida pela doutrina portuguesa da seguinte forma: Para o professor Jorge Miranda, os direitos fundamentais consagrados na constituição da república são sempre em sentido material, inalienável, imutável (porque

universal). O professor Vieira de Andrade diz que os direitos fundamentais exercem uma função de protecção de bens pessoais tendo o homem como ponto de partida e de chegada.O professor Gomes Canotilho e o professor Vital Moreira fazem uma combinação entre os

direitos negativos, realçando a liberdade, a democracia política, a democracia económica e social.

Quais são as fontes onde podemos acatar os direitos fundamentais? epública – com a formalização dos direitos fundamentais da lei

fundamental, fica expressamente proibida a adopção de normas ordinárias, contrárias à

são instrumentos de valor internacional. Os direitos fundamentais são os que encontramos na constituição nos títulos II e III. Outros direitos

também podem ser encontrados na constituição, mas fora do espaço geográfico dos títulos atrás mencionados.

Como encontramos os direitos fundamentais atípicos? Qual é o critério para a determinação dos direitos fundamentais atípicos?

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pelos direitos de liberdade e pelas liberdades públicas, nesse iberal, o estado não podia intervir na sociedade e na

de matriz soviética, que colocou os direitos fundamentais de carácter , caracterizada por uma

tem que os direitos fundamentais assumiram uma relevância cooperativa social com ausência de pluralismo político, caracterizado por ditadura de direita;

colocando o estado numa posição de

surgiu na Alemanha após a II Grande Guerra. Segundo esta teoria, o com outras instituições.

amentais consagrados na constituição… são os que dos direitos do

direitos inerentes às pessoas integradas num estado podendo

esses direitos são um bem, um património, protegido

ão constitucional dos direitos fundamentais. A formalização e colocação de direitos fundamentais no patamar mais elevado da ordem jurídica interna

Quais são os critérios seguros por um legislador constitucional na construção de um edifício

Para o professor Jorge Miranda, os direitos fundamentais consagrados na constituição da rque têm um valor

O professor Vieira de Andrade diz que os direitos fundamentais exercem uma função de protecção de bens pessoais tendo o homem como ponto de partida e de chegada.

ital Moreira fazem uma combinação entre os , realçando a liberdade, a democracia política, a

com a formalização dos direitos fundamentais da lei fundamental, fica expressamente proibida a adopção de normas ordinárias, contrárias à

são instrumentos de valor internacional. Os direitos fundamentais são os que encontramos na constituição nos títulos II e III. Outros direitos

também podem ser encontrados na constituição, mas fora do

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Os critérios são três: 1 – Doutrina – tanto as dos livros, teses, escritos, de grandes cultores de direito.2 – Hermenêutica (interpretação)

de um ordenamento jurídico ou de um dado ordenamento jurídico, é possível determinar os direitos fundamentais

3 – Jurisprudência – aplicação prática do direito por via judicial é possível determinar os direitos fundamentais atípicos

Qual é o conteúdo dos direitos a pessoa humana. A pessoa humana é o conteúdo dos direitos fundamentais. Outros conteúdos são:

- A liberdade; - A universalidade; - A generalidade; - A imperatividade;

Outros sujeitos membros da comunidade, fazendo brotar Vamos ver o quadro dos direitos fundamentais. estão consagrados na constituição nos títulos II e III, q Direito: À vida; À integridade pessoal;personalidade; à capacidade civil;reserva de…; à liberdade e segurança…asilo; de constituição de família e ao casamento;informação; à imprensa; de antena;Habeas corpus;

Garantia; Da defesa democrática; à inocência até…extradição por crimes com condenação de pena de morte;

Nulidade de provas obtidas através de coacção;Proibição de expulsão do nacional do seu território;

Liberdade: De religião e de culto; de criação cultural e artística;associação; profissional; de sufrágio; de acesso a cargos públicos; Direitos fundamentais atípicosSão atípicos porque se encontram “dispersos” na constituição e nas leis, ou seja, não respeitam a arrumação dos títulos II e III: Direito: À igualdade; à tutela jurisdicional;provedor de justiça; de participação na gestão das unidades de produção do sector público; dos trabalhadores rurais e dos agricultores de participar na definição da não pagar impostos inconstitucionais;candidaturas; de oposição democrática;

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tanto as dos livros, teses, escritos, de grandes cultores de direito.Hermenêutica (interpretação) – fazendo a interpretação de vários textos constitucionais de um ordenamento jurídico ou de um dado ordenamento jurídico, é possível determinar os direitos fundamentais atípicos

aplicação prática do direito por via judicial é possível determinar os atípicos.

Qual é o conteúdo dos direitos fundamentais? Os direitos fundamentais têm a pessoa humana. A pessoa humana é o conteúdo dos direitos fundamentais.

Outros sujeitos membros da comunidade, fazendo brotar e renascer a relação direito

Vamos ver o quadro dos direitos fundamentais. Direitos fundamentais típicosestão consagrados na constituição nos títulos II e III, quais são?

ntegridade pessoal; à identidade pessoal; à palavra; ao desenvolvimento da à capacidade civil; à cidadania; ao bom-nome; à imagem;

à liberdade e segurança…; à proibição da retroactividade das penas criminaisde constituição de família e ao casamento; à educação; à liberdade de expressão;

de antena; à resposta e réplica; de objecção de consciência;

à inocência até…; de nunca perder os direitos civis;extradição por crimes com condenação de pena de morte;

de provas obtidas através de coacção; de expulsão do nacional do seu território;

de criação cultural e artística; de aprender e ensinar;de acesso à função pública; de participação da vida política;

de acesso a cargos públicos; de criação de partidos políticos; sindical;

atípicos: porque se encontram “dispersos” na constituição e nas leis, ou seja, não

respeitam a arrumação dos títulos II e III:

à tutela jurisdicional; ao patrocínio judiciário; de resistência;de participação na gestão das unidades de produção do sector público;

dos trabalhadores rurais e dos agricultores de participar na definição da política agrícolanão pagar impostos inconstitucionais; de propaganda eleitoral e apresentação de

de oposição democrática; de participação na gestão da administração pública;

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tanto as dos livros, teses, escritos, de grandes cultores de direito. s textos constitucionais

de um ordenamento jurídico ou de um dado ordenamento jurídico, é possível determinar

aplicação prática do direito por via judicial é possível determinar os

Os direitos fundamentais têm a ver com a pessoa humana. A pessoa humana é o conteúdo dos direitos fundamentais.

renascer a relação direito – dever.

típicos – estes direitos

ao desenvolvimento da à imagem; à reputação; à

das penas criminais; de à liberdade de expressão; à

de objecção de consciência; greve;

e nunca perder os direitos civis; de proibição de

de circulação; de de participação da vida política; de

cal;

porque se encontram “dispersos” na constituição e nas leis, ou seja, não

de resistência; de queixa ao de participação na gestão das unidades de produção do sector público;

política agrícola; de itoral e apresentação de

da administração pública; à

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informação administrativa; dadministrativos; de acesso à justiça;desobediência a ordens ou instruções que impliquem a prática de um crime;pátria; a não ser prejudicado por ter cumprido o serviço militar obrigatório; Temos outros direitos fundamentaisda vinculação portuguesa a instrumentos jurídico internacionais Universal dos Direitos do Homem, a Convenção das Nações Unidas contra a tortura, a Carta das Nações Unidas, o estatuto do T. P.instrumentos internacionais. Podemos destacar os pactos das Nações Unidas sobre os direitos civis e políticos e sobre os direitos económicos, sociais e culturais. Critérios para atribuição dos direitos fuSão dois os critérios: 1 – Princípio da universalidade

universalidade, ou seja, sem distinção de raça, sexo…;2 – Igualdade – trata por igual o que é igual; Os Direitos Fundamentais (DF);

1. O exercício jurídico 2. A tutela jurisdicional;3. A tutela não jurisdicional;

1. Conceito de exercícios fundamentais tem a ver com a forma como os DF são praticados, ou

seja, a concretização dos DF nas relações interfala do exercício significa o modo como os DF são vividos no seio dos Estados. Assim, podemos destacar dois aspectos fundamentais, nomeadamente a os limites do exercício:

Regulação do exercício dos DFtextos constitucionais. É importante mas não suficiente. Porque os seres humanos estão em relação, portanto, os DF têm que ser regulamentados.

Primeiro a regulamentação tem como oaclaramento do conteúdo e do objecto fundamental O aspecto importante na regulamentação é que torna mais fácil a compreensão dos DF; Aspecto positivo, em termos de regulamentação é o objectivo de prevenir o abuso de exercício A Fronteira entre DF;

A regulamentação dificilmenteDF. Mas, às vezes, como é o caso da CRP, alguns aspectos são regulamentados;

Liberdade de Reunião: o texto constitucional consagrar, formalizar esse direito, vai mais além, tocando nos contornos da liberdade de reunião, nos seguintes termos:

A reunião é “pacifica e sem armas” (diz como é exercido esse direO direito à integridade pessoal na sua vertente física, a CRP especifica que a mesma não admite certas práticas como por exemplo a tortura, os maus-tratos, penas cruéis, degradantes e desumanas. A CRP consagra mas acrescenta outros contornos a esses

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de acesso aos arquivos administrativos; à impugnação dos actos de acesso à justiça; de audiência e defesa em processo disciplinar;

desobediência a ordens ou instruções que impliquem a prática de um crime;a não ser prejudicado por ter cumprido o serviço militar obrigatório;

fundamentais extra documentais – são os que encontramos por força da vinculação portuguesa a instrumentos jurídico internacionais – por exemplo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Convenção das Nações Unidas contra a tortura, a Carta das Nações Unidas, o estatuto do T. P. I., a Carta Europeia, o estatuto da CPLP e demais instrumentos internacionais. Podemos destacar os pactos das Nações Unidas sobre os direitos civis e políticos e sobre os direitos económicos, sociais e culturais.

Critérios para atribuição dos direitos fundamentais:

da universalidade – são direitos inerentes à pessoa humana na sua universalidade, ou seja, sem distinção de raça, sexo…;

trata por igual o que é igual;

ireitos Fundamentais (DF); O exercício jurídico – relação e limites; A tutela jurisdicional; A tutela não jurisdicional;

Conceito de exercícios fundamentais tem a ver com a forma como os DF são praticados, ou seja, a concretização dos DF nas relações inter-subjectivas, entre mais sujeitos. Quando se fala do exercício significa o modo como os DF são vividos no seio dos Estados. Assim, podemos destacar dois aspectos fundamentais, nomeadamente a regulação do exercício

dos DF: significa que não é suficiente a sua consagração formal nos textos constitucionais. É importante mas não suficiente. Porque os seres humanos estão em relação, portanto, os DF têm que ser regulamentados.

Primeiro a regulamentação tem como objectivo o esclarecimento e aclaramento do conteúdo e do objecto fundamental; O aspecto importante na regulamentação é que torna mais fácil a

compreensão dos DF; Aspecto positivo, em termos de regulamentação é o objectivo de prevenir o

abuso de exercício. A Fronteira – A regulamentação estabelece fronteiras para evitar choque

A regulamentação dificilmente acontece através da constituição. Esta limita-DF. Mas, às vezes, como é o caso da CRP, alguns aspectos são regulamentados;

Liberdade de Reunião: o texto constitucional português não se limita a consagrar, formalizar esse direito, vai mais além, tocando nos contornos da liberdade de reunião, nos seguintes termos:

A reunião é “pacifica e sem armas” (diz como é exercido esse direO direito à integridade pessoal na sua vertente física, a CRP especifica

a mesma não admite certas práticas como por exemplo a tortura, os tratos, penas cruéis, degradantes e desumanas. A CRP consagra

mas acrescenta outros contornos a esses direitos;

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à impugnação dos actos ia e defesa em processo disciplinar; de

desobediência a ordens ou instruções que impliquem a prática de um crime; à defesa da

são os que encontramos por força por exemplo a Declaração

Universal dos Direitos do Homem, a Convenção das Nações Unidas contra a tortura, a Carta I., a Carta Europeia, o estatuto da CPLP e demais

instrumentos internacionais. Podemos destacar os pactos das Nações Unidas sobre os direitos

são direitos inerentes à pessoa humana na sua

Conceito de exercícios fundamentais tem a ver com a forma como os DF são praticados, ou subjectivas, entre mais sujeitos. Quando se

fala do exercício significa o modo como os DF são vividos no seio dos Estados. Assim, regulação do exercício e

: significa que não é suficiente a sua consagração formal nos textos constitucionais. É importante mas não suficiente. Porque os seres humanos estão em

bjectivo o esclarecimento e

O aspecto importante na regulamentação é que torna mais fácil a

Aspecto positivo, em termos de regulamentação é o objectivo de prevenir o

A regulamentação estabelece fronteiras para evitar choque

-se a consagrar os DF. Mas, às vezes, como é o caso da CRP, alguns aspectos são regulamentados;

português não se limita a consagrar, formalizar esse direito, vai mais além, tocando nos contornos da

A reunião é “pacifica e sem armas” (diz como é exercido esse direito); O direito à integridade pessoal na sua vertente física, a CRP especifica

a mesma não admite certas práticas como por exemplo a tortura, os tratos, penas cruéis, degradantes e desumanas. A CRP consagra

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Este terceiro aspecto, paradigmático, de regulamentação, raríssima, de DF através da CRP é a

liberdade religiosa: A liberdade religiosa implica que ninguém pode ser perseguido, privado de

direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por convicções ou práticas religiosas (CRP n.º 2, artigo 41º);

Dentro do catálogo dos DF vamos ver a hierarquia entre as leis, que versam a matéria dos DF:

���� A revisão constitucional de 1997 consagrou “Leis de Valor Reforçado (LVR)” são as que versam sobre os DF que ocupam um patamar mais elevadocomparativamente a realidades distintas;

a) Leis Orgânicas;b) Leis aprovadas por maioria de c) Leis cujo conteúdo se impõe a outras leis;

Leis Orgânica são leis que versam sobre dos DF quando prevêem as seguintes matérias;

i) Direito de sufrágio;ii) Eleições e os Referendos;iii) Direito de Cidadania portuguesa;iv) Liberdade associativa e de partidos polític

Quando nas leis que carecem de ser aprovadas por maioria de desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. Essas Leis são;

i) Atribuição de direitos de sufrágio aos cidadãos portugueses residentestrangeiro para eleição do

Nos restantes casos não abrangidos pelas especificas intervenções que constitucionalmente se prevêem na categoria de LVR verificaintervenção legislativa reguladora dos DF em razão da diferenciação entre os Direitos, Liberdades e Garantias (DLG)Culturais (DESC). Esse dualismo implica o seguinte:

���� Para os DLG estabelecelegislativa em favor da Assembleia da Republica (AR)diga respeito à legiferação nesta matéria está sujeita ao parlamento. Esta intervenção tem como característica a intervenção parlamentar que tapode ser delegado no Governo mediante autorização legislativa.

���� Quando legisla o parlamento em relação a essas matérias temos a figura de Lei e quando é o Governo, por delegação de poderes mediante autorização legislativa, temos a figura de Decreto

���� O Governo só pode legislar quando tem autorização delegada pela AR.���� Em relação aos DESC a regra implica a partilha da intervenção legislativa entre

a AR e o Governo. Quer dizer que a AR, através das Leis, e o Governo, através dos Decretosaqui uma questão de partilha legislativa, não carecendo de autorização.

Entretanto podemos destacar outros esquemas em que podem serexemplos, do primeiro esquema

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Este terceiro aspecto, paradigmático, de regulamentação, raríssima, de DF através da CRP é a

A liberdade religiosa implica que ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por convicções ou práticas religiosas (CRP n.º 2, artigo 41º);

Dentro do catálogo dos DF vamos ver a hierarquia entre as leis, que versam a matéria dos DF:A revisão constitucional de 1997 consagrou “Leis de Valor Reforçado (LVR)”

as que versam sobre os DF que ocupam um patamar mais elevado outras, que versam sobre as mesmas matérias

Leis Orgânicas; Leis aprovadas por maioria de ⅔; Leis cujo conteúdo se impõe a outras leis;

são leis que versam sobre dos DF quando prevêem as seguintes matérias; Direito de sufrágio; Eleições e os Referendos; Direito de Cidadania portuguesa; Liberdade associativa e de partidos políticos;

leis que carecem de ser aprovadas por maioria de ⅔ dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. Essas Leis

Atribuição de direitos de sufrágio aos cidadãos portugueses residentestrangeiro para eleição do Presidente da Republica;

Nos restantes casos não abrangidos pelas especificas intervenções que constitucionalmente se prevêem na categoria de LVR verifica-se a adopção de um esquema dualista quanto ao tipo de

legislativa reguladora dos DF em razão da diferenciação entre os Direitos, Liberdades e Garantias (DLG) por um lado e por outro entre os Direitos Económicos, Sociais e

Esse dualismo implica o seguinte: Para os DLG estabelece-se uma genérica reserva relativa de competência legislativa em favor da Assembleia da Republica (AR). Por tanto, tudo quanto diga respeito à legiferação nesta matéria está sujeita ao parlamento. Esta intervenção tem como característica a intervenção parlamentar que tapode ser delegado no Governo mediante autorização legislativa. Quando legisla o parlamento em relação a essas matérias temos a figura de Lei e quando é o Governo, por delegação de poderes mediante autorização legislativa, temos a figura de Decreto-Lei. O Governo só pode legislar quando tem autorização delegada pela AR.Em relação aos DESC a regra implica a partilha da intervenção legislativa entre a AR e o Governo. Quer dizer que a AR, através das Leis, e o Governo, através dos Decretos-Leis, podem legiferar sobre essas matérias de DF, DESC. Temos aqui uma questão de partilha legislativa, não carecendo de autorização.

Entretanto podemos destacar outros esquemas em que podem ser incluídos DLG e DESC, do primeiro esquema;

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Este terceiro aspecto, paradigmático, de regulamentação, raríssima, de DF através da CRP é a

A liberdade religiosa implica que ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas

Dentro do catálogo dos DF vamos ver a hierarquia entre as leis, que versam a matéria dos DF: A revisão constitucional de 1997 consagrou “Leis de Valor Reforçado (LVR)” – estas,

as que versam sobre os DF que ocupam um patamar mais elevado, que versam sobre as mesmas matérias. As LVR têm três

são leis que versam sobre dos DF quando prevêem as seguintes matérias;

dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. Essas Leis

Atribuição de direitos de sufrágio aos cidadãos portugueses residentes no

Nos restantes casos não abrangidos pelas especificas intervenções que constitucionalmente se se a adopção de um esquema dualista quanto ao tipo de

legislativa reguladora dos DF em razão da diferenciação entre os Direitos, por um lado e por outro entre os Direitos Económicos, Sociais e

ica reserva relativa de competência . Por tanto, tudo quanto

diga respeito à legiferação nesta matéria está sujeita ao parlamento. Esta intervenção tem como característica a intervenção parlamentar que também pode ser delegado no Governo mediante autorização legislativa. Quando legisla o parlamento em relação a essas matérias temos a figura de Lei e quando é o Governo, por delegação de poderes mediante autorização

O Governo só pode legislar quando tem autorização delegada pela AR. Em relação aos DESC a regra implica a partilha da intervenção legislativa entre a AR e o Governo. Quer dizer que a AR, através das Leis, e o Governo, através

giferar sobre essas matérias de DF, DESC. Temos aqui uma questão de partilha legislativa, não carecendo de autorização.

incluídos DLG e DESC,

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1.º - Casos de reserva absoluta de competência legislativa da AR para os DLG como sãocaso da Liberdade de Ensino, concretamente em relação às bases ensino;

2.º - O Direito à Liberdade Física, no que respeitade segurança;

3.º - O Estatuto de cargos O segundo esquema refere-se aos casos de reserva relativa da competência legislativa da AR para os DESC, exemplos;

1.º - Bases do sistema de segurança social no que concerne ao Direito à Segurança Social;

2.º - Bases do sistema de Protecção da Natureza: equilíbrio ecológico e do património cultural, no que concerne ao ambiente e à cultura;

A limitação dos DF não foi consensual ao longo dos dois séculos do constitucionalismo. Alguns autores defendem o exercício absolutdireitos estão sujeitos a certos limites. Os limites podem ser impostos pela própria constituição e assim falamos de limites internos. Outros limites são os ditos limites externos em situação de colisão Qual é o critério para fazer prevalecer um DF sobre outro DF em caso de colisão?que temos uma situação de choque entre dois DF

Quando estamos perante uma situação concreta, pois a CRP não prevê, por exemplo

1. Se existir um incêndio pode2. Se ocorrer uma inundação pode criar

propriedade para socorrer uma situação em que tenha o objectivo de salvar um bem maior em detrimento de outro bem;

Tecnicamente, critérios no caso d

1. Aplicação Preferente do DFoutro DF;

2. Aplicação Concordante dos DFtermos práticos trataNessa ponderação o que conta é a realidade concreta porque é impossível uma solução teórica/abstracta para todos os casos. Podemos concluir que é impossível fixar de forma geral um quadro hierarquizado e prévio de DF para fazer face a situações de colisão.

Os DF Absolutos são os que mesmo em situação de emergência devem continuar a ocupar o patamar supremo da Ordem Jurídica. O legislador não pode aproveitar uma situação urgente para por em causa esses DF. Os Direitos Fundamentais (DF);

1. A tutela jurisdicional;2. A tutela não jurisdicional;3. Regime especial dos DLG;

O que é a tutela dos DF?

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va absoluta de competência legislativa da AR para os DLG como sãocaso da Liberdade de Ensino, concretamente em relação às bases

Direito à Liberdade Física, no que respeita, concretamente, ao regime das forças

de cargos públicos.

se aos casos de reserva relativa da competência legislativa da AR

Bases do sistema de segurança social no que concerne ao Direito à Segurança

do sistema de Protecção da Natureza: equilíbrio ecológico e do património cultural, no que concerne ao ambiente e à cultura;

A limitação dos DF não foi consensual ao longo dos dois séculos do constitucionalismo. Alguns autores defendem o exercício absoluto e ilimitado dos DF, enquanto que para outros esses direitos estão sujeitos a certos limites.

Os limites podem ser impostos pela própria constituição e assim falamos de limites internos. Outros limites são os ditos limites externos em situação de colisão de DF.

Qual é o critério para fazer prevalecer um DF sobre outro DF em caso de colisão?que temos uma situação de choque entre dois DF)

Quando estamos perante uma situação concreta, pois a CRP não prevê, por exemploSe existir um incêndio pode ocorrer a violação de domicílio; Se ocorrer uma inundação pode criar-se uma barreira ou até danificar uma propriedade para socorrer uma situação em que tenha o objectivo de salvar um bem maior em detrimento de outro bem;

Tecnicamente, critérios no caso de colisão de DF; Aplicação Preferente do DF considerado valorativamente superior em relação ao

Aplicação Concordante dos DF considerados valorativamente equivalentes, em termos práticos trata-se de ponderação de valores e ponderação dos bens em cNessa ponderação o que conta é a realidade concreta porque é impossível uma solução teórica/abstracta para todos os casos. Podemos concluir que é impossível fixar de forma geral um quadro hierarquizado e prévio de DF para fazer face a

lisão.

Os DF Absolutos são os que mesmo em situação de emergência devem continuar a ocupar o patamar supremo da Ordem Jurídica. O legislador não pode aproveitar uma situação urgente

os Fundamentais (DF); continuação e conclusão

A tutela jurisdicional; A tutela não jurisdicional; Regime especial dos DLG;

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va absoluta de competência legislativa da AR para os DLG como são o caso da Liberdade de Ensino, concretamente em relação às bases do sistema de

ao regime das forças

se aos casos de reserva relativa da competência legislativa da AR

Bases do sistema de segurança social no que concerne ao Direito à Segurança

do sistema de Protecção da Natureza: equilíbrio ecológico e do património

A limitação dos DF não foi consensual ao longo dos dois séculos do constitucionalismo. Alguns o e ilimitado dos DF, enquanto que para outros esses

Os limites podem ser impostos pela própria constituição e assim falamos de limites internos.

Qual é o critério para fazer prevalecer um DF sobre outro DF em caso de colisão? (Atenção

Quando estamos perante uma situação concreta, pois a CRP não prevê, por exemplo;

se uma barreira ou até danificar uma propriedade para socorrer uma situação em que tenha o objectivo de salvar

considerado valorativamente superior em relação ao

considerados valorativamente equivalentes, em se de ponderação de valores e ponderação dos bens em causa.

Nessa ponderação o que conta é a realidade concreta porque é impossível uma solução teórica/abstracta para todos os casos. Podemos concluir que é impossível fixar de forma geral um quadro hierarquizado e prévio de DF para fazer face a

Os DF Absolutos são os que mesmo em situação de emergência devem continuar a ocupar o patamar supremo da Ordem Jurídica. O legislador não pode aproveitar uma situação urgente

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A tutela é o conjunto de mecanismos (instrumentos postos à disposição da comunidade) para a defesa dos DF. Porque não basta a proclamação dos direitos fundamentais. O importante é depois a tutela, os mecanismos que nós temos para nos defender. mecanismos de defesa podem ser basicamente dois:

1. O mecanismo de tutela não jurisdicional: fora do tribunal, ou seja, a tutela não contenciosa. Ou por outras palavras um conjunto de mecanismos não contenciosos, por exemplo os actos de bons ofícios, dialogo, a conversação acordo com vista a por termo a um litígio entres as part

2. O mecanismo de tutela jurisdicional:disposição com vista à defesa dos nossos direitos junto dos tribunais, ou seja, a tutela contenciosa.

O ponto de partida da tutela contenciosa é a queixa. Havendo queixa juntoinstância judicial, abre-se uma instrução, ou seja, o processo é instruído.

Ao depararmo-nos com o facto de estarem a ser violados os nossos DF fazemos uma queixa junto dos tribunais que após a entrada da mesma faz uma apreciação lde antes de avançar com o processo o juiz faça uma avaliação liminar para ver se há ou não fundamentos que possam permitiravança com o processo, caso contrário o juiz manifestamente não existem fundamentos para se avançar com o processo dáindeferimento liminar. Se houver elementos para avançar com o processo, ou seja, fundamentos, avança o processo e entra na fase de instrução, inquéritos, fazer o levantamento de elementos probatórios (provas) que possam fundamentar o avanço do próprio processo. Depois terá uma fase de ou absolvição, conforme os casos, e a reparação de danos provocados.

Naturalmente que, durante o processo e, antes da decisão a parte acusada é notificada/convocada para as fases do contraditório, defesa, etc.

Se a queixa for liminarmente diferdireito). A falta de elementos que possa fundamentar a queixa dá azo a que o juiz a indefira liminarmente.

3. Regime especial dos DLG Os DLG estão sujeitos a um regim

1. Regime material: As n2. Regime orgânico: Órgão3. Regime de limites materiais de revisão constitucional

ser objecto de revisão consExemplos: 1) Em Portugal não é possível a existência de uma revisão constitucional que possa

consagrar a pena de morte.2) O sistema unitário do Estado

uma revisão que consagre o nosso paí3) O espaço português não pode ser dividido em diferentes soberanias;4) Não é possível uma revisão que consagre num regime monopartidário (ditatorial);

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A tutela é o conjunto de mecanismos (instrumentos postos à disposição da comunidade) para Porque não basta a proclamação dos direitos fundamentais.

O importante é depois a tutela, os mecanismos que nós temos para nos defender. mecanismos de defesa podem ser basicamente dois:

O mecanismo de tutela não jurisdicional: Tutela que é feita através de documentos fora do tribunal, ou seja, a tutela não contenciosa. Ou por outras palavras um conjunto de mecanismos não contenciosos, por exemplo os actos de bons ofícios, dialogo, a conversação acordo com vista a por termo a um litígio entres as partes.

tutela jurisdicional: Conjunto de mecanismos postos à nossa disposição com vista à defesa dos nossos direitos junto dos tribunais, ou seja, a tutela

O ponto de partida da tutela contenciosa é a queixa. Havendo queixa juntose uma instrução, ou seja, o processo é instruído.

nos com o facto de estarem a ser violados os nossos DF fazemos uma queixa junto dos tribunais que após a entrada da mesma faz uma apreciação liminarde antes de avançar com o processo o juiz faça uma avaliação liminar para ver se há ou não

permitir um avanço do processo. Se existirem fundamentos o juiz avança com o processo, caso contrário o juiz indefere liminarmente. Quando manifestamente não existem fundamentos para se avançar com o processo dá

Se houver elementos para avançar com o processo, ou seja, fundamentos, avança o processo e , significa, avaliar todos os mecanismos de prova

, fazer o levantamento de elementos probatórios (provas) que possam fundamentar o avanço do próprio processo. Depois terá uma fase de decisão. Esta pode ser de

, conforme os casos, e a condenação pode consistir numa de danos provocados.

Naturalmente que, durante o processo e, antes da decisão a parte acusada é notificada/convocada para as fases do contraditório, defesa, etc.

Se a queixa for liminarmente diferida não existe o chamado fumus boni iurisA falta de elementos que possa fundamentar a queixa dá azo a que o juiz a indefira

Regime especial dos DLG (enquanto DF consagrados na CRP);

Os DLG estão sujeitos a um regime especial que contempla três vertentes: As normas basilares;

: Órgãos de soberania competentes em matérias de DLG;Regime de limites materiais de revisão constitucional: Há matérias que não podem ser objecto de revisão constitucional;

Em Portugal não é possível a existência de uma revisão constitucional que possa ena de morte.

O sistema unitário do Estado é um limite material do Estado. Não é possível existir uma revisão que consagre o nosso país num Estado Federal;

O espaço português não pode ser dividido em diferentes soberanias;Não é possível uma revisão que consagre num regime monopartidário (ditatorial);

27

A tutela é o conjunto de mecanismos (instrumentos postos à disposição da comunidade) para Porque não basta a proclamação dos direitos fundamentais.

O importante é depois a tutela, os mecanismos que nós temos para nos defender. Esses

avés de documentos fora do tribunal, ou seja, a tutela não contenciosa. Ou por outras palavras um conjunto de mecanismos não contenciosos, por exemplo os actos de bons ofícios, dialogo, a

es. Conjunto de mecanismos postos à nossa

disposição com vista à defesa dos nossos direitos junto dos tribunais, ou seja, a tutela

O ponto de partida da tutela contenciosa é a queixa. Havendo queixa junto do tribunal,

nos com o facto de estarem a ser violados os nossos DF fazemos uma queixa minar com o objectivo

de antes de avançar com o processo o juiz faça uma avaliação liminar para ver se há ou não Se existirem fundamentos o juiz

Quando manifestamente não existem fundamentos para se avançar com o processo dá-se o

Se houver elementos para avançar com o processo, ou seja, fundamentos, avança o processo e s os mecanismos de prova, através de

, fazer o levantamento de elementos probatórios (provas) que possam fundamentar . Esta pode ser de condenação

condenação pode consistir numa indemnização ou

Naturalmente que, durante o processo e, antes da decisão a parte acusada é

fumus boni iuris (fundamentos de A falta de elementos que possa fundamentar a queixa dá azo a que o juiz a indefira

de soberania competentes em matérias de DLG; matérias que não podem

Em Portugal não é possível a existência de uma revisão constitucional que possa

é um limite material do Estado. Não é possível existir

O espaço português não pode ser dividido em diferentes soberanias; Não é possível uma revisão que consagre num regime monopartidário (ditatorial);

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Direito Constitucional II

Universidade Lusófona

Os DF têm como característica a aplicabilidade imediata e directa. A aplicabilidquando os direitos em causa para serem praticados, não dependem de qualquer acto legislativo. São os direitos que se impõe de Por exemplo, no direito à vida, se uma mulher grávida chegar a uma maternidade para “dar à luz”, não carece que o parlamento ou o governo decretem por meio de legislação para que ela possa, naquele momento, ver nascer o seu filho e que lhes sejam prestados os cuidados adequados de saúde. Este direito impõe Por outras palavras estes direitos não aplicabilidade, a sua concretização em sociedadeuma aplicabilidade directa e imediata significa que do ponto de vista hermenêuticainterpretativo, não é possível significado que é este mesmo da aplicabilidade directa e imediata. Portanto, a aplicabilidade directa e imediata são características essenciais e inalienáveis dos DLG. Esses dois termos (directa e imediata) são essenciais na matéria objecto desse estudo que estamos a fazer porque obrigação de aplicar esses direitos, DF Podemos assim dizer que a eficácia da vinculação dos DLG - Vertical: tem a ver com a nossa relação perante o poder público; - Horizontal: tem a ver com a nossa relação interintegram uma determinada comunidade Essa vinculação pode ser na esfera entidades que existem nos limites fronteiriços de um Estado estão subordinadas a este conceito de vinculação directa e imediatesta vinculação mantém-se vigente, pois os órgãos dotados de legitimidade de intervenção internacional, fora do espaço políticos, a esses princípios constitucionais Em termos constitucionais a validade dos actos da administração e do poder público dependem da sua conformidade com a estando nos Estados Unidos,país de origem. Essa vinculação tem a ver com o plano internacional, não podendo violar esses princípios fundamentais em termos de DLG.é no fundo o “prolongamento” dembaixada, a policia do pais onde está instalada essa embaixada não podem entrar lá, pois esse espaço considera-se tal qual fosse um território desse país, representado pela embaixada, ou seja, autónomo, embora dentro do outro país. Os DF mesmo sendo absolutos podem sofrer alguma restrição em determinadas circunstâncias, isto porque nada é absoluto, ou seja, nada é absolutamente absoluto, também têm os seus limites. Elementos para efeito de restrição dos DLG

1. Estado de sitio; 2. Estado de emergência;3. Situação de guerra;

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António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

Os DF têm como característica a aplicabilidade imediata e directa. A aplicabilidquando os direitos em causa para serem praticados, não dependem de qualquer acto legislativo. São os direitos que se impõe de per si.

Por exemplo, no direito à vida, se uma mulher grávida chegar a uma maternidade para “dar à e que o parlamento ou o governo decretem por meio de legislação para que ela

possa, naquele momento, ver nascer o seu filho e que lhes sejam prestados os cuidados adequados de saúde. Este direito impõe-se sobre os outros direitos.

s direitos não dependem de nenhuma lei ordinária para efeitos da sua , a sua concretização em sociedade. Quando a CRP diz que esses direitos têm

uma aplicabilidade directa e imediata significa que do ponto de vista hermenêuticaé possível chegarmos a outra conclusão. Só pode conduzir a um único

significado que é este mesmo da aplicabilidade directa e imediata.

Portanto, a aplicabilidade directa e imediata são características essenciais e inalienáveis dos termos (directa e imediata) são essenciais na matéria objecto desse estudo

que estamos a fazer porque qualquer entidade pública (Estado, Governo, Tribunais) temobrigação de aplicar esses direitos, DF-DLG, de forma directa e imediata.

zer que a eficácia da vinculação dos DLG pode ser vertical ou horizontal:tem a ver com a nossa relação perante o poder público;

tem a ver com a nossa relação inter-subjectiva, ou seja, entre sujeitos que a comunidade jurídica ou política.

Essa vinculação pode ser na esfera estadual ou fora dela. Na esfera estadualentidades que existem nos limites fronteiriços de um Estado estão subordinadas a este conceito de vinculação directa e imediata. Fora do Estado, nas suas relações internacionais,

se vigente, pois os órgãos dotados de legitimidade de intervenção internacional, fora do espaço geográfico estadual, devem conformar os seus actos, jurídicos ou

princípios constitucionais fundamentais.

Em termos constitucionais a validade dos actos da administração e do poder público dependem da sua conformidade com a constituição. Por exemplo, o Chefe de Estado

, não pode praticar um acto contrário à lei fundamental do seu país de origem. Essa vinculação tem a ver com o plano internacional, não podendo violar esses princípios fundamentais em termos de DLG. Exemplo de uma embaixada, também porque esta é no fundo o “prolongamento” de um Estado. Ainda tendo como base o exemplo da embaixada, a policia do pais onde está instalada essa embaixada não podem entrar lá, pois

se tal qual fosse um território desse país, representado pela embaixada, ra dentro do outro país.

Os DF mesmo sendo absolutos podem sofrer alguma restrição em determinadas circunstâncias, isto porque nada é absoluto, ou seja, nada é absolutamente absoluto, também

Elementos para efeito de restrição dos DLG;

Estado de emergência; Situação de guerra;

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Os DF têm como característica a aplicabilidade imediata e directa. A aplicabilidade é directa quando os direitos em causa para serem praticados, não dependem de qualquer acto

Por exemplo, no direito à vida, se uma mulher grávida chegar a uma maternidade para “dar à e que o parlamento ou o governo decretem por meio de legislação para que ela

possa, naquele momento, ver nascer o seu filho e que lhes sejam prestados os cuidados

de nenhuma lei ordinária para efeitos da sua esses direitos têm

uma aplicabilidade directa e imediata significa que do ponto de vista hermenêutica, chegarmos a outra conclusão. Só pode conduzir a um único

Portanto, a aplicabilidade directa e imediata são características essenciais e inalienáveis dos termos (directa e imediata) são essenciais na matéria objecto desse estudo

qualquer entidade pública (Estado, Governo, Tribunais) tem a

pode ser vertical ou horizontal:

subjectiva, ou seja, entre sujeitos que

Na esfera estadual quando todas as entidades que existem nos limites fronteiriços de um Estado estão subordinadas a este

, nas suas relações internacionais, se vigente, pois os órgãos dotados de legitimidade de intervenção

estadual, devem conformar os seus actos, jurídicos ou

Em termos constitucionais a validade dos actos da administração e do poder público . Por exemplo, o Chefe de Estado, mesmo

r um acto contrário à lei fundamental do seu país de origem. Essa vinculação tem a ver com o plano internacional, não podendo violar esses

Exemplo de uma embaixada, também porque esta Ainda tendo como base o exemplo da

embaixada, a policia do pais onde está instalada essa embaixada não podem entrar lá, pois se tal qual fosse um território desse país, representado pela embaixada,

Os DF mesmo sendo absolutos podem sofrer alguma restrição em determinadas circunstâncias, isto porque nada é absoluto, ou seja, nada é absolutamente absoluto, também

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Estes podem suspender, limitar, o gozo dos DF. É possível nestes casos, suspender, comprimir de forma parcial ou até total. Exemplos; Direito à livre circulação pode ser suspenso parcialmente alguns dias, por exemplo em caso de guerra. Porque razões se suspendem os DF?

1. Com o objectivo de permitir o gozo de outros direitos igualmente fundamentaisevitando-se consequentemente uma sobreposição de DLG

2. Outro objectivo é de se colisão de outros DF;

3. Salvaguarda de interesses comunitários4. Alguns direitos são sacrificados, em situação de emergência, por exemplo, com

vista à salvaguarda do património5. Outro elemento fundamental

desses DF, DLG, implica o seguinte – O Principio da proporcionalidade:

de acordo com as circunstânciatemos muita população ou provocar abortos alegando que não existe suficiente;

– Tem que ser indispensável, inevitável:que basear-se naalternativa;

Principio de abstracção:termos discriminatórios;

Principio da generalidade Principio de segurança do Estado:

constituem segredo de justiça, por exemplo, mesmo atendendo ao facto de todo o cidadão ter o direito à informação;

Integridade Física:tratamentos cruéis ou degradantes. É um limite

6. Saúde pública: quando existe a cólera, por exemplo, não é permitidapassageiros entre diferentes países.

7. Propriedade privada:quer construir uma escola, caminhoscidadão ou um determinado número de cidadãos com vista a realização de um bem público indubitavelmente dos casos o ou os proprietários têm direito a uma justa inde

8. Núcleo Familiar: 9. Direitos dos consumidores:

das enganosas; 10. Direitos políticos:

estrangeiro não poreciprocidade. Os cidadãos lusófonos podem votar nas eleições autárquicas, desde que haja o referido principio, nesses países, actualmente só existe com Cabo Verde;

11. Numa situação de guerra:tem que haver um debate parlamentar para se declarar a guerra, a guerra deve ser decretada pelo chefe de Estado;

Porque é que é o Chefe de Estado a declarar a guerra?

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Estes podem suspender, limitar, o gozo dos DF. É possível nestes casos, suspender, comprimir de forma parcial ou até total.

Direito à livre circulação pode ser suspenso parcialmente entre as 19H00 e as 7H00, ou por alguns dias, por exemplo em caso de guerra.

Porque razões se suspendem os DF? objectivo de permitir o gozo de outros direitos igualmente fundamentais

se consequentemente uma sobreposição de DLG; ctivo é de se evitar situação de conflito entre os DF

colisão de outros DF; Salvaguarda de interesses comunitários, o bem comum. Alguns direitos são sacrificados, em situação de emergência, por exemplo, com

salvaguarda do património, comunidade ou de interessesOutro elemento fundamental, em termos de restrição, limitação

implica o seguinte: O Principio da proporcionalidade: essas medidas têm que ser proporcionais

de acordo com as circunstâncias. Não se pode matar pessoas alegando que temos muita população ou provocar abortos alegando que não existe

Tem que ser indispensável, inevitável: é uma conditio cine qua non se na ratio, tem que ser a ultima ratio, não existência de outra

abstracção: não visar uma determinada categoria de pessoas em termos discriminatórios; Principio da generalidade: tem a ver com o geral, com todos.Principio de segurança do Estado: limita-nos o acesso a informações, as que constituem segredo de justiça, por exemplo, mesmo atendendo ao facto de todo o cidadão ter o direito à informação; Integridade Física: tem a ver com as questões relacionadas com as torturas, tratamentos cruéis ou degradantes. É um limite imposto ao poder público;

quando existe a cólera, por exemplo, não é permitidapassageiros entre diferentes países. Propriedade privada: em caso de expropriação para utilidade pública, o Estado quer construir uma escola, caminhos-de-ferro. Pode expropriar um determinado cidadão ou um determinado número de cidadãos com vista a realização de um bem público indubitavelmente superior ao bem pessoal ou particular;dos casos o ou os proprietários têm direito a uma justa indemnização;

A família deve ser protegida, preservada; Direitos dos consumidores: não permite determinadas publicidades, em particular

Direitos políticos: para determinada categoria de pessoas. Em Portugal um estrangeiro não podem exercer cargos políticos, salvo em situação do princípio da reciprocidade. Os cidadãos lusófonos podem votar nas eleições autárquicas, desde que haja o referido principio, nesses países, actualmente só existe com Cabo

Numa situação de guerra: primeiro tem de ser definidas avaliação de guerra por tem que haver um debate parlamentar para se declarar a guerra, a guerra deve ser decretada pelo chefe de Estado;

Porque é que é o Chefe de Estado a declarar a guerra?

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Estes podem suspender, limitar, o gozo dos DF. É possível nestes casos, suspender,

entre as 19H00 e as 7H00, ou por

objectivo de permitir o gozo de outros direitos igualmente fundamentais,

evitar situação de conflito entre os DF, para evitar a

Alguns direitos são sacrificados, em situação de emergência, por exemplo, com de interesses comuns;

, em termos de restrição, limitação ou compressão

essas medidas têm que ser proporcionais s. Não se pode matar pessoas alegando que

temos muita população ou provocar abortos alegando que não existe comida

conditio cine qua non que tem não existência de outra

não visar uma determinada categoria de pessoas em

tem a ver com o geral, com todos. formações, as que

constituem segredo de justiça, por exemplo, mesmo atendendo ao facto de

tem a ver com as questões relacionadas com as torturas, imposto ao poder público;

quando existe a cólera, por exemplo, não é permitida a viagem de

em caso de expropriação para utilidade pública, o Estado ferro. Pode expropriar um determinado

cidadão ou um determinado número de cidadãos com vista a realização de um articular; Em qualquer

mnização;

não permite determinadas publicidades, em particular

para determinada categoria de pessoas. Em Portugal um dem exercer cargos políticos, salvo em situação do princípio da

reciprocidade. Os cidadãos lusófonos podem votar nas eleições autárquicas, desde que haja o referido principio, nesses países, actualmente só existe com Cabo

imeiro tem de ser definidas avaliação de guerra por tem que haver um debate parlamentar para se declarar a guerra, a guerra deve ser

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Porque, sendo ele conhecedor da CRP, limitar/restringir DF;

Porque se diz que o Chefe de Estado é o comandante supremo das forças armadas, sendo ele civil

É porque o poder militar está subordinado ao poder civil.12. Direito de resistência:

cidadãos defendem

1. O Principio Social e os fins do Estado;2. Os limites dos Direitos Sociais;3. O Regime específico dos Direitos Económicos, Económicos, Sociais e Culturais;4. O Estado Social no Espaço Lusófono;

Não existem DF fora do Estado. Este é que faz a consdocumento fundamental, a Constituição, e depois através das leis. A fonte primária onde podemos encontrar Por hierarquia das normas, já vimos que, a CRP ocupa o lugar cimeiro Não há Constituição fora dos Estados, estes é que adoptam onde estão consagrados esses O Estado é a entidade competente para proceder à consagração ou à limitação dos DF. Quando falamos aqui em Estado não falamos no toinstituições soberanas. O princípio da separação de poderes legislar sobre determinadas matérias. Pergunta-se: Qual é o fim de um Estado?É o de garantir a realização dos DF, que são os Direitos Humanos.consegue garantir os DF não é Estado. Será um Estado fracassado. Alcance do Principio Social Princípio Social é o conjunto de tarefas incumbidas ao Estado. O conceito de Estado Social nasceu no Século XX. Dentro deste

a) Justiça distributiva: cidadãos;

b) Bem-estar social: Uma das tarefas fundamentais do Estado, este tem que criar condições para que os cidEstado;

c) Intervenção do Estado na vida económica: Constitui o que se chama de constituição económica. Ou seja, conjunto de direitos e deveres consagrados pelo Estado na vertente económica.

O Estado social nada tem a vesquerda na antiga URSS, com a ideologia marxistaporque não permite a existência da propriedadeliberdade. O estado está concentrado nas mãos de uma só pessoa, sem separação de poderes.

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António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

Porque, sendo ele conhecedor da CRP, pode haver necessidade de limitar/restringir DF; Porque se diz que o Chefe de Estado é o comandante supremo das forças

, sendo ele civil? É porque o poder militar está subordinado ao poder civil.

Direito de resistência: outro elemento travão dos DF. É uma tutela pessoal, os cidadãos defendem-se contra os abusos do poder público;

O Principio Social e os fins do Estado; Os limites dos Direitos Sociais; O Regime específico dos Direitos Económicos, Económicos, Sociais e Culturais;O Estado Social no Espaço Lusófono;

Não existem DF fora do Estado. Este é que faz a consagração formal dos DF, através de um documento fundamental, a Constituição, e depois através das leis.

onde podemos encontrar os DF é a Constituição.

Por hierarquia das normas, já vimos que, a CRP ocupa o lugar cimeiro, o plano principal

Não há Constituição fora dos Estados, estes é que adoptam esses documentos fundamentais onde estão consagrados esses DF.

O Estado é a entidade competente para proceder à consagração ou à limitação dos DF. Quando falamos aqui em Estado não falamos no todo, falamos num Estado configurado em

da separação de poderes diz-nos que o Estado tem competências específicas para legislar sobre determinadas matérias.

se: Qual é o fim de um Estado? realização dos DF, que são os Direitos Humanos. Um Estado que não

consegue garantir os DF não é Estado. Será um Estado fracassado.

Princípio Social é o conjunto de tarefas incumbidas ao Estado. O conceito de Estado Social asceu no Século XX. Dentro deste princípio podemos destacar o seguinte:

Justiça distributiva: O Estado procede à repartição dos bens a todos os cidadãos;

estar social: Uma das tarefas fundamentais do Estado, este tem que criar condições para que os cidadãos possam usufruir das riquezas do

Intervenção do Estado na vida económica: Constitui o que se chama de constituição económica. Ou seja, conjunto de direitos e deveres consagrados pelo Estado na vertente económica.

O Estado social nada tem a ver com o estado socialista. Este ultimo, nasceu como ditadura de esquerda na antiga URSS, com a ideologia marxista-leninista. O estado socialista é ditatorial porque não permite a existência da propriedade privada, não há democracia, não há

tado está concentrado nas mãos de uma só pessoa, sem separação de poderes.

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pode haver necessidade de

Porque se diz que o Chefe de Estado é o comandante supremo das forças

. É uma tutela pessoal, os

O Regime específico dos Direitos Económicos, Económicos, Sociais e Culturais;

agração formal dos DF, através de um

, o plano principal.

esses documentos fundamentais

O Estado é a entidade competente para proceder à consagração ou à limitação dos DF. Estado configurado em

nos que o Estado tem competências específicas para

Um Estado que não

Princípio Social é o conjunto de tarefas incumbidas ao Estado. O conceito de Estado Social

Estado procede à repartição dos bens a todos os

estar social: Uma das tarefas fundamentais do Estado, este tem que adãos possam usufruir das riquezas do

Intervenção do Estado na vida económica: Constitui o que se chama de constituição económica. Ou seja, conjunto de direitos e deveres

. Este ultimo, nasceu como ditadura de leninista. O estado socialista é ditatorial

privada, não há democracia, não há tado está concentrado nas mãos de uma só pessoa, sem separação de poderes.

Page 31: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

Direito Constitucional II

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Elementos do conceito de Estado:Podemos dizer que o nosso Estado é um estado social porque nele encontramos os princípios da separação de poderes, democracia, bem Atentemos à nossa Constituição nos artigos: 1º. 2º e 9º.

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

São tarefas fundamentais do Estado:a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e

culturais que a promovam;b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípio

direito democrático; c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos

cidadãos na resolução dos problemas nacionais;d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os

portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;

e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a naturezaambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território;

f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa;

g) Promover o desenvolvimento harmodesignadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;

h) Promover a igualdade entre homens e mulheres. Um princípio essencial da constituição é o descriminação positiva, justa. Num Estado Social podemos destacar outros elementos importantes:

1) Direito fiscal: Todos têm que pagar as suas contribuições, mas não da mesma forma. É uma descriminação positiva;

2) Direito ao Trabalho: Exemplo: uma mulher grávida não pode fazer todo o tipo de trabalhoPrivilégios especiais.

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Elementos do conceito de Estado: Povo, Território, Soberania e Poder Político.Podemos dizer que o nosso Estado é um estado social porque nele encontramos os princípios

aração de poderes, democracia, bem-estar social, etc.

Atentemos à nossa Constituição nos artigos: 1º. 2º e 9º.

Artigo 1.º (República Portuguesa)

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Artigo 2.º (Estado de direito democrático)

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

Artigo 9.º (Tarefas fundamentais do Estado)

São tarefas fundamentais do Estado: Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam; Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípio

Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais;

estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e

Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a naturezaambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do

Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa; Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;Promover a igualdade entre homens e mulheres.

essencial da constituição é o princípio da igualdade social. Esta permite descriminação positiva, justa.

Num Estado Social podemos destacar outros elementos importantes: Todos têm que pagar as suas contribuições, mas não da mesma

forma. É uma descriminação positiva; Direito ao Trabalho: discriminação positiva.

uma mulher grávida não pode fazer todo o tipo de trabalhoPrivilégios especiais.

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olítico. Podemos dizer que o nosso Estado é um estado social porque nele encontramos os princípios

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural

Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e

Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de

Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos

estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e

Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do

Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão

nioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;

social. Esta permite

Todos têm que pagar as suas contribuições, mas não da mesma

uma mulher grávida não pode fazer todo o tipo de trabalho.

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3) Segurança Social:determinado benefício

Outros princípios fundamentais são:

- A igualdade racial:- A igualdade sexual:homem não pode dar à luz.- A igualdade entre os cidadãos:do direito politico de votar, actualmente só podem fazer em Portugal os estrangeiros nas eleições autárquicas e onde existem entre os países um acordo de reciprocidade.

DESC - Direitos Económicos, Sociais Pertencem a uma categoria constitucional diferente. Existe Quando se fala de um Estado Social nos CPLP falamos nos países africanos que fazem uma fotocópia do direito consagrado na CRPantes, direito copiado. Os quatros sistemas jurídicos contemporâneos são: - Romano – germânico (direito continental - Anglo – saxónico, aqui, na falta de lei, ele cria - Socialista – baseado - Islâmico – em que a constituição é inspirada no Quando é nós podemos falar em DESC na CRP?Quando se fala do trabalho (58ºHabitação (65º), Escolas/Ensino (74º), Cultura (73º) e o Desporto (79º). As pessoas e os órgãos do Estado: O Estado é pessoa colectiva de direito interno e internacional. O Estado responde em juízo dentro e fora da sua esfera geográfica. Pode ser responsabilizado perante tribunais internos, mas também, no pontopraticados em violação de leis internas ou internacionais. O Estado é pessoa colectiva mas há órgãos competentes que o vinculam, porque o Estado está estruturado em instituições, tem a sua estrutura orgânica, os seus órgãos próprios. As pessoas investidas de poderes institucionais são as únicas que podem representar legalmente o Estado. Assim, podemos falar de representação politica quando existe uma ligação de confiança politica entre representantes e representados, com vista à realização de interesses supremos do Estado. Por exemplo, representação politica entre eleitos e eleitores. A representação também pode ser voluntária, baseada na representante age em nome de outrem e neste caso é como se fosse o representado a agir. Mas, também pode haver delegação de poderes para que a pessoa possa fazer representar

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

Segurança Social: Há determinadas categorias de pessoas que beneficiam de um benefício social.

Outros princípios fundamentais são: A igualdade racial: a raça é só uma (humana), 13º CRP; A igualdade sexual: mas também pode haver discriminação positiva

homem não pode dar à luz. A igualdade entre os cidadãos: a descriminação positiva prende-se com o exercício

litico de votar, actualmente só podem fazer em Portugal os estrangeiros nas eleições autárquicas e onde existem entre os países um acordo de reciprocidade.

Sociais e Culturais (CRP Artigos 58º a 73º) Pertencem a uma categoria específica dos DF porque encontram uma consagração constitucional diferente. Existe um regime específico na CRP (Titulo III).

Quando se fala de um Estado Social nos CPLP falamos nos países africanos que fazem uma fotocópia do direito consagrado na CRP, não sendo assim considerado direito comparado,

Os quatros sistemas jurídicos contemporâneos são: germânico (direito continental – o nosso), este não cria a lei;

saxónico, aqui, na falta de lei, ele cria-a; baseado no regime Marxismo-Leninismo;

a constituição é inspirada no (Al) Corão;

Quando é nós podemos falar em DESC na CRP? trabalho (58º), por exemplo, ou da Segurança Social (63º), da Saúde (64º),

ção (65º), Escolas/Ensino (74º), Cultura (73º) e o Desporto (79º).

As pessoas e os órgãos do Estado: pessoas singulares e pessoas colectivas. O Estado é pessoa colectiva de direito interno e internacional.

onde em juízo dentro e fora da sua esfera geográfica. Pode ser responsabilizado perante tribunais internos, mas também, no ponto de vista político, judicial, por actos praticados em violação de leis internas ou internacionais.

mas há órgãos competentes que o vinculam, porque o Estado está estruturado em instituições, tem a sua estrutura orgânica, os seus órgãos próprios.

As pessoas investidas de poderes institucionais são as únicas que podem representar

sim, podemos falar de representação politica quando existe uma ligação de confiança politica entre representantes e representados, com vista à realização de interesses supremos

, representação politica entre eleitos e eleitores.

epresentação também pode ser voluntária, baseada na voluntas, através dela o representante age em nome de outrem e neste caso é como se fosse o representado a agir. Mas, também pode haver delegação de poderes para que a pessoa possa fazer representar

32

Há determinadas categorias de pessoas que beneficiam de um

mas também pode haver discriminação positiva – ex.: o

se com o exercício litico de votar, actualmente só podem fazer em Portugal os estrangeiros

nas eleições autárquicas e onde existem entre os países um acordo de reciprocidade.

específica dos DF porque encontram uma consagração

Quando se fala de um Estado Social nos CPLP falamos nos países africanos que fazem uma o sendo assim considerado direito comparado,

o nosso), este não cria a lei;

), por exemplo, ou da Segurança Social (63º), da Saúde (64º),

onde em juízo dentro e fora da sua esfera geográfica. Pode ser responsabilizado de vista político, judicial, por actos

mas há órgãos competentes que o vinculam, porque o Estado está estruturado em instituições, tem a sua estrutura orgânica, os seus órgãos próprios.

As pessoas investidas de poderes institucionais são as únicas que podem representar

sim, podemos falar de representação politica quando existe uma ligação de confiança politica entre representantes e representados, com vista à realização de interesses supremos

, através dela o representante age em nome de outrem e neste caso é como se fosse o representado a agir. Mas, também pode haver delegação de poderes para que a pessoa possa fazer representar-se.

Page 33: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

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Aí, existe uma delegação de poderes de natureza delegante para o delegado. Também podem existir os substitutos legais (Por exemplo, o Presidente da Republica é representado, da AR, sistema adoptado no nosso país e em grande parte dos PALOP. Para ser representante de alguém e agir como tal a pessoa tem que estar investida de poderes legalmente estabelecidos e conferidos. A falta de competêncacto praticado. Outro elemento importante na representação é, sem dúvida, a titularidade: o titular de determinado órgão, essa pessoa, tem um título que o vincula.relevante. Este cargo é a missão que a pessode uma determinada instituição. Classificação dos Órgãos Públicos: - Simples - Complexos São simples se não tiverem outra configuração, e seio. Por exemplo: AR = Presidente da AR, comissões especializadas, Os órgãos também podem ser singulares ou colegiais. O PR é singular enquanto que o Governo é colegial. Quantos ao acto dos órgãos: Estes poderes têm natureza - Acto jurídico: Lei, Decreto - Acto politico: Declarações, moções, solidariedade com os outros povos, … Entretanto, os actos dos órgãos públicosvicissitudes: podem ter problemas que podem As vicissitudes são objectivas público. Exemplo: Golpe de Estado – o poder público pode estar impedido de praticar actos. Isto é uma situação fáctica, concreta. As vicissitudes são subjectivas Exemplo: O mandato do parlamento termina a 31 de Dezembro, foram feitas eleições mas os novos titulares não assumiram ainda as suas funções, neste caso, emanter-se em função até à sua substituição. Em Portugal é imediato. O órgão colegial para funcionar tem que se reunir, não é possível pôr em funcionamentoórgão sem reuniões. As decisões podem ser deliberadas quando o órgão reuninúmero de elementos necessário para tomar uma decisão legal e válida em nome de um órgão.

Conforme a sua orgânica

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existe uma delegação de poderes de natureza pública de pendor administrativo do

Também podem existir os substitutos legais (substituição orgânica dentro do mesmo órgão). Por exemplo, o Presidente da Republica é representado, nas suas ausências, pelo presidente da AR, sistema adoptado no nosso país e em grande parte dos PALOP.

Para ser representante de alguém e agir como tal a pessoa tem que estar investida de poderes legalmente estabelecidos e conferidos. A falta de competência pode provocar a nulidade do acto praticado. Outro elemento importante na representação é, sem dúvida, a titularidade: o titular de determinado órgão, essa pessoa, tem um título que o vincula. O cargo é também relevante. Este cargo é a missão que a pessoa investida desempenha. Missão ou função dentro

uma determinada instituição.

Classificação dos Órgãos Públicos:

se não tiverem outra configuração, e complexos quando têm outros órgãos no seu = Presidente da AR, comissões especializadas, etc.).

Os órgãos também podem ser singulares ou colegiais. O PR é singular (órgão unipessoal), enquanto que o Governo é colegial.

Quantos ao acto dos órgãos: Estes poderes têm natureza ou politica. Por exemplLei, Decreto-lei, Decreto, … Declarações, moções, solidariedade com os outros povos, …

Entretanto, os actos dos órgãos públicos, ou do poder público, podem sofrer golpes, vicissitudes: podem ter problemas que podem ser de ordem subjectiva ou de ordem objectiva.

quando estamos perante uma impossibilidade objectiva do poder

o poder público pode estar impedido de praticar actos. Isto é uma

vicissitudes são subjectivas quando estamos perante a prorrogação do mandato.

O mandato do parlamento termina a 31 de Dezembro, foram feitas eleições mas os novos titulares não assumiram ainda as suas funções, neste caso, excepcionalmente, pode

se em função até à sua substituição. Em Portugal é imediato.

O órgão colegial para funcionar tem que se reunir, não é possível pôr em funcionamento

As decisões podem ser deliberadas quando o órgão reunir certos requisitosnúmero de elementos necessário para tomar uma decisão legal e válida em nome de um

Conforme a sua orgânica

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administrativo do

dentro do mesmo órgão). nas suas ausências, pelo presidente

Para ser representante de alguém e agir como tal a pessoa tem que estar investida de poderes ia pode provocar a nulidade do

acto praticado. Outro elemento importante na representação é, sem dúvida, a titularidade: o O cargo é também

a investida desempenha. Missão ou função dentro

quando têm outros órgãos no seu

(órgão unipessoal),

ou politica. Por exemplo;

Declarações, moções, solidariedade com os outros povos, …

podem sofrer golpes, ser de ordem subjectiva ou de ordem objectiva.

quando estamos perante uma impossibilidade objectiva do poder

o poder público pode estar impedido de praticar actos. Isto é uma

e a prorrogação do mandato.

O mandato do parlamento termina a 31 de Dezembro, foram feitas eleições mas os xcepcionalmente, pode

O órgão colegial para funcionar tem que se reunir, não é possível pôr em funcionamento um

requisitos: o quórum, número de elementos necessário para tomar uma decisão legal e válida em nome de um

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Antes da reunião existe a convocatória (conhecer os assuntos a tratar. No ponto de vista do Estadodeliberações, decretos-leis, conforme previsto na lei. Antes da tomada de decisão pronunciarem sobre o acto (garantia de pa As maiorias podem ser relativas ou absolutas, conforme os casos. Os titulares dos órgãos públicos assumem a titularidade do órgão através de só porque podem ser através derevolucionária (corte constitucionalpor este meio, Comandante Supremo das Forças ArmadasCRP). Os órgãos de Estado Classificam

1) Órgãos de soberania;2) Órgãos constitucionais;3) Órgão, simplesmente órgão do Estado;

Os órgãos de soberania são órgãos dotados de poderesde jus imperi (actos soberanos). Estes são previstos constitucionalmente, por issoum golpe de estado o militar que assume o poder não se pode dizer que o fez legalmente, não está previsto tal acto na constituição. Os órgãos de soberania do Estado

1. Presidente da Republica;2. Assembleia da Republica;3. Governo; 4. Tribunais.

Mas há outros órgãos constitucionais que não são soberanos. O Conselho de Estado é um órgão constitucional mas não é de soberania. Todos os órgãos de soberania são órgãos públicos, mas nem todos os órgãos públicos sãoconsagração constitucional. As crises nos países de frágil democracia devemfuncionamento dos seus órgãos. Quando estes funcionam bem é que é mais fácil a garantia dos DF. Em resumo onde existe um funcionamento justo das instituições, sejam elas soberanas, constitucionais ou do Estado, Quaisquer DF não são absolutosfactos de força maior que impossibilitam o gozo pleno dos DF. A Cláusula de não retrocesso, essencial os direitos sob reserva do possível o gozo pleno dos DF não pode colocar os cidadãos perante uma situação anterior.

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existe a convocatória (é marcada a mesma antecipadamenteconhecer os assuntos a tratar.

a do Estado, as decisões podem ser por via de resoluções, despachos, leis, conforme previsto na lei.

Antes da tomada de decisão o órgão deve ser dada a possibilidade a todos os membros de se pronunciarem sobre o acto (garantia de participação da maioria dos membros).

As maiorias podem ser relativas ou absolutas, conforme os casos.

Os titulares dos órgãos públicos assumem a titularidade do órgão através de só porque podem ser através de nomeação, herança (monarquias, laços de sanguerevolucionária (corte constitucional – auto proclamação), por inerência (o Chefe de Estado é

Comandante Supremo das Forças Armadas (Cfr. Alínea a) do Artigo 134º da

Os órgãos de Estado Classificam-se: gãos de soberania;

Órgãos constitucionais; Órgão, simplesmente órgão do Estado;

Os órgãos de soberania são órgãos dotados de poderes constitucionais para a prática de actos de jus imperi (actos soberanos). Estes são previstos constitucionalmente, por issoum golpe de estado o militar que assume o poder não se pode dizer que o fez legalmente, não está previsto tal acto na constituição.

Estado, que também são órgãos constitucionais, Presidente da Republica;

ia da Republica;

Mas há outros órgãos constitucionais que não são soberanos. O Conselho de Estado é um órgão constitucional mas não é de soberania. Todos os órgãos de soberania são órgãos públicos, mas nem todos os órgãos públicos são órgão de soberania. Isto depende da

As crises nos países de frágil democracia devem-se basicamente à falta ou ao défice do funcionamento dos seus órgãos. Quando estes funcionam bem é que é mais fácil a garantia

umo onde existe um funcionamento justo das instituições, sejam elas soberanas, , estamos perante a garantia efectiva dos DF.

Quaisquer DF não são absolutos. O ideal é que houvesse o gozo pleno. Existem vicissitudes, orça maior que impossibilitam o gozo pleno dos DF.

, essencial em matéria dos DF em DESC – que nada tpossível –, significa que o Estado quando garante as condições para

F não pode colocar os cidadãos perante uma situação anterior.

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é marcada a mesma antecipadamente) para dar a

as decisões podem ser por via de resoluções, despachos,

todos os membros de se rticipação da maioria dos membros).

Os titulares dos órgãos públicos assumem a titularidade do órgão através de eleições, mas não laços de sangue), por via

), por inerência (o Chefe de Estado é, do Artigo 134º da

constitucionais para a prática de actos de jus imperi (actos soberanos). Estes são previstos constitucionalmente, por isso, quando há um golpe de estado o militar que assume o poder não se pode dizer que o fez legalmente, não

são:

Mas há outros órgãos constitucionais que não são soberanos. O Conselho de Estado é um órgão constitucional mas não é de soberania. Todos os órgãos de soberania são órgãos

órgão de soberania. Isto depende da

se basicamente à falta ou ao défice do funcionamento dos seus órgãos. Quando estes funcionam bem é que é mais fácil a garantia

umo onde existe um funcionamento justo das instituições, sejam elas soberanas,

. O ideal é que houvesse o gozo pleno. Existem vicissitudes,

nada têm a ver com , significa que o Estado quando garante as condições para

F não pode colocar os cidadãos perante uma situação anterior.

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Por exemplo: Criar escolas e depois fechácolocá-las lá. Onde há maior preocupação ou consagração em termo de limites é sinal que o Estado é pdemocrático. Onde há democracia não pode haver limitações (em grande escala). - Órgãos de Soberania. O que são órgãos soberanos ou órgãos de soberania?São órgãos que ocupam o patamar mais elevado na estrutura orgâdo Estado, órgãos constitucionaismais elevado de qualquer tipo de estrutura orgânica estadual. Estes órgãos são, por ordem:1. O Presidente da Republica

Qual é a missão do PR num regime semiO PR tem cinco missões fundamentais1. Representação do Estado (Chefe de Estado);2. É o garante da independência nacional;3. É o garante da unidade nacional (tem que ser presidente de todos os portugueses e não só daqueles que nele votaram;4. É o garante do normal funcionamento das instituições democráticas (não ditatoriais);5. É por inerência o Comandante supremo das forças armadas (chefe militares). Isto porque o poder militar está subordinado ao poder politico, só não o é quando existe o caudilhismo (poder militar).

Eleição, Artigo 121º, CRP: O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidportugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portuguesesresidentes no estrangeiro. Sistema eleitoral, Artigo 126º, Será eleito Presidente da República o candidato que obtiver mais de metade dos votos (50%+1) validamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco. Se nenhum dos candidatos obtiver esse número de votos, procederao vigésimo primeiro dia subsequente à primeira votação. A este sufrágio concorrerão apenas os dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura. Substituição interina, Artigo 132º, CRPDurante o impedimento temporário do Presidente da República, bem como durante a vagatura do cargo até tomar posse o novo Presidente eleito, assumida Assembleia da República ou, no impedimento deste, o seu substituto. O Presidente da República/Chefe de Estado;

- Não dá instruções ao Governo, pode apenas aconselhar ou sugerir.- Não há uma dependência deste com o Governo,

(Ambivalente). - Não é oposição ao Governo.- Tem direito a ser informado pelo PM (Primeiro

de o informar. - Não tem poderes políticos.

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Criar escolas e depois fechá-las. Tirar pessoas das barracas e depois voltar a

Onde há maior preocupação ou consagração em termo de limites é sinal que o Estado é pdemocrático. Onde há democracia não pode haver limitações (em grande escala).

O que são órgãos soberanos ou órgãos de soberania? órgãos que ocupam o patamar mais elevado na estrutura orgânica estadual. Vimos órgãos

do Estado, órgãos constitucionais, quanto aos órgãos de soberania são os que ocupam o lugar tipo de estrutura orgânica estadual.

Estes órgãos são, por ordem: O Presidente da Republica que é por natureza um órgão de soberania unipessoal.

Qual é a missão do PR num regime semi-presidencialista? O PR tem cinco missões fundamentais, Artigo 120º, CRP: 1. Representação do Estado (Chefe de Estado); 2. É o garante da independência nacional;

unidade nacional (tem que ser presidente de todos os portugueses e não só daqueles que nele votaram; 4. É o garante do normal funcionamento das instituições democráticas (não ditatoriais);5. É por inerência o Comandante supremo das forças armadas (chefe militares). Isto porque o poder militar está subordinado ao poder politico, só não o é quando existe o caudilhismo (poder militar).

O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidportugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses

Sistema eleitoral, Artigo 126º, Será eleito Presidente da República o candidato que obtiver mais de metade dos votos

idamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco. Se nenhum dos candidatos obtiver esse número de votos, proceder-se-á a segundo sufrágio até ao vigésimo primeiro dia subsequente à primeira votação. A este sufrágio concorrerão apenas

dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura.

Substituição interina, Artigo 132º, CRP Durante o impedimento temporário do Presidente da República, bem como durante a vagatura do cargo até tomar posse o novo Presidente eleito, assumirá as funções o Presidente da Assembleia da República ou, no impedimento deste, o seu substituto.

O Presidente da República/Chefe de Estado; Não dá instruções ao Governo, pode apenas aconselhar ou sugerir. Não há uma dependência deste com o Governo, mas uma lealdade constitucional

Não é oposição ao Governo. Tem direito a ser informado pelo PM (Primeiro-ministro), pelo que o PM tem o dever

Não tem poderes políticos.

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las. Tirar pessoas das barracas e depois voltar a

Onde há maior preocupação ou consagração em termo de limites é sinal que o Estado é pouco democrático. Onde há democracia não pode haver limitações (em grande escala).

nica estadual. Vimos órgãos órgãos de soberania são os que ocupam o lugar

eza um órgão de soberania unipessoal.

unidade nacional (tem que ser presidente de todos os portugueses e não

4. É o garante do normal funcionamento das instituições democráticas (não ditatoriais); 5. É por inerência o Comandante supremo das forças armadas (chefe de todos os militares). Isto porque o poder militar está subordinado ao poder politico, só não o é

O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses

Será eleito Presidente da República o candidato que obtiver mais de metade dos votos idamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco. Se

á a segundo sufrágio até ao vigésimo primeiro dia subsequente à primeira votação. A este sufrágio concorrerão apenas

Durante o impedimento temporário do Presidente da República, bem como durante a rá as funções o Presidente

mas uma lealdade constitucional

ministro), pelo que o PM tem o dever

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- Não pode nomear Juízes para o Tribunal Constituci- A Defesa e as Forças Armadas têm que ter articulação entre o PM e PR.- Pode cumprir no máximo 2 mandatos consecutivos de 5 anos cada e depois voltar.

Segundo os professores Gomes Canotilho e Vital Moreira, o Presidente da República é simultaneamente; Arbitro, Policia e Bombeiro.- Arbitro: Porque vai arbitrar as relações entre o Governo e a Assembleia da República.- Policia: Porque vai vigiar e controlar a actividade do Governo.- Bombeiro: Quando: 1. O sistema está em crise, vai ter que act ou de emergência

a Assembleia da República. 2. Se o governo for maioritário ele tem que demitir e dissolver. Se o Governo for minoritário ele pode não existência de maioria criar na AR (Assembleia da Republica). As competências e responsabilidades inerentes ao seu cargo estão consagradas na CRP entre os artigos 120º e 140º da CRP A Assembleia da Republica ocupa o segundo patamar na hierarquia dos órgãos de soberania de Portugal (regime semi-presidencialista). É um órgão colegial. A sua composição é feita por deputados eleitos em listas apresentadas a sufrágio pelos partidos políticos. A AR tem 3 funções; 1. De natureza jurídica (legislativa); 2. Fiscalização dos actos de governação; 3. Administrativa: porque tem funcionários administrativos, motoristas, jardineiros, etc.

AR é regulada pela CRP nos Ar Governo: (182º a 201º da CRP)Composição: - Primeiro-ministro - Vice Primeiro-ministro - Secretários de Estado - Sub-secretários de Estado O Conselho de ministros é composto pelo PM e pelos Ministros. O Governo é um órgão colegial, terceiro da hieórgão político e legislativo produz Decretos e Decretoscompetência concorrencial. Quando pode estar em causa o mandato do governo?

1. Quando há votação de uma moção de confiança ou de censura.2. Quando está em causa a votação do Orçamento de Estado. Neste caso só leva à queda

do governo uma segunda votação que não o aprove.

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Não pode nomear Juízes para o Tribunal Constitucional. A Defesa e as Forças Armadas têm que ter articulação entre o PM e PR.Pode cumprir no máximo 2 mandatos consecutivos de 5 anos cada e depois voltar.

Segundo os professores Gomes Canotilho e Vital Moreira, o Presidente da República é Arbitro, Policia e Bombeiro.

Porque vai arbitrar as relações entre o Governo e a Assembleia da República.Porque vai vigiar e controlar a actividade do Governo.

O sistema está em crise, vai ter que actuar para declarar o emergência (anormalidade); Demitir o Governo e/ou dissolver

a Assembleia da República. Se o governo for maioritário ele tem que demitir e dissolver. Se o Governo for minoritário ele pode só demitir sem dissolver (porque dado a não existência de maioria criar-se-ia outro governo nas forças presentes na AR (Assembleia da Republica).

As competências e responsabilidades inerentes ao seu cargo estão consagradas na CRP entre os artigos 120º e 140º da CRP.

ocupa o segundo patamar na hierarquia dos órgãos de soberania presidencialista). É um órgão colegial.

A sua composição é feita por deputados eleitos em listas apresentadas a sufrágio pelos

De natureza jurídica (legislativa); 2. Fiscalização dos actos de governação; 3. Administrativa: porque tem funcionários administrativos, motoristas, jardineiros,

Artigos entre o 147º e o 181º.

Governo: (182º a 201º da CRP)

O Conselho de ministros é composto pelo PM e pelos Ministros. O Governo é um órgão colegial, terceiro da hierarquia soberana de Portugal. Como

e legislativo produz Decretos e Decretos-Leis, estes últimos quando há

Quando pode estar em causa o mandato do governo? Quando há votação de uma moção de confiança ou de censura. Quando está em causa a votação do Orçamento de Estado. Neste caso só leva à queda do governo uma segunda votação que não o aprove.

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A Defesa e as Forças Armadas têm que ter articulação entre o PM e PR. Pode cumprir no máximo 2 mandatos consecutivos de 5 anos cada e depois voltar.

Segundo os professores Gomes Canotilho e Vital Moreira, o Presidente da República é

Porque vai arbitrar as relações entre o Governo e a Assembleia da República.

uar para declarar o estado de sítio

(anormalidade); Demitir o Governo e/ou dissolver

Se o governo for maioritário ele tem que demitir e dissolver. Se o dissolver (porque dado a

ia outro governo nas forças presentes

As competências e responsabilidades inerentes ao seu cargo estão consagradas na CRP entre

ocupa o segundo patamar na hierarquia dos órgãos de soberania

A sua composição é feita por deputados eleitos em listas apresentadas a sufrágio pelos

3. Administrativa: porque tem funcionários administrativos, motoristas, jardineiros,

de Portugal. Como Leis, estes últimos quando há

Quando está em causa a votação do Orçamento de Estado. Neste caso só leva à queda

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3. Quando o governo é investido, se os partidos da oposição votarem uma moção de rejeição o seu programa de governo. Assim, o prvotado e se for votado maioritariamente contra o governo cai.

As competências legislativas do governo são 4:a) Exclusivas: Exclusivas. b) Complementares: Quando o governo desenvolver leis de base da AR.c) Derivadas: Quando o govern

(Artº 165º), e que tem que conjugar com o Artº 198º, alínea b), quando está autorizado pela AR para legislar nessa matéria.

d) Concorrenciais: Quando tanto o governo como a AR podem legislar sobrcausa. Portanto quando não são reserva exclusiva de nenhum dos órgãos. Uma competência genérica da AR também pode ser pelo governo(Artº 161, c)), através do Artº 198º, a), baseado no Artº

Tribunais - Função Jurisdicional (Artº 202º, CRP); - Categorias de tribunais (Artº 209º e seguintes) - Organização dos tribunais (Artº 209º e seguintes); Os tribunais militares julgam os crimes, essencialmente militares, praticados por civis ou por militares, desde que essencialmente militares”. Ex.: Golpe de estado: seja civil ou militar o causador do acto é sempre julgado em tribunal militar. Dado o enquadramento jurídico. Os regimes políticos: - Sistema de governo semi - As funções e os actos jurídico O governo estadual é em primeiro lugar um executiva. A actuação de um governo, depende da sdemocráticos existe uma relação de igualdade entre governantes e governados perante a lei. Não existe em democracia possibilidade de actuação do governo à margem da lei, o governo é responsabilizado à semelhança de internas. Existem três sistemas de governo:- Presidencialismo; - Parlamentarismo; - Semi-presidencialismo; No sistema presidencialistaconcentram-se no presidente que é o chefe de estado e do executivo. Não existem ministros, mas sim os secretários de estado que são colaboradores. Também não há No sistema parlamentarista fitas, as funções executivas concentram

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Quando o governo é investido, se os partidos da oposição votarem uma moção de rejeição o seu programa de governo. Assim, o programa de governo tem que ser votado e se for votado maioritariamente contra o governo cai.

As competências legislativas do governo são 4:

Quando o governo desenvolver leis de base da AR. Quando o governo legisla sobre as matérias que são de reserva relativa da AR,

tem que conjugar com o Artº 198º, alínea b), quando está autorizado pela AR para legislar nessa matéria.

Quando tanto o governo como a AR podem legislar sobrcausa. Portanto quando não são reserva exclusiva de nenhum dos órgãos. Uma competência genérica da AR também pode ser concorrencial, e por isso ser legislada pelo governo(Artº 161, c)), através do Artº 198º, a), baseado no Artº

Função Jurisdicional (Artº 202º, CRP); Categorias de tribunais (Artº 209º e seguintes); Organização dos tribunais (Artº 209º e seguintes);

Os tribunais militares julgam os crimes, essencialmente militares, is ou por militares, desde que se enquadrem no tipo de “crimes

seja civil ou militar o causador do acto é sempre julgado em tribunal militar. Dado o enquadramento jurídico.

Sistema de governo semi-presidencialista; As funções e os actos jurídico-políticos;

O governo estadual é em primeiro lugar um órgão soberano, um òrgão que exerce uma função

A actuação de um governo, depende da sua relação com os governados. Em regimes democráticos existe uma relação de igualdade entre governantes e governados perante a lei. Não existe em democracia possibilidade de actuação do governo à margem da lei, o governo é responsabilizado à semelhança de qualquer cidadão perante instâncias internacionais e

três sistemas de governo:

presidencialista – temos o exemplo da experiência americana. Os poderes se no presidente que é o chefe de estado e do executivo. Não existem ministros,

mas sim os secretários de estado que são colaboradores. Também não há primeiro

– o presidente tem pouquíssimas funções executivas, é umfitas, as funções executivas concentram-se no parlamento e governo.

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Quando o governo é investido, se os partidos da oposição votarem uma moção de ograma de governo tem que ser

o legisla sobre as matérias que são de reserva relativa da AR, tem que conjugar com o Artº 198º, alínea b), quando está autorizado

Quando tanto o governo como a AR podem legislar sobre a matéria em causa. Portanto quando não são reserva exclusiva de nenhum dos órgãos. Uma

concorrencial, e por isso ser legislada 161, c).

Os tribunais militares julgam os crimes, essencialmente militares, querem sejam no tipo de “crimes

seja civil ou militar o causador do acto é sempre julgado em tribunal

soberano, um òrgão que exerce uma função

ua relação com os governados. Em regimes democráticos existe uma relação de igualdade entre governantes e governados perante a lei. Não existe em democracia possibilidade de actuação do governo à margem da lei, o governo é

qualquer cidadão perante instâncias internacionais e

temos o exemplo da experiência americana. Os poderes se no presidente que é o chefe de estado e do executivo. Não existem ministros,

primeiro-ministro.

o presidente tem pouquíssimas funções executivas, é um corta

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Em relação ao nosso sistema, mais os PALOP e ainda Timor, menos o Brasil (federal), o presidencialista representa uma conjugação e equilíbrio entre os dois sistemas. O aspecto particular prendependor presidencialista ou pendor parlamentar. É mais difícil o equilíbrio quando os poderes estão mais concentrados no presidencialismo com pendor parlamentar. A dupla dependência ao chefe de estado e ao parlamento. O governo responde politicamente perante o presidente da república e o parlamento. Essa dupla responsabilização executiva coloca-o numa situação fragmentada sobretudodetém a maioria absoluta a tendência A dupla responsabilização do governo evidenciaantecipadas. Quando há moção do programa de governo pela segunda vez consecutiva. Com a queda do automaticamente cai o governo. Outra situação de responsabilização do governo perante o presidente é quandoperante uma crise institucional que ponha em causa o normal funcionamento das instituições democráticas. Pode haver dissolução do parlamento, marcação de eleições antecipadas, mas o governo perde a sua base de sustentação política e é demissionáser transformado em governo de gestão. Mas também o chefe de estado pode nomear outro governo de iniciativa presidencial. Funções e actos jurídicos: O estado exerce uma função legislativa, executiva, administrativa e juComo sequência destas funções são praticados certos actos que podem ser soberanos ou não, porque apesar de resultarem de òrgãos soberanos versam sobre matérias não soberanas, por exemplo, um decreto presidencial é um acto soberano emanado pelo chefpodemos ter um despacho, o chefe de estado pode emanar actos que não sejam soberanos. Podemos ter leis, estamos a falar de actos emanados pelo parlamento, podemos ter também decretos pelo governo, decretos lei do governo ou do parlamento conconcorrencial, podemos ter resoluções da Assembleia da República, pode ter uma deliberação, por exemplo, uma reunião de Conselho de estado, òrgão de consulta do Presidente da República. Regulamento, regimento da Assembleia da República ou simples ordem de serviço, pode ter resolução na vertente internacional não resolução das Nações Unidas. Funções do estado: A função primária do estado é de natureza constituição que é adoptada numa assembleia constituinte. Pode ser articulada em actos constituintes quando é reunida uma assembleia constituinte para adoptar uma constituição. Podemos ter uma revisão constitucional que resulta de uma função constitucional.

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Em relação ao nosso sistema, mais os PALOP e ainda Timor, menos o Brasil (federal), o representa uma conjugação e equilíbrio entre os dois sistemas.

cto particular prende-se com a repartição que pode ser mais equilibrada mas com pendor presidencialista ou pendor parlamentar. É mais difícil o equilíbrio quando os poderes estão mais concentrados no presidente. Inversamente podemos falar num semi

cialismo com pendor parlamentar.

A dupla dependência ao chefe de estado e ao parlamento. O governo responde politicamente perante o presidente da república e o parlamento. Essa dupla responsabilização executiva

o numa situação fragmentada sobretudo quando não detém maioria absoluta. Quando tendência é a ditadura. Pode haver bloqueios ou crises políticas.

A dupla responsabilização do governo evidencia-se na dissolução do parlamento e eleições antecipadas. Quando há moção de censura, a rejeição de uma moção de confiança, a rejeição do programa de governo pela segunda vez consecutiva. Com a queda do automaticamente cai o governo.

Outra situação de responsabilização do governo perante o presidente é quandoperante uma crise institucional que ponha em causa o normal funcionamento das instituições

Pode haver dissolução do parlamento, marcação de eleições antecipadas, mas o governo perde a sua base de sustentação política e é demissionário. Um governo demissionário pode ser transformado em governo de gestão. Mas também o chefe de estado pode nomear outro governo de iniciativa presidencial.

O estado exerce uma função legislativa, executiva, administrativa e judicial. Como sequência destas funções são praticados certos actos que podem ser soberanos ou não, porque apesar de resultarem de òrgãos soberanos versam sobre matérias não soberanas, por exemplo, um decreto presidencial é um acto soberano emanado pelo chefpodemos ter um despacho, o chefe de estado pode emanar actos que não sejam soberanos.

Podemos ter leis, estamos a falar de actos emanados pelo parlamento, podemos ter também decretos pelo governo, decretos lei do governo ou do parlamento conconcorrencial, podemos ter resoluções da Assembleia da República, pode ter uma deliberação, por exemplo, uma reunião de Conselho de estado, òrgão de consulta do Presidente da

Regulamento, regimento da Assembleia da República ou leis orgânicas do governo, simples ordem de serviço, pode ter resolução na vertente internacional não resolução das

A função primária do estado é de natureza constitucional. O estado surge por via de uma ção que é adoptada numa assembleia constituinte. Pode ser articulada em actos

constituintes quando é reunida uma assembleia constituinte para adoptar uma constituição. Podemos ter uma revisão constitucional que resulta de uma função constitucional.

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Em relação ao nosso sistema, mais os PALOP e ainda Timor, menos o Brasil (federal), o semi-representa uma conjugação e equilíbrio entre os dois sistemas.

se com a repartição que pode ser mais equilibrada mas com pendor presidencialista ou pendor parlamentar. É mais difícil o equilíbrio quando os poderes

Inversamente podemos falar num semi-

A dupla dependência ao chefe de estado e ao parlamento. O governo responde politicamente perante o presidente da república e o parlamento. Essa dupla responsabilização executiva

quando não detém maioria absoluta. Quando é a ditadura. Pode haver bloqueios ou crises políticas.

se na dissolução do parlamento e eleições de censura, a rejeição de uma moção de confiança, a rejeição

do programa de governo pela segunda vez consecutiva. Com a queda do primeiro-ministro

Outra situação de responsabilização do governo perante o presidente é quando estamos perante uma crise institucional que ponha em causa o normal funcionamento das instituições

Pode haver dissolução do parlamento, marcação de eleições antecipadas, mas o governo rio. Um governo demissionário pode

ser transformado em governo de gestão. Mas também o chefe de estado pode nomear outro

Como sequência destas funções são praticados certos actos que podem ser soberanos ou não, porque apesar de resultarem de òrgãos soberanos versam sobre matérias não soberanas, por exemplo, um decreto presidencial é um acto soberano emanado pelo chefe de estado, podemos ter um despacho, o chefe de estado pode emanar actos que não sejam soberanos.

Podemos ter leis, estamos a falar de actos emanados pelo parlamento, podemos ter também decretos pelo governo, decretos lei do governo ou do parlamento conforme matéria concorrencial, podemos ter resoluções da Assembleia da República, pode ter uma deliberação, por exemplo, uma reunião de Conselho de estado, òrgão de consulta do Presidente da

leis orgânicas do governo, ou uma simples ordem de serviço, pode ter resolução na vertente internacional não resolução das

O estado surge por via de uma ção que é adoptada numa assembleia constituinte. Pode ser articulada em actos

constituintes quando é reunida uma assembleia constituinte para adoptar uma constituição. Podemos ter uma revisão constitucional que resulta de uma função constitucional.

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Declaração de estado de sítiogozo de direitos fundamentais, mas voltar ao normal o mais rapidamente possível. Função legislativa dos actos administrativos é levada ao parlamento, mas também aórgão como o governo e as instituições das regiões autónomas. A função legislativa pode ser exercida na generalidade e na vertical. A horizontal depende da partilhae o governo. A vertical depende da relação entre os òrgãos centrais de estado e os òrgãos das regiões autónomas. A função legislativa também pode ser exclusiva A exclusiva é exercida através de leis;A delegável ocorre autorização legislativa para que o governo possa legislar na matéria objecto da delegação de poderes por via de diferentes matérias que não se colocam no mesmo plano hierarquicamente valo As leis orgânicas que resultam do parlamento sãocompetência exclusiva. Devem ser aprovadas por maioria de As regiões autónomas produzem os decretos legislativos regionais que vincudessa região. Função política dos actos políticos:Por exemplo a marcação de eleições é um acto político, não é um processo legislativo. Quando o parlamento aprova um tratado ou convenção internacional é uma decisão política. Em relação às autorizações legislativaslegislar, este pode ou não legislar. A autorização não é genérica, abrange matérias não exclusivas da Assembleia. Função legislativa O Processo Legislativo Como é que as leis são produzidas?Vimos na aula anterior os actos de natureza política, judicial, mas concretamente actos jurídicos produzidos por órgãos O órgão legislativo, a Assembleia da República ou o Parlamento, sendo de naproduz actos jurídicos de valor público. Os actos jurídicos públicos devem ser legitimados por órgãos próprios para que possam ter um valor social. O acto para ser válido deve ser produzido pelo órgão próprio, dotado de O procedimento legislativo exerce a racionalidade do òrgão com poder de decisão, não permite improvisações, deve ser sério, caracterizado pela rácio e não pelo efeito surpresa e deve respeitar uma tramitação técnica, quer dizer a feitura das ltécnicos, ou seja, a técnica legislativa, por exemplo, o processo de feitura das leis no sistema jurídico românico-germânico, obedece a uma técnica legislativa próprio.

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de sítio, excepção constitucional, nessa situação é possível a limitação de gozo de direitos fundamentais, mas voltar ao normal o mais rapidamente possível.

dos actos administrativos é levada ao parlamento, mas também acomo o governo e as instituições das regiões autónomas. A função legislativa pode ser

e na especialidade, também pode ser de forma

partilha dessa função entre alguns órgãos, a Assembleia da República

depende da relação entre os òrgãos centrais de estado e os òrgãos das regiões

A função legislativa também pode ser exclusiva ou delegável. é exercida através de leis; ocorre autorização legislativa para que o governo possa legislar na matéria objecto

da delegação de poderes por via de decreto-lei. A função legislativa do parlamento sobre diferentes matérias que não se colocam no mesmo plano hierarquicamente valo

As leis orgânicas que resultam do parlamento são só relativamente em exercício da sua competência exclusiva. Devem ser aprovadas por maioria de ⅔ dos deputados em funções.

As regiões autónomas produzem os decretos legislativos regionais que vinculam aos residentes

dos actos políticos: Por exemplo a marcação de eleições é um acto político, não é um processo legislativo. Quando o parlamento aprova um tratado ou convenção internacional é uma decisão política.

autorizações legislativas é quando o parlamento permite ao governo poder para legislar, este pode ou não legislar. A autorização não é genérica, abrange matérias não

Como é que as leis são produzidas? Vimos na aula anterior os actos de natureza política, judicial, mas concretamente actos

órgãos.

legislativo, a Assembleia da República ou o Parlamento, sendo de naproduz actos jurídicos de valor público. Os actos jurídicos públicos devem ser legitimados por

próprios para que possam ter um valor social. O acto para ser válido deve ser produzido próprio, dotado de legitimidade para o efeito.

O procedimento legislativo exerce a racionalidade do òrgão com poder de decisão, não permite improvisações, deve ser sério, caracterizado pela rácio e não pelo efeito surpresa e deve respeitar uma tramitação técnica, quer dizer a feitura das leis, é de acordo com critérios técnicos, ou seja, a técnica legislativa, por exemplo, o processo de feitura das leis no sistema

germânico, obedece a uma técnica legislativa próprio.

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, excepção constitucional, nessa situação é possível a limitação de gozo de direitos fundamentais, mas voltar ao normal o mais rapidamente possível.

dos actos administrativos é levada ao parlamento, mas também a outro como o governo e as instituições das regiões autónomas. A função legislativa pode ser

, também pode ser de forma horizontal ou

, a Assembleia da República

depende da relação entre os òrgãos centrais de estado e os òrgãos das regiões

ocorre autorização legislativa para que o governo possa legislar na matéria objecto . A função legislativa do parlamento sobre

diferentes matérias que não se colocam no mesmo plano hierarquicamente valorativo.

só relativamente em exercício da sua dos deputados em funções.

lam aos residentes

Por exemplo a marcação de eleições é um acto político, não é um processo legislativo. Quando o parlamento aprova um tratado ou convenção internacional é uma decisão política.

é quando o parlamento permite ao governo poder para legislar, este pode ou não legislar. A autorização não é genérica, abrange matérias não

Vimos na aula anterior os actos de natureza política, judicial, mas concretamente actos

legislativo, a Assembleia da República ou o Parlamento, sendo de natureza legislativa, produz actos jurídicos de valor público. Os actos jurídicos públicos devem ser legitimados por

próprios para que possam ter um valor social. O acto para ser válido deve ser produzido

O procedimento legislativo exerce a racionalidade do òrgão com poder de decisão, não permite improvisações, deve ser sério, caracterizado pela rácio e não pelo efeito surpresa e

eis, é de acordo com critérios técnicos, ou seja, a técnica legislativa, por exemplo, o processo de feitura das leis no sistema

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O procedimento legislativo é de várias categorias:- podemos ter um procedimento legislativo

estrutura parlamentar, quando as leis são produzidas por um parlamento;- também o procedimento legislativo

decretos lei em casos de autorizações legislativas;- outro procedimento legislativo

alcance nacional; - um procedimento legislativo

Madeira e dos Açores; - geral e abstracto; - pode ser especial – visando uma determinada categoria de destinatários;- podemos ter um procedimento legislativo

- Temos também um procedimento legislativo

grave, por exemplo incêndios, calamidades naturais, as normas devem respeitar a situação de urgência; O procedimento legislativo parlamentar pode seguir a seguinte tramitação:- a primeira fase – iniciativa ; - depois vem a instrução de acord - a seguir vem a deliberação - a fase da eficácia – publicação para que a lei possa produzir efeitos a terceiros; O procedimento legislativo parlamentar nacional é o normal (comum). Temos outros procedimentos já referidos como por exemplo: a de um estatuto político administrativo das regiões autónomas é a Assembleia Regional. A proposta legislativa regional

Em caso de declaração de estado de sítio ou emergência Assembleia da República; Quem faz autorizações legislativas? A Assembleia da República e autoriza o governo. A iniciativa legislativa pode ser:- Interna – é através dos deputados, dos grupos parlamentares, comissões especializadas;- externa – quando a iniciativa é feita pelas entidades que não tem…por exemplo, uma iniciativa feita por funcionários da Assembleia da República é externa; Um aspecto importante em termos de iniciativa legislativa é a da entidade que inicia o procedimento legislativo; A legitimidade pode ser: - orgânica – do òrgão; - individual – dos indivíduos; Imaginemos que a Assembleia da República aprova uma lei, esta é submetida ao chefe de estado, este não aprova, há duas saídas: - aprovação – Assembleia da República; - promulgação – Presidente da República; - Referenda ministerial – Primeiro Ministro só para saber que teve conhecimento;

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O procedimento legislativo é de várias categorias: procedimento legislativo a nível parlamentar quando nasce da própria

estrutura parlamentar, quando as leis são produzidas por um parlamento; procedimento legislativo governamental – o governo também legisla por vias de

em casos de autorizações legislativas; procedimento legislativo é nacional – as leis da Assembleia da República podem ter um

procedimento legislativo também pode ser regional - quando diz respeito aos òrgãos da

visando uma determinada categoria de destinatários; procedimento legislativo normal – dentro dos prazos normais;

procedimento legislativo de urgência – quando há situaçõegrave, por exemplo incêndios, calamidades naturais, as normas devem respeitar a situação de

O procedimento legislativo parlamentar pode seguir a seguinte tramitação:

de acordo com a estrutura orgânica; – tomada de decisão;

publicação para que a lei possa produzir efeitos a terceiros;

O procedimento legislativo parlamentar nacional é o normal (comum). Temos outros entos já referidos como por exemplo: a de um estatuto político administrativo das

regiões autónomas é a Assembleia Regional.

A proposta legislativa regional – é a Assembleia Regional;

Em caso de declaração de estado de sítio ou emergência – se for a nív

Quem faz autorizações legislativas? A Assembleia da República e autoriza o governo.

pode ser: é através dos deputados, dos grupos parlamentares, comissões especializadas;quando a iniciativa é feita pelas entidades que não tem…

por exemplo, uma iniciativa feita por funcionários da Assembleia da República é externa;Um aspecto importante em termos de iniciativa legislativa é a legitimidade

inicia o procedimento legislativo;

dos indivíduos;

Imaginemos que a Assembleia da República aprova uma lei, esta é submetida ao chefe de estado, este não aprova, há duas saídas:

Assembleia da República; Presidente da República;

Primeiro Ministro só para saber que teve conhecimento;

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quando nasce da própria

o governo também legisla por vias de

as leis da Assembleia da República podem ter um

quando diz respeito aos òrgãos da

dentro dos prazos normais; quando há situações de crise,

grave, por exemplo incêndios, calamidades naturais, as normas devem respeitar a situação de

publicação para que a lei possa produzir efeitos a terceiros;

O procedimento legislativo parlamentar nacional é o normal (comum). Temos outros entos já referidos como por exemplo: a de um estatuto político administrativo das

se for a nível nacional é a

é através dos deputados, dos grupos parlamentares, comissões especializadas;

por exemplo, uma iniciativa feita por funcionários da Assembleia da República é externa; legitimidade por parte

Imaginemos que a Assembleia da República aprova uma lei, esta é submetida ao chefe de

Primeiro Ministro só para saber que teve conhecimento;

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- publicação – via do boletim oficial Entre a publicação e a entrada em vig

� Os direitos fundamentais nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.� A garantia da Constituição e a fiscalização da constitucionalidade.

As regiões Autónomas dos Açregiões autónomas, sem prejuízo da sua inserção no Estado Unitário Português. As regiões autónomas estão consagradas no As regiões autónomas têm órgãos de governo próprio. Esses órgãos são: 1.º Assembleia Legislativa; 2.º O governo Regional; 3.º O representante da República para as Regiões Autónomas. A assembleia legislativa é um órgão legislativo do tipo parlamentar, é o órgão representativo de todos os Portugueses residentes nas regiões autónomas. O seu mandato é de 4 anos. A assembleia legislativa é o único órgão regional eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos eleitores residentes nas regiões autónomas. A assembleia é o órgão que monopoliza toda políticas e administrativas. O Governo Regional desempenha funções executivas na região, consequentemente é o órgão de direcção executiva geral da Região Autónoma. O Governo Regional é chefiado pelo Presidente Regional e por Secretários Regionais, estes são nomeados em função de áreas específicas da governação regional. O Presidente Regional é nomeado pelo Representante da República para as regiões Autónomas, tendo em conta os resultados eleitorais. Os Secretpelo Representante da República, sob proposta do Presidente do Governo Regional. O Governo Regional tem funções de natureza política e administrativa.O Representante da República representa o Estado Português no Estado RegiRepresentante da República é um órgão unipessoal e é nomeado e exonerado pelo Chefe de Estado Português → o único condicionalismo é o da audiçgoverno) cuja tomada de posição não é vinculativa. O mandato do Representante da República para as Regiões Autónomas é de 5 anos.O Representante da República para as Regiões Autóimpedimento ou ausência do Presidente da Assembleia Legislativa. O poder legislativo regional é exercido por via de decretos legislativos regionais.Entretanto, esse poder legislativo encontra barreiras constitucionais que 1.º Não pode legislar fora, ou seja

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via do boletim oficial – Diário da República;

Entre a publicação e a entrada em vigor – vacatio legis – é definido previamente;

Os direitos fundamentais nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.A garantia da Constituição e a fiscalização da constitucionalidade.

As regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, por razões estratégicas, são definidas como regiões autónomas, sem prejuízo da sua inserção no Estado Unitário Português.

As regiões autónomas estão consagradas no Título VII da CRP. m órgãos de governo próprio.

1.º Assembleia Legislativa; governo Regional;

3.º O representante da República para as Regiões Autónomas.

A assembleia legislativa é um órgão legislativo do tipo parlamentar, é o órgão representativo residentes nas regiões autónomas. O seu mandato é de 4 anos.

A assembleia legislativa é o único órgão regional eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos eleitores residentes nas regiões autónomas.

A assembleia é o órgão que monopoliza toda a função legislativa e exerce também funções

O Governo Regional desempenha funções executivas na região, consequentemente é o órgão de direcção executiva geral da Região Autónoma. O Governo Regional é chefiado pelo

Regional e por Secretários Regionais, estes são nomeados em função de áreas da governação regional.

O Presidente Regional é nomeado pelo Representante da República para as regiões Autónomas, tendo em conta os resultados eleitorais. Os Secretários Regionais são nomeados pelo Representante da República, sob proposta do Presidente do Governo Regional.

O Governo Regional tem funções de natureza política e administrativa. O Representante da República representa o Estado Português no Estado RegiRepresentante da República é um órgão unipessoal e é nomeado e exonerado pelo Chefe de

→ o único condicionalismo é o da audição obrigatória do governo (ouvido o governo) cuja tomada de posição não é vinculativa.

O mandato do Representante da República para as Regiões Autónomas é de 5 anos.O Representante da República para as Regiões Autónomas é substituído em caso de impedimento ou ausência do Presidente da Assembleia Legislativa.

O poder legislativo regional é exercido por via de decretos legislativos regionais.Entretanto, esse poder legislativo encontra barreiras constitucionais que são as seguintes:

ou seja, não pode legislar para a Região Autónoma da Madeira;

41

é definido previamente;

Os direitos fundamentais nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

ores e da Madeira, por razões estratégicas, são definidas como regiões autónomas, sem prejuízo da sua inserção no Estado Unitário Português.

3.º O representante da República para as Regiões Autónomas.

A assembleia legislativa é um órgão legislativo do tipo parlamentar, é o órgão representativo residentes nas regiões autónomas. O seu mandato é de 4 anos.

A assembleia legislativa é o único órgão regional eleito por sufrágio universal, directo e secreto

a função legislativa e exerce também funções

O Governo Regional desempenha funções executivas na região, consequentemente é o órgão de direcção executiva geral da Região Autónoma. O Governo Regional é chefiado pelo

Regional e por Secretários Regionais, estes são nomeados em função de áreas

O Presidente Regional é nomeado pelo Representante da República para as regiões ários Regionais são nomeados

pelo Representante da República, sob proposta do Presidente do Governo Regional.

O Representante da República representa o Estado Português no Estado Regional. O Representante da República é um órgão unipessoal e é nomeado e exonerado pelo Chefe de

ão obrigatória do governo (ouvido o

O mandato do Representante da República para as Regiões Autónomas é de 5 anos. nomas é substituído em caso de

O poder legislativo regional é exercido por via de decretos legislativos regionais. são as seguintes:

não pode legislar para a Região Autónoma da Madeira;

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2.º Não pode legislar nas matérias que constituem reservas da constituição, ou seja, não pode legislar em matérias da competência reservada de outroimpostos pela constituição);

3.º É a forma unitária do Estado, ou seja, não podem esses órgãos legislar contra a forma unitária doa estado (não podem reivindicar a independência);

4.º Ao legislarem nas matérias da sua competêncipela Assembleia da República, que vinculam todos os Portugueses (Tráfico de Estupefacientes, o Serviço Militar Obrigatório);

As Autarquias Locais são pessoas colectivas de direito público, mrepresentação e visam a defesa de interesse específicos das respectivas populações. Nesta definição podemos destacar: O elemento formal – O elemento humano ou populacional determinada área geográfica; O elemento territorial Elementos funcionais embora também possa ter alguma função politica. Estrutura orgânica das Autarquias Municípios; Assembleia Municipal; Câmara Municipal; Presidente da Câmara Municipal;

Os titulares desses órgãos são eleitos directamente pelos cidadãos.

Estrutura orgânica das Freguesias - Assembleia de Freguesia; - Junta de Freguesia. A assembleia é eleita directamente pelos respectivos cidadãos recenseados no território. A junta de Freguesia é composta pelos membros eleitos na 1.ª assembleia de freguesia. O Presidente da Junta é o cabeça de lista do

A garantia da constituição é um conjunto de instrumentos necessários para a defesa da constituição. A constituição é a Lei Fundamental do Estado. Esses mecanismos podem ser garantias internas ou garantias

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pode legislar nas matérias que constituem reservas da constituição, ou seja, não pode legislar em matérias da competência reservada de outros órgãos soberanos (limites impostos pela constituição);

a forma unitária do Estado, ou seja, não podem esses órgãos legislar contra a forma unitária doa estado (não podem reivindicar a independência);

legislarem nas matérias da sua competência, tem que respeitar as leis gerais emanadas pela Assembleia da República, que vinculam todos os Portugueses (Tráfico de Estupefacientes, o Serviço Militar Obrigatório);

AUTARQUIAS LOCAIS

As Autarquias Locais são pessoas colectivas de direito público, munidas de órgãos de representação e visam a defesa de interesse específicos das respectivas populações.

destacar: caracteriza as autarquias como direito público;

O elemento humano ou populacional – conjunto de cidadãos residente numa ;

O elemento territorial – território (área geográfica especifica); Elementos funcionais – as Autarquias tem como função o aspecto administrativo local,

embora também possa ter alguma função politica.

Estrutura orgânica das Autarquias

Assembleia Municipal;

Presidente da Câmara Municipal;

Os titulares desses órgãos são eleitos directamente pelos cidadãos.

FREGUESIAS

Estrutura orgânica das Freguesias reguesia;

A assembleia é eleita directamente pelos respectivos cidadãos recenseados no

A junta de Freguesia é composta pelos membros eleitos na 1.ª assembleia de

O Presidente da Junta é o cabeça de lista do partido vencedor.

GARANTIA DA CONSTITUIÇÃO

A garantia da constituição é um conjunto de instrumentos necessários para a defesa da

A constituição é a Lei Fundamental do Estado.

Esses mecanismos podem ser garantias internas ou garantias externas.

42

pode legislar nas matérias que constituem reservas da constituição, ou seja, não pode s órgãos soberanos (limites

a forma unitária do Estado, ou seja, não podem esses órgãos legislar contra a forma

a, tem que respeitar as leis gerais emanadas pela Assembleia da República, que vinculam todos os Portugueses (Tráfico de

unidas de órgãos de representação e visam a defesa de interesse específicos das respectivas populações.

cidadãos residente numa

as Autarquias tem como função o aspecto administrativo local,

Os titulares desses órgãos são eleitos directamente pelos cidadãos.

A assembleia é eleita directamente pelos respectivos cidadãos recenseados no

A junta de Freguesia é composta pelos membros eleitos na 1.ª assembleia de

A garantia da constituição é um conjunto de instrumentos necessários para a defesa da

Page 43: Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais

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São internas → as que encontramos dentro de um determinado ordenamento jurídico;Garantias gerais → visam a defesa de toda a ordem constitucional;Garantias especiais → visam a defesa de determinados capítulos da CRP; Garantias informais → as relacionadas com a éticaGarantias institucionais → Tem em conta a defesa das instituiçGarantias ordinárias → Sconstitucional; Garantias extraordinárias → as que est(Estado de Sitio e Estado de emergência). Porque é que a ordem jurídica ergue esses instrumentos de Em primeiro lugar – porque o poder público é o 1.º violador da ordem constitucional.Em segundo lugar – porque visa a sa Assim, todos os partidos inconstitucionais na sua existência, surgimento e prática politica, não podem existir. É uma protecção contra movimentos associativos totalitários. Consequências dessas garantias– Podemos ter crimes políticos, mas também podemos ter crimes de função (Ministros etc.). Que outros mecanismos a C.R.P. põe à disposição do - Direito de resistência, com vista à defesa dos valores supremos da CRP;- Direito à objecção de consciênciachocam com a dignidade da pessoa humana;- Defesa da ordem e dos valores constitucionaislimites materiais de revisão; - Estado de excepção constitucionalperturbação da ordem constitucional. O mecanismo de vigilância é a fiscalização da constitucionalidade. O que é a constitucionalidade?É a conformidade dos actos / leis com a constituição A CRP pode ser violada de várias formas, pode ser violada explicitamente (de forma clara) ou implicitamente (por violação de uma das suas normas ou regra). Violação por acção – O órgão Violação por omissão – O órgão público, por omissão deixou de praticar um acto que estava obrigado. A inconstitucionalidade pode verificar Exemplo: O PR começa a desenvolver funções que são da competência do Governo (usurpaçãde funções de outro órgão). A violação da CRP: pode ser decretos do governo, porque são reservados

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→ as que encontramos dentro de um determinado ordenamento jurídico;→ visam a defesa de toda a ordem constitucional;

→ visam a defesa de determinados capítulos da CRP; → as relacionadas com a ética e o comportamento dos governantes;

→ Tem em conta a defesa das instituições; → São aquelas que estão relacionadas com a

→ as que estão relacionadas com a anormalidade (Estado de Sitio e Estado de emergência).

Porque é que a ordem jurídica ergue esses instrumentos de defesa? porque o poder público é o 1.º violador da ordem constitucional.porque visa a salvaguarda dos direitos fundamentais.

Assim, todos os partidos inconstitucionais na sua existência, surgimento e prática politica, não É uma protecção contra movimentos associativos totalitários.

Consequências dessas garantias ter crimes políticos, mas também podemos ter crimes de função (Ministros etc.).

Que outros mecanismos a C.R.P. põe à disposição do cidadão? , com vista à defesa dos valores supremos da CRP;

Direito à objecção de consciência (ninguém está obrigado a cumprir leis ou ordens que chocam com a dignidade da pessoa humana;

Defesa da ordem e dos valores constitucionais (revisão constitucional), tendo em conta os

Estado de excepção constitucional: nesta situação concreta estaremos perante uma perturbação da ordem constitucional.

O mecanismo de vigilância é a fiscalização da constitucionalidade.

constitucionalidade? a conformidade dos actos / leis com a constituição.

e várias formas, pode ser violada explicitamente (de forma clara) ou implicitamente (por violação de uma das suas normas ou regra).

O órgão público praticou um acto que viola a CRP. O órgão público, por omissão (consciente ou não) não praticou ou

deixou de praticar um acto que estava obrigado.

A inconstitucionalidade pode verificar-se dentro de um órgão concreto (orgânico).

O PR começa a desenvolver funções que são da competência do Governo (usurpaçã

A violação da CRP: pode ser formal – O PR emite decretos presidenciais porque são reservados ao governo.

43

→ as que encontramos dentro de um determinado ordenamento jurídico;

e o comportamento dos governantes;

ão aquelas que estão relacionadas com a normalidade

normalidade constitucional

porque o poder público é o 1.º violador da ordem constitucional.

Assim, todos os partidos inconstitucionais na sua existência, surgimento e prática politica, não

ter crimes políticos, mas também podemos ter crimes de função (Ministros etc.).

uém está obrigado a cumprir leis ou ordens que

(revisão constitucional), tendo em conta os

uação concreta estaremos perante uma

e várias formas, pode ser violada explicitamente (de forma clara) ou

(consciente ou não) não praticou ou

se dentro de um órgão concreto (orgânico).

O PR começa a desenvolver funções que são da competência do Governo (usurpação

O PR emite decretos presidenciais não pode emitir

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Violação do ponto de vista publicação da lei. Se a lei for mandada publicar antes de se cumprirem todos os requisitos constitucionais. A violação da constituição pode ser total ou p Qual é a consequência da violação da O acto jurídico inconstituciona

Ex tunc (nulidade radical) e Ex

A violação da CRP pode acarretar as seguintes responsabilidades:

• Penal – pena de prisão

• Contra – Ordenacional

• Responsabilização financeira (cíve

• Responsabilidade disciplinar

• Responsabilidade política (perda de mandato, substituição, perda de lugar).

• A responsabilização pode ser por via da fiscalização da constitucionalidade preventiva – o Chefe de Estado antes de promulgar um diploma, pode desende fiscalização preventiva.

Também podemos ter a fiscalização concreta e difusa por via dos Tribunais. O Tribunal, num caso concreto, ao aplicar uma determinada norma, duvida da constitucionalidade dessa norma, como tal pode requerer aMinistério Público e se for declarada inconstitucional pode ser expurgada da ordem jurídica. Qualquer cidadão pode solicitar a fiscalização concreta e Exemplo: Decorre uma acçãoprocesso aplica uma norma inconstitucional ao caso concreto, nesse caso pode ser suscitado um incidente que subirá ao Tribunal inconstitucional, o processo baixa ao Tribunal Constitucional e o Juiz tem que conformar a sua decisão com a do Tribunal Constitucional. Categorias dos Direitos Fundamentais: - Os direitos inerentes à liberdade de expressão (comunicação) - Direitos laborais (trabalho) Nos termos do artigo 9º da Constituição da República Portuguesa, o estado deve criar as condições políticas, mas também económicas, sociais e culturais que possam promover a independência nacional. Por outras palavras, só faz squando o estado cria as condições que possam garantir o desenvolvimento e o gozo perfeito desses direitos. A liberdade de expressão e de informaçãoÉ um direito fundamental, como já vimos, não podendo em nenhuma cisuprimido da constituição mesmo em situação de emergência, por outras palavras, o poder público não pode silenciar as pessoas. Poderá haver imposição circunstancial de limites a esse direito, mas nos justos limites, sem ultrapassar determinvalores.

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Violação do ponto de vista do procedimento legislativo – Incumprimento de requis. Se a lei for mandada publicar antes de se cumprirem todos os requisitos

da constituição pode ser total ou parcial.

Qual é a consequência da violação da Constituição? O acto jurídico inconstitucional, ferido de inconstitucionalidade, pode ser nulo.

Ex nunc (nulidade parcial).

A violação da CRP pode acarretar as seguintes responsabilidades:

pena de prisão

Ordenacional

Responsabilização financeira (cível)

Responsabilidade disciplinar

Responsabilidade política (perda de mandato, substituição, perda de lugar).

A responsabilização pode ser por via da fiscalização da constitucionalidade preventiva o Chefe de Estado antes de promulgar um diploma, pode desencadear um processo

de fiscalização preventiva.

Também podemos ter a fiscalização concreta e difusa por via dos Tribunais. O Tribunal, num caso concreto, ao aplicar uma determinada norma, duvida da constitucionalidade dessa norma, como tal pode requerer a fiscalização da constitucionalidade dessa norma através do Ministério Público e se for declarada inconstitucional pode ser expurgada da ordem jurídica.

Qualquer cidadão pode solicitar a fiscalização concreta e difusa.

uma acção ou um processo num determinado Tribunal e o Juiz adstrito aplica uma norma inconstitucional ao caso concreto, nesse caso pode ser suscitado

um incidente que subirá ao Tribunal Constitucional. No TC se a norma for declarada o baixa ao Tribunal Constitucional e o Juiz tem que conformar a sua

decisão com a do Tribunal Constitucional.

Categorias dos Direitos Fundamentais: direitos inerentes à liberdade de expressão (comunicação)

reitos laborais (trabalho)

Nos termos do artigo 9º da Constituição da República Portuguesa, o estado deve criar as condições políticas, mas também económicas, sociais e culturais que possam promover a independência nacional. Por outras palavras, só faz sentido falar da independência nacional quando o estado cria as condições que possam garantir o desenvolvimento e o gozo perfeito

A liberdade de expressão e de informação: É um direito fundamental, como já vimos, não podendo em nenhuma cisuprimido da constituição mesmo em situação de emergência, por outras palavras, o poder público não pode silenciar as pessoas. Poderá haver imposição circunstancial de limites a esse direito, mas nos justos limites, sem ultrapassar determinados parâmetros, determinados

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Incumprimento de requisitos na . Se a lei for mandada publicar antes de se cumprirem todos os requisitos

l, ferido de inconstitucionalidade, pode ser nulo.

Responsabilidade política (perda de mandato, substituição, perda de lugar).

A responsabilização pode ser por via da fiscalização da constitucionalidade preventiva cadear um processo

Também podemos ter a fiscalização concreta e difusa por via dos Tribunais. O Tribunal, num caso concreto, ao aplicar uma determinada norma, duvida da constitucionalidade dessa

fiscalização da constitucionalidade dessa norma através do Ministério Público e se for declarada inconstitucional pode ser expurgada da ordem jurídica.

processo num determinado Tribunal e o Juiz adstrito ao aplica uma norma inconstitucional ao caso concreto, nesse caso pode ser suscitado

No TC se a norma for declarada o baixa ao Tribunal Constitucional e o Juiz tem que conformar a sua

direitos inerentes à liberdade de expressão (comunicação)

Nos termos do artigo 9º da Constituição da República Portuguesa, o estado deve criar as condições políticas, mas também económicas, sociais e culturais que possam promover a

entido falar da independência nacional quando o estado cria as condições que possam garantir o desenvolvimento e o gozo perfeito

É um direito fundamental, como já vimos, não podendo em nenhuma circunstância ser suprimido da constituição mesmo em situação de emergência, por outras palavras, o poder público não pode silenciar as pessoas. Poderá haver imposição circunstancial de limites a esse

ados parâmetros, determinados

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Direito Constitucional II

Universidade Lusófona

A limitação desta categoria de direitos fundamentais, só acontece em última conditio (cine qua non) para garantia de outros direitos fundamentais. A liberdade de expressão implica a possibilidade das pecomunicação social privados ou públicos.pessoas falarem que está garantido o direito à informação. Ao estado não basta criar e garantir. Nos países em vias de desenvolvimento, qualquer violação de direitos fundamentais é facilmente vivida colectivamente. Outra característica de direitos fundamentais, neste casoOs direitos laborais encontram a sua base normativa de condireito interno e internacional. Em relação ao direito interno, destacamos a lei fundamental ou a constituição e a legislação ordinária. instrumentos pactícios ou convencionais. DDireitos do Homem, que vigora em Portugal por força da lei nº 65/78 de 13 de Outubrocarta social europeia que entrou em vigor em Portugal por força da resolução da Assembleia da República nº 21/91 de 6 de Agostsobre os direitos civis e políticos através da lei nº 29/78 de 12 de Junho;sobre os direitos económicos, sociais e culturais que vigora em Portugal através da lei nº 45/78 de 11 de Julho; entre outros.

Direito Constitucional II - Direitos Fundamentais Docente: Joãozinho Vieira Có

António Manuel de Albuquerque Pereira Universidade Lusófona de Lisboa - Direito – 2005/2006 – Turma 2P_1

A limitação desta categoria de direitos fundamentais, só acontece em última ) para garantia de outros direitos fundamentais.

A liberdade de expressão implica a possibilidade das pessoas utilizarem os meios de comunicação social privados ou públicos. Não é consagrando formalmente o direito das pessoas falarem que está garantido o direito à informação. Ao estado não basta criar e

Nos países em vias de desenvolvimento, qualquer violação de direitos fundamentais é facilmente vivida colectivamente.

Outra característica de direitos fundamentais, neste caso, o direito laboral: Os direitos laborais encontram a sua base normativa de consagração em instrumentos de direito interno e internacional. Em relação ao direito interno, destacamos a lei fundamental ou a constituição e a legislação ordinária. Internacionalmente podemos alguns

actícios ou convencionais. Destacamos a CEDH – Convenção Europeia dos , que vigora em Portugal por força da lei nº 65/78 de 13 de Outubro

carta social europeia que entrou em vigor em Portugal por força da resolução da Assembleia da República nº 21/91 de 6 de Agosto; outro instrumento internacional é o pacto internacional sobre os direitos civis e políticos através da lei nº 29/78 de 12 de Junho; o pacto internacional sobre os direitos económicos, sociais e culturais que vigora em Portugal através da lei nº 45/78

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A limitação desta categoria de direitos fundamentais, só acontece em última rátio como

ssoas utilizarem os meios de Não é consagrando formalmente o direito das

pessoas falarem que está garantido o direito à informação. Ao estado não basta criar e

Nos países em vias de desenvolvimento, qualquer violação de direitos fundamentais é

sagração em instrumentos de

direito interno e internacional. Em relação ao direito interno, destacamos a lei fundamental ou alguns documentos ou

Convenção Europeia dos , que vigora em Portugal por força da lei nº 65/78 de 13 de Outubro; a

carta social europeia que entrou em vigor em Portugal por força da resolução da Assembleia é o pacto internacional

pacto internacional sobre os direitos económicos, sociais e culturais que vigora em Portugal através da lei nº 45/78