direito coletivo do trabalho (arts. 511a 625 clt) prof...

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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (arts. 511a 625 CLT) Prof. Maria Cláudia Felten 2 - DO DIREITO COLETIVO x DIREITO INDIVIDUAL - O Direito do Trabalho, legalmente, estabelece uma distinção entre as relações individuais e as coletivas. - O Direito Individual do Trabalho constrói-se a partir da constatação fática da diferenciação social, econômica e política entre os sujeitos do pacto do emprego: empregador e empregado. 3 - - O Direito Coletivo do Trabalho é o conjunto de regras, princípios e institutos reguladores das relações entre seres coletivos trabalhistas. Trata-se do segmento do Direito do Trabalho que regula as relações inerentes à chamada autonomia privada coletiva. (Maurício Godinho Delgado). - O segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da organização sindical, da negociação coletiva, dos contratos coletivos, da representação dos trabalhadores e da greve. (Sérgio Pinto Martins). - O Direito Coletivo do Trabalho é um conjunto de normas destinadas a proteger os interesses dos grupos profissionais. Atua em âmbito coletivo diretamente. 4- Dos fundamentos do Direito Coletivo Pode- se buscar suporte em duas vertentes, sendo uma histórica e outra jurídica. A vertente histórica nos arremessa ao passado para as dificuldades que sempre teve o trabalho de conseguir benefícios trabalhistas quando pleiteados solitariamente. A vertente jurídica, por sua vez, se apóia em suporte de natureza constitucional, com a liberdade de associação em sindicado, direito de greve etc. 5 Da função e conteúdo do Direito Coletivo FUNÇÃO- Busca a proteção dos interesses profissionais e proporciona a aproximação dos interessados para um debate franco. CONTEÚDO - Regula de forma genérica e abstrata, as relações individuais de trabalho, ao mesmo tempo em que se preocupa em criar instrumentos capazes de solucionar conflitos coletivos com presença no grupo profissional e a categoria econômica respectiva. 6- ORGANIZAÇÃO SINDICAL Evolução do sindicalismo no Brasil: A luta contra o capitalismo liberal, próprio da Revolução Industrial, foi o responsável em grande parte pela maternidade sindical, em virtude da hostilidade original, o Sindicato tomou nova feição e precisou aperfeiçoar-se através dos tempos. No início, os Sindicatos eram reivindicadores, os dirigentes eram pessoas radicais, e o capitalismo era liberal. - Carlos Alberto Chiarelli refere que foi a atuação de um − o capital − dentro das diretrizes econômicas do liberalismo, que fez com que o outro − o trabalho − viesse a arregimentar-se para organizar sua autodefesa.

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DIREITO COLETIVO

DO TRABALHO (arts. 511a 625 CLT)

Prof. Maria Cláudia Felten

2 - DO DIREITO COLETIVO x DIREITO INDIVIDUAL

- O Direito do Trabalho, legalmente, estabelece uma distinção entre as relações individuais e as coletivas.

- O Direito Individual do Trabalho constrói-se a partir da constatação fática da diferenciação social, econômica e

política entre os sujeitos do pacto do emprego: empregador e empregado.

3 - - O Direito Coletivo do Trabalho é o conjunto de regras, princípios e institutos reguladores das relações entre seres

coletivos trabalhistas. Trata-se do segmento do Direito do Trabalho que regula as relações inerentes à chamada

autonomia privada coletiva. (Maurício Godinho Delgado).

- O segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da organização sindical, da negociação coletiva, dos

contratos coletivos, da representação dos trabalhadores e da greve. (Sérgio Pinto Martins).

- O Direito Coletivo do Trabalho é um conjunto de normas destinadas a proteger os interesses dos grupos

profissionais. Atua em âmbito coletivo diretamente.

4- Dos fundamentos do Direito Coletivo

Pode- se buscar suporte em duas vertentes, sendo uma histórica e outra jurídica.

A vertente histórica nos arremessa ao passado para as dificuldades que sempre teve o trabalho de conseguir

benefícios trabalhistas quando pleiteados solitariamente.

A vertente jurídica, por sua vez, se apóia em suporte de natureza constitucional, com a liberdade de associação em

sindicado, direito de greve etc.

5 Da função e conteúdo do Direito Coletivo

FUNÇÃO- Busca a proteção dos interesses profissionais e proporciona a aproximação dos interessados para um

debate franco.

CONTEÚDO - Regula de forma genérica e abstrata, as relações individuais de trabalho, ao mesmo tempo em que se

preocupa em criar instrumentos capazes de solucionar conflitos coletivos com presença no grupo profissional e a

categoria econômica respectiva.

6- ORGANIZAÇÃO SINDICAL

Evolução do sindicalismo no Brasil:

A luta contra o capitalismo liberal, próprio da Revolução Industrial, foi o responsável em grande parte pela

maternidade sindical, em virtude da hostilidade original, o Sindicato tomou nova feição e precisou aperfeiçoar-se

através dos tempos.

No início, os Sindicatos eram reivindicadores, os dirigentes eram pessoas radicais, e o capitalismo era liberal.

- Carlos Alberto Chiarelli refere que foi a atuação de um − o capital − dentro das diretrizes econômicas do liberalismo,

que fez com que o outro − o trabalho − viesse a arregimentar-se para organizar sua autodefesa.

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Com o capitalismo contemporâneo, o Sindicato evoluiu e se tornou mais independente, criando um sistema de freios

e contrapesos, contribuindo para o equilíbrio socioeconômico do Estado.

7 - As décadas de 70 e 80 ressaltam a abertura do chamado “movimento sindical” no Brasil, cuja ênfase se dá aos

movimentos sindicais no ABC Paulista.

- Em 1983, criam-se as centrais sindicais. Primeiramente é criada a CUT – Central Única dos Trabalhadores; e depois a

CGT – Central Geral dos Trabalhadores.

- A Constituição Federal de 1988 tratou de disciplinar a organização sindical da forma mais democrática, pois

disciplinou a matéria, em seus artigos 8º a 10, desvinculando-a do Estado. Nascem, desta feita, a autonomia coletiva

privada e a liberdade sindical.

8 - Conceito de Sindicato: é a associação de pessoas físicas ou jurídicas que exercem atividade profissional ou

econômica, para a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais

ou administrativas. (Renato Saraiva).

- Conceito do art. 511 da CLT: É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses

econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores

autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou

profissões similares ou conexas.

9 - Natureza jurídica dos sindicatos

- A natureza jurídica dos Sindicatos depende do sistema sindical em que estão inseridos, sendo classificados em

duas teorias principais.

- A primeira define a natureza do Sindicato como privada, pois se trata de uma associação de pessoas para a defesa de

seus interesses pessoais, com respeito à ordem pública. Esta teoria conta com muitos defensores na doutrina nacional,

dentre os quais, Renato Saraiva, Maurício Godinho, Russomano, Waldemar Ferreira, Segadas Vianna, Délio Maranhão,

Orlando Gomes.

10 - Para a segunda, o Sindicato é ente de direito público, sendo praticamente um apêndice do Estado. Para esta

teoria, os interesses do Sindicato confundem-se com os próprios interesses peculiares do Estado, seria uma entidade

enquadrada de forma direta ou indireta na máquina governamental.

- Conforme ensina Amauri Mascaro, após a inscrição do princípio da liberdade sindical na Constituição Federal de

1988, restaram poucos adeptos a esta teoria na doutrina nacional. Em geral, o Sindicato tem a natureza de pessoa

jurídica de direito público apenas nos regimes totalitários.

11 Princípios aplicados as entidades sindicais

A) Princípio da liberdade de associação: o direito de reunião pacífica e de associação sem caráter paramilitar estão

asseguradas no art. 5, XVI e XVII).

B)Princípio da liberdade sindical: veda a interferência ou intervenção do Estado. Se materializa em dois pólos de

atuação:

- liberdade sindical individual: faculdade que o empregador e o trabalhador possuem de filiar-se, manter-se filiado e

desfiliar-se (art. 5, XX, e 8, V, da CF).

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- liberdade sindical coletiva: possibilidade dos empresários ou trabalhadores agrupados, unidos por uma atividade, de

constituir livremente, o sindicato representante de seus interesses (art. 5,XVIII, e 8, caput, CF).

12 C) Princípio da autonomia sindical: Consiste na autonomia de atuação dos sindicatos, com poderes de auto-gestão e

administração, sem a autorização , intervenção ou controle do Estado. (art. 8,I, CF).

13 Criação e Registro do Sindicato:

- Art. 8º da CF: É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão

competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

- Art. 45 CC: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato

constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder

Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

14 - Assim, a constituição de um sindicato passa por dois registros:

A) registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas

B) registro no Ministério do Trabalho.

15 - A exigência “do registro no órgão competente” foi motivo de grande discussão e controvérsia, sobretudo do

Ministério do Trabalho e Emprego com o Poder Judiciário. O MTE entendeu inicialmente que não era o competente

para o registro e o Judiciário entendia que era. A controvérsia foi resolvida no Superior Tribunal de Justiça, que

reconheceu a manutenção da competência do TEM para a prática do registro sindical, por meio do Mandado de

Segurança - 29/DF.

- Em seguida, foi expedida a Instrução Normativa nº 3, de 10 de agosto de 1994, que, além de criar o Cadastro

Nacional de Entidades Sindicais - CNES, atribuiu a competência sobre o registro de Sindicatos e das correspondentes

federações e confederações ao Ministro do Trabalho. A Instrução Normativa nº 01, de 17 de julho de 1997, também

dispunha sobre Registro Sindical. ......

16 - O STF firmou posicionamento que a atuação do MTE na concessão do registro sindical é atividade vinculada;

sendo que sua incumbência é apenas para a verificação dos pressupostos legais e não de autorização ou de

reconhecimento discricionário.

17 - Trâmite do pedido de registro (Portaria 186/2008 do MTE):

. Encaminhamento ao Secretario das Relações de Trabalho (docs. Necessários) . Publicação no DOU da pretensão do

sindicato.

Prazo para impugnação.

. Não havendo impugnação: concessão do registro sindical pelo MTE.

. Havendo impugnação: decisão judicial ou solução conciliatória.

18. Jurisprudência

Acórdão - Processo 0098900-80.2009.5.04.0029 (RO)

Redator: JOÃO GHISLENI FILHO

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Data: 15/09/2010 Origem: 29ª Vara do Trabalho de Porto Alegre

EMENTA: EXTENSÃO DA BASE TERRITORIAL DE SINDICATO MAIS ESPECÍFICO. SINDICATO ECLÉTICO DE MAIOR

ABRANGÊNCIA ESTADUAL. AUSÊNCIA DE REGISTRO DA ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA DO PRIMEIRO NO MINISTÉRIO DO

TRABALHO E EMPREGO. REGISTRO CIVIL QUE LHE CONFERE PERSONALIDADE JURÍDICA, MAS NÃO CARÁTER OFICIAL

NO MUNDO JURÍDICO COMO SINDICATO. AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL PARA A AÇÃO QUE VISE A IMPEDIR

(OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER) A PRÁTICA DE ATOS TENDENTES À VIABILIZAÇÃO DO ALUDIDO REGISTRO. IMPUGNAÇÃO

QUE PODE SER VEICULADA NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO, SE E QUANDO FOR O CASO. INTERPRETAÇÃO DA PORTARIA

Nº 186/2008 DO MTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, EX OFFICIO. ART. 267, INCISO VI E § 3º,

DO CPC. Se o Sindicato mais específico pretende estender a sua base territorial, mas ainda não protocolizou o pedido

de registro da alteração estatutária no Ministério do Trabalho e Emprego, na forma da Portaria nº 186 deste, falta

interesse processual.

19. Acórdão - Processo 0033500-56.2007.5.04.0008 (RO)

Redator: WILSON CARVALHO DIAS

Data: 28/10/2010 Origem: 8ª Vara do Trabalho de Porto Alegre

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMADO. REPRESENTAÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS EM ENTIDADES

ASSISTENCIAIS. Tendo em vista os princípios da unicidade e anterioridade sindical, bem como o paralelismo entre as

categorias econômicas e profissionais, os quais persistem mesmo após a Constituição Federal de 1988, compete aos

sindicatos reclamantes a representação dos empregados nas instituições assistenciais. Recurso ordinário não provido.

RECURSO ORDINÁRIO DOS RECLAMANTES. ENQUADRAMENTO SINDICAL DAS INSTITUIÇÕES BENEFICENTES,

RELIGIOSAS E FILANTRÓPICAS. A possibilidade de as entidades assistenciais adquirirem certificado de filantropia não

desnatura a atividade preponderante das instituições beneficentes, religiosas e filantrópicas, a qual determina o seu

enquadramento sindical. Mantida a sentença que reconheceu o sindicato reclamado como representante dos

empregados nas instituições beneficentes, religiosas e filantrópicas. Recurso ordinário não provi (...)

20 - Sistema de categorias

1) Categoria econômica é formada quando há solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem

atividades idênticas, similares (ex.: restaurantes e hotéis) ou conexas (ex.: atividades na construção civil). Art. 511,

parágrafo primeiro, CLT).

2) Categoria profissional é formada por categorias de trabalhadores oriunda da profissão ou trabalho em

comum. Art. 511, parágrafo segundo, CLT). * Obs.: a empresa que não tiver uma única atividade, o empregado será

enquadrado de acordo com a atividade preponderante lá desenvolvida (art. 581, parágrafo segundo, CLT). Exceção:

categoria diferenciada.

21 - 3) Categoria diferenciada (art. 511, parágrafo terceiro, CLT): § 3º - Categoria profissional diferenciada é a

que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional

especial ou em consequência de condições de vida singulares.

- O art. 577 da CLT nos remete para um quadro anexo que trata do enquadramento sindical e nos traz as categorias

diferenciadas (ex.: aeronautas, publicitários, professores, motoristas, ascensoristas, secretárias, etc.).

22- ESTRUTURA SINDICAL BRASILEIRA

- São divididas em três graus.

- Como funciona a aplicação das normas coletivas.

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- Estrutura:

A) Sindicatos.

- Conceito.

- Representação.

- Sede.

- Serviços.

B) Federações (art. 534 CLT). Precisa de no mínimo 05 sindicatos para se constituir.

- Conceito.

- Representação

- Sede.

- Serviços.

23- c) Confederações (art. 535 CLT). Precisa de no mínimo 03 federações para se constituir.

- Conceito.

- Representação

- Sede.

- Serviços.

24 D) Centrais sindicais (Lei 11648/2008).

- As centrais sindicais não compõem a estrutura sindical brasileira, e assim já decidiu o STF.

- Conceito: entidade de representação geral dos trabalhadores,de direito privado, constituída em âmbito nacional,

que tem como atribuições coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela

filiadas; e participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que

possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores.

- Requisitos de existência (art. 2):

I - filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País;

II - filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada uma;

III - filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e

IV - filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de empregados sindicalizados em

âmbito nacional.

25 - São as principais centrais sindicais da atualidade: (AROUCA, 2006, p.113-115).

- Central Única dos Trabalhadores – CUT (maior e mais combativa central sindical do país, tem 3.489 entidades filiadas

e está alinhada com ao PT);

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- Força Sindical (é a segunda maior central sindical do país, tem 1.800 entidades filiadas e está alinhada ao PDT e ao

PTB. Foi a única a defender a PEC 623 destinada a implantar a pluralidade sindical);

- Confederação Geral dos Trabalhadores – CGT (está alinhada aos Democratas − ex-PFL, e um pouco com o PMDB e o

PR);

- Social Democracia Sindical – SDS (está alinhada ao PSDB);

* Cumpre acrescer aos apontamentos de Arouca, a essas, a “Nova Central dos Trabalhadores – NCST”, fundada em

2005, já é a terceira maior central sindical do país, tem 852 entidades filiadas e mantém vínculos com o PMDB.

26 - Princípios da Liberdade Sindical (Convenção 87 da OIT) Unicidade sindical, unidade sindical e pluralismo sindical

- A liberdade sindical estuda-se em relação ao Estado, em relação ao grupo e em relação ao indivíduo.

- Liberdade sindical é a liberdade de organizar sindicatos para a defesa dos interesses coletivos segundo o principio de

autonomia coletiva que deve presidir os sistemas jurídicos pluralistas.

- Os sindicatos só têm a sua verdadeira natureza assegurada quando dispõem de liberdade e do direito de greve. Sem

ela não há o autêntico sindicalismo.

- Para Mário Giuliano, liberdade sindical "importa necessariamente; o reconhecimento dos seguintes princípios:

a)liberdade, e nãoobrigação, de constituição de sindicatos e de adesão a estes;

b)liberdade de auto-organização dos sindicatos, sem outra obrigação que a de em ordenamento interno democrático;

c) auto governo dos sindicatos em relação ao próprio interesse, sem interferência alguma do Estado: d) possibilidade

de mais de um sindicato para a mesma categoria".

27 - Princípios da Liberdade Sindical Unicidade sindical, unidade sindical e pluralismo sindical

A) Unicidade sindical (art. 8, II, CF).

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria

profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores

interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

* Críticas

* Fundamentos de defesa.

* Quem a adota.

* Países que adotam: Brasil, Argentina, Paraguai.

28B) Unidade sindical

Existência de sindicato único que organizado e escolhido pelas empresas e trabalhadores; decorre da vontade dos

interessados, não é imposto pela lei.

- Países que adotam: do leste europeu (Estônia, Hungria, Lituânia, Bulgária, Ucrânia, Sérvia, etc).

29C) Pluralidade sindical: consiste na possibilidade de existir mais de um sindicato representante da mesma categoria,

profissional ou econômica, em uma só base territorial.

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- A Convenção 87 da OIT, a qual não foi ratificada pelo Brasil, não impõe o pluralismo sindical, determine que os

países que a ratificarem facultem aos empregados e empregadores a criação de sindicatos da mesma categoria na

mesma base territorial de outro já existente.

* Crítica.

* Fundamentos.

* Países que adotam: Itália, França, Portugal, Espanha, EUA, Inglaterra.

30 - SISTEMA DE CUSTEIO DO SINDICATO

A) Contribuição sindical (art. 8, IV, CF c/c arts. 578 a 610 CLT).

- Natureza tributária.

- Corresponde a (art. 580 CLT):

. Um dia de trabalho para os empregados;

. Percentual fixo para os trabalhadores autônomos e profissionais liberais;

. Calculada sobre o capital da empresa, para os empregadores.

. Para os trabalhadores rurais é um dia do salário mínimo.

31 - Natureza compulsória.

- Devida por associado e não associado.

- Datas dos recolhimentos:

. Empresas (art. 587)

. Empregados (art. 582)

- Como funciona quando a empresa não faz o desconto na folha de pagamento.

- Como funciona quando a empresa não repassa para o sindicato, em que pese ter feito o desconto.

32 - Art. 589. Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão feitos os seguintes créditos pela Caixa

Econômica Federal, na forma das instruções que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho:

I – para os empregadores:

a - 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente;

b - 15% (quinze por cento) para a federação;

c - 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo;

d - 20% (vinte por cento) para a "Conta Especial Emprego e Salário

II - para os trabalhadores:

a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente;

b) 15% (quinze por cento) para a federação;

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c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e

d) 10% (dez por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’;

e) 10% para as centrais sindicais.

33B) Contribuição assistencial (art. 513, “e”, CLT).

- Também chamada de desconto assistencial e taxa assistencial.

- Consiste numa contribuição, em geral fixada em cláusula de convenção coletiva ou acordo coletivo ou mesmo

sentença normativa, feita pelos associados da categoria econômica ou profissional, em favor do respectivo sindicato,

em função dos cursos decorrentes do processo de negociação.

34 - OJ-SDC-17 CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. IN-CONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO

ASSOCIA-DOS (INSERIDA EM 25.05.1998)

As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando

trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente

assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente

descontados.

35 - PN-119 CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – (nova redação dada pela

SDC em sessão de 02.06.1998 - homologação Res. 82/1998, DJ 20.08.1998).

"A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É

ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa

estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo,

assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não

sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devo-lução os valores

irregularmente descontados."

36 - C) Contribuição confederativa (art.8, IV, CF) Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o

seguinte: ...

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha,

para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição

prevista em lei;

37 - É fixada em assembléia.

- Súmula 666 STF – contribuição confederativa somente é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

38) D) Mensalidade sindical Consiste numa contribuição voluntária, a qual é paga exclusivamente pelos associados do

sindicato, sendo previsto no Estatuto Social do sindicato.

- Serviços oferecidos aos associados.

- Como funciona a homologação de rescisão e emissão de CTPS.

39 - SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL PELOS SINDICATOS (art. 6 CPC c/c art. 8, III, CF).

- Ocorre a substituição processual quando a parte, em nome próprio, pleiteia direito alheio, desde que autorizado por

lei.

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- O substituto processual poderá praticar todos os atos processuais, como apresentação de petição inicial, defesa,

provas, recursos, etc., não lhe sendo dado o direito de transigir, renunciar ou de reconhecer pedido, uma vez que o

direito material não lhe pertence, e, sim, ao sujeito da lide, ao substituído.

- Necessidade de ser direito homogêneo, pois se não há o risco de perda da ação.

40 - Benefícios da substituição processual (Renato Saraiva):

. Diminui o número de ações na justiça;

. Evita que a JT profira decisões conflitantes envolvendo o mesmo tema;

. Contribui para a celeridade processual;

. Possibilita que o trabalhador, por meio de seu sindicato de classe, tenha acesso ao Judiciário, em busca de direitos

provenientes do pacto laboral antes mesmo do rompimento do vínculo contratual. Evitando, assim, a prescrição e o

receio de perder o emprego.

41 - Antes da CF/88, as hipóteses de substituição processual pelos sindicatos eram somente aquelas previstas na Lei:

A) Art. 195, parágrafo 2, CLT c/c OJ 121 TST: pagamento de adicional de insalubridade ou periculosidade aos

associados.

B) Art. 872, parágrafo único, CLT c/c Sumula 286 TST: ação de cumprimento em favor dos associados objetivando o

pagamento de salários fixados em sentença normativa.

C) Leis 6.708/79 e 7.238/84: ações trabalhistas promovidas em favor de todos os integrantes da categoria,

objetivando o pgto. das correções automáticas dos salários.

42 - Com a CF/88, art. 8, III: III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da

categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

- Assim, novas leis surgiram:

. Lei 8.036/90: Cobrança de FGTS.

. Lei 8.073/90: previu no art. 3 que o sindicato pode atuar como substituto processual dos integrantes da categoria.

43 - Resolução 119/2003 do TST: cancelou o Enunciado 310 do TST que impedida a substituição ampla e irrestrita e

dispõe acerca da não necessidade de arrolar na petição inicial os substituídos.

OJ-SDI2-110 AÇÃO RESCISÓRIA. RÉU SINDICATO. SUBSTITUTO PROCESSUAL NA AÇÃO ORIGINÁRIA. LEGITIMIDADE

PASSIVA "AD CAUSAM". INEXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO

O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão

rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de

todos os empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.

44 - DISSÍDIO COLETIVO (arts. 611 a 624 CLT e Inst.Normativa MTE/SRT 01/2004)

45- 1. DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

- É durante a negociação que as partes terão oportunidade de debater as suas necessidades e as suas dificuldades.

- Por essas vias, institui-se o princípio da flexibilidade do salário e de outros direitos.

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- Negociar é ajustar interesses, é acertar diferentes posições, é encontrar uma solução capaz de compor vontades; é a

melhor forma de solucionar os problemas entre o capital e o trabalho.

46 - Dos sujeitos

- De conformidade com o art. 8º, III, CF, “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais

da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”.

- Estrutura das entidades sindicais para as negociações coletivas e para ser sujeito

47 - Do Procedimento para se estar autorizado a negociar coletivamente,

As entidades sindicais precisam convocar assembléias para que suas respectivas categorias as autorizem a negociar.

- Quorum em primeira convocação: 2/3 dos associados em caso de convenção coletiva e 1/3 em caso de acordo

coletivo.

- Quorum em segunda convocação: 1/3 dos associados, para as entidades com mais de 5.000 associados é 1/8

48. 3- DAS CONSEQÜÊNCIAS DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Podem resultar das negociações coletivas: acordos coletivos, convenções coletivas e dissídios coletivos.

49 - Da Convenção Coletiva Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois

ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho

aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.

50 - Do Acordo Coletivo: Art. 611,§ 1º - É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar

acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de

trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.

51- Natureza jurídica da Convenção e Acordo Coletivo - Temos três teorias:

* Contratualista;

* Normativista;

* Mista.

52- Requisitos de validade e formalidades

1. As convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem

os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro.

2. Para firmar acordo e convenção coletiva pressupõe capacidade sindical, que é adquirida com o registro no MTE

(Portaria 186, de 10/04/2008 do MTE).

53- Requisitos de validade e formalidades

3. O que deve conter o instrumento coletivo:

- Designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e empresas acordantes;

- Categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos;

- Condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência;

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- Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os convenentes por motivos da aplicação de seus

dispositivos;

- Disposições sôbre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus dispositivos;

- Direitos e deveres dos empregados e empresas;

- Penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de violação de seus dispositivos.

CONTINUA...

54- Requisitos de validade e formalidades

- Deve constar o prazo.

- As partes acordantes ou convenentes poderão determinar o prazo de duração da avença, contanto que não

ultrapasse a dois anos (art.614, § 3º, CLT).

- OJ 322 SDI-I do TST – veda a prorrogação do instrumento por prazo indeterminado

Poderão as partes, deste que aprovada por assembléia geral com as observâncias do art. 612, CLT, prorrogar, rever,

renunciar revogar total ou parcialmente o acordo ou a convenção(art. 615, CLT).

55- Requisitos de validade e formalidades

4. Depósito, registro e arquivo da Convenção ou Acordo Coletivo.

5. Da entrada em vigência: somente 3 dias após a data de entrega no MTE (art.614, parágrafo primeiro, CLT).

6. Publicidade deve ser feita dentro de 05 dias da data do depósito.

56 - Requisitos de validade e formalidades

7. Art. 617 CLT – procedimento adotado para quando os empregados estiverem interessados no acordo coletivo. Art.

617 - Os empregados de uma ou mais empresas que decidirem celebrar Acordo Coletivo de Trabalho com as

respectivas empresas darão ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindicato representativo da categoria

profissional, que terá o prazo de 8 (oito) dias para assumir a direção dos entendimentos entre os interessados,

devendo igual procedimento ser observado pelas empresas interessadas com relação ao Sindicato da respectiva

categoria econômica.

57- § 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, poderão os

interessados dar conhecimento do fato à Federarão a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à

correspondente Confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo,

poderão os interessados prosseguir diretamente na negociação coletiva até final. § 2º Para o fim de deliberar sobre o

Acordo, a entidade sindical convocará Assembléia geral dos diretamente interessados, sindicalizados ou não, nos

termos do art. 612.

58- 8. Súmula 349 TST dispõe que a validade do acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho em atividade

insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene de trabalho.

59- Da nulidade de cláusulas de Acordo ou de Convenção Coletiva. Qualquer cláusula de acordo ou de convenção

coletiva que se desprestigie por qualquer vício de igualdade e prejudique qualquer das partes, acordantes ou

convenentes, poderá ser objeto de ação anulatória, por iniciativa da parte interessada ou do Ministério Público na

qualidade de custos legais. A competência originária será sempre do Regional onde se situa a base territorial onde foi

realizado o acordo ou a convenção.

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60- Teoria do Conglobamento e da Acumulação - O art. 620 da CLT prevê que as condições estabelecidas em

Convenções quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.

- O art. 620 consagra o princípio da norma mais favorável ao trabalhador, independente da posição hierárquica que

aquela tenha.

- Como fazer quando o acordo coletivo e a convenção coletiva apresentam normas mais benéficas de forma

fracionada, dependendo o assunto?

- Assim, temos a Teoria do Conglobamento e da Acumulação.

61- Pela Teoria do Conglobamento aplica-se o conjunto de normas mais benéfica ao trabalhador, sem fracionar os

institutos jurídicos.

- Pela Teoria da Acumulação fraciona-se em busca do melhor de forma individualizada para o trabalhador.

- Jurisprudência é pela Teoria do Conglobamento.

- Há ainda uma terceira teoria intermediária, a Teoria do Conglobamento Mitigado que para se buscar o melhor se

compara as diversas regras de cada instituto.

62 - Incorporação das Cláusulas Normativas no Contrato de Trabalho Aplica-se a súmula 277 do TST – a repercussão

nos contratos de trabalho vigoram no prazo de vigência da sentença normativa. A Súmula se aplica analogicamente

aos acordos e convenções coletivas.

63 - CONVENÇÃO COLETIVA E ACORDO COLETIVO NO SETOR PÚBLICO

- Se aplica somente aos empregados públicos das empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem

atividade econômica (art. 173, parágrafo primeiro, II, da CF).

- Artigo 39 CF admite que a Administração Pública Direta, autárquica e fundacional contrate empregados públicos,

mas a esses não se aplicam pelos seguintes motivos:

A) os vencimentos são fixados e aumentados em função de lei, em decorrência do princípio da legalidade.

B) O art. 39, parágrafo terceiro, da CF não reconheceu as convenções e acordos aos servidores públicos;

64. C) O ente público não integra nenhuma categoria econômica, não estando vinculado a qualquer sindicato patronal;

D) Com relação ao acordo coletivo, a administração pública não poderia subscrever o instrumento normativo em

função do princípio da legalidade.

65. 4. DA MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM Decreto 1.572/1995

- MEDIAÇÃO é a intervenção realizada por um terceiro estranho a relação negocial, sem poder decisório, com o

objetivo de aproximar as partes na busca de uma solução conciliatória, por meio da assinatura do instrumento

normativo autocomposto (convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho).

- Quem pode ser o mediador?

- Pagamento dos honorários do mediador?

66 - O Decreto 1572 possibilita também que os interessados peçam auxílio ao MTE na designação de mediador.

- Mediação na Superintendência Regional do Trabalho.

- De conformidade com o § 1º do art. 114, CF, frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

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- A ARBITRAGEM é uma forma de solução de conflito coletivo realizada por um terceiro estranho a relação negocial

(árbitro), livremente escolhido pelos interessados e com poder decisório sobre o impasse.

67 - No Brasil, a arbitragem é disciplinada pela Lei 9.307/1996, a qual no seu artigo 1 dispõe que as pessoas capazes de

contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

- Art. 13 – qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes poderá ser designada como árbitro.

* Na esfera trabalhista, o campo de atuação da arbitragem restringe-se aos conflitos coletivos de trabalho.

68 - 5. DO DISSÍDIO COLETIVO Art. 114, parágrafo segundo, da CF c/c arts. 856 a 875 CLT). Completa o § 2º com a nova

redação dada pela EC n. 45/04, que: “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é

facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do

Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as

convencionadas anteriormente.”

69 - No que consiste o Poder Normativo da Justiça do Trabalho?

- A EC 45/2004 que alterou o art. 114, parágrafo segundo, da CF limitou o PN da JT, visto que o dissídio coletivo de

natureza econômica somente poderá ser proposto se houver mútuo acordo.

- Com isso, verifica-se que a Justiça do Trabalho transformou-se numa espécie de juízo arbitral, pois somente pode

atuar se ambas as entidades sindicais concordarem.

70 - O COMUM ACORDO

- O que significa o comum acordo¿

- O comum acordo no TST:

. Se na contestação não for argüida em preliminar a ausência do comum acordo, entende-se como uma concordância

tácita.

. Mas havendo oposição na contestação, é extinto sem julgamento de mérito. (RODC 568008520085090909 e RODC

82300352008503000).

71. JURISPRUDÊNCIA SOBRE O COMUM ACORDO PARA O AJUIZAMENTO RO - 2854-82.2010.5.04.0000 DEJT -

25/03/2011 DISSÍDIO COLETIVO. AUSÊ NCIA DE COMUM ACORDO. ART. 114, § 2º , DA CONSTITUIÇÃ O FEDERAL.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/2004. EXTINÇÃ O DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃ O DO MÉRITO . A discordância do

Suscitado com o ajuizamento do dissídio coletivo, oportunamente manifestada em contestação, determina o decreto

de extinção do processo sem resolução do mérito, por ausência de pressuposto processual: comum acordo previsto no

art. 114, § 2º , da Constituição Federal, com a redação conferida pela Emenda Constitucional nº 45/2004.

Inconstitucionalidade dessa exigência, ante o disposto no art. 5º , XXXV, da Constituição Federal, que não se verifica.

Precedentes desta Corte. Recurso ordinário a que se dá provimento, a fim de se decretar a extinção do processo sem

resolução do mérito, na forma do art. 267, VI, do CPC.

72- RO - 149900-39.2009.5.03.0000 DEJT -25/03/2011 RECURSO ORDINÁ RIO EM AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO

CAUTELAR DE SUPRIMENTO DE CONSENTIMENTO NA INSTAURAÇÃO DA INST Â NCIA DE DISSÍ DIO COLETIVO .

A ação cautelar de suprimento de consentimento na instauração da instância de dissídio coletivo foi ajuizada

incidentalmente ao DC-24000-46.2009.5.03.0000, visando a obter o pronunciamento do Juízo a respeito da

inconstitucionalidade da exigência do comum acordo, trazida pela Emenda Constitucional nº 45/2005 ao § 2º do art.

114 da Constituição Federal, e, sucessivamente, a eficácia jurídica do consentimento denegado, de modo a possibilitar

a tramitação normal do dissídio coletivo. Ocorre que, nos termos da jurisprudência desta Seção Especializada, o

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comum acordo é um dos pressupostos específicos da ação coletiva de natureza econômica, e, no caso, sua ausência

será analisada , oportunamente, na ação principal - da qual esta cautelar é incidente - antes do exame do merito das

reivindicações obreiras.

73 - 4.1. Das modalidades de dissídios coletivos - Art. 216 do Regimento Interno do TST adota a seguinte classificação

dos dissídios coletivos:

a) dissídio coletivo de natureza econômica;

b) dissídio coletivo de natureza jurídica;

C) originários;

D) de revisão;

E) de declaração sobre a paralisação do trabalho.

74 - 4.2. Da competência para o dissídio coletivo

- Os Tribunais Regionais do Trabalho são competentes para processar, conciliar e julgar os dissídios coletivos

instaurados em sua base territorial. A competência funcional é originária do Regional.

- Naqueles casos em que a instauração do dissídio abrange mais de uma base territorial pertencentes a Regionais

distintos, a competência se alavanca para o Tribunal Superior do Trabalho cuja base é todo o Território Nacional.

75- 4.3. Do Procedimento

- Petição inicial:

. Nome das partes e qualificação

. Motivos do dissídio

. As bases de conciliação

. Cláusulas (natureza das cláusulas e devem ser fundamentadas, sob pena de não ser analisada (PN 37 do TST).

. Tipos de cláusulas: econômicas, sociais, sindicais e obrigacionais.

76 - 4.3. Do Procedimento

- Documentos que acompanham a inicial:

. Procuração

. Ata de posse

. Edital da assembléia

. Cópia autenticada da ata da assembléia (art.859 CLT)

. Lista de presença da assembléia

. Pauta reivindicatória registrada em ata (OJ 08 da SDC/TST).......

77 - 4.3. Do Procedimento

. Em caso de revisão de dissídio, a sentença normativa em vigor;

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. Em caso de originário, a cópia autenticada da convenção coletiva.

. Havendo algum acordo coletivo, cópia autenticada.

- Contestação. Reconvenção. Revelia. Confissão. Intervenção de terceiros.

78 - Audiência:

. Representação do suscitado (art. 861 CLT).

. Não comparecimento da(s) parte(s): art. 864 CLT

. Conciliação.

. Não havendo acordo, o processo é encaminhado para o MPT para parecer (art. 11 da Lei 7701/88).

. Após o parecer, o processo é distribuído ao relator, mediante sorteio. Elaborado o relatório, o processo é

encaminhado ao revisor e depois submetido a julgamento pelo Tribunal.

79- 4.4. Prazo para ajuizamento

- Caso haja norma em vigor é preciso instaurar o dissídio dentro dos 60 dias anteriores ao respectivo termo final do

instrumento, para que o mesmo tenha vigência no dia imediato ao termo (art. 616, parágrafo 3, CLT).

Acórdão - Processo 0348900-95.2006.5.04.0000 (DC)

Redator: FLÁVIA LORENA PACHECO

Data: 24/05/2010 Origem: Tribunal Regional do Trabalho

EMENTA: DISSÍDIO COLETIVO REVISIONAL. AÇÃO REVISIONAL AJUIZADA ANTES DO PRAZO PREVISTO NO ART. 873 DA

CLT. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Adotada a revisanda com database em 01 de maio, com

vigência a partir de maio/2006 e ajuizada a presente ação em novembro/2006, antes de decorrido um ano do início da

vigência daquela, diante das disposições insertas no art. 873 da CLT, não há norma coletiva a ser revisada. (...)

80- 4.5 Ação de Protesto Judicial para preservar data-base

- Base legal: arts. 867 e ss do CPC (após revogação IN 4)

- A IN 4/1993 do TST (revogada) dispunha acerca da ação de Protesto para preservação de data-base. O TST continua

aceitando a ação.

* Regimento Interno do TST: Art. 213. Frustrada, total ou parcialmente, a autocomposição dos interesses coletivos em

negociação promovida diretamente pelos interessados, ou mediante intermediação administrativa do Órgão

competente do Ministério do Trabalho, poderá ser ajuizada a ação de dissídio coletivo. § 1º Na impossibilidade real de

encerramento da negociação coletiva em curso antes do termo final a que se refere o artigo 616, § 3º, da CLT, a

entidade interessada poderá formular protesto judicial em petição escrita dirigida ao Presidente do Tribunal, a fim de

preservar a data-base da categoria. § 2º Deferida a medida prevista no item anterior, a representação coletiva será

ajuizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da intimação, sob pena de perda da eficácia do protesto.

(grifei).

81 - Inicial e a quem é dirigida

- Jurisdição voluntária

- Conseqüências do deferimento da medida e consequências do indeferimento.

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- Notificação do(s) suscitado(s).

- Devolução dos autos.

82- 4.6. Da sentença normativa

a) Terminologia

B) Prazo:

- Prazo máximo de vigência (04 anos) segundo o artigo 868, parágrafo único, da CLT. Mas os TRTs têm fixado em 01

ano para incentivar as negociações.

C) Efeitos:

-Erga omnes.

- Exceção: quando o dissídio for ajuizado por alguma(s) empresa(s).

83- D) Coisa Julgada

- Há divergência doutrinária e jurisprudencial.

- Primeira corrente: só faz coisa julgada formal.

Fundamento:

. Pode ser objeto de ação de cumprimento mesmo antes do seu trânsito em julgado;

. Após um ano de vigência, pode ser objeto de revisão;

. Não comporta execução das cláusulas sociais e econômicas;

. Eficácia temporária.

84 - Segunda corrente: faz coisa julgada formal e material.

Fundamento:

. Cabe ação rescisória (art.2, inciso I, letra “c”, Lei 7701/88);

. Não ação de cumprimento não pode rediscutir a matéria de fato e de Direito.

85 * TST adota a primeira corrente, que só faz coisa julgada formal. SUM-397 AÇÃO RESCISÓRIA. ART . 485, IV, DO CPC.

AÇÃO DE CUMPRI-MENTO. OFENSA À COISA JULGADA EMANADA DE SENTENÇA NORMATIVA MODIFICADA EM GRAU

DE RECURSO. INVIABILIDADE. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. Não procede ação rescisória calcada em

ofensa à coisa julgada perpetrada por decisão proferida em ação de cumprimento, em face de a sentença normativa,

na qual se louvava, ter sido modificada em grau de recurso, porque em dissídio coletivo somente se consubstancia

coisa julgada formal. Assim, os meios processuais aptos a atacarem a execução da cláusula reformada são a exceção

de pré-executividade e o mandado de segurança, no caso de descumprimento do art. 572 do CPC.

86 - 4.7. Da ação de cumprimento e do dissídio individual

- É o remédio jurídico próprio para reclamar direito assegurado em sentença normativa.

- O TST indica ação de cumprimento para acordo e convenção coletiva na Súmula n. 246. SUM-246 AÇÃO DE

CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SEN-TENÇA NORMATIVA.

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É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento.

A norma coletiva não poderá ser rediscutida (parágrafo único, art. 872, CLT), porém, mesmo sem a possibilidade do

contraditório, a parte terá de ajuizar ação de cumprimento, aguardar recursos para os Tribunais Regionais e

Superiores e, se existir matéria constitucional, poderá ir até o STF.

87- 4.8. Da revisão da sentença normativa. Desde que decorrido mais de um ano da vigência da sentença normativa,

caberá revisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que

as ditaram, de modo que tais condições se hajam tornando injustas ou inaplicáveis (art. 873, CLT).

88. 4.9. Recursos

- No processo do trabalho, os recursos são dotados apenas de efeito devolutivo (art. 899 CLT). Entretanto, pode o

presidente do Tribunal atribuir efeito suspensivo ao recurso interposto sobre a sentença normativa, pelo prazo

improrrogável de 120 dias (art. 9, Lei 7701/88 c/c art. 14 da Lei 10192/2001).

- Recurso cabível sobre a sentença normativa. Prazo. Competência para julgamento.....

89 - Caso a sentença normativa seja prolatada de forma originária pelo TST, não sendo unânime cabe EI (art. 2, II, c, Lei

7701/88) a serem julgados pela SDC, exceto se a decisão atacada estiver em consonância com precedente

jurisprudencial do TST ou da súmula de sua jurisprudência predominante, daí somente é admitido embargos de

declaração e eventual Recurso Extraordinário, se houver ofensa a CF/88.

90 GREVE

Greve é a paralisação coletiva e temporária do trabalho a fim de obter, pela pressão exercida em função do

movimento, as reivindicações da categoria, ou mesmo a fixação de melhores condições de trabalho.

CONCEITO:

A Lei 7.783/1989 (Lei de Greve), em seu art. 2º, define a greve como sendo a suspensão coletiva, temporária e

pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.

O direito de greve é assegurado aos trabalhadores, devendo esses decidirem sobre a oportunidade de o exercer e

sobre os interesses que devam por meio dele defender (art. 9º. Da CF/1988 e art. 1º. da Lei 7.783/1989).

Todavia, a greve deve ser exercida nos termos e limites definidos na Lei 7.783/1989, sob pena de ser considerada

abusiva em eventual dissídio coletivo.

91 PECULIARIDADES

Em relação à Lei 7.783/1989, podemos destacar as seguintes peculiaridades:

a) FRUSTAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA: a cessação coletiva do trabalho somente poderá ser realizada após a

frustração da negociação coletiva ou impossibilidade de recurso via arbitral (art. 3º.).

b) NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE ASSEMBLÉIA PRÉVIA: caberá ao sindicato da categoria profissional convocar

assembléia geral para definir as reivindicações da categoria e a paralisação coletiva (art. 4º).

c) AVISO PRÉVIO: o sindicato patronal e a empresa interessada serão avisados da greve com antecedência mínima de

48 horas (art. 3º, parágrafo único).

92. c) ATIVIDADES ESSENCIAIS: são consideradas atividades essenciais: tratamento e abastecimento de água, produção

e distribuição de energia elétrica, gás e combustível; assistência médica e hospitalar; distribuição e comercialização de

medicamentos e alimentos; funerários; transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo;

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telecomunicações; guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

processamento de dados ligados a serviços essenciais; controle de tráfego aéreo e compensação bancária (art.10).

- PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS INDISPENSÁVEIS À COMUNIDADE NOS SERVIÇOS OU ATIVIDADES ESSENCIAIS: os

sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a

prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, sendo consideradas

aquelas, que, se não atendidas coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população

(art.11 e respectivo parágrafo único);

93- COMUNICAÇÃO DA GREVE NOS SERVIÇOS OU ATIVIDADES ESSENCIAIS: na greve em serviços ou atividades

essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos

empregadores e aos usuários, com antecedência mínima de 72 horas da paralisação (art.13).

94. d) LIVRE ADESÃO À GREVE: as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o

acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.

e) ABUSO DO DIREITO DE GREVE: constitui abuso do direito de greve:

- A inobservância das normas contidas na Lei 7.783/1989,

- Bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho,

salvo descumprimento de cláusula de instrumento normativo ou mesmo pela superveniência da fato novo ou

acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho (cláusula rebus sic stantibus) (art. 14

e respectivo parágrafo único).

95. f) SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: a greve sempre suspende o contrato de trabalho, devendo as

relações obrigacionais do período ser regidas por acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho

(art. 7º).

g) RESPONSABILIDADE PELOS ATOS PRÁTICADOS: a responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes

cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal (art. 15).

Impede destacar que o Ministério Público do Trabalho, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de

lesão do interesse público, poderá ajuizar dissídio coletivo de greve, competindo à Justiça do Trabalho decidir o

conflito, conforme previsto no art. 114, § 3º, da CF/1988, com redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004.

Também é possível o ajuizamento pelo MPT para assegurar a defesa da ordem jurídica em caso de paralisação por

parte dos empregados.

96. GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO- Em relação aos trabalhadores regidos pela CLT, a CF/1988, em seu art. 9º, conforme

já mencionado, assegurou o direito de greve, o qual foi regulamentado pela Lei 7.783/1989. Todavia a norma

constitucional conferiu tratamento diverso aos servidores públicos, relativamente ao exercício do direito de greve. O

art. 37, VII, da CF/1988 condicionou o exercício do direito de greve do servidor público estatutário à edição de lei

específica, in verbis: “Art. 37 . A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: VII- o direito de greve será exercido nos termos e nos limites

definidos em lei específica”.

97- Havia discussão na doutrina e jurisprudência acerca da aplicação da Lei de Greve ao servidor público. O Plenário do

STF, em 25 de outubro de 2007, por unanimidade (Mandados de Injunção 670, 708 e 712), declarou a omissão

legislativa quanto ao dever constitucional de editar lei que regulamente o exercício do direito de greve no setor

público e, por maioria decidiu aplicar ao setor, no que couber, a lei de greve vigente ao setor privado, qual seja a Lei

7.783/1989. Os Mandados de Injunção foram ajuizados, respectivamente, pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis

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do Estado do Espírito Santo (Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores Em Educação do Município de João Pessoa

(Sintem) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sinjep).

98- Logo, em função dessa decisão do STF passou a entender que o art. 37, VII, da CF/1988 encerra uma norma de

eficácia contida, podendo o servidor público exercer o direito de greve, aplicando-se, no que couber, a Lei 7.783/1989.

No julgamento, o Ministro Celso de Mello salientou que “não se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da

Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão,

além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis – a quem vem se negando arbitrariamente, o exercício do direito

de greve, já assegurado pelo texto constitucional-, traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela

autoridade, pelo valor e pelo alto significado que se reveste a Constituição da República”.

99- LOCKOUT OU LOCAUTE

O art. 17 e respectivo parágrafo único da Lei 7.783/1989 dispõem que: “Art. 17. Fica vedada a paralisação das

atividades por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de

reivindicações dos respectivos empregados (“lockout”). Parágrafo Único. A prática referida no caput assegura aos

trabalhadores o direito de percepção dos salários durante o período de paralisação.”

100- O lockout é a paralisação do trabalho ordenada pelo próprio empregador, seja para frustrar ou dificultar o

atendimento das reivindicações dos trabalhadores, seja para exercer pressão perante as autoridades em busca de

alguma vantagem econômica. Ilustrativamente, podemos mencionar o exemplo das greves de transportes coletivos

patrocinadas pelas próprias empresas, objetivando pressionar a administração pública a conceder reajustes de tarifas.

Em última análise, a Lei 7.783/1989 proíbe o lockout, garantindo aos obreiros todos os direitos trabalhistas durante o

considerando, portanto, o período de louckout como de interrupção do liame empregatício.

101. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA PELOS SINDICATOS (LEI 5584/70) Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a

que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que

pertencer o trabalhador. § 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do

mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação

econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. § 2º A situação econômica do

trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência

Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.

102- Art 16. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. Art 18. A

assistência judiciária será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato. Art 19. Os

diretores de Sindicatos que, sem comprovado motivo de ordem financeira, deixarem de dar cumprimento às

disposições desta lei ficarão sujeitos à penalidade prevista no art. 553, alínea a da Consolidação das Leis do Trabalho.

103. Art. 11 da Lei 1060/50: Os honorários de advogados e peritos, as custas do processo, as taxas e selos judiciários

serão pagos pelo vencido, quando o beneficiário de assistência for vencedor na causa. § 1º. Os honorários do

advogado serão arbitrados pelo juiz até o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o líquido apurado na execução da

sentença.

104. OJ-SDI1-304 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. COMPROVAÇÃO

(DJ 11.08.2003).

Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art.14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples

afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação

econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº1.060/50).

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105. OJ-SDI1-305 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS. JUSTIÇA DO TRABALHO (DJ 11.08.2003) Na Justiça do

Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se à constatação da ocorrência concomitante de dois

requisitos: o benefício da justiça gratuita e a assistência por sindicato.

- Honorários de AJ

- Honorários advocatícios na JT

- Jus postulandi

106. JURISPRUDÊNCIA HONORÁRIOS:

Acórdão - Processo 1040200-32.2009.5.04.0761 (RO)

Redator: MILTON VARELA DUTRA

Data: 05/05/2011 Origem: Vara do Trabalho de Triunfo EMENTA:

RECURSO ORDINÁRIO. MATÉRIA LITIGIOSA. OMISSÃO NA SENTENÇA. AUSÊNCIA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

PRECLUSÃO. NÃO CONHECIMENTO. Opera-se a preclusão, fato impeditivo do direito de recorrer, quando a omissão

sobre a matéria não examinada pelo juiz de primeiro grau na sentença não é suscitada por objeto de competentes

embargos de declaração.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LEI 1.060/50. DECLARAÇÃO DE POBREZA. DIREITO.

Trabalhador que se declara pobre, ao feitio legal, tem direito ao benefício da assistência judiciária na forma da Lei

1.060/50. Devidos, por consequência indissociável do benefício, os honorários advocatícios, de assistência judiciária,

de 15% sobre o valor total bruto da condenação a final apurado. (...)

107. Acórdão - Processo 0083100-55.2008.5.04.0026 (RO)

Redator: ANA LUIZA HEINECK KRUSE

Data: 19/01/2011 Origem: 26ª Vara do Trabalho de

Porto Alegre EMENTA: HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA

JUDICIÁRIA. Declarada pelo reclamante sua condição de insuficiência econômica, são devidos honorários assistenciais

ao seu procurador, nos termos da Lei 1.060/50, aplicável ao processo do trabalho aos que carecerem de recursos para

promover sua defesa judicial. Não se pode mais entender que a assistência judiciária fica limitada ao monopólio

sindical. Recurso provido. (...)

108. Acórdão - Processo 0081800-33.2004.5.04.0015 (AP)

Redator: HUGO CARLOS SCHEUERMANN

Data: 05/05/2011 Origem: 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre

EMENTA: HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ A FAVOR DO SINDICATO DA

CATEGORIA COM INCLUSÃO DOS NOMES DOS PROCURADORES CONSTANTES DA CREDENCIAL SINDICAL. Embora os

honorários de assistência judiciária gratuita se destinem ao sindicato representativo da categoria profissional da

exeqüente, conforme disposição do art. 16 da Lei 5.584/70, os procuradores a quem este outorgou poderes através de

credencial sindical estão devidamente autorizados a receber os valores a ele destinados relativos aos honorários

assistenciais. Agravo de petição provido. (...)

109

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Acórdão - Processo 0000786-84.2010.5.04.0801 (RO)

Redator: BERENICE MESSIAS CORRÊA

Data: 12/05/2011 Origem: 1ª Vara do Trabalho de Uruguaiana

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELO MUNICÍPIO

RECLAMADO. HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. NaJustiça do Trabalho somente a assistência judiciária

prestada pelo sindicato representante da categoria a que pertence o trabalhador necessitado enseja o direito à

percepção de honorários advocatícios, nos termos da Lei nº 5.584/70, arts. 14 a 16, no percentual nunca superior a

15%. Adoção, como razão de decidir, do entendimento expresso na Orientação Jurisprudencial de nº 305 da SDI-1 do

TST. Recurso desprovido. (...)

110 .EXERCÍCIOS:

Assinale, a respeito da convenção coletiva de trabalho, a alternativa INCORRETA:

A) é o acordo de caráter normativo onde são estipuladas condições de trabalho.

B) é celebrada por dois ou mais sindicatos representativos de categorias profissionais e econômicas;

c) são celebradas por escrito, sem emendas nem rasuras.

d) entram em vigor a partir da entrega para registro e arquivamento no MTE;

E) não respondida.

A respeito da greve, assinale a alternativa INCORRETA:

A) na vigência de acordo coletivo é possível a greve que tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusulas;

B) o serviço funerário é considerado atividade essencial;

C) é permitido aos grevistas o aliciamento pacífico dos trabalhadores para a adesão a greve;

D) nas atividades não consideradas essenciais,o prazo mínimo para a comunicação aos empregadores diretamente

interessados é de 72hs.

E) não respondida.

Em relação à organização sindical brasileira:

I. Não obstante a norma constitucional vedar a interferência estatal na criação e organização dos sindicatos,

permanece a obrigação do registro da entidade no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, bem como o

depósito de seus estatutos no órgão competente do Ministério do Trabalho para fins cadastrais e de verificação dos

pressupostos legais.

II. A estrutura sindical brasileira adota o sistema piramidal, tendo os sindicatos na base, no meio as federações e no

vértice as confederações, sendo as federações formadas por, no mínimo, três sindicatos da mesma categoria

profissional, diferenciada ou econômica, e as confederações por uma composição mínima de cinco federações,

observadas as categorias respectivas.

III. A Constituição de 1988, ao prever a existência de um único sindicato dentro de uma determinada base territorial, e

ao recepcionar a estrutura piramidal de organização das entidades sindicais de graus superior e inferior, inviabilizou a

criação de sindicatos nacionais, ou seja, entidades sindicais de grau inferior com área de atuação em todo o território

nacional.

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IV. A contribuição sindical obrigatória (imposto sindical) e a contribuição confederativa compõem o quadro das

receitas sindicais, sendo devidas por todos os trabalhadores integrantes da categoria profissional ou econômica,

sindicalizados ou não.

a) Todas as proposições são falsas.

b) Todas as proposições são verdadeiras.

c) Há apenas três proposições verdadeiras.

d) Há apenas duas proposições verdadeiras.

e) Há apenas uma proposição verdadeira.

Sobre a negociação coletiva trabalhista:

I. A convenção coletiva é o acordo de caráter normativo através do qual duas ou mais entidades sindicais

representativas de categorias econômicas e profissionais estipulam novas condições de trabalho, possuindo eficácia

territorial apenas no âmbito de suas respectivas representações, com prazo mínimo de vigência de um ano e máximo

de dois anos.

II. No que tange à incorporação das cláusulas negociadas através de convenção ou acordo coletivos ao contrato de

trabalho, a jurisprudência majoritária vem prestigiando o princípio da aderência limitada, considerando que os

dispositivos de normas coletivas vigoram apenas durante o prazo de vigência assinalado nos respectivos instrumentos.

III. O empregado integrante de categoria profissional diferenciada faz jus às vantagens previstas em instrumento

coletivo celebrado pelo sindicato que lhe representa, desde que o seu empregador, diretamente ou pelo sindicato da

categoria econômica que integra, tenha participado da negociação.

IV. Havendo conflito entre normas de convenção e de acordo coletivo, com vigências simultâneas, que atinjam o

mesmo grupo de trabalhadores, devem prevalecer as regras do acordo coletivo, visto que de caráter especial em

relação à convenção, que tem caráter geral.

a) Todas as proposições são falsas.

b) Todas as proposições são verdadeiras.

c) Há apenas três proposições verdadeiras.

d) Há apenas duas proposições verdadeiras.

e) Há apenas uma proposição verdadeira.

Sobre os sistemas sindicais:

I. No Brasil adota-se como regra o critério do sindicato por categoria, que reúne os trabalhadores de empresas que

atuam no mesmo ramo de atividade econômica ou que tenham atividades econômicas similares.

II. A norma constitucional não veda a criação de sindicatos por empresa, assim considerados aqueles que agregam

trabalhadores vinculados a uma mesma unidade empresarial.

III. A Convenção 87 da OIT, que adota o sistema da liberdade sindical plena, recomenda o pluralismo sindical e refuta

a ideia da unidade sindical.

IV. A Constituição de 1988 adotou o princípio da liberdade sindical ao vedar a interferência e intervenção estatal na

organização dos sindicatos, muito embora ainda trazendo em seu bojo alguns resquícios do regime corporativista.

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a) Há apenas uma proposição verdadeira.

b) Há apenas duas proposições verdadeiras.

c) Há apenas três proposições verdadeiras.

d) Todas as proposições são verdadeiras.

e) Todas as proposições são falsas.

LEIA AS PROPOSIÇÕES A RESPEITO DO DIREITO SINDICAL:

I . Os sindicatos têm o dever de manter serviços de assistência judiciária aos integrantes da respectiva categoria

profissional.

II . O direito de voto perante o sindicato, na condição de integrante da categoria profissional, coincide com a idade

permitida para o trabalho, ou seja, 16 anos.

III . O registro do sindicato deve ser feito perante o Ministério do Trabalho como forma de garantir a unicidade

sindical.

IV . Os sindicatos de trabalhadores têm o dever de fundar cooperativas de consumo e de crédito. Assinale a

alternativa correta, consideradas as proposições apresentadas:

a) apenas as proposições I, II e III estão corretas

b) apenas as proposições I e II estão corretas

c) apenas as proposições II, III e IV estão corretas

d) apenas as proposições III e IV estão corretas

e) apenas as proposições I, III e IV estão corretas.