direito civil (dos bens e fatos jurídicos)

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Dos Bens Dos Bens Livro II da Parte Geral Livro II da Parte Geral do Código Civil do Código Civil Arts. 79 ao 103 do Arts. 79 ao 103 do CC CC

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Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

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Page 1: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Dos BensDos Bens

Livro II da Parte Geral do Livro II da Parte Geral do Código Civil Código Civil

Arts. 79 ao 103 do CCArts. 79 ao 103 do CC

Page 2: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Coisas e BensCoisas e Bens

Distinção.Distinção.

O conceito de O conceito de “Bens”“Bens” não pode ser não pode ser confundido com o confundido com o “Coisas”“Coisas”. Para . Para grande parte da doutrina, Coisa é grande parte da doutrina, Coisa é gênero, do qual “bem” é espécie.gênero, do qual “bem” é espécie.

Page 3: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

BensBens

CONCEITO:CONCEITO:

Segundo Agostinho Alvim, “ Segundo Agostinho Alvim, “ bens são as coisas materiais ou bens são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico imateriais que têm valor econômico e que podem servir de objeto a uma e que podem servir de objeto a uma relação jurídica”.relação jurídica”.

Page 4: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Classificação dos BensClassificação dos Bens

O Código Civil divide os Bens em três O Código Civil divide os Bens em três categorias:categorias:

- bens considerados em si mesmos;- bens considerados em si mesmos;

- bens reciprocamente considerados;- bens reciprocamente considerados;

- bens quanto a titularidade do - bens quanto a titularidade do domínio.domínio.

Page 5: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Classificação dos bens - Classificação dos bens - ContinuaçãoContinuação

Quanto a existência física temos:Quanto a existência física temos:

- Bens corpóreos – aqueles que possuem - Bens corpóreos – aqueles que possuem existência material.existência material. são transmitidos por meio são transmitidos por meio de contrato de venda e compra ou doação.de contrato de venda e compra ou doação.

- Bens incorpóreos – aqueles de existência - Bens incorpóreos – aqueles de existência abstrata, sem existência material (ex. direitos abstrata, sem existência material (ex. direitos autorais) - autorais) - só podem ser adquiridos através só podem ser adquiridos através de cessão e estes são insuscetíveis de de cessão e estes são insuscetíveis de usucapiãousucapião

Page 6: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Considerados em si Bens Considerados em si MesmosMesmos

Classificação quanto a Classificação quanto a mobilidademobilidade::

Temos os Bens Imóveis e Bens Móveis.Temos os Bens Imóveis e Bens Móveis.

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. incorporar natural ou artificialmente.

- - Não podem ser transportados sob pena de alteração Não podem ser transportados sob pena de alteração de sua essência .de sua essência .

Suas espécies:Suas espécies:

a) Imóveis por Natureza – a) Imóveis por Natureza – temos o solo, temos o solo, subsolo,superfície e espaço aéreo.subsolo,superfície e espaço aéreo.

Page 7: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

b) Bens por acessão Física ou artificial: b) Bens por acessão Física ou artificial: São os São os bens que foram incorporados ao solo pelo bens que foram incorporados ao solo pelo homemhomem (Ex: construções e plantações. (Ex: construções e plantações.

c) Imóveis por Determinação Legal – c) Imóveis por Determinação Legal – são aqueles são aqueles reputados como tais pela lei, em virtude de reputados como tais pela lei, em virtude de imperatividade de segurança jurídica. imperatividade de segurança jurídica. (Ex: Herança)(Ex: Herança)

d) ACESSAO FÍSICA INTELECTUAL - ESTES SÃO d) ACESSAO FÍSICA INTELECTUAL - ESTES SÃO TRATADOS COMO PERTENÇAS.TRATADOS COMO PERTENÇAS.(divergência (divergência doutrinaria)doutrinaria)

Art. 80. Consideram-se imóveis para efeitos Art. 80. Consideram-se imóveis para efeitos legaislegais

I – os direitos reais sobre os imóveis e as I – os direitos reais sobre os imóveis e as ações que os asseguram; – – (hipoteca) (hipoteca)

II – o direito a sucessão aberta.II – o direito a sucessão aberta.

Page 8: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Considerados em si Bens Considerados em si Mesmos - ContinuaçãoMesmos - Continuação

Art. 81. Não perdem o caráter de Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:imóveis:

I – as edificações que, separadas do I – as edificações que, separadas do solo, mais conservando sua unidade, forem solo, mais conservando sua unidade, forem removidos para outro local;removidos para outro local;

II – as materiais provisoriamente II – as materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se separados de um prédio, para nele se reempregarem. reempregarem.

Page 9: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - Conceito e Bens Móveis - Conceito e subclassificaçãosubclassificação

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.destinação econômico-social.

Não podem ser transportados de um lugar Não podem ser transportados de um lugar para outro sem alteração em sua substância, para outro sem alteração em sua substância, podendo ser: podendo ser:

a) Móveis Por Natureza - a) Móveis Por Natureza - bens móveis bens móveis propriamente ditos e os semoventes propriamente ditos e os semoventes (animais)(animais)

Page 10: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis – ContinuaçãoBens Móveis – Continuação

b) Móveis Por Determinação Legal – b) Móveis Por Determinação Legal – aqueles aqueles que adquirem essa qualidade jurídica em que adquirem essa qualidade jurídica em virtude de disposição legal.virtude de disposição legal.

Art. 83. Consideram-se móveis para os Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:efeitos legais:

I – as energias que tenham valor I – as energias que tenham valor econômico; econômico; II – as direitos reais sobre objetos móveis II – as direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.patrimonial e respectivas ações.

Page 11: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - ContinuaçãoBens Móveis - Continuação

c) Móveis Por Antecipação – c) Móveis Por Antecipação – são aqueles são aqueles que muito embora ainda incorporados que muito embora ainda incorporados ao solo, são destinados e convertidos ao solo, são destinados e convertidos em móveisem móveis

Ex: São móveis por antecipação Ex: São móveis por antecipação árvores abatidas para serem árvores abatidas para serem convertidas em lenha, ou casas convertidas em lenha, ou casas vendidas para serem demolidas.vendidas para serem demolidas.

Page 12: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - Bens Móveis - SubclassificaçãoSubclassificação

Art. 84. Os materiais destinados a Art. 84. Os materiais destinados a

alguma construção, enquanto não alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.demolição de algum prédio.

Page 13: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Principais Diferenças entre Principais Diferenças entre Bens Imóveis e MóveisBens Imóveis e Móveis

ImóveisImóveis MóveisMóveispara transferência de para transferência de titularidade exige-se titularidade exige-se registro no Cartório de registro no Cartório de ImóveisImóveis

dar-se através de mera dar-se através de mera tradiçãotradição

bens no valor superior a 30 bens no valor superior a 30 vezes o maior salário vezes o maior salário mínimo vigente no país mínimo vigente no país exigem a existência de exigem a existência de escritura públicaescritura pública

é livre a alienaçãoé livre a alienação

salvo regime de separação salvo regime de separação absoluta de bens, deve o absoluta de bens, deve o sujeito casado obter a sujeito casado obter a autorização do outro autorização do outro cônjuge, sob pena de cônjuge, sob pena de anulabilidade do ato (art. anulabilidade do ato (art. 1.647 do CC1.647 do CC

desnecessária a outorga desnecessária a outorga uxória para alienaçãouxória para alienação

Page 14: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Principais Diferenças entre Principais Diferenças entre Bens Imóveis e MóveisBens Imóveis e Móveis

ImóveisImóveis MóveisMóveis

a hipoteca é a hipoteca é reservada aos imóveisreservada aos imóveis

via de regra, o penhor via de regra, o penhor é direito real de é direito real de garantia reservado garantia reservado aos bens móveisaos bens móveis

Usucapião: prazo Usucapião: prazo estipulado 5, 10 e 15 estipulado 5, 10 e 15 anosanos

prazo 3 e 5 anosprazo 3 e 5 anos

a alienação dá causa a alienação dá causa ao ITBI e não pode ser ao ITBI e não pode ser objeto de furto.objeto de furto.

a venda figura como a venda figura como fato gerador do ICMSfato gerador do ICMS

Page 15: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis – Quanto a Bens Móveis – Quanto a substituiçãosubstituição

FUNGÍVEIS E INFUGÍVEISFUNGÍVEIS E INFUGÍVEIS Isto Isto é, os bens que podem ou não ser é, os bens que podem ou não ser substituídos por outros da mesma substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. espécie, qualidade e quantidade.

Bens Fungíveis:Bens Fungíveis:

Art. 85. são fungíveis os móveis Art. 85. são fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e mesma espécie, qualidade e quantidade.quantidade.

Page 16: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - ContinuaçãoBens Móveis - Continuação

CONSUMÍVEISCONSUMÍVEIS Quando o seu primeiro Quando o seu primeiro uso, requer imediata destruição de sua uso, requer imediata destruição de sua substância, ao passo que os inconsumíveis substância, ao passo que os inconsumíveis podem ser usados continuamente, podem ser usados continuamente, possibilitando que se retirem todas as possibilitando que se retirem todas as suas utilidades sem atingir sua suas utilidades sem atingir sua integridade.integridade.

Art. 86. são consumíveis os bens Art. 86. são consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à também considerados tais os destinados à alienação. alienação.

Page 17: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - ContinuaçãoBens Móveis - Continuação Art. 87. bens divisíveis são os que se Art. 87. bens divisíveis são os que se

podem fracionar sem alteração na sua podem fracionar sem alteração na sua substancia, diminuição considerável de valor, ou substancia, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.prejuízo do uso a que se destinam.

São divisíveis, portanto, os bens que se podem São divisíveis, portanto, os bens que se podem partir em porções reais e distintas, formando partir em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito. (Ex. um relógio)cada qual um todo perfeito. (Ex. um relógio)

Art. 88. os bens naturalmente divisíveis Art. 88. os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei, ou por vontade das partes.lei, ou por vontade das partes.

Page 18: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

a) Por natureza: os que não podem a) Por natureza: os que não podem fracionar na sua substancia, fracionar na sua substancia, diminuição de valor ou prejuízo do uso diminuição de valor ou prejuízo do uso ((Ex. animal)Ex. animal)

b) Por determinação legal: quando a b) Por determinação legal: quando a lei impede o seu fracionamento lei impede o seu fracionamento (Ex. (Ex. servidões prediais, hipoteca)servidões prediais, hipoteca)

c) Por vontade das partes c) Por vontade das partes (convencional) – neste caso o acordo (convencional) – neste caso o acordo tornará a coisa comum indivisa por tornará a coisa comum indivisa por prazo maior que 05 anos suscetível de prazo maior que 05 anos suscetível de prorrogação ulterior prorrogação ulterior

Page 19: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Singulares e Coletivos.Bens Singulares e Coletivos. Singulares:Singulares:

Art. 89. são singulares os bens que, Art. 89. são singulares os bens que, embora reunidos, se considerem de per embora reunidos, se considerem de per si, independentemente dos demais.si, independentemente dos demais.

São singulares, portanto, os bens São singulares, portanto, os bens quando considerados na sua quando considerados na sua individualidade, como um cavalo, uma individualidade, como um cavalo, uma árvore, uma canetaárvore, uma caneta

Page 20: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Obs: A árvore pode ser bem singular Obs: A árvore pode ser bem singular ou coletivo, conforme seja encarada ou coletivo, conforme seja encarada individualmente ou agregada a individualmente ou agregada a outras, formando um todo, uma outras, formando um todo, uma universalidade de fato (uma universalidade de fato (uma floresta). Já a caneta, por exemplo, floresta). Já a caneta, por exemplo, so pode ser bem singular, porque a so pode ser bem singular, porque a reunião de varias delas não daria reunião de varias delas não daria origem a um bem coletivoorigem a um bem coletivo

Page 21: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - ContinuaçãoBens Móveis - Continuação

COLETIVOSCOLETIVOS São os bens constituídos São os bens constituídos por varias coisas singulares, consideradas por varias coisas singulares, consideradas em conjunto, formando um todo único, em conjunto, formando um todo único, que possa ter individualidade própria, que possa ter individualidade própria, distinta dos seus objetos componentes, distinta dos seus objetos componentes, que conservam sua autonomia funcional. que conservam sua autonomia funcional. Apresentam-se como universalidade de Apresentam-se como universalidade de fato ou de direito.fato ou de direito.

Page 22: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Obs:Obs: Os bens coletivos são Os bens coletivos são chamados, tambem, de universais ou chamados, tambem, de universais ou universalidades e abrangem as universalidades e abrangem as universidades de fato e de direito. universidades de fato e de direito. São os que, sendo compostos de São os que, sendo compostos de várias coisas singulares, se várias coisas singulares, se consideram em conjunto, formando consideram em conjunto, formando um todo, uma unidade, que passa a um todo, uma unidade, que passa a ter individualidade própria, distinta ter individualidade própria, distinta da dos seus objetos componentes, da dos seus objetos componentes, como um rebanho, uma floresta, etc.como um rebanho, uma floresta, etc.

Page 23: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Móveis - ContinuaçãoBens Móveis - Continuação

Art. 90. constitui universalidade de fato a Art. 90. constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pluralidade de bens singulares que, pertinentes a mesma pessoa, tenham pertinentes a mesma pessoa, tenham destinação unitária. destinação unitária. (Ex. um biblioteca, um (Ex. um biblioteca, um rebanho, galeria de quadro)rebanho, galeria de quadro)

Parágrafo único: os bens que formam Parágrafo único: os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.relações jurídicas próprias.

Art. 91. constitui universalidade de Art. 91. constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas de direito o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico. uma pessoa, dotadas de valor econômico. ( Ex. um par de sapatos, ou de brincos). ( Ex. um par de sapatos, ou de brincos).

Page 24: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Reciprocamente Bens Reciprocamente Considerados Considerados

CONCEITO DE COISA PRINCIPAL E ACESSÓRIACONCEITO DE COISA PRINCIPAL E ACESSÓRIA::

Art. 92. principal é o bem que existe sobre si, Art. 92. principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.cuja existência supõe a do principal.

O critério para se distinguir o bem principal é a O critério para se distinguir o bem principal é a sua função econômica, em razão da qual se sua função econômica, em razão da qual se estabelece a relação de dependência que estabelece a relação de dependência que caracteriza a acessoriedade.caracteriza a acessoriedade.

Page 25: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Art. 95 “Apesar de ainda não Art. 95 “Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.negócio jurídico.

Obs: Compreende-se, pois, na grande Obs: Compreende-se, pois, na grande classe dos bens acessórios, os classe dos bens acessórios, os produtos e os frutos.produtos e os frutos.

Page 26: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

a) Frutos: São as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nasce e renasce da coisa, sem acarreta-lhe a destruição no todo ou em parte, podendo se apresentar como:

-naturais (são os que se desenvolve e se renovam periodicamente)

- Industriais (são os que aparecem pela mão do homem)

- Civis (são os rendimentos produzidos pela coisa em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário, como juros e alugueis.

b) Produtos. São as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente como as pedras e os metais.

CLASSES DE ACESSÓRIO

Page 27: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

PERTENÇASPERTENÇAS

Art. 93 “São pertenças os bens que, não Art. 93 “São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro ao uso, ao serviço ou ao modo duradouro ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”aformoseamento de outro”

Art. 94 “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao Art. 94 “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstancias do caso”.vontade ou das circunstancias do caso”.

Aqui o art.94 mostra a distinção entre partes Aqui o art.94 mostra a distinção entre partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias) e integrantes (frutos, produtos e benfeitorias) e pertenças.pertenças.

Page 28: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

BENFEITORIASBENFEITORIAS

Art. 96. as benfeitorias podem ser: Art. 96. as benfeitorias podem ser: voluptuárias, úteis e necessárias.voluptuárias, úteis e necessárias.

Tambem se consideram bens Tambem se consideram bens acessórios todas as benfeitorias, acessórios todas as benfeitorias, qualquer que seja o seu valor, uma qualquer que seja o seu valor, uma vez que tem valor jurídico, sobretudo vez que tem valor jurídico, sobretudo quanto aos efeitos da posse e no quanto aos efeitos da posse e no direito de retenção.direito de retenção.

Page 29: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

DOS BENS QUANTO A DOS BENS QUANTO A TITULARIDADE DO DOMINIOTITULARIDADE DO DOMINIO

Bens PúblicosBens Públicos

Bens Particulares.Bens Particulares.

Art. 98. São públicos os bens de Art. 98. São públicos os bens de domínio nacional pertencentes as domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito público pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são interno; todos os outros são particulares, seja qual fora pessoa a particulares, seja qual fora pessoa a que pertencerem.que pertencerem.

Page 30: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens PúblicosBens Públicos

CONCEITO:CONCEITO:

Bens Públicos são todos aqueles que Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta. Todos os demais são Pública direta e indireta. Todos os demais são considerados particulares.considerados particulares.

Page 31: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOSDOS BENS PÚBLICOS

a) Inalienabilidadea) InalienabilidadeArt. 100. os bens públicos de uso comum do povo e Art. 100. os bens públicos de uso comum do povo e

os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservam a os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservam a sua qualificação, na forma que a lei determinarsua qualificação, na forma que a lei determinar

b) Imprescritibilidade b) Imprescritibilidade CF/88 art. 191.CF/88 art. 191. Parágrafo único: os imóveis públicos não serão Parágrafo único: os imóveis públicos não serão

adquiridos por usucapião.adquiridos por usucapião.

c) Impenhorabilidade c) Impenhorabilidade É a característica dos bens públicos que impedem É a característica dos bens públicos que impedem

que sejam eles oferecidos em garantia para cumprimento que sejam eles oferecidos em garantia para cumprimento das obrigações contraídas pela Administração junto a das obrigações contraídas pela Administração junto a terceiros. terceiros.

Page 32: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Públicos - ClassificaçãoBens Públicos - Classificação

ESPÉCIES:ESPÉCIES:

a) Uso Comuma) Uso ComumArt. 99, I.Art. 99, I.I – os de uso comum do povo, tais como I – os de uso comum do povo, tais como

rios, mares, estradas, ruas e praças;rios, mares, estradas, ruas e praças;Art. 103. o uso comum dos bens públicos Art. 103. o uso comum dos bens públicos

pode ser gratuito ou retribuído, conforme forem pode ser gratuito ou retribuído, conforme forem estabelecido legalmente pela entidade a cuja estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. administração pertencerem.

Page 33: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Quanto a Titularidade - Bens Quanto a Titularidade - ContinuaçãoContinuação

b) Uso Especialb) Uso Especial

Art. 99, II.Art. 99, II.

II – os de uso especial, tais como II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os territorial ou municipal, inclusive os de sua autarquia.de sua autarquia.

Page 34: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Quanto a Titularidade - Bens Quanto a Titularidade - ContinuaçãoContinuação

c) Dominicaisc) Dominicais

Art. 99, IIIArt. 99, III

III – os dominicais, que III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, com jurídicas de direito público, com objeto de direito pessoal, ou real, de objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma das entidades. cada uma das entidades.

Page 35: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Bens Dominicais - Bens Dominicais - ContinuaçãoContinuação

Parágrafo único: Não dispondo a lei em Parágrafo único: Não dispondo a lei em contrario, consideram-se dominicais contrario, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se jurídicas de direito público a que se tenham dado estrutura de direito tenham dado estrutura de direito privado.privado.

Page 36: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Dos Fatos JurídicosDos Fatos Jurídicos

Livro III da Parte Geral do Livro III da Parte Geral do Código Civil Código Civil

Arts. 104 ao 232 do CCArts. 104 ao 232 do CC

Page 37: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Jurídicos - IntroduçãoFatos Jurídicos - Introdução

PessoasPessoas como sujeito do direito. como sujeito do direito. BensBens como objeto da relação como objeto da relação

jurídica estabelecida entre os sujeitos.jurídica estabelecida entre os sujeitos. Fatos JurídicosFatos Jurídicos como sendo os como sendo os

acontecimentos capazes de criarem, acontecimentos capazes de criarem, conservarem, modificarem ou conservarem, modificarem ou extinguirem relações jurídicas extinguirem relações jurídicas (direitos).(direitos).

Page 38: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Fatos

Conceito:Conceito:

Fatos em sentido amploFatos em sentido amplo são são todos os acontecimentos verificados todos os acontecimentos verificados na natureza, assim, podemos afirmar na natureza, assim, podemos afirmar que o vôo de um passarinho é um que o vôo de um passarinho é um fatofato, como também, é , como também, é fato,fato, a batida a batida de um carro, a morte de uma pessoa.de um carro, a morte de uma pessoa.

Page 39: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos JurídicosFatos Jurídicos

Conceito:Conceito:

Fatos JurídicosFatos Jurídicos em seu sentido amplo, em seu sentido amplo, engloba todos aqueles eventos, providos engloba todos aqueles eventos, providos da atividade humana ou decorrentes de da atividade humana ou decorrentes de fatos naturais, capazes de ter influencia na fatos naturais, capazes de ter influencia na órbita do direito, por criarem, órbita do direito, por criarem, modificarem, ou extinguirem relações modificarem, ou extinguirem relações jurídica.jurídica.

Page 40: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Jurídicos – EspécieFatos Jurídicos – Espécie

Fatos Jurídicos Fatos Jurídicos (stricto sensu)(stricto sensu) em em sentido estrito ou propriamente ditos sentido estrito ou propriamente ditos (fatos naturais)(fatos naturais)

Atos Jurídicos Atos Jurídicos (lato sensu)(lato sensu) em sentido em sentido amplo (fatos humanos)amplo (fatos humanos)

Page 41: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Jurídicos – Sub-Fatos Jurídicos – Sub-espécieespécie

Fatos Jurídicos naturais Fatos Jurídicos naturais (stricto sensu), (stricto sensu), se se subdividem em:subdividem em:

a)a)Ordinário: Ordinário: (nascimento, morte, decurso (nascimento, morte, decurso de tempo, etc)de tempo, etc)

b) b) Extraordinário Extraordinário (estes se enquadram, em (estes se enquadram, em geral, na categoria do fortuito e da força geral, na categoria do fortuito e da força maior (terremoto, raio, tempestade)maior (terremoto, raio, tempestade)

Page 42: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Humanos-Atos Fatos Humanos-Atos JurídicosJurídicos

Os fatos humanos ou atos jurídicos Os fatos humanos ou atos jurídicos humanoshumanos são ações humanas que são ações humanas que criam, modificam ou extinguem criam, modificam ou extinguem relações jurídica, e sub-dividem em relações jurídica, e sub-dividem em

a) Lícitasa) Lícitas

b) IIícitas.b) IIícitas.

Page 43: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Humanos/Atos Humanos- Fatos Humanos/Atos Humanos- Cont.Cont.

Atos lícitosAtos lícitos são atos humanos aos são atos humanos aos quais a lei confere os efeitos quais a lei confere os efeitos desejados pelo agente, haja vista desejados pelo agente, haja vista terem sido praticados em terem sido praticados em conformidade com o ordenamento conformidade com o ordenamento jurídicojurídico

Page 44: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Fatos Humanos/Atos Humanos- Fatos Humanos/Atos Humanos- Cont.Cont.

Atos IlícitosAtos Ilícitos: são atos humanos : são atos humanos praticados em desconformidade praticados em desconformidade como ordenamento jurídico. Assim, como ordenamento jurídico. Assim, muito embora repercutam na órbita muito embora repercutam na órbita do direito, produzem efeitos jurídicos do direito, produzem efeitos jurídicos involuntários, isto é, não desejado involuntários, isto é, não desejado pelo agente, o que não o isente de pelo agente, o que não o isente de sanção sanção

Page 45: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

ATOS LÍCITOS

Atos Jurídicos em sentido estrito Ex.: Reconhecimento de paternidade, fixação de domicílio. Vontade desprestigiada.

Negócios Jurídicos Ex.: Contrato de compra e venda de bem imóvel. Vontade qualificada

Ato-fato Jurídicos Ex.: ato danoso praticado em estado de necessidade. Vontade desprezada

Page 46: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Atos Lícitos – Sub-divisãoAtos Lícitos – Sub-divisão

Os atos lícitos se apresentam como:Os atos lícitos se apresentam como:

a)a) Ato jurídico em sentido estrito ou Ato jurídico em sentido estrito ou meramente lícito;meramente lícito;

b)b) Negócio Jurídico;Negócio Jurídico;

c)c) Ato-fato-jurídicoAto-fato-jurídico

Page 47: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Ato Jurídico em Sentido Ato Jurídico em Sentido EstritoEstrito

Conceito:Conceito:

São aqueles em que a vontade São aqueles em que a vontade humana não é voltada, de modo humana não é voltada, de modo direto, ao resultado, sendo que este direto, ao resultado, sendo que este decorre da lei. Aqui não se verifica decorre da lei. Aqui não se verifica qualquer intuito negocial qualquer intuito negocial ((reconhecimento de um filhoreconhecimento de um filho))

Page 48: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Atos-fatos JurídicosAtos-fatos Jurídicos

Conceito:Conceito:

São aqueles em que a ação humana é São aqueles em que a ação humana é desprovida de manifestação de vontade, desprovida de manifestação de vontade, produzindo-se apenas os efeitos previstos produzindo-se apenas os efeitos previstos em lei, sem qualquer intenção do agente, em lei, sem qualquer intenção do agente, seja para a prática do ato, seja para suas seja para a prática do ato, seja para suas consequencias (consequencias (achado casual de um achado casual de um tesouro por pessoa privada de tesouro por pessoa privada de discernimentodiscernimento))

Page 49: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Negócio JurídicoNegócio Jurídico

Conceito:Conceito:

São atos em que os agentes São atos em que os agentes direcionam suas vontades, com o direcionam suas vontades, com o propósito de alcançar um objetivo propósito de alcançar um objetivo determinado (permitido por lei), determinado (permitido por lei), dentre um universo de possibilidades dentre um universo de possibilidades de efeitos, havendo, pois, um intuito de efeitos, havendo, pois, um intuito negocial (negocial (contrato de locaçãocontrato de locação))

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Distinção entre Ato Jurídico e Distinção entre Ato Jurídico e Negócio JurídicoNegócio Jurídico

Negócio Jurídico é aquela espécie de ato Negócio Jurídico é aquela espécie de ato jurídico que, além de se originar de um ato jurídico que, além de se originar de um ato de vontade, implica a declaração expressa de vontade, implica a declaração expressa de vontade, instauradora de uma relação de vontade, instauradora de uma relação entre sujeitos do direito, tendo em vista entre sujeitos do direito, tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico. jurídico. Já para os Já para os atos jurídicosatos jurídicos não há não há de se cogitar de acordo de vontade, não de se cogitar de acordo de vontade, não há um “querer especial” daí as partes se há um “querer especial” daí as partes se submeterem a todos os efeitos e submeterem a todos os efeitos e repercussões previstos e declarados pela repercussões previstos e declarados pela lei. lei.

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Finalidade do Negócio Finalidade do Negócio JurídicoJurídico

No negócio Jurídico a manifestação No negócio Jurídico a manifestação de vontade tem finalidade negocial, de vontade tem finalidade negocial, que abrange a aquisição, que abrange a aquisição, conservação, modificação ou conservação, modificação ou extinção de direitos.extinção de direitos.

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Classificação dos Negócios Classificação dos Negócios JurídicosJurídicos

Unilateral, Bilateral ou Plurilateral;Unilateral, Bilateral ou Plurilateral; Gratuito, Oneroso ou Bifronte; Gratuito, Oneroso ou Bifronte; Inter vivos e Mortis Causa;Inter vivos e Mortis Causa; Principais e Acessórios;Principais e Acessórios; Solene e não Solene;Solene e não Solene; Simples e Complexo.Simples e Complexo.

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Unilateral, Bilateral ou Unilateral, Bilateral ou PlurilateralPlurilateral

UnilateralUnilateral: se aperfeiçoam com uma única : se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade ( ex.: manifestação de vontade ( ex.: testamentotestamento))

BilateralBilateral: se aperfeiçoam com duas : se aperfeiçoam com duas manifestações de vontade coincidentes manifestações de vontade coincidentes com o objeto (ex.:com o objeto (ex.:casamentocasamento))

PlurilateralPlurilateral: somente se perfazem quando : somente se perfazem quando da existência de mais de duas da existência de mais de duas manifestações de vontade (manifestações de vontade (sociedades sociedades com mais de dois sócioscom mais de dois sócios))

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Gratuito, Oneroso ou Gratuito, Oneroso ou BifronteBifronte

GratuitoGratuito: são aqueles em que apenas uma : são aqueles em que apenas uma das partes experimentam vantagens ou das partes experimentam vantagens ou benefícios (ex.: benefícios (ex.: doação puradoação pura))

OnerosoOneroso: são aqueles em que as duas : são aqueles em que as duas partes contratantes auferem vantagens, partes contratantes auferem vantagens, sendo que a estas corresponde contra sendo que a estas corresponde contra prestação (ex. prestação (ex. Contrato de locaçãoContrato de locação))

Bifronte: contratos que tanto podem ser Bifronte: contratos que tanto podem ser onerosos como gratuitos, depende da onerosos como gratuitos, depende da vontade das partes (vontade das partes (mútuo, mandatomútuo, mandato))

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Inter vivos e Mortis CausaInter vivos e Mortis Causa

Inter vivosInter vivos: são aqueles negócios : são aqueles negócios cujos efeitos devem ser produzidos cujos efeitos devem ser produzidos durante a vida do interessados (ex.: durante a vida do interessados (ex.: depósitodepósito))

Mortis causa:Mortis causa: são aqueles que são aqueles que somente passam a produzir seus somente passam a produzir seus efeitos legais após a morte de seu efeitos legais após a morte de seu agente (ex.: agente (ex.: testamentotestamento))

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Principais e AcessóriosPrincipais e Acessórios

PrincipaisPrincipais: Sãs aqueles que têm : Sãs aqueles que têm existência própria (ex.: existência própria (ex.: contrato de contrato de locaçãolocação..

AcessóriosAcessórios: São aqueles cuja a : São aqueles cuja a existência é subordinada à do existência é subordinada à do contrato principal. Aplica-se a regra contrato principal. Aplica-se a regra segunda a qual o acessório segue a segunda a qual o acessório segue a sorte do principal (ex.: sorte do principal (ex.: fiança.fiança.

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Solene e Não SoleneSolene e Não Solene

SoleneSolene: São aqueles que, para se : São aqueles que, para se aperfeiçoarem, devem respeitar a aperfeiçoarem, devem respeitar a forma prescrita em lei (ex.: forma prescrita em lei (ex.: compra e compra e venda de um imóvel superiora 30 venda de um imóvel superiora 30 saláriossalários.).)

Não SoleneNão Solene: São aqueles que se : São aqueles que se aperfeiçoam de forma livre, isto é aperfeiçoam de forma livre, isto é sem solenidade do ato (sem solenidade do ato (compra de compra de bem móvelbem móvel))

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Teoria Geral dos Negócios Teoria Geral dos Negócios JurídicosJurídicos

Existência, Validade e Eficácia do Negócio Existência, Validade e Eficácia do Negócio Jurídico.Jurídico.

A validade e a eficácia são os planos A validade e a eficácia são os planos mais evidentes do negócio jurídico, daí a mais evidentes do negócio jurídico, daí a lei de logo prevê expressamente os lei de logo prevê expressamente os requisitos de requisitos de validade do NJ (art. 104)validade do NJ (art. 104), a , a partir daí, o CC vai cuidar de dois aspectos partir daí, o CC vai cuidar de dois aspectos ligados à manifestação de vontade: a ligados à manifestação de vontade: a interpretação do negócio jurídicointerpretação do negócio jurídico e a e a representaçãorepresentação, para depois tratar das , para depois tratar das cláusulas facultativas e por fim, da cláusulas facultativas e por fim, da patologia do NJ.patologia do NJ.

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Condição, Termo e EncargoCondição, Termo e Encargo

Introdução:Introdução: Além dos elementos estruturais e Além dos elementos estruturais e

essenciais que constituem requisitos essenciais que constituem requisitos do NJ, pode este conter outros do NJ, pode este conter outros elementos meramente acidentais, elementos meramente acidentais, introduzidos facultativamente pela introduzidos facultativamente pela vontade das partes, não necessários vontade das partes, não necessários a sua existência.a sua existência. AquelesAqueles são são determinados por lei, determinados por lei, esses esses dependem da vontade das partes.dependem da vontade das partes.

Page 60: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Todavia, uma vez convencionados Todavia, uma vez convencionados pelas partes,estes passam a ter o pelas partes,estes passam a ter o mesmo valor dos elementos mesmo valor dos elementos estruturais e essenciais, pois passam estruturais e essenciais, pois passam a integrá-lo, de forma indissociável, a integrá-lo, de forma indissociável, sendo todos igualmente tidos como sendo todos igualmente tidos como autolimitação da vontade das partes autolimitação da vontade das partes e de natureza patrimonial e nunca de e de natureza patrimonial e nunca de natureza pessoal, apresentando-se natureza pessoal, apresentando-se de três ordens: de três ordens:

Condição,Condição, TermoTermo Encargo,Encargo,

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CondiçãoCondição

CondiçãoCondição é a cláusula que é a cláusula que subordina a eficácia do NJ a subordina a eficácia do NJ a evento futuro e incerto (não pode evento futuro e incerto (não pode ser presente nem passado, quanto ser presente nem passado, quanto a incerto, pode ou não ocorrer. A a incerto, pode ou não ocorrer. A CONDIÇÃO DEVE SER CONDIÇÃO DEVE SER LÍCITA LÍCITA e e POSSÍVELPOSSÍVEL). Algumas são ). Algumas são proibidasproibidas de serem inseridas no NJ.de serem inseridas no NJ.

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Condição - ContinuaçãoCondição - Continuação

Art. 121. Considera-se condição Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro negócio jurídico a evento futuro e incerto.e incerto.

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Classificação das CondiçõesClassificação das Condições

1) 1) Puramente potestativaPuramente potestativa 2) 2) Simplesmente potestativaSimplesmente potestativa 3) 3) PromíscuaPromíscua 4) 4) PerplexaPerplexa 5) 5) Condição suspensivaCondição suspensiva 6) 6) Condição resolutivaCondição resolutiva 7) 7) MistaMista 8) 8) Condição causalCondição causal

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1) 1) Puramente potestativaPuramente potestativa – o que – o que importa exclusivamente é a vontade da importa exclusivamente é a vontade da parte. Ex: parte. Ex: Ir a sua casa. – levantar o Ir a sua casa. – levantar o braço.braço.

2) 2) Simplesmente potestativaSimplesmente potestativa – não – não

depende só da vontade de uma das depende só da vontade de uma das partes. existe a vontade, mas esta partes. existe a vontade, mas esta atrelada a outros fatores externo. Ex: atrelada a outros fatores externo. Ex: passar no vestibular – fazer uma viagem passar no vestibular – fazer uma viagem para Europa. para Europa. (pagarei quando puder, (pagarei quando puder, se puder, são consideradas legal)se puder, são consideradas legal)

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3) Promíscua – inicialmente ela 3) Promíscua – inicialmente ela era puramente potestativa, mas era puramente potestativa, mas por mudança de contexto ela se por mudança de contexto ela se torna simplemente potestativa – torna simplemente potestativa – porque passou a depender de porque passou a depender de fatores externos. Ex: fatores externos. Ex: escalar um escalar um morro e perde um braço)morro e perde um braço)..

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4) 4) PerplexaPerplexa: são as condições : são as condições que privam de todo efeito o NJ. que privam de todo efeito o NJ. ((ex: vendo o carro com a ex: vendo o carro com a condição de não ser utilizado condição de não ser utilizado pelo comprador.pelo comprador.

5) 5) Condição suspensiva Condição suspensiva – o NJ é – o NJ é realizado, mas os efeitos ficam realizado, mas os efeitos ficam subordinado a uma condição. – subordinado a uma condição. – (Ex. doar ao filho um carro se (Ex. doar ao filho um carro se passar no vestibular. - art. 125)passar no vestibular. - art. 125)

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6) 6) Condição resolutivaCondição resolutiva – Logo que o NJ – Logo que o NJ for realizado os seus efeitos passam for realizado os seus efeitos passam a se efetivar, mas o negócio se a se efetivar, mas o negócio se extingue quando a condição se extingue quando a condição se implementar - implementar - (Ex. doar um carro, (Ex. doar um carro, enquanto ele não casar. - art. 127)enquanto ele não casar. - art. 127)

7) 7) MistaMista: são as que dependem : são as que dependem simultaneamente da vontade de uma simultaneamente da vontade de uma das partes e da vontade de um das partes e da vontade de um terceiro. terceiro. (Ex. casar com alguém, (Ex. casar com alguém, constituir sociedade).constituir sociedade).

8) 8) Condição causalCondição causal: as que dependem : as que dependem do acaso: do acaso: (Ex: se chover amanha)(Ex: se chover amanha)..

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Condições ProibidasCondições Proibidas

Art. 122. São lícitas, em geral, Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das ao puro arbítrio de uma das partes.partes.

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As ilícitas não podem ser As ilícitas não podem ser inseridas no NJ. Assim são ilícitas inseridas no NJ. Assim são ilícitas as que contrariam a lei, a ordem as que contrariam a lei, a ordem pública e os bons costumes.pública e os bons costumes. O O art. 122 ainda enumera duas art. 122 ainda enumera duas peculiares espécies de condições peculiares espécies de condições proibidas:proibidas: as as que privarem de que privarem de todo efeito o negócio jurídico todo efeito o negócio jurídico ((perplexasperplexas), e as que sujeitarem ), e as que sujeitarem ao puro arbítrio de uma das ao puro arbítrio de uma das partes partes (puramente potestativa)(puramente potestativa)

Page 70: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Impossibilidade da Implemento Impossibilidade da Implemento da Condiçãoda Condição

Essas são as condições ditas Essas são as condições ditas impossíveis. Nesta a incerteza de impossíveis. Nesta a incerteza de sua ocorrência é absoluta, seja sua ocorrência é absoluta, seja física, seja jurídicamente.física, seja jurídicamente.

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CONDIÇÃO IMPOSSÍVEL

RESOLUTIVA SUSPENSIVA

Inexistente a condição(art. 124)

Invalida o NJ (art. 123,I)

Page 72: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Impossibilidade da Condição Impossibilidade da Condição ResolutivaResolutiva

Quando for imposta uma condição Quando for imposta uma condição resolutiva e sendo esta impossível o seu resolutiva e sendo esta impossível o seu implemento, será considerada inexistente, implemento, será considerada inexistente, mas o NJ perdurara normalmente, isto é, mas o NJ perdurara normalmente, isto é, surtirá seus efeitos, só se tornando estéril surtirá seus efeitos, só se tornando estéril se ocorresse o impossível. As partes se ocorresse o impossível. As partes cumprirão com o avençado, pois a cumprirão com o avençado, pois a condição nunca ocorrerá. Assim o NJ ficará condição nunca ocorrerá. Assim o NJ ficará mantido.mantido.

Page 73: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Impossibilidade da Condição Impossibilidade da Condição SuspensivaSuspensiva

Quando a condição impossível (quer Quando a condição impossível (quer juridicamente, quer fisicamente) for juridicamente, quer fisicamente) for suspensiva, O NJ inteiro estará suspensiva, O NJ inteiro estará invalidado, uma vez que neste caso, invalidado, uma vez que neste caso, as partes aguardam a ocorrência do as partes aguardam a ocorrência do impossível, e o NJ nunca virá a se impossível, e o NJ nunca virá a se concretizar. Qualquer expectativa concretizar. Qualquer expectativa em que o NJ surtir efeitos é nula.em que o NJ surtir efeitos é nula.

Page 74: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Impossibilidade da CondiçãoImpossibilidade da Condição

Art. 123. Invalidam os negócios Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando juridicamente impossíveis, quando suspensivas;suspensivas;

Ex: Ex: condição fisicamente impossível condição fisicamente impossível – eu te dou um carro, se você – eu te dou um carro, se você levantar uma tonelada – então o levantar uma tonelada – então o negócio é inválido, pois ele nunca negócio é inválido, pois ele nunca vai realizar.vai realizar.

Page 75: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Impossibilidade da CondiçãoImpossibilidade da Condição

Art. 123. Invalidam os negócios Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando juridicamente impossíveis, quando suspensivas;suspensivas;

Ex: Ex: condição fisicamente impossível condição fisicamente impossível – eu te dou um carro, se você – eu te dou um carro, se você levantar uma tonelada – então o levantar uma tonelada – então o negócio é inválido, pois ele nunca negócio é inválido, pois ele nunca vai realizar.vai realizar.

Page 76: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

II - as condições ilícitas, ou de II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;fazer coisa ilícita;

Ex.: vender drogas ilícitas.Ex.: vender drogas ilícitas. III - as condições incompreensíveis III - as condições incompreensíveis

ou contraditórias.ou contraditórias.

Como você não tem possibilidade Como você não tem possibilidade de decifrar o que a condição quer, de decifrar o que a condição quer, você não tem como implementar, você não tem como implementar, assim torna-se invalido oassim torna-se invalido o

Page 77: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

TermoTermo

TERMO: é o acontecimento futuro e TERMO: é o acontecimento futuro e certo que subordina o início ou certo que subordina o início ou término da eficácia juridica de um NJ, término da eficácia juridica de um NJ, ou seja, é o dia que começa ou ou seja, é o dia que começa ou termina a eficácia do NJ. Pode ser termina a eficácia do NJ. Pode ser INICIAL (dies a quo)INICIAL (dies a quo), isto é, aquele em , isto é, aquele em que começa a eficácia do NJ; - e que começa a eficácia do NJ; - e FINAL ( dies ad quem)FINAL ( dies ad quem). , isto é, o dia . , isto é, o dia que termina a eficácia do NJque termina a eficácia do NJ

Page 78: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Pode também ser Pode também ser CERTOCERTO, isto é, , isto é, quando estabelece a datas do quando estabelece a datas do calendário (d/m/a) ou ainda calendário (d/m/a) ou ainda quando fixar um certo lapso de quando fixar um certo lapso de tempo; tempo; INCERTO,INCERTO, isto é, quando isto é, quando se referir a um acontecimento se referir a um acontecimento que ocorrerá, mas em data que ocorrerá, mas em data indeterminada. Ex: quando Paulo indeterminada. Ex: quando Paulo morrer.morrer.

Obs: Obs: Observe que se por Observe que se por exemplo, condicionar-se o direito exemplo, condicionar-se o direito de Pedro morrer antes e Paulo, de Pedro morrer antes e Paulo, será condição e não termo.será condição e não termo.

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Termo InicialTermo Inicial

Termo inicial Termo inicial (termo suspensivo)(termo suspensivo) é aquele é aquele que suspende o exercício de um direito, que suspende o exercício de um direito, mas não a sua aquisição (art. 131 do CC), mas não a sua aquisição (art. 131 do CC), ou seja, e, ainda, o momento em que a ou seja, e, ainda, o momento em que a eficácia de um ato jurídico deve começar, eficácia de um ato jurídico deve começar, significa dizer que o “significa dizer que o “titular já é possuidor titular já é possuidor do direito sobre a coisa, mas o exercício do direito sobre a coisa, mas o exercício fica obstado enquanto não se verificar o fica obstado enquanto não se verificar o implemento do termo”. implemento do termo”.

Page 80: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Diferença entre Termo e Diferença entre Termo e PrazoPrazo

Prazo é o intervalo entre o termo “ Prazo é o intervalo entre o termo “ dies a quo”dies a quo” e “ e “ dies ad quemdies ad quem”, ”, podendo ser certo ou incerto.podendo ser certo ou incerto.

Os dias, como unidade de tempo, Os dias, como unidade de tempo, contam-se por inteiro, da meia-noite contam-se por inteiro, da meia-noite à meia-noite, na contagem exclui-se o à meia-noite, na contagem exclui-se o dia do começo, e inclui-se o do dia do começo, e inclui-se o do vencimento (art. 132); Meado: de vencimento (art. 132); Meado: de qualquer mês é o qualquer mês é o 15º dia;15º dia;

TERMOTERMO NÃO SE CONFUNDE COM NÃO SE CONFUNDE COM PRAZO –PRAZO –

Page 81: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Contagem de PrazoContagem de Prazo

Art. 133 “Nos testamentos, presume-Art. 133 “Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em favor do devedor, nos contratos, em favor do devedor, salvo quanto a esses, se do teor do salvo quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstancias, instrumento, ou das circunstancias, resultar que se estabeleceu a resultar que se estabeleceu a beneficio do credor, ou de ambos os beneficio do credor, ou de ambos os contratantes.contratantes.

Page 82: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Assim, nos Assim, nos testamentos,testamentos, se o se o testador fixar prazo para a entrega testador fixar prazo para a entrega do legado, considerar-se-à que foi do legado, considerar-se-à que foi estipulado em favor do herdeiro estipulado em favor do herdeiro obrigado ao pagamento, e não ao obrigado ao pagamento, e não ao legatário;legatário;

Nos Nos contratoscontratos, pode o devedor , pode o devedor renunciar ao prazo e antecipar o renunciar ao prazo e antecipar o pagamento da dívida. pagamento da dívida.

Page 83: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Termo FinalTermo Final

Termo final Termo final (resolutivo)(resolutivo) é aquele que é aquele que importa extinção dos efeitos do importa extinção dos efeitos do negocio jurídico. Aqui alcançando-se negocio jurídico. Aqui alcançando-se a data final do negócio, o titularidade a data final do negócio, o titularidade do direito desaparece. do direito desaparece. “A” poderá “A” poderá usar o veículo até o dia 31 de usar o veículo até o dia 31 de dezembro de 2012”. dezembro de 2012”.

Page 84: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Diferença entre Termo e Diferença entre Termo e CondiçãoCondição

O O TermoTermo vem dotado de certeza no vem dotado de certeza no que concerne à sua ocorrência, que concerne à sua ocorrência, muito embora nem sempre se muito embora nem sempre se mostre certo em relação à data da mostre certo em relação à data da constatação. Já a constatação. Já a CondiçãoCondição é é marcada pela incerteza, ou seja, o marcada pela incerteza, ou seja, o evento poderá ou não acontecer, evento poderá ou não acontecer, tendo com elementos a futuridade e tendo com elementos a futuridade e a incerteza. a incerteza.

Page 85: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Condição Suspensiva Condição Suspensiva XX Termo Termo InicialInicial

A A condição suspensiva condição suspensiva impede o impede o exercício do direito, bem como a sua exercício do direito, bem como a sua aquisição, pois sendo um evento aquisição, pois sendo um evento dotado de incerteza, o beneficiário dotado de incerteza, o beneficiário terá apenas uma expectativa de terá apenas uma expectativa de direto.direto.

O O termo inicialtermo inicial, diferentemente, , diferentemente, constitui óbice apenas ao seu constitui óbice apenas ao seu exercício e se trata de evento certo exercício e se trata de evento certo

Page 86: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Encargo ou ModoEncargo ou Modo ENCARGO OU MODO ENCARGO OU MODO consiste na pratica de um consiste na pratica de um

ato de liberalidade subordinado a um ônus. ato de liberalidade subordinado a um ônus.

- - Em regra o encargo tem ensejo nos negócios Em regra o encargo tem ensejo nos negócios gratuitos,gratuitos, tem como função principal restringir tem como função principal restringir uma liberalidade.uma liberalidade. ((é um peso atrelado a uma é um peso atrelado a uma vantagem)vantagem)

- Geralmente é identificado pelas expressões “ - Geralmente é identificado pelas expressões “

para que” “ com a obrigação de” “ com para que” “ com a obrigação de” “ com encargo de”encargo de”

Doação modal é em regra uma doação Doação modal é em regra uma doação onerosa. onerosa. (ver art. 538 do CC.)(ver art. 538 do CC.)

Page 87: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Efeitos gerados no EncargoEfeitos gerados no Encargo

Em regra, o encargo não suspende a aquisição Em regra, o encargo não suspende a aquisição nem o exercício de direito, salvo quando nem o exercício de direito, salvo quando expressamente imposto no NJ, pelo disponente, expressamente imposto no NJ, pelo disponente, como condição suspensiva (art. 136 do CC).como condição suspensiva (art. 136 do CC).

Ex.: Dôo meu terreno se construíres uma Ex.: Dôo meu terreno se construíres uma escola.escola.

Obs: Obs: A parte que realizar a liberalidade A parte que realizar a liberalidade não pode exigir a execução do encargo, não pode exigir a execução do encargo, isso porque estamos diante de um ônus e isso porque estamos diante de um ônus e não de uma obrigação. Desta forma o não de uma obrigação. Desta forma o ônus ônus não pode ser cobrado.não pode ser cobrado.

Page 88: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Encargo sob condição Encargo sob condição resolutivaresolutiva

Dôo meu terreno. Para construíres uma escola em 02 anos. Dôo meu terreno. Para construíres uma escola em 02 anos.

Obs: Obs: Aqui o negócio também produz de logo seu efeitos. Ou seja, o Aqui o negócio também produz de logo seu efeitos. Ou seja, o donatário terá posse e propriedade do terreno, mas se o mesmo não donatário terá posse e propriedade do terreno, mas se o mesmo não construir a escola no prazo de dois anos, a títularidade do terreno construir a escola no prazo de dois anos, a títularidade do terreno volta para o doador imediatamente.volta para o doador imediatamente.

natário natário

Page 89: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Encargo sob condição Encargo sob condição suspensivasuspensiva

Se construíres uma escola, Se construíres uma escola, ganharás o terreno.ganharás o terreno.

Aqui o negócio não produz seu Aqui o negócio não produz seu efeitos. Ou seja, o donatário não terá efeitos. Ou seja, o donatário não terá posse nem propriedade do terreno, posse nem propriedade do terreno, mas apenas uma expectativa de mas apenas uma expectativa de direito, o NJ só produzira seus efeitos direito, o NJ só produzira seus efeitos se ele construir a escola.se ele construir a escola.

Page 90: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Art. 136. O encargo não suspende a Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.como condição suspensiva.

Ex.: Dôo meu terreno para construíres Ex.: Dôo meu terreno para construíres uma escola.uma escola.

Aqui o direito de propriedade sobre o Aqui o direito de propriedade sobre o terreno é adquirido desde logo e os terreno é adquirido desde logo e os efeitos do NJ fluem naturalmente. efeitos do NJ fluem naturalmente. Se Se porventura o donatário não construir a porventura o donatário não construir a escola, ao doador restará o pedido da escola, ao doador restará o pedido da revogação da doação (art. 555 do CC).revogação da doação (art. 555 do CC).

Page 91: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Art. 137. Considera-se não escrito o Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.negócio jurídico.

Encargo como condição suspensiva – Encargo como condição suspensiva – como motivo determinante do negócio como motivo determinante do negócio jurídico – torna inválido – Ex.: jurídico – torna inválido – Ex.: te dou te dou uma casa, se você cuidar do velho de uma casa, se você cuidar do velho de forma penosa. forma penosa.

Encargo sem condição suspensiva – Encargo sem condição suspensiva – comodato de uma casa em que serve comodato de uma casa em que serve como prostíbulo, encargo de zelar. – como prostíbulo, encargo de zelar. – então considera-se não escrito então considera-se não escrito (inexistente) o encargo de zelar pelo (inexistente) o encargo de zelar pelo prostíbulo.prostíbulo.

Page 92: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Encargo Ilícito ou ImpossívelEncargo Ilícito ou Impossível

Em regra o encargo ilícito ou Em regra o encargo ilícito ou impossível é reputado como não impossível é reputado como não escrito, considerando-se o NJ como escrito, considerando-se o NJ como puro e simples. Todavia, se o puro e simples. Todavia, se o encargo constituir motivo encargo constituir motivo determinante da liberalidade, isto determinante da liberalidade, isto não ocorrerá, isto é, o NJ será não ocorrerá, isto é, o NJ será invalidado. (art. 137 do CC).invalidado. (art. 137 do CC).

Page 93: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Defeitos do Negócio JurídicoDefeitos do Negócio JurídicoArts. 138 ao 165 do CCArts. 138 ao 165 do CC

conceito: conceito: Defeito dos Negócios Defeito dos Negócios JurídicosJurídicos são as imperfeições que são as imperfeições que neles podem surgir, decorrentes de neles podem surgir, decorrentes de anomalias na formação da vontade ou anomalias na formação da vontade ou na sua declaração, ensejando a sua na sua declaração, ensejando a sua anulabilidade,anulabilidade, na forma do art. 171,II na forma do art. 171,II do nosso Código Civildo nosso Código Civil

Page 94: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS DO CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO – Arts.138/165NEGÓCIO JURÍDICO – Arts.138/165

ERRO (Art. 138 ao 144)ERRO (Art. 138 ao 144) DOLO (ART. 145 AO 150)DOLO (ART. 145 AO 150) COAÇÃO (Art. 151 ao 155)COAÇÃO (Art. 151 ao 155) ESTADO DO PERIGO (Art. 156)ESTADO DO PERIGO (Art. 156) LESÃO (ART. 157)LESÃO (ART. 157) FRAUDE CONTRA CREDORES (Art. 158 ao FRAUDE CONTRA CREDORES (Art. 158 ao

165)165) Obs: Obs: Erro, Dolo, Coação, Estado de Perigo e Erro, Dolo, Coação, Estado de Perigo e

Lesão, são chamados de vício de Lesão, são chamados de vício de consentimento, enquanto a Fraude contra consentimento, enquanto a Fraude contra credores, de vício socialcredores, de vício social

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Erro – Art. 138 ao 145Erro – Art. 138 ao 145

Conceito: Conceito: Erro consiste em uma falsa Erro consiste em uma falsa representação da realidade. Nessa representação da realidade. Nessa modalidade o agente se engana modalidade o agente se engana sozinho. sozinho.

O erro se apresenta sob várias O erro se apresenta sob várias modalidades. Alguns são importantes, modalidades. Alguns são importantes, outros outros são irrelevantes para o são irrelevantes para o direitodireito, , e porquanto e porquanto acidentais acidentais não contaminando o NJ.não contaminando o NJ.

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Espécies de ErrosEspécies de Erros a) Substancial ou essencial a) Substancial ou essencial – É o que – É o que

recai sobre as circunstâncias e aspectos recai sobre as circunstâncias e aspectos relevante do NJ. Há de ser causa relevante do NJ. Há de ser causa determinante.determinante.

b) Acidental:b) Acidental:– é a causa de menor – é a causa de menor importância, que mesmo presente não importância, que mesmo presente não inviabiliza a realização do negócio. inviabiliza a realização do negócio.

Ex.: compra de um carro 2012, quando Ex.: compra de um carro 2012, quando este é 2011/2012este é 2011/2012

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Modalidades de ErrosModalidades de Erros

a) Erro escusável a) Erro escusável – erro justificável, – erro justificável, perdoável, pois você como homem perdoável, pois você como homem médio não teria como identificar. – médio não teria como identificar. – Enseja você levantar essa nulidade. Enseja você levantar essa nulidade.

b) b) Erro inescusável Erro inescusável – erro – erro imperdoável- todo homem imperdoável- todo homem identificaria o erro facilmente. – não identificaria o erro facilmente. – não enseja nulidade. – enseja nulidade. – engenheiro civil – engenheiro civil – que adquire um imóvel construídoque adquire um imóvel construído. .

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Art. 138. São anuláveis os Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as negócios jurídicos, quando as declarações de vontade declarações de vontade emanarem de emanarem de erroerro substancial substancial que poderia ser percebido por que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do face das circunstâncias do negócio.negócio.

((Diligência normal) - Parâmetro de Diligência normal) - Parâmetro de identificação – HOMEM MÉDIOidentificação – HOMEM MÉDIO

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Art. 139. O erro é substancial quando:Art. 139. O erro é substancial quando: I - interessa à natureza do negócio, (I - interessa à natureza do negócio, (o o

agente almeja praticar um modalidde de agente almeja praticar um modalidde de negócio, mas por engano realiza outra especie negócio, mas por engano realiza outra especie negocial.negocial. Ex. doa um bem pensando que Ex. doa um bem pensando que está vendendo;está vendendo; ao objeto principal da ao objeto principal da declaração,declaração, ou a alguma das qualidades ou a alguma das qualidades a ele essenciais; a ele essenciais; (Trata-se da hipótese em (Trata-se da hipótese em que o erro recai sobre o próprio objeto da que o erro recai sobre o próprio objeto da avença ou sobre algumas características avença ou sobre algumas características específicas que se acreditava que o objeto específicas que se acreditava que o objeto possuía.possuía. Ex. compra um brinco folheado Ex. compra um brinco folheado pensando ser ouro puro.pensando ser ouro puro.

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II - concerne à identidade ou à II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha vontade, desde que tenha influído nesta de modo influído nesta de modo relevante; relevante; ( há se ser negocio ( há se ser negocio personalíssimo - atinge a identidade personalíssimo - atinge a identidade física ou moral – qualidade do outro física ou moral – qualidade do outro contratante)contratante) – – Ex. doação a pessoa Ex. doação a pessoa que o doador imagina, de modo que o doador imagina, de modo errôneo, ter salvo a vida de seu errôneo, ter salvo a vida de seu filho recém-nascido. filho recém-nascido.

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III - sendo de direito e não implicando III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.único ou principal do negócio jurídico.

– – o agente realiza um negócio, o agente realiza um negócio, desconhecendo que a lei proíbe. desconhecendo que a lei proíbe. Ex. Ex. aquisição de mercadoria importada aquisição de mercadoria importada sem o conhecimento de que a sem o conhecimento de que a importação de tal mercadoria é importação de tal mercadoria é proibida.proibida.

- não confundir com descumprimento - não confundir com descumprimento da lei, e sim desconhecimento desta. da lei, e sim desconhecimento desta. (art. 3º da LICC). (art. 3º da LICC).

Obs: Obs: Esse rol apresentado no art. 139 é Esse rol apresentado no art. 139 é meramente exemplificativo.meramente exemplificativo.

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Art. 140. O falso motivo só vicia a Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando declaração de vontade quando expresso como razão determinante.expresso como razão determinante.

Motivo são as idéias, as razões subjetivas, Motivo são as idéias, as razões subjetivas, interiores consideradas acidentais e sem interiores consideradas acidentais e sem relevância para a apreciação de validade relevância para a apreciação de validade do NJ. do NJ.

Em uma compra e venda por exemplo, os Em uma compra e venda por exemplo, os motivos podem ser diversos. motivos podem ser diversos. Investimento, edificação etc., São Investimento, edificação etc., São estranho ao direito e não precisam ser estranho ao direito e não precisam ser mencionados.mencionados.

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Art. 141. A transmissão errônea Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios da vontade por meios interpostos é anulável nos interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a mesmos casos em que o é a declaração direta.declaração direta.

Ex. (fax, telex, e-mail).Ex. (fax, telex, e-mail). Se a vontade foi mal transmitida Se a vontade foi mal transmitida

pelo mensageiro, há de se pelo mensageiro, há de se apurar se houve culpa do apurar se houve culpa do emitente, o que acontecendo o emitente, o que acontecendo o erro é inescusável.erro é inescusável.

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Art. 142. O erro de indicação da Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.identificar a coisa ou pessoa cogitada.

Aqui ele faz referencia ao fato de que o Aqui ele faz referencia ao fato de que o erro de indicação da pessoa ou da coisa erro de indicação da pessoa ou da coisa não viciará o NJ, sobretudo quando se não viciará o NJ, sobretudo quando se puder identificar a coisa ou a pessoa puder identificar a coisa ou a pessoa cogitada. cogitada.

Art. 143 – Trata do erro de cálculo.Art. 143 – Trata do erro de cálculo.

Não invalida o NJ, apenas autoriza a Não invalida o NJ, apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.retificação da declaração de vontade.

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DOLODOLOArts. 145 ao 150Arts. 145 ao 150

Art. 145. São os negócios jurídicos Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.sua causa.

Dolo é o emprego de um artifício ou Dolo é o emprego de um artifício ou

expediente astucioso para induzir expediente astucioso para induzir alguém a pratica de um ato que o alguém a pratica de um ato que o prejudica e aproveita o autor do dolo prejudica e aproveita o autor do dolo ou a terceiro.ou a terceiro.

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O dolo pode ser apresentar com:O dolo pode ser apresentar com:a)a) Essencial ou substancial Essencial ou substancial b)b) Acidental.Acidental. O O dolo essencialdolo essencial é aquele ligado á é aquele ligado á

causa do negócio, sem ele o negócio causa do negócio, sem ele o negócio não teria se realizado; não teria se realizado;

dolo é dolo é acidentalacidental quando , a seu quando , a seu despeito, o negócio seria realizado, despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. embora por outro modo. Este só Este só obriga à satisfação das perdas e obriga à satisfação das perdas e danos, não cabendo anulação.danos, não cabendo anulação. Só o Só o dolo substancial, dolo substancial, torna o NJ anuláveltorna o NJ anulável..

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CoaçãoCoaçãoArts. 151 a 155Arts. 151 a 155

Art. 151. A coação, para viciar a declaração da Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

Coação é “toda ameaça ou pressão exercida Coação é “toda ameaça ou pressão exercida

sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar ou ato ou realizar um vontade, a praticar ou ato ou realizar um negócio. negócio.

Elementos: Elementos: 1 Causa determinante 1 Causa determinante 2. Grave2. Grave 3. Fundador temor3. Fundador temor 4. Iminente4. Iminente

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Observação:Observação: A Coação Física com A Coação Física com

constrangimento corporal que retira toda a constrangimento corporal que retira toda a capacidade do quer, implicando assim capacidade do quer, implicando assim ausência total do consentimento, acarreta a ausência total do consentimento, acarreta a nulidade ou a inexistência. ( não há vício de nulidade ou a inexistência. ( não há vício de consentimento). consentimento).

Ex. Alguém segura a mão da vítima apontando Ex. Alguém segura a mão da vítima apontando um arma para assinar um documento. um arma para assinar um documento. Provocando nulidade e não anulação.Provocando nulidade e não anulação.

A coação Moral que atua sobre a vontade da A coação Moral que atua sobre a vontade da vítima, sem impedir o consentimento, já que a vítima, sem impedir o consentimento, já que a vítima conta com uma relativa liberdade, vítima conta com uma relativa liberdade, podendo optar entre a realização do negócio podendo optar entre a realização do negócio exigido e o dano com que é ameaçado, exigido e o dano com que é ameaçado, é é modalidade de vício do consentimento. modalidade de vício do consentimento. Acarretando a anulabilidade do ato.Acarretando a anulabilidade do ato.

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Estado de PerigoEstado de PerigoArt. 156Art. 156

Art. 156. Configura-se o estado de perigo Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.assume obrigação excessivamente onerosa.

Elementos:Elementos: Estado de necessidadeEstado de necessidade Perigo e dano grave, atual ou iminentePerigo e dano grave, atual ou iminente conhecimento do perigo pela outra parte conhecimento do perigo pela outra parte

( dolo de aproveitamento)( dolo de aproveitamento) assunção de obrigação excessivamente assunção de obrigação excessivamente

onerosa. onerosa.

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Estado de perigo – Ocorre quando Estado de perigo – Ocorre quando alguém assumi uma obrigação alguém assumi uma obrigação excessivamente onerosa com excessivamente onerosa com objetivo da salvar-se a si ou objetivo da salvar-se a si ou alguém de sua família, , ou ainda alguém de sua família, , ou ainda por equiparação, de pessoa com por equiparação, de pessoa com quem não tenha vínculo de quem não tenha vínculo de parentesco, mas possua vínculo de parentesco, mas possua vínculo de afinidade ou afeição de um perigo afinidade ou afeição de um perigo de dano grave conhecido pela de dano grave conhecido pela outra parte, quando o Juiz decidirá outra parte, quando o Juiz decidirá de acordo com o caso concreto e de acordo com o caso concreto e suas circunstancias.suas circunstancias.

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Diferença entre a Coação e o Diferença entre a Coação e o Estado de Perigo.Estado de Perigo.

No Estado de PerigoNo Estado de Perigo a situação a situação aflitiva apresenta-se aflitiva apresenta-se espontaneamente. espontaneamente. Na CoaçãoNa Coação o o perigo é criado pelo agente que perigo é criado pelo agente que pretende se valer do temor da pretende se valer do temor da ameaça para realizar o NJ.ameaça para realizar o NJ.

(Obs: O CC de 1916 não tratava do (Obs: O CC de 1916 não tratava do Estado de Perigo)Estado de Perigo)

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LESÃOLESÃOArt. 157Art. 157

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.valor da prestação oposta.

Lesão: ocorre quando uma das partes, Lesão: ocorre quando uma das partes, aproveitando-se da inexperiência ou da aproveitando-se da inexperiência ou da situação de necessidade relativa ao situação de necessidade relativa ao outro contratante, obtém lucro outro contratante, obtém lucro exagerado, desproporcional (art. 127, exagerado, desproporcional (art. 127, caput do CC).caput do CC).

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Diferença entre Estado de Diferença entre Estado de Perigo e Lesão.Perigo e Lesão.

Na Na LesãoLesão há desproporção das prestações há desproporção das prestações causada por Estado de necessidade causada por Estado de necessidade econômico de uma parte, conhecida da econômico de uma parte, conhecida da outra parte contratante; no outra parte contratante; no estado de estado de perigoperigo, há o temor de grave dano moral ou , há o temor de grave dano moral ou material a pessoa ou parente seu, o que material a pessoa ou parente seu, o que obriga a que o contratante realize o obriga a que o contratante realize o negócio, assumindo prestações negócio, assumindo prestações excessivamente onerosa.excessivamente onerosa.

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FRAUDE CONTRA CREDORESFRAUDE CONTRA CREDORESArts. 158 ao 165 Arts. 158 ao 165

Art. 158. Os negócios de Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.como lesivos dos seus direitos.

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Ocorre a fraude quando o agente Ocorre a fraude quando o agente pratica um determinado ato negocial pratica um determinado ato negocial com o propósito de prejudicar com o propósito de prejudicar terceiro, isto é seus credores, terceiro, isto é seus credores, frustando o pagamento destes.frustando o pagamento destes.

Elementos: a dívida deve ser, em Elementos: a dívida deve ser, em regra anterior à prática do ato; - o ato regra anterior à prática do ato; - o ato deve ter agravado ou levado o deve ter agravado ou levado o devedor a insolvência, má fé do devedor a insolvência, má fé do adquirente ou mera ciência de que o adquirente ou mera ciência de que o devedor tem por objeto prejudicar devedor tem por objeto prejudicar terceiro; - necessidade de terceiro; - necessidade de reconhecimento do vício por meio de reconhecimento do vício por meio de ação pauliana ou revocatória.ação pauliana ou revocatória.

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Invalidade do Invalidade do Negócio JurídicoNegócio Jurídico

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Conceito: Conceito:

Invalidade ou nulidade do NJ Invalidade ou nulidade do NJ é a é a sanção imposta pela Norma sanção imposta pela Norma jurídica aos atos e negócios jurídica aos atos e negócios praticados em contrariedade à praticados em contrariedade à lei, privando-os de efeito jurídico. lei, privando-os de efeito jurídico. Para Para

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INVALIDADE DO NEGÓCIO INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICOJURÍDICO

Arts. 166 ao 188Arts. 166 ao 188Art.104. A Art.104. A validade do NJ validade do NJ requerer:requerer:

Art. 166. É nulo o negócio Art. 166. É nulo o negócio Jurídico quando:Jurídico quando:

Agente capazAgente capaz I – celebrado por I – celebrado por absolutamente incapaz;absolutamente incapaz;

Objeto lícitoObjeto lícito II- for ilícito, impossível ou II- for ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto;indeterminado o seu objeto;

IV- tiver por objeto fraudar lei IV- tiver por objeto fraudar lei imperativa.imperativa.

Forma prescritaForma prescrita IV- não revestir a forma IV- não revestir a forma prescrita em lei;prescrita em lei;

V- for preterida solenidade que V- for preterida solenidade que a lei considerar essenciala lei considerar essencial

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Espécies de Nulidade: A nulidade do NJ, Espécies de Nulidade: A nulidade do NJ, se apresenta como: se apresenta como:absoluta e relativa.absoluta e relativa.

Nulidade absolutaNulidade absoluta: nesta, estará não só o : nesta, estará não só o interesse social, além do individual interesse social, além do individual afetados, havendo ofensa a preceito de afetados, havendo ofensa a preceito de ordem pública e, assim, afeta a todos. ordem pública e, assim, afeta a todos. Desta forma implica em impedir que o Desta forma implica em impedir que o ato gere qualquer efeito, isto é, não foi ato gere qualquer efeito, isto é, não foi realizado NJ nenhum, tendo apenas realizado NJ nenhum, tendo apenas aparência. Por tal razão, pode ser alegada aparência. Por tal razão, pode ser alegada por qualquer interessado, devendo ser por qualquer interessado, devendo ser pronunciada de ofício pelo juiz. (CC 168) pronunciada de ofício pelo juiz. (CC 168)

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Nulidade RelativaNulidade Relativa - a denominada - a denominada anulabilidade: nesta apenas o anulabilidade: nesta apenas o interesse particular é afetado, interesse particular é afetado, todavia, ainda assim permite que o todavia, ainda assim permite que o ato possa gerar efeitos, se não for ato possa gerar efeitos, se não for requerida sua anulação pela parte requerida sua anulação pela parte prejudicada ou se ele for convalidado prejudicada ou se ele for convalidado pelo decurso de prazo. pelo decurso de prazo.

Page 121: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Art. 167. É nulo o negócio jurídico Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na dissimulou, se válido for na substância e na forma.substância e na forma.

A simulaçãoA simulação consiste na declaração consiste na declaração enganosa da verdade, visando enganosa da verdade, visando produzir efeito jurídico diverso do produzir efeito jurídico diverso do ostensivamente indicado. É pois, um ostensivamente indicado. É pois, um ato nulo, e se apresenta sob duas ato nulo, e se apresenta sob duas espécies, ou seja, espécies, ou seja, absoluta e relativaabsoluta e relativa..

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Na simulação absoluta as partes não Na simulação absoluta as partes não realizam NJ, na verdade este NJ tem realizam NJ, na verdade este NJ tem apenas aparência. Atrás do NJ apenas aparência. Atrás do NJ simulado não existe nenhum outro, simulado não existe nenhum outro, apenas o objetivo de obter vantagem apenas o objetivo de obter vantagem ilícita. Ex. ilícita. Ex. Devedor que finge alienar os Devedor que finge alienar os bens a terceiro, objetivando que a bens a terceiro, objetivando que a execução não recaia sobre os bens. execução não recaia sobre os bens. (às (às vésperas da separação marido finge vésperas da separação marido finge dívida com amigo). dívida com amigo).

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Verifica-se a simulação relativa Verifica-se a simulação relativa quando o agente finge praticar quando o agente finge praticar determinado ato visando esconder determinado ato visando esconder outro permitido por lei.outro permitido por lei.

Ex: doar carro à namorada e finge Ex: doar carro à namorada e finge que vendeu, para esconder dos que vendeu, para esconder dos amigos.amigos.

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§ 1§ 1oo Haverá simulação nos negócios jurídicos Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;realmente se conferem, ou transmitem;

Ex.: homem que finge vender bem a terceiro Ex.: homem que finge vender bem a terceiro quando na verdade é para sua concubina.quando na verdade é para sua concubina.

II - contiverem declaração, confissão, II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;condição ou cláusula não verdadeira;

Ex.: Contrato de compra e venda de um Ex.: Contrato de compra e venda de um bem em que diminui o valor real deste.bem em que diminui o valor real deste.

Page 125: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

III - os instrumentos particulares III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.forem antedatados, ou pós-datados.

Ex.: contrato com uma determinada Ex.: contrato com uma determinada data, mas realizado em outra, data, mas realizado em outra, anterior ou posterioranterior ou posterior. .

§ 2§ 2oo Ressalvam-se os direitos de Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico contraentes do negócio jurídico simulado.simulado.

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Características da Simulação:Características da Simulação:

Em regra, configura uma declaração Em regra, configura uma declaração bilateral de vontade; Conluio.bilateral de vontade; Conluio.

É sempre ajustada com a outra parte; É sempre ajustada com a outra parte; ambas as partes tem conhecimento da ambas as partes tem conhecimento da simulação, nenhuma dela é iludida.simulação, nenhuma dela é iludida.

Não corresponde a intenção das partes, Não corresponde a intenção das partes, que disfarça sua real intenção, declarando que disfarça sua real intenção, declarando outra fictícia e irreal. outra fictícia e irreal.

Tem o objetivo de prejudicar terceiro.Tem o objetivo de prejudicar terceiro.

Page 127: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Distinção entre Simulação e Distinção entre Simulação e DissimulaçãoDissimulação

Não se confundem Não se confundem simulação simulação e e dissimulaçãodissimulação; embora em ambas ; embora em ambas esteja presente o ato de enganar esteja presente o ato de enganar um terceiro, na um terceiro, na simulaçãosimulação,, aparenta- aparenta-se o que não existe; na se o que não existe; na dissimulaçãodissimulação omitisse o que é verdadeiro. omitisse o que é verdadeiro.

Page 128: Direito Civil (dos bens e fatos jurídicos)

Obs: Obs: Ver art. 168 (oportunidade de requerer Ver art. 168 (oportunidade de requerer a anulação do art. 167).a anulação do art. 167).

Conversão do NJ nuloConversão do NJ nulo: O art. 170 trouxe a : O art. 170 trouxe a possibilidade de converter um NJ nulo possibilidade de converter um NJ nulo em outro válido e eficaz, é o que se chama em outro válido e eficaz, é o que se chama de conversão do NJ nulo. O nulo vira de conversão do NJ nulo. O nulo vira válido. Desde que:válido. Desde que:

- a forma usada para a prática do negócio - a forma usada para a prática do negócio nulo seja possível concluir que a intenção nulo seja possível concluir que a intenção das partes era praticar o negócio a ser das partes era praticar o negócio a ser criado. (criado. (Ex. Escritura particular quando Ex. Escritura particular quando deveria ser pública feito pelo casal mas deveria ser pública feito pelo casal mas com recurso de ambos.com recurso de ambos.

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Título II Título II

Dos Atos Jurídicos LícitosDos Atos Jurídicos LícitosArt. 185Art. 185

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Art. 185 – “Aos atos jurídicos lícitos , Art. 185 – “Aos atos jurídicos lícitos , que não sejam negócios jurídicos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anteriordisposições do Título anterior””

- Título anterior – “Negócios Jurídicos”- Título anterior – “Negócios Jurídicos”

Obs: Aqui teremos, a aplicação das Obs: Aqui teremos, a aplicação das regras estatuídas para os negócios regras estatuídas para os negócios jurídicos, no que couber, aos atos jurídicos, no que couber, aos atos jurídicos. jurídicos.

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O O ato Jurídicoato Jurídico, se da na simples , se da na simples manifestação de comportamento manifestação de comportamento não havendo intuito negocial. não havendo intuito negocial.

Negócio Jurídico Negócio Jurídico depende: da depende: da vontade - da declaração; e da vontade - da declaração; e da finalidade.finalidade.

Obs: Obs: negócios jurídicosnegócios jurídicos (atos (atos negociais).negociais).

Ato gera efeitos jurídicos previstos Ato gera efeitos jurídicos previstos em lei, as conseqüências ocorrem em lei, as conseqüências ocorrem da lei, independe da vontade do da lei, independe da vontade do agente; é uma declaração de agente; é uma declaração de vontade.vontade.

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Atos IlícitosAtos IlícitosArts. 186 ao 188Arts. 186 ao 188

Art. 186 “ Aquele que, por ação ou Art. 186 “ Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato exclusivamente moral, comete ato ilícitoilícito”. ”. (Ver art. 927 do CC)(Ver art. 927 do CC)

Os atos jurídicos em geral são ações Os atos jurídicos em geral são ações humanas lícitas ou ilícitas. humanas lícitas ou ilícitas.

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A responsabilidade civil possui quatro A responsabilidade civil possui quatro requisito definidos no art. 186, são requisito definidos no art. 186, são eles:eles:

- Ação ou omissão;Ação ou omissão;- Dano;Dano;- Culpa ou dolo;Culpa ou dolo;- Nexo causal (entre a ação e o dano).Nexo causal (entre a ação e o dano).

Obs: Obs: Assim para se configurar a Assim para se configurar a obrigação de indenizar faz se obrigação de indenizar faz se necessário a prática do ato ilícito, necessário a prática do ato ilícito, como também o danocomo também o dano..

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Lícitos, são atos humanos a que a lei Lícitos, são atos humanos a que a lei defere os efeitos almejados pelo agente.defere os efeitos almejados pelo agente.

Atos Ilícitos são atos praticados Atos Ilícitos são atos praticados diretamente em afronta ao nosso diretamente em afronta ao nosso ordenamento jurídicos, gerando um ordenamento jurídicos, gerando um efeito jurídico mas não coincidente com efeito jurídico mas não coincidente com o querer do agente: o querer do agente: o dever de o dever de reparação. reparação. É praticado por meio de ações É praticado por meio de ações ou omissões culposas ou dolosas do ou omissões culposas ou dolosas do agente. agente. Ato ilícito é, portanto, fonte de Ato ilícito é, portanto, fonte de obrigação: a de indenizar ou ressarcir o obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado.prejuízo causado.

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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ou pelos bons costumes.

Abuso de Direito – é o ato lícito no antecedente e Abuso de Direito – é o ato lícito no antecedente e ilícito no consequente. ilícito no consequente. ((direito de vizinhança)direito de vizinhança)

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no I - os praticados em legítima defesa ou no

exercício regular de um direito reconhecido; exercício regular de um direito reconhecido; (ato danoso lícito)(ato danoso lícito)

II - a deterioração ou destruição da coisa II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. (remover perigo iminente. (estado de estado de necessidade)necessidade)

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Parágrafo único. No caso do inciso Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o quando as circunstâncias o tornarem absolutamente tornarem absolutamente necessário, não excedendo os necessário, não excedendo os limites do indispensável para a limites do indispensável para a remoção do perigo. remoção do perigo.