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Direito Ambiental Idéias Gerais e Princípios Prof. Ivan Furmann

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Direito ambiental - princípios gerais. Baseado em textos e slides de autores diversos.

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Direito Ambiental

Idéias Gerais e Princípios

Prof. Ivan Furmann

FUNÇÃO SOCIAL DA TERRA - PROPRIEDADE

Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,

aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Vamos destacar a questão ecológica

MEIO AMBIENTE NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies

e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades

dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a

supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos

atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que

comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou

submetam os animais a crueldade. (Regulamento)

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de

acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas

físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona

Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações

discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,

sem o que não poderão ser instaladas.

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que

comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou

submetam os animais a crueldade.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de

acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas

físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona

Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que

assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações

discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,

sem o que não poderão ser instaladas.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações

discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,

sem o que não poderão ser instaladas.

Questão Ecológica

RecenteLevantada apenas após década de 60 e ganhou corpo na década de 70.

        

DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONALEVOLUÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL:1 – Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente Humano:

- Ocorreu em Estocolmo/Suécia em 1972- O meio ambiente entrou a agenda mundial, embora poucos

países tenham participado. - Os países participantes se dividiram em 2 correntes:

a) Preservacionistas: movimento liderado pelos países ricos, os quais defendiam que o mundo já havia usado em demasia os recursos naturais, sendo necessário controlar a exploração da natureza.

b) Desenvolvimentistas: movimento liderado pelo Brasil. Eram contra o fato de que os países ricos terem explorado os recursos naturais e agora exigirem que os países pobres não se desenvolvam. O Brasil chegou a fazer cartazes dizendo: NÓS ACEITAMOS A POLUIÇÃO.

Estocolmo 1972

Pior poluição é a pobreza. Para superá-la é preciso desenvolvimento.

Desenvolver primeiro – poluição se paga depois

• ALTERNATIVA: - Ecodesenvolvimento.

a) Eficiência econômica

b) Equidade social

c) Preservação e conservação ambiental- Declaração de Estocolmo de 1972

Meio ambiente é um direito da humanidade.

Relatório Nosso futuro comum:- Relatório de Brundtland, de 1983, ONU primeira

ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland chefia a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento

- Ecodesenvolvimento desenvolvimento sustentável .

Desenvolvimento sustentável: é aquele que atende às necessidades das presentes gerações sem comprometer as necessidades das futuras gerações. Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas.

Conferência sobre Meio Ambiente

e Desenvolvimento:

- Ocorreu no Rio de Janeiro em 1992, ECO-92

a) Declaração do Rio - estabeleceu uma série de princípios de direito ambiental.

b) Agenda 21 - programa de ação com diretrizes para a implementação do desenvolvimento sustentável, visando conciliar a nível mundial métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

c) Convenção Quadro da ONU sobre mudanças climáticas: a qual foi assinada em 1992 em Nova Iorque, porém foi na ECO-92 que aconteceu a maioria das adesões.

- Esta convenção esta relacionada ao Protocolo de Kyoto que visa a redução da emissão de gases do efeito estufa (gases antropogênicos: indústria, desmatamentos, queimadas, criação de gado), o qual foi assinado em 1997.

- O Brasil, embora tenha assinado o Protocolo de Kyoto, não tem obrigação de reduzir a emissão de gases poluentes.

- Visando a redução de gases antropogênicos, o Brasil editou a Lei nº 12.187/2009 que versa sobre a Política Nacional de Mudanças Climáticas, que tem como objetivo reduzir em até 38% as emissões até 2020.

Cúpula Mundial sobre o desenvolvimento sustentável:

- Ocorreu em Johanesburgo/África do Sul em 2002, conhecida como Rio +10.

- Foi criada uma Declaração (soft law) e um plano de implementação que continha os seguintes objetivos:

a) Erradicação da pobreza;

b) Mudança nos padrões insustentáveis de produção e consumo;

c) Proteção dos recursos naturais.- Discutiu os resultados das conferências anteriores (Estocolmo

e ECO-92).

Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável:- Ocorreu no Rio de Janeiro em 2012, conhecida como Rio +20. - Tinha como objetivo renovar os compromissos políticos com o desenvolvimento sustentável e avaliar o progresso e lacunas das decisões adotadas nas cúpulas anteriores. - Um dos temas discutidos, além do desenvolvimento sustentável, foi a erradicação da pobreza.

MEIO AMBIENTE É UM DIREITO DIFUSO

a) Titulares indeterminados: não é definir quem são os titulares de um direito difuso, pois ao mesmo

tempo a sua violação atingiu alguém em particular e simultaneamente a todos.

b) Indivisíveis: é um direito que ao mesmo tempo pertence a todos, mas a ninguém em específico,

trata-se de uma lesão contra a coletividade.

MA Natural

MA Artificial

MA Cultural

MA Trabalho

PRINCÍPIOS DE DIREITO AMBIENTAL

1 – Princípio do meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental:-Base legal:

a) Previsto no art. 225, CF

b) Declaração do Rio 92: princípio nº 01

- Funciona como um princípio matriz, o qual está associado ao direito à vida (art. 5º, CF/88) e a sadia qualidade de vida (art. 225, CF/88).-Meio ambiente e saúde estão relacionados? Sim. -Para alguns doutrinadores só é possível efetivar a 1ª e 2ª geração de direitos humanos quando há meio ambiente ecologicamente equilibrado.

OBS.: O Direito Ambiental é a conexão entre o Direito Econômico e os Direitos Humanos:

- Os bens naturais são bens econômicos e o Direito Ambiental é um direito fundamental.

2 – Princípio da vedação ao retrocesso ecológico:

- É uma especificação do princípio maior da proibição de retrocesso dos direitos fundamentais.

- Alguns doutrinadores mencionam situações de exceção como possibilidade de retrocesso ecológico: calamidade pública, estado de sítio, emergência grave.

- Ambientalistas combatiam a aprovação do Novo Código Florestal com base nesse princípio..

3 – Princípio do progresso ecológico:

- O Estado deve aprimorar as leis ambientais para sua efetividade concreta.

- O Brasil ratificou o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais através do Decreto nº 591/92.

- A criação de políticas econômicas que respeitem a proteção ao meio ambiente.

4 – Princípio do Desenvolvimento Sustentável:

- Previsão legal:

a) Declaração do Rio 92, princípio nº 04: Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental deve constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isolada deste.

b) Art. 170, incisos III e VI, CF/88.

5 – Princípio da Solidariedade Intergeracional:

- Fundamento legal:

a) Declaração do Rio 92, princípio nº 03: O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de gerações presentes e futuras.

b) Art. 225, CF/88.- Significa que as presentes gerações (sincrônica) deve

deixar para as futuras gerações (diacrônicas) condições ambientais idênticas ou melhores.

- O legislador criou um sujeito de direitos indeterminado, posto que ele sequer nasceu - é um príncipio ético ambiental entre as gerações.

6 – Princípio da Função Sócio-Ambiental da Propriedade:

- Fundamento legal: art. 5º, XXIII,186 e 182 da CF, art. 1228, §1º, CC,

- A função social não é uma limitação ao direito de propriedade, mas uma limitação a autonomia da da vontade, pois só há propriedade se houver o respeito as normas jurídicas.

- Requisitos para cumprir a função social: art. 186 e 182, §2º, CF.

7 – Princípio da Prevenção:

- É utilizado quando os impactos ambientais são conhecidos (certeza científica) e podem ser adotadas medidas que evitem ou reduza o dano ambiental (ponderação com o direito econômico).

- Exemplos: Poder de Polícia Ambiental, Licenciamento Ambiental.

8 – Princípio da Precaução:

- Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas de prevenção contra a degradação ambiental (Declaração da ECO-92, princípio 15)

- Neste caso, não se conhece os impactos ambientais ou o dano é conhecido, mas não há como prevenir ou amenizar-In dubio pro natura.

- A possibilidade de inversão do ônus da prova em direito ambiental está ligada ao princípio da precaução.

- O Juiz faz um exercício de PROGNOSE NEGATIVA: julgamento antecipado de prova negativa.

- DICA PARA DEFINIR O PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E DA PRECAUÇÃO:

a) Não conheço os impactos negativos que a atividade causa: princípio da precaução.

b) Se eu conheço os impactos negativos, mas não conheço a solução: princípio da precaução.

c) Se eu conheço os impactos negativos e conheço a solução: princípio da prevenção (aplica-se condicionantes que reduzam ou evitem o dano ambiental).

9 – Princípio do Poluidor-Pagador ou da Responsabilidade:

- Previsto na Declaração da Eco-92, princípio 16: Tendo em vista que o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo decorrente da poluição, as autoridades nacionais devem procurar promover a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, levando na devida conta o interesse público, sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais.

- Não se trata da possibilidade de pagar para poder poluir, mas de impor a responsabilidade ambiental para aquele que causa poluição ao meio ambiente, nos termos do art. 225, §3º, CF/88:

- Art. 225, (…) §3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitação os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penai e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Lei 6.938/81:

Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos

- Também decorre a obrigação de reposição florestal; obrigação da logística reversa (pilhas, baterias).

- STJ confirmou a rescisão unilateral de contrato entre fabricante e revendedor por descumprimento da cláusula de responsabilidade ambiental (logística reversa).

- Há doutrinadores que separam o princípio da seguinte forma:

a) Princípio do poluidor pagador: precaução, prevenção e redistribuição dos custos da poluição (logística reversa, condicionantes do licenciamento)

b) Princípio da responsabilidade: reparação pelos danos causados.

10 – Princípio do Usuário-Pagador:- Impõe-se dever de compensar o real titular

do meio ambiente que é a coletividade em razão da utilização individual dos recursos naturais. Exemplo: exploração dos recursos hídricos.

- Tem como objetivo racionalizar o uso, arrecadar recursos a serem revertidos no meio ambiente.

11 – Princípio Democrático/ Participação/ Publicidade/ Informação:

- Previsto na Declaração da ECO-92, princípio nº 10: A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo deve ter acesso adequado a informações relativas ao meio ambiente de que dispunham autoridades públicas, inclusive informações sobre materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar em processos de tomadas de decisões. Os Estados devem facilitar e estimular a conscientização e a participação pública, colocando a informação à disposição de todos. Deve ser propriciado acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que diz respeito a compensação e reparação de danos.

- Qualquer indivíduo, INDEPENDENTE DA COMPROVAÇÃO DE INTERESSE ESPECÍFICO, pode ter acesso as informações de ordem ambiental.

- Os órgãos ambientais devem publicar seus atos no Diário Oficial, como pedidos de licenciamento, infrações, recursos, decisões, estudos de impacto ambiental.

- O cidadão deve participar das ações políticas que envolvem o direito ambiental em todos os aspectos:

a) Legislativo: participação por meio de Plebiscito, Referendo e iniciativa popular, audiências públicas.

b) Administrativo: direito de informação, EIA-RIMA, audiências públicas/consultas públicas.

c) Processual: Ação civil pública, ação popular, mandado de segurança coletivo, ação civil de responsabilidade por impropridade administrativa.

- A informação e participação da sociedade X educação ambiental.- Art. 225, §1º, VI, CF/88.- Lei 9.795/00:Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos

quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

12 – Princípio da Responsabilidade Social:- Direcionada para as instituições financeiras que concedem

empréstimos, financiamentos e outros tipos de investimentos.- A instituição financeiro deve observar como condicionante para

concessão de empréstimos e financiamentos se o projeto respeita a legislação ambiental.

13 – Princípio da ubiquidade:- Ubiquidade é aquilo que presente em toda parte – onipresente.- Segundo este princípio, a proteção ambiental de ser levada em

consideração toda vez que uma política ou uma legislação sobre qualquer tema, atividade ou obra for criada ou desenvolvida.

- As questões ambientais devem ser analisadas em toda e qualquer ação humana.

14 – Princípio da Cooperação entre os povos:- A proteção ao meio ambiente não pode ser limitada por fronteiras

políticas, já que fatores de poluição geralmente provocam efeitos em mais de um país.

- Tem como objetivo a elaboração de tratados internacionais ambientais.

15 – Princípio da Natureza Pública (ou obrigatoriedade) da proteção ambiental:- É obrigação do Poder Público e da sociedade promover a proteção

do meio ambiente.

16 – Princípio do Limite ou do Controle:- O Estado tem o dever de editar e efetivar normas jurídicas que

instituam padrões máximos de poluição e de qualidade ambiental.- Exemplo: qualidade da água, emissão de ruídos, som automotivo,

gases poluentes.

17 – Princípio do Protetor-Recebedor ou Receptor:- Visa premiar aqueles que de alguma forma estão colaborando com

a preservação ambiental. - Previsto no novo Código Florestal e em outras leis ambientais,

como na Lei 12.512/11 (Programa de Apoio à Conservação Ambiental).

- Exemplo: Programa Bolsa-Verde em Minas Gerais; Bolsa-Floresta na Amazônia; exclusão do ITR nas áreas particulares especialmente protegidas.

18 – Princípio da Responsabilidade Comum, mas diferenciada:- Todas as nações são responsáveis

ambientalmente, todavia, as que mais poluem devem adotar medidas mais drásticas no combate a degradação da natureza.

- Exemplo: Protocolo de Kyoto.