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Direito Administrativo

Professora Tatiana Marcello

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Direito Administrativo

CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO

Concentração x DesconcentraçãoCentralização x Descentralização

• O DL 200/1967 dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal,promovendo uma descentralização e flexibilização administrativa. Porém, éextensível aos demais entes como norma geral.

• A Administração Federal compreende:

• se constitui por órgãos da União, Estados,Municípios e Distrito Federal.

Administração Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)• Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)• Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Administração Indireta

• Composição da Administração Pública (critério subjetivo ou formal):

ÓRGÃOS + AGENTES PÚBLICOS + ENTIDADES

ÓRGÃO: unidade de atuação integranteda estrutura da Administração direta e daestrutura da Administração indireta (Leinº 9.784/94).

ENTIDADE: unidade de atuação dotadade personalidade jurídica (Lei nº9.784/94).

üIntegram a estrutura de uma entidade; üSão entidades, pessoas jurídicas.

üNão possui personalidade jurídica (alguns têm capacidade processual em MS – Presidência, Ministérios, Secretarias);

üTem personalidade jurídica;

üNão possui patrimônio próprio; üPossui patrimônio próprio.

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Entidades

Políticas(Adm. Direta)

Tem competência

legislativa

- União;- Estados;- Municípios;- DF.

Administrativas(Adm. Indireta)

Não tem competência

legislativa

- Autarquia;- Fundação Pública;- Sociedade de Economia Mista;- Empresa Pública.

Concentração x DesconcentraçãoCentralização x Descentralização

• Concentração Administrativa – desempenho das atribuições administrativas pormeio de órgão público sem divisão interna, ou seja, a ausência de distribuição detarefas entre as repartições internas (algo raríssimo);

X• Desconcentração Administrativa – as atribuições são distribuídas entre órgãos

públicos, mas dentro da mesma pessoa jurídica.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

• Centralização Administrativa – estado desempenhando suas atribuições através deseus próprios órgãos e agentes da Administração Direta (U, E, M e DF);

X• Descentralização Administrativa – as competências são atribuídas a outra pessoa

física ou jurídica (administração indireta ou para iniciativa privada).

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ADMINISTRAÇÃO DIRETAU, E, DF, M

Administração Indireta

(por outorga)

- Autarquias;- Fundações Públicas;- Empresas Públicas;- Sociedade de Economia Mista.

Iniciativa Privada(por delegação)

- Concessionárias;- Permissionárias;- Autorizatários.

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO

- Distribuição de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica.

- Distribuição de competências para uma nova pessoa jurídica.

- Há hierarquia entre esses órgãos. - Não há hierarquia entre o que descentralizou e o ente descentralizado (há vinculação, não subordinação).

- Os órgãos não têm personalidade jurídica, não podendo responder judicialmente, mas as respectivas pessoas jurídicas (U, E, M e DF) respondem.

- As entidades descentralizadasrespondem juridicamente pelos prejuízos causados a terceiros.

Ex.: Transferência de uma competência de um Ministério para uma Secretaria; ou prefeitura transfere competências parauma sub-prefeitura.

Ex.: Transferência dos serviços previdenciários para uma Autarquia (INSS); ou transferência da manutenção de uma rodovia para uma Concessionária (Pessoa Privada);

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Afirmações trazidas em questões de concurso

• “A centralização consiste na execução das tarefas administrativas pelo próprioEstado, por meio de órgãos internos integrantes da administração direta”.

• “Diferentemente da descentralização, em que a transferência de competênciasse da para outra entidade, a desconcentração é processo eminentementeinterno, em que um ou mais órgãos substituem outro, com o objetivo demelhorar e acelerar a prestação do serviço público”.

• “Em razão da complexidade das atividades incumbidas à administração pelasnormas constitucionais e infralegais, existem, nos estados, diversas secretariasde estado com competências específicas, notadamente em função da matéria.Essa distribuição de atribuições denomina-se desconcentração administrativa”.

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Direito Administrativo

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Administração Direta (centralizada)

• O DL 200/1967 dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal,promovendo uma descentralização e flexibilização administrativa. Porém, éextensível aos demais entes como norma geral.

• A Administração Federal compreende:

• se constitui por órgãos da União, Estados,Municípios e Distrito Federal.

Administração Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)• Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)• Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Administração Indireta

• Conceito: “Administração direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoaspolíticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), aos quais foi atribuída acompetência para o exercício, de forma centralizada, de atividadesadministrativas” (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo).

• Algumas características:

ØComposta pelos entes políticos União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

ØSão pessoas jurídicas de direito público.

ØPossuem competência legislativa e administrativa;

ØExigência de concurso público para ingresso de seus agentes;

ØQuadro de pessoal composto por servidores estatutários;

ØObrigatoriedade de licitação para a aquisição de bens e serviços.

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Administração Indireta (descentralizada)

• O DL 200/1967 dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal,promovendo uma descentralização e flexibilização administrativa. Porém, éextensível aos demais entes como norma geral.

• A Administração Pública compreende:

• se constitui por órgãos da União, Estados,Municípios e Distrito Federal.

Administração Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)• Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)• Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Administração Indireta

• Conceito: “Administração indireta é o conjunto pessoas jurídicas (desprovidas deautonomia política) que, vinculadas à administração direta, têm a competênciapara o exercício, de forma descentralizada, de atividades administrativas”(Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo).

• Obs.: nem toda entidades da A.I é criada para exercer funções administrativas ouserviço público, pois existem EP e SEM que são criadas para a exploração deatividades econômicas, conforme previsto na CF (art. 173).

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• Algumas características:

ØComposta pelos entes administrativos Autarquias, Fundações Públicas, EmpresasPúblicas e Sociedades de Economia Mista.;

ØPossuem apenas competência administrativa;

ØPossuem personalidade jurídica + capacidade judiciária;

ØCriação e extinção dependem de lei;

ØEm regra, sujeitam-se a licitação e concurso público.

ØRelação de vinculação à Administração Direta (não há hierarquia ou subordinação)

Criação das Entidades da A.I.

• CF, art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia eautorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e defundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de suaatuação.

• Autarquia lei específica cria• Empresa Pública• Sociedade de Economia Mista lei específica autoriza a criação (registro)• Fundação Pública

lei complementar definirá area de atuação da FP

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• CF, art. 37, XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação desubsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como aparticipação de qualquer delas em empresa privada.

• Para criação de subsidiárias ou participação em empresa privada precisa de lei queautoriza, porém, de acordo com o STF, não é necessário que haja uma lei para“cada caso”, bastando uma autorização genérica.

• Outras entidades que integram a Administração Indireta:

• Agências Executivas (Lei 9.649/98) – não é nova forma de entidade e sim uma“qualificação” que se dá a uma Autarquia ou Fundação, para que tenha maiorautonomia;

• Agências Reguladoras (ex.: ANATEL, ANS, ANVISA) – não é nova forma e si umaespécie de “Autarquia em regime especial”, para que tenha maior estabilidade eindependência;

• Consórcio Público ou Associação Pública (Decreto 6.017/2007 – ex.: consórcioolímpico) quando vários entes da federação se juntam para um objetivo comum; nãoé nova forma de entidade, mas integra a A.I. quando tiver personalidade jurídica dedireito público, neste caso, terá natureza Autárquica.

• Obs.: As Entidades Paraestatais NÃO integram a A.I. São pessoas privadas quecolaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse público, semfins lucrativos (ex.: SENAI, SESI, SESC, OSCIP).

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Direito Administrativo

AUTARQUIA

Autarquia

• Conceito: O DL 200/1967 define como Autarquia - o serviço autônomo, criado porlei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executaratividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhorfuncionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

• Autarquia é criada para cumprir uma função típica do Estado, como se fosse uma“continuação” do Estado.

• Algumas características da Autarquia:

ØCriadas e extintas diretamente por lei (CF, art. 37, XIX), não precisando de registro;

ØPossuem personalidade jurídica de direito público (se sujeitam ao regime jurídicode direito público – têm as mesmas prerrogativas de Estado);

ØExercem atividades típicas de Estado;

ØEm regra, sujeitam-se a licitação e concurso público.

ØTrata-se de um serviço público personificado;

ØSeus agentes são servidores públicos estatutários.

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• Juízo competente (foro processual):

ØAutarquia Federal – Justiça Federal

ØAutarquia Estadual ou Municipal – Justiça Estadual

ØObs.: mesma regra da Fundação Pública.

• Espécies de autarquias:

ØAutarquia Comum ou Ordinária – não tem peculiaridades, sendo criadas com ascaracterísticas previstas no DL 200 (ex.: INSS). Errata: BACEN é autarquia “sobregime especial”;

ØAutarquia Sob Regime Especial – quando há alguma peculiaridades além doprevisto no regime comum ou ordinário da lei (ex.: agências reguladoras, comoANAC, ANATEL, ANS);

ØAutarquia Fundacional – é quando uma Fundação Pública é instituída diretamentepor lei, com personalidade jurídica de direito público;

ØAssociação Pública (Consórcios públicos) - (Decreto 6.017/2007 – ex.: consórcioolímpico) integram a A.I. quando tiver personalidade jurídica de direito público,tendo natureza Autárquica.

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FUNDAÇÃO PÚBLICA

Fundação Pública

• Conceito: O DL 200/1967 define como Fundação Pública - a entidade dotada depersonalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude deautorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijamexecução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomiaadministrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, efuncionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.

• Algumas características das Fundações Públicas:

ØLei específica autoriza a criação e extinção, mas precisa de registro (CF, art. 37, XIX);

ØPossuem personalidade jurídica de direito público ou de direito privado(dependendo da sua criação);

ØExercem funções sem fins lucrativos;

ØTrata-se de um patrimônio público personificado;

ØSeus agentes são servidores públicos estatutários.

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• Personalidade Jurídica de direito público x privado:

Fundação

Pública

P.J. Dir. Público

P. J. Dir. Privado

Privada

Lei Autoriza criação

Lei cria

Fundação Autárquica

Fundação Governamental

b

• Juízo competente (foro processual):

ØFundação Pública Federal – Justiça Federal

ØFundação Pública Estadual ou Municipal – Justiça Estadual

• Obs.: mesma regra da Autarquia.

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Direito Administrativo

EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONIMIA MISTA

Empresa Pública x Sociedade de Economia Mista

• São as chamadas Empresas Estatais.

• Empresa Pública: O DL 200/1967 define como “a entidade dotada depersonalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capitalexclusivo da União (ou outro ente federativo – tem que ser público), criado(autorizado) por lei para a exploração de atividade econômica (e/ou prestação deserviço público) que o Governo seja levado a exercer por força de contingência oude conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formasadmitidas em direito”.

• Sociedade de Economia Mista: O DL 200/1967 define como “a entidade dotada depersonalidade jurídica de direito privado, criada (autorizada) por lei para aexploração de atividade econômica (e/ou prestação de serviço público), sob aforma de sociedade anônima (S.A.), cujas ações com direito a voto pertençam emsua maioria à União (ou outro ente federativo) ou a entidade da AdministraçãoIndireta”.

• Algumas características comuns das EP e SEM:

ØLei específica autoriza a criação e extinção, mas precisa de registro (CF, art. 37, XIX);

ØPossuem personalidade jurídica de direito privado (mas o regime jurídico é híbrido,segue regras de direito público e de direito privado);

ØExercem exploração de atividade econômica e/ou serviços públicos;

ØEm regra, sujeitam-se a licitação (porém, as regras são mais flexíveis quando forexploradora de atividade econômica) e concurso público.

ØEm regra, seus agentes são empregados públicos regidos pela CLT.

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Diferenças Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Formação do capital

ØExclusivamente público!100% do capital público (sendo possível a participação outros entes federativos ou da A.I.)

ØMisto, sendo parte pública (maioria votante 50%+1) e parte privada.

Forma societária

ØQualquer forma societária (S.A., Ltda...)

ØObrigatoriamente S.A.

Foro competente

ØU = Justiça Federal

ØE ou M = Justiça Estadual

ØSEM: U, E ou M = Justiça EstadualØ(STF – se a União intervém da ação, desloca a competência para JF)

EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA- Personalidade jurídica de direito privado- Qualquer forma societária.

- Personalidade jurídica de direito privado- Obrigatoriamente S.A.

Finalidade:a) Prestação de serviço público;b) Exploração de atividade econômica.

Finalidade:a) Prestação de serviço público;b) Exploração de atividade econômica.

Capital:Exclusivamente público!

Capital:Misto, sendo maioria pública e parte privada.Obs.: se não tiver capital privado, converte-se em empresa pública; se não for a maioria público, será uma empresa privada com participação estatal, que não integra a administração.

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Direito Administrativo

LEI Nº 9.784/1999 – REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Admi-nistração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administra-dos e ao melhor cumprimento dos fins da Admi-nistração.

§ 1º Os preceitos desta Lei também se apli-cam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempe-nho de função administrativa.

§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I – órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;

II – entidade – a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

III – autoridade – o servidor ou agente pú-blico dotado de poder de decisão.

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, fina-lidade, motivação, razoabilidade, proporciona-lidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administra-tivos serão observados, entre outros, os cri-térios de:

I – atuação conforme a lei e o Direito;

II – atendimento a fins de interesse geral, ve-dada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

III – objetividade no atendimento do inte-resse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;

IV – atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

V – divulgação oficial dos atos administrati-vos, ressalvadas as hipóteses de sigilo pre-vistas na Constituição;

VI – adequação entre meios e fins, veda-da a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estri-tamente necessárias ao atendimento do in-teresse público;

VII – indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

IX – adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,

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segurança e respeito aos direitos dos admi-nistrados;

X – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produ-ção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar san-ções e nas situações de litígio;

XI – proibição de cobrança de despesas pro-cessuais, ressalvadas as previstas em lei;

XII – impulsão, de ofício, do processo admi-nistrativo, sem prejuízo da atuação dos inte-ressados;

XIII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimen-to do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

CAPÍTULO IIDOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de ou-tros que lhe sejam assegurados:

I – ser tratado com respeito pelas autori-dades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e co-nhecer as decisões proferidas;

III – formular alegações e apresentar docu-mentos antes da decisão, os quais serão ob-jeto de consideração pelo órgão competente;

IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a re-presentação, por força de lei.

CAPÍTULO IIIDOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

I – expor os fatos conforme a verdade;

II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III – não agir de modo temerário;

IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimen-to dos fatos.

CAPÍTULO IVDO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 5º O processo administrativo pode iniciar--se de ofício ou a pedido de interessado.

Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os se-guintes dados:

I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II – identificação do interessado ou de quem o represente;

III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

V – data e assinatura do requerente ou de seu representante.

Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de do-cumentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de even-tuais falhas.

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Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários pa-dronizados para assuntos que importem preten-sões equivalentes.

Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamen-tos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

CAPÍTULO VDOS INTERESSADOS

Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:

I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses in-dividuais ou no exercício do direito de re-presentação;

II – aqueles que, sem terem iniciado o pro-cesso, têm direitos ou interesses que pos-sam ser afetados pela decisão a ser adota-da;

III – as organizações e associações represen-tativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV – as pessoas ou as associações legalmen-te constituídas quanto a direitos ou interes-ses difusos.

Art. 10. São capazes, para fins de processo ad-ministrativo, os maiores de dezoito anos, ressal-vada previsão especial em ato normativo pró-prio.

CAPÍTULO VIDA COMPETÊNCIA

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exer-ce pelos órgãos administrativos a que foi atribu-ída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular po-derão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou ti-tulares, ainda que estes não lhe sejam hierarqui-camente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, so-cial, econômica, jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competên-cia dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I – a edição de atos de caráter normativo;

II – a decisão de recursos administrativos;

III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação de-verão ser publicados no meio oficial.

§ 1º O ato de delegação especificará as ma-térias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os obje-tivos da delegação e o recurso cabível, po-dendo conter ressalva de exercício da atri-buição delegada.

§ 2º O ato de delegação é revogável a qual-quer tempo pela autoridade delegante.

§ 3º As decisões adotadas por delegação de-vem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justifi-cados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respec-tivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interes-se especial.

Art. 17. Inexistindo competência legal específi-ca, o processo administrativo deverá ser inicia-do perante a autoridade de menor grau hierár-quico para decidir.

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CAPÍTULO VIIDOS IMPEDIMENTOS

E DA SUSPEIÇÃO

Art. 18. É impedido de atuar em processo admi-nistrativo o servidor ou autoridade que:

I – tenha interesse direto ou indireto na ma-téria;

II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao côn-juge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III – esteja litigando judicial ou administra-tivamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à auto-ridade competente, abstendo-se de atuar.

Parágrafo único. A omissão do dever de co-municar o impedimento constitui falta gra-ve, para efeitos disciplinares.

Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autori-dade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Art. 21. O indeferimento de alegação de sus-peição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

CAPÍTULO VIIIDA FORMA, TEMPO E LUGAR

DOS ATOS DO PROCESSO

Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quan-do a lei expressamente a exigir.

§ 1º Os atos do processo devem ser produ-zidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimen-to de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.

§ 3º A autenticação de documentos exigi-dos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.

§ 4º O processo deverá ter suas páginas nu-meradas seqüencialmente e rubricadas.

Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funciona-mento da repartição na qual tramitar o proces-so.

Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessa-do ou à Administração.

Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele parti-cipem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

Parágrafo único. O prazo previsto neste ar-tigo pode ser dilatado até o dobro, median-te comprovada justificação.

Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientifi-cando-se o interessado se outro for o local de realização.

CAPÍTULO IXDA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art. 26. O órgão competente perante o qual tra-mita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de deci-são ou a efetivação de diligências.

§ 1º A intimação deverá conter:

I – identificação do intimado e nome do ór-gão ou entidade administrativa;

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Direito Administrativo – Processo Administrativo no Âmbito da Adm. Federal – Lei 9.784/99 – Profª Tatiana Marcello

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II – finalidade da intimação;

III – data, hora e local em que deve compa-recer;

IV – se o intimado deve comparecer pesso-almente, ou fazer-se representar;

V – informação da continuidade do proces-so independentemente do seu compareci-mento;

VI – indicação dos fatos e fundamentos le-gais pertinentes.

§ 2º A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.

§ 3º A intimação pode ser efetuada por ci-ência no processo, por via postal com avi-so de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.

§ 4º No caso de interessados indetermina-dos, desconhecidos ou com domicílio inde-finido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

§ 5º As intimações serão nulas quando fei-tas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado su-pre sua falta ou irregularidade.

Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fa-tos, nem a renúncia a direito pelo administrado.

Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado.

Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou res-trição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.

CAPÍTULO XDA INSTRUÇÃO

Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou me-diante impulsão do órgão responsável pelo pro-cesso, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias.

§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo.

§ 2º Os atos de instrução que exijam a atu-ação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes.

Art. 30. São inadmissíveis no processo adminis-trativo as provas obtidas por meios ilícitos.

Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competen-te poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.

§ 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas pos-sam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.

§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interes-sado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta funda-mentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais.

Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para de-bates sobre a matéria do processo.

Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer ou-tros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e as-sociações legalmente reconhecidas.

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Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.

Art. 35. Quando necessária à instrução do pro-cesso, a audiência de outros órgãos ou entida-des administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titula-res ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.

Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atri-buído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.

Art. 37. Quando o interessado declarar que fa-tos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsá-vel pelo processo ou em outro órgão adminis-trativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.

Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutó-ria e antes da tomada da decisão, juntar docu-mentos e pareceres, requerer diligências e pe-rícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.

§ 2º Somente poderão ser recusadas, me-diante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas in-timações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento.

Parágrafo único. Não sendo atendida a inti-mação, poderá o órgão competente, se en-tender relevante a matéria, suprir de ofício

a omissão, não se eximindo de proferir a de-cisão.

Art. 40. Quando dados, atuações ou documen-tos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não aten-dimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arqui-vamento do processo.

Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedên-cia mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.

Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ou-vido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.

§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o pro-cesso não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

§ 2º Se um parecer obrigatório e não vincu-lante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

Art. 43. Quando por disposição de ato norma-tivo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o ór-gão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualifi-cação e capacidade técnica equivalentes.

Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

Art. 45. Em caso de risco iminente, a Adminis-tração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia mani-festação do interessado.

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Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográ-ficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacida-de, à honra e à imagem.

Art. 47. O órgão de instrução que não for com-petente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará propos-ta de decisão, objetivamente justificada, enca-minhando o processo à autoridade competente.

CAPÍTULO XIDO DEVER DE DECIDIR

Art. 48. A Administração tem o dever de explici-tamente emitir decisão nos processos adminis-trativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.

Art. 49. Concluída a instrução de processo ad-ministrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

CAPÍTULO XIIDA MOTIVAÇÃO

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser mo-tivados, com indicação dos fatos e dos funda-mentos jurídicos, quando:

I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II – imponham ou agravem deveres, encar-gos ou sanções;

III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV – dispensem ou declarem a inexigibilida-de de processo licitatório;

V – decidam recursos administrativos;

VI – decorram de reexame de ofício;

VII – deixem de aplicar jurisprudência fir-mada sobre a questão ou discrepem de pa-receres, laudos, propostas e relatórios ofi-ciais;

VIII – importem anulação, revogação, sus-pensão ou convalidação de ato administra-tivo.

§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declara-ção de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

§ 2º Na solução de vários assuntos da mes-ma natureza, pode ser utilizado meio me-cânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.

§ 3º A motivação das decisões de órgãos co-legiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo es-crito.

CAPÍTULO XIIIDA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS

DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 51. O interessado poderá, mediante mani-festação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a di-reitos disponíveis.

§ 1º Havendo vários interessados, a desis-tência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado.

§ 2º A desistência ou renúncia do interes-sado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Adminis-tração considerar que o interesse público assim o exige.

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Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finali-dade ou o objeto da decisão se tornar impossí-vel, inútil ou prejudicado por fato supervenien-te.

CAPÍTULO XIVDA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO

E CONVALIDAÇÃO

Art. 53. A Administração deve anular seus pró-prios atos, quando eivados de vício de legalida-de, e pode revogá-los por motivo de conveni-ência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram pratica-dos, salvo comprovada má-fé.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contí-nuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade ad-ministrativa que importe impugnação à va-lidade do ato.

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

CAPÍTULO XVDO RECURSO ADMINISTRATIVO

E DA REVISÃO

Art. 56. Das decisões administrativas cabe re-curso, em face de razões de legalidade e de mé-rito.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a re-considerar no prazo de cinco dias, o encami-nhará à autoridade superior.

§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de cau-ção.

§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da sú-mula vinculante, caberá à autoridade pro-latora da decisão impugnada, se não a re-considerar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da sú-mula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência

Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, sal-vo disposição legal diversa.

Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II – aqueles cujos direitos ou interesses fo-rem indiretamente afetados pela decisão recorrida;

III – as organizações e associações represen-tativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidi-do no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão com-petente.

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§ 2º O prazo mencionado no parágrafo an-terior poderá ser prorrogado por igual perí-odo, ante justificativa explícita.

Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de re-querimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, poden-do juntar os documentos que julgar convenien-tes.

Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação de-corrente da execução, a autoridade recorri-da ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Art. 62. Interposto o recurso, o órgão compe-tente para dele conhecer deverá intimar os de-mais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.

Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:

I – fora do prazo;

II – perante órgão incompetente;

III – por quem não seja legitimado;

IV – após exaurida a esfera administrativa.

§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.

§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.

Art. 64. O órgão competente para decidir o re-curso poderá confirmar, modificar, anular ou re-vogar, total ou parcialmente, a decisão recorri-da, se a matéria for de sua competência.

Parágrafo único. Se da aplicação do dispos-to neste artigo puder decorrer gravame à si-tuação do recorrente, este deverá ser cien-

tificado para que formule suas alegações antes da decisão.

Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão com-petente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência

Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Fede-ral a reclamação fundada em violação de enun-ciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão ade-quar as futuras decisões administrativas em ca-sos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência

Art. 65. Os processos administrativos de que re-sultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes susce-tíveis de justificar a inadequação da sanção apli-cada.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da san-ção.

CAPÍTULO XVIDOS PRAZOS

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.

§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.

§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do

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vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como ter-mo o último dia do mês.

Art. 67. Salvo motivo de força maior devida-mente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.

CAPÍTULO XVIIDAS SANÇÕES

Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por au-toridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

CAPÍTULO XVIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 69. Os processos administrativos específi-cos continuarão a reger-se por lei própria, apli-cando-se-lhes apenas subsidiariamente os pre-ceitos desta Lei.

Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimen-tos administrativos em que figure como parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, han-seníase, paralisia irreversível e incapacitan-te, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avança-

dos da doença de Paget (osteíte deforman-te), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a do-ença tenha sido contraída após o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administra-tiva competente, que determinará as provi-dências a serem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

§ 2º Deferida a prioridade, os autos rece-berão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

§ 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSORenan Calheiros

Paulo Paiva

Este texto não substitui o publicado no DOU de 1.2.1999 e retificado em 11.3.1999

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Considerações sobre a Lei nº 9.784/1999

1. Disposições Gerais

A Lei nº 8.112/1990 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Os preceitos dessa Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário (da União!), quando no desempenho de função administrativa.

Para efeitos dessa Lei, considera-se:

• órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;

• entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

• autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

2. Princípios do Processo Administrativo

A Administração Pública obedecerá, dentre outros, os seguintes princípios:

a) Legalidade

b) Finalidade

c) Motivação

d) Razoabilidade

e) Proporcionalidade

f) Moralidade

g) Ampla defesa

h) Contraditória

i) Segurança jurídica

j) Interesse público

k) Eficiência

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Princípios Critérios

Legalidade • atuação conforme a lei e o Direito.

Finalidade • atendimento a fins de interesse geral, vedada a

renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.

Motivação • indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão.

Razoabilidade e Proporcionalidade

• adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

Moralidade • atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Ampla defesa e Contraditória

• garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio.

Segurança jurídica e Informalismo

• observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados.

• adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.

Interesse público

• interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

• objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.

Eficiência

• busca a otimização dos procedimentos, devendo ser rápida, útil e econômica, buscando os melhores resultados possíveis.

• divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.

Oficialidade • impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados.

Gratuidade • proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei.

3. Direitos dos Administrados

O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

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I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

4. Dos Deveres os Administrados

São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

I – expor os fatos conforme a verdade;

II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III – não agir de modo temerário;

IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

5. Do Início do Processo

Importante: O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Obs.: tanto o início quanto o prosseguimento e instrução do processo podem se dar pela parte interessada ou pela própria Administração Pública (de ofício).

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II – identificação do interessado ou de quem o represente;

III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

V – data e assinatura do requerente ou de seu representante.

É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

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6. Dos Interessados

São considerados interessados no processo administrativo:

I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;

II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;

III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.

7. Da Competência

Em regra, a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial, sendo revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

• Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

• Não podem ser objeto de delegação:

I – a edição de atos de caráter normativo;

II – a decisão de recursos administrativos;

III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

8. Dos Impedimentos e Suspeição

É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

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III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. A omissão constitui falta grave.

Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

9. Da Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo

Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.

Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5 dias, salvo motivo de força maior.

10. Da Comunicação dos Atos

O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.

A intimação observará a antecedência mínima de 3 dias úteis quanto à data de comparecimento.

A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.

As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Obs.: se a pessoa não recebeu correspondência, ou esta não continha as determinações legais, mas comparece espontaneamente no processo, não haverá nulidade, sendo considerada intimada.

Importante: O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Ou seja, se a pessoa intimada não se manifesta no prazo legal, não serão considerados verdadeiros os fatos a ele imputados (não significa confissão), nem significa que renunciou a direitos, podendo, inclusive, ingressar no prosseguimento do processo, tendo seu direito a ampla defesa assegurado.

Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.

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11. Da Instrução

As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias.

Proibição de provas ilícitas – são inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.

O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.

Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Logo após, a Administração tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

12. Do Dever de Decidir

A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.

13. Da Motivação

Princípio da Motivação – Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V – decidam recursos administrativos;

VI – decorram de reexame de ofício;

VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

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A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

14. Da Desistência e outros casos de Extinção do Processo

Possibilidade de desistência do processo – O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

Entretanto, a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige.

Extinção do processo – O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.

15. Da Anulação, Revogação e Convalidação

A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

Lembrando que, sempre que importar em anulação, revogação ou convalidação, o ato administrativo deverá ser motivado, indicando os fatos e fundamentos que jurídicos que justifiquem sua edição.

16. Do Recurso Administrativo e da Revisão

Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

Juízo de Retratação – O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior.

Em regra, a interposição de recurso não depende de caução, salvo exigência legal.

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O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

Legitimidade: Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;

III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

O recurso não será conhecido quando interposto:

I – fora do prazo;

II – perante órgão incompetente;

III – por quem não seja legitimado;

IV – após exaurida a esfera administrativa.

Salvo disposição legal, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrativo, e de no máximo 30 dias o prazo para ser decidido (este prazo poderá ser prorrogado por igual período, mediante justificativa).

Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.

Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.

Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção (proibição da reformatio in pejus na revisão do processo).

17. Dos Prazos

Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.

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18. Das Sanções

As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

19. Disposições Finais

Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado:

I – pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;

II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental;

IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.

Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária.

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SLIDES – PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

Lei nº 9.784/1999(Processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal)

Prof.ª Tatiana Marcello

Disposições Gerais• Processo Administrativo é a forma pela qual a Administração registra seus atos,

controla seus agentes ou decide controvérsias com os administrados e agentes.

• A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo noâmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, àproteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins daAdministração (interesse público).

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios.

Administração Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)• Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)• Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Administração Indireta

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• Os processos administrativos específicos (Ex.: PAD Lei 8.112/1990)continuarão areger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitosdesta Lei.

• Os preceitos dessa Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo eJudiciário (da União!) quando no desempenho de função administrativa.

• Para efeitos dessa Lei, considera-se:

Øórgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta (ex.: osMinistérios) e da estrutura da Administração indireta (ex.: departamento pessoal doINSS);

Øentidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. Entidade é pessoajurídica.

Øautoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

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Princípios do Processo AdministrativoØ A Administração Pública obedecerá, dentre outros, os seguintes princípios:• Legalidade • Finalidade • Motivação • Razoabilidade • Proporcionalidade • Moralidade • Ampla defesa • Contraditória • Segurança jurídica • Interesse público • Eficiência

Princípios Critérios

Legalidade - atuação conforme a lei e o Direito.

Finalidade - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia totalou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.

Motivação - indicação dos pressupostos de fato e de direito quedeterminarem a decisão.

Razoabilidade e Proporcionalidade

- adequação entre meios e fins, vedada a imposição deobrigações, restrições e sanções em medida superior àquelasestritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

Moralidade - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

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Princípios CritériosAmpla defesa e Contraditória

- garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio.

Segurança jurídica e Informalismo

- observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados.- adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.

Interesse público

- interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.- objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.

Princípios Critérios

Eficiência e Publicidade

- busca a otimização dos procedimentos, devendo ser rápida, útil e econômica, buscando os melhores resultados possíveis.- divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.

Oficialidade(Impulso Oficial)

- impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados.

Gratuidade - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei.

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Direito dos Administrados

• O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo deoutros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar oexercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condiçãode interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos econhecer as decisões proferidas;

III - formular alegações (alegações finais) e apresentar documentos antes da decisão,os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória arepresentação, por força de lei.

Deveres dos Administrados

• São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outrosprevistos em ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III - não agir de modo temerário (irresponsável, imprudente, aventureiro...);

IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para oesclarecimento dos fatos.

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Do Início do Processo

• Importante: O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido deinteressado.

• Obs.: tanto o início quanto o prosseguimento e instrução do processo podem sedar pela parte interessada ou pela própria Administração Pública (de ofício).

• O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitaçãooral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II - identificação do interessado ou de quem o represente;

III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.

É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuaisfalhas.

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Excelentíssimo Sr. Dr. Presidente....

João da Silva, brasileiro, casado, inscritono CPF.... residente e domiciliado naRua..... vem, por meio do presenterequerimento, dizer e requerer o quesegue:

1. Dos Fatos e Fundamentos........

2. Do Pedido.........

São Paulo, 13 de junho de 2016_________________

(assinatura)

Dos Interessados

• São considerados interessados no processo administrativo:I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses

individuais ou no exercício do direito de representação;II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que

possam ser afetados pela decisão a ser adotada;III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses

coletivos;IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou

interesses difusos.

• São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 anos, ressalvadaprevisão especial em ato normativo próprio.

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Da Competência

• Em regra, a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos aque foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmenteadmitidos.

• O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial, sendorevogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

• O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

• Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes nãolhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão decircunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

• Não podem ser objeto de delegação:I - a edição de atos de caráter normativo;II - a decisão de recursos administrativos;III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

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Dos Impedimentos e Suspeição

• É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ourepresentante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ouparente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivocônjuge ou companheiro.

• A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato àautoridade competente, abstendo-se de atuar. A omissão constitui falta grave.

• Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntimaou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,companheiros, parentes e afins até o 3º grau.

• A própria parte vai ter que alegar a suspeição.

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Da Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo

• Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senãoquando a lei expressamente a exigir.

• Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal defuncionamento da repartição na qual tramitar o processo.

• Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável peloprocesso e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de5 dias, salvo motivo de força maior.

Da Comunicação dos Atos• O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a

intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.

• A intimação observará a antecedência mínima de 3 dias úteis quanto à data decomparecimento.

• A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso derecebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência dointeressado.

• As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, maso comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Obs.: se apessoa não recebeu correspondência, ou esta não continha as determinações legais,mas comparece espontaneamente no processo, não haverá nulidade, sendoconsiderada intimada.

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• Importante: O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento daverdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Ou seja, se a pessoaintimada não se manifesta no prazo legal, não serão considerados verdadeiros osfatos a ele imputados (não significa confissão), nem significa que renunciou adireitos, podendo, inclusive, ingressar no prosseguimento do processo, tendo seudireito a ampla defesa assegurado.

• Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para ointeressado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício dedireitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.

Da Instrução

• As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessáriosà tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgãoresponsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de proporatuações probatórias.

• Proibição de provas ilícitas - são inadmissíveis no processo administrativo as provasobtidas por meios ilícitos.

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Do Dever de Decidir

• A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processosadministrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de suacompetência.

Da Motivação• Princípio da Motivação - Os atos administrativos deverão ser motivados, com

indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;V - decidam recursos administrativos;VI - decorram de reexame de ofício;VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de

pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato

administrativo.

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Da Desistência e outros casos de Extinção do Processo

• Possibilidade de desistência do processo - O interessado poderá, mediantemanifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda,renunciar a direitos disponíveis.

• Entretanto, a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, nãoprejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que ointeresse público assim o exige.

• Extinção do processo - O órgão competente poderá declarar extinto o processoquando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ouprejudicado por fato superveniente.

Da Anulação, Revogação e Convalidação

• A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício delegalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos.

• O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorramefeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em queforam praticados, salvo comprovada má-fé.

ANULAÇÃO Vício de Legalidade

REVOGAÇÃO Inconveniência ou Inoportunidade

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• Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nemprejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão serconvalidados pela própria Administração.

• Lembrando que, sempre que importar em anulação, revogação ou convalidação, oato administrativo deverá ser motivado, indicando os fatos e fundamentos quejurídicos que justifiquem sua edição.

Do Recurso Administrativo e da Revisão

• Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e demérito.

• Juízo de Retratação - O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, aqual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior.

• Em regra, a interposição de recurso não depende de caução, salvo exigência legal.

• O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas,salvo disposição legal diversa.

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• Legitimidade: Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisãorecorrida;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interessescoletivos;

IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

• O recurso não será conhecido quando interposto:

I - fora do prazo;

II - perante órgão incompetente;

III - por quem não seja legitimado;

IV - após exaurida a esfera administrativa.

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• Salvo disposição legal, é de 10 dias o prazo para interposição de recursoadministrativo, e de no máximo 30 dias o prazo para ser decidido (este prazopoderá ser prorrogado por igual período, mediante justificativa).

• Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar osdemais interessados para que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.

Interposição de Recurso10 dias

Alegações (Resposta dos interessados)5 dias úteis

Decisãomáximo 30 dias

(prorrogável)

• Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, aqualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos oucircunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sançãoaplicada.

• Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção (proibição dareformatio in pejus na revisão do processo).

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Dos Prazos

• Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

• Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.

Das Sanções

• As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão naturezapecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, asseguradosempre o direito de defesa.

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Disposições Finais• Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos

administrativos em que figure como parte ou interessado:

I - pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;

II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental;

IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna,hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença deParkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave,estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação porradiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com baseem conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraídaapós o início do processo.

• Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie oregime de tramitação prioritária.

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Direito Administrativo

INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA LICITAÇÃO

Introdução e Fundamentos Constitucionais da Licitação

O art. 37, XXI da CF prevê o preceito mais genérico existente em nosso ordenamento jurídico sobre a obrigatoriedade de a Administração Pública realizar licitações para suas contratações:

XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e aliena-ções serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamen-to, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Desse dispositivo, constata-se que a própria CF admite a possibilidade de a lei estabelecer hi-póteses excepcionais de contratações de obras, serviços, compras e alienações sem licitações – chamada contratação direta.

Entretanto, ao prever os contratos de concessão e permissão de serviços públicos, a CF não deixou margem para exceções, sendo necessária sempre a realização de licitação:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Competência para legislar

• Normas Gerais de licitação: competência privativa da União – CF, Art. 22. Compete pri-vativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (norma de caráter nacional).

• Normas Específicas sobre licitações: Estados, Distrito Federal e Municípios têm compe-tência para legislar sobre normas específicas de licitação, desde que não contrariem as nor-mas gerais editadas pela União. A própria União pode editar normas específicas, aplicáveis não no âmbito nacional, e sim no âmbito Federal apenas.

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Normas Nacionais sobre Licitações

a) Lei nº 8.666/1993 – é a lei mais abrangente sobre normas gerais de licitações e contratos administrativos.

• Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos per-tinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âm-bito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

• Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

• Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, per-missões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão ne-cessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

• Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

b) Lei nº 10.520/2002 – é a lei que instituiu mais uma modalidade de licitação: pregão.

• Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na moda-lidade de pregão, que será regida por esta Lei.

Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

• Decreto nº 3.555/2000 (Federal) – regulamenta o pregão presencial.

• Decreto nº. 5.450/2005 (Federal) – regulamenta o pregão eletrônico.

c) Lei nº 13.303/2016 – dispõe sobre o Estatuto Jurídico das Empresas Públicas e Sociedades de Economia mista.

A CF determinou que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratos “para empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art.173, § 1º, III”.

Esse dispositivo, por sua vez, determina que: § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da em-presa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública.

Art. 28, Lei 13.303/16: Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às EPs e às SEM, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integra-

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das a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão precedi-dos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.

d) Lei nº 8.987/1995 – é a lei que dispõe sobre as concessões e permissões de serviços públi-cos.

Art. 1º As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.

Obs.: muito embora o art. 2º da Lei 8.666/93 preveja expressamente sua aplicabilidade aos contratos de permissão e concessão, a Lei 8.987/95 veio posteriormente estabelecer regras próprias para essas contratações, sendo que estas se aplicam precipuamente (a Lei 8.666/93 pode ser aplicável apenas subsidiariamente) .

e) Lei nº 11.079/2004 – traz norma gerais sobe Parcerias Público-Privadas (PPP), com peculia-res contratos de concessão (cujos objetivos podem incluir prestação de serviços), regidos por essa lei própria.

f) Lei nº 12.232/2010 – prevê normas gerais de licitação e contratação de serviços de publicida-de prestados por intermédio de agências de propaganda.

g) Lei nº 12.462/2011 – estabelece o chamado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável a licitações e contratos como: Copa do mundo 2014; Olimpíadas e Paraolimpía-das 2016; obras e serviços de engenharia no âmbito do SUS e dos sistemas públicos de ensino e pesquisa, ciência e tecnologia; ações integrantes do PAC, dentre outros.

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SLIDES – INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA LICITAÇÃO

Introdução e Fundamentos Constitucionais da Licitação

• O art. 37, XXI da CF prevê o preceito mais genérico existente em nossoordenamento jurídico sobre a obrigatoriedade de a Administração Pública realizarlicitações para suas contratações:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, comprase alienações serão contratados mediante processo de licitação pública queassegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas queestabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas daproposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências dequalificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento dasobrigações.

• Desse dispositivo, constata-se que a própria CF admite a possibilidade de a leiestabelecer hipóteses excepcionais de contratações de obras, serviços, compras ealienações sem licitações – chamada contratação direta.

• Entretanto, ao prever os contratos de concessão e permissão de serviços públicos, aCF não deixou margem para exceções, sendo necessária sempre a realização delicitação:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime deconcessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviçospúblicos.

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Competência para legislar

• Normas Gerais de licitação: competência privativa da União

CF, Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas geraisde licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administraçõespúblicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal eMunicípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas esociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (norma de caráternacional).

• Normas Específicas sobre licitações: Estados, Distrito Federal e Municípios têmcompetência para legislar sobre normas específicas de licitação, desde que nãocontrariem as normas gerais editadas pela União. A própria União pode editarnormas específicas, aplicáveis não no âmbito nacional, e sim no âmbito Federalapenas.

Normas Nacionais sobre Licitações

a) Lei nº 8.666/1993 – é a lei mais abrangente sobre normas gerais de licitações econtratos administrativos.

• Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativospertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locaçõesno âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

• Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos daadministração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, asempresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladasdireta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

• Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões,permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros,serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstasnesta Lei.

• Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajusteentre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja umacordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigaçõesrecíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

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b) Lei nº 10.520/2002 – é a lei que instituiu mais uma modalidade de licitação:pregão.

• Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação namodalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos desteartigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamentedefinidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

• Decreto nº 3.555/2000 – regulamenta o pregão presencial.• Decreto nº. 5.450/2005 – regulamenta o pregão eletrônico.

c) Lei nº 13.303/2016 – dispõe sobre o Estatuto Jurídico das Empresas Públicas eSociedades de Economia mista.

A CF determinou que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais delicitação e contratos “para empresas públicas e sociedades de economia mista, nostermos do art.173, § 1º, III”.Esse dispositivo, por sua vez, determina que: § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídicoda empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias queexplorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou deprestação de serviços, dispondo sobre: III - licitação e contratação de obras, serviços,compras e alienações, observados os princípios da administração pública.

Art. 28, Lei 13.303/16: Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviçosàs EPs e às SEM, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação debens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execuçãode obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônusreal sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas ashipóteses previstas nos arts. 29 e 30.

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Direito Administrativo

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL, OBJETIVO E FINALIDADE

• Maria Sylvia Zanella Di Pietro conceitua a licitação como sendo “o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração de contrato”.

• Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, licitação pode ser conceituada como “um procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidades governamentais, em que, observada a igualdade entre os participantes, deve ser selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidos os requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que eles se propõem”.

• Quando se trata de licitação, a ideia é de isonomia, ou seja, de que há uma igualdade entre os participantes no procedimento licitatório, o que é expresso, inclusive na CF.

• Entretanto, a edição da Lei 12.349/2010 veio alterar a Lei 8.666/1993, a fim de relativizar essa ideia de isonomia, trazendo uma interpretação elástica ao termo, ao conferir vantagens competitivas (chamada margem de preferência) a empresas produtoras de bens manufaturados nacionais ou prestadoras de serviços nacionais. Além disso, a Lei 12.349/10 veio favorecer os setores de pesquisa e inovações tecnológicas nacionais.

• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei 8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”

• Portanto, seguindo políticas já adotadas em outros países, o Brasil passa a utilizar das contratações governamentais (que geralmente têm enorme peso econômico) como instrumento apto a promover o desenvolvimento nacional sustentável, fortalecendo empresas que venham a gerar empregos e rendas domésticos e que se preocupem com as pesquisas e criação de tecnologias nacionais, bem como as que adotam práticas de sustentabilidade, preservando o meio-ambiente e recursos naturais.

• Ademais, o legislador flexibilizou ainda mais a ideia de isonomia/igualdade ao acrescentar, através da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), regras destinadas e proporcionar vantagens competitivas (inclusive margem de preferência) a “empresas que comprovem cumprimento de reservas de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdência social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação”.

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SLIDES – FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL, OBJETIVO E FINALIDADE

Licitações

Prof.ª Tatiana Marcello

Conceito, finalidade e Objetivo das Licitações

• Maria Sylvia Zanella Di Pietro conceitua a licitação como sendo “o procedimentoadministrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa,abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumentoconvocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quaisselecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração de contrato”.

• Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, licitação pode ser conceituada como“um procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidadesgovernamentais, em que, observada a igualdade entre os participantes, deve serselecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em comelas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidosos requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que elesse propõem”.

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• Quando se trata de licitação, a ideia é de isonomia, ou seja, de que há uma igualdadeentre os participantes no procedimento licitatório, o que é expresso, inclusive na CF.

• Entretanto, a edição da Lei 12.349/2010 veio alterar a Lei 8.666/1993, a fim derelativizar essa ideia de isonomia, trazendo uma interpretação elástica ao termo, aoconferir vantagens competitivas (chamada margem de preferência) a empresasprodutoras de bens manufaturados nacionais ou prestadoras de serviços nacionais.Além disso, a Lei 12.349/10 veio favorecer os setores de pesquisa e inovaçõestecnológicas nacionais.

• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância doprincípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para aadministração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”

• Portanto, seguindo políticas já adotadas em outros países, o Brasil passa a utilizardas contratações governamentais (que geralmente têm enorme peso econômico)como instrumento apto a promover o desenvolvimento nacional sustentável,fortalecendo empresas que venham a gerar empregos e rendas domésticos e que sepreocupem com as pesquisas e criação de tecnologias nacionais, bem como as queadotam práticas de sustentabilidade, preservando o meio-ambiente e recursosnaturais.

• Ademais, o legislador flexibilizou ainda mais a ideia de isonomia/igualdade aoacrescentar, através da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência),regras destinadas e proporcionar vantagens competitivas (inclusive margem depreferência) a “empresas que comprovem cumprimento de reservas de cargosprevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdênciasocial e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação”.

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Direito Administrativo

LICITAÇÃO – PRINCÍPIOS

Princípios Orientadores das Licitações

• O Art. 3º da Lei 8.666/93 prevê que “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.”

Princípios explícitos no art. 3º:

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Igualdade

Publicidade

Probidade administrativa

Vinculação ao instrumento convocatório

Julgamento objetivo

Princípio da Publicidade

• Art. 3º, § 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

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• Objetivos da publicidade: permitir o acompanhamento e a fiscalização do procedimento pelos licitantes, pelos órgãos de controle interno e externo e pelos administrados em geral.

• Art. 4º estabelece que qualquer cidadão pode acompanhar o desenvolvimento da licitação, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.

• O princípio da Publicidade impõe, também, que os motivos determinantes das decisões proferidas sejam declarados, a fim de possibilitar o efetivo controle do procedimento pelos licitantes e pelo cidadão.

Princípio da Igualdade/Isonomia

• O Princípio da Igualdade ou da Isonomia (tidos como sinônimos pela lei) tem natureza constitucional e é elencado como o mais importante em se tratando de licitação.

• CF, Art. 37, XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes...”.

• Lei 8.666/93 – Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

• Quando se trata de licitação, vem a ideia de isonomia/igualdade entre os participantes no procedimento licitatório, o que é expresso, inclusive na CF.

• Lei 12.349/2010 veio alterar a Lei 8.666/1993, a fim de relativizar essa ideia de isonomia, trazendo uma interpretação elástica ao termo, ao conferir vantagens competitivas (chamada margem de preferência) a empresas produtoras de bens manufaturados nacionais ou prestadoras de serviços nacionais.

• Além disso, a Lei 12.349/10 veio favorecer os setores de pesquisa e inovações tecnológicas nacionais.

• Já a Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), trouxe favorecimento e margem de preferência a empresas que comprovem cumprimento de reservas de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdência social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei 8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”

• O Brasil passa a utilizar das contratações governamentais (que geralmente têm enorme peso econômico) como instrumento apto a promover o desenvolvimento nacional sustentável, fortalecendo empresas que venham a gerar empregos e rendas domésticos e

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Direito Administrativo – Licitação - Princípios – Profª Tatiana Marcello

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que se preocupem com as pesquisas e criação de tecnologias nacionais, bem como as que adotam práticas de sustentabilidade, preservando o meio-ambiente e recursos naturais.

• § 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

II – produzidos no País;

III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras;

IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;

V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

• Art. 3º, § 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:

I – produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e

II – bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5º.

Princípio da Legalidade e da Impessoalidade

• O procedimento licitatório, assim como todos os atos da administração, deve estar pautado no que a lei autoriza ou determina. A atuação do administrador deve estar pautada nos preceitos da lei e do Direito.

• Ademais a licitação deve atentar para o princípio da impessoalidade, permitindo que a contratação com a Administração se de com o vencedor da licitação, conforme os critérios estabelecidos em lei e não de acordo com a preferência pessoal do administrador.

Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório

• O edital ou a carta-convite são os instrumentos convocatórios da licitação, estando a Administração vinculada aos mesmos.

• Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. (regra que vale também para a carta-convite, instrumento da modalidade convite)

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• Segundo Hely Lopes Meirelles, o edital (ou a carta-convite) é a lei interna da licitação, que vincula aos seus termos tanto os licitantes quanto a administração que o expediu.

Princípio do Julgamento Objetivo

• Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.

• A aplicação desse princípio está relacionada aos tipos de licitação: a) menor preço; b) melhor técnica; c) técnica e preço; d) maior lance ou oferta.

• O critério objetivo pode ser absoluto quando se tratar do tipo menor preço ou maior lance ou oferta; porém, o que se relaciona a técnica, certamente que há um resquício de subjetividade.

Princípio da Probidade e da Moralidade Administrativa

• O princípio da moralidade é norteador de toda atuação da Administração, inclusive no processo licitatório. Trata-se da exigência de conduta ética dos agentes da administração em todas as etapas da licitação.

• Quanto à improbidade, a CF prevê no art. 37, § 4º: Os atos de improbidade administrativa importarão:

• suspensão dos direitos políticos,

• perda da função pública,

• indisponibilidade dos bens,

• ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,

• ação penal cabível.

• A Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) traz um rol exemplificativo de atos de improbidade, alguns atinentes à licitação.

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• Princípios implícitos apontados pela doutrina:

Competitividade

Procedimento Formal

Sigilo das Propostas

Adjudicação Compulsória

Princípio do Sigilo na Apresentação das Propostas

• Princípio decorrente da lógica da licitação.

• Art. 3º, § 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

• O sigilo na das propostas até a abertura é tão importante que configura-se crime sua violação (art. 94 da Lei 8.666).

• A violação do sigilo colocaria o concorrente em vantagem, já que este poderia, no caso de uma licitação por menor preço, formular um valor um pouco abaixo e vencer.

Princípio da Adjudicação Obrigatória ao Vencedor

• Tratando-se de licitação, o termo “adjudicar” significa atribuir o objeto do certame ao vencedor.

• Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade.

• Esse princípio veda que a Administração celebre o contrato com outro que não seja o vencedor. Veda também que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior.

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Princípio da Competitividade

• A competitividade é da essência da licitação.

• É a efetiva competitividade, evitando-se a manipulação de preços, que vai garantir a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.

• Segundo a Lei, configura-se crime: Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.

Princípio do Formalismo

• O procedimento de licitação será sempre um procedimento formal.

• Art. 4º, Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.

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SLIDES – LICITAÇÃO – PRINCÍPIOS

Licitações

Prof.ª Tatiana Marcello

Princípios Orientadores das Licitações

• O Art. 3º da Lei 8.666/93 prevê que “A licitação destina-se a garantir a observânciado princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa paraa administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e seráprocessada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos dalegalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, daprobidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, dojulgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.”

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Princípios explícitos no art. 3º:

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Igualdade

Publicidade

Probidade administrativa

Vinculação ao instrumento convocatório

Julgamento objetivo

• Princípios implícitos apontados pela doutrina:

Competitividade

Procedimento Formal

Sigilo das Propostas

Adjudicação Compulsória

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Princípio da Publicidade

• Art. 3º, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público osatos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até arespectiva abertura.

• Objetivos da publicidade: permitir o acompanhamento e a fiscalização doprocedimento pelos licitantes, pelos órgãos de controle interno e externo e pelosadministrados em geral.

• Art. 4o estabelece que qualquer cidadão pode acompanhar o desenvolvimento dalicitação, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dostrabalhos.

• O princípio da Publicidade impõe, também, que os motivos determinantes dasdecisões proferidas sejam declarados, a fim de possibilitar o efetivo controle doprocedimento pelos licitantes e pelo cidadão.

Princípio da Igualdade/Isonomia

• O Princípio da Igualdade ou da Isonomia (tidos como sinônimos pela lei) temnatureza constitucional e é elencado como o mais importante em se tratando delicitação.

• CF, Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública queassegure igualdade de condições a todos os concorrentes...”.

• Lei 8.666/93 - Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípioconstitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para aadministração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e seráprocessada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos dalegalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, daprobidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, dojulgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

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• Quando se trata de licitação, vem a ideia de isonomia/igualdade entre osparticipantes no procedimento licitatório, o que é expresso, inclusive na CF.

• Lei 12.349/2010 veio alterar a Lei 8.666/1993, a fim de relativizar essa ideia deisonomia, trazendo uma interpretação elástica ao termo, ao conferir vantagenscompetitivas (chamada margem de preferência) a empresas produtoras de bensmanufaturados nacionais ou prestadoras de serviços nacionais.

• Além disso, a Lei 12.349/10 veio favorecer os setores de pesquisa e inovaçõestecnológicas nacionais.

• Já a Lei Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), trouxe favorecimentoe margem de preferência a empresas que comprovem cumprimento de reservas decargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdênciasocial e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

• Tal alteração foi tanta que o legislador entendeu por alterar também o art. 3º da Lei8.666/93 a fim de constar que “A licitação destina-se a garantir a observância doprincípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para aadministração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável...”

• O Brasil passa a utilizar das contratações governamentais (que geralmente têmenorme peso econômico) como instrumento apto a promover o desenvolvimentonacional sustentável, fortalecendo empresas que venham a gerar empregos erendas domésticos e que se preocupem com as pesquisas e criação de tecnologiasnacionais, bem como as que adotam práticas de sustentabilidade, preservando omeio-ambiente e recursos naturais.

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• § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será asseguradapreferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

II - produzidos no País;

III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras;

IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e nodesenvolvimento de tecnologia no País;

V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reservade cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado daPrevidência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas nalegislação.

• Art. 3º, § 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem depreferência para:

I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normastécnicas brasileiras; e

II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovemcumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência oupara reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidadeprevistas na legislação.

§ 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes dedesenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá serestabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o.

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Princípio da Legalidade e da Impessoalidade

• O procedimento licitatório, assim como todos os atos da administração, deve estarpautado no que a lei autoriza ou determina. A atuação do administrador deve estarpautada nos preceitos da lei e do Direito.

• Ademais a licitação deve atentar para o princípio da impessoalidade, permitindoque a contratação com a Administração se de com o vencedor da licitação, conformeos critérios estabelecidos em lei e não de acordo com a preferência pessoal doadministrador.

Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório

• O edital ou a carta-convite são os instrumentos convocatórios da licitação, estando aAdministração vinculada aos mesmos.

• Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, aoqual se acha estritamente vinculada. (regra que vale também para a carta-convite,instrumento da modalidade convite)

• Segundo Hely Lopes Meirelles, o edital (ou a carta-convite) é a lei interna dalicitação, que vincula aos seus termos tanto os licitantes quanto a administraçãoque o expediu.

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Princípio do Julgamento Objetivo

• Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração oscritérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar asnormas e princípios estabelecidos por esta Lei.

• A aplicação desse princípio está relacionada aos tipos de licitação: a) menor preço;b) melhor técnica; c) técnica e preço; d) maior lance ou oferta.

• O critério objetivo pode ser absoluto quando se tratar do tipo menor preço ou maiorlance ou oferta; porém, o que se relaciona a técnica, certamente que há umresquício de subjetividade.

Princípio da Probidade e da Moralidade Administrativa• O princípio da moralidade é norteador de toda atuação da Administração, inclusive

no processo licitatório. Trata-se da exigência de conduta ética dos agentes daadministração em todas as etapas da licitação.

• Quanto à improbidade, a CF prevê no art. 37, § 4º: Os atos de improbidadeadministrativa importarão:Øsuspensão dos direitos políticos,Øperda da função pública,Øindisponibilidade dos bens,Øressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,Øação penal cabível.

• A Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) traz um rol exemplificativo deatos de improbidade, alguns atinentes à licitação.

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Princípio do Sigilo na Apresentação das Propostas

• Princípio decorrente da lógica da licitação.

• Art. 3º, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público osatos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até arespectiva abertura.

• O sigilo na das propostas até a abertura é tão importante que configura-se crime suaviolação (art. 94 da Lei 8.666).

• A violação do sigilo colocaria o concorrente em vantagem, já que este poderia, nocaso de uma licitação por menor preço, formular um valor um pouco abaixo evencer.

Princípio da Adjudicação Obrigatória ao Vencedor

• Tratando-se de licitação, o termo “adjudicar” significa atribuir o objeto do certameao vencedor.

• Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordemde classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimentolicitatório, sob pena de nulidade.

• Esse princípio veda que a Administração celebre o contrato com outro que não sejao vencedor. Veda também que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicaçãoanterior.

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Princípio da Competitividade

• A competitividade é da essência da licitação.

• É a efetiva competitividade, evitando-se a manipulação de preços, que vai garantir aobtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.

• Segundo a Lei, configura-se crime: Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste,combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimentolicitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente daadjudicação do objeto da licitação.

Princípio do Formalismo

• O procedimento de licitação será sempre um procedimento formal.

• Art. 4º, Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza atoadministrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da AdministraçãoPública.

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Direito Administrativo

MODALIDADE DE LICITAÇÃO

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (PARCIAL)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

(...)

CAPÍTULO IIDa Licitação

Seção IDas Modalidades, Limites e Dispensa

(...)

Art. 22. São modalidades de licitação:

I – concorrência;

II – tomada de preços;

III – convite;

IV – concurso;

V – leilão.

§ 1º Concorrência é a modalidade de licita-ção entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, com-provem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execu-ção de seu objeto.

§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimen-to das propostas, observada a necessária qualificação.

§ 3º Convite é a modalidade de licitação en-tre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais ca-dastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com ante-cedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remu-neração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na impren-sa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

§ 5º Leilão é a modalidade de licitação en-tre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administra-ção ou de produtos legalmente apreendidos

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ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º Na hipótese do § 3o deste artigo, exis-tindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realiza-do para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastra-dos não convidados nas últimas licitações. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devida-mente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.

§ 8º É vedada a criação de outras modalida-des de licitação ou a combinação das referi-das neste artigo.

§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste arti-go, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da lici-tação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 23. As modalidades de licitação a que se re-ferem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

I – para obras e serviços de engenharia: (Re-dação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cin-qüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Reda-ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Reda-ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – para compras e serviços não referidos no inciso anterior: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 1º As obras, serviços e compras efetua-das pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, proce-dendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala. (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjun-to de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preserva-da a modalidade pertinente para a execu-ção do objeto em licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º A concorrência é a modalidade de li-citação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou aliena-ção de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de ca-dastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do

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bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

§ 5º É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomi-tantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "toma-da de preços" ou "concorrência", respecti-vamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou em-presas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º As organizações industriais da Adminis-tração Federal direta, em face de suas pecu-liaridades, obedecerão aos limites estabele-cidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7º Na compra de bens de natureza divi-sível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cota-ção de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da compe-titividade, podendo o edital fixar quantita-tivo mínimo para preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 8º No caso de consórcios públicos, aplicar--se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quan-do formado por maior número. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

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SLIDES – MODALIDADE DE LICITAÇÃO

Modalidades de Licitação

• Lei 8.666/93 - Art. 22. São MODALIDADES de licitação:I - concorrênciaII - tomada de preçosIII - conviteIV - concursoV - leilão

• Lei 10.520/2002 - Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá seradotada a licitação na modalidade de pregão.

• Há ainda a consulta (modalidade licitatória das Agências Reguladoras).

MODALIDADESTIPOS

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Lei 8.666/93 - MODALIDADES de licitação:

I – concorrência II - tomada de preços

III – convite IV – concurso

V – leilão

Lei 10.520/2002 – Pregão

Lei 9.986/2000 - Consulta

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• Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigoanterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valorestimado da contratação:

• I - para obras e serviços de engenharia:a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

• II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).

ConcorrênciaEngenharia – acima de R$1.500.000,00

Demais obras e serviços – acima de 650.000,00

Tomada de PreçosEngenharia – de R$150.000,00 até

R$1.500.000,00 Demais obras e serviços – de R$80.000,00

até R$650.000,00

ConviteEngenharia – até R$150.000,00 Demais obras e serviços – até

R$80.000,00

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• Art. 23, § 4o Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar atomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

• Art. 23, § 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que sejao valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado odisposto no art. 19 (leilão), como nas concessões de direito real de uso e naslicitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limitesdeste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastrointernacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bemou serviço no País.

• Art. 22, § 8º - É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou acombinação das referidas neste artigo.

• Concorrência

• Art. 22, § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessadosque, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitosmínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

• A concorrência é a mais complexa das modalidades de licitação.

• Art. 23, § 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja ovalor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado odisposto no art. 19 (leilão), como nas concessões de direito real de uso e naslicitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites desteartigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastrointernacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bemou serviço no País.

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• Em regra, na modalidade concorrência, há uma fase de habilitação preliminar, queocorre logo após a abertura do procedimento (após a publicação do resumo doedital).

• Mas, há casos em que a fase de habilitação ocorre após a fase de julgamento:a) Lei 11.079/04 - Parcerias Público Privadas (PPP);b) Lei 8.987/95 - Concessão de serviços públicos;c) Lei 12.232/10 - Serviços de publicidade.

• Tomada de Preços

• Art. 22, § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessadosdevidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas paracadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,observada a necessária qualificação.

• A Tomada de Preços é utilizada para a celebração de contratos de obras, serviços ecompras de menor vulto do que as que exigem a concorrência.

• A habilitação, que corresponde ao cadastramento, é preliminar à abertura doprocedimento.

• Quem ainda não for cadastrado, poderá cadastrar-se até o 3º dia anterior à data dorecebimento das propostas, desde que atendam às condições de qualificação exigidas(mesmas exigência para o cadastramento).

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• Admite-se a Tomada de Preços nas licitações internacionais, desde que:

a) o órgão ou entidade disponha de cadastro internacional de fornecedores; e

b) o contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de preços para essamodalidade (Engenharia – até R$1.500.000,00; demais obras e serviços – atéR$650.000,00)

• Convite

• Art. 22, § 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramopertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em númeromínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópiado instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados nacorrespondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência deaté 24 horas da apresentação das propostas.

• Diferentemente das demais modalidades de licitação, que têm como instrumentoconvocatório o edital, a modalidade convite tem como instrumento convocatório acarta-convite, que será enviada diretamente aos interessados.

• Como não há edital, não há publicação na imprensa oficial, apesar de haver anecessidade de afixação da cópia do instrumento em local apropriado, a fim de queos demais cadastrados (não convidados) possam participar (habilitando-se 24h antesda entrega das propostas).

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• O convite tem procedimentos mais simples, sendo utilizado para contratações demenor valor.

• Excepcionalmente, a carta-convite pode ser enviada a menos de 3 interessados,caso haja limitação de mercado ou desinteresse dos convidados, tornadoimpossível a obtenção de um número mínimo (tal fato deverá ser justificado noprocesso, sob pena de ter que repetir o procedimento).

• É possível a utilização da modalidade convite para licitações internacionais quandonão houver fornecedor do bem ou serviço no Brasil.

• Concurso

• Art. 22, § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados paraescolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmiosou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicadona imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

• A natureza do objeto é que determina a realização da modalidade concurso,independentemente do valor do contrato.

• Art. 13, § 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para aprestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão,preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, comestipulação prévia de prêmio ou remuneração.

• O julgamento é feito por uma comissão especial, formada por pessoas de reputaçãoilibada e reconhecido conhecimento da matéria, sejam servidores públicos ou não.

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• Leilão

• Art. 22, § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para avenda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmenteapreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19,a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

• Portanto, o leilão destina-se à venda ou alienação de:a) bens móveis inservíveis para a administração;b) produtos legalmente apreendidos ou penhorados;c) bens imóveis cuja aquisição derivou de procedimentos judiciais ou de dação em

pagamento (art. 19).

• O leilão para alienação de bens móveis está limitado a bens avaliados em atéR$650.000,00. Acima desse valor, a modalidade será a concorrência.

• Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pelaAdministração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.

§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração parafixação do preço mínimo de arrematação.

§ 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido noedital, não inferior a 5% e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local doleilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamentodo restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder emfavor da Administração o valor já recolhido.

§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito ematé 24h.

§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no municípioem que se realizará.

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• Pregão

• Pregão é a sexta modalidade de licitação, prevista na Lei 10.520/02.

• Essa modalidade foi instituída, inicialmente, pela MP 2.026/2000, quando eramodalidade aplicável apenas no âmbito Federal (União).

• A Lei 10.520/02, de caráter geral e nacional, veio estender o pregão a todas as esferasda Federação: União, Estados, Municípios e DF.

• Pregão é a modalidade de licitação, sempre do tipo menor preço, destinada àaquisição de bens e serviços comuns, que pode ser utilizada para qualquer valor decontrato (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo).

• Trata-se de uma modalidade pouco complexa, possibilitando maior celeridade nacontratação de bens e serviços comuns.

• Consulta

• A consulta não consta na Lei 8.666/93, pois aplica-se apenas às AgênciasReguladoras.

• Genericamente, essa modalidade surgiu na Lei 9.472/97 (Lei Geral deTelecomunicações), que instituiu a ANATEL.

• Posteriormente, a Lei 9.986/2000 estendeu a modalidade a todas as AgênciasReguladoras Federais.

• Regras para as Agências Reguladoras:a) obras e engenharia civil – pelas regras gerais da Lei 8.666/93;b) bens e serviços comuns podem ser feitas pela modalidade pregão;c) bens e serviços não classificados como comuns, e que não seja obras e engenharia

civil – pode ser usada a consulta.

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Direito Administrativo

TIPOS DE LICITAÇÃO

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (PARCIAL)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

(...)

CAPÍTULO IIDA LICITAÇÃO

Seção IVDO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO

(...)

Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II – a de melhor técnica;

III – a de técnica e preço.

IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2º do art. 3º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

§ 3º No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes considerados qualificados a classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará

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o disposto no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo 2º e adotando obrigatoriamento o tipo de licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.

§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a quantidade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º do artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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SLIDES – TIPOS DE LICITAÇÃO

Tipos de Licitação

• Art. 45, § 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto namodalidade concurso:

I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para aAdministração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a propostade acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço

II - a de melhor técnica

III - a de técnica e preço

IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão dedireito real de uso

MODALIDADESTIPOS

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• Os tipos de licitação são aplicáveis a todas as modalidades de licitação, exceto parao concurso (neste o participante aceita o prêmio ou remuneração previamenteestipulados).

• Art. 54, § 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos nesteartigo

• O tipo “menor preço” é a regra geral nas licitações para contratações de obras,serviços, compras e locações. Também é o tipo obrigatório utilizado na modalidadepregão. Será vencedor o que apresentar o menor preço.

• Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizadosexclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, emespecial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão egerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para aelaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.

• Para contratação de bens e serviços de informática, muito embora nãos eja denatureza intelectual, a administração adotará obrigatoriamente o tipo de licitação"técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casosindicados em decreto do Poder Executivo.

• Nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso, por óbvio, seusa o tipo “maior lance ou oferta”.

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Direito Administrativo

PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (PARCIAL)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui-ção Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

(...)

Seção IIDA HABILITAÇÃO

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir--se-á dos interessados, exclusivamente, docu-mentação relativa a:

I – habilitação jurídica;

II – qualificação técnica;

III – qualificação econômico-financeira;

IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.440, de 2011)

V – cumprimento do disposto no inciso XX-XIII do art. 7º da Constituição Federal. (In-cluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:

I – cédula de identidade;

II – registro comercial, no caso de empresa individual;

III – ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em

se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanha-do de documentos de eleição de seus admi-nistradores;

IV – inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;

V – decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá em: (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)

I – prova de inscrição no Cadastro de Pes-soas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);

II – prova de inscrição no cadastro de con-tribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e com-patível com o objeto contratual;

III – prova de regularidade para com a Fa-zenda Federal, Estadual e Municipal do do-micílio ou sede do licitante, ou outra equi-valente, na forma da lei;

IV – prova de regularidade relativa à Segu-ridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando

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situação regular no cumprimento dos en-cargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

V – prova de inexistência de débitos inadim-plidos perante a Justiça do Trabalho, me-diante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre-to-Lei no5.452, de 1º de maio de 1943. (In-cluído pela Lei nº 12.440, de 2011)

Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

I – registro ou inscrição na entidade profis-sional competente;

II – comprovação de aptidão para desem-penho de atividade pertinente e compatí-vel em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pes-soal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

III – comprovação, fornecida pelo órgão li-citante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimen-to de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

IV – prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

§ 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pes-soas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades pro-fissionais competentes, limitadas as exigên-cias a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – capacitação técnico-profissional: com-provação do licitante de possuir em seu

quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconheci-do pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de caracterís-ticas semelhantes, limitadas estas exclusi-vamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades míni-mas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º As parcelas de maior relevância técni-ca e de valor significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no ins-trumento convocatório. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atesta-dos de obras ou serviços similares de com-plexidade tecnológica e operacional equiva-lente ou superior.

§ 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito pú-blico ou privado.

§ 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previs-tas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

§ 6º As exigências mínimas relativas a insta-lações de canteiros, máquinas, equipamen-tos e pessoal técnico especializado, consi-derados essenciais para o cumprimento do

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objeto da licitação, serão atendidas median-te a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia.

§ 7º (Vetado). ( Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade téc-nica, poderá a Administração exigir dos lici-tantes a metodologia de execução, cuja ava-liação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

§ 9º Entende-se por licitação de alta com-plexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema rele-vância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços pú-blicos essenciais.

§ 10. Os profissionais indicados pelo licitan-te para fins de comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admi-tindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

I – balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exi-gíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por ba-lancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;

II – certidão negativa de falência ou concor-data expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimo-nial, expedida no domicílio da pessoa física;

III – garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.

§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º A Administração, nas compras para en-trega futura e na execução de obras e ser-viços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de ca-pital mínimo ou de patrimônio líquido míni-mo, ou ainda as garantias previstas no § 1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico--financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.

§ 3º O capital mínimo ou o valor do patri-mônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativa-mente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.

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§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade opera-tiva ou absorção de disponibilidade finan-ceira, calculada esta em função do patrimô-nio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

§ 5º A comprovação de boa situação finan-ceira da empresa será feita de forma objeti-va, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justifica-dos no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitató-rio, vedada a exigência de índices e valo-res não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorren-tes da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 32. Os documentos necessários à habilita-ção poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da admi-nistração ou publicação em órgão da impren-sa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pron-ta entrega e leilão.

§ 2º O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1º do art. 36 substitui os documentos enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas em sistema informatizado de consulta direta indicado no edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a super-veniência de fato impeditivo da habilitação. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadastral emitido por órgão ou entidade pública, des-

de que previsto no edital e o registro tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.

§ 4º As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores me-diante documentos equivalentes, autentica-dos pelos respectivos consulados e traduzi-dos por tradutor juramentado, devendo ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e responder administrativa ou judicialmente.

§ 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os referen-tes a fornecimento do edital, quando solici-tado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivo de repro-dução gráfica da documentação fornecida.

§ 6º O disposto no § 4º deste artigo, no § 1º do art. 33 e no § 2º do art. 55, não se aplica às licitações internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja fei-to com o produto de financiamento conce-dido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de contratação com empresa estrangeira, para a compra de equipamentos fabrica-dos e entregues no exterior, desde que para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos ca-sos de aquisição de bens e serviços realiza-da por unidades administrativas com sede no exterior.

§ 7º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 e este artigo poderá ser dispensada, nos termos de regulamento, no todo ou em parte, para a contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, desde que para pronta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso II do caput do art. 23. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

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Art. 33. Quando permitida na licitação a partici-pação de empresas em consórcio, observar-se--ão as seguintes normas:

I – comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II – indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;

III – apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quan-titativos de cada consorciado, e, para efei-to de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participa-ção, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acrésci-mo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;

IV – impedimento de participação de em-presa consorciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou isola-damente;

V – responsabilidade solidária dos integran-tes pelos atos praticados em consórcio, tan-to na fase de licitação quanto na de execu-ção do contrato.

§ 1º No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigato-riamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II deste artigo.

§ 2º O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.

Seção IIIDOS REGISTROS CADASTRAIS

Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e en-tidades da Administração Pública que realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. (Regulamento)

§ 1º O registro cadastral deverá ser am-plamente divulgado e deverá estar per-manentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, atra-vés da imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de no-vos interessados.

§ 2º É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de ou-tros órgãos ou entidades da Administração Pública.

Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o interes-sado fornecerá os elementos necessários à sa-tisfação das exigências do art. 27 desta Lei.

Art. 36. Os inscritos serão classificados por ca-tegorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 desta Lei.

§ 1º Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o regis-tro.

§ 2º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.

Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para classificação cadastral.

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Seção IVDO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO

Art. 38. O procedimento da licitação será inicia-do com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numera-do, contendo a autorização respectiva, a indica-ção sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados opor-tunamente:

I – edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;

II – comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;

III – ato de designação da comissão de lici-tação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;

IV – original das propostas e dos documen-tos que as instruírem;

V – atas, relatórios e deliberações da Comis-são Julgadora;

VI – pareceres técnicos ou jurídicos emiti-dos sobre a licitação, dispensa ou inexigibi-lidade;

VII – atos de adjudicação do objeto da licita-ção e da sua homologação;

VIII – recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões;

IX – despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamen-tado circunstanciadamente;

X – termo de contrato ou instrumento equi-valente, conforme o caso;

XI – outros comprovantes de publicações;

XII – demais documentos relativos à licita-ção.

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acor-

dos, convênios ou ajustes devem ser previa-mente examinadas e aprovadas por asses-soria jurídica da Administração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações si-multâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edi-tal, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mes-mos meios previstos para a publicidade da lici-tação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aque-las com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subseqüente tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do con-trato resultante da licitação antecedente. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o núme-ro de ordem em série anual, o nome da repar-tição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

I – objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

II – prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para exe-cução do contrato e para entrega do objeto da licitação;

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III – sanções para o caso de inadimplemen-to;

IV – local onde poderá ser examinado e ad-quirido o projeto básico;

V – se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adqui-rido;

VI – condições para participação na licita-ção, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das pro-postas;

VII – critério para julgamento, com disposi-ções claras e parâmetros objetivos;

VIII – locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informa-ções e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obri-gações necessárias ao cumprimento de seu objeto;

IX – condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;

X – o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permiti-da a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios esta-tísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

XI – critério de reajuste, que deverá retra-tar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apre-sentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XII – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII – limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previs-tos em separado das demais parcelas, eta-pas ou tarefas;

XIV – condições de pagamento, prevendo:

a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do perí-odo de adimplemento de cada parcela; (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibi-lidade de recursos financeiros;

c) critério de atualização financeira dos va-lores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) compensações financeiras e penaliza-ções, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;

e) exigência de seguros, quando for o caso;

XV – instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;

XVI – condições de recebimento do objeto da licitação;

XVII – outras indicações específicas ou pe-culiares da licitação.

§ 1º O original do edital deverá ser data-do, rubricado em todas as folhas e assina-do pela autoridade que o expedir, perma-necendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos in-teressados.

§ 2º Constituem anexos do edital, dele fa-zendo parte integrante:

I – o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especifica-ções e outros complementos;

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II – orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III – a minuta do contrato a ser firmado en-tre a Administração e o licitante vencedor;

IV – as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.

§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, con-sidera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realiza-ção da obra, a entrega do bem ou de parce-la destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vincula-da a emissão de documento de cobrança.

§ 4º Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de en-trega até trinta dias da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser dis-pensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – o disposto no inciso XI deste artigo; (In-cluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II – a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, cor-respondente ao período compreendido en-tre as datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não superior a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irre-gularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos en-velopes de habilitação, devendo a Adminis-tração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da facul-dade prevista no § 1º do art. 113.

§ 2º Decairá do direito de impugnar os ter-mos do edital de licitação perante a admi-

nistração o licitante que não o fizer até o se-gundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregu-laridades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em jul-gado da decisão a ela pertinente.

§ 4º A inabilitação do licitante importa pre-clusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.

Art. 42. Nas concorrências de âmbito interna-cional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.

§ 1º Quando for permitido ao licitante es-trangeiro cotar preço em moeda estran-geira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro.

§ 2º O pagamento feito ao licitante brasilei-ro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamen-te anterior à data do efetivo pagamento. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão equivalentes àquelas ofere-cidas ao licitante estrangeiro.

§ 4º Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes es-trangeiros serão acrescidas dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que oneram exclusivamente os licitantes brasi-leiros quanto à operação final de venda.

§ 5º Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos

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provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multi-lateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, protoco-los, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obten-ção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de des-pacho motivado do órgão executor do con-trato, despacho esse ratificado pela auto-ridade imediatamente superior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º As cotações de todos os licitantes serão para entrega no mesmo local de destino.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

I – abertura dos envelopes contendo a do-cumentação relativa à habilitação dos con-correntes, e sua apreciação;

II – devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as res-pectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;

III – abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem inter-posição de recurso, ou tenha havido desis-tência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;

IV – verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, con-forme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial com-petente, ou ainda com os constantes do sis-tema de registro de preços, os quais deve-rão ser devidamente registrados na ata de

julgamento, promovendo-se a desclassifica-ção das propostas desconformes ou incom-patíveis;

V – julgamento e classificação das propos-tas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;

VI – deliberação da autoridade competen-te quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.

§ 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as pro-postas será realizada sempre em ato pú-blico previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 2º Todos os documentos e propostas se-rão rubricados pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclare-cer ou a complementar a instrução do pro-cesso, vedada a inclusão posterior de docu-mento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à con-corrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite. (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as pro-postas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

§ 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.

Art. 44. No julgamento das propostas, a Comis-são levará em consideração os critérios objeti-vos definidos no edital ou convite, os quais não

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devem contrariar as normas e princípios estabe-lecidos por esta Lei.

§ 1º É vedada a utilização de qualquer ele-mento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualda-de entre os licitantes.

§ 2º Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no con-vite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vanta-gem baseada nas ofertas dos demais licitan-tes.

§ 3º Não se admitirá proposta que apresen-te preços global ou unitários simbólicos, ir-risórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mer-cado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, ex-ceto quando se referirem a materiais e ins-talações de propriedade do próprio licitan-te, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º O disposto no parágrafo anterior apli-ca-se também às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importações de qualquer natureza. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 45. O julgamento das propostas será ob-jetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em confor-midade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a

Administração determinar que será vence-dor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II – a de melhor técnica;

III – a de técnica e preço.

IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direi-to real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2º do art. 3º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes se-rão convocados, vedado qualquer outro processo.

§ 3º No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes considerados qualificados a classificação se dará pela or-dem crescente dos preços propostos, preva-lecendo, no caso de empate, exclusivamen-te o critério previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o disposto no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo 2º e adotando obrigatoriamento o tipo de licita-ção "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indica-dos em decreto do Poder Executivo. (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.

§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quan-tas necessárias até que se atinja a quanti-dade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusiva-

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mente para serviços de natureza predominan-temente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de es-tudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º do artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o seguinte procedimento cla-ramente explicitado no instrumento convo-catório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:

I – serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados e fei-ta então a avaliação e classificação destas propostas de acordo com os critérios per-tinentes e adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no ins-trumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreen-dendo metodologia, organização, tecnolo-gias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;

II – uma vez classificadas as propostas técni-cas, proceder-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no ins-trumento convocatório e à negociação das condições propostas, com a proponente melhor classificada, com base nos orçamen-tos detalhados apresentados e respectivos preços unitários e tendo como referência o limite representado pela proposta de me-nor preço entre os licitantes que obtiveram a valorização mínima;

III – no caso de impasse na negociação an-terior, procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os demais proponen-tes, pela ordem de classificação, até a con-secução de acordo para a contratação;

IV – as propostas de preços serão devolvi-das intactas aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabeleci-da para a proposta técnica.

§ 2º Nas licitações do tipo "técnica e preço" será adotado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte procedimen-to claramente explicitado no instrumento convocatório:

I – será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com crité-rios objetivos preestabelecidos no instru-mento convocatório;

II – a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada das valo-rizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório.

§ 3º Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo poderão ser adota-dos, por autorização expressa e median-te justificativa circunstanciada da maior autoridade da Administração promotora constante do ato convocatório, para forne-cimento de bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto ma-joritariamente dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio res-trito, atestado por autoridades técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções alter-nativas e variações de execução, com reper-cussões significativas sobre sua qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas pude-rem ser adotadas à livre escolha dos licitan-tes, na conformidade dos critérios objetiva-mente fixados no ato convocatório.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoria-

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mente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da li-citação.

Art. 48. Serão desclassificadas:

I – as propostas que não atendam às exigên-cias do ato convocatório da licitação;

II – propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifes-tamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatí-veis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especifi-cadas no ato convocatório da licitação. (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamen-te inexeqüíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de en-genharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do me-nor dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) média aritmética dos valores das propos-tas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela administração, ou (In-cluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) valor orçado pela administração. (Incluí-do pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da pro-posta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resul-tante do parágrafo anterior e o valor da cor-

respondente proposta. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º Quando todos os licitantes forem ina-bilitados ou todas as propostas forem des-classificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 49. A autoridade competente para a apro-vação do procedimento somente poderá revo-gar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justi-ficar tal conduta, devendo anulá-la por ilegali-dade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente funda-mentado.

§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obriga-ção de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.

§ 4º O disposto neste artigo e seus parágra-fos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classifica-ção das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulida-de.

Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancela-mento, e as propostas serão processadas e jul-gadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo me-

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nos 2 (dois) deles servidores qualificados per-tencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.

§ 1º No caso de convite, a Comissão de li-citação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exi-güidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente desig-nado pela autoridade competente.

§ 2º A Comissão para julgamento dos pedi-dos de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.

§ 3º Os membros das Comissões de licita-ção responderão solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devi-damente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido toma-da a decisão.

§ 4º A investidura dos membros das Comis-sões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subseqüente.

§ 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhe-cido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.

Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.

§ 1º O regulamento deverá indicar:

I – a qualificação exigida dos participantes;

II – as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;

III – as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.

§ 2º Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá--lo quando julgar conveniente.

Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administra-ção, procedendo-se na forma da legislação per-tinente.

§ 1º Todo bem a ser leiloado será previa-mente avaliado pela Administração para fi-xação do preço mínimo de arrematação.

§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vis-ta ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arre-matante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.

§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamen-to da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se realizará. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

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SLIDES – PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO

Licitações

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Procedimento de Licitação

• Apesar de o procedimento licitatório estar detalhado na Lei 8.666/93, não há uma sequência lógica e didática.

• A modalidade “concorrência” é a mais complexa, contendo todas as fases bem definidas, sendo que nem todas as modalidades seguem esse mesmo padrão.

• O procedimento licitatório é dividido em duas grandes fases:

• O procedimento inicia dentro do órgão ou entidade;Fase Interna

• A partir do momento em que se torna pública a licitaçãoFase Externa

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Fase interna:

• Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processoadministrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo aautorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio paraa despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou

da entrega do convite;III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial,

ou do responsável pelo convite;IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;

V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou

inexigibilidade;VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas

manifestações e decisões;IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso,

fundamentado circunstanciadamente;X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;XI - outros comprovantes de publicações;XII - demais documentos relativos à licitação.

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Fase externa:

• A fase externa inicia no momento em que a licitação se torna pública.

• Portanto, a fase externa começa com a publicação do edital ou envio da carta-convite.

• Na sequência, a fase segue os passos trazidos no art. 43:

I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dosconcorrentes, e sua apreciação;

II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo asrespectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;

III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados,desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havidodesistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;

IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e,conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficialcompetente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, osquais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-sea desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;

V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliaçãoconstantes do edital;

VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicaçãodo objeto da licitação.

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• Audiência Pública

• Com a finalidade de ampliar o acesso às informações relativas ao contrato a serfirmado, a lei estabelece que em casos de valores muito elevados, deve haver umaaudiência pública antes mesmo da publicação do edital.

• Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto delicitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 vezes o limite previsto no art.23, inciso I, alínea "c" desta Lei (obras e serviços de engenharia acima deR$1.500.000,00), o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com umaaudiência pública concedida pela autoridade responsável.

• Audiência com antecedência mínima de 15 dias úteis da data prevista para apublicação do edital;

• Divulgação com a antecedência mínima de 10 dias úteis de sua realização.

• Na audiência os interessados terão acesso e direito a todas as informaçõespertinentes e a se manifestar.

• Instrumentos convocatórios: Edital e Carta-convite

• Edital é o meio pelo qual a Administração torna pública quaisquer das modalidades delicitação, exceto o convite (que utiliza a carta-convite).

• Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas depreços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada,deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:

I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade daAdministração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial outotalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;

II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, delicitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou doDistrito Federal;

III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal decirculação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço,fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto dalicitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.

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• § 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessadospoderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre alicitação.

• O edital (ou a carta-convite) é a lei interna da licitação, devendo fixar todas ascondições de realização da licitação, estando a Administração Pública e osproponentes vinculados a ele (Princípio da Vinculação ao InstrumentoConvocatório).

• A carta-convite, instrumento convocatório da modalidade convite, é enviadadiretamente aos interessados, não havendo publicação; porém, deve ser afixadacópia em local apropriado, para que os demais tomem conhecimento e possamparticipar. Aplicam-se à carta-convite, no que couber, as disposições relativas aoedital.

• Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nomeda repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e otipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora pararecebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dosenvelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos,como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega doobjeto da licitação;

III - sanções para o caso de inadimplemento;

IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;

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V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e olocal onde possa ser examinado e adquirido;

VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31desta Lei, e forma de apresentação das propostas;

VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;

VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância emque serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitaçãoe às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seuobjeto;

IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras,no caso de licitações internacionais;

X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso,permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos,critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência,ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; *

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção,admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista paraapresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a datado adimplemento de cada parcela;

XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ouserviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas,etapas ou tarefas;

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XIV - condições de pagamento, prevendo:

a) prazo de pagamento não superior a 30 dias, contado a partir da data final doperíodo de adimplemento de cada parcela;b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com adisponibilidade de recursos financeiros;c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data finaldo período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivopagamento;d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos,por eventuais antecipações de pagamentos;e) exigência de seguros, quando for o caso;

XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;

XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;

XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.

§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas eassinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, edele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação efornecimento aos interessados.

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• * Sobre a vedação a estipulação de preço mínimo no edital:

• Art. 48. Serão desclassificadas as propostas: II - propostas com valor global superiorao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assimconsiderados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através dedocumentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os demercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução doobjeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no atoconvocatório da licitação.

• § 1º Consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menorpreço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejaminferiores a 70% do menor dos seguintes valores:a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor orçado pelaadministração, oub) valor orçado pela administração.

• § 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global daproposta for inferior a 80% do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b",será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional.

• Ressaltando que a vedação a estipulação prévia de um valor mínimo ocorre apenasem relação a valores a serem pagos pela Administração. Por óbvio, quando ocorreo inverso, ou seja, quando a Administração está alienando um bem seu, a fixaçãode um preço mínimo é obrigatória (Art. 53, § 1º Todo bem a ser leiloado serápreviamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo dearrematação).

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• Antecedência mínima do edital:

• Os interessados em licitar precisa de um prazo para que possam analisar ascondições da licitação, elaborar suas propostas e se preparar para participar.

• Portanto, a lei estabelece prazos mínimos que a Administração terá que dar, apartir da publicação do edital do da expedição da carta-convite (os prazos podemser maiores, mas nunca menores).

• Os prazos são definidos conforme a modalidade de licitação, sendo os prazosmaiores para as mais complexas e os menores para as mais simples.

• Art. 21, § 2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização doevento será:ØI - 45 dias para:

a) concurso;b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime deempreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica epreço";ØII - 30 dias para:

a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior;b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica epreço";ØIII - 15 dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do

inciso anterior, ou leilão;ØIV - 5 dias úteis para convite.

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PRAZO HIPÓTESES

45 dias ü concurso;ü concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar oregime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo"melhor técnica" ou "técnica e preço";

30 dias ü concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do incisoanterior;ü tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica"ou "técnica e preço";

15 dias ü tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior;ü leilão;

5 dias úteis ü convite

8 dias úteis ü Pregão (Lei 10.520/02)

• Impugnações ao Edital:

• Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, aoqual se acha estritamente vinculada.

• § 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação porirregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 dias úteisantes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo aAdministração julgar e responder à impugnação em até 3 dias úteis.

• § 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante aadministração o licitante que não o fizer até o 2º dia útil que anteceder a aberturados envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com aspropostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, asfalhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicaçãonão terá efeito de recurso.

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• § 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá departicipar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a elapertinente.

• § 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar dasfases subseqüentes.

• Comissão de licitação

• As etapas de habilitação dos licitantes e de julgamento das propostas serão feitaspor uma comissão.

• Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteraçãoou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissãopermanente ou especial de, no mínimo, 3 membros, sendo pelo menos 2 delesservidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos daAdministração responsáveis pela licitação.

• § 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenasunidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá sersubstituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.

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• § 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral,sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmentehabilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.

• § 3o Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por todosos atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiverdevidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiversido tomada a decisão.

• § 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 ano,vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão noperíodo subseqüente.

• § 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especialintegrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matériaem exame, servidores públicos ou não.

• Habilitação dos Licitantes

• Na fase de habilitação, se faz a verificação da documentação para avaliar asqualidades pessoais de cada licitante. Tem por finalidade assegurar que, caso aquelelicitante seja o vencedor, terá capacidade técnica, financeira e idoneidade paracumprir o contrato objeto da licitação.

• A regra é que a habilitação ocorra antes da análise das propostas, sendo que, nessecaso, os inabilitados serão excluídos do procedimento sem ao menos terem suaspropostas analisadas (os envelopes são devolvidos lacrados).

• A lei enumera os documentos a serem exigidos dos licitantes, sendo vedadoexigências supérfluas e desnecessárias que possam direcionar ou favorecer outrosparticipantes.

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• Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados,exclusivamente, documentação relativa a:

I - habilitação jurídica;

II - qualificação técnica;

III - qualificação econômico-financeira;

IV – regularidade fiscal e trabalhista;

V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF (restrições e proibiçõesao trabalho de menores)

• Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados emoriginal, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente oupor servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa oficial.

• § 1o A documentação poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos deconvite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.

• § 7o A documentação poderá ser dispensada, nos termos de regulamento, no todoou em parte, para a contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento,desde que para pronta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso IIdo caput do art. 23 (até 80 mil).

• § 3o A documentação poderá ser substituída por registro cadastral emitido porórgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido feitoem obediência ao disposto nesta Lei.

• § 5o Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimentode taxas ou emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, quandosolicitado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivode reprodução gráfica da documentação fornecida.

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• Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistiráem:

I - cédula de identidade;

II - registro comercial, no caso de empresa individual;

III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, emse tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações,acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;

IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de provade diretoria em exercício;

V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira emfuncionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamentoexpedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

• Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme ocaso, consistirá em:

I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral deContribuintes (CGC);

II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver,relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade ecompatível com o objeto contratual;

III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal dodomicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;

IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia porTempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dosencargos sociais instituídos por lei.

V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho,mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos da CLT.

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• Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatívelem características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação dasinstalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis paraa realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dosmembros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e,quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e dascondições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

• Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-áa:

I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, jáexigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeirada empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios,podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 mesesda data de apresentação da proposta;

II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede dapessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;

III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do art.56 desta Lei, limitada a 1% do valor estimado do objeto da contratação(possibilidade de a Administração exigir garantia).

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• A Lei Complementar 123/2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresade Pequeno Porte) traz regras especiais e mais favoráveis às ME e EPP quanto àsexigências de comprovações de regularidades fiscais nas licitações.

• Conforme a LC, é possível que a documentação seja apresentada, mesmo quecontenha alguma restrição (débitos tributários, situação fiscal irregular...), pois aregularização somente será exigida no momento da assinatura do contrato, caso aME ou EPP seja vencedora.

• Caso reste vencedora, terá o prazo de 5 dias úteis (prorrogáveis por mais 5) pararegularizar a situação.

• Se não regularizar o prazo, ocorrerá a decadência o seu direito à contratação.

• A Lei Complementar 155/2015 estendeu esse mesmo favorecimento às ME e EPPem relação à comprovação da regularidade trabalhista (aplicáveis a partir de janeirode 2018 – já está em vigor, mas só produzirá efeitos a partir dessa data).

• Registros Cadastrais

• Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública querealizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito dehabilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, 1 ano.

• § 1o O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estarpermanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por eleresponsável a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e dejornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes epara o ingresso de novos interessados.

• § 2o É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais deoutros órgãos ou entidades da Administração Pública.

• Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, ointeressado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27(documentação relativa à habilitação jurídica, qualificação técnica, econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista, cumprimento as regas da CF sobretrabalho de menores).

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• Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista suaespecialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômicaavaliada pelos elementos constantes da documentação .

• § 1o Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem oregistro.

• § 2o A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotadano respectivo registro cadastral.

• Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registrodo inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou asestabelecidas para classificação cadastral.

• Julgamento das Propostas

• O julgamento consiste no confronto das ofertas com a consequente classificaçãodos licitantes, determinando-se o vencedor.

• O tipo de licitação previsto no edital vai definir qual o critério de julgamento.

• Em regra, o julgamento ocorre por uma comissão.

• Na primeira fase do julgamento, a Administração verifica a conformidade daproposta com os requisitos do edital (proposta em desconformidade serãodesclassificadas);

• Na segunda fase, se faz a ordem de classificação entre os concorrentes querestaram (primeiro lugar, segundo lugar...).

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• Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração oscritérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar asnormas e princípios estabelecidos por esta Lei.

• § 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto,subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio daigualdade entre os licitantes.

• § 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou noconvite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ouvantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes (ex.: ofereço 5% mais barato doque o concorrente).

• § 3o Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitáriossimbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos esalários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o atoconvocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quandose referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para osquais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração.

• Art. 48, § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostasforem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 diasúteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostasescoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, aredução deste prazo para 3 dias úteis.

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• Homologação e Adjudicação ao vencedor

• O trabalho da comissão termina com a divulgação do resultado do julgamento,passando-se o processo à autoridade competente, para deliberação quanto àhomologação e adjudicação do objeto da licitação.

• Na fase de homologação ocorre o controle de legalidade do procedimento, ou seja,a autoridade vai verificar se tudo ocorreu conforme a lei. Havendo irregularidadessanáveis, retorna-se à comissão para saneamento; se houver irregularidadesinsanáveis, anula-se o processo (ao menos do ponto onde ocorreu o vício).

• Adjudicação é o ato final do procedimento de licitação, através do qual se atribui aovencedor o objeto da licitação. Após, inicia-se a fase contratual.

• Obs.: adjudicação não se confunde com a celebração do contrato; significa quequando a Administração for celebrar o contrato, será com o vencedor. (Art. 50. AAdministração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem declassificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório,sob pena de nulidade).

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Direito Administrativo

ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DE LICITAÇÃO

Licitações

Prof.ª Tatiana Marcello

Anulação e Revogação de Licitação

• A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício delegalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé.

• Anulação pode ser feita pelo própria Administração ou pelo Judiciário – efeito extunc (pra trás).

• Revogação pode ser feita apenas pela Administração – efeito ex nunc (pra frente).

ANULAÇÃO Vício de Legalidade

REVOGAÇÃO Inconveniência ou Inoportunidade

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• A licitação, como sendo uma sequencia encadeada de atos administrativos,também está sujeita a anulação ou revogação desses atos.

• Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somentepoderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fatosuperveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar talconduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros,mediante parecer escrito e devidamente fundamentado (em ambos os casos).

• Anulação – ocorrendo ilegalidade insanável em na prática de algum ato doprocedimento licitatório, esse ato deverá ser anulado, tornando-se inválido –invalida-se desde a origem do vício e invalidam-se as etapas posteriores que deledependeram.

• § 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não geraobrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 destaLei.

• § 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado odisposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

• Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo operaretroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveriaproduzir, além de desconstituir os já produzidos.

• Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar ocontratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada epor outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe sejaimputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

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• A revogação da licitação sofre algumas limitação em relação à regra geral (de que éum ato discricionários da Administração). No caso de licitação, somente poderáhaver revogação em 2 hipóteses:

a) por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamentecomprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, mediante parecerescrito e devidamente fundamentado ( art. 49);

b) é facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contratoou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condiçõesestabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, parafazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado,inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório,ou revogar a licitação (art. 64, § 2º).

• § 3o No caso de desfazimento do processo licitatório (seja por anulação ourevogação), fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.

• § 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimentode dispensa e de inexigibilidade de licitação.

• Do ato que anula ou revoga licitação, cabe recurso administrativo no prazo de 5dias úteis (art. 109, I, “c”).

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CONTRATAÇÃO DIRETA – DISPENSA E INEXIGIBILIDADE

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (PARCIAL)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui-ção Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

Seção IVDOS SERVIÇOS TÉCNICOS

PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

I – estudos técnicos, planejamentos e proje-tos básicos ou executivos;

II – pareceres, perícias e avaliações em ge-ral;

III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV – fiscalização, supervisão ou gerencia-mento de obras ou serviços;

V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

VIII – (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especiali-zados deverão, preferencialmente, ser cele-brados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remu-neração.

§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.

§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente rela-ção de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilida-de de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pesso-al e diretamente os serviços objeto do con-trato.

(...)

Seção VIDAS ALIENAÇÕES

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I – quando imóveis, dependerá de autoriza-ção legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacio-

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nais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrên-cia, dispensada esta nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, res-salvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Reda-ção dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;

d) investidura;

e) venda a outro órgão ou entidade da ad-ministração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamen-to, concessão de direito real de uso, loca-ção ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de pro-gramas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

h) alienação gratuita ou onerosa, aforamen-to, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros qua-drados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse so-cial desenvolvidos por órgãos ou entidades

da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais e não superiores a 1.500ha (mil e qui-nhentos hectares), para fins de regulariza-ção fundiária, atendidos os requisitos legais; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 759, de 2016)

II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio--econômica, relativamente à escolha de ou-tra forma de alienação;

b) permuta, permitida exclusivamente en-tre órgãos ou entidades da Administração Pública;

c) venda de ações, que poderão ser nego-ciadas em bolsa, observada a legislação es-pecífica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

e) venda de bens produzidos ou comerciali-zados por órgãos ou entidades da Adminis-tração Pública, em virtude de suas finalida-des;

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administra-ção Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

§ 1º Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as ra-zões que justificaram a sua doação, reverte-rão ao patrimônio da pessoa jurídica doado-ra, vedada a sua alienação pelo beneficiário.

§ 2º A Administração também poderá con-ceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação,

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quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

I – a outro órgão ou entidade da Adminis-tração Pública, qualquer que seja a localiza-ção do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – a pessoa natural que, nos termos da lei, de regulamento ou de ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural limitada a quinze módulos fiscais, desde que não exceda a 1.500ha (mil e qui-nhentos hectares); (Redação dada pela Me-dida Provisória nº 759, de 2016)

§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o fi-cam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condi-cionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)

I – aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja compro-vadamente anterior a 1o de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – submissão aos demais requisitos e im-pedimentos do regime legal e administrati-vo da destinação e da regularização fundiá-ria de terras públicas; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

III – vedação de concessões para hipóte-ses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras pú-blicas, ou nas normas legais ou administrati-vas de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV – previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

I – só se aplica a imóvel situado em zona ru-ral, não sujeito a vedação, impedimento ou

inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – fica limitada a áreas de até quinze mó-dulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; (Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)

III – pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alí-nea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008)

§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resul-tante de obra pública, área esta que se tor-nar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Públi-co, de imóveis para fins residenciais cons-truídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dis-pensáveis na fase de operação dessas uni-dades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoria-mente os encargos, o prazo de seu cumpri-mento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a lici-tação no caso de interesse público devida-mente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garan-tidas por hipoteca em segundo grau em fa-vor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não su-perior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia cor-respondente a 5% (cinco por cento) da avalia-ção.

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pú-blica, cuja aquisição haja derivado de procedi-mentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:

I – avaliação dos bens alienáveis;

II – comprovação da necessidade ou utilida-de da alienação;

III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

CAPÍTULO IIDA LICITAÇÃO

Seção IDAS MODALIDADES, LIMITES E DISPENSA

Art. 24. É dispensável a licitação:

I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite pre-

visto na alínea "a", do inciso I do artigo an-terior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III – nos casos de guerra ou grave perturba-ção da ordem;

IV – nos casos de emergência ou de calami-dade pública, quando caracterizada urgên-cia de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segu-rança de pessoas, obras, serviços, equipa-mentos e outros bens, públicos ou particu-lares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos con-tratos;

V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;

VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente supe-riores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pe-

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los órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será ad-mitida a adjudicação direta dos bens ou ser-viços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48)

VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzi-dos ou serviços prestados por órgão ou en-tidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim espe-cífico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatí-vel com o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IX – quando houver possibilidade de com-prometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presi-dente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento)

X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessi-dades de instalação e localização condicio-nem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segun-do avaliação prévia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conse-qüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licita-ção anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas di-retamente com base no preço do dia; (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII – na contratação de instituição brasi-leira incumbida regimental ou estatutaria-mente da pesquisa, do ensino ou do desen-

volvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestio-nável reputação ético-profissional e não te-nha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional espe-cífico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem ma-nifestamente vantajosas para o Poder Pú-blico; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de auten-ticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou en-tidade.

XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da ad-ministração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito pú-blico interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamen-tos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equi-pamentos, quando tal condição de exclu-sividade for indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em por-tos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder compro-

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meter a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exce-da ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XX – na contratação de associação de por-tadores de deficiência física, sem fins lu-crativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de en-genharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23; (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou au-torizado, segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIII – na contratação realizada por empre-sa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respecti-vas esferas de governo, para atividades con-templadas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXV – na contratação realizada por Insti-tuição Científica e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação prote-gida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004)

XXVI – na celebração de contrato de pro-grama com ente da Federação ou com en-tidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma as-sociada nos termos do autorizado em con-trato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XXVII – na contratação da coleta, processa-mento e comercialização de resíduos sóli-dos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físi-cas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais reci-cláveis, com o uso de equipamentos compa-tíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007). (Vigência)

XXVIII – para o fornecimento de bens e ser-viços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta comple-xidade tecnológica e defesa nacional, me-diante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do ór-gão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).

XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exte-rior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou execu-

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tante e ratificadas pelo Comandante da For-ça. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).

XXX – na contratação de instituição ou or-ganização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência

XXXI – nas contratações visando ao cum-primento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saú-de – SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusi-ve por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

XXXIII – na contratação de entidades priva-das sem fins lucrativos, para a implemen-tação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo hu-mano e produção de alimentos, para be-neficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)

XXXIV – para a aquisição por pessoa jurí-dica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública dire-ta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvi-mento institucional, científico e tecnológi-co e estímulo à inovação, inclusive na ges-tão administrativa e financeira necessária à

execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço con-tratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, socie-dade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (In-cluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou en-tidades que produzem produtos estratégi-cos para o SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elen-cados em ato da direção nacional do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

§ 3º A hipótese de dispensa prevista no in-ciso XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá proce-dimentos especiais instituídos em regula-mentação específica. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

§ 4º Não se aplica a vedação prevista no in-ciso I do caput do art. 9o à hipótese prevista no inciso XXI do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

I – para aquisição de materiais, equipamen-tos, ou gêneros que só possam ser forneci-dos por produtor, empresa ou representan-te comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de ex-clusividade ser feita através de atestado for-

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necido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de nature-za singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigi-bilidade para serviços de publicidade e di-vulgação;

III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, expe-riências, publicações, organização, apare-lhamento, equipe técnica, ou de outros re-quisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essen-cial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado su-perfaturamento, respondem solidariamen-te pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratifica-ção e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, pre-visto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

II – razão da escolha do fornecedor ou exe-cutante;

III – justificativa do preço.

IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão aloca-dos. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

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SLIDES – CONTRATAÇÃO DIRETA – DISPENSA E INEXIGIBILIDADE

Contratação Direta

• A regra geral é de que a Administração Pública deve realizar licitação previamenteà celebração dos contratos administrativos.

• No entanto, a própria CF prevê a possibilidade de a lei estabelecer hipóteses emque a licitação não ocorrerá ou que poderá não ocorrer: art. 37, XXI – “ressalvadosos casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serãocontratados mediante processo de licitação pública...”

• Ressalte-se que em caso de concessão ou permissão de serviços públicos não épossível a contratação sem prévia licitação.

• As situações de contratações diretas dividem-se em 2 grupos: situações deinexigibilidade e situações de dispensa.

• Inexigibilidade – quando a licitação é juridicamente impossível, por não haverpossibilidade de competição, devido à inexistências de pluralidade de proponentes.

• Dispensa – quando a licitação é possível, mas a lei dispensa ou permite que sejadispensada a licitação. Quando a lei expressamente dispensa a licitação, temos alicitação dispensada. Quando a lei autoriza a Administração a deixar de licitar, temosa licitação dispensável.

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LICITAÇÃO

Dispensa

Dispensada

A lei diretamente

dispensa

Dispensável

A lei permite que a Administração

dispense

Inexigibilidade

Não há possibilidade de

competição

INEXIGIBILIDADE

• Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, emespecial (rol exemplificativo):

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam serfornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada apreferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através deatestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria alicitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal,ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, denatureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedadaa inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ouatravés de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada oupela opinião pública.

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• Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionaisespecializados os trabalhos relativos a:

I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;

II - pareceres, perícias e avaliações em geral;

III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

• Sobre a inexigibilidade:

• É vedada a inexigibilidade de licitação para serviços de publicidade e divulgação.

• Não sendo caso de inexigibilidade, a contratação de serviços técnicos profissionaisespecializados do art. 13 é feita preferencialmente através da modalidade concurso.

• A inexigibilidade de licitação deve ser sempre motivada, com a exposição das causasque levaram a Administração a concluir pela impossibilidade de competição.

• Em relação às empresas públicas, sociedades de economia mista e suassubsidiárias, as regras para a Inexigibilidade de licitação constam na Lei 13.303/2016(Estatuto Jurídico das EP e SEM), não se aplicando as regras da Lei 8.666.

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DISPENSA

• Na dispensa, embora haja possibilidade jurídica de competição:

a) a lei diretamente dispensa a licitação (licitação dispensada); ou

b) autoriza que a Administração a dispense, por critérios de conveniência ouoportunidade (licitação dispensável).

Licitação Dispensada (não pode haver licitação)

• Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência deinteresse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedeceráàs seguintes normas:

• I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos daadministração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusiveas entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação namodalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administraçãopública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;

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c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art.24 desta Lei (imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas daadministração, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundoavaliação prévia);

d) investidura (alienação a lindeiros de area remenescente e inaproveitável pelaAdministração; ou alienação de areas para fins residenciais construídos em núcleosanexos a usinas hidrelétricas);

e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera degoverno;

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locaçãoou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ouefetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularizaçãofundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades daadministração pública;

• g) procedimentos de legitimação de posse, mediante iniciativa e deliberação dosórgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;

• h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local comárea de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbitode programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos porórgãos ou entidades da administração pública;

• i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terraspúblicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de quinzemódulos fiscais e não superiores a 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins deregularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e (Redação dada pela MP nº759, de 2016)

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• II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nosseguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliaçãode sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha deoutra forma de alienação;

b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da AdministraçãoPública;

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislaçãoespecífica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades daAdministração Pública, em virtude de suas finalidades;

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades daAdministração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

• § 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direitoreal de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:

I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja alocalização do imóvel;

II - a pessoa natural que, nos termos da lei, de regulamento ou de ato normativo doórgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupaçãomansa e pacífica e exploração direta sobre área rural limitada a quinze módulosfiscais, desde que não exceda a 1.500ha (mil e quinhentos hectares);

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• Art. 17, § 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão,obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão,sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interessepúblico devidamente justificado.

• Doação com encargo é aquela em que o doador impõe alguma obrigação aodonatário, a fim de que seja cumprida para que receba a doação.

Licitação Dispensável (pode ou não haver licitação)

• Art. 24. É dispensável a licitação:

• I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limiteprevisto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram aparcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesmanatureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta econcomitantemente (até R$ 15.000,00);

• II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limiteprevisto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casosprevistos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez (até R$8.000,00);

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• III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

• IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizadaurgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometera segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ouparticulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situaçãoemergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam serconcluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos eininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada aprorrogação dos respectivos contratos;

• V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente,não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso,todas as condições preestabelecidas (licitação deserta);

• VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ounormalizar o abastecimento;

• VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamentesuperiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com osfixados pelos órgãos oficiais competentes (licitação fracassada), casos em que,observado o parágrafo único (3º) do art. 48 desta Lei (quando todos inabilitados oupropostas desclassificadas, haverá nova convocação para apresentarem novaspropostas ou documentos) e, persistindo a situação, será admitida a adjudicaçãodireta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro depreços, ou dos serviços;

• VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bensproduzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre aAdministração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em dataanterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com opraticado no mercado;

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• IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, noscasos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho deDefesa Nacional;

• X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidadesprecípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localizaçãocondicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor demercado, segundo avaliação prévia;

• XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, emconseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificaçãoda licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitantevencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

• XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no temponecessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadasdiretamente com base no preço do dia;

• XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ouestatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, oude instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratadadetenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;

• XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacionalespecífico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas foremmanifestamente vantajosas para o Poder Público;

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• XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, deautenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades doórgão ou entidade.

• XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso daadministração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviçosde informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidadesque integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;

• XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira,necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica,junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição deexclusividade for indispensável para a vigência da garantia;

• XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios,embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando emestada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes desuas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quandoa exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitosdas operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" doinciso II do art. 23 desta Lei (não exceda a R$ 80.000,00):

• XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção demateriais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter apadronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos eterrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;

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• XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem finslucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da AdmininistraçãoPública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que opreço contratado seja compatível com o praticado no mercado.

• XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento,limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valorde que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23 (limitada a R$300.000,00); (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)

• XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gásnatural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas dalegislação específica;

• XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economiamista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens,prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatívelcom o praticado no mercado.

• XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizaçõessociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividadescontempladas no contrato de gestão.

• XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou poragência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento dedireito de uso ou de exploração de criação protegida.

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• XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou comentidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos deforma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou emconvênio de cooperação.

• XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduossólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletivade lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente porpessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores demateriais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normastécnicas, ambientais e de saúde pública.

• XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País,que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima doórgão.

• XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aoscontingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operaçõesde paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha dofornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força.

• XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou semfins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão ruralno âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural naAgricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.

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• XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais decontratação dela constantes (incentivos à inovação e à pesquisa científica etecnológica).

• XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtosestratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei nº 8.080/90,conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião daaquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica.

• XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para aimplementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água paraconsumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais debaixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.

• XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumosestratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimentalou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração públicadireta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão,desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação,inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução dessesprojetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtosestratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII desteartigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigênciadesta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado nomercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (PARCIAL)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui-ção Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

(...)

CAPÍTULO IIIDOS CONTRATOS

SEÇÃO IDisposições Preliminares

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando--se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que defi-nam os direitos, obrigações e responsabili-dades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

§ 2º Os contratos decorrentes de dispen-sa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo con-trato as que estabeleçam:

I – o objeto e seus elementos característi-cos;

II – o regime de execução ou a forma de for-necimento;

III – o preço e as condições de pagamen-to, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

IV – os prazos de início de etapas de execu-ção, de conclusão, de entrega, de observa-ção e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V – o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI – as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII – os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

VIII – os casos de rescisão;

IX – o reconhecimento dos direitos da Ad-ministração, em caso de rescisão adminis-trativa prevista no art. 77 desta Lei;

X – as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;

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XI – a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII – a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omis-sos;

XIII – a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilita-ção e qualificação exigidas na licitação.

§ 1º (VETADO)

§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2º Nos contratos celebrados pela Admi-nistração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamen-te cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qual-quer questão contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 desta Lei.

§ 3º No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscali-zação de tributos da União, Estado ou Mu-nicípio, as características e os valores pa-gos, segundo o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instru-mento convocatório, poderá ser exigida presta-ção de garantia nas contratações de obras, ser-viços e compras.

§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: (Re-dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I – caução em dinheiro ou em títulos da dí-vida pública, devendo estes ter sido emiti-dos sob a forma escritural, mediante regis-tro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores eco-

nômicos, conforme definido pelo Ministé-rio da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004)

II – seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III – fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)

§ 2º A garantia a que se refere o caput des-te artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalva-do o previsto no parágrafo 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º (VETADO)

§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexi-dade técnica e riscos financeiros conside-ráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atuali-zada monetariamente.

§ 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao va-lor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respecti-vos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

I – aos projetos cujos produtos estejam con-templados nas metas estabelecidas no Pla-no Plurianual, os quais poderão ser prorro-gados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

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II – à prestação de serviços a serem execu-tados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e su-cessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III – (VETADO)

III – (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IV – ao aluguel de equipamentos e à utiliza-ção de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vi-gência do contrato.

V – às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da admi-nistração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

§ 1º Os prazos de início de etapas de exe-cução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:

I – alteração do projeto ou especificações, pela Administração;

II – superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;

III – interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;

IV – aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permiti-dos por esta Lei;

V – impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela

Administração em documento contemporâ-neo à sua ocorrência;

VI – omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamen-to na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsá-veis.

§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autori-zada pela autoridade competente para cele-brar o contrato.

§ 3º É vedado o contrato com prazo de vi-gência indeterminado.

§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da auto-ridade superior, o prazo de que trata o inci-so II do caput deste artigo poderá ser pror-rogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 58. O regime jurídico dos contratos admi-nistrativos instituído por esta Lei confere à Ad-ministração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I – modificá-los, unilateralmente, para me-lhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contrata-do;

II – rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

III – fiscalizar-lhes a execução;

IV – aplicar sanções motivadas pela inexe-cução total ou parcial do ajuste;

V – nos casos de serviços essenciais, ocu-par provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato adminis-trativo.

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§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia con-cordância do contratado.

§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contra-to deverão ser revistas para que se mante-nha o equilíbrio contratual.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedin-do os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o con-tratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por ou-tros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, pro-movendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

SEÇÃO IIDa Formalização dos Contratos

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autó-grafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, sal-vo o de pequenas compras de pronto paga-mento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limi-te estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adianta-mento.

Art. 61. Todo contrato deve mencionar os no-mes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa

ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratan-tes às normas desta Lei e às cláusulas contratu-ais.

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus adita-mentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será provi-denciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assina-tura, para ocorrer no prazo de vinte dias da-quela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigató-rio nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibili-dades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos há-beis, tais como carta-contrato, nota de empe-nho de despesa, autorização de compra ou or-dem de execução de serviço.

§ 1º A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da lici-tação.

§ 2º Em "carta contrato", "nota de empe-nho de despesa", "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que cou-ber, o disposto no art. 55 desta Lei. (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber:

I – aos contratos de seguro, de financiamen-to, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado;

II – aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.

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§ 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e inde-pendentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência téc-nica.

Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhe-cimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pa-gamento dos emolumentos devidos.

Art. 64. A Administração convocará regularmen-te o interessado para assinar o termo de contra-to, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem pre-juízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei.

§ 1º O prazo de convocação poderá ser pror-rogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu trans-curso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.

§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contra-to ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabele-cidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições pro-postas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformi-dade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.

§ 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes libe-rados dos compromissos assumidos.

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SLIDES – CONCEITO, ESPÉCIES E CARACTERÍSTICAS CONTRATOS

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Direito Administrativo

Contratos Administrativos(Conceito, características e espécies)

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Conceito e Objeto

• Contrato administrativo é o ajuste entre a administração pública, atuando naqualidade de poder público, e particulares, firmado nos termos estipulados pelaprópria administração contratante, em conformidade com o interesse público, esob regência predominante do direito público (Marcelo Alexandrino e VicentePaulo).

• Contratos administrativos são espécies do gênero “contrato”, entretanto, com adiferença de termos em um dos polos o poder público e se sujeitarpredominantemente ao regime jurídico de direito público.

• O objeto dos contratos administrativos consiste em uma relação jurídicaconcernente a qualquer bem, direito ou serviço que seja do interesse daadministração pública, ou necessária ao desempenho de suas atividades – obras,compras, fornecimentos, locações, alienações, serviços, concessões.

• Formação do contrato:

• Considerando que um contrato deve ser bilateral em sua formação, é necessárioque haja livre manifestação de vontade do particular em contratar com aadministração (formação); no entanto, após a assinatura, o contrato se sujeita àssuas cláusulas e às disposições legais a ele vinculadas.

• Além da livre manifestação de vontade, são elementos de qualquer contrato:a) não contrariar disposição legal;b) objeto lícito e possível;c) capacidade das partes;d) forma prescrita ou não defesa em lei.

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• Não confundir:

Contratos Administrativos Contratos de Direito Privado da Administração Pública

• Regidos pelo direito público (predomin) • Regidos pelo direito privado (predomin)

• Administração em um dos polos na qualidade de poder público

• Administração em um dos polos, semrevestir-se de poder público

• Prerrogativas públicas presentes mesmo que não explicitadas no instrumento do contrato (cláusulas exorbitantes)

• Prerrogativas públicas admitidas, no que couber, desde que explicitadas no instrumento do contrato.

• Verticalidade na relação jurídica com o particular

• Igualdade jurídica entre a Administração Pública e o particular

• Ex.: contrato de concessão de serviço público; contrato para construção de uma escola pública.

• Ex.: autarquia alienando um veículo; venda de ações de uma SEM; contratações bancárias.

Legislação pertinente

• De acordo com a CF, as normas gerais, de caráter nacional, a respeito doscontratos, são de competência privativa da União.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais delicitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicasdiretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades deeconomia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

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• Lei 8.666/93 – estabelece as normas gerais a respeito dos contratos, sendo aplicável,inclusive, subsidiariamente, nas demais hipóteses de contratos reguladas em leisespecíficas.

• Lei 8.987/95 – prevê regramento próprio para os contratos de concessão epermissão de serviços públicos.

• Lei 11.079/04 – disciplina especialmente os contratos administrativos de parceriaspíblico-privadas (PPP), que consistem em uma peculiar modalidade de concessão.

• Lei 12.462/11 – institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

• Lei 13.303/16 – Estatuto jurídico das Empresas Públicas e Sociedades de EconomiaMista.

Características dos contratos administrativos

• Cláusulas exorbitantes

• São prerrogativas de direito público que decorrem diretamente de lei, conferidasexclusivamente à Administração Pública. Extrapolam aquilo que seria admitido nodireito comum (contrato privado), por isso são chamadas de exorbitantes.

• As cláusulas exorbitantes podem ser explícitas ou implícitas (não precisam constarexpressamente no instrumento do contrato), sendo a característica que maisdiferencia os contratos administrativos dos ajustes de direito privado.

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• Lei 8.666/93. Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituídopor esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interessepúblico, respeitados os direitos do contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 destaLei;

III - fiscalizar-lhes a execução;IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste (multa,

advertência, suspensão temporária de participação em licitação...);V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis,

pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade deacautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem comona hipótese de rescisão do contrato administrativo.

• Formalismo

• Quase em todos os casos, os contratos administrativos devem ser formais e escritos.

• A regra é que é nulo o contrato verbal com a administração pública, salvo o depequenas compras a pronto pagamento:

• Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartiçõesinteressadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registrosistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que seformalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópiano processo que lhe deu origem.

• Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração,salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas devalor não superior a 5% do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" destaLei, feitas em regime de adiantamento (R$ 4.000,00).

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• Art. 61. Todo contrato deve mencionar:a) os nomes das partes e os de seus representantes;b) a finalidade;c) o ato que autorizou a sua lavratura;d) o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade;e) a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

Além desses requisitos, é indispensável a publicação resumida do instrumento decontrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, a ser providenciada pelaAdministração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, qualquerque seja o seu valor, ainda que sem ônus.

• Contrato de Adesão

• Os contratos administrativos são da categoria de “adesão”, o que significa que umadas partes (Administração) propõe suas cláusulas e a outra (particular) não podepropor alterações, supressões ou acréscimos.

• O particular tem autonomia de vontade ao contratar com a administração, mas essaliberdade se limita a dizer “sim” ou “não”, ou seja, se aceita ou não os termos docontrato.

• Ao participar da licitação, as partes já tomam conhecimento dos termos do contrato,já que a lei determina que “A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ouato convocatório da licitação” (art. 62, § 1º).

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• Presonalidade (intuitu personae)

• Em regra, os contratos administrativos são pessoais, celebrados intuitu personae.

• Isso significa que os contratos devem ser executados pela pessoa (física ou jurídica)que se obrigou perante a administração.

• Como os contratos administrativos são realizados após um processo licitatório (salvodispensa ou inexibilidade), que visam selecionar não apenas a proposta maisvantajosa, mas também que a pessoa contratada ofereça condições de assegurar oque foi contratado, os contratos têm natureza pessoal.

• Portanto, em regra, não é possível a subcontratação do que foi celebrado (sendo,inclusive, motivo para rescisão do contrato pela Administração).

• A regra não é absoluta; há hipóteses de subcontratação parcial, desde que previstono contrato:

• Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidadescontratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento,até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.

• Entretanto, há casos em que não será possível a subcontratação:

• Art. 13, § 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados queapresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatórioou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficaráobrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente osserviços objeto do contrato.

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Direito Administrativo

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AGENTES PÚBLICOS

1. Conceitos introdutórios

Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não, com ou sem remuneração.

Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles sujeitos que exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público enquanto as exercita.

2. Classificação/Espécies dos Agentes Públicos

Os agentes públicos podem ser classificados em:

a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices), Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de Estado...

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b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido am-plo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza pro-fissional e remunerada. Dividem-se em:

• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a regi-me estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.

• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime cele-tista – CLT)

• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender a ne-cessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem emprego pú-blico, exercendo função pública remunerada e temporária).

Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo” abran-ge essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores tem-porários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor Estatutário.

Vejamos o esquema:

c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por:

• Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o serviço militar);

• Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando o Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um incêndio e presta socorro);

• Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é contrata-do para fazer um parecer);

• Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e permissioná-rias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal);

• Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais).

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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Conceitos Introdutórios sobre Agentes Públicos – Profª Tatiana Marcello

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3. Cargo, Emprego e Função Pública

• Cargo Público

Os cargos públicos (que podem ser efetivos ou em comissão) são ocupados por servidores pú-blicos, submetidos ao regime estatutário.

De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis uni-dades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”.

Cargos públicos são próprios dos órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações Pú-blicas.

• Emprego Público

Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam por meio de concurso público para ocupar empregos públicos, de natureza essencialmente contratual.

De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista”.

Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração Indireta, mais especificamente as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e do Banco do Brasil (sociedades de economia mista).

• Função Pública

De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e as exer-cidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”

Não há concurso público para preenchimento de função pública.

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SLIDES – CONCEITOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AGENTES PÚBLICOS

Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios.

Administração Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)• Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)• Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Administração Indireta

Agentes Públicos

• Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa,temporária ou não, com ou sem remuneração.

• Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aquelessujeitos que exercem funções públicas.

• Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público enquanto asexercita.

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Agentes Públicos

Agentes PolíticosServidores Estatais

(Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em

sentido amplo)

Servidores Públicos

(Estatuários)

cargo público

Empregados Públicos

(Celetistas)

emprego público

Servidores Temporários

(Contrato prazo determinado)

função pública

Particulares em colaboração (Agentes

honoríficos)

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autar-quias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribui-ções e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessí-veis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimen-to em caráter efetivo ou em comissão.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratui-tos, salvo os casos previstos em lei.

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o gozo dos direitos políticos;

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justifi-car a exigência de outros requisitos estabe-lecidos em lei.

§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

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§ 3º As universidades e instituições de pes-quisa científica e tecnológica federais po-derão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se--á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Lei nº 8.112/1990

• A Lei nº 8.112/1990 é chamada de Estatuto do Servidor Público Federal e regulao regime jurídico único dos servidores Federais (União, Autarquias e FundaçõesPúblicas Federais), sendo que cada ente federativo (Estados, Municípios, DistritoFederal) terá um Estatuto próprio.

Lei nº 8.112/1990Aplica-se: Não se aplica:

ØUnião (PE, PL e PJ);Ø Estados e Municípios (têm estatutos próprios)

ØAutarquias e Fundações Públicas(âmbito Federal).

Ø Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (CLT)

Disposições Preliminares

• Art. 2º. Servidor - pessoa legalmente investida em cargo público.

• Art. 3º. Cargo público - é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstasna estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

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Cargo Público

Efetivo

Concurso Público

Estabilidade

Comissão

Livre nomeação e exoneração (direção, chefia e

assessoramento)

Sem estabilidade

Os cargos públicos são:

Øacessíveis a todos os brasileiros (CF: natos, naturalizados, inclusive estrangeiros, naforma da lei – ainda não há essa lei, mas o Estatuto já prevê que as universidades einstituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargoscom professores, técnicos e cientistas estrangeiros);Øcriados por lei; (sempre, sem exceção)Øcom denominação própria (ex.: Assistente Técnico Administrativo do M. Fazenda);Øvencimento pago pelos cofres públicos;Øpara provimento em caráter efetivo ou em comissão.

• É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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Requisitos básicos para investidura em cargo público (posse):

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de 18 anos;

VI - aptidão física e mental.

• Obs.: pode haver outros requisitos, desde que haja Lei prevendo e que seja razoável;ex. concurso apenas para mulheres para penitenciária feminina; ou idade mínima de25 anos para delegado. O edital vai apenas reproduzir o que foi definido em lei.

• Reserva de vagas para pessoas portadoras de deficiência

• Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever emconcurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveiscom a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até20% das vagas oferecidas no concurso.

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Servidores Públicos

Cargos Públicos (efetivos ou em comissão)

Regime Estatutário ou Legal (Lei nº 8.112/1990)

Administração Direta, Autarquias e Fundações

Empregados Públicos

Empregos Públicos

Regime Celetista ou Trabalhista (CLT)

Empresas Públicas e Soc. de Economia Mista

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o gozo dos direitos políticos;

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justifi-car a exigência de outros requisitos estabe-lecidos em lei.

§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

§ 3º As universidades e instituições de pes-quisa científica e tecnológica federais po-derão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se--á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo pú-blico:

I – nomeação;

II – promoção;

V – readaptação;

VI – reversão;

VII – aproveitamento;

VIII – reintegração;

IX – recondução.

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

PROVIMENTO

• Provimento é o ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se àAdministração Pública ou a um novo cargo, para prestação de um serviço.

• Importante: A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

• Formas de provimento de cargo público: PANR4

PromoçãoAproveitamentoNomeaçãoReadaptaçãoReversãoReintegraçãoRecondução

Obs.: ascensão (ex.: trocar de técnico para analista) e transferência (ex.: trocar de técnico do TRT para técnico do TRE) não existem mais (revogadas me 1997).

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Seção IIDA NOMEAÇÃO

Art. 9º A nomeação far-se-á:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança va-

gos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, in-terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atual-mente ocupa, hipótese em que deverá op-tar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a or-dem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão es-tabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Públi-ca Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IIIDO CONCURSO PÚBLICO

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas eta-pas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)

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Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma úni-ca vez, por igual período.

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Ofi-cial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquan-to houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expira-do.

Seção IVDA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofí-cio previstos em lei.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de pro-vimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimen-to, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos in-cisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será con-tado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º A posse poderá dar-se mediante procu-ração específica.

§ 4º Só haverá posse nos casos de provi-mento de cargo por nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5º No ato da posse, o servidor apresen-tará declaração de bens e valores que cons-tituem seu patrimônio e declaração quanto

ao exercício ou não de outro cargo, empre-go ou função pública.

§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provi-mento se a posse não ocorrer no prazo pre-visto no § 1o deste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mental-mente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º É de quinze dias o prazo para o servi-dor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Reda-ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua desig-nação para função de confiança, se não en-trar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou de-signado o servidor compete dar-lhe exer-cício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4º O início do exercício de função de con-fiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servi-dor estiver em licença ou afastado por qual-quer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assen-tamento individual do servidor.

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Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assenta-mento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posiciona-mento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removi-do, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o desloca-mento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o pra-zo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento. (Pa-rágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de tra-balho fixada em razão das atribuições pertinen-tes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convo-cado sempre que houver interesse da Admi-nistração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis

especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor no-meado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua ap-tidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os se-guinte fatores: (Vide EMC nº 19)

I – assiduidade;

II – disciplina;

III – capacidade de iniciativa;

IV – produtividade;

V- responsabilidade.

§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o perí-odo do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, re-alizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos in-cisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupa-do, observado o disposto no parágrafo úni-co do art. 29.

§ 3º O servidor em estágio probatório pode-rá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimen-to em comissão do Grupo-Direção e Asses-soramento Superiores – DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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§ 4º Ao servidor em estágio probatório so-mente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, in-cisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta-mento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Fede-ral. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos pre-vistos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VDA ESTABILIDADE

Art. 21. O servidor habilitado em concurso pú-blico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos – vide EMC nº 19)

Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo discipli-nar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

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Nomeação

• Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física epode ser:

• Nomeação em comissão – quando se tratar de cargo de confiança, inclusive nacondição de interino (de livre nomeação e exoneração).

• Nomeação em caráter efetivo – quando se tratar de cargo de provimento efetivo oude carreira (depende de prévia aprovação em concurso público);

Concurso Nomeação Posse Exercício Estágio Probatório Estabilidade

• Concurso Público

• Será de provas ou de provas e títulos.

• A nomeação obedecerá a ordem de classificação e o prazo de validade.

• Validade de até 2 anos, prorrogáveis uma única vez, por igual período.

• Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concursoanterior com prazo de validade não expirado.

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• Posse

• Aprovada em concurso público e nomeada, a pessoa terá direito subjetivo à posse,que dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar asatribuições, direitos, deveres e responsabilidades do cargo.

• A posse deve ocorrer no prazo de 30 dias contados do da publicação do ato deprovimento (nomeação), sob pena desta se tornar sem efeito.

• A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

• A posse depende de prévia inspeção médica oficial, pois só poderá ser empossadoaquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

• Exercício

• É o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função deconfiança.

• O servidor deverá entrar em exercício em 15 dias contados da posse, sob pena deser exonerado do cargo (de ofício) ou tornado sem efeito o ato de sua designaçãopara função de confiança.

• Procuração???

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• Estágio Probatório

• Segundo expresso no Estatuto, ao entrar em exercício, o servidor nomeado paracargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24meses (2 anos), sendo avaliado na RAPID

ResponsabilidadeAssiduidadeProdutividadeIniciativaDisciplina

A inabilitação no estágio dependerá de processo administrativo prévio (não édisciplinar PAD)

• ATENÇÃO, o prazo de 2 anos é inconstitucional, já que após a MP 19/98, o prazo deestágio probatório seria equivalente aos 3 anos da estabilidade da CF. (CF Art. 41. Sãoestáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo deprovimento efetivo em virtude de concurso público).

• Portanto, se a prova perguntar sobre o “texto expresso” da Lei nº 8.112/90, são 24meses, mas se perguntar sobre o período do estágio probatório em sentido geral, são3 anos.

• O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,reconduzido ao cargo anteriormente ocupado (portanto, para sair do cargo anterior,pede-se vacância para tomar posse em cargo inacumulável).

• Observações:• 1. É admitido que a pessoa opte pelo retorno ao cargo de origem.• 2. Em regra, se fizer concurso para novo cargo, haverá novo estágio probatório.• 3. Pode exercer cargo em comissão ou função de confiança.

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• Estabilidade (diferente de efetividade)

• Aprovado no estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade e só perderá ocargo em virtude de a) sentença judicial transitada em julgado ou de b) processoadministrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

• Segundo a CF, o servido poderá perder o cargo, também, mediante procedimento dec) avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, asseguradaampla defesa.

• Também poderá perder o cargo em caso de d) despesa de pessoal acima dos limiteslegais (art. 169, CF). A LC n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece queo limite de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida; dos Estados eMunicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintesprovidências: a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão efunções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assimficar fora dos limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.

Concurso Nomeação Posse Exercício Estágio Probatório Estabilidade

30 dias 15 dias3 anosRAPID

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• Importante:

• Tornar sem efeito é diferente de anular (anulação é quando temilegalidade, ex. foi nomeado sem concurso público).

• Exoneração é diferente de demissão (demissão é penalidade, quandoex. roubou a Administração), tanto que no serviço público ninguémpede para ser demitido e sim exonerado.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Seção VIIDA READAPTAÇÃO

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço públi-co, o readaptando será aposentado.

§ 2º A readaptação será efetivada em car-go de atribuições afins, respeitada a habili-tação exigida, nível de escolaridade e equi-valência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exer-cerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Readaptação

• É a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveiscom a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada eminspeção médica.

• Ou seja, aquele servidor que após sofrer limitação de capacidade física ou mental,deve ser readaptado em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,nível de escolaridade e equivalência de vencimentos.

• Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições comoexcedente, até a ocorrência de vaga (trabalhará ate que surja nova vaga).

• Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Seção VIIIDA REVERSÃO

(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de ser-vidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

I – por invalidez, quando junta médica ofi-cial declarar insubsistentes os motivos da

aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

II – no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrên-cia de vaga. (Incluído pela Medida Provisó-ria nº 2.225-45, de 4.9.2001)

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§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentado-ria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de na-tureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela Medida Pro-visória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 5º O servidor de que trata o inciso II so-mente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 6º O Poder Executivo regulamentará o dis-posto neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

(...)

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Reversão

• É o retorno à atividade do servidor aposentado:

I – De ofício - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes osmotivos da aposentadoria (será de ofício, independentemente de requerimento doservidor, havendo ou não cargo vago – ato vinculado). Encontrando-se provido ocargo, exercerá suas atribuições como excedente;

II – A pedido - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado areversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) seja estável quando naatividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à solicitação;e) haja cargo vago. A Administração pode ou não aceitar o pedido de reversão (atodiscricionário).

• A reversão será feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

• Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 anos de idade.

Reversão

De Ofício(invalidez)

Havendo ou não cargo vago – é ato vinculado

A pedido(interesse da Administração)

- Solicitação do aposentado;- Aposentadoria voluntária;- Estabilidade na atividade;- Menos de 5 anos;- Haja cargo vago;

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LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Seção IXDA REINTEGRAÇÃO

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do ser-vidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, obser-vado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao car-go de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, pos-to em disponibilidade.

(...)

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Reintegração

• É a reinvestidura do servidor estável (se não for estável, não é reintegração) nocargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quandoinvalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, comressarcimento de todas as vantagens.

• Ex.: servidor foi demitido, mas ingressa com ação judicial alegando ilegalidade e oJudiciário determina seu retorno (reintegração), com o recebimento de tudo o quedeixou de ganhar após a demissão.

• Se o cargo encontrar-se provido, o seu eventual ocupante será:

a) reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização; oub) aproveitado em outro cargo; ouc) posto em disponibilidade.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Seção XDA RECONDUÇÃO

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor es-tável ao cargo anteriormente ocupado e decor-rerá de:

I – inabilitação em estágio probatório relati-vo a outro cargo;

II – reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveita-do em outro, observado o disposto no art. 30.

(...)

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Recondução

• É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Ocorrerá em 2hipóteses:

• inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo (ex.: era estável no cargode técnico do Bacen, posteriormente foi aprovado no concurso para analista doBacen, mas não foi aprovado no estágio probatório deste; então será “reconduzido”ao cargo de técnico que ocupava antes).

• Reintegração do anterior ocupante (ex.: “A” ocupava determinado cargo, foidemitido e, por determinação judicial, acabou sendo reintegrado; “B” que estavaocupando seu cargo será “reconduzido” ao cargo que ocupava anteriormente).Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro.

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Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Seção XIDA DISPONIBILIDADE E DO

APROVEITAMENTO

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveita-mento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administra-ção Pública Federal.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponi-bilidade poderá ser mantido sob responsa-bilidade do órgão central do Sistema de Pes-soal Civil da Administração Federal – SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em ou-tro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveita-mento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo do-ença comprovada por junta médica oficial.

(...)

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Aproveitamento

• O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á medianteaproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveiscom o anteriormente ocupado.

• O servidor estável ficará em disponibilidade quando o cargo é declaradodesnecessário ou for extinto, com remuneração proporcional ao tempo deserviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (art. 41, § 3º, CF).

• Ex.: a pessoa ocupava o cargo de datilógrafo, o qual foi extinto; nesse caso, oservidor ficará em disponibilidade até ser “aproveitado” em outro cargo.

Está disponível? Vou aproveitar!

• O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamentode servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidadesda Administração Pública Federal.

• Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se oservidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por juntamédica oficial.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

(...)

Art. 8º São formas de provimento de argo pú-blico:

I – nomeação;

II – promoção;

V – readaptação;

VI – reversão;

VII – aproveitamento;

VIII – reintegração;

IX – recondução.

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Promoção

• É o progresso do servidor, adquirindo maior responsabilidade e complexidade nasatribuições, porém, dentro da mesma carreira.

• Os critérios para a promoção são merecimento e antiguidade.

• Ocorre apenas nos cargos que possuem planos de carreira.

• A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novoposicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover oservidor.

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Direito Administrativo

PROVIMENTO: CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE PROVIMENTO

Classificação das formas de provimento:

a) Provimento Originário – quando não existe um vínculo anterior entre o servidor e a Admi-nistração Publica (obs.: a nomeação é a única e sempre forma de provimento originário)

b) Provimento Derivado – quando há um vínculo anterior entre o servidor e a Administração Pública (todas as demais formas de provimento). O provimento derivado pode ser: – Hori-zontal (Readaptação); Vertical (Promoção) ou por Reingresso (demais formas).

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SLIDES – PROVIMENTO: CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE PROVIMENTO

Classificação das formas de provimento:

• Provimento Originário – quando não existe um vínculo anterior entre o servidor e aAdministração Publica (obs.: a nomeação é a única e sempre forma de provimentooriginário)

• Provimento Derivado – quando há um vínculo anterior entre o servidor e aAdministração Pública (todas as demais formas de provimento). O provimentoderivado pode ser:ØHorizontal (Readaptação);ØVertical (Promoção);ØReingresso (demais formas).

Classificação das formas de provimento

Originário(Nomeação)

Derivado(demais formas)

Horizontal(Readaptação)

Vertical(Promoção)

Por Reingresso(Aproveitamento, Reversão, Reintegração e Recondução)

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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Provimento: Recondução – Profª Tatiana Marcello

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Funk do Provimento

P de PromoçãoA de AproveitamentoN de Nomeação, é por aí que eu to dentro

R de Reversão, retornou o aposentadoFez Readaptação, porque ficou bem limitado

Na Reintegração, foi demitido injustamenteE na Recondução, rodou no estágio, minha gente?!

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IIDA VACÂNCIA

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:

I – exoneração;

II – demissão;

III – promoção;

VI – readaptação;

VII – aposentadoria;

VIII – posse em outro cargo inacumulável;

IX – falecimento.

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I – quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II – quando, tendo tomado posse, o servi-dor não entrar em exercício no prazo esta-belecido.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á: (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I – a juízo da autoridade competente;

II – a pedido do próprio servidor.

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

VACÂNCIA• Vacância é o ato administrativo que desfaz o vínculo da pessoa física com a

Administração Pública ou com o cargo anteriormente ocupado pelo servidor. Avacância do cargo público decorrerá de: PADRE da PF

• Promoção;• Aposentadoria;• Demissão;• Readaptação;• Exoneração;• Posse em outro cargo inacumulável;• Falecimento.

• Obs.: ascensão e transferência também eram formas de vacância, mas foramextintas.

• Exoneração – ato que gera o desligamento do servidor sem caráter de penalidade.

- Exoneração de cargo efetivo: poderá ser a pedido do servidor ou de oficioquando:

a) não satisfeitas as condições do estágio probatório; oub) tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo

estabelecido.

- Exoneração de cargo em comissão e dispensa de função de confiança: poderá sera pedido do servidor ou a juízo da autoridade competente.

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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Vacância – Profª Tatiana Marcello

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• Demissão – ato que gera o desligamento do servidor com caráter de penalidade, ouseja, motivada pela prática de infração administrativa grave, prevista no art. 132.

• Promoção – quando o servidor é promovido, ocorre a vacância do cargo queocupava.

• Readaptação – quando o servidor é readaptado a outro cargo, ocorre a vacância doque ocupava.

• Aposentadoria – é o direito à inatividade remunerada, gerando a vacância do cargo que o servidor ocupava.

• Posse em outro cargo inacumulável – se o servidor toma posse em outro cargo quenão pode acumular com o que ocupa, ocorrerá a vacância deste.

• Falecimento – com a morte do servidor, obviamente, ocorrerá a vacância do seucargo.

• Obs.: A Promoção, Readaptação e Posse em outro cargo inacumulável implicamem Provimento e Vacância pelo servidor. Ex.: na promoção, haverá o provimentodo cargo que o promovido irá ocupar e a vacância do cargo que ocupava. Na posseem outro cargo inacumulável haverá a vacância do cargo anterior e o provimento(nomeação) no novo cargo.

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Questão• (ESAF – ATA – 2012) Abaixo se encontram relacionadas algumas hipóteses de

vacância do cargo público. Analise cada uma das hipóteses e assinale (1) casoela implique simultaneamente o provimento de novo cargo pelo servidor e(2) para aquelas que não se relacionem a provimento de novo cargo. Após aanálise, assinale a opção que contenha a sequência correta.

• 1. Demissão ( )• 2. Exoneração ( )• 3. Promoção ( )• 4. Aposentadoria ( )• 5. Posse em outro cargo inacumulável ( )• 6. Readaptação ( )

a) 2 / 2 / 2 / 1 / 1 / 1 b) 2 / 2 / 1 / 2 / 1 / 1 c) 1 / 2 / 1 / 2 / 1 / 1d) 2 / 1 / 1 / 2 / 1 / 2 e) 2 / 2 / 1 / 2 / 2 / 1

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

CAPÍTULO IIIDA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

Seção IDA REMOÇÃO

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servi-dor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de re-moção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I – de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II – a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III – a pedido, para outra localidade, in-dependentemente do interesse da Admi-nistração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

a) para acompanhar cônjuge ou compa-nheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios, que foi deslocado no interesse da Administração;(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

b) por motivo de saúde do servidor, cônju-ge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assenta-mento funcional, condicionada à comprova-ção por junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) em virtude de processo seletivo promo-vido, na hipótese em que o número de inte-ressados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles es-tejam lotados.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IIDA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de car-go de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia

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apreciação do órgão central do SIPEC, observa-dos os seguintes preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I – interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II – equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III – manutenção da essência das atribui-ções do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV – vinculação entre os graus de responsa-bilidade e complexidade das atividades; (In-cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V – mesmo nível de escolaridade, especia-lidade ou habilitação profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do ór-gão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de traba-lho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º A redistribuição de cargos efetivos va-gos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e enti-dades da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º Nos casos de reorganização ou extin-ção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibili-dade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alte-rado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser

mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu ade-quado aproveitamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

CAPÍTULO IVDA SUBSTITUIÇÃO

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo diri-gente máximo do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Espe-cial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimen-tos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas orga-nizadas em nível de assessoria.

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO• REMOÇÃO

• A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesoquadro, com ou sem mudança de sede.

• Há 3 modalidades de remoção:I - de ofício, no interesse da Administração (independe de pedido do servidor);II - a pedido, a critério da Administração (servidor pede; Administração decide);III - a pedido do servidor, para outra localidade, independentemente do interesse da

Administração: a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidorpúblico civil ou militar, que foi deslocado (removido) de ofício; b) por motivo desaúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas econste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por juntamédica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que onúmero de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normaspreestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

• REDISTRIBUIÇÃO

• Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vagono âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmoPoder (de ofício).

• Se o servidor não for redistribuído junto com o cargo, ficará em disponibilidade oudesempenhará provisoriamente suas atividades em outro órgão ou entidade, até seuadequado aproveitamento.

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SUBSTITUIÇÃO

• Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes decargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, nocaso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ouentidade.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO IDO VENCIMENTO

E DA REMUNERAÇÃO

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixa-do em lei.

Art. 41. Remuneração é o vencimento do car-go efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

§ 1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.

§ 2º O servidor investido em cargo em co-missão de órgão ou entidade diversa da

de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93.

§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acresci-do das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

§ 4º É assegurada a isonomia de vencimen-tos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relati-vas à natureza ou ao local de trabalho.

§ 5º Nenhum servidor receberá remune-ração inferior ao salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, impor-tância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer tí-tulo, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congres-so Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Fe-deral.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de re-muneração as vantagens previstas nos inci-sos II a VII do art. 61.

Art. 44. O servidor perderá:

I – a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II – a parcela de remuneração diária, pro-porcional aos atrasos, ausências justifica-das, ressalvadas as concessões de que tra-ta o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na

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hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento) (Regulamento)

§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 2º O total de consignações facultativas de que trata o § 1o não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

I – a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)

II – a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 2º Quando o pagamento indevido hou-ver ocorrido no mês anterior ao do pro-cessamento da folha, a reposição será fei-ta imediatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão limi-nar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua apo-sentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Re-dação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o pro-vento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de ali-mentos resultante de decisão judicial.

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Vencimento e Remuneração

• Vencimento - é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valorfixado em lei (básico).

• Remuneração - é o vencimento básico + vantagens pecuniárias permanentesestabelecidas em lei (ex.: parcela indenizatória não é permanente, não se integrandoao vencimento).

• Subsídio - é a parcela única recebida pelo servidor, sem o acréscimo de qualqueroutra verba remuneratória. Art. 39, § 4º, CF: Membros de Poder (ex.: Juízes deDireito), detentores de mandato eletivo (ex.: Deputado Federal), Ministros de Estado,Secretários Estaduais e Municipais, e servidores públicos policiais são remuneradosobrigatoriamente por subsídios.

• Proventos - é a “remuneração” do servidor inativo (aposentado ou emdisponibilidade). Quem está na ativa recebe remuneração; quem está inativo recebeproventos.

Vencimento Básico

Remuneração Básico + vantagens permanentes

Subsídio Parcela única CF

Proventos “remuneração” do inativo

ØO vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

ØNenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.

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• O servidor perderá:

I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;

II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas,ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo nahipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a serestabelecida pela chefia imediata. (a chefia pode deixar compensar ou não)

ØAs faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão sercompensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivoexercício (ex.: enchente, greve de ônibus...)

• Salvo por imposição legal (ex.: IR), ou mandado judicial (ex.: pensão alimentícia),nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

• Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha depagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição decustos, na forma definida em regulamento. (ex.: empréstimo consignado)

• O total de consignações facultativas não excederá a 35% da remuneração mensal,sendo 5% reservados exclusivamente para:

I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ouII - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.

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• As reposições e indenizações ao erário serão previamente comunicadas ao servidorativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de 30 dias,podendo ser parceladas, a pedido do interessado. O valor de cada parcela nãopoderá ser inferior ao correspondente a 10% da remuneração, provento ou pensão.

• O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver suaaposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 dias para quitar odébito. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívidaativa.

• O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestroou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisãojudicial.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO IIDAS VANTAGENS

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pa-gas ao servidor as seguintes vantagens:

I – indenizações;

II – gratificações;

III – adicionais.

§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

§ 2º As gratificações e os adicionais incor-poram-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pe-cuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção IDAS INDENIZAÇÕES

Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

I – ajuda de custo;

II – diárias;

III – transporte.

IV – auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 52. Os valores das indenizações estabeleci-das nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabele-cidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

Subseção IDA AJUDA DE CUSTO

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compen-sar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamen-to de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha tam-bém a condição de servidor, vier a ter exercí-cio na mesma sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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§ 1º Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, baga-gem e bens pessoais.

§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.

§ 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 36. (Incluí-do pela Lei nº 12.998, de 2014)

Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a im-portância correspondente a 3 (três) meses.

Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi--lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de do-micílio.

Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabí-vel.

Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trin-ta) dias.

Subseção IIDAS DIÁRIAS

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o ex-terior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordi-nária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º A diária será concedida por dia de afas-tamento, sendo devida pela metade quan-do o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

§ 3º Também não fará jus a diárias o ser-vidor que se deslocar dentro da mesma re-gião metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e compe-tência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixa-das para os afastamentos dentro do territó-rio nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obri-gado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

Subseção IIIDA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 60. Conceder-se-á indenização de trans-porte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dis-puser em regulamento.

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Subseção IVDO AUXÍLIO-MORADIA

(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no res-sarcimento das despesas comprovadamente re-alizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. (Incluí-do pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

I – não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

II – o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

III – o servidor ou seu cônjuge ou compa-nheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou pro-mitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipóte-se de lote edificado sem averbação de cons-trução, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

IV – nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

V – o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VI – o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio

do servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VII – o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, descon-siderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VIII – o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomea-ção para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

IX – o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007)

Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da re-muneração de Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 2º Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-mora-dia continuará sendo pago por um mês. (Incluí-do pela Lei nº 11.355, de 2006)

(...)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Vantagens

• Além dos vencimentos, poderão ser pagos ao servidor as seguintes vantagens:

ØIndenizações (sem caráter permanente)ØGratificações (podem ou não ter caráter permanente)ØAdicionais (podem ou não ter caráter permanente)

• As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquerefeito.

• As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, noscasos e condições indicados em lei.

Indenizações

ØAjuda de custo;ØDiárias;ØTransporte;ØAuxílio moradia

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Ø Ajuda de Custo

• Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse doserviço (remoção de oficio), passa a ter exercício em nova sede, com mudança dedomicílio em caráter permanente. (Vedado o duplo pagamento de indenização nocaso de o cônjuge ou companheiro vier a ter exercício na mesma sede).

• A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuserem regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3 meses.

• Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de suafamília, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

• O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente,não se apresentar na nova sede no prazo de 30 dias (não há prazo par devolver).

Mudanças

ØDiárias

• Destinam-se a compensar as despesas com deslocamentos eventuais ou transitóriosdo servidor para outros pontos do território nacional ou para o exterior (ex.: pousada,alimentação, locomoção...); fará jus a passagens + diárias.

• A diária será concedida por dia de afastamento (valor fixado em lei), sendo devidapela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando aUnião custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias. Nãoterá diária quando for mesma região metropolitana (salvo se tiver que pernoitar).

• Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo,o servidor não fará jus a diárias (ex.: é exigência do cargo viajar 1 vez por mês para aoutra sede).

• O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, ficaobrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 dias. Ou, se o afastamento duroumenos que o previsto, deverá devolver o excesso no prazo de 5 dias.

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Ø Transportes

• Indenização de Transporte destina-se a compensar despesas com a utilização demeio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força dasatribuições próprias do cargo (ex.: policial que utiliza o carro próprio para umainvestigação).

Ø Auxílio-moradia

• Destina-se ao ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas peloservidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado porempresa hoteleira, no prazo de 1 mês após a comprovação da despesa pelo servidor.(servidor que está exercendo um cargo em comissão em outra sede – limite 25%)

• Alguns dos requisitos para o auxílio-moradia:I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;...

• No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição doservidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por 1mês.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO IIDAS VANTAGENS

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I – indenizações;

II – gratificações;

III – adicionais.

§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

§ 2º As gratificações e os adicionais incor-poram-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pe-cuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção IIDAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servi-dores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I – retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II – gratificação natalina;

IV – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V – adicional pela prestação de serviço ex-traordinário;

VI – adicional noturno;

VII – adicional de férias;

VIII – outros, relativos ao local ou à nature-za do trabalho.

IX – gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

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Subseção IDA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA E

ASSESSORAMENTO

(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou asses-soramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. Lei específica estabelece-rá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pes-soal Nominalmente Identificada – VPNI a incor-poração da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Espe-cial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A VPNI de que trata o ca-put deste artigo somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos servi-dores públicos federais. (Incluído pela Me-dida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Subseção IIDA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remunera-ção do mês da exoneração.

Art. 66. A gratificação natalina não será consi-derada para cálculo de qualquer vantagem pe-cuniária.

Subseção IIIDO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Subseção IV

DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE

OU ATIVIDADES PENOSAS

Art. 68. Os servidores que trabalhem com ha-bitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioati-vas ou com risco de vida, fazem jus a um adicio-nal sobre o vencimento do cargo efetivo.

§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deve-rá optar por um deles.

§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram cau-sa a sua concessão.

Art. 69. Haverá permanente controle da ativida-de de servidores em operações ou locais consi-derados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e lo-cais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 70. Na concessão dos adicionais de ativida-des penosas, de insalubridade e de periculosi-

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dade, serão observadas as situações estabeleci-das em legislação específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limi-tes fixados em regulamento.

Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radio-ativas serão mantidos sob controle permanen-te, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na le-gislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se re-fere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

Subseção VDO ADICIONAL POR

SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 73. O serviço extraordinário será remunera-do com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 74. Somente será permitido serviço extra-ordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

Subseção VIDO ADICIONAL NOTURNO

Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cin-qüenta e dois minutos e trinta segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de servi-ço extraordinário, o acréscimo de que tra-ta este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.

Subseção VIIDO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adi-cional correspondente a 1/3 (um terço) da re-muneração do período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou asses-soramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Subseção VIIIDA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO

DE CURSO OU CONCURSO

(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em ca-ráter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)

I – atuar como instrutor em curso de forma-ção, de desenvolvimento ou de treinamen-to regularmente instituído no âmbito da ad-ministração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

II – participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursi-vas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

III – participar da logística de preparação e de realização de concurso público envol-vendo atividades de planejamento, coorde-nação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não esti-verem incluídas entre as suas atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

IV – participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de

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concurso público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo se-rão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

I – o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexi-dade da atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

II – a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que pode-rá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

III – o valor máximo da hora trabalhada cor-responderá aos seguintes percentuais, in-cidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previs-tas nos incisos I e II do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cen-to), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

§ 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as ati-vidades referidas nos incisos do caput des-te artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4º do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cál-culo para quaisquer outras vantagens, inclu-sive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Gratificações

ØRetribuição pelo exercício de função de direção, chefia eassessoramento;

ØGratificação natalina;

ØGratificação por encargo de curso ou concurso.

Ø Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento.

• Vantagem conferida ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função dedireção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou deNatureza Especial. (retribuição de CC ou FC não incorpora à remuneração)

ØGratificação natalina.

• Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus nomês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. Será paga até o dia 20 dedezembro de cada ano. (Na prática, é o 13º salário).

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Ø Gratificação por encargo de curso ou concurso

• Devida ao servidor que, em caráter eventual:I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de

treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise

curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões deprovas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

III - participar da logística de preparação e de realização de concurso públicoenvolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução eavaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suasatribuições permanentes;

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou deconcurso público ou supervisionar essas atividades.

• Essas atividades devem ser desenvolvidas em horário diverso do de trabalho, oucompensadas.

Adicionais

ØAdicional de insalubridade, periculosidade ou penosidade;

ØAdicional de serviços extraordinários (hora-extra);

ØAdicional noturno;

ØAdicional de férias.

• Obs.: não há mais o adicional por tempo de serviço (quinquênio).

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Ø Adicional de insalubridade, periculosidade ou penosidade

• Devido ao servidor que trabalhe com habitualidade em locais insalubres ou emcontato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida.

• Insalubre é o serviço prejudicial à saúde do servidor (ex.: operador de RX);• Perigoso é o que cria risco a sua vida (ex.: trabalha consertando redes elétricas);• Penoso é o trabalho em área de fronteira.

• O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deveráoptar por um deles.

• O direito de receber o adicional cessa com a eliminação das condições que lhederam causa.

Ø Adicional de serviços extraordinários (hora-extra)• Será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho,

sendo permitido apenas para atender a situações excepcionais e temporárias,respeitado o limite máximo de 2 horas por jornada.

Ø Adicional noturno• Prestado em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia

seguinte. Será remunerado com acréscimo de 25% em relação à hora normal detrabalho. É possível acumular adicional noturno + adicional de serviçoextraordinário.

Ø Adicional de férias• Por ocasião das férias, será pago ao servidor um adicional correspondente a 1/3 da

remuneração do período das férias.

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Direito Administrativo

TEMPO DE SERVIÇO

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO (...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO VIIDo Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tem-po de serviço público federal, inclusive o presta-do às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessen-ta e cinco dias.

Art. 102. Além das ausências ao serviço previs-tas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I – férias;

II – exercício de cargo em comissão ou equi-valente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

III – exercício de cargo ou função de gover-no ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presi-dente da República;

IV – participação em programa de treina-mento regularmente instituído ou em pro-grama de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

V – desempenho de mandato eletivo fede-ral, estadual, municipal ou do Distrito Fede-ral, exceto para promoção por merecimen-to;

VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII – missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispu-ser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VIII – licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

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b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumula-tivo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administra-ção em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

f) por convocação para o serviço militar;

IX – deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

X – participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar repre-sentação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específi-ca;

XI – afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de apo-sentadoria e disponibilidade:

I – o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

II – a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remu-neração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

III – a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;

IV – o tempo correspondente ao desempe-nho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

V – o tempo de serviço em atividade priva-da, vinculada à Previdência Social;

VI – o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

VII – o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.

§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitante-mente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autar-quia, fundação pública, sociedade de eco-nomia mista e empresa pública.

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SLIDES - TEMPO DE SERVIÇO

TEMPO DE SERVIÇO

• Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal,inclusive o prestado às Forças Armadas.

• Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidosem anos, considerado o ano como de 365 dias.

• Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados comode efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes

da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do

território nacional, por nomeação do Presidente da República;

IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou emprograma de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento;

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do DistritoFederal, exceto para promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conformedispuser o regulamento;

IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; (de 10 a 30 dias)

X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrarrepresentação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em leiespecífica;

XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe oucom o qual coopere.

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VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,

cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo deprovimento efetivo;

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ouadministração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestarserviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;f) por convocação para o serviço militar;

• Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com

remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses.III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual,

municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que

se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102.

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• § 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para novaaposentadoria.

• § 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas emoperações de guerra.

• § 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestadoconcomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dosPoderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública,sociedade de economia mista e empresa pública.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO IVDAS LICENÇAS

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I – por motivo de doença em pessoa da fa-mília;

II – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

III – para o serviço militar;

IV – para atividade política;

V – prêmio por assiduidade;

V – para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VI – para tratar de interesses particulares;

VII – para desempenho de mandato classis-ta.

§ 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o dis-posto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 3º É vedado o exercício de atividade re-munerada durante o período da licença pre-vista no inciso I deste artigo.

Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (ses-senta) dias do término de outra da mesma es-pécie será considerada como prorrogação.

Seção IIDA LICENÇA POR MOTIVO DE

DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servi-dor por motivo de doença do cônjuge ou com-panheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamen-to funcional, mediante comprovação por pe-rícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispen-sável e não puder ser prestada simultane-

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amente com o exercício do cargo ou me-diante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º A licença de que trata o caput, incluí-das as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguin-tes condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I – por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servi-dor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

II – por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 3º O início do interstício de 12 (doze) me-ses será contado a partir da data do defe-rimento da primeira licença concedida. (In-cluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as res-pectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, obser-vado o disposto no § 3o, não poderá ultra-passar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

Seção IIIDA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servi-dor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legis-lativo.

§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.

§ 2º No deslocamento de servidor cujo côn-juge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Po-deres da União, dos Estados, do Distrito Fe-

deral e dos Municípios, poderá haver exer-cício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IVDA LICENÇA PARA

O SERVIÇO MILITAR

Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condi-ções previstas na legislação específica.

Parágrafo único. Concluído o serviço mili-tar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

Seção VDA LICENÇA PARA

ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, as-sessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguin-te ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Seção VIDA LICENÇA-PRÊMIO POR

ASSIDUIDADE

DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO

(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exer-cício, o servidor poderá, no interesse da Admi-nistração, afastar-se do exercício do cargo efeti-vo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.(Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 90. (VETADO).

Seção VIIDA LICENÇA PARA TRATAR DE

INTERESSES PARTICULARES

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio proba-tório, licenças para o trato de assuntos particu-lares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A licença poderá ser inter-rompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Reda-ção dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Seção VIIIDA LICENÇA PARA O DESEMPENHO

DE MANDATO CLASSISTA

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à li-cença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associa-ção de classe de âmbito nacional, sindicato re-presentativo da categoria ou entidade fiscaliza-

dora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade coope-rativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)

I – para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

II – para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (qua-tro) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

III – para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão compe-tente. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

§ 2º A licença terá duração igual à do man-dato, podendo ser renovada, no caso de re-eleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Licenças

• O art. 81 do Estatuto elenca 7 licenças a serem concedidas ao servidor:

I - por motivo de doença em pessoa da família;*II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;*III - para o serviço militar;*IV - para atividade política;*V - para capacitação;VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.

• Obs.: não existem mais a licença-prêmio.

* Licenças que podem ser gozadas durante estágio probatório.

• Porém, no art. 185, que trata da Seguridade Social do Servidor, assunto menosrecorrente em provas, há mais 3 licenças elencadas:

• a) Licença para tratamento de saúde (do servidor) - Será concedida ao servidorlicença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em períciamédica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

• b) Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade – Gestante terá 120 diasconsecutivos, sem prejuízo da remuneração. Pelo nascimento ou adoção de filhos,o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 dias consecutivos. À servidoraque adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 ano de idade, serãoconcedidos 90 dias de licença remunerada; se a criança tiver mais de 1 ano, oprazo será de 30 dias.

• c) Licença por acidente em serviço - Será licenciado, com remuneração integral, oservidor acidentado em serviço.

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Licenças que integram a seguridade social

üLicença para tratamento de saúde (do servidor);üLicença à gestante, à adotante e licença-paternidade ;üLicença por acidente em serviço.

Licenças que não podem ser tiradas no estágio probatório

ücapacitação;ütratar de interesses particulares;üdesempenho de mandato classista.

Licenças que podem ser tiradas no estágio probatório, mas o suspendem.

üpor motivo de doença em pessoa da família;üpor motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;üpara serviço militar;üpara atividade política.

• Licença por motivo de doença em pessoa da família

• Considera-se pessoa da família o cônjuge ou companheiro, os pais, os filhos, opadrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva assuas expensas doservidor e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação porperícia médica oficial.

• A licença, bem como cada uma de suas prorrogações, serão precedidas de examepor perícia médica oficial.

• A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensávele não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediantecompensação de horário.

• A licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de 12meses nas seguintes condições:

I - por até 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; eII - por até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

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• Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro

• Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge oucompanheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para oexterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo eLegislativo.

• A licença será por prazo indeterminado.• Sem remuneração.• Pode no estágio probatório, mas suspende.

• Licença para prestar serviço militar

• Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma econdições previstas na legislação específica.

• Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias sem remuneração parareassumir o exercício do cargo.

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• Licença para exercício de atividade política (antes da eleição)

• O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediarentre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e avéspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

• A partir do registro da candidatura e até o 10º dia seguinte ao da eleição, oservidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somentepelo período de 3 meses.

/_________________/_______$$$$$$_______/----------------

escolha registro10ª dia seguinte

à eleição

• Licença para capacitação

• Após cada qüinqüênio (5 anos) de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesseda Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectivaremuneração, por até 3 meses, para participar de curso de capacitaçãoprofissional.

• Os períodos não podem ser acumulados (ex.: o servidor tem 10 anos de efetivoexercício e nunca gozou dessa licença, ao gozar terá direito somente aos 3 meses enão a 6 meses).

• Obs.: antes era chamada de licença-prêmio por assiduidade (que não existe mais).

• Com remuneração $$$$• Não pode no estágio probatório.

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• Licença para tratar de interesses particulares

• A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargoefetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato deassuntos particulares pelo prazo de até 3 anos consecutivos, sem remuneração.

• A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou nointeresse do serviço.

• Sem remuneração.• Não pode no estágio probatório.

• Licença para desempenho de mandato classista

• É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para odesempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe deâmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadorada profissão (cargos de direção ou de representação nas referidas entidades) ou,ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativaconstituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros.

• A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso dereeleição.

• Sem remuneração.• Não pode no estágio probatório.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO VDOS AFASTAMENTOS

Seção IDO AFASTAMENTO PARA SERVIR A

OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Pode-res da União, dos Estados, ou do Distrito Fede-ral e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)

I – para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

II – em casos previstos em leis específi-cas.(Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a em-presa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acresci-da de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo ór-gão ou entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

§ 3º A cessão far-se-á mediante Portaria pu-blicada no Diário Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 4º Mediante autorização expressa do Pre-sidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisita-do, as disposições dos §§ 1º e 2º deste ar-tigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

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§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pa-gamento de pessoal, independem das disposi-ções contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º des-te artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de car-go em comissão ou função gratificada. (Incluí-do pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

§ 7º O Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão, com a finalidade de pro-mover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lota-ção ou o exercício de empregado ou servi-dor, independentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º des-te artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)

Seção IIDO AFASTAMENTO PARA

EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO

Art. 94. Ao servidor investido em mandato eleti-vo aplicam-se as seguintes disposições:

I – tratando-se de mandato federal, estadu-al ou distrital, ficará afastado do cargo;

II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado op-tar pela sua remuneração;

III – investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, per-ceberá as vantagens de seu cargo, sem pre-juízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade so-cial como se em exercício estivesse.

§ 2º O servidor investido em mandato ele-tivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade di-versa daquela onde exerce o mandato.

Seção IIIDO AFASTAMENTO PARA

ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autoriza-ção do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Su-premo Tribunal Federal.

§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afasta-mento, ressalvada a hipótese de ressarcimen-to da despesa havida com seu afastamento.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclu-sive no que se refere à remuneração do ser-vidor, serão disciplinadas em regulamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)

Seção IVDO AFASTAMENTO PARA

PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO

SENSU NO PAÍS

(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não

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possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capa-citação e os critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 2º Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado so-mente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afas-tamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 3º Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente se-rão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou enti-dade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamen-to neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Reda-ção dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 4º Os servidores beneficiados pelos afas-tamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um

período igual ao do afastamento concedido.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 5º Caso o servidor venha a solicitar exone-ração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência pre-visto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. (In-cluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no pe-ríodo previsto, aplica-se o disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 7º Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Afastamentos

ØDo afastamento para servir a outro órgão ou entidade;

ØDo afastamento para exercício de mandato eletivo;*

ØDo afastamento para estudo ou missão no exterior;*

ØDo Afastamento para participação em Programa de Pós-Graduação StrictoSensu no País.*

* Afastamentos que podem ser concedidos durante estágio probatório.

• Do afastamento para servir a outro órgão ou entidade

• O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dosPoderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nasseguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II - em casos previstos em leis específicas.

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• Do afastamento para exercício de mandato eletivo

• Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

• Obs.: servidor aposentado pode acumular qualquer cargo eletivo (proventos +subsídio).

Ømandato federal, estadual ou distrital

üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.

Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optarpela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);

ünão havendo compatibilidade de horários, será afastado e poderá optar pela remuneração do cargo oua do mandato (regra do Prefeito).

• Do afastamento para estudo ou missão no exterior

• O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, semautorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativoe Presidente do Supremo Tribunal Federal.

• A ausência não excederá a 4 anos, e finda a missão ou estudo, somente decorridoigual período, será permitida nova ausência.

• As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo,inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas emregulamento.

• O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

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• Do Afastamento para participação em Programa de Pós-Graduação StrictoSensu no País

• O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação nãopossa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediantecompensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectivaremuneração $$$$, para participar em programa de pós-graduação strictosensu em instituição de ensino superior no País.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO VIDAS CONCESSÕES

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servi-dor ausentar-se do serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)

I – por 1 (um) dia, para doação de sangue;

II – pelo período comprovadamente neces-sário para alistamento ou recadastramen-to eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

III – por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, entea-dos, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 98. Será concedido horário especial ao ser-vidor estudante, quando comprovada a incom-patibilidade entre o horário escolar e o da re-partição, sem prejuízo do exercício do cargo.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, res-peitada a duração semanal do trabalho. (Pa-rágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º Também será concedido horário es-pecial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por jun-ta médica oficial, independentemente de compensação de horário. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que tenha cônju-ge, filho ou dependente portador de defici-ência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário na forma do inciso II do art. 44. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4º Será igualmente concedido horário es-pecial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade pre-vista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

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Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegura-da, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independente-mente de vaga.

Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Concessões

• Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço para:

Ødoação de sangue ü1 diaØalistamento ou recadastramento eleitoral üo tempo comprovadamente

necessário, limitado a 2 dias.Øcasamento ü8 dias consecutivosØfalecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos

ü8 dias consecutivos

• Concessões de horários especiais para:

• Servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolare o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, exigido-se a compensação dehorário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal dotrabalho.

• Servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por juntamédica oficial, independentemente de compensação de horário; essa concessãoestende-se ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador dedeficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário.

• Vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 ano, aoservidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-Adesta Lei (I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou detreinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; II -participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análisecurricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões deprovas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos)

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Direito Administrativo

TEMPO DE SERVIÇO

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO (...)

TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO VIIDo Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tem-po de serviço público federal, inclusive o presta-do às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessen-ta e cinco dias.

Art. 102. Além das ausências ao serviço previs-tas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I – férias;

II – exercício de cargo em comissão ou equi-valente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

III – exercício de cargo ou função de gover-no ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presi-dente da República;

IV – participação em programa de treina-mento regularmente instituído ou em pro-grama de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

V – desempenho de mandato eletivo fede-ral, estadual, municipal ou do Distrito Fede-ral, exceto para promoção por merecimen-to;

VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII – missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispu-ser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VIII – licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

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b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumula-tivo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administra-ção em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

f) por convocação para o serviço militar;

IX – deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

X – participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar repre-sentação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específi-ca;

XI – afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de apo-sentadoria e disponibilidade:

I – o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

II – a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remu-neração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

III – a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;

IV – o tempo correspondente ao desempe-nho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

V – o tempo de serviço em atividade priva-da, vinculada à Previdência Social;

VI – o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

VII – o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.

§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitante-mente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autar-quia, fundação pública, sociedade de eco-nomia mista e empresa pública.

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SLIDES – TEMPO DE SERVIÇO

TEMPO DE SERVIÇO

• Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal,inclusive o prestado às Forças Armadas.

• Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidosem anos, considerado o ano como de 365 dias.

• Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados comode efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes

da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do

território nacional, por nomeação do Presidente da República;

IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou emprograma de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento;

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do DistritoFederal, exceto para promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conformedispuser o regulamento;

IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; (de 10 a 30 dias)

X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrarrepresentação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em leiespecífica;

XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe oucom o qual coopere.

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VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,

cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo deprovimento efetivo;

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ouadministração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestarserviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;f) por convocação para o serviço militar;

• Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com

remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses.III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual,

municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que

se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102.

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• § 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para novaaposentadoria.

• § 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas emoperações de guerra.

• § 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestadoconcomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dosPoderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública,sociedade de economia mista e empresa pública.

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Direito Administrativo

DIREITO DE PETIÇÃO

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO (...)

CAPÍTULO VIIIDO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

I – do indeferimento do pedido de reconsideração;

II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.

§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os

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efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

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Direito Administrativo – Direito de Petição – Profª Tatiana Marcello

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SLIDES – DIREITO DE PETIÇÃO

DIREITO DE PETIÇÃO

• Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, emdefesa de direito ou interesse legítimo.

• Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo eencaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado orequerente.

• à autoridade competente para decidi-loDirigido

• pela autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerenteEncaminhado

• Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o atoou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

• O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anterioresdeverão ser despachados no prazo de 5 dias e decididos dentro de 30 dias.

- Requerimento- Pedido de

Reconsideração

Despachados 5 dias

Decididos 30 dias

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• Art. 107. Caberá recurso:I - do indeferimento do pedido de reconsideração;II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

• § 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiverexpedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, àsdemais autoridades.

• § 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiverimediatamente subordinado o requerente.

• à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o atoDirigido

• pela autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerenteEncaminhado

• Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de30 dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

• Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo daautoridade competente.

• Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos dadecisão retroagirão à data do ato impugnado.

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• Art. 110. O direito de requerer prescreve:I - em 5 anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou

disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes dasrelações de trabalho;

II - em 120 dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.• O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da

data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

• Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem aprescrição.

• Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pelaadministração.

• Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo oudocumento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

• Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quandoeivados de ilegalidade.

• Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvomotivo de força maior.

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Requerimento administrativo

Direcionado à autoridade

competente; encaminhadopelo superior

Autoridade tem 5 dias p/ despachar e 30 dias p/

julgar

Da decisão, cabe pedido de Reconsideração(prazo: 30 dias)

A autoridade que julgou

tem 5 dias p/ despachar e 30 dias p/

decidir

Da decisão, cabe recurso

(prazo: 30 dias)

Da decisão do recurso, cabe novo recurso,

conforme a estrutura do

órgão ou entidade

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO IV

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO IDos Deveres

Art. 116. São deveres do servidor:

I – exercer com zelo e dedicação as atribui-ções do cargo;

II – ser leal às instituições a que servir;

III – observar as normas legais e regulamen-tares;

IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V – atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as infor-mações requeridas, ressalvadas as protegi-das por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situ-ações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

VI – levar as irregularidades de que tiver ci-ência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhe-cimento de outra autoridade competente para apuração;(Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)

VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII – guardar sigilo sobre assunto da repar-tição;

IX – manter conduta compatível com a mo-ralidade administrativa;

X – ser assíduo e pontual ao serviço;

XI – tratar com urbanidade as pessoas;

XII – representar contra ilegalidade, omis-são ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

REGIME DISCIPLINAR

• Dos Deveres

• Das Proibições

• Da Acumulação

• Das Responsabilidades

• Das Penalidades

Dos deveres• Art. 116. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;II - ser leal às instituições a que servir;III - observar as normas legais e regulamentares;IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais (dever de

obediência, fundamento na hierarquia);V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas asprotegidas por sigilo;b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento desituações de interesse pessoal;c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

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Direito Administrativo – Deveres – Profª Tatiana Marcello

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VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimentoda autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, aoconhecimento de outra autoridade competente para apuração;

VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;X - ser assíduo e pontual ao serviço;XI - tratar com urbanidade (respeito, cortesia, educação...) as pessoas;XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

• A inobservância desses deveres funcionais do servidor está sujeita à pena deadvertência, sendo que a reincidência pode ensejar a suspensão.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO IV

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO IIDAS PROIBIÇÕES

Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

I – ausentar-se do serviço durante o expe-diente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II – retirar, sem prévia anuência da autori-dade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

III – recusar fé a documentos públicos;

IV – opor resistência injustificada ao anda-mento de documento e processo ou execu-ção de serviço;

V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI – cometer a pessoa estranha à reparti-ção, fora dos casos previstos em lei, o de-sempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII – coagir ou aliciar subordinados no sen-tido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X – participar de gerência ou administra-ção de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, ex-ceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

XI – atuar, como procurador ou intermediá-rio, junto a repartições públicas, salvo quan-do se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

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XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV – proceder de forma desidiosa;

XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em si-tuações de emergência e transitórias;

XVIII – exercer quaisquer atividades que se-jam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XIX – recusar-se a atualizar seus dados ca-dastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se apli-ca nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

I – participação nos conselhos de adminis-tração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indire-tamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluí-do pela Lei nº 11.784, de 2008

II – gozo de licença para o trato de interes-ses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

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Direito Administrativo – Proibições – Profª Tatiana Marcello

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Das Proibições

• Art. 117. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefeimediato;

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ouobjeto da repartição;

III - recusar fé a documentos públicos;

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ouexecução de serviço;

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, odesempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissionalou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,companheiro ou parente até o 2º grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento dadignidade da função pública; (carteirada)

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ounão personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista oucomanditário;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvoquando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até osegundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razãode suas atribuições;

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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas (agiotagem);

XV - proceder de forma desidiosa (preguiçosa, sem vontade, negligente);

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividadesparticulares;

XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto emsituações de emergência e transitórias;

XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargoou função e com o horário de trabalho;

XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

• A vedação quanto a “X - participar de gerência ou administração de sociedadeprivada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto naqualidade de acionista, cotista ou comanditário” não se aplica nos seguintes casos:

I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidadesem que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ouem sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e

II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 destaLei, observada a legislação sobre conflito de interesses.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO IV

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO IIIDA ACUMULAÇÃO

Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunera-da de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, so-ciedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lí-cita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou em-prego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acu-muláveis na atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remune-rado pela participação em órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administra-ção e fiscal das empresas públicas e socie-dades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer em-presas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efeti-vos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os car-gos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exer-cício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Acumulação• Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada

de cargos públicos.

• CF, art. 37, XVI e XVII: É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bemcomo de empregos e funções, abrangendo autarquias, fundações, empresaspúblicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedadescontroladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém é permitida aacumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários,observado em qualquer caso “teto”:

a) a de 2 cargos de professor;b) a de 1 cargo de professor + 1 técnico ou científico (cargo que exige nível superior

ou formação técnica);c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas (médicos, dentistas, psicólogos...).

• A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, doDistrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

• A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação dacompatibilidade de horários.

• Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ouemprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos deque decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Acumulação – Profª Tatiana Marcello

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• O servidor não poderá exercer mais de um CC, exceto no caso previsto no parágrafoúnico do art. 9º, (como interino, devendo optar pela remuneração de 1 deles) nemser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.

• O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente 2 cargosefetivos, quando investido em CC, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvona hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício deum deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissionalou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,companheiro ou parente até o 2º grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento dadignidade da função pública; (carteirada)

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ounão personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista oucomanditário;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvoquando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até osegundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razãode suas atribuições;

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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas (agiotagem);

XV - proceder de forma desidiosa (preguiçosa, sem vontade, negligente);

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividadesparticulares;

XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto emsituações de emergência e transitórias;

XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargoou função e com o horário de trabalho;

XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

• A vedação quanto a “X - participar de gerência ou administração de sociedadeprivada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto naqualidade de acionista, cotista ou comanditário” não se aplica nos seguintes casos:

I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidadesem que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ouem sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e

II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 destaLei, observada a legislação sobre conflito de interesses.

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REGIME DISCIPLINAR

• Dos Deveres

• Das Proibições

• Da Acumulação

• Das Responsabilidades

• Das Penalidades

Dos deveres• Art. 116. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;II - ser leal às instituições a que servir;III - observar as normas legais e regulamentares;IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais (dever de

obediência, fundamento na hierarquia);V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas asprotegidas por sigilo;b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento desituações de interesse pessoal;c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

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VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimentoda autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, aoconhecimento de outra autoridade competente para apuração;

VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;X - ser assíduo e pontual ao serviço;XI - tratar com urbanidade (respeito, cortesia, educação...) as pessoas;XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

• A inobservância desses deveres funcionais do servidor está sujeita à pena deadvertência, sendo que a reincidência pode ensejar a suspensão.

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO IV

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO IVDAS RESPONSABILIDADES

Art. 121. O servidor responde civil, penal e ad-ministrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamen-te causado ao erário somente será liquida-da na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a tercei-ros, responderá o servidor perante a Fazen-da Pública, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende--se aos sucessores e contra eles será execu-tada, até o limite do valor da herança rece-bida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrati-vas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser res-ponsabilizado civil, penal ou administrativa-mente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Responsabilidades• O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de

suas atribuições.

• As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendoindependentes entre si.

Ø Cumulação – poderá ser condenado em todas as esferasEx.: servidor que frauda licitação, gerando dano ao erário:üresponderá civilmente tendo que ressarcir $ o erário;üresponderá administrativamente com a pena de demissão;üresponderá penalmente pelo crime.

Responsabilidade Civil Prejuízo (por culpa ou dolo)Responsabilidade Penal Crime ou ContravençãoResponsabilidade Administrativa Deveres e Proibições

• Independência das esferas (relativa) – há casos em que a decisão na esfera penalpode interferir nas demais: “A responsabilidade administrativa do servidor seráafastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou suaautoria”.

• Se absolvido na ação penal:

a) por negativa de autoria ou inexistência de fato = absolve-se nas demais esferas;

b) por outro motivo = pode ser condenado nas outras esferas (ex.: absolvido naesfera penal por falta de provas do crime, mas pode haver provas de que houvealguma infração administrativa e o servidor ser condenado administrativamente).

Obs.: se a absolvição penal ocorrer após a demissão, mesmo assim refletirá na esferaadministrativa, tendo o servidor o direito de retornar ao cargo (Reintegração).

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Direito Administrativo – Lei 8.112/90 – Responsabilidades – Profª Tatiana Marcello

www.acasadoconcurseiro.com.br 291

• Responsabilidade civil - decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

• A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada naforma prevista no art. 46 (pagamento em 30 dias ou parcelamento), na falta deoutros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

• Tratando-se de dano causado a terceiros (com dolo ou culpa), responderá o servidorperante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

• A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles seráexecutada, até o limite do valor da herança recebida.

• Responsabilidade penal - abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor,nessa qualidade. (CP, Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitospenais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,emprego ou função pública.)

• Responsabilidade civil-administrativa - resulta de ato omissivo ou comissivopraticado no desempenho do cargo ou função (desrespeita deveres e proibições).

• Art. 126.A - Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ouadministrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houversuspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração deinformação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenhaconhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou funçãopública (intuito de incentivar a denúncia de irregularidades).

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

(...)

TÍTULO IV

DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO VDAS PENALIDADES

Art. 127. São penalidades disciplinares:

I – advertência;

II – suspensão;

III – demissão;

IV – cassação de aposentadoria ou disponi-bilidade;

V – destituição de cargo em comissão;

VI – destituição de função comissionada.

Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da in-fração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agra-vantes ou atenuantes e os antecedentes funcio-nais.

Parágrafo único. O ato de imposição da pe-nalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. (Incluí-do pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 129. A advertência será aplicada por escri-to, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservân-cia de dever funcional previsto em lei, regula-mentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertên-cia e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de de-missão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificada-mente, recusar-se a ser submetido a inspe-ção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penali-dade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimen-to ou remuneração, ficando o servidor obri-gado a permanecer em serviço.

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Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efeti-vo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penali-dade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguin-tes casos:

I – crime contra a administração pública;

II – abandono de cargo;

III – inassiduidade habitual;

IV – improbidade administrativa;

V – incontinência pública e conduta escan-dalosa, na repartição;

VI – insubordinação grave em serviço;

VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa pró-pria ou de outrem;

VIII – aplicação irregular de dinheiros públi-cos;

IX – revelação de segredo do qual se apro-priou em razão do cargo;

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

XI – corrupção;

XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acu-mulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua che-fia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará pro-cedimento sumário para a sua apuração e regu-

larização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I – instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamen-te indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II – instrução sumária, que compreende in-diciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III – julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos ór-gãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo ante-rior, bem como promoverá a citação pesso-al do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, asse-gurando-se-lhe vista do processo na repar-tição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º Apresentada a defesa, a comissão ela-borará relatório conclusivo quanto à ino-cência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos au-tos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade jul-gadora proferirá a sua decisão, aplicando--se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa--fé, hipótese em que se converterá auto-maticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de de-missão, destituição ou cassação de aposen-tadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (In-cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a dis-ponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penali-dades de suspensão e de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetua-

da nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, in-cisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comis-são por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 138. Configura abandono de cargo a ausên-cia intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.

Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por ses-senta dias, interpoladamente, durante o perío-do de doze meses.

Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Reda-ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I – a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou su-perior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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II – após a apresentação da defesa a comis-são elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do ser-vidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I – pelo Presidente da República, pelos Pre-sidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador--Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;

II – pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

III – pelo chefe da repartição e outras autori-dades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;

IV – pela autoridade que houver feito a no-meação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:

I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de apo-sentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

§ 3º A abertura de sindicância ou a instau-ração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

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SLIDES – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Penalidades

• Art. 127. São penalidades disciplinares:I - advertência;II - suspensão;III - demissão;IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - destituição de cargo em comissão (exoneração não é penalidade);VI - destituição de função comissionada.

Ø A aplicação de quaisquer das penalidades sempre requer prévio PAD ousindicância.

• Sobre as penalidades:

ØNo processo administrativo basileiro prevalece o princípio da atipicidade de ilícitose infrações (ou tipicidade aberta), ou seja, nem tudo está definido objetivamente -aspectos subjetivos (ex.: conduta escandalosa na repartição).

ØNa aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade dainfração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, ascircunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

ØO ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e acausa da sanção disciplinar.

ØAplica-se o princípio da pluralidade de instâncias (possibilidade de recurso).

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Prazo de prescrição das penalidades

• Prazo que a Administração tem para aplicar a penalidade ao servidor.

• A ação disciplinar prescreverá:I - em 5 anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria

ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;II - em 2 anos, quanto à suspensão;III - em 180 dias, quanto à advertência.

• O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

• Abertura de PAD ou Sindicância interrompe a prescrição.

Prazo para cancelar o registro

• As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidornão houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Advertência 3 anosSuspensão 5 anos

• Demais penas (demissão, cassação ou destituição), não há prazo para cancelamentoporque o servidor deixará de ter pasta funcional.

• O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

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Quadro comparativo:

Penalidades Prescrição Cancelamento Registro

Advertência 180 dias 3 anos

Suspensão 2 anos 5 anos

Demissão, Cassação ou Destituição

5 anos -----------

Advertência

• Aplicada sempre por escrito;• Prazo prescricional 180 dias;• Cancelamento em 3 anos;

• Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibiçãoconstante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcionalprevisto em lei (dentre os quais, os deveres do art. 116), regulamentação ou normainterna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

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• Hipóteses do art. 117. Ao servidor é proibido:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefeimediato;

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ouobjeto da repartição;

III - recusar fé a documentos públicos;IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou

execução de serviço;V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o

desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional

ou sindical, ou a partido político;VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,

companheiro ou parente até o segundo grau civil (evitar o nepotismo);XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Suspensão

• Prazo máximo de 90 dias de suspensão;• Prazo prescricional 2 anos;• Cancelamento em 5 anos;• Sem remuneração.

• Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas comadvertência e de violação das demais proibições do art. 117 que não tipifiqueminfração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias.

• Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá serconvertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração,ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

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• Aplica-se a suspensão nas seguintes hipóteses:

ØReincidência de faltas punidas com advertência (Obs.: não precisa ser a mesmafalta – e se o registro já foi cancelado “3 anos”, não é reincidência e sim novaadvertência);

ØProibições do art. 117 não puníveis com demissão:XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, excetoem situações de emergência e transitórias;XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício docargo ou função e com o horário de trabalho (ex.: é fiscal da Receita e faz consultoriapara uma empresa que fiscaliza);

ØSerá punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente,recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridadecompetente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Demissão

• Há 3 categorias de demissão (aplicável também para destituição do cargo emcomissão):

Ø Impede nova investidura do servidor ao serviço público federal (desvio de $);

Ø Impede pelo prazo de 5 anos nova investidura ao serviço público federal;

Ø Não impede nova investidura do servidor ao serviço público federal.

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• Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:I - crime contra a administração pública (peculato, prevaricação...);II - abandono de cargo (falta injustificada por mais de 30 dias consecutivos);III - inassiduidade habitual (falta injustificada por 60 dias interpoladamente em 12 meses);IV - improbidade administrativa*;V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;VI - insubordinação grave em serviço;VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa

própria ou de outrem;VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos*;IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional*;XI - corrupção*;XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

(* implicam também em indisponibilidade de bens + ressarcimento do $)

(+ Incisos IX a XVI do art. 117):

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento dadignidade da função pública; (famosa carteirada) (*5 anos)

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificadaou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista,cotista ou comanditário;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvoquando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até osegundo grau, e de cônjuge ou companheiro; (Advocacia Administrativa) (*5anos)

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, emrazão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; (agiotagem)XV - proceder de forma desidiosa;XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou

atividades particulares;

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Cassação da Aposentadoria ou Disponibilidade

• Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houverpraticado, na atividade, falta punível com a demissão.

• É a “demissão” do inativo.

Destituição de Cargo em Comissão

• Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargoefetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão ede demissão.

• Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneraçãoefetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo emcomissão (ou seja, se já foi exonerado e é constatada a falta, será convertida emdestituição).

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Direito Administrativo

DISPOSIÇÕES GERAIS

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO VI

Da Seguridade Social do Servidor

CAPÍTULO IDisposições Gerais

Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.

§ 1º O servidor ocupante de cargo em co-missão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde. (Redação dada pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)

§ 2º O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdência so-

cial no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público enquanto durar o afas-tamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período, os benefícios do menciona-do regime de previdência. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)

§ 3º Será assegurada ao servidor licencia-do ou afastado sem remuneração a manu-tenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da res-pectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, inci-dente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)

§ 4º O recolhimento de que trata o § 3º deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunera-ções dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)

Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o ser-vidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:

I – garantir meios de subsistência nos even-tos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e re-clusão;

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II – proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;

III – assistência à saúde.

Parágrafo único. Os benefícios serão con-cedidos nos termos e condições definidos em regulamento, observadas as disposições desta Lei.

Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:

I – quanto ao servidor:

a) aposentadoria;

b) auxílio-natalidade;

c) salário-família;

d) licença para tratamento de saúde;

e) licença à gestante, à adotante e licença--paternidade;

f) licença por acidente em serviço;

g) assistência à saúde;

h) garantia de condições individuais e am-bientais de trabalho satisfatórias;

II – quanto ao dependente:

a) pensão vitalícia e temporária;

b) auxílio-funeral;

c) auxílio-reclusão;

d) assistência à saúde.

§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou en-tidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.

§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé, impli-cará devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Direito Administrativo – Dos Benefícios – Profª Tatiana Marcello

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SLIDES – DISPOSIÇÕES GERAIS

SEGURIDADE DO SERVIDOR• Disposições Gerais• Benefícios:

• Aposentadoria• Auxílio Natalidade• Salário Família• Licença para Tratamento de Saúde do Servidor• Licença à Gestante, Adotante e Paternidade• Licença por Acidente em Serviço• Pensão• Auxílio Funeral• Auxílio Reclusão• Assistência à Saúde

• Disposições Constitucionais (art. 40, CF):

• Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é asseguradoregime de previdência (Regime Próprio de Previdência Social – RPPS) de carátercontributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dosservidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios quepreservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

• Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei delivre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou deemprego público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja,o regime geral aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada regidos pela CLT.

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Disposições Gerais

• A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.

• O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente,ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica efundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, comexceção da assistência à saúde.

• CC ocupante de cargo efetivo Plano de Seguridade Social dos Servidores• CC não ocupante de cargo efetivo Regime Geral de Previdência Social

ØO servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração,inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membroefetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdênciasocial no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de SeguridadeSocial do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhesassistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência.ØSerá assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção

da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público,mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentualdevido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargoa que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito,inclusive, as vantagens pessoais.ØEsse recolhimento deve ser efetuado até o 2º dia útil após a data do pagamento das

remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança eexecução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento.

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Direito Administrativo – Dos Benefícios – Profª Tatiana Marcello

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• O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos oservidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações queatendam às seguintes finalidades:

I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidenteem serviço, inatividade, falecimento e reclusão;

II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;

III - assistência à saúde.

• As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ouentidades aos quais se encontram vinculados os servidores

• O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé, implicarádevolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:

I - quanto ao servidor: II - quanto ao dependente:

a) aposentadoria;b) auxílio-natalidade;c) salário-família;d) licença para tratamento de saúde;e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;f) licença por acidente em serviço;g) assistência à saúde;h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;

a) pensão vitalícia e temporária;b) auxílio-funeral;c) auxílio-reclusão;d) assistência à saúde.

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Direito Administrativo

DOS BENEFÍCIOS

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (PARCIAL)

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

TÍTULO VI

Da Seguridade Social do Servidor

CAPÍTULO IIDOS BENEFÍCIOS

Seção IDA APOSENTADORIA

Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da Constituição)

I – por invalidez permanente, sendo os pro-ventos integrais quando decorrente de aci-dente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, es-pecificada em lei, e proporcionais nos de-mais casos;

II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III – voluntariamente:

a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais;

b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se ho-mem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º Consideram-se doenças graves, conta-giosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia ma-ligna, cegueira posterior ao ingresso no ser-viço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosan-te, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndro-me de Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medici-na especializada.

§ 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c", observará o disposto em lei específica.

§ 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta médica oficial, que ates-tará a invalidez quando caracterizada a in-

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capacidade para o desempenho das atri-buições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 187. A aposentadoria compulsória será au-tomática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no servi-ço ativo.

Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por in-validez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será pre-cedida de licença para tratamento de saú-de, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2º Expirado o período de licença e não es-tando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será apo-sentado.

§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

§ 4º Para os fins do disposto no§ 1o deste artigo, serão consideradas apenas as licen-ças motivadas pela enfermidade ensejado-ra da invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 5º A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser convo-cado a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram o afastamen-to ou a aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 189. O provento da aposentadoria será cal-culado com observância do disposto no§ 3o do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.

Parágrafo único. São estendidos aos inati-vos quaisquer benefícios ou vantagens pos-

teriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias especificadas no§ 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for con-siderado inválido por junta médica oficial passa-rá a perceber provento integral, calculado com base no fundamento legal de concessão da apo-sentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade.

Art. 192. (Vetado).

Art. 193. (Vetado).

Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.

Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetiva-mente participado de operações bélicas, duran-te a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será con-cedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.

Seção IIDO AUXÍLIO-NATALIDADE

Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à ser-vidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.

§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.

§ 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou com-panheiro servidor público, quando a partu-riente não for servidora.

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Seção IIIDO SALÁRIO-FAMÍLIA

Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.

Parágrafo único. Consideram-se dependen-tes econômicos para efeito de percepção do salário-família:

I – o cônjuge ou companheiro e os filhos, in-clusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;

II – o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na com-panhia e às expensas do servidor, ou do ina-tivo;

III – a mãe e o pai sem economia própria.

Art. 198. Não se configura a dependência eco-nômica quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qual-quer outra fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam--se o padrasto, a madrasta e, na falta des-tes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a Previ-dência Social.

Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pa-gamento do salário-família.

Seção IVDA LICENÇA PARA TRATAMENTO

DE SAÚDE

Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofí-cio, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida com base em perícia oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 1º Sempre que necessário, a inspeção mé-dica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entida-de no local onde se encontra ou tenha exer-cício em caráter permanente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito ates-tado passado por médico particular. (Reda-ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º No caso do§ 2º deste artigo, o atestado somente produzirá efeitos depois de recep-cionado pela unidade de recursos humanos do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afasta-mento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 5º A perícia oficial para concessão da li-cença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia ofi-cial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontolo-gia. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 204. A licença para tratamento de saúde in-ferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na for-

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ma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doen-ça, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186,§ 1o.

Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.

Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos periódicos, nos termos e condições de-finidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamento).

Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão: (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

I – prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o servidor; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

II – celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou parceria com os órgãos e entidades da administração direta, suas au-tarquias e fundações; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

III – celebrar convênios com operadoras de plano de assistência à saúde, organizadas na modalidade de autogestão, que possu-am autorização de funcionamento do órgão regulador, na forma do art. 230; ou (Incluí-do pela Lei nº 12.998, de 2014)

IV – prestar os exames médicos periódicos mediante contrato administrativo, observa-do o disposto na Lei no 8.666, de 21 de ju-nho de 1993, e demais normas pertinentes. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

Seção VDA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICENÇA-

PATERNIDADE

Art. 207. Será concedida licença à servidora ges-tante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)

§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo anteci-pação por prescrição médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a li-cença terá início a partir do parto.

§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será sub-metida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.(Vide Decreto nº 6.691, de 2008)

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

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Seção VIDA LICENÇA POR ACIDENTE

EM SERVIÇO

Art. 211. Será licenciado, com remuneração in-tegral, o servidor acidentado em serviço.

Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I – decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do car-go;

II – sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.

Parágrafo único. O tratamento recomenda-do por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quan-do inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.

Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circuns-tâncias o exigirem.

Seção VIIDA PENSÃO

Art. 215. Por morte do servidor, os dependen-tes, nas hipóteses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito, observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art. 37 da Constituição Federal e no art. 2o da Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de 2014)

Art. 217. São beneficiários das pensões:

I – o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

II – o cônjuge divorciado ou separado ju-dicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicial-mente; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

III – o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade fa-miliar; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

IV – o filho de qualquer condição que aten-da a um dos seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (In-cluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

b) seja inválido; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

c) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do regulamento; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

V – a mãe e o pai que comprovem depen-dência econômica do servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

VI – o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do ser-vidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 1º A concessão de pensão aos beneficiá-rios de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos incisos V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 2º A concessão de pensão aos beneficiá-rios de que trata o inciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 3º O enteado e o menor tutelado equipa-ram-se a filho mediante declaração do ser-vidor e desde que comprovada dependên-

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cia econômica, na forma estabelecida em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titu-lares à pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qual-quer tempo, prescrevendo tão-somente as pres-tações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Concedida a pensão, qual-quer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.

Art. 220. Perde o direito à pensão por morte: (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

I – após o trânsito em julgado, o benefici-ário condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

II – o cônjuge, o companheiro ou a compa-nheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previ-denciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contradi-tório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes ca-sos:

I – declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;

II – desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não carac-terizado como em serviço;

III – desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segu-rança.

Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual rea-parecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancela-do.

Art. 222. Acarreta perda da qualidade de bene-ficiário:

I – o seu falecimento;

II – a anulação do casamento, quando a de-cisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;

III – a cessação da invalidez, em se tratan-do de beneficiário inválido, o afastamento da deficiência, em se tratando de benefici-ário com deficiência, ou o levantamento da interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, respeitados os períodos mínimos decorren-tes da aplicação das alíneas “a” e “b” do in-ciso VII; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

IV – o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

V – a acumulação de pensão na forma do art. 225;

VI – a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

VII – em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbi-to ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

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b) o decurso dos seguintes períodos, esta-belecidos de acordo com a idade do pensio-nista na data de óbito do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Inclu-ído pela Lei nº 13.135, de 2015)

6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 1º A critério da administração, o benefici-ário de pensão cuja preservação seja moti-vada por invalidez, por incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a qual-quer momento para avaliação das referidas condições. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso III ou os prazos pre-vistos na alínea “b” do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doen-ça profissional ou do trabalho, independen-temente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em ato do Minis-tro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o acréscimo na compa-ração com as idades anteriores ao referido incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 4º O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) será considerado na contagem das 18 (de-zoito) contribuições mensais referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput. (In-cluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá para os cobeneficiários. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

I – (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

II – (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma propor-ção dos reajustes dos vencimentos dos servido-res, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189.

Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é veda-da a percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensões. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

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Seção VIIIDO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração.

§ 2º (VETADO).

§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de proce-dimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral.

Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.

Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, autar-quia ou fundação pública.

Seção IXDO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores:

I – dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autorida-de competente, enquanto perdurar a pri-são;

II – metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não de-termine a perda de cargo.

§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste ar-tigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.

§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão ces-sará a partir do dia imediato àquele em que

o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos depen-dentes do segurado recolhido à prisão. (In-cluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

CAPÍTULO IIIDA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende assis-tência médica, hospitalar, odontológica, psicoló-gica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Sis-tema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressar-cimento parcial do valor despendido pelo ser-vidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.302 de 2006)

§ 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ou inspe-ção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com unidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade públi-ca, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º Na impossibilidade, devidamente justi-ficada, da aplicação do disposto no parágra-fo anterior, o órgão ou entidade promoverá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta mé-dica especificamente para esses fins, indi-cando os nomes e especialidades dos seus

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integrantes, com a comprovação de suas habilitações e de que não estejam respon-dendo a processo disciplinar junto à entida-de fiscalizadora da profissão. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas entidades au-tárquicas e fundacionais autorizadas a: (In-cluído pela Lei nº 11.302 de 2006)

I – celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de assistência à saú-de para os seus servidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familia-res definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de instru-mentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamen-to do órgão regulador, sendo certo que os convênios celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo na forma da regu-lamentação específica sobre patrocínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006; (In-cluído pela Lei nº 11.302 de 2006)

II – contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde que possuam autoriza-ção de funcionamento do órgão regulador; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)

§ 5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo servidor ou pen-sionista civil com plano ou seguro privado de assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)

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SLIDES – DOS BENEFÍCIOS

SEGURIDADE DO SERVIDOR• Disposições Gerais• Benefícios:

• Aposentadoria• Auxílio Natalidade• Salário Família• Licença para Tratamento de Saúde do Servidor• Licença à Gestante, Adotante e Paternidade• Licença por Acidente em Serviço• Pensão• Auxílio Funeral• Auxílio Reclusão• Assistência à Saúde

Aposentadoria

• Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da Constituição)I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em

serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:a) aos 35 anos de serviço, se homem, e aos 30 se mulher, com proventos integrais;b) aos 30 anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25 se professora,

com proventos integrais;c) aos 30 anos de serviço, se homem, e aos 25 se mulher, com proventos proporcionais a esse

tempo;d) aos 65 anos de idade, se homem, e aos 60 se mulher, com proventos proporcionais ao

tempo de serviço.

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Art. 41, CF:• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão

aposentados:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo decontribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional oudoença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (LeiComplementar 152/2015)

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivoexercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará aaposentadoria, observadas as seguintes condições:a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 decontribuição, se mulher; (se magistério, reduz 5 anos de contribuição e de idade)b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventosproporcionais ao tempo de contribuição.

Aposentadoria

• Por invalidez permanente.

• Compulsoriamente (automática). ü75 anos de idade.ü(proporcional ao tempo de contribuição)

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Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo que se aposentar):

• 60 anos de idade + 35 anos de contribuição (Integral);*• Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).

• 55 anos de idade + 30 anos de contribuição (Integral);*• Ou 60 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).

*Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5 anos para oprofessor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções demagistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

• Aposentadoria por invalidez:

• O servidor será submetido à junta médica oficial, que atestará a invalidez quandocaracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou aimpossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24 (readaptação).

• A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde,por período não excedente a 24 meses.

• Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo oude ser readaptado, o servidor será aposentado.

• O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do atoda aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

• A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ouaposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento, paraavaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria.

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• Demais disposições sobre aposentadoria:

ØO provento da aposentadoria será calculado com observância do disposto no§ 3o do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar aremuneração dos servidores em atividade.

ØSão estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormenteconcedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes detransformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu aaposentadoria.

ØAo servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia 20 do mês dedezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamentorecebido.

Auxílio Natalidade

ØArt. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento defilho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive nocaso de natimorto.

ا 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% por nascituro.

ا 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando aparturiente não for servidora.

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Salário Família

• Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependenteeconômico.

• Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-família:

v cônjuge ou companheiro;

v filhos e enteados até 21 anos de idade (se estudante, até 24 anos); (se inválido, dequalquer idade);

vmenor de 21 anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e àsexpensas do servidor, ou do inativo;

vmãe e o pai sem economia própria.

ØNão se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-famíliaperceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ouprovento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

ØQuando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordocom a distribuição dos dependentes.

ØAo pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, osrepresentantes legais dos incapazes.

ØO salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base paraqualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social.

ØO afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão dopagamento do salário-família (pela sua natureza previdenciária).

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Licença para Tratamento de Saúde

ØSerá concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício,com base em perícia médica oficial (ou por cirurgião dentista), sem prejuízo daremuneração a que fizer jus.

ØSempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidorou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

ØInexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenhaexercício em caráter permanente o servidor, e não se configurando as hipótesesprevistas nos parágrafos do art. 230 (convênios), será aceito atestado passado pormédico particular, que somente produzirá efeitos depois de recepcionado pelaunidade de recursos humanos do órgão ou entidade.

ØA licença que exceder o prazo de 120 dias no período de 12 meses a contar doprimeiro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por junta médicaoficial.

ØA licença para tratamento de saúde inferior a 15 dias, dentro de 1 ano, poderá serdispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.

Ex.: -----------------------------------15---------------------------------120-----------------------------

ØEm regra, o atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ounatureza da doença, a fim de preservar sua intimidade.

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Licença Gestante, Adotante e Paternidade

ØArt. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 dias consecutivos,sem prejuízo da remuneração. (Vide Decreto nº 6.690/2008)

ØA licença poderá ter início no 1º dia do 9º mês de gestação, salvo antecipação porprescrição médica.

ØNo caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

ØNo caso de natimorto, decorridos 30 dias do evento, a servidora será submetida aexame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

ØNo caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 dias derepouso remunerado.

• Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 dias consecutivos. (Decreto nº 8.737/2016)

• Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 meses, a servidoralactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a 1 hora de descanso, quepoderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

• Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 ano deidade, serão concedidos 90 dias de licença remunerada (+ 45)*. No caso de adoçãoou guarda judicial de criança com mais de 1 ano de idade, o prazo será de 30 dias (+15)*. (Vide Decreto nº 6.691/2008)

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Licença Prazos

Gestante Ø120 dias (+ 60 do Decreto)

Paternidade (nascimento ou adoção)

Ø5 dias (+ 15 do Decreto)

Mãe Adotante (ou guarda judicial)

Ø90 dias para criança até 1 ano (+ 45 do Decreto)Ø30 dias para crianças com mais de 1 ano (+ 15 do Decreto)

Licença por Acidente em Serviço

Ø Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado emserviço.

Ø Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido peloservidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargoexercido.

Ø Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício docargo;

II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

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• Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamentoespecializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursospúblicos (deverá ser recomendado por junta médica oficial e somente seráadmissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública).

• Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 dias, prorrogável quando ascircunstâncias o exigirem.

Pensão

ØPor morte do servidor, os dependentes, nas hipóteses legais, fazem jus à pensão apartir da data de óbito (limitando-se ao teto constitucional).

ØOcorrendo a morte do servidor, seus dependentes passam a ter direito à pensão,devendo, em todas as hipóteses, ser observado o teto constitucional.

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Art. 217. São beneficiários das pensões:

I - o cônjuge;

II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção depensão alimentícia estabelecida judicialmente;

III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidadefamiliar;

IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:a) seja menor de 21 anos;b) seja inválido;c) tenha deficiência grave; (obs.: redação entra em vigor em junho de 2017)d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do regulamento;

V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e

VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica doservidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV.

ØA concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os incisos I a IVdo caput (cônjuge, ex-cônjuge e filho) exclui os beneficiários referidos nos incisos Ve VI (pais e irmão).

ØA concessão de pensão aos beneficiários de que trata o inciso V do caput (pais)exclui o beneficiário referido no inciso VI (irmão).

ØO enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração doservidor e desde que comprovada dependência econômica, na forma estabelecidaem regulamento.

• Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor serádistribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

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• Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5 anos.

• Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:

I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela prática de crime de quetenha dolosamente resultado a morte do servidor;

II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo,simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização dessescom o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processojudicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

• Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário (alguns):

üo seu falecimento;

üa anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão aocônjuge;

üa cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, o afastamento dadeficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência, ou o levantamento dainterdição, em se tratando de beneficiário com deficiência intelectual ou mental queo torne absoluta ou relativamente incapaz;

üo implemento da idade de 21 anos, pelo filho ou irmão;

üa acumulação de pensão na forma do art. 225 (acumular mais de 1 ou 2 pensões);

üa renúncia expressa;

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• A critério da administração, o beneficiário de pensão cuja preservação sejamotivada por invalidez, por incapacidade ou por deficiência poderá serconvocado a qualquer momento para avaliação das referidas condições.

• Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e namesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores.

• Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa depensão deixada por mais de um cônjuge ou companheiro ou companheira / e demais de 2 pensões.

Auxílio Funeral

• Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ouaposentado, em valor equivalente a 1 mês da remuneração ou provento.

ØNo caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão docargo de maior remuneração.

ØO auxílio será pago no prazo de 48 horas, por meio de procedimento sumaríssimo, àpessoa da família que houver custeado o funeral.

ØSe o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o dispostono artigo anterior.

ØEm caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusiveno exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos daUnião, autarquia ou fundação pública.

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Auxílio Reclusão

• Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintesvalores:

I - 2/3 da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante oupreventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;

II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, porsentença definitiva, a pena que não determine a perda de cargo.

§ 1o Nos casos previstos no inciso I, o servidor terá direito à integralização daremuneração, desde que absolvido.

§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em queo servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão será devido, nas mesmascondições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão.

Assistência à Saúde• Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família

compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica efarmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadaspara a promoção da saúde e será prestada pelo SUS, diretamente pelo órgão ouentidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ouainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido peloservidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ouseguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento.

• § 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ouinspeção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial, para a suarealização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio comunidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativosdeclaradas de utilidade pública, ou com o INSS (na impossibilidade, o órgão ouentidade promoverá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica darede privada).