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Espanhóis “compram” Baixo Alentejo DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 35 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.12.01 Agricultura. Água de Alqueva seduz investidores da vizinha Espanha Cerca de 10% dos terrenos agrícolas do Baixo Alentejo foram adquiridos por em- presários estrangeiros, sobretudo espanhóis. Associações de agricultores e ministro da Agricultura consideram positivo este movimento de mudança na lavoura alentejana. A Câmara de Almodôvar vai avançar em 2007 com a remo- delação e ampliação da Escola Básica nº 1 da vila. O concurso público da obra já avançou e a autarquia vai gastar cerca de 700 mil euros. P. 04 | BAIXO ALENTEJO Almodôvar vai reabilitar parque escolar José António Falcão: O homem do património na Diocese de Beja pub. pub. No início da passada semana, aquando da visita da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, ao Baixo Alentejo, o Departamen- to do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja inaugurou o Museu Epis- copal, o sétimo na rede de museus de igreja lançada em 2002. Foi o “fim de um ciclo” no trabalho do departamento, criado em 1984 por José António Falcão, que em entrevista ao “Correio Alentejo” e à Rádio Pax explica quais as próximas metas a atingir. P.17 | CONTRA_FACTOS Gestão municipal cheia de dificuldades Câmara de Ourique domina o “monstro” O presidente da Câmara Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, acredita que “muita coisa começou finalmente a mudar em Ourique”. Mas admite que o quadro financei- ro “herdado” das gestões anteriores, lideradas por José Raul Santos, “prejudica muito o planeamento e amea- ça a sustentabilidade das medidas anunciadas para o mandato”. Custos com pessoal baixaram de 5,1 para 3, 8 milhões de euros e autarquia já resolveu 56 pro- cesso judiciais por dívidas. P. 05 | BAIXO ALENTEJO pub. Educação

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Espanhóis“compram”Baixo Alentejo

DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 35 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.12.01

Agricultura. Água de Alqueva seduz investidores da vizinha Espanha

Cerca de 10% dos terrenos agrícolas do Baixo Alentejo foram adquiridos por em-presários estrangeiros, sobretudo espanhóis. Associações de agricultores e ministro da Agricultura consideram positivo este movimento de mudança na lavoura alentejana.

A Câmara de Almodôvar vai avançar em 2007 com a remo-delação e ampliação da Escola Básica nº 1 da vila. O concurso público da obra já avançou e a autarquia vai gastar cerca de 700 mil euros. P. 04 | BAIXO ALENTEJO

Almodôvarvai reabilitar parque escolar

José António Falcão:O homem do património

na Diocese de Beja

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pub.

No início da passada semana, aquando da visita da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, ao Baixo Alentejo, o Departamen-to do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja inaugurou o Museu Epis-copal, o sétimo na rede de museus de igreja

lançada em 2002. Foi o “fi m de um ciclo” no trabalho do departamento, criado em 1984 por José António Falcão, que em entrevista ao “Correio Alentejo” e à Rádio Pax explica quais as próximas metas a atingir. P.17 | CONTRA_FACTOS

Gestão municipal cheia de difi culdades

Câmara de Ouriquedomina o “monstro”

O presidente da Câmara Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, acredita que “muita coisa começou fi nalmente a

mudar em Ourique”. Mas admite que o quadro fi nancei-ro “herdado” das gestões anteriores, lideradas por José Raul Santos, “prejudica muito o planeamento e amea-ça a sustentabilidade das medidas anunciadas para o

mandato”. Custos com pessoal baixaram de 5,1 para 3, 8 milhões de euros e autarquia já resolveu 56 pro-cesso judiciais por dívidas. P. 05 | BAIXO ALENTEJO

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Educação

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.12.01

REFORMA NA GNR E NA PSP Os postos da GNR com menos de 12

efectivos e as esquadras da PSP com menos de 20 deverão ser extintos. Estão nessa situação 22% dos postos da GNR e 18% das esquadras da PSP.

“Estão a preparar o dinheiro [dos fundos comunitários] para Évora, mas a música é para todos e têm de balhar todos”.

Fernando CaeirosPresidente da Câmara de Castro Verde

ACIDENTE COM IDOSOS EM SOBRAL Quatro idosos fi caram feridos no des-

piste de uma carrinha do Lar de Sobral da Adiça, no domingo, 26. O acidente causou ainda ferimentos ligeiros na funcionária que conduzia a viatura.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Ferreira do AlentejoProjecto. Fundação Alentejo - Terra Mãe anuncia grande projecto para 2007

Alentejo mostra-se em parque temático

Projecto da Fundação Alentejo – Terra Mãe vai fi car situado na Herdade da Adua, no conce-lho de Montemor-o-Novo.

Parque temático ocupará cerca de 20 hecta-res, custará 10 milhões de euros e deverá criar 150 postos de trabalho.

A Fundação Alentejo-Terra Mãe pretende criar, no pró-ximo ano, um parque te-

mático para revelar o passado e o presente da região, numa herdade do concelho de Montemor-o-Novo (Évora), num investimento de dez milhões de euros.

A apresentação pública do pro-jecto, denominado “Terra Mãe”, decorreu domingo, na sede da ins-tituição, em Évora. O parque temá-tico, a implantar numa área de 20 hectares na Herdade da Adua, pre-vê a criação de 150 novos postos de trabalho directos.

Dedicado ao Alentejo, o projecto pretende “documentar o passado e o presente da região”, assumindo-se como uma espécie de “montra viva” de várias épocas e actividades características, associadas à identi-dade regional.

Um conjunto de espaços mu-seológicos demonstrativos da pre-sença humana pré-histórica, pré-romana, romana, hebraica e árabe na zona alentejana é uma das va-lências a criar.

Além disso, o projecto do par-que engloba núcleos expositivos dos ciclos vivos da economia e da gastronomia do Alentejo, que vão desde o pão, ao azeite, vinhos e queijo, entre outros.

A reprodução de uma antiga al-deia alentejana, as artes e ofícios e o artesanato e a indústria da região,

numa perspectiva histórica e de modernidade, são também algumas das atracções pre-vistas “nascer” na herdade.

O “Terra Mãe” inclui ain-da a construção de outros equipamentos, como resi-dências sustentadas para a terceira idade, instala-ções de apoio a crianças e jovens, com especial incidência para os mais desfavorecidos, um parque de lazer, lagos e fontes arti-fi ciais.

Na cerimónia de apresen-tação deste investimento, que está calculado em dez milhões

A Câmara de Ferreira do Alen-tejo decidiu aumentar em cerca de 52% o apoio fi nanceiro dado a alunos carenciados durante o actual ano lectivo. A autarquia explica que os auxílios econó-micos “constituem uma medi-da de apoio sócio-educativo”, disponibilizado a alunos que frequentam a educação pré-es-colar e o 1º ciclo do ensino bá-sico, pertencentes a agregados familiares carenciados. Segun-do adianta a autarquia, o ob-jectivo é “promover a igualdade de oportunidades e o sucesso educativo”. Para este ano lecti-vo a Câmara decidiu aumentar o valor dos escalões por aluno, tendo o escalão “A” um valor de 70 euros e o escalão “B” de 35 euros. São contemplados 83 alunos com o escalão “A” e 10 com escalão “B”. No total a au-tarquia disponibilizará apoios na ordem dos seis mil euros, o que representa um aumento na ordem dos 52 %.

Autarquiaapoia alunos carenciados

de euros, a fundação anunciou os passos que têm sido dados no de-senvolvimento de outro projecto, a Biblioteca Digital do Alentejo.

A instituição garante tratar-se da “primeira biblioteca on-line, a nível nacional, a ter cariz regional e acessível a invisuais”, contendo obras dedicadas à região e da auto-ria de alentejanos.

“O projecto está em curso e al-

guns dos títulos estão on-line, a título experimental, no portal da fundação. Mas a biblioteca terá de-pois uma página própria e, numa primeira fase, irá conter 100 mil páginas de mais de 300 títulos e periódicos”, revelou à Lusa o pre-sidente da instituição, Flamínio Roza.

Também no domingo, às 10h00, decorreu a reunião anual ordiná-ria do conselho geral da Fundação Alentejo-Terra Mãe, para apresen-tação, discussão e aprovação do

Plano de Actividades a desen-volver em 2007.

A Fundação, instituí-da pelo advogado José

Flamínio Roza, foi re-conhecida pelo Go-

verno em Fevereiro do ano passado e iniciou a sua acti-vidade regular dois meses depois.

Os seus objec-tivos estatutários

compreendem a preservação, divul-

gação e promoção dos principais traços da identidade cultu-ral da região do Alen-tejo, assim como o

desenvolvimento de acções de solidarie-

dade social.

pub.

Beja

As Opções do Plano e Orça-mento da Câmara Municipal de Beja para 2007, no valor de 29,6 milhões de euros, foram apro-vados com os votos dos eleitos comunistas. O Partido Socialista absteve-se e o PSD votou contra o documento. O PS explicou a abstenção com a necessidade de impedir a autarquia de cair numa situação de “ainda maior difi culdade”. O vereador do PSD, João Paulo Ramôa, opôs-se ao orçamento porque “não foram contempladas as propos-tas” que apresentou. Na mesma reunião a Câmara Municipal de Beja aprovou o Quadro de Pes-soal para o próximo ano, des-ta vez com o voto favorável de todo o executivo.

Câmara aprovaOrçamento de29,6 milhões

10.000.000 de euros é o investimento que custará o Parque Temático que a Fundação Alentejo vai criar no concelho de Montemor-o-Novo.

150. postos de trabalho directo serão criados neste es-paço que pretende fazer em 20 hectares um “retrato” da história e tradições do Alentejo.

NÚMEROS

Flamínio Roza apresentou ofi cialmente o principal projecto da sua Fundação

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2006.12.0103

Agricultura. A pensar na água de Alqueva “nuestros hermanos” apostam nas terras alentejanas

Espanhóis “compram”Baixo Alentejo

Cerca de 10% dos terrenos agrícolas do Baixo Alentejo foram adquiridos por empresários es-trangeiros, sobretudo espanhóis.

Associações de agricultores e ministro da Agricultura consideram positivo este movimento de mudança na nossa lavoura.

Cerca de 10% do território do Baixo Alentejo já está na posse de cida-dãos estrangeiros, na sua grande maioria espanhóis “muito endi-nheirados”. São sobretudo empre-sários do sector agrícola da Andalu-zia, oriundos das zonas de Sevilha, Córdoba e Marbella. Os concelhos de Cuba, Vidigueira, Ferreira do Alentejo e Mértola são os mais procurados e, nos próximos anos, a percentagem deverá aumentar muito signifi cativamente.

A corrida dos agricultores an-daluzes para o Baixo Alentejo está a acentuar-se por duas razões ob-jectivas: a água que Alqueva vai fornecer aos campos e a grande ca-pacidade fi nanceira que possuem para concretizar os investimentos necessários. Este quadro já levou à subida gradual do preço da terra. Um hectare que há poucos anos custaria cerca de 1.200 euros está agora a ser vendido por valores na ordem dos 6.000 euros – um au-mento na ordem dos 500%.

A chegada dos espanhóis expli-ca-se de maneira simples. Por lá as quotas de produção, no âmbito

da Política Agrícola Comum (PAC), estão esgotadas. E o preço da terra, apesar do aumento registado em Portugal, ainda é bastante supe-rior. Nos últimos seis anos o preço de um hectare de olival alentejano aumentou cerca de 35%. Pouco mais de metade do valor praticado em Espanha.

Sejam bem-vindos “hermanos”. A pujança da lavoura andaluza sofre as consequências do bom momen-to da economia espanhola. Para os agricultores portugueses a expli-cação para esta diferença é muito objectiva: o Governo do país vizi-nho apoia as explorações e paga as ajudas a tempo e horas. E a banca encara os agricultores como em-presários. Por cá não é assim.

Manuel Castro e Brito, presi-dente da Federação de Agricultores do Baixo Alentejo, tem uma leitura clara para a diferença que se nota: “A Espanha andou mais depressa. Não houve Reforma Agrária e a sensibilidade para a agricultura é muito diferente da nossa. Eles en-tendem o campo como uma coi-

sa importante. É uma fi losofi a de vida”, afi rma.

O dirigente acha este processo “natural” porque, na vizinha Es-panha, a agricultura “é um negó-cio como outro qualquer”. Talvez por isso, admite que a chegada de “nuestros hermanos” é “algo po-sitivo”. “É um novo impulso para a nossa agricultura, porque os es-panhóis trazem uma experiência e uma mentalidade que é positiva. E estão a criar emprego e a dinami-zar a economia”, declara.

Pelo menos numa única coisa Castro e Brito partilha a opinião com o ministro da Agricultura. Em declarações ao jornal “Expresso” Jaime Silva valoriza a necessidade de haver investimento estrangeiro e não esconde elogios à chegada dos espanhóis ao Alentejo.

“Este investimento é bem-vindo ao Alentejo. É estrangeiro, de facto, mas vem criar emprego numa re-gião particularmente afectada por esse problema, e isso é muito im-portante”, defende.

Os números não enganam e vão de encontro ao pensamento do mi-nistro. Mais de 29% das terras agrí-colas do concelho de Cuba estão nas mãos de estrangeiros, sobretu-do espanhóis. Vidigueira (22,7%), Ferreira do Alentejo (20,6%) e Mér-tola (20%) são os concelhos que se seguem, numa tabela ofi ciosa, con-seguida através de uma estimativa. Beja (7,7%), Alvito (6,9%) e Castro Verde (5,2%) são outros concelhos onde está a avançar a lenta “inva-são” espanhola. Espanhóis estão a comprar um hectare por 6.000 euros

Sines

O historiador Arnaldo Soledade, autor da mais completa obra sobre Sines, dá nome ao Arquivo Histó-rico Municipal da cidade, que foi inaugurado domingo no Centro de Artes local. A “documentação fundamental para compreender a história de Sines” passa a estar disponível para consulta pública e “pela primeira vez”, estão criadas “ as condições materiais e ambien-tais para a preservação de docu-mentos antigos”, realça o muni-cípio. O documento mais antigo do Arquivo, que anteriormente estava instalado em armazéns da cidade, é o foral manuelino do concelho, de 1512. A inauguração coincide com o primeiro aniver-sário do novo Centro de Artes de Sines, um edifício desenhado pe-los arquitectos Aires Mateus.

Arquivo já funciona

Ferreira do Alentejo

Dias 5 e 6 de Dezembro, o audi-tório da Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo acolhe um encontro destinado a técnicos de biblioteca, educadores, professo-res, pais e outros animadores de leitura. O evento “é fruto de uma colaboração”entre a autarquia e o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, através do Pro-grama de Itinerâncias Culturais. O papel do mediador; Ler – diálo-go entre quem escreve, quem lê e quem ouve ler e as diferentes lin-guagens que constituem o livro são alguns dos temas em análise. O objectivo é “redescobrir o livro para crianças e jovens, sensibili-zar para a leitura da imagem e do texto de qualidade e contribuir para a formação de cidadãos crí-ticos e criativos, porque leitores”.

Leiturasem debate

Beja

A PSP de Beja anunciou quinta-feira, 23, a detenção do homem de 30 anos que, há mais de um mês, aproveitando uma deslocação para consulta médica ao hospital de Beja, se tinha evadido do Estabeleci-mento Prisional da cidade. Em declarações à Agência Lusa, o comis-sário Nuno Poiares, do Comando de Beja da PSP, explicou que o reclu-so foi detido ao início da tarde de quinta-feira, quando se entregou voluntariamente na esquadra. “Desde o dia da fuga, a PSP procedia a investigações para o localizar e deter e o cerco policial estava cada vez mais apertado”, disse. A Esquadra de Investigação Criminal já ti-nha localizado o homem, numa área compreendida “entre a cidade de Beja e a zona do Algarve”, limitou-se a revelar o comissário, adiantan-do que, quinta-feira, a PSP foi avisada de que o recluso se iria entregar voluntariamente. “A sua advogada telefonou-nos, para dizer que ele ia comparecer na esquadra, e ao início da tarde o indivíduo entregou-se, pelo que demos cumprimento ao mandado de detenção que tinha sido emitido”, acrescentou. A fuga aconteceu no dia 20 de Outubro, quando o homem, que se encontrava em prisão preventiva no Estabe-lecimento Prisional de Beja, foi consultado no Hospital José Joaquim Fernandes. Na altura, fonte hospitalar adiantou que o indivíduo, que estava “acompanhado por dois guardas prisionais”, foi consultado por um médico nas Consultas Externas e, momentos depois, já algemado, pôs-se em fuga e saltou o gradeamento da unidade.

Foragido da cadeia de Bejaentregou-se voluntariamente

Odemira

Com o Natal cada vez mais per-to, os meninos que frequentam os jardins-de-infância e as es-colas do concelho de Odemira estão a receber desde o passado dia 27 de Novembro, a visita do “Celestino” – um enviado mui-to especial do Pai Natal. Esta iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal de Ode-mira, decorre até 7 de Dezem-bro e tem por objectivo não proporcionar momentos muito divertidos aos munícipes mais pequeninos, transmitir-lhes a alegria e espírito de Natal, bem como do prazer de dar e receber presentes. Nos dias 4, 5, 6 e 7 de Dezembro sobe ao palco do cine-teatro Camacho Costa o grupo “Teatro ao Largo”, com a peça “Histórias do Campo”.

Criançasfestejam Natal

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sexta-feira2006.12.01 04 REGIÃO BAIXO ALENTEJO

Educação. Concurso público já está a decorrer e obra deve avançar nos primeiros meses de 2007

Câmara de Almodôvar amplia escola da vila

Remodelação e ampliação da EB 1 de Almo-dôvar representam um investimento de 700 mil euros, que deverá estar concluído em 2007.

Até 2008, Câmara de Almodôvar conta avan-çar no terreno com remodelação e ampliação das escolas de mais seis freguesias.

A Câmara Municipal de Almodôvar vai avançar nos primeiros meses de 2007 com a remodelação e amplia-ção da Escola Básica número 1 (EB 1) da vila. De momento decorre o concurso público para a adjudica-ção da obra, que está avaliada em cerca de 700 mil euros, sendo que o presidente da autarquia almodo-varense conta ver “movimentações no terreno” entre Fevereiro e Mar-ço do próximo ano.

Em declarações ao “Correio Alentejo”, António Sebastião diz tratar-se de uma obra “prioritária”, explicando que além da remodela-ção e ampliação dos dois edifícios existentes, será também construí-do um novo edifício.

Paralelamente, a Câmara de Al-modôvar prepara-se para lançar o concurso público para a adjudi-cação da obra de remodelação e ampliação do Jardim de Infância e EB 1 de Aldeia dos Fernandes, que deverá estar igualmente concluída até ao fi nal do próximo ano.

As duas intervenções foram alvo de candidatura a fi nanciamento comunitário, sendo que Sebastião não coloca sequer a hipótese de ambas não serem aprovadas. “Os

Os presidentes das Câmaras Municipais de Alcácer do Sal, Cuba, Fer-reira do Alentejo, Grândola, Mértola, Odemira e Ourique apoiam a criação de uma dezena de novas regiões de turismo, alterando o ac-tual mapa. Os autarcas reuniram em Grândola na passada sexta-feira, 24 de Novembro, e em comunicado manifestam a sua “concordância” relativamente à proposta do governo por considerarem que é a “que mais se adequa e defende os interesses do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral”.

Nesse sentido, acrescentam os autarcas socialistas, “a referida pro-posta tem todas as condições para mobilizar sinergias e vontades de todos os sectores da sociedade na zona/matriz da denominada ‘Agên-cia Regional de Turismo Litoral Alentejano e Planície”.

No comunicado, os presidentes dos Municípios de Alcácer do Sal, Cuba, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Odemira e Ourique sublinham ainda “aguardar que as forças vivas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, apoiem expressamente a solução encontrada, com destaque para o denominado BAAL 21”. “[O movimento] Tem aqui uma boa oportunidade para corporizar a defesa das suas posições re-lativamente ao território que diz representar”, concluem.

Grândola

Autarcas socialistas elogiamnovas regiões de turismo

A Câmara Municipal de Alvito, através do Gabinete de Apoio ao Munícipe, promove até ao próximo dia 18 uma campanha de angariação de brinque-dos, géneros alimentícios, livros e material escolar. A iniciativa, intitulada “Natal Social”, tem por objectivo recolher material que permita a realização de cabazes de Natal, que serão depois entregues às famílias carenciadas do concelho. Os interessados em colaborar na campanha poderá deixar o seu contributo no referido Gabinete de Apoio ao Munícipe, na Biblioteca Mu-niciupal de Alvito ou na Junta de Freguesia de Vila Nova da Baronia.

Paralelamente, o Município irá realizar na próxima terça-feira, 5, uma cerimónia de atribuição de certifi cados de mérito a todas as pessoas e ins-tituições do concelho que se tenham distinguido na prática do voluntaria-do. O evento vai decorrer a partir das 21h00 no Centro Cultural de Alvito e assinala o Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Económico e Social.

Alvito

Câmara lança campanha de angariação de brinquedos

projectos estão lançados e vamos avançar. As candidaturas estão feitas e há uma garantia de que vai haver fi nanciamento. Esperemos que as coisas se concretizem des-ta maneira. Não estamos a pensar que isso não possa acontecer”, ob-serva o autarca laranja.

Depois, e até fi nal do ano de 2008, a autarquia almodovaren-se pretende avançar, conforme as possibilidades, com obras seme-lhantes nas escolas do Rosário, Santa Clara-a-Nova, Santa Cruz, Gomes Aires e Graça dos Padrões.

“[Todos] Estes projectos, que foram aprovados pela Direcção Regional de Educação do Alentejo, prevêem o melhoramento das esco-las, nalguns casos prevêem mesmo novas construções, no sentido de serem criadas as valências neces-sárias além das salas de aula, como biblioteca, uma área para a compo-nente social, outra para a informa-tização dos serviços e também para a parte recreativa e desportiva”, es-clarece António Sebastião.

Educação como prioridade. Os projectos de remodelação e am-pliação de sete escolas básicas no concelho de Almodôvar insere-se no âmbito duma “política de me-lhoramento” seguida pelo municí-

António João Colaço é o novo presidente da Assembleia Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), cujo acto eleitoral decorreu esta sema-na. A lista encabeçada por An-tónio João Colaço foi eleita com 99% dos votos recolhidos e irá cumprir mandato até 2010.

De saída da direcção do STIM, por passagem à reforma, estão o até agora coordenador Carlos Formoso e o presidente da As-sembleia Geral Luís Ameixa. Os novos coordenador e tesoureiro do STIM serão escolhidos na pri-meira reunião da nova direcção.

Aljustrel

A Câmara de Mértola lançou re-centemente um concurso públi-co internacional com o objectivo de adquirir serviços para a ope-ração, manutenção e exploração dos 100 novos sistemas de trata-mento de água do concelho, cuja fase de instalação se encontra em fase de conclusão.

Em comunicado, a autarquia mertolense justifi ca a decisão com o facto de pretender com-plementar com este concurso público internacional “o esforço efectuado na melhoria da qua-lidade da água distribuída” no concelho.

Mértola

Câmara lançaconcurso

Eleiçõesno sindicato

pio desde “há alguns anos”.Sublinha António Sebastião que

nos dias de hoje a educação e o en-sino devem ser encarados de modo “necessariamente diferente”, até porque actualmente existe “todo um conjunto de situações” que têm de ser levados em linha de conta, nomeadamente a necessidade de “maior conforto nas escolas”, a “in-formatização” dos serviços da mes-ma ou a sua “componente social”.

Além do mais, continua o au-tarca social-democrata, a iniciativa da Câmara de Almodôvar insere-se igualmente “dentro de uma outra perspectiva, que é a de que a edu-cação é importante”.

“É uma área a que a Câmara de Almodôvar deve dar toda a aten-ção possível. O ensino básico foi e tem sido sempre descurado na política de educação. Se calhar, er-radamente. Mas neste momento, é a nossa preocupação, até pelas res-ponsabilidades que a Câmara Mu-nicipal tem nesta área, pois pensa-mos que este é o ponto de partida fundamental para podermos ter pessoas com formação [no conce-lho]”, declara.

O investimento da autarquia acaba por se concretizar poucos meses depois do encerramento de duas EB 1 no concelho (Portei-rinhos e Santa Cruz). Ainda assim, António Sebastião não teme que idêntica situação se venha a verifi -car nas escolas que irão ser inter-vencionadas pela autarquia.

“Neste momento, estão defi ni-das as coisas em relação ao encer-ramento de escolas. Encerraram duas escolas este ano, provavel-mente vão encerrar mais algumas, mas aquelas onde vamos intervir são as que têm condições e núme-ro de alunos sufi ciente para justifi -car este investimento”, conclui.

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO 05 sexta-feira2006.12.01

O presidente da Câmara Munici-pal de Ourique, Pedro do Carmo, acredita que “muita coisa começou fi nalmente a mudar em Ourique”. Mas admite que o quadro fi nancei-ro “herdado” das gestões anterio-res, lideradas por José Raul Santos, “prejudica muito o planeamento e ameaça a sustentabilidade das medidas anunciadas para o man-dato”.

O quadro não podia ser mais negro e, segundo Pedro do Car-mo, “confi rmaram-se todas as piores expectativas” do executivo socialista: a Câmara de Ourique regista “uma dívida na ordem dos 20 milhões de euros”. Além disso, tinha “todas as obras paradas” e o parque de máquinas e transportes estava “obsoleto e ao abandono”. E foram apurados “mais de 100 proces-

Custos com pessoal baixaram de 5,1 para 3, 8 milhões de euros e autarquia já resolveu 56 proces-so judiciais por dívidas.

Pedro do Carmo diz que o quadro fi nanceiro “prejudica” o planeamento e “ameaça a sustenta-bilidade das medidas anunciadas”.

Política. Pedro do Carmo faz balanço de um ano na liderança da autarquia

Câmara de Ouriquedomina o “monstro”

sos de execução judicial contra a autarquia”.

Num boletim recentemente distribuído pela autarquia, é feita uma descri-ção por-meno-

Orçamento

À semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos três anos, a Câmara Municipal de Almodôvar promoveu nas últimas semanas vários encontros com a popu-lação para “aproximar os muní-cipes do trabalho da autarquia”. Em comunicado, o Município almodovarense revela que pre-tendeu “ouvir as preocupações e anseios das populações locais” e, por outro lado, anuncia que foram apresentadas as propostas de acti-vidades para o próximo ano, bem como um balanço do que foi a sua actividade em 2006. Para fechar este ciclo de encontros com a po-pulação do concelho, o eleitos do PSD reúnem com a população da vila de Almodôvar, no próximo dia 4 de Dezembro, pelas 21h00, no cine-teatro municipal.

Câmaraouve cidadãosde Almodôvar

GNR

A Direcção Nacional da ASPIG anunciou esta semana que está de acordo com a intenção do Go-verno de fechar 108 postos terri-toriais da GNR, embora se mostre “solidária com todos os militares que, de uma forma ou de outra, possam vir a ser afectados com o encerramento” desses postos. Em comunicado, a associação presidida por José Alho revela que “não pode deixar de concordar com a reestruturação anunciada” e diz esperar que “tal alteração do dispositivo territorial, tenha por objectivo benefi ciar a maioria dos efectivos da GNR, em termos de horários de serviço, condições de trabalho, melhor aproveitamento dos recursos humanos e mate-riais, que visem aumentar a ope-racionalidade da Guarda e servir de forma mais efi caz os cidadãos”.

ASPIGapoia medidas do Governo

Mérito

A Câmara Municipal de Alvito irá realizar, no dia 5 de Dezembro, pelas 21 horas, no Centro Cul-tural de Alvito, uma cerimónia de atribuição de certifi cados de mérito a pessoas e instituições do concelho que se têm distinguido pela prática do voluntariado nas várias áreas. Segundo a autar-quia, esta iniciativa, que se rea-liza em Alvito pela primeira vez, “visa homenagear e reconhecer o trabalho desenvolvido em prol da comunidade e dos mais ca-renciados e incentivar as novas gerações para a importância do voluntariado como um dos mo-tores do desenvolvimento econó-mico e social”.

Alvitopremeiaos melhores

Despesascom pessoaldesceram1,3 milhões

Numa revista editada pela autarquia, o executivo liderado por Pedro do Car-mo apresenta aquilo a que chama “os

números do monstro”. Os emprésti-mos bancários juntam a maior fa-tia da dívida, com um volume que

ascende a 13 milhões de euros. Mais de metade do valor global

de endividamento da autar-quia. Mas o quadro não fi ca por aqui. Seis milhões a fornecedo-

res, “com dívidas de três, quatro e cinco anos”, e mais de uma centena de processos judicias por dívidas superiores a 2,7 mi-

lhões, são outros problemas por resolver. Face a este quadro, a au-

tarquia anuncia que já resolveu 56 processos judiciais e fez 21 acordos

de pagamento. Falta ainda resolver 40 processos. Na mesma publicação

a autarquia revela um dado curioso sobre as despesas com pessoal. Entre

Novembro de 2004 e Outubro de 2005 a Câmara gastou cerca de 5,1 milhões

de euros nesse sector. No mesmo período, entre 2005 e 2006, já com a actual gestão, esses custos caíram para 3,8 milhões de euros.

rizada dos custos somados durante a gestão social-democrata. Neste momento, segundo confi rma a au-tarquia, já foram pagas dívidas de 106 mil euros em despesas de re-presentação, e de 46 mil euros em gastos com um colar de pérolas, is-queiros da marca Dupond, centros de mesa, faqueiros e jarras de prata. A Câmara confi rma que ainda tem muito por pagar, destacando-se dí-vidas de 150 mil euros à Caixa Geral de Aposentações, 595 mil à ADSE, 200 mil à Portugal Telecom, 46 mil em espectáculos e cerca de 115 mil em publicidade.

“O executivo encontrou uma situação muito grave de desequilí-

brio nas contas municipais, sem paralelo em todo o espectro

autárquico nacional”, frisa o actual presidente, ao mes-mo tempo que afi rma ter “consciência das difi culda-des e sentido de urgência de quem sabe que o con-celho não pode continuar à espera, adiando constan-

temente as soluções e com-prometendo cada vez mais

o seu futuro colectivo”.Pedro do Carmo assegura

que “o caminho das ilusões e do fi ngimento orçamental, que

disfarçou os resultados e adiou a resolução dos problemas es-

truturais, não podia levar o concelho a lado

nenhum”. Na óptica do autarca so-cialista, “os 12 anos de governação anterior não serviram para resolver nenhum problema do concelho”. Neste contexto, Pedro do Carmo avisa que para trás fi cam “malaba-rismos contabilísticos” e garante que a Câmara de Ourique “optou pela verdade nas contas”

Fim das discussões estéreis. Pas-sado um ano sobre a vitória nas eleições, Pedro do Carmo acredita que o município “tem um rumo” e “uma estratégia de futuro para o seu desenvolvimento”. Contudo, avisa que a desequilíbrio das con-tas “não é apenas um problema económico” – “É sobretudo um problema político, que até põe em causa a credibilidade, o prestígio e a confi ança da autarquia”, conside-ra o autarca.

Apesar deste quadro, Pedro do Carmo não quer eternizar discur-sos com “queixas e lamúrias” sobre a realidade que encontrou na au-tarquia. “Nem um ajuste de contas com o passado”, acrescenta, subli-nhando que o concelho “já perdeu tempo, demasiado tempo, com dis-cussões estéreis que não levaram a lado nenhum”.

Recusando esse estilo, o eleito do PS diz querer concentrar-se na resolução dos problemas: “nada nem ninguém vai fazer-nos desviar do rumo”, afi ança.

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RETRATO 7 DIASRESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA

1845. Uma tentativa de golpe de estado de forças militares de esquerda, pára-quedistas, RA-LIS, etc. é derrotada por forças dirigidas pelo general graduado Ramalho Eanes. O presidente da república, Costa Gomes, decre-tou o Estado de Sítio na Região Militar de Lisboa, que vigorará até 1 de Dezembro.

1095. O Papa Urbano II lança o seu apelo à Cruzada, para a libertação da Terra Santa.

1940. O governo Nazi começou a eri-gir um muro à volta do Gueto de Varsóvia, separando os 400.000 habitantes judeus da população da cidade, não lhes dando alimentação adequada, nem tão pouco condições de saúde e habitação.

1762. Armistício entre os exércitos de Portugal e Espanha, que põe cobro de facto à «Guer-ra Fantástica», ofi cialmente conhecida como «Guerra do Pacto de Família». A paz será assinada em Paris em 10 de Fevereiro de 1763.

1935. Morte do poeta Fernando Pessoa.

1926. O general Óscar Carmona é nomeado Presidente da República portuguesa.

1947. A ONU aprova o plano de divisão da Palestina em dois estados - um judaico e um pa-lestiniano. O que dará origem à formação do estado judaico de Israel no ano seguinte.

1520. Fernão de Magalhães, nave-gador português ao serviçoda coroa espanhola, atinge o Oceano Pacífi co, vindo do Oceano Atlântico, após ter atravessado o estreito que tem o seu nome na ponta Sul da América meridional.

1492. Cristóvão Colombo chegou a Cuba.

1701. Nascimento de Anders Cel-sius (1701-1744), na Suécia. Foi quem inventou a escala de temperatura centígrada (Celsius), usada na Europa.

1807. O Príncipe Regente D. João e a Corte embarcam para o Brasil.

q_29WIRELESS NO PARQUE DE FEIRAS DE BEJA. A ExpoBeja celebrou um protocolo com a Portugal Telecom (PT) para instalar o sistema de Internet sem Fios no Parque de Feiras e Exposições da cidade. Nesse sentido, o sistema wirelessfoi instalado pela PT nos dois pavilhões do recinto.

Já se sentiu aqui [no I Fórum Empresarial Transfrontei-riço de Beja] uma maior abertura à entrada de empresários espanhóis em Portugal, o que é per-feitamente natural e bom que aconteça.

José Luís Ramalho | Presidente do Instituto Politécnico de Beja

“CORREIO AZUL

CARLOS PINTO*

editor do CORREIO ALENTEJO*

Cultura

Há duas semanas, o Baixo Alentejo re-cebeu a visita da ministra da Cultura. Durante três dias, Isabel Pires de Lima calcorreou o distrito, contactou com os

agentes culturais que actuam no terreno, tomou o pulso à realidade de um distrito deprimido. Pelo meio, a ministra teve também oportunidade de “apadrinhar” a inauguração do Museu Episcopal de Beja, o último de uma rede museológica ini-ciada em 2002. Foi o fechar de um ciclo em que todos os louros devem ir para José António Falcão. Desde 1984 que a perseverança deste homem tem possibilitado a recuperação de um espólio cultu-ral de grande riqueza e que estava prestes a desa-parecer. Com trabalho e dedicação, Falcão soube urdir uma teia de pequenos e médios museus que são hoje uma mais-valia para a região e para o país. É que ao contrário do que muitos julgam, cultura nem sempre é desperdício. Pelo contrário. A actividade cultural, desde que bem dinamizada e direccionada, pode mesmo constituir-se como importante força motriz do desenvolvimento re-gional e nacional. Saibamo-la nós aproveitar...

ALENTEJO TERRA MÃE APRE-SENTA PARQUE TEMÁTICO. A Fundação Alentejo-Terra Mãe, presidida por José Fla-mínio Roza, pretende criar, no próximo ano, um parque temático para revelar o pas-sado e o presente da região, numa herdade do concelho de Montemor-o-Novo (Évo-ra), num investimento de dez milhões de euros.

d_26 DOMINGO s_27 SEGUNDA

ASSEMBLEIA DISTRITAL CONTESTADA. Depois do presidente da Câmara de Castro Verde, foi a vez de An-tónio Sebastião defender aos microfones da Rádio Pax a extinção da Assembleia Distri-tal de Beja. Para o presidente da autarquia de Almodôvar, os autarcas deviam reunir-se para decidirem o que fazer com a Assembleia Distrital.

QUIOSQUE DIA-A-DIA

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

Inundações, estradas e vias-férreas cortadas, trânsito caó-tico, escolas encerradas, famílias desa-lojadas, árvo-

res tombadas, desabamento de terras, pontes e muros caídos. Este foi o cenário vivido ontem em Portugal, que esteve sob a infl uência de uma depressão situada sobre o Atlântico.

“PÚBLICO”

Quatroportugue-ses – uma jornalistado “Diário de Notí-cias”, dois repórteresdo “Record”

e uma directora de uma agência de comunicação – faleceram na sexta-feira, na região chilena de Coihai-que, onde passavam férias, na sequência da queda de uma avioneta.

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

O poeta e pintor Mário Cesariny morreu hoje de madrugada em sua casa, em Lisboa, cerca das 5h30, aos 83 anos.

O corpo do escritor, um dos expoentes máximos do surre-alismo em Portugal, deverá seguir para a Igreja de Santo Condestável.

NO MESMO DIA...

s_25 SÁBADO t_28 TERÇA

“PÚBLICO”

A chegada em visita de Bento XVI à Turquia, con-cebida para aproximar Roma da Igre-ja Ortodoxa, transformou-

se num ponto de discórdia. O Papa é visto em Ancara como “antiturco” e carrega todas as desconfi anças criadas nos últimos meses pela resistên-cia europeia à integração da Turquia na UE.

“JORNAL DE NEGÓCIOS”

A Organiza-ção para a Cooperaçãoe Desenvol-vimento Eco-nómico reviu em alta as previsões para o crescimento

do PIB português para 2006 prevendo uma aceleração nos dois anos seguintes. Contudo, a economia portuguesa vai continuar a crescer menos do que a média da Zona Euro.

FRASE DA SEMANA

q_30JANTAR DA ZONA AZUL. AZona Azul promove hoje um jantar de confraternização. A iniciativa destina-se a atletas, sócios e familiares, e vai decorrer, a partir das 20h30 na cantina da Escola Secundária Diogo de Gouveia. Para Vasco Cordeiro, presidente do clube, o convívio entre toda a “famí-lia” da Zona Azul é bastante importante.

QUARTA

“JORNAL DE NOTÍCIAS”

A Igreja Ca-tólica Patrió-tica da China, a única legal na China e que responde ao governo central de Pe-quim em vez

do Vaticano, confi rmou a escolha de um novo bispo auxiliar, sem a aprovação de Roma. Wang Renlei foi o escolhido.

QUINTA

OLHÓ BONECO!... ONOFRE VARELA

ACIDENTE PERTO DE MOU-RA. Quatro idosos fi caram hoje feridos, um deles com gravidade, no despiste de uma carrinha do Lar de Sobral da Adiça. De acordo com fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro de Beja, o acidente ocorreu cerca das 9h00, na povoação de Sobral da Adiça.

UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR NO ALENTEJO. As primeiras duas Unidades de Saúde Familiar do Alentejo entram em funcionamento esta terça-feira em Évora, no Hospital do Patrocínio, para melhorar os cuidados a pres-tar a cerca de 27 mil utentes, como é o caso dos oito mil sem médico de família.

06sexta-feira2006.12.01

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RETRATO 7 DIAS

NÚMEROAI AA FIGURAV

NEGATIVO TEMPO...

CELEBRA-SEVAI A TEMPO...

AINDA VAI A TEMPO...

“CA” SELECCIONA

a empresa//Predial AlentejanaPraça Sacadura Cabral, 227860-177 Moura

Filial:Travessa da Cooperação, 1º A7780 Castro Verdewww.predialalentejana.pt

Criada em 1989 na cidade de Moura, a Sociedade Imobiliária Predial Alentejana dispõe de uma vasta equipa a trabalhar no senti-do de apresentar aos seus clientes as melhores oportunidades de negócio. Uma empresa onde, ga-rantem, a “tradição ainda é o que era”, já que “um bom serviço a clientes não depende do dinheiro. Depende do compromisso”.

blog//Alentejanos da CubaEndereço: http://cuba-alentejo.blogspot.com

Um blogue recente criado por dois alentejanos e que tem por objec-tivo assumido ser um “espaço de vivências, opiniões e imagens sobre a vila de Cuba”. Um meio previli-giado de fi car a par dos anseios e expectativas de quem vive na terra de Cristóvão Colombo.

o sítio//WikipédiaEndereço: www.wikipedia.org

Criada em 2001, a Wikipédia é uma enciclopédia multilíngue que conta com a colaboração voluntária de todos aqueles que a consultam diariamente. Um sítio de consulta imprescindível para todos aqueles que preparam trabalhos científi cos (e não só).

José Flamínio RozaPresidente da Fundação Alentejo - Terra Mãe

A construção de um parque temático onde ao longo de duas dezenas de hectares se recuperem as me-mórias e tradições de todo o Alentejo é o grande projecto da Fundação Alentejo - Terra Mãe para 2007. Um investimento de 10 milhões de euros que todos devemos valorizar e agradecer a José Flamínio Roza.

1.000

“Monstro” em Ourique

Um ano depois de tomar posse, o exe-cutivo liderado pelo socialista Pedro do Carmo continua a ter de fazer muitas contas para fazer face ao “mosntro” fi nanceiro herdado. Um facto lamentável, ainda para mais quando os responsáveis pela situação parecem impunes.

António Sebastião

Encarar o ensino básico, como uma das prioridades do seu executivo, por forma a preparar melhor o futuro do concelho de Almodôvar, é, sem dúvidas, um bom sinal que muitos autarcas da região deviam também seguir. Porque hoje, educação é sinónimo de desenvolvimento.

Foi o número aproximado de pessoas consultadas no âmbito do projecto Solidariedade Médica e Social, que na semana passada percorreu o concelho de Mértola. Os volun-tários do projecto efectuaram, entre outras, 2.296 medições de tensão arterial, glicemia, colesterol e triglicéridos.

FOTO DA SEMANA

Quem passa habitualmente pela estrada que liga Aljustrel à freguesia de Ervidel, a caminho de Beja ou Ferreira do Alentejo, há já muito que se habituou às sinuosas curvas daquele traçado. Contudo, e como se não bastas-sem essas difi culdades, desde há um ano a esta parte que entre duas curvas, numa das bermas da ponte que passa sobre a ribeira do Roxo, foram colocadas barreiras de protecção.Segundo consta, trata-se de uma medida de prevenção por parte das autoridades competentes, dado que a ponte já não oferece totais garantias de segurança numa das suas barreiras. Sem se contestar aqui a justeza da decisão, apenas se questionam as razões que levam a que as barrei-ras entretanto colocadas no local lá continuem, impávidas e serenas, sem que tenha havido qualquer tipo de trabalho de reparação. Será esquecimento? Ou é deslei-xo?

HOJE SEXTA.DEZEMBRO.2006

01Dia de S. ElóiDia da IndependênciaDia Mundial contra a Sida

BEJA Música no Pax Julia

O Pax Julia Teatro Municipal recebe este sábado, 2, a partir das 21h30, o espectáculo “Alentejo...Beja...Trigo Limpo...25 Anos de Cante”, através do qual o grupo de música tradicional portuguesa Trigo Limpo assinala o 25º aniversário da sua carreira. Uma boa oportunidade para escutar (e relembrar) algumas das modas dos Trigo Limpo, numa noite que promete ser de grande convívio e confraternização.

FERREIRA DO ALENTEJO Feira do Livro na EB 2,3 José Gomes Ferreira

A EB 2,3 José Gomes Ferreira, em Ferreira do Alentejo, promove na próxima semana, entre os dias 4 e 6, mais uma edição da sua Feira do Livro. Uma boa oportunidade para alunos e professores “espreitarem” uma grande variedade de títulos, incluindo todas as novidades do momento, a preços muito convidativos nesta altura pré-natalícia.

POSITIVO

335º dia do ano no calendário gregoriano (336º em anos bissextos).

Faltam 30 dias para acabar o ano.

alentejanos da história

José Júlio da CostaO garvonense que matou Sidónio Pais

Noite de 14 de Dezembro de 1918. Lisboa, Estação do Rossio. O Presidente da República Sidónio Pais prepara-se para embarcar num comboio rumo ao Porto, quando de repente saem da penum-bra duas balas assassinas que colocam termo ao sonho do “sidonismo” em Portugal. Ao choque dos disparos responde a guarda presidencial, que de imediato prende o assassino, um jovem re-belde de 25 anos, natural de Garvão. Chamava-se José Júlio da Costa e encontrou no atentado a forma de se vingar de Sidónio Pais, que acusava de ter abandonado à sua sorte o Corpo Expedi-cionário Português que combatia na Flandres durante a primeira Grande Guerra Mundial e de ter faltado à palavra durante a greve dos trabalhadores de Vale de Santiago (Odemira), meses antes.Nascido a 14 de Outubro de 1893, José Júlio da Costa era o segundo dos sete fi lhos de Eduardo Brito Júlio e Maria Gertrudes da Costa Júlio. Aos 16 anos, ofereceu-se como voluntário ao exér-cito português, lutando pela implantação da República. Seguiram-se novas batalhas em Timor, Moçambique e Angola, sempre como voluntário, o que lhe valeu um louvor em 1914. Dois anos depois abandonou o exército com o posto de segundo sargento e regressou às origens.Em 1918, uma greve dos trabalhadores rurais de Vale de Santiago levaram-no à posição de nego-ciador entre autoridades e revoltosos, conseguindo o consenso. Contudo, acabou traído pela pa-lavra das autoridades, que não cumpriram o prometido e deportaram grande parte dos revoltosos para África. Inconformado, José Júlio da Costa planeou o atentado e matou Sidónio Pais. Acabou por falecer em 1946, com 52 anos, no Hospital Miguel Bombarda, depois de 28 anos de prisão sem direito a julgamento.

PROVÉRBIOS TEMPO...

POPULAR“Em Dezembro, treme de frio cada membro."

AGRÍCOLA/TEMPO“Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.“

Barreiras “eternas”na ponte sobrea ribeira do Roxo

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

07 sexta-feira2006.12.01

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EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

RECORTES FRASES FEITAS

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

Seguindo o exemplo de José Miguel Júdice, começo por fazer a minha declaração de interesses. Durante mais de

10 anos fui director da Rádio Cas-trense. Vivo no concelho de Cas-tro Verde e conheço relativamente bem as pessoas que integraram a mesa do debate “Criar Valor no Alentejo”. Não conheço nem tive qualquer contacto com André Ro-meiro, o economista que realiza o programa emitido pela estação de Castro Verde.

Vem isto a propósito do encon-tro realizado no passado sábado à tarde, onde estiveram perto de 70 pessoas. A iniciativa foi organiza-da por um programa de economia editado numa rádio local. Coisa rara e inovadora a merecer o nosso aplauso. Mas não fi ca por aqui. O realizador do programa conseguiu juntar três presidentes de Câmara – um de cada cor política –, mobi-lizou altos responsáveis da CCDR e do IEFP do Alentejo, e contou com a presença de representantes de grandes empresas locais.

Creio, com franqueza e sem fa-vores, que é muito bom sinal haver um programa de rádio, com menos de um mês de existência, que põe a sociedade civil a conhecer e per-ceber os caminhos da economia local. E a ouvir posições políticas fortes e contudentes.

Ora, isso aconteceu em Castro Verde e só pode merecer aplausos. Por muito que alguns cépticos en-carem estas iniciativas como algo desnecessário e sem efeitos práti-cos, a verdade é que precisamos todos, cada vez mais, de novos pontos de encontro. Espaços onde seja possível “abrir” cabeças e horizontes. Lugares para discutir estratégias que ajudem a criar novos caminhos.

Neste contexto, pode haver um papel importante a cumprir pela imprensa local. Rádios e jornais podem ir um pouco mais além das notícias do quotidiano, das tragédias, politiquices e dis-cos pedidos. Numa sociedade acomodada e tragicamente con-formista, que tal ser a comunicação social a assumir-se como catalizador independente de novos debates e refl exões. Espaços cruciais para despertar a sociedade civil alentejana para o muito que está por desbravar.

Numa sociedade aco-modada e tragicamen-te conformista, que tal ser a comunicação social a assumir-se como catalizador in-dependente de novos debates e refl exões.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

opiniãoconsultor*

Oposições e poderes

Às vezes nas nossas vidas há felizes coinci-dências. Ao estar a trabalhar na conclusão do órgão do concelho de Aljustrel, um pe-queno jornal municipal que pretende “agitar

as águas” e levar à refl exão dos munícipes, chega-me às mãos o “Correio Alentejo” e, logo no primeiro fo-lhear de paginas, salta-me à vista o editorial, do direc-tor António José Brito (AJB), sob a pergunta “Há por aí oposições?”, que me levou a uma leitura atenta.

Mas a coincidência é que, nessa mesma altura, ti-nha-me chegado às mãos o artigo de opinião de um independente para o órgão do PS Aljustrel, que se in-titulava “Debates – porque não há?”. O texto constata-va, tal como AJB, que após o fi nal da última campanha eleitoral autárquica se tinha instalado o silêncio entre os cidadãos do concelho. Dando as suas possíveis ex-plicações para esta hibernação e fazendo votos para que, por diversas formas, se voltasse a conversar e de-bater os problemas e desejos das populações.

Obviamente que, no essencial, estou de acordo com AJB, pois não tem sido visível o trabalho das opo-sições locais e o debate frontal de ideias e propostas vai estando por fazer, o que menoriza as nossas de-mocracias.

Contudo, não estou de acordo com as explicações e inevitabilidade que AJB desenvolve no seu editorial.

Primeiro porque, para mim, enquanto interventor socio-político, não pode nem deve haver resignações de que “tudo fi cará sempre na mesma” – acredito e luto pela possibilidade de mudança.

Segundo, porque se em todos os partidos haverá militantes e simpatizantes que esperam pela recom-pensa “de um tacho”, não considero que tal aconteça com a maioria dos milhões de militantes que, nos seus locais e regiões, estão activos por convicções, ideolo-gias e programas – a maldição das chamadas “politi-cas” só serve para liquidar a Democracia Participativa e deixar a seu belo prazer as jogadas dos “lobbies” que nunca são beliscados pela nossa comunicação social. E que vão comandando, muitas vezes, os destinos das várias comunidades territoriais.

Terceiro, por que nesta ausência de opiniões, deba-tes e oposições, há responsabilidades repartidas por vários actores das nossas sociedades. Senão vejamos:• Quais os órgãos de comunicação social regional e

local que, fora dos períodos das campanhas eleito-rais, realizam debates ou “mesas redondas”?

• Quais os jornais e boletins das Câmaras Munici-pais que acolhem opiniões livres, eventualmente críticas das situações vividas, e dão conta da forma como funcionam? E que debates se realizaram nos diversos órgãos autárquicos, que têm maiorias e minorias?

• De que forma a insubstituível comunicação social leva em consideração as realizações promovidas

“Quando o manobris-mo se instala no seio da democracia, percebemos que é urgente repensar o sistema político ( ...). Para que o poder seja servido por uma legião de serventuários, acéfa-los, mesquinhos e medí-ocres cuja política é do tamanho do seu umbigo. E não se enxerga luz ao fundo do túnel.”

Francisco Moitra Floresin “Correio da Manhã” 28.11.2006

“Se o PCP empobreceu o seu grupo parlamentar e minguou o seu pensamen-to crítico, com esta atitude [saída de Luísa Mesquita] dá um contributo de peso para a sua própria extinção par-lamentar e para os círculos uninominais, como preten-dem os partidos hegemóni-cos. ”

Joama Amaral Diasin “DN” 28.11.2006

“Desiludam-se, assim, os eleitores de Cavaco que esperavam uma oposição sistemática ao Governo de José Sócrates – ela não acontecerá. Desiludam-se os apoiantes de Sócrates que alimentam a expecta-tiva de um apoio incon-dicional do Presidente até ao fi m – isso também difi cilmente acontecerá”

José António Saraivain “Sol” 26.11.2006

EDITORIAL

Um bom sinal

sexta-feira2006.12.01 08

por organizações da Sociedade Civil Organizada e de interesse geral? Será que não as abafam no meio das acções ou inacções dos vários poderes consti-tuídos?Depois de assinalar o fatalismo de AJB e a ligeire-

za, e algum populismo, com que se tratou um assun-to de maior importância para todos nós, é hora de ir às responsabilidades dos partidos que intervêm nos diversos locais que fazem o nosso Baixo Alentejo. Nesta matéria em que não há duas situações iguais, passam-se dois tipos de situações: uma em que, em-bora as oposições estejam activamente participantes nos órgãos autárquicos, não conseguem comunicar de forma efi caz as suas mensagens para a maioria das populações; outra, mais grave, em que os partidos minoritários consideram que o melhor é não intervir e participar enquanto eleitos pelo povo, pois só esta-riam a dar força aos poderes eleitos, sendo que o me-lhor é estar à espera de hipotéticos escândalos, para fazer uns comunicados, a maior parte das vezes, de baixa politica e intriguice.

Para terminar e não me fi car por “belas palavras”, devo esclarecer que os eleitos do PS nos diversos ór-gãos das autarquias do concelho de Aljustrel têm sido regularmente activos, numa postura de oposição construtiva e alternativa. Contudo, até há dias, essas iniciativas, propostas e presenças não saltavam “cá para fora”, por falta de comunicação com os eleitores do concelho. Mas, hoje, com a saída do pequeno jor-nal “Aljustrel – agora e sempre”, que demorou a sair por difi culdades fi nanceiras e organizativas, pensamos estar a dar uma resposta cabal às justas perplexidades e constatações do director do “Correio Alentejo”, mas alertando para as suas responsabilidades e de colegas de profi ssão no marasmo da falta de debate de ideias, programas e intervenções quanto às necessidades que devem servir.

Por aqui me fi cando, deixo saudações activas ao António José Brito e a todos os leitores.

JOSÉ CARLOS ALBINO*

Em todos os partidos haverá militantes e simpatizantes que esperam pela recompensa “de um tacho”, não considero que tal aconteça com a maioria dos mi-lhões de militantes que, nos seus locais e regiões, estão activos por convicções, ideologias e programas

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ANÁLISES & OPINIÃO

Elogiar desmesuradamente os ta-lentos de quem temos por um grande canalha é tão aviltante como atacar ferozmente as ina-

bilidades de quem temos por um grande amigo.

Anónimo do séc. XVIII

Quando eu era muito novo morri quando o meu pai morreu ainda mui-to novo. Não me lembro muito bem. Nessa altura já o meu cão era velho e parece-me que morreu também. E não se importou muito com isso. Já tinha acontecido o mesmo com o meu avô. O meu cão chegou mais tarde ao cemi-tério, poisou o focinho entre as grades do portão e fi cou imóvel e calmo a ver o enterro, longe dos gritos, dos desmaios, das fl ores, do discurso do padre que ninguém pediu e dos outros cães.

Por minha causa, a minha mãe e a minha avó não morreram logo. E o meu cão também não, eu cheirava como o meu pai. E puxava-lhe as orelhas com força, como o meu pai. Mas a minha avó mal via, mal cheirava, mal sentia, por isso já não precisava de mim para viver, nem eu precisava dela. Foi es-perar a morte para longe de mim e da minha mãe. A minha mãe ainda não podia esperar e não tinha força para se despedir de mim. O meu cão estava sempre a olhar para ela, não lhe largava a consciência por um instante. O meu cão obrigou a minha mãe a jurar em voz alta. Levantava-a da cama todas as ma-nhãs para ela não se esquecer de mim, para lhe lembrar o juramento.

A minha mãe e o cão cumpriram. Já podiam esperar a morte em sossego. Mas eu já tinha morrido muito novo quando o meu pai ainda muito novo morreu por ter jurado em voz alta ao pé de mim, da minha mãe e do meu cão. Não me lembro do meu pai, mas lembro-me disso. O meu cão vigiava-o e perseguia-o para todo o lado. O meu pai morreu a cumprir o juramento, que é como quem diz, a trabalhar como um cão. Por isso o meu cão não se importou muito com isso. Já tinha acontecido o mesmo com o meu avô.

O meu cão acompanhou-me os dias nas noites daquela casa de tantos jura-mentos. Havia um quarto escuro. Havia lá fora uma árvore que dava sombra ao calor, mas havia um sol que enchia o

ANTÓNIO REVEZ*

investigador*

A corda

Quando vieram os homens, encontraram-me a corda abraçada ao meu pescoço. Parecia uma veia gorda a rebentar a pele e a chupar a árvore que abraçava os por-cos da cor da árvore. O cão também estava junto. O meu cão não abriu os olhos. E eu cheirava da mesma maneira.

sul suave

Às vezes sem estima

09 sexta-feira2006.12.01

JORGE SERAFIM*

*contador de histórias

crónica da cidade

Às vezes vale a pena recordar que existe nesta terra gente que se mexe. Que existem nesta cidade pessoas e estruturas, que ao contrário do que o senso comum diz e pratica, con-tinuam a realizar e a produzir eventos na área da cultura. E que já possuem em si, um historial, património acumulado, que merece a devida atenção e valorização por parte das instituições locais e respectivos cidadãos. Para todos aque-les que insistem em afi rmar, “Aqui não se passa nada”, vale a pena recuperar algumas das actividades que por estes lados se vão exercendo no quotidiano da cidade. Obviamente que há muito caminho por trilhar, mas de nada a alguma coisaainda é uma distância signifi cativa. Vejamos então:

a) BITIJ, Bienal Internacional de Teatro para a Infância e Juventude, organização grupo de teatro Jodicus.

b) Semana de Música Para o Natal, já lá vão vinte e duas edições; Encontro de Coros, dezoito edições, organização Coro de Câmara de Beja.

c) Coro do Carmo, existe desde 1976, possuído de um in-vejável curriculum, vale a pena destacar de entre muitas das actividades produzidas a gravação de um cd subordinado a temas religiosos na tradição oral alentejana. E recentemen-te a apresentação pública no Cine-teatro Pax-Julia de uma magnífi ca Cantata a Santo Agostinho.

d) Palavras Andarilhas, Festival de narração oral e de encontro de promotores do livro e da leitura, Biblioteca Mu-nicipal de Beja – José Saramago.

e) Sociedade Filarmónica e Recreativa Capricho Bejen-se, mantém a banda, por sinal a mais jovem do país. Recen-temente, através das danças de salão, tem sentido um reju-venescimento de se lhe tirar o chapéu, incluso a reactivação da prática teatral. Área que se inscreveu durante largos anos no riquíssimo historial da colectividade.

f) Festival Internacional de BD e Bedêteca, Casa da Cul-tura de Beja. Que a esta casa retornem as práticas regulares que lhe devem estar subjacentes, as culturais. Já chega de a encherem de vazio.

g) Encontro de Corais Alentejanos, Região de Turismo Planície Dourada e Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja.

h) Casa das Artes Jorge Vieira e Galeria dos Escudeiros,espaços vocacionados para a mostra regular de artes-plásti-cas. Peca pela escassez de informação para a cidade.

i) Animatu, Festival de Cinema de Animação Digital, Zootrópico Associação Sócio-Cultural. O público teima em não comparecer.

Poderia enumerar mais eventos, espaços e instituições, mas penso que neste desfi le de “ideias praticadas” fi cou perceptível que nenhuma estratégia de consolidação e projecção cultural resultará nesta terra se não resolvermos um problema de fundo, o da auto-estima. Perdão, o da falta dela.

CORREIO LEITOR

Contas do hospitalPor ter conhecimento de interpretações diversas da notícia, publicada na página 3 da edição nº 32 do “CA” de 10-11-2006, sob o título “Hospital de Beja soma 8,3 milhões de dívidas por cobrar ”, solicito publicação do seguinte esclare-cimento: - No início do 2º parágrafo é referido que antes do início de 2006, os anteriores conselhos de administração “não tinham grandes preocupações“ com o valor das dívidas. Logica-mente que não era “das dívidas” mas sim “dessas dívidas“ pois falava-se num contexto de dívidas entre entidades do Serviço Nacional de Saúde, uma das três situações, que agora também poderá ser preocupante para o conselho de administração:1ª – Dívidas de Entidades Públicas – Hospitais, ARS (Adminis-trações Regionais de Saúde) e Institutos Públicos.2ª – Dívidas de outras entidades – ADSE – Outros Subsistemas – Companhias de Seguros – Outros Clientes3ª – As Taxas Moderadoras;

Apresentando desde já os meus agradecimentos, com os meus cumprimentos pessoais

José Manuel MestreAdministrador do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo

CARTAS | E.MAILVAI A TEMPO...

céu e embrulhava a árvore para a fazer transpirar. Lá estava também o meu cão castanho a morrer enterrado na terra amarela da cor da seara. A vara estava quieta e junta a fi ngir que eram muitos os porcos magros que pareciam o meu cão estendido ao pé do meu bordão, magro e quieto. O pó sujava as ondas do calor a vibrar no horizonte cheio do sol amarelo da cor do céu. À noite, haveria um quarto escuro naquela casa, e a ár-vore já não era precisa para nada. O cão negro da cor da noite preferia sempre fi -car com os porcos. Ao pé do meu bordão estava a minha corda amarela da cor do cão. Eu sabia sempre onde ela estava. Às vezes, eu cantava em voz alta para me lembrar das vezes em que ouvia cantar os homens lá na venda, e também por-que o meu cão acordava e vinha ver-me, e às vezes fi cava ali ao pé de mim até que eu parava de me lembrar e fi cava a can-tar baixinho, a brincar com a corda, por-que o cão já dormia com os porcos.

De dia não mexia na corda, fi cava a vê-la para me lembrar das vezes em que brincava à corda com os moços morenos da cor do cão. Tinha medo de lhe tocar e que ela me prometesse que não podia ser de outra maneira, porque nada mais havia ali que o meu corpo de-sejasse tocar. Morrer era como encolher os ombros e ser levado pela pendência dolente do corpo. Naquele lugar a morte não tinha por onde fugir, porque só ha-via aquele lugar em todo o tempo. A ár-vore estava sempre em qualquer direc-ção. O meu cão também estava cansado, já não abria os olhos, e dormia junto

dos porcos que cheiravam como eu. E eu chorava cantando, como os homens que cantavam chorando a sua amnésia de futuro. Mas não havia ninguém para chorar comigo. Era isso a solidão. Só uma casa com um quarto escuro, uma árvore, um cão, os porcos, o sol e eu que era isso tudo sem mais nada, sem con-seguir existir. Havia a corda. Uma espé-cie de Deus, uma espécie de amante. A minha liberdade absoluta, o meu amor absoluto.

No dia em que ao quarto escuro da-quela casa veio também a luz gelada da lua, eu não pude deixar de agarrar a cor-da com a força do alívio. O dia e a noite estenderam-se no meu quarto escuro da cor da lua. Era toda a minha vida que vinha despedir-se de mim. E a corda es-tava tão quente como o frio das minhas mãos da cor da casa. Todo o meu san-gue já estava a correr na corda a correr na árvore a abraçar os porcos e o meu cão. A minha mãe acenava-me pendu-rada na corda agarrada à árvore. O quar-to escuro daquela casa já esperava outra solidão.

Quando vieram os homens, encon-traram-me a corda abraçada ao meu pescoço. Parecia uma veia gorda a re-bentar a pele e a chupar a árvore que abraçava os porcos da cor da árvore. O cão também estava junto. O meu cão não abriu os olhos. E eu cheirava da mesma maneira.

(P.S.: O essencial deste texto foi escrito há cerca de 10 anos. Quando tudo era igual ao que é hoje…)

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POSITIVO A chegada dos espanhóis ao

sector agrícola é um bom sin-toma de novos tempos. Vindos para criar riqueza e emprego, merecem bom acolhimento.

NEGATIVO Apesar de o desemprego ter bai-

xado ligeiramente nos últimos três meses, o Alentejo continua com uma elevado taxa de pesso-as sem trabalho. Será sina?

NÚMERO

20.906. pessoas estavam desempregadas no Alentejo no fi nal de Outubro. Cerca de 30% estão inscritos há mais de um ano nos centros de emprego.

sexta-feira2006.12.01 DINHEIRO & NEGÓCIOS10

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

PRODUÇÃO DE AZEITONA AUMENTA A produção de azeitona vai aumentar. Em

2005 a produção foi bastante baixa e, por isso, o crescimento é acompanhado pela quebra no preço que, nesta altura, ronda os 25 cêntimos por quilo.

Empreendedorismo. Programa da Rádio Castrense provoca debate entre o poder local e central e põe empresas a mostrar boas práticas

Campo Branco debateu economia

Presidente da Câmara de Castro Verde voltou a dirigir duras críticas ao funcio-namento da CCDR do Alentejo.

Opresidente da Câmara Mu-nicipal de Castro Verde, Fernando Caeiros, voltou a

manifestar-se “convencido” que o Quadro de Referência Estratégica Re-gional (QREN 2007/2013) “está a ser orientado para privilegiar a cidade de Évora”.

“Estão a preparar o dinheiro para Évora, mas a música é para todos e têm de balhar todos”, disse com ironia o eleito da CDU, que aproveitou ainda para acusar o Estado central de ter “uma admin-istração larápia” na relação que mantém com os municípios.

Fernando Caeiros falava no pas-sado sábado, 25, num debate promo-vido em Castro Verde pelo programa de economia “Criar Valor”, emitido semanalmente na Rádio Castrense. O encontro juntou os presidentes das Câmaras Municipais de Almo-dôvar e Ourique, António Sebastião e Pedro do Carmo, o vice-presiden-te da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, António Viana Afonso, e uma representante da Direcção Re-gional do Instituto de Emprego e For-mação Profi ssional. Moderado pelo presidente do NERBE, Luís Serrano, o encontro contou também com inter-venções de Lígia Várzea, relações pú-blicas da Somincor, e do empresário João Soares, administrador da Adega da Malhadinha Nova.

Algo “provocador”, Fernando Caeiros admitiu que pretendia com a sua intervenção “espicaçar especial-mente” a CCDR. Para isso, o autarca de Castro Verde usou o exemplo de

tado o dedo ao Estado, que acusou de ter “uma administração larápia”. Em causa o facto de a Somincor ter pago vários milhões de euros de impostos e o concelho de Castro Verde, onde a empresa opera, ter benefi ciado “ape-nas” de 10 milhões: cinco para a Câ-mara Municipal, através da derrama, e outros cinco para a construção do troço do IP2 entre a vila e a auto-es-trada do Sul.

“Cabe-nos localmente lutar con-tra isto tudo”, prosseguiu Fernando Caeiros, afi rmando que a região “está num rio com três margens: confor-mismo, revolta e benefício da dúvida” – “Não nos queiram empurrar para a margem da revolta”, alertou o edil.

QREN decisivo até 2013. O vice-pre-sidente da CCDR Alentejo, António Viana Afonso, procurou não respon-der directamente a Fernando Caeiros e até disse “compreender os argu-mentos” apresentados pelo autarca. Contudo, ao longo da sua interven-ção, o dirigente acabou por ressalvar que “não é através de um inquérito que podem ser classifi cadas as pre-tensões da CCDR”.

Polemização á parte, António Afonso apresentou as linhas orienta-doras do QREN para o Alentejo. Não sem que antes tenha avisado que na nossa região “a competitividade não está concerteza na quantidade e no preço, mas antes na qualidade, na inovação e na excelência dos produ-tos”.

O responsável da CCDR lembrou que o QREN “centra na competiti-vidade a sua tónica, mas pretende manter bem viva e vincada a marca da coesão”. “Julgo que o Alentejo tem razões de sobra para estar optimista quanto às perspectivas que se abrem a partir de 2007”, disse António Afon-so, acrescentando que “a qualifi ca-ção, a competitividade e a inovação” são palavras-chaves da Estratégia de Lisboa que se ajustam ao QREN.

O Baixo Alentejo deve aproveitar os investimentos espanhóis e a alta taxa de crescimento da economia do país vizinho para promover o seu próprio desenvolvimento. Esta foi a principal conclusão a que chegaram cerca de duas centenas de empre-sários portugueses e espanhóis, que na passada semana, 23, se reuniram no auditório do Instituto Politécnico de Beja (IPB) no âmbito da primeira edição do Fórum Empresarial Trans-fronteiriço de Beja.

A iniciativa, realizada na véspera do arranque da XXII Cimeira Ibéri-ca, em Badajoz (Espanha), foi pro-movida pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), com o apoio do IPB, da Junta da Ex-tremadura (Espanha) e da Fomento

Economia. Primeira edição do Fórum Empresarial Transfronteiriço de Beja decorreu na passada semana

Investimento espanhol é prioritário no Alentejode Mercados (Espanha), e no fi nal o presidente da CCILE, Enrique San-tos, fez ao “Correio Alentejo” um balanço “muito positivo” dum fó-rum que teve por objectivo “desmis-tifi car” a “errada e má ideia” de que o Alentejo está a ser “invadido” por Espanha.

Ao longo de uma manhã de inten-so debate, os empresários aborda-ram, sobretudo, aspectos relaciona-dos com os sectores agro-alimentar e do turismo nos dois lados da fron-teira, vincando na necessidade de se verifi car uma aproximação entre portugueses e espanhóis.

“O que é importante para Portugal, neste momento em que a economia não está na melhor situação, é pro-mover as exportações portuguesas

para a Europa e para o resto do Mun-do, e atrair investimento estrangeiro”, garante Enrique Santos, contestando os “anticorpos” de alguns portugue-ses ao investimento espanhol.

“Se em Portugal se começam a criar barreiras ou anticorpos pelos investimentos espanhóis no Alentejo, quem é que vai investir? Observamos que em Portugal nenhum outro país está disponível para fazer investi-mentos”, afi ança, para depois prever, “a curto prazo”, um grande desenvol-vimento do Baixo Alentejo, na sua opinião, a “área com maior potencial de desenvolvimento no território de Portugal continental”.

Além do mais, conclui o presiden-te da CCILE, é preciso que Portugal aproveite a alta taxa de crescimento

do país vizinho, fazendo dela “uma espécie de motor de arranque”.

Aproximar os dois lados da frontei-ra. Bastante satisfeito com o sucesso do I Fórum Empresarial Transfron-teiriço de Beja fi cou o presidente do IPB. Para José Luís Ramalho, o papel do ensino superior não se deve “limi-tar” ao ensino e à investigação, tendo igualmente a “obrigação” de contri-buir como “agente activo” para o de-senvolvimento” regional.

“A melhor forma de fazê-lo é dar a mão, ajudar a que estes agentes de desenvolvimento, que são os nossos empresários, possam efectivamente contribuir para o enriquecimento das regiões”, vinca Ramalho, asseverando que a associação das instituições de

ensino superior com as empresas é “fundamental”, uma vez que as pri-meira podem “ajudar a criar um capi-tal humano e a dar o conhecimento que é fundamental para a riqueza das nações”.

Optimista, o presidente do IPB espera agora que a “convivência” e “cooperação” luso-espanhola se tor-ne um hábito, apesar de reconhecer algumas difi culdades na mudança de hábitos “seculares”.

“A mudança é sempre difícil, prin-cipalmente quando estamos a falar de práticas de muitos e muitos anos. Mas já se sentiu aqui uma maior abertura à entrada de empresários espanhóis em Portugal, o que é per-feitamente natural e bom que acon-teça”, conclui.

Organização satisfeitaOs promotores do encontro “Criar Valor” fazem “um balanço ex-tremamente positivo” da iniciativa e garantem que “foram atingidos os objectivos” que se propuseram. Em declarações ao “CA”, André Ro-meiro valoriza “o debate e as ideias” reveladas no fórum, destacando o confronto “polarizado entre os poderes central e local”. A necessi-dade de combater a burocracia e a importância dos grandes inves-timentos públicos – Alqueva, aeroporto de Beja, IP8 – foram outros temas em cima da mesa. Segundo André Romeiro, o encontro “tentou identifi car os problemas mais específi cos” das empresas regionais e “apontou caminhos” sobre o que fazer nos domínios do planeamento estratégico, marketing e obtenção de apoios do Estado ao investi-mento. No futuro este fórum vai voltar a realizar-se e, adianta o jovem economista, “tentará captar a atenção de mais empresários e de pes-soas ligadas à estratégia empresarial”. A eleição da “empresa do ano” no Baixo Alentejo é um dos objectivos numa região que “precisa de unidade e cooperação” também no sector empresarial.

um inquérito sobre infra-estruturas que aquele organismo promoveu re-centemente junto de todas as Câma-ras Municipais. O questionário apre-

sentava perguntas dirigidas para as cidades e, segundo Caeiros, “foi gato escondido com o rabo de fora”.

Antes já o eleito local tinha apon-

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TRIBUNAL JUDICIAL DE FERREIRA DO ALENTEJOSECÇÃO ÚNICA

ANÚNCIO

Correio Alentejo nº 35 de 01/12/2006 Primeira Publicação

Processo: 169/06.0TBFAL Acção de Processo Sumário N/Referência: 229574

Data: 14-11-2006

Autor: António José Trindade Franganito e outro(s)…

Réu: Herdeiros Incertos de Diogo Passanha

Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando:Réu: Herdeiros Incertos de Diogo Passanha,Para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, que-rendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pelos autores e que em substância o pedi-do consiste [serem os autores reconhecidos como proprietários do prédio, que adquiriram por usucapião, identifi cado nos autos, sito na Herdade da Malhada Velha, freguesia de Figueira de Cavaleiros, concelho de Ferreira do Alentejo, a confrontar do Norte, Poente e Sul com Herdade da Malhada Velha e de Nascente com Herdade de Vale D’Águia, a desanexar do prédio inscrito no todo na matriz predial rústica sob a parte do artigo 1, Secção E3 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Ferreira do Alentejo sob o nº 889, fl s. 51 do Livro B3],

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

A Juíza de Direito,

(Assinatura ilegível)Dra. Ana Lúcia Cruz

O Ofi cial de Justiça,

(Assinatura ilegível)Rogério Simenta

Notas:- Solicita-se que na resposta seja indicada a referência deste documento- As férias judiciais decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro; de domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 1 a 31 de Agosto.- Nos termos do art.º 32.º do CPC, é obrigatória a constituição de advogado nas causas da competência de tribunais com alçada, em que seja admissível recurso ordinário; nas causas em que seja admissível recurso, independentemente do valor; nos recursos e nas causas propostas nos tribunais superiores.

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†- Faleceu o Exma. Sra. D. TERESA MARIA DOS

SANTOS, de 99 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 25 da Casa Mortuária da Salvada, para

o cemitério local.

SALVADA

†- Faleceu a Exmo. Sr. ANTÓNIO MANUEL CUR-VA. de 77 anos, natural de Selmes - Vidigueira, casa-do com a Exma. Sra. D.

Mariana Luísa Campaniço Janeiro. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária de Nossa

Senhora das Neves para o cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†- Faleceu a Exma. Sra. D. CARMELINA DE JESUS,

de 91 anos, natural de Mombeja - Beja, viúva. O

funeral a cargo desta Agên-cia realizou-se no passado

dia 26, da Igreja de Quintos, para o cemitério local.

QUINTOS

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Às famílias

enlutadas

apresentamos

as nossas mais sinceras

condolências.

†- Faleceu o Exmo. Sr. ARMINDO DOS SANTOS

MEDEIRO, de 54 anos, natural de Quintos - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Maria Mestre

Medeiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se

no passado dia 26, da Casa Mortuária da Salvada para

o cemitério local.

SALVADA

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15

POLÍTICA > Estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesia • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

VIDA ACTUAL SOCIEDADE sexta-feira2006.12.01

INTERNET SEM FIOS NO PARQUE DE FEIRAS A Expobeja celebrou um protocolo com a Portu-

gal Telecom para instalar o sistema de Internet sem fi os no Parque de Feiras e Exposições de Beja. Dois pavilhões permitem agora a todos os utilizadores interessados aceder à Internet.

MÉRTOLA À ESPERA DE MÉDICO O Centro de Saúde de Mértola continua a

aguardar pela chegada do médico espanhol para o serviço de urgências. Recorde-se que a unidade aguarda pela chegada de um novo médico desde o fi nal de Outubro.

CASTRO E BRITO NA AEP Rocha de Matos volta a candidatar-se à

presidência da Associação Empresarial Portuguesa. O histórico líder convidou o presidente da ACOS, Castro e Brito, para integrar a lista de candidatos.

Oprojecto nacional Solidarie-dade Médica e Social (SMS), que fornece cuidados de

saúde gratuitos a pessoas carencia-das, prestou assistência, na semana passada, a perto de mil habitantes do concelho de Mértola.

Cerca de duas dezenas de vo-luntários que integram o projecto, entre médicos, enfermeiros e técni-cos de saúde, percorreram as nove freguesias do concelho, entre terça e sexta-feira da última semana, na-quela que foi a segunda iniciativa do SMS no terreno, depois do ar-ranque nos Açores (Outubro).

Os promotores do projec-to revelaram, em comunicado, que “perto de mil pessoas, entre crianças, adultos e idosos”, foram abrangidos pela iniciativa realiza-da em Mértola, um dos concelhos do Alentejo com maiores carências no acesso aos cuidados de saúde.

“O número de pessoas que con-seguimos acompanhar foi muito positivo, considerando a grande dispersão populacional e o reduzi-do número de crianças que vivem nestas localidades”, congratulou-

Projecto SMS – So-lidariedade Médica e Social prestou assistên-cia médica gratuita a mil pessoas das nove freguesias do concelho de Mértola, incluindo crianças das escolas do ensino básico.

Saúde. Projecto SMS “deu” consultas em todo o concelho de Mértola

Mil mertolensesforam à consulta

se Amélia Pereira Coutinho, direc-tora do SMS.

Além de 560 utentes consul-tados, os voluntários efectuaram 2.296 medições de tensão arterial, glicemia, colesterol e triglicéridos, 209 estudos da função respiratória e 85 rastreios de visão e 147 acções de sensibilização de higiene oral a crianças do primeiro ciclo do Ensi-no Básico.

Com as mil pessoas abrangidas em Mértola, eleva-se para três mil

Médicos da SMS prestaram assistência em todo o concelho de Mértola

o número total de benefi ciários que, através deste projecto nacio-nal, já puderam testar o seu estado de saúde, acrescentam os organi-zadores.

Na próxima semana, entre os dias 04 e 07 de Dezembro, os vo-luntários do SMS “rumam” ao con-celho de Sabugal, na Beira Alta, para realizar a terceira e última ac-ção de apoio médico programada para este ano.

O objectivo do projecto nacio-

nal, que “nasceu” da iniciativa de um laboratório privado e ao qual têm aderido, como voluntários, médicos, escolas superiores de saúde e associações, assim como câmaras municipais, é ajudar de forma gratuita e humana todos os que, por razões geográfi cas ou so-ciais, não têm acesso a cuidados básicos de Saúde.

Para o próximo ano, já estão agendadas seis novas acções no terreno.

Ferreira do Alentejo celebra no próxi-mo dia 8 de Dezembro a festa de Nossa Senhora da Conceição. Uma festa que merece dos cristãos fer-reirenses “um carinho e veneração” particulares. A imagem da Senhora da Conceição está na Capela de S. Pedro, à entrada da vila do lado de Lisboa. No fi nal do séc. XVII o templo foi enriquecido com belos azulejos e talha dourada que, conjuntamente com outros elementos, tornam o es-paço um lugar único no que respeita ao património religioso, histórico e

Festa. Sete dias de devoção com várias actividades

Ferreira celebra Senhora da Conceiçãoartístico daquela vila. Será precisa-mente nesta capela que, na noite do dia 2 de Dezembro, às 21h00, terão início as celebrações festivas deste ano com a procissão de velas que dali partirá com a imagem de Nossa Senhora para a Igreja Matriz, onde fi cará à veneração do povo até ao dia da sua festa. Nos dias da festa merece particular destaque o con-certo para órgão e pequeno coro que se realizará no dia 3, às 16h00. Or-ganizado pela Paróquia e contando com o apoio da Câmara Municipal,

o concerto terá como protagonistas o organista Nuno Alexandrino, pro-fessor do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, e o grupo juvenil da Paróquia. De segunda a quinta-feira decorrerá várias celebrações litúr-gicas às 18h00. No dia principal da festa, 8 de Dezembro, haverá duas celebrações religiosas. A celebração solene da Eucaristia, às 12h00. Seg-ue-se a procissão pelas ruas de Fer-reira do Alentejo, a partir das 15h30, que terminará na Capela de Nossa Senhora da Conceição.

Mértola

Quase 60 saramugos, alguns dos quais reproduzidos pela primeira vez em cativeiro, foram liberta-dos em duas ribeiras afl uentes do Guadiana, a única bacia hidrográ-fi ca do mundo onde existe aquele peixe em risco de extinção. Pedro Rocha, director do Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG), en-tidade responsável pela operação, explicou que foram libertados 58 saramugos: 35 adultos, anterior-mente capturados, e 23 jovens, re-produzidos pela primeira vez em cativeiro naquele parque.

Os barrancos do Vidigão e dos Alcaides, dois afl uentes da ribeira do Chança, na margem esquerda do Guadiana, em pleno concelho alentejano de Mértola, receberam 18 saramugos adultos e 20 jovens. Os restantes peixes, 17 adultos e três jovens foram libertados, sex-ta-feira, na ribeira do Vascão, na margem direita do rio.

O saramugo, uma espécie de peixe conhecida apenas na Bacia Hidrográfi ca do Guadiana, em particular naquelas ribeiras, sofreu uma redução de 80 por cento nos últimos 10 anos. A construção de barragens, a poluição causada por descargas, as captações de água e a introdução de espécies exóticas e não autóctones no rio, como o achigã, são, segundo Pedro Rocha, algumas das causas da redução do efectivo daquela espécie.

As acções de libertação, de acordo com Pedro Rocha, consti-tuem o culminar de uma opera-ção de salvamento do saramugo, que começou no Verão de 2005, quando, devido à seca, as ribeiras começaram a resumir-se a pe-gos dispersos ao longo dos leitos Quando estes últimos redutos de água também começaram a secar, o Instituto de Conservação da Natureza (ICN), através do PNVG, avançou com um plano de emergência para salvaguardar o saramugo, considerado uma espécie ameaçada.

Nas operações de salvamento, foram retirados, de três sub-ba-cias do rio, 218 saramugos adul-tos, dos quais 21 morreram, 71 foram translocados para outros pegos, em melhores condições, e 126 foram mantidos em aquário.

Destes, muitos foram liberta-dos durante o mês de Novembro de 2005, nos respectivos locais de captura. Com os restantes o PNVG iniciou ensaios de repro-dução em cativeiro, com o ob-jectivo de adquirir conhecimen-to sobre a espécie em risco de extinção. No âmbito do Plano de Gestão do Saramugo, o PNVG vai manter jovens peixes em aquário para continuar a estudar a espé-cie e realizar mais ensaios de re-produção.

Saramugosvoltam ao rio

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“Temos obra feita”É com satisfação que António José Francisco faz o balanço de cinco anos enquanto presidente da Junta de Freguesia de Aldeia dos Fernandes. Eleito pelas listas do PSD em 2001, o autarca garante “ter obra feita” na mais nova freguesia do concelho de Almodôvar, depois de ter encon-trado uma situação de “grande desequilíbrio”. Como exemplo, António José Francisco lembra que até ao momento se fez, entre outras coisas, a repavimentação de todas as ruas de Aldeia dos Fernandes, requalifi cou-se a avenida principal e construiu-se um polidesportivo descoberto e um parque infantil moderno. Apesar de toda a obra realizada, o eleito não esconde viver algu-mas “difi culdades económicas”, sublinhando que na gestão da Junta de Freguesia “um cêntimo é mesmo um cêntimo”. “Esta é uma Junta de Freguesia pequena e temos poucos argumentos para esbanjar dinheiro. E se queremos oferecer alguma coisa à população, que merece viver com con-dições iguais às de outras freguesias, temos de tirar truques da manga e pressionar quem quer que seja”, sublinha António José Francisco, para de seguida valorizar o “entendimento” mantido desde o primeiro dia entre Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Almodôvar.

sexta-feira2006.12.01 16 VIDA ACTUAL FREGUESIAS

A proximidade da Aldeia dos Fer-nandes a duas sedes de concelho pode ser o grande trunfo da mais jovem freguesia do município al-modovarense. A sede da freguesia criada há 18 anos encontra-se no eixo da ligação entre Almodôvar e Ourique, distando apenas uma de-zena de quilómetros de ambas as localidades. Uma proximidade que o presidente da Junta de Freguesia pretende valorizar, dada a escas-sez de potencialidades numa terra onde a agricultura e a construção civil continuam a ser os meios de subsistência da maioria da popu-lação, depois da “esperança” que não se chegou a confi rmar que foi a auto-estrada do Sul (A2).

“Não vejo outras potencialida-des. Aqui, a maioria da população vive da construção civil, 20 ou 30% da agricultura e também de algum comércio. Não temos aqui nenhu-ma empresa que nos traga alguma mais-valia em termos de emprego e sinceramente não vejo que isso possa mudar. A não ser que caia alguma dádiva do céu”, sustenta António José Francisco, presidente da Junta de Freguesia de Aldeia dos Fernandes desde 2001, altura em que foi eleito para o cargo nas listas do PSD.

A este “trunfo”, o autarca so-cial-democrata acrescenta ainda a “abertura” da freguesia a novas construções, o que pode vir a evi-tar o êxodo de famílias ou facilitar a captação de novos habitantes.

“Falando em trunfos sérios para crescer, sabemos que se calhar ne-

Localização geográ-fi ca da freguesia, tão próxima de Almodôvar como de Ourique, é o seu grande trunfo.

Presidente da Junta de Freguesia quer ver ETAR de Aldeia dos Fer-nandes construída até fi nal do mandato

Freguesias. Presidente da mais jovem freguesia do concelho de Almodôvar traça metas para o futuro da sua terra

Aldeia dos Fernandes valoriza proximidade a Almodôvar e Ourique

nhuma [freguesia] os tem. O que temos é, em termos de Plano Direc-tor Municipal, a abertura para cons-truir. E esse vértice para a habitação poderá benefi ciar-nos”, sublinha António José Francisco, revelando que neste momento existe um lo-teamento já concluído, com cinco habitações construídas, e um outro que deverá avançar brevemente, disponibilizando 16 lotes de terreno para novas construções.

“Estes dois loteamentos res-pondem às nossas necessidades actuais”, assegura o eleito laranja, vincando que esta é, também, uma forma de possibilitar a manutenção de jovens casais em Aldeia dos Fer-nandes. “Assim, as pessoas não têm de ir à procura de casa no exterior e conseguimos fi xá-las na freguesia”.

“Pedra no sapato”. Eleito presiden-te da Junta de Freguesia da sua terra há cinco anos, António José Fran-cisco faz um balanço positivo do trabalho desenvolvido até ao mo-mento [ver caixa], mas não esconde ter “uma pedra no sapato” que o deixa, de certa forma, insatisfeito.

“Foi uma pedra no sapato não termos concluído no mandato an-

terior a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). É uma obra intermunicipal, mas tem ha-vido alguns problemas ao nível do fi nanciamento”, refere o autarca social-democrata, garantindo tra-tar-se de um investimento de cerca de 400 mil euros que, confi a, deverá ser resolvido até ao fi m do seu man-dato.

Apesar de sublinhar “ter obra feita” em cinco anos, António José Francisco não esconde a ambição de até ao fi m do seu segundo man-dato ver a escola básica ser “remo-delada” – o que deverá suceder já em 2007 –, assim como avançar com a remodelação da entrada na aldeia para quem vem de Ourique e com a ampliação do cemitério local.

“É uma obra que nos pode fa-zer falta a qualquer momento. Os familiares das pessoas que morrem querem, quase todos, comprar o talhão e isso traz- -nos problemas. Um cemitério que daria para 30 ou 40 anos, hoje dá apenas para 15 ou 20, pois se vendemos tem de ser a toda a gente. É, portanto, uma necessidade a curto-prazo que já está falada [com a

Câmara de Almodôvar] e penso que poderemos avançar brevemente com o projecto”, afi ança António José Francisco.

Sendo uma freguesia recente e cuja evolução tem sido bastante “positiva”, Aldeia dos Fernandes consegue manter, na opinião do presidente, um “equilíbrio” entre população jovem e idosa.

Esta última, explica o autarca, é apoiada pela Casa do Povo de São Barnabé, mas a partir de 2008 de-verá ser a recentemente criada As-sociação de Solidariedade Social de Aldeia dos Fernandes a prestar todo o apoio domiciliário e a servir igual-mente algumas refeições à popula-ção de terceira idade da freguesia.

ACESSIBILIDADES

As acessibilidades que servem a freguesia de Aldeia dos Fer-nandes deixam o presidente da Junta minimamente “satis-feito”. Contudo, António José Francisco garante ser necessá-rio o alargamento da estrada que liga Aldeia dos Fernandes a A-dos-Neves, assim como a requalifi cação da via que liga a freguesia a Ourique – uma responsabilidade da Câmara Municipal de Ourique. A estra-da entre Aldeia dos Fernandes e Almodôvar é a que melhores condições apresenta, existindo, contudo, a garantia da autar-quia de Almodôvar de avançar brevemente com a sua renova-ção quase completa.

LAZER

António José Francisco garante que se têm feito “muita coisa” de âmbito cultural e desporti-vo na freguesia de Aldeia dos Fernandes. Nesse sentido, o autarca lembra as tradicionais festas de Verão em Agosto e, ao terceiro domingo do mesmo mês, a feira anual, em que se inclui uma corrida de toiros. A nível associativo, Aldeia dos Fernandes conta com a Casa da Cultura – onde se inclui a equi-pa de futebol que compete no campeonato de Beja do Inatel –, uma associação columbófi la e um clube de caçadores.

JOVENSTal como em outras localidades do Baixo Alentejo, também Al-deia dos Fernandes vive com o “drama” de ver os jovens fi lhos da terra partirem para outras paragens em busca de maiores e melhores oportunidades, sobretudo a nível profi ssional. “Nenhum jovem consegue ter aqui aquilo que ambiciona. […] É muito difícil… E só gostar da terra não chega”, admite Antó-nio José Francisco.

CARLOS PINTOJOSÉ TOMÉ MÁXIMO

PERFIL

António José Francisco

NOME: António José Matilde Francisco

IDADE: 38 anos

NATURALIDADE: Aldeia dos Fer-nandes

PROFISSÃO: Comerciante

CARGO: Presidente da Junta de Freguesia de Aldeia dos Fernandes eleito pelo PSD desde 2001

Aldeia dos Fernandes dispõe de muitos terrenos para construção de habitações

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JOSÉ ANTÓNIO FALCÃO

Duas semanas depois de ter inaugurado o Museu Episcopal de Beja, o sétimo na rede museológica lançada em 2002, José António Falcão revela os próximos passos a dar pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

Futuro passa pela internacionalização

FORMAÇÃO: Licenciado em História da Arte e Ar-

quitectura; Mestrado em Museologia; Doutoramento em Teoria e História da Arquitectura

CARGO: Director do Departamento do Património

Histórico e Artístico da Diocese de Beja desde 1984

NOME COMPLETO: José António Nunes Mexia Beja

da Costa Falcão

IDADE: 45 anos

NATURALIDADE: Santiago do Cacém

No início da passada semana, aquando da visita da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, ao Baixo Alentejo, o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (DPHA) inaugurou o Museu Episcopal, o sétimo na rede de museus de igreja lançada em 2002. Foi o “fi m de um ciclo” no trabalho do departamen-to, criado em 1984 por José António Falcão, que em entrevista ao “Correio Alentejo” e à Rádio Pax explica quais as próximas metas a atingir.

A inauguração do Museu Episcopal de Beja repre-senta o fi m de um ciclo no trabalho do DPHA?É. Estamos a concluir a nossa rede museoló-gica, que era um velho projecto da diocese. Concretizou-se e conseguimos não só um bom aproveitamento dos fundos comunitários que o Ministério da Cultura pôs à disposição para este efeito, como estamos a pensar que esta poderá ser uma infra-estrutura que poderá relançar o património religioso do Baixo Alentejo e todo o outro património situado a jusante dele.

Esta é rede única a nível nacional, com sete núcle-os espalhados pelo distrito…Na verdade são oito, sendo que um ainda não é visitável, apesar de o poder vir a ser. Com es-tas oito unidades, a rede fi ca infra-estruturada e conseguimos que as pessoas que venham à nossa região tenham museus de pequena e média dimensão, podendo circular pelos vários pontos. Ou seja, que os turistas não se limitem apenas aos locais mais clássicos, como pode-riam ser Beja ou o litoral.

Esta rede vai de encontro ao que tinha inicial-mente idealizado?Na realidade não. Existia um velho projecto na diocese, não nosso do DPAH, no sentido de fazer em Beja um grande museu de arte sacra. E havia outras localidades, como Moura e Santiago do Cacém, que há muito lutavam para conseguir constituir núcleos neste âmbito. Mas a ideia de um grande museu diocesano em Beja luta hoje com a difi culdade das terras não aceitarem de bom grado libertar-se do seu património. Acho que isto é positivo. Na medida do possível, o pa-trimónio deve ser preservado in situ.

Ficou algo por fazer neste percurso de mais de duas décadas?Gostaríamos que no futuro, se existirem con-dições para tal, que esta rede pudesse cobrir outros concelhos da nossa região que têm tam-bém enorme interesse e muito para dar ao vi-sitante…

Nomeadamente?Odemira, Almodôvar, Alvito… Temos ainda sítios onde é necessário investir-se. Evidente-mente Serpa, onde há uma das maiores con-

• CONTRA FACTOS É UM ESPAÇO DE ENTREVISTA COM EDIÇÃO NO “CORREIO ALENTEJO” E EMISSÃO NA RÁDIO PAX À QUINTA-FEIRA DAS 18 ÀS 19H00

[a entrevista é retransmitida nas rádios Castrense, Singa e Vidigueira]

CARLOS PINTO FRANCISCO PALMA CARVALHO (RÁDIO PAX)

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

sexta-feira2006.12.0117CONTRA FACTOS

centrações patrimoniais do ponto de vista da arte sacra na nossa região.

Que falta fazer para chegar a esses locais?Sobretudo, estabelecer parcerias. Elas estão a ser desenvolvidas e neste momento estamos a notar uma coisa muito interessante, que é se-rem as próprias forças vivas locais a vir ao nosso encontro e desafi arem-nos.

Nota agora uma maior abertura por parte das entidades competentes?Sempre notámos que o trabalho que dizia res-peito ao património goza de um certo carinho da população em geral. E sempre sentimos que as autarquias e outras forças vivas presentes no terreno compreendiam o nosso trabalho, con-siderando-o estratégico e prioritário.

Futuro com grandes desafi os

Encerrado este ciclo, que pretendem fazer daqui para frente?Temos ainda muitos desafi os na nossa região. Não apenas nós, DPHA e diocese de Beja, mas toda a região. Este problema da rarefacção hu-mana, em que temos uma demografi a negati-va e com índices de desenvolvimento preocu-pantes, tem de ser invertido. E todo o trabalho que se venha a fazer nesse sentido é útil. Um problema fundamental agora é conseguir que Beja se afi rme nacional e internacionalmente. Quando digo Beja, digo todo o Baixo Alentejo, que revejo aqui nesta capital como a sua grande referência, mas que evidentemente vai da raia espanhola até ao Atlântico. Temos um trabalho muito grande de promoção desta região. Pro-moção interna, para que compreendamos nós próprios que aqui vivemos a importância da-quilo que está em jogo. Mas, sobretudo, promo-ção no país e promoção internacional.

Esse é, com certeza, um trabalho que preten-dem mais partilhado e participado por outras entidades…Sim. E felizmente tem sido possível, a pouco e pouco, criar essa rede de parcerias. Estamos muito orgulhosos da colaboração que tem exis-tido, nomeadamente com o Ministério da Cul-tura. Fomos a primeira diocese em condições bem difíceis, a estabelecer protocolos com os institutos do ministério. Temos protocolos com praticamente todos os municípios da nossa re-gião e queremos alargar este trabalho. Estamos abertos e a trabalhar no sentido duma colabo-ração com o Grupo Pestana e com as Pousadas de Portugal. Sendo estas as principais unidades hoteleiras [da região], e estando elas interes-sadas nesta dinamização, encontramos aí um parceiro de referência. E há outros. A Adminis-tração do Porto de Sines, as empresas públicas e também alguns parceiros privados, sem esque-cer duas entidades que para nós são essenciais, as associações de desenvolvimento local e as associações de defesa do património.

“É agradável trabalhar” com D. António VitalinoO trabalho de José António Falcão e do DPHADB iniciou-se em 1984, então sob a égi-de de D. Manuel Falcão. Actualmente, o bispo da diocese de Beja é D. António Vitalino Dantas, uma mudança que, garante José António Falcão, não interferiu com a sua missão. “D. António Vitalino Dantas compreendeu desde o primeiro momento a im-portância deste trabalho e tem sido um dos seus grandes entusiastas. É uma pessoa que tem, pela sua personalidade e maneira de ser, uma forma diferente de estar na vida que o nosso bispo anterior, mas o essencial da missão foi retomado”, afi ança José António Falcão, lembrando de imediato a formação carmelita do actual bispo. “Ele sabe bem o quanto este Alentejo deve aos seus conventos e aos seus mosteiros. É uma pessoa com quem é agradável trabalhar e temo-lo encontrado, felizmente, muitas vezes nesta nossa caminhada”, remata.

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18

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

CORREIO DESPORTIVO

BENFICA ENCARA DÉRBI SEM MICCOLI O italiano Fabrizio Miccoli é a grande baixa

na equipa encarnada para o dérbi com o Sporting, a disputar esta sexta-feira no Alvalade XXI a partir das 20h30. Por oposi-ção, o brasileiro Luisão está de regresso.

ESPERANÇA CHAMADA LIEDSONO “reaparecimento” de Liedson como goleador é a grande esperança dos adeptos leoninos no embate desta sexta-feira com o rival da Luz. Caneira, Abel e Djaló continuam de fora.

JESUALDO REENCONTRA BOAVISTA O FC Porto recebe este sábado, 2, a partir das 20h30, o Boavista, num dérbi da cidade invicta que assinala, igual-mente, o reencontro entre o emblema axadrezado e o técnico dos dragões.

“Odemirenseé muito organizado”

Três vitórias nos últimos três jogos colocam o Odemirense no grupo de equipas em destaque no “Distritalão”.

Carlos Estebainha recusa candidatura mas ad-mite que no próximo ano o clube terá condições para lutar por esse objectivo.

C arlos Estebainha está visi-velmente satisfeito com a experiência no Odemiren-

se, apesar de deslocações sema-nais de muitas dezenas de quiló-metros. Depois de experiências no Ourique, Entradense e Sporting de Cuba, o jovem técnico está con-fi ante numa boa temporada no Li-toral Alentejano e não nega grande conforto com as três vitórias con-seguidas nas últimas três jornadas. Nada que o leve a assumir-se como candidato ao título distrital.

O campeonato está a decorrer dentro das vossas expectativas?Posso dizer que sim. Sabíamos que, em termos de calendário, tí-nhamos um arranque muito difí-cil. Mas conseguimos superar esse período com a conquista de pon-tos importantes. Neste momento estamos apenas a três pontos do primeiro o que, para nós, signifi ca alguma coisa.

Há alguma leitura para as coisas terem corrido tão bem?Nós sabíamos que tínhamos uma equipa com alguma qualidade. No decorrer das jornadas fomos me-lhorando. Conseguimos resultados e tirámos pontos a equipas que à partida lutam pela subida. Ago-ra teremos uma fase com outras teoricamente mais fracas. Posso dizer que estamos optimistas por-que conseguimos pontuar contra as equipas apontadas como mais fortes.

Admitem a possibilidade de lutar pelo título?Talvez dentro de um ano possamos pensar nisso. Com aquilo que te-mos em termos de plantel, e ten-do em conta os candidatos que se assumiram, é um pouco difícil declarar qualquer candidatura. Há outras equipas com projectos e in-vestimentos mais fortes. O nosso grande objectivo é fazer um cam-peonato tranquilo mas, se conse-

Futebol. Treinador do Odemirense analisa o bom momento da equipa e fala do futuro

sexta-feira2006.12.01

subir a pulso. O meu objectivo também é aprender mais to-

dos os anos.

Residir em Aljustrel e trei-nar o Odemirense é capaz de ser exigente?Evidentemente que é exi-gente. Acabamos por fa-

zer muitos sacrifícios em relação à família e a muitas

coisas. Mas para quem quer andar nestas andanças tem

de ser assim memo.

Atletismo

Depois de um ano de interregno a localidade de Vale de Santiago, no interior do concelho de Ode-mira, volta a receber nesta sexta-feira, dia 1 de Dezembro, o Cross dos Cavaleiros, que já vai na sua 14ª edição. Esta é uma activi-dade promovida em conjunto pelo Município de Odemira e o Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, com o apoio da Junta de Freguesia de Vale de Santia-go e da Associação de Atletismo de Beja, sendo que o Cross dos Cavaleiros será também o Corta Mato de Abertura da época des-portiva desta associação.

A prova será aberta a todos os atletas, federados e não fe-derados, em representação de colectividades, organizações populares, grupos desportivos de empresas, escolas ou outros organismos. A competição será dividida nos escalões de infan-tis, iniciados, juvenis, juniores, seniores e veteranos, em ambos os sexos, variando o percurso entre os 1.200 e os 9.600 metros. Haverá ainda um “Convívio para Benjamins” com dois percursos previstos para crianças até aos sete anos.

O grande prémio em disputa terá o valor de 500 euros, para o vencedor no escalão junio-res/seniores masculinos, sendo de 350 euros para o escalão de juniores/seniores femininos. Todos os atletas participan-tes receberão medalhas e se-rão atribuídos troféus aos três atletas melhor classifi cados de cada escalão. Na classifi cação geral serão atribuídas taças e troféus às 10 equipas com maior pontuação.

A prova tem início mar-cado para as 9h30 horas e a arbitragem é da competên-cia do Conselho Regional de

Arbitragem da Associação de Atletismo de Beja.

Cross dosCavaleirosestá de volta

guirmos andar nos primeiros lugares e lutar até ao fi m, não viraremos a cara à luta.

Sente que têm possibilida-des?Vamos lutar jogo a jogo. Ganhámos três jogos consecutivos e vamos continuar a pensar jor-nada a jornada, somar pontos e, depois, avaliar até onde po-demos chegar.

O Odemirense tem boas condi-ções de traba-lho?Em termos di-rectivos é um clube muito o r g a n i z a -do, que nos dá todas as condições. Por norma, quando há uma estru-tura forte por trás da equi-pa, os resul-tados apare-cem.

Como é que pes-soalmente está a decorrer esta expe-riência? Está um pouco fora da zona onde actuou como jogador e treinador.Está a ser uma experiência po-sitiva. Fui encontrar um grupo homogéneo, com jogadores que possuem cultura desportiva e pessoal. Isso ajuda muito. Já es-tive noutras equipas onde surgi-ram problemas por falta de qua-lidade dos plantéis, de cultura desportiva e de jogadores com qualidade. Este grupo do Odemi-rense é muito homogéneo e tem maior qualidade. Eu comecei por baixo, tenho vindo lentamente a Carlos Estebainha está contente em Odemira

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“CORREIO ALENTEJO”

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19 sexta-feira2006.12.01CORREIO DESPORTIVO

AGENDA

FUTEBOL | 8

Sábado, 02Juvenis | Camp. Nacional > jornada 11

Louletano - Odemirense [10h30]

Juniores| 2ª Div. Nacional Série D > jornada 13 Olhanense - Despertar [15h00]

Juniores| Taça do Distrito > ronda 1 Ferreirense - Aljustrelense [15h00] Moura - Desportivo de Beja [15h00] FC Castrense - Piense [15h00]

Seniores | 2ª Div. Distrital Série B > jornada 4 Boavista - Renascente [15h00] Santa Clara-a-Nova - São Domingos [15h00] Beira Serra - Alvorada [15h00] Sanluizense - Messejanense [15h00]

Domingo, 03Iniciados | Camp. Nacional > jornada 12

Portimonense - Sp. Cuba [11h00]

Seniores | 3ª Div. Nacional Série F > jornada 11 Campinense - Desportivo de Beja [15h00] FC Serpa - Beira Mar MG [15h00]

Seniores | 1ª Div. Distrital > jornada 10 Guadiana - Milfontes [15h00] Odemirense - Ferreirense [15h00] Piense - Entradense [15h00] Almodôvar - FC São Marcos [15h00] FC Castrense - Barrancos [15h00] Aljustrelense - Moura [15h00] Vasco da Gama - Salvadense [15h00]

Seniores | 2ª Div. Distrital Série A > jornada 4 Aldenovense - Alfundão [15h00] Bairro da Conceição - Vale de Vargo [15h00] Alvito - Baleizão [15h00] Cabeça Gorda - At. Ficalho [15h00]

MODALIDADES | 3

Sexta, 01Atletismo

14º Cross dos Cavaleiros Vale de Santiago (Odemira)

Sábado, 02Hóquei em Patins | 3ª Divisão > jornada 7

Grandolense - FC Castrense [18h00]

Futsal | 3ª Divisão Nacional Série D > jornada 9 SA Almodovarense - Miramar [18h00]

JORNADA | 10

Campinense - Lusitano de Évora ....................0-1 Desportivo de Beja - Lusitano VRSA ................1-0 Juventude de Évora - Silves ............................0-0 Cova da Piedade - FC Ferreiras .......................3-2 Vit. Setúbal B - At. Reguengos .......................2-2 Lagoa - FC Serpa ............................................2-1 Beira Mar MG - Almansilense .........................0-0

Descansou: Amora

J V E D M-S P 1 Lagoa 9 8 0 1 19-09 24 2 Cova da Piedade 9 6 0 3 21-12 18 3 Juventude Évora 10 5 3 2 18-11 18 4 Amora 9 5 3 1 11-07 18 5 Desportivo Beja 10 5 0 5 09-09 15 6 FC Ferreiras 9 4 2 3 15-12 14 7 Vit. Setúbal B 9 4 1 4 11-13 13 8 Beira Mar MG 9 3 3 3 09-09 12 9 At. Reguengos 9 3 3 3 12-13 12 10 Almansilense 9 3 2 4 16-14 11 11 Lusitano VRSA 10 3 2 5 08-12 11 12 Lusitano Évora 9 3 1 5 09-13 10 13 Campinense 10 2 4 4 08-13 10 14 FC Serpa 9 2 0 7 05-18 6 15 Silves 10 1 2 7 07-13 5 16 Vasco da Gama 0 0 0 0 0-0 0

Próxima Jornada | 03.12.2006Campinense-Desportivo de Beja, Lusitano VRSA-Juventude de Évora, Amora-Cova da Piedade, FC Ferreiras-Vit. Setúba B, At. Reguengos-Lagoa, FC Serpa-Beira Mar MG e Lusitano de Évora-Almansi-lenseDescansa: Silves

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 9

Ferreirense - Guadiana ...................................3-0 Entradense - Odemirense ...............................2-3 FC São Marcos - Piense ..................................2-3 Barrancos - Almodôvar ...................................2-2 Moura - FC Castrense ....................................2-0 Salvadense - Mineiro Aljustrelense ..................0-3 Milfontes - Vasco da Gama ............................1-2

J V E D M-S P 1 Aljustrelense 9 5 4 0 28-11 19 2 Moura 9 6 1 2 20-07 19 3 Vasco da Gama 9 5 2 2 15-12 17 4 Ferreirense 9 5 1 3 20-08 16 5 Piense 9 5 1 3 19-16 16 6 Odemirense 9 5 1 3 12-13 16 7 FC Castrense 9 4 2 3 14-09 14 8 Entradense 9 4 2 3 14-16 14 9 FC São Marcos 8 4 1 3 14-12 13 10 Almodôvar 9 2 3 4 12-14 9 11 Milfontes 9 2 2 5 13-20 8 12 Barrancos 9 1 2 6 12-26 5 13 Guadiana 8 1 2 5 06-17 5 14 Salvadense 9 1 0 8 06-24 3

Próxima Jornada | 03.12.2006Guadiana-Milfontes, Odemirense-Ferreirense, Piense-Entradense, Almodôvar-FC São Marcos, FC Castrense-Barrancos, Mineiro Aljustrelense-Moura e Vasco da Gama-Salvadense

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE A

JORNADA | 3

Vale de Vargo - Aldenovense ..........................0-1 Alvito - Bairro da Conceição ...........................2-0 Alfundão - Cabeça Gorda ..............................0-2 Baleizão - At. Ficalho ......................................1-2

J V E D M-S P 1 Aldenovense 3 2 1 0 04-02 7 2 Alvito 3 2 0 1 04-02 6 3 Cabeça Gorda 3 2 0 1 05-02 6 4 At. Ficalho 2 1 1 0 04-03 4 5 Bairro Conceição 3 0 2 1 03-05 2 6 Baleizão 2 0 1 1 02-03 1 7 Alfundão 2 0 1 1 02-04 1 8 Vale de Vargo 2 0 0 2 00-03 0

Próxima Jornada | 03.12.2006Aldenovense-Alfundão, Bairro da Conceição-Vale de Vargo, Alvito-Baleizão e Cabeça Gorda-At. Ficalho

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE B

JORNADA | 3

São Domingos - Boavista ................................2-1 Beira Serra - Santa Clara-a-Nova ....................2-0 Renascente - Sanluizense ...............................2-0 Alvorada de Ervidel - Messejanense ................1-0

J V E D M-S P 1 Beira Serra 3 3 0 0 12-02 9 2 Renascente 3 2 1 0 06-02 7 3 Alvorada 3 1 1 1 02-03 4 4 Messejanense 3 1 1 1 05-05 4 5 Sanluizense 3 1 0 2 07-06 3 6 São Domingos 3 1 0 2 04-09 3 7 Santa Clara 3 0 2 1 03-05 2 8 Boavista 3 0 1 2 03-10 1

Próxima Jornada | 02.12.2006Boavista-Renascente, Santa Clara-a-Nova-São Domin-gos, Beira Serra-Alvorada de Ervidel e Sanluizense- -Messejanense

Os atletas da Juventude Despor-tiva das Neves (JDN) dominaram quase por completo o Torneio de Lançamentos e Velocidade da Associação de Atletismo de Beja, que se realizou no passado sába-do, 25 de Novembro, na pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja. No total, a JDN obteve 16 triunfos indivi-duais no total das 34 provas dis-putadas, numa competição que reuniu cerca de 120 atletas.

No sector masculino, nota de destaque para as duplas vitórias de Micael Nóbrega (JDN) no lan-çamento do peso e do dardo em absolutos, de Manuel Patrício (JDN) no lançamento do martelo e do disco em juvenis, de Rober-to Antunes (JDN) nos 60 metros e lançamento do peso em inicia-dos, e de Rafael Claro (Bairro da Conceição) nos 60 metros e lan-çamento do peso em infantis.

Por sua vez, na competição feminina, há a realçar as duplas vitórias de Ana Campião (Pic-Nic) nos 60 e 150 metros em seniores, de Mara Bicas (JDN) nos lançamento do peso e do martelo em juniores, de Rute Sil-va (Beja AC) no lançamento do peso e do martelo em iniciados, e de Mafalda Mestre (Beja AC) no lançamento do dardo e do mar-telo em infantis.

JD Neves domina torneio em Beja

Atletismo

Acácio Santos é o novo treinador do Vasco da Gama da Vidigueira. Aos 26 anos, o médio pendura defi nitivamente as botas e abra-ça a carreira de treinador sénior, tendo como adjunto o também ex-jogador do emblema vidi-gueirense Manuel Sousa. A nova dupla técnica dos vascaínos começou a trabalhar na terça-feira e vai estrear-se no banco já no próximo domingo, em casa, diante do “lanterna vermelha” Salvadense.

Em declarações ao “Correio Alentejo”, o presidente do Vas-co da Gama, António Galvão, considerou a escolha de Acácio Santos “natural” e “consensu-al”, tendo em conta a fi losofi a seguida pelo clube nos últimos anos, em que tem apostado em treinadores jovens e com forma-ção académica, casos de Pedro Caixinha, Jorge Vicente e Arlin-do Morais.

Por sua vez, o novo técnico vidigueirense diz encarar com muito “optimismo” o novo desa-fi o, que só aceitou depois de ver satisfeitas algumas “exigências”. Garante ainda Acácio Santos que às suas ordens o Vasco da Gama da Vidigueira vai ser uma equipa a pensar e jogar sempre para a vitória, qualquer que seja o adversário.

Acácio Santos no Vasco da Gama

FutebolHóquei em Patins

Os hoquistas da equipa de in-fantis do Mineiro Aljustrelense conquistaram no passado do-mingo, 26 de Novembro, o Tor-neio de Abertura da Associação de Patinagem do Alentejo na categoria. No jogo decisivo, dis-putado no Pavilhão Municipal de Moura, os jovens tricolores bateram o Estremoz na marca-ção de grandes penalidades (6-5), depois de no fi nal do tempo regulamentar se ter registado uma igualdade a três golos.

No jogo de apuramento do 3º e 4º lugar , os espanhóis do Burguillos bateram o Clube de Patinagem de Beja por 6-0, en-quanto que na partida de atri-buição do 5º e 6º lugar o Diana de Évora venceu o FC Castrense por 5-3. Na classifi cação fi nal, os hoquistas tricolores subi-ram ao primeiro lugar do pódio, seguidos pelo Estremoz, Bur-guillos, CP Beja, Diana de Évora e FC Castrense.

Mineiro vence Torneio de Abertura

Aljustrel recebe domingo o jogo grande do campeonato da AF Beja

Mineiro Aljustrelense e Moura disputam liderança do DistritalãoO combate pela liderança no campe-onato da 1ª Divisão da Associação de Futebol de Beja (AFB) vai conhecer um novo round no Estádio Munici-pal de Aljustrel. Tudo porque no an-fi teatro da vila das minas vão encon-trar-se Aljustrelense e Moura AC, que de momento partilham a liderança do campeonato maior da AFB com 19 pontos. Uma parceria que poderá ser desfeita num jogo em que, muito provavelmente, a vitória de qualquer um dos lados será decidida por ko técnico.

Teoricamente, o Mineiro parte em vantagem. A equipa reagiu bem à chicotada psicológica que ditou a saída de Jorge Shéu e nos últimos

suplentes:Pimpão, Mauro, Raul Rodrigues, Carlos Fio,

Gabriel, Miguel Facaia e Rui Vieira

treinador:Francisco Fernandes

Telmo

CarlosNeves

Rui SantosMauro

Ricardo

Letto

BrunoGomes

JoséAntónio

KataDomingos

Picão

Daniel

Tonico

Ricardo Bia

Pedro Alves

José Luís

João Paulo AgatãoJoão Paulo

Guerreiro

NelsonRaposo

Agatão

Estádio MunicipalAljustrel10ª Jornada1ª Divisão AF Beja

jogo do fi m-de-semana.ALJUSTRELENSE - MOURA AC

Domingo, 15 horas

suplentes: Rui Rosindo, Márcio, Fábio Moreira, Carlos,

Botelho, João Morais e José Gonçalo

treinador:Carlos Ventura

Duarte

FilipeInfante

três jogos marcou 13 golos, sendo de momento o ataque mais concretiza-dor do campeonato (28 golos). Além do mais, a formação tricolor conta nas suas fi leiras jogadores com alta craveira técnica e bastante experien-tes, casos de Tonico, Nelson Raposo, Carlos Fio ou Carlos Agatão, de mo-mento o melhor marcador do “Dis-tritalão”, com nove golos.

A juntar a tudo isto, os mineiros contam no banco com Francisco Fernandes, um técnico habituado a vencer e que já assumiu, de peito aberto, a candidatura da sua equipa ao título de campeão distrital nesta temporada 2006-2007. “O lugar do Mineiro é na 3ª Divisão Nacional”,

tem sublinhado em várias ocasiões.Pela frente, o Mineiro vai encon-

trar uma equipa bastante morali-zada, ainda para mais depois de ter batido no passado fi m-de-semana o FC Castrense. Em Aljustrel, o Mou-ra surge como a melhor defesa do campeonato (com apenas sete golos sofridos) e fará, com certeza, da sua solidez defensiva um trunfo diante do demolidor ataque tricolor.

Contudo, não se pense que a for-mação da cidade-salúquia, orienta-da pela dupla Carlos Ventura / Antó-nio Combadão, se limita a defender bem. Tanto no meio-campo como no ataque, o Moura possui executan-tes em quantidade e qualidade sufi -

ciente para causar alguns dissabores à defesa do Mineiro Aljustrelense, fragilizada pela ausência do castiga-do Paulo Serrão.

Sem ser uma partida decisiva, esta partida pode, de facto, marcar o rumo do campeonato. Por um lado, a vitória do Mineiro apenas confi rma-rá a qualidade da equipa, enquanto que, por outro lado, um triunfo mou-rense obrigará os seus responsáveis a repensarem a sua opção de não assumirem a candidatura ao título. Em caso de empate, Aljustrelense e Moura podem ver-se apanhados na liderança do campeonato pelo Vasco da Gama da Vidigueira, que recebe o “lanterna vermelha” Salvadense.

série F III DIVISAO

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20sexta-feira2006.12.01 284 329 400 PUBLICIDADE

MUNICÍPIO DE ALMODÔVARANÚNCIO DE CONCURSO

Correio Alentejo nº 35 de 01/12/2006 Única Publicação

Obras

O concurso está abrangido pelo Acordo sobre contratos Público (ACP)?Não

SECÇÃO I – ENTIDADE ADJUDICANTE

I.1) DESIGNAÇÃO E ENDEREÇO OFICIAIS DA ENTIDADE ADJUDICANTE

Organismo Município de AlmodôvarEndereço Rua Serpa PintoCódigo postal 7700-081Localidade / Cidade AlmodôvarPaís PORTUGALTelefone 286660600Fax 286662282Correio Electrónico [email protected]

I.2) ENDEREÇO ONDE PODEM SER OBTIDAS INFORMAÇÕES ADICIONAISIndicado em I.1

I.3) ENDEREÇO ONDE PODE SER OBTIDA A DOCUMENTAÇÃOIndicado em I.1

I.4) ENDEREÇO ONDE DEVEM SER ENVIADOS AS PROPOSTAS/PEDIDOS DE PARTICI-PAÇÃOIndicado em I.1

I.5) TIPO DE ENTIDADE ADJUDICANTEAutoridade Regional/local

SECÇÃO II – OBJECTO DO CONCURSO

II.1) DESCRIÇÃO

II.1.1) Tipo de contrato de obrasExecução

II.1.5) Designação dada ao contrato pela entidade adjudicante Remodelação da escola de Almodôvar

II.1.6) Descrição / objecto do concursoA empreitada consiste essencialmente nos seguintes trabalhos:Remodelação e recuperação de três edifícios existentes de escola primária e cantina incluindo cobertura, revestimentos, pavimentos, caixilharias, instalações eléctrica e telefónica, rede de água e drenagem de águas residuais domésticas e arranjos exteriores. Construção de edifício destinado a sala polivalente.Preço Base – 726 000,00 € (setecentos e vinte seis mil euros) com exclusão do IVA.

II.1.7) Local onde se realizará a obra, a entrega dos fornecimentos ou a prestação de serviçosAlmodôvar

II.1.8) Nomeclatura

II.1.8.1) Classifi cação CPV (Common Procurement Vocabulary) *Objectos principaisVocabulário principal Vocabulário complementar45 21 42 10 545 11 10 00 8

II.1.9) Divisão em lotesNão

II.1.10) As variantes serão tomadas em consideração?Não

II.3) DURAÇÃO DO CONTRATO OU PRAZO DE EXECUÇÃOPrazo em meses e/ou dias a partir da data da consignação 12 meses

SECÇÃO III – INFORMAÇÕES DE CARÁCTER JURÍDICO, ECONÓMICO, FINANCEIRO, E TÉCNICO

III.1) CONDIÇÕES RELATIVAS AO CONCURSO

III.1.1) Cauções e garantias exigidasPara garantir o exacto e pontual cumprimento das suas obrigações, o adjudicatário deve prestar uma caução no valor de 5% do montante total do contrato, e será prestada por depósito em dinheiro ou em títulos emitidos ou garantidos pelo estado, ou mediante garantia bancária, ou ainda por seguro caução nos termos do artº 114º do Dec-Lei 59/99 de 2 de Março.

III.1.2) Principais modalidades de fi nanciamento e pagamento e/ou referência às disposi-ções que as regulamA empreitada será por série de preços. A modalidade de pagamento ao empreiteiro será em prestações variáveis nos termos do nº1 do artº 17º e artigo 202º do Dec-Lei 59/99 de 2 de Março.

III.1.3) Forma jurídica que deve revestir o agrupamento de empreiteiros de fornecedores ou de prestadores de serviçosAo concurso poderão apresentar-se agrupamentos de empresas, sem que entre elas exista qualquer modalidade jurídica de associação, desde que todas as empresas do agrupamento possuam condições legais adequadas ao exercício da actividade de empreiteiro de obras públicas. As empresas agrupadas serão responsáveis perante o dono da obra pela manutenção da sua proposta com as legais consequências e, no caso da adjudicação da empreitada, as empresas agrupadas associar-se-ão obrigatoriamente, antes da celebração do contrato, na modalidade do Consórcio Externo em regime de responsabilidade solidária.

III.2) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

III.2.1) Informações relativas à situação do empreiteiro/ do fornecedor/do prestador de serviços e formalidades necessárias para avaliar a capacidade económica, fi nanceira e técnica mínima exigida os concorrentes titulares de alvará de construção emitido pelo Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário, contendo as autorizações seguintes: A 1.ª subcate-goria da 1.ª categoria, a qual tem de ser de classe que cubra o valor global da proposta; 4.ª subcategoria da 1.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos a que respeite, 5.ª subcategoria da 1.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos a que res-peite, 8.ª subcategoria da 1.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos a que respeite, 9.ª subcategoria da 2.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos a que respeite, 1.ª subcategoria da 4.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos

a que respeite, 7.ª subcategoria da 4.ª categoria, na classe correspondente à parte dos traba-lhos a que respeite, 10.ª subcategoria da 4.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos a que respeite, 11.ª subcategoria da 5.ª categoria, na classe correspondente à parte dos trabalhos a que respeite, caso o concorrente não recorra à faculdade conferida no n.º 6.3 do Programa de concurso.- Os concorrentes não detentores de alvará de construção que apresentem, perante o dono da obra certifi cado de inscrição em lista ofi cial de empreiteiros aprovados adequados à obra posta a concurso e emitido por autoridade competente de Estado membro da União Europeia nos termos do mesmo acordo.- Os concorrentes nacionais de outros membros da União Europeia, nas condições previstas no Decreto-Lei nº59/99 de 2 de Março. Os concorrentes nacionais dos Estados signatários de acordo sobre o espaço económico europeu, em condições de igualdade com os concorrentes da União Europeia, nos termos desse Acordo e respectivos instrumentos de aplicação.- Os concorrentes nacionais dos Estados signatários do acordo sobre contratos públicos da Organização Mundial do Comércio, nos termos estabelecidos nesse acordo.

III.2.1.1) Situação jurídica – Documentos comprovativos exigidosDocumentos indicados nas alíneas a) e b) do 15.1 e a) e b) do 15.2, bem como as alíneas a) a d) do nº 15.3 do Programa de Concurso.

III.2.1.2) Capacidade económica e fi nanceira – Documentos comprovativos exigidosDocumentos indicados nas alíneas c), d), i) do 15.1, a), b) do 15.2 e) e f) do 15.3 do Programa de Concurso.A avaliação da capacidade fi nanceira e económica dos concorrentes para a execução da obra posta a concurso será feita com base no quadro de referência constante da portaria em vigor, publicada ao abrigo do artigo 8º do Dec-Lei nº 12/04 de 9 de Janeiro, sendo excluídos os con-correntes que não cumpram os valores previstos da mesma.

III.2.1.3) Capacidade Técnica - Documentos comprovativos exigidosDocumentos indicados nas alíneas e), f), g), h) do 15.1 e a), b) do 15.2, bem como as alíneas g) e h) do 15.3 do Programa de Concurso.Comprovação da execução de pelo menos uma obra de idêntica natureza da obra posta a concurso, de valor não inferior a 50% do valor estimado do contrato.Adequação do equipamento e da ferramenta especial a utilizar na obra, seja próprio ou alugado ou sob qualquer outra forma, às suas exigências técnicas,Adequação dos técnicos e dos serviços técnicos, estejam ou não integrados na empresa, a afectar à obra.

SECÇÃO IV - PROCESSOS

IV.1) TIPO DE PROCESSOConcurso público

IV.2) CRITÉRIOS DE ADJUDICAÇÃOB) Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em contaB1) os critérios a seguir indicados (se possível, por ordem decrescente de importância)1 Mais valia técnica da proposta – 60%, ponderado de acordo com os seguintes subfactores:Programação dos trabalhos e a sua adequação à obra – 60%Memória justifi cativa e descritiva do modo de execução da obra – 30%Plano de pagamentos – 10%2 Preço – 40%, ponderado de acordo com os seguintes subfactores:Preços unitários - 60%. As propostas serão classifi cadas em função do desvio de cada um dos capítulos de trabalhos propostos relativamente à média aritmética de todas as propostas, com exclusão dos valores extremos, sempre referidos aos capítulosValor global da proposta – 40%. A melhor classifi cação será atribuída à proposta de menor valor, sendo a classifi cação das restantes propostas na razão inversa do seu preço relativamen-te àquele.Por ordem decrescente de importância: Sim

IV.3) INFORMAÇÕES DE CARÁCTER ADMINISTRATIVO

IV.3.2) Condições para obtenção de documentos contratuais e adicionais Data limite de obtenção 05/01/2007Custo 1673,16 + IVA Moeda EuroCondições e forma de pagamento Em dinheiro, através de cheque enviado à ordem da Câmara Municipal de Almodôvar, ou enviado à cobrança acrescendo despesas de correio.

IV.3.3) Prazo para recepção de propostas ou pedidos de participação(dd/mm/aaaa)19/01/2007Hora 17:30

IV.3.5) Língua ou línguas que podem ser utilizadas nas propostas ou nos pedidos de participaçãoPT

IV.3.6) Prazo durante o qual o proponente deve manter a sua propostaMeses / Dias66 dias a contar da data fi xada para a recepção das propostas

IV.3.7) Condições de abertura das propostas

IV. 3.7.1) Pessoas autorizadas a assistir à abertura das propostasSão autorizadas a intervir no acto público do concurso os concorrentes ou as pessoas que, para o efeito, estiverem devidamente credenciadas pelos concorrentes, bastando, para tanto, no caso de intervenção do titular de empresa em nome individual, a exibição do seu bilhete de identidade e, no caso de intervenção de representantes de sociedade ou agrupamentos de empresas, a exibição dos respectivos bilhetes de identidade e de uma procuração passada por quem obrigue a sociedade ou agrupamentos com assinatura (s) reconhecida (s) na qualidade.IV.3.7.2) Data, hora e localData22/01/2007Hora 15:00Local Sala de reuniões da Câmara Municipal de Almodôvar, Rua Serpa Pinto – Almodôvar

SECÇÃO VI – INFORMAÇÕES ADICIONAIS

VI) Trata-se de um anúncio não obrigatório?Não

* Cfr. descrito no Regulamento CPV 2151/2003, publicado no Jornal Ofi cial das Comunidades Europeias nº L329, de 17 de Dezembro, para contratos de valor igual ou superior ao limiar europeu

16/11/2006 – Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, António José Messias do R. Sebastião

(Assinatura ilegível)

CARLOS MONTEVERDE

Chefe de Serviço de Medicina Interna

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Convenções:CTT, CGD, SAMS,

Ministério da Justiça

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Serpa

No seguimento de “Facas nas Ga-linhas” e “O Campo”, a Compa-nhia de Teatro Baal 17, de Serpa, volta a refl ectir so-bre “o ser humano habitante de um espaço perdido algures no Por-tugal profundo”. Em “Caldo Verde” (um texto origi-nal escrito por Rui Ramos para Telma Saião, Sónia Bote-lho e Rui Garcia), duas mulheres e

um homem habitam a mesma casa perdida algures num Alente-jo profundo.

Elas partilham o dia a dia, os fi lhos e as difi culdades. Ele, à noite, escolhe com qual das duas vai dormir. “Caldo Ver-de” tem estreia no cine-teatro de Serpa, no dia 7 de Dezem-bro, pelas 21h30, e continua em cena até ao dia 10, sempre à mesma hora.

Companhia Baal 17 apresenta “Caldo Verde” em Dezembro

PASSEIOS NA ZPE DE CASTRO A LPN lança em Janeiro um mapa-

roteiro, de turismo cultural e de natureza, ilustrado e bilingue, com percursos pedestres na Zona de Protecção Especial de Castro Verde.

PINTURA EM MÉRTOLAUma exposição de pintura de Luísa Sousa Santos é inaugurada segunda-feira, dia 4, na Casa das Artes Mário Elias, em Mértola. A mostra poderá ser vista até 15 de Dezembro.

TRIGO LIMPA FESTEJA 25 ANOS A comemorar 25 anos de existência, o

grupo bejense Trigo Limpo apresenta este sábado, 2, no Teatro Pax Julia, o espectá-culo: “Alentejo... Beja...Trigo Limpo... 25 Anos de Cante”

GUIA CULTURAL

Flores da Planície é o título da antologia de poemas e fl ores do Alentejo que foi lançada

terça-feira, em Évora, pela Funda-ção Alentejo-Terra Mãe, revertendo parte das receitas das vendas a fa-vor de crianças em risco. O livro, da autoria do jornalista Paulo Barriga – colaborador do “Correio Alen-teho” – e do fotógrafo João Vilhena, numa edição da fundação, combi-na arte e ciência e foi lançado ao fi nal do dia, na sede da instituição, integrado no programa comemo-rativo dos 20 anos de Património Mundial de Évora.

Segundo a Fundação Alente-jo-Terra Mãe, a obra centra-se no património ambiental da região alentejana e contou com o apoio técnico e científi co do Departa-mento de Ecologia da Universida-de de Évora, sob a coordenação do professor Carlos Pinto Gomes.

O jornalista Paulo Barriga ex-plicou que a antologia apresenta “21 poemas de duas dezenas de poetas”, autores estrangeiros ou, a “grande maioria”, alentejanos, que se “deixaram enredar pelo feitiço encantatório” dos campos da re-gião.

Flores na Planície é, ao mesmo tempo, uma colectânea de foto-grafi as das fl ores de entre o Tejo e o Guadiana, seleccionadas em fun-ção de aspectos estéticos, mas tam-bém científi cos.

Paulo Barriga e João Vilhena apresentaram esta semana um novo livro – uma antologia de poemas e fl ores do Alentejo.

Publicação. Editado pela Fundação Alentejo - Terra Mãe e apresentado esta semana

Barriga e Vilhenaapresentam novo livro

Flores cruzam-se com palavras neste trabalho

“De entre um universo de cen-tenas de plantas fl orescentes, se-leccionámos apenas cerca de seis dezenas”, referiu Paulo Barriga, destacando que o critério primor-dial, tendo em conta o cariz artísti-co do projecto, foi “a mera e subjec-tivíssima razão da estética”.

Posteriormente, acrescentou, a escolha assentou em critérios de “raridade, originalidade, singulari-dade e valor científi co” dos espéci-mes fotografados.

A mais-valia deste projecto, que revela “alguns dos pequenos tesou-ros que, a cada ano que passa, rom-pem na paisagem alentejana”, resi-de, aliás, para o mesmo co-autor, “nessa combinação, aparentemen-te impossível, entre arte e ciência”.

As plantas retratadas na colec-tânea, assegurou, “foram alvo de um apertado critério de selecção, de rigorosa identifi cação, de esme-rado tratamento e de conhecedora recolha”.

A obra é encarada pela Funda-ção Alentejo-Terra Mãe como uma “importante acção de valorização, de salvaguarda e de preservação do património natural” da região.

Parte das receitas líquidas resul-tantes da venda do livro vai rever-ter para crianças desfavorecidas ou em risco social do Alentejo, à seme-lhança do que tem acontecido com outros projectos lançados pela ins-tituição.

EXPOSIÇÕES | 7

ALMODÔVARGaleria de Exposições da Praça Até 7 de Dezembro

“Mina de São Domingos - Olhares Sobre Um Lugar”, fotografi as de António Cunha, Helena Lousinha e Jean Pierre dos Santos

FERREIRA DO ALENTEJOCapela de Santo António

Até 10 de Dezembro Artes plásticas de Cristiana Ramos

Biblioteca Municipal Até 30 de Novembro “Mulheres Prémio Nobel”

MÉRTOLAConvento de S. FranciscoAté 31 de Dezembro“Arte Cinética de Christaan Zwannikken”

Casa das Artes Mário EliasAté 2 de DezembroPinturas de Manuel Passinhas

Até 15 de Dezembro Pintura de Luísa Sousa Santos

MOURAMuseu Municipal de MouraAté 31 de Dezembro

“Artes e Ofícios Tradicionais”

CINEMA | 7

ALMODÔVARCine-Teatro Municipal

A Senhora da Água Sexta | dia 1 | 21h30

BEJAPax Julia Teatro Municipal

Fala Com Ela Segunda | dia 4 | 21h30

CASTRO VERDECine-Teatro Municipal

A Senhora da Água Sábado e domingo | dias 2 e 3 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJOCine-Teatro Municipal

A Senhora da Água Sexta a domingo | dias 1 a 3 | 21h00

MOURACine-Teatro Caridade

O Filme da Treta Sexta e domingo | dia 1 a 3 | 21h15

ODEMIRACine-Teatro Camacho Costa

O Filme da Treta Sexta | dia 1 | 21h30

SERPACine-Teatro Municipal

A Senhora da Água Sexta e domingo | dia 1 e 3 | 21h30

TEATRO | 2

SERPACine-Teatro Municipal

“Caldo Verde”, pelo BAAL 17 (estreia) Quinta | dia 7 | 21h30

VALES MORTOSSociedade Recrestiva de Vales Mortos

“Tenho um Morto na Minha Cama”, pelo Teatro Experimental de Pias

Quinta | dia 7 | 21h30

CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO

GUI’ ARTE

MÚSICA | 2

BEJAPax Julia Teatro Municipal“Alentejo... Beja... Trigo Limpo... 25 Anos de Cante”, com Trigo LimpoSábado | dia 2 | 21h30

ALJUSTRELIgreja Matriz

Ensemble de Clarinetes, Grupo de Metais e Banda Filarmónica da SMIRA com Coro do Orfeão Coelima (Guimarães)

Sábado | dia 2 | 21h00

sexta-feira2006.12.0121

Vidigueira

Vidigueira acolhe a partir desta sexta-feira, 1 de Dezembro, e durante todo o mês, a Feira de “Saberes e Sabores”, com expo-sição e venda de artesanato do concelho. A iniciativa pode ser visitada no Posto de Turismo.

Entretanto, no Museu Mu-nicipal daquela vila, vai estar patente ao público entre o pró-ximo dia 8 de Dezembro e 7 de Janeiro uma exposição interna-cional de presépios da colecção particular de Joel Fernando Goes Bacalhau. Uma mostra a não perder!

Presépios...saberes e sabores

Santo Aleixo

Santo Aleixo da Restauração teve um papel crucial durante as ba-talhas de 1640, derrotando os exércitos espanhóis. A freguesia vai acolher, uma vez mais, as co-memorações do 1º de Dezembro. A festa abre com uma arruada pela Banda Filarmónica União Amarelejense. Às 10h30 terá lugar a cerimónia comemorativa do 1.º de Dezembro, estando previstas intervenções dos presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara de Moura, e do governador civil de Beja. Segue-se a actuação dos grupos corais e um baile.

Celebrara Restauração

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22 GUI’ ARTEsexta-feira2006.12.01

Polícia de Segurança Pública

112Emergência Social

114Protecção à fl oresta

117Emergência Social

144

céu limpo

céu nubladoabertasaguaceiroscéu muitonubladomuito nubladocom abertas

chuva

trovoadas

neve

nevoeiro

vento fracomoderado

vento forte

mar calmo

ondulação

geada

Moura

BEJA Serpa

Mértola

Faro

Almôdovar

Sines

CastroVerde

Odemira

Aljustrel

Ferreirado Alentejo

Cuba

Ourique

BarrancosVidigueira

Alvito

Alcácerdo Sal

Grândola

Santiagodo Cacém

TEMPO FARMÁCIAS

HOJE/SEXTA | 01

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > Palma. T. 284 322 498Ferreira do Alentejo > Sainga. T. 284 732 235Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Rodrigues. T. 285 252 266Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

SÁBADO | 02Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > Central. T. 284 322 899Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Faria. T. 285 252 412Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

DOMINGO | 03Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > Santos. T. 284 389 991Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

SEGUNDA | 04Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > Fonseca. T. 284 324 413Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

TERÇA | 05

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Rodrigues. T. 285 252 266Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

QUARTA | 06

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > Silveira Suc. T. 284 311 620Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Faria. T. 285 252 412Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

QUINTA | 07

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > Palma. T. 284 322 498Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

fonte: http//weather.msn.com

PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO

Céu muitonublado

Chuva

Chuva

18

10

tem

pera

tura

méd

ia p

r evi

sta

para

hoj

e

OUTROSCentro de Saúde de Beja > Rua António Sardinha // tel: 284 329 706Centro Regional de Segurança Social> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. //

tel 284 312 700Táxis > tel: 284 322474Instituto Politécnico de Beja > Rua de Santo António, n.º 1 - A //

tel: 284 314 400Posto de Turismo >Rua Cap. João Fran-cisco de Sousa, n.º 25 //

Tel:284 320 281Polícia de Segurança Pública (PSP) > Largo D. Nuno Álvares Pereira. //

tel: 284 322022Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares Pereira. // tel. 284 320 340

SEX

TA

RTP1

SÁB

AD

OD

OM

ING

O

2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

07:00 SIC Kids 08:30 Floribella 11:00 Fátima 13:00 Primeiro Jornal 14:10 O Profeta 14:50 Laços de Família 15:00 Cinema - A Defi nir 17:15 Floribella 19:00 Sinhá Moça 20:00 Jornal da Noite 21:30 Floribella 22:15 Cobras e Lagartos 23:15 Jura 00:15 Filme - A Defi nir 02:45 Filme - A Defi nir

07:00 Diário da Manhã 10:00 Separar vai Colar 10:05 Você na TV! 13:00 Jornal da Uma

14:00 Doce Fugitiva 15:00 Filme - A Defi nir 17:00 Clube Morangos 18:00 Morangos com Açúcar IV 20:00 Jornal Nacional 21:15 Euromilhões

21:30 Doce Fugitiva 22:30 Tempo de Viver 23:30 Tu e Eu 00:30 Doutor, Preciso de Ajuda 01:45 Will & Grace V 02:15 No Limite do Mal 04:15 TVI Negócios 04:30 As Feiticeiras VIII

URGÊNCIAS

TELEVISAO

SOL LUAnascente07h25ocaso17h15

nascente14h42ocaso03h22

nova20 Dez.

crescente27 Dez.

cheia5 Dez.

minguante12 Dez.

19º

PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO“Dezembro quer lenha no lar e pichel a arder.”

SEGURANÇA

Bombeiros t. 284 311 660

GNR - BT t. 284 324 428

4-5m

20º2-2,5m

06:30 Bom Dia Portugal 10:00 Praça da Alegria 13:00 Jornal da Tarde 14:10 Só Visto! 16:30 Sessão da Tarde

“Planeta dos Macacos” 19:00 Euro Júnior 2006 19:15 O Preço Certo 20:00 Telejornal 21:00 Cuidado Com a Língua 21:15 A Voz do Cidadão 21:30 Contra-informação 21:45 Um Contra Todos 22:45 Jogo de Espelhos 23:15 O Principal Suspeito01:15 A Era da Sida 04:45 Só Visto! 05:45 Na Terra dos Ricos 06:15 Televendas

06:30 Brinca Comigo 09:00 O Homem dos Leões 10:00 Desafi ando o Abismo11:00 Crescer Panda Gigante 12:00 A Minha Sogra é uma Bruxa 12:30 Destinos.pt 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Top + 15:45 Na Terra dos Ricos 16:30 Reencontro com o Passado 17:15 Sessão da Tarde

“Batman” 19:15 Festival Eurovisão

da Canção Júnior 2006 21:30 Telejornal 22:00 Dança Comigo 00:00 Luís de Matos ao Vivo 01:00 Musical: “Cabeças No Ar” no Pavilhão Atlântico 02:00 Última Sessão

“Terror em Setembro” 03:30 A Hora da Sorte 03:45 Na Terra dos Ricos 04:00 Televendas

07:00 Euronews 07:15 Zig Zag 14:00 Gato Fedorento14:45 Oceano Profundo 16:00 Filme De Animação

“Ogu y Tiago na Ilha da Páscoa”

17:30 O Sol 18:30 A Fé Dos Homens 19:00 Haja Saúde 19:45 Zig Zag 20:45 Dois Homens E Meio 21:15 Agora Existo 22:00 Jornal 2: 22:30 Câmara Clara 23:30 Vidas 00:30 Noites Da 2:

“Trânsito” 02:00 Bastidores 02:30 A Alma E A Gente 03:00 Haja Saúde 04:00 Câmara Clara 05:00 Euronews

07:00 Euronews 07:30 África 7 Dias 08:00 Notícias de Portugal 09:00 Universidade Aberta 12:00 Vida Por Vida 12:30 Câmara Clara 13:30 Bombordo14:00 Parlamento 15:00 Desporto 2: 19:00 Couto & Coutadas 19:30 Geração Cientista Estreia 20:00 Hi Hi Puffy Ami Yumi 20:30 Kulto21:00 Mundos 21:50 A Hora da Sorte 22:00 Jornal 2: 22:30 Meu Nome é Earl

23:00 Sala 2: “Excalibur”

00:45 Músicas “Tony Bennet”

01:30 Músicas “Júlio Iglésias”

02:00 Parlamento

07:00 SIC Kids 08:30 Disney Kids 10:00 WITCH 10:30 Power Rangers 10:55 Uma Aventura

em Evoramonte 11:55 O Nosso Mundo 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Êxtase 15:00 Filme - A defi nir 17:30 A defi nir 20:00 Jornal da Noite 21:00 Perdidos & Achados 21:30 Floribella 22:30 Cobras & Lagartos 00:25 Filme - A defi nir 02:30 Filme - A Defi nir

07:00 SIC KIds 08:45 Disney Kids 10:10 Bratz 10:40 Action Man 11:00 Uma Aventura no Porto 12:00 BBC Vida Selvagem 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Filme - A defi nir 16:00 Filme - A defi nir 18:15 Filme - A defi nir 20:00 Jornal da Noite 21:15 Reportagem SIC 21:45 Sete Vidas23:00 Herman SIC 01:30 Filme - Filme a Defi nir 03:45 Manobras de Diversão

07:00 Batatoon 07:30 Sitting Ducks 07:55 Dan Dare 08:15 Powerpuff Girls 08:35 Clube Winx 09:30 Morangos Com Açúcar 10:00 O Bando dos Quatro11:30 deLUXe 12:15 bwinLiga - Golos 13:00 Jornal da Uma 14:00 Filme a Designar 15:00 Canta por Mim 18:00 Filme a Designar 20:00 Jornal Nacional 20:15 bwinliga

FC Porto x Boavista 22:30 Doce Fugitiva 23:30 Tu e Eu 00:30 Fiel ou Infi el? 03:00 O Júri 04:00 As Feiticeiras VIII

07:00 Batatoon 07:30 Sitting Ducks

08:00 Dan Dare 08:30 Powerpuff Girls 08:45 Clube Winx 09:30 Morangos Com Açúcar 11:00 Eucaristia Dominical 12:30 Oitavo Dia 13:00 Jornal da Uma 14:00 Pedro, O Milionário 15:00 Filme a Designar 17:45 bwinLiga - Golos 18:00 Filme a Designar 20:00 Jornal Nacional 21:15 Canta por Mim 00:00 BwinLiga

a jornada, os casos, o fórum

02:00 Filme - A Defi nir04:00 Um Minuto

com Stan Hooper 04:30 As Feiticeiras VIII

SPORT TV: 11:00 Tenis - Taça Davis

Russia X Argentina - Final15:00 Futebol - Premier League

Wigan X Liverpool 17:15 Futebol - Premier League Middlesbrough X M.United 01:00 Basquetebol - NBA S.A. Spurs X Sacramento K.

LUSOMUNDO PREMIUM 12:55 Descodifi cadores

LUSOMUNDO ACTION 15:50 A 36ª Câmara de Shaolin

LUSOMUNDO HAPPY 19:20 Bean

LUSOMUNDO GALLERY 08:30 Sangue Toureiro

AXN 14:50 Sleepers: Sentimento de revolta 22:25 O Último Grande Herói 00:38 Um Advogado dos Diabos

SPORT TV:10:00 Tenis - Taça Davis

Russia X Argentina - Final14:00 Futebol - Liga Italiana

Fiorentina X Lazio 16:00 Futsal - Camp. Nacional Benfi ca X Belenenses 19:30 Futebol - Liga Portuguesa Sp. Braga X Académica

LUSOMUNDO PREMIUM 19:50 Máquina Zero

LUSOMUNDO ACTION 21:30 Rollerball

LUSOMUNDO HAPPY 17:30 Com Jeito Vai... Inglaterra

LUSOMUNDO GALLERY 16:35 Velha Raposa

AXN 14:50 Um Advogado dos Diabos 18:30 Linha Mortal

22:25 Silverado 00:40 O Mensageiro}

SPORT TV: 10:00 Tenis - Taça Davis Russia X Argentina (Final)

20:30 Futebol - Liga Portuguesa Sporting X Benfi ca 01:30 Basquetebol - NBA Dallas M. X Sacramento K.

LUSOMUNDO PREMIUM 20:05 Underworld - Evolução

LUSOMUNDO ACTION 19:40 X-Men

LUSOMUNDO HAPPY 17:25 O Melga

LUSOMUNDO GALLERY 22:40 Filadélfi a

AXN 22:50 Sleepers: Sentimento de revolta

93.0Rádio Castrense Castro Verde

92.6TLA - Telefonia Local de Aljustrel

102.9Maré AltaV.N. Milfontes

90.0RádioVidigueira

92.8Rádio PlanícieMoura

104.0Rádio SingaFerr. Alentejo

101.4Rádio Pax Beja

104.5Voz da Planície - Beja

RÁDIO

FM

HOJECéu geralmente muito nublado por nuvens altas. Vento fraco a mode-rado. Formação de geada nos locais abrigados das regiões do Interior.

SÁBADOCéu geralmente muito nublado.Períodos de chuva, por vezes forte.Descida das temperaturas

DOMINGOCéu muito nublado. Chuva, especial-mente durante a manhã. Descida da temperatura mínima.

06:30 Brincar a Brincar 07:30 Brinca Comigo

09:00 O Homem dos Leões 10:00 O Último Leopardo 11:00 Missa do 5.º Centenário do Nascimento de

S. Francisco Xavier 12:00 A Minha Sogra é uma Bruxa 12:30 Contra-informação13:00 Jornal da Tarde 14:00 Só Visto! 14:30 Invasão 15:15 Portugal no Coração

Especial da Suiça 19:00 Anatomia de Grey 20:00 Telejornal 21:00 As Escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa 21:30 Gato Fedorento 22:30 Lotação Esgotada

“Amor Sem Aviso” 00:30 Ela Por Ela 01:00 Última Sessão

“Swimming Pool”

07:00 Euronews 07:30 Músicas de África

08:30 Áfric@global 09:00 Caminhos 09:30 70x7 10:00 Nós 11:00 Da Terra ao Mar 11:30 Consigo 12:00 Couto & Coutadas 12:30 Olhar o Mundo 13:00 Documentário13:45 Vidas 14:45 A Voz do Cidadão 15:00 Desporto 2: 19:00 Revolta dos Pastéis de Nata20:00 Jovens Titãs 20:30 Futurama 21:00 Bombordo 21:30 A Alma e a Gente 22:00 Jornal 2: 22:30 Diga Lá Excelência

23:15 Britcom 00:00 Onda-curta 00:45 Palco

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23 sexta-feira2006.12.01GUI’ ARTE

Consulte a Agência de Viagens Olé Tours, onde será possível escolher um programa adequado. A Olé Tours fi ca na Avenida Miguel Fernandes, em Beja.

escapadelasrotas do “CA” [fi m-de-semana em Braga]

Ir a Bragaem Dezembro

ARTESANATO E SABORES

O artesanato bracarense é um dos mais conhecidos internacionalmen-te. Os cavaquinhos, violas e a Arte Sacra são os ex-libris. Na cidade, como no resto do Minho, há uma gastronomia riquíssima. O bacalhau assume-se como o prato de peixe favorito e Braga é famosa pelas suas inúmeras receitas de bacalhau. Destaque ainda para as Festas de S. João, grande momento de encontro anual, mas sobretudo para a Sema-na Santa da Páscoa, quando os alta-res das Igrejas, cada um invocando uma cena da Paixão de Cristo, são decorados com fl ores e velas.

público & notório

COMO IR

A cidade de Braga, que atraves-

sou épocas distintas, é detentora de um património rico e variado de tradições e costumes secula-res, de artes antigas, marcadas profundamente pela presença do clero. Parte deste acervo está exposto nos museus e é fruto de anos de investigação e preser-vação. Destaque para o Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa e para o Museu Pio XII, que possuem uma enorme colecção arqueológica. Existem também núcleos museológicos em Lamas e Fonte do Ídolo.

Braga é das cidades portuguesas mais antigas. Fundada no tempo dos romanos como Bracara Au-gusta, conta com mais de 2000 anos de História. É uma cidade cheia de cultura e tradições, jo-vem e dinâmica, onde a História e a religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e a vida bo-émia universitária. Em Dezembro, vá conhecê-la...

PATRIMÓNIO E MUSEUS

pub.

O guia perfeitoDurante três dias a ministra da Cultura

calcorreou sete concelhos do distrito de Beja. Viu e ouviu muita coisa mas, bem pode dizer-se, contou com os “serviços” de um guia perfeito. Com 22 anos de trabalho no Depar-tamento do Património Histórico e

Artístico da Diocese de Beja, José An-tónio Falcão é um conhecedor profundo

da grande obra da diocese e de todos os caminhos da região. A ministra Isabel Pires de Lima bem pode agradecer por esta preciosa ajuda que, segu-ramente, a deixou muito mais sabedora da realidade cultural e artística do Baixo Alentejo. Sobretudo no domínio episcopal.

// bebida// CD

O concerto realizado nos jardins da Torre de Belém, a 6 de Setembro, surge agora registado

em CD e DVD em três edições diferentes: um CD com 16 fados; uma edição especial limitada com

18 temas mais DVD extra com a gravação vídeo, efectuada pela BBC, de uma actuação de Mariza na

Tasca do Chico, ao Bairro Alto; e um DVD que, além do concerto de Belém, inclui imagens da sua preparação (making of), um especial “Gente da Minha Terra” (imagens projecta-das durante o concerto) e o vídeo de “Meu fado meu”.

Autor: MarizaTítulo: Concerto em Lisboa

Um inesperado encontro lança Tomás na rota da crise nuclear com o Irão e da mais impor-

tante descoberta de Einstein, um achado que penetra no maior mistério da História: a prova

científi ca da existência de Deus. Uma história de amor, uma intriga de traição, perse-guição implacável, busca espiritual. Uma

empolgante viagem às origens do tempo, à essência do universo e ao sentido da vida.

Autor: José Rodrigues dos SantosTítulo: A Fórmula de DeusEditora: Gradiva

Criado a partir das castas Alicante Bouschet (64%) e Cabernet Sauvignon (36%), de cor granada intensa que impressiona pela sua profundidade aromática, elegante, requintado e complexo, com notas de compota, pimenta e um ligeiro tostado da madeira. É ainda bem estruturado, com taninos fi rmes e persistentes, logo se percebe o equilíbrio de todos os componentes. Embora possa ser consumido desde já, apresenta potencial para envelhecer pelo menos 10 anos.Foram produzidas apenas 4.200 garrafas.

ANTÓNIO MARIA TINTO 2002

Produtor: Francisco Nunes Garcia

Nota: 19/20

TEX

TOS:

NA

POLE

ÃO

MIR

A

Ministra no Alentejo

prazeres //Livro

NA

POLE

ÃO

MIR

A

Bem sabemos que o presidente da Câmara de Beja já anunciou obras na Estrada das Apolinárias, mas a coisa ainda vai demorar. Talvez por isso, à cautela, para não estragar amortecedores ou evitar um des-piste, este jovem bejense agiu pelo seguro. Tal como está hoje, esbu-racada, cheia de lombas e muito perigosa, pelo belo caminho das Apolinárias... só mesmo a trote!

Pelas Apolinárias... só de cavalo!

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SUGERE...

SEXTA 01.12.2006 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA TEMPO PARA HOJE. Céu geralmente muito nublado por nuvens altas. Vento

fraco a moderado. Formação de geada nos locais abrigados das regiões do interior. pág. 22

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 RETRATO 7 DIAS • p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.10 DINHEIRO & NEGÓCIOS • p.15 VIDA ACTUAL > Sociedade | Freguesias • p.17 CONTRA_FACTOS • p.18 CORREIO DESPORTIVO • p.21 GUI’ARTE

18 10

E AINDA...

pub.

sudokugrau de difi culdade > DIFÍCIL

6 9 7 1 1 7 8 4 4 9 5 4 9 2 4 6 9 2 3 1 7 8 5 3 2 7

5 6 3 4 2 9 8 7 1 1 9 2 7 6 8 4 5 3 4 8 7 3 1 5 9 6 2 7 2 6 5 8 1 3 9 4 3 1 9 2 4 7 5 8 6 8 5 4 9 3 6 2 1 7 9 3 5 1 7 4 6 2 8 6 4 1 8 5 2 7 3 9 2 7 8 6 9 3 1 4 5

solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

SEXTA. [09H30] ATLETISMO EM ODEMIRA A prova de atletismo “Cross dos

Cavaleiros” regressa à zona de Vale de Santiago depois de um ano de interregno.

SÁBADO [21H30] TRIGO LIMPO NO PAX JULIA O grupo bejense Trigo Limpo

apresenta no Pax Julia o espec-táculo: “Alentejo... Beja...Trigo Limpo... 25 Anos de Cante”.

A requalifi cação das zonas despor-tivas da cidade e a conclusão das obras de remodelação das escolas básicas do concelho são investimen-tos previstos pela Câmara Municipal de Beja para 2007, num orçamento marcado pela contenção fi nanceira.O orçamento municipal para o pró-ximo ano, num total de 29,6 milhões de euros (menos 1,9% do que o de 2006), foi apresentado na terça-feira, 28 de Novembro, depois de ter sido aprovado na última reunião cama-rária, com os votos favoráveis da maioria da CDU (três eleitos), três abstenções do PS e um voto contra do PSD.O presidente do município, Fran-cisco Santos (CDU), explicou em conferência de imprensa nos Paços do Concelho que o orçamento está “condicionado” pelas “políticas res-tritivas impostas às autarquias pela Administração Central”.O autarca frisou ainda que o próxi-mo ano económico vai ser marcado por “constrangimentos ao nível de investimentos” e “cortes nas despe-sas correntes”, com a redução orça-mental a refl ectir as “consequências da nova Lei das Finanças Locais e o fi m do III Quadro Comunitário de Apoio”.“As transferências do Orçamento de Estado (OE), pouco mais de 10,2 milhões de euros, desceram 2,5%, o que corresponde a menos 263 mil euros”, concretizou.Segundo o autarca, o aumento “substancial” dos descontos para a segurança social e as “indesejadas” transferências de responsabilidades da Administração Central para as autarquias, “sem as respectivas con-

Autarquia. Investimento camarário de cinco milhões de euros em 2007

Beja requalifi cazonas desportivas

Alvito

Jardim Infantilde Baroniapremiado

Em Maio de 2005 o Jardim-de-infância de Vila Nova da Baronia entrou para a lista das escolas da Europa que querem trabalhar em eTwinning.O eTwinning faz parte do pro-grama eLearning da Comissão Europeia e visa a cooperação de escolas dos diversos países da Europa ligadas pela Inter-net, desenvolvendo projectos comuns. Cada país, através do seu Ministério da Educação tem um grupo de supervisão para as escolas com projectos eTwinning e através de um con-curso nacional um júri escolhe alguns dos projectos conside-rados com qualidade, aos quais é dado um certifi cado. Este ano foram atribuídos 10 certifi cados de qualidade. Dos 479 projec-tos inscritos, dois decorreram no Jardim-de-infância de Vila Nova da Baronia, que obteve um Certifi cado de Qualidade. A educadora responsável foi con-vidada pelos serviços nacionais para ser embaixadoraeTwinning no workshop eTwinning internacional que decorreu nos dias 17, 18 e 19 de Novembro em Copenhaga (Di-namarca) e em Malmö (Suécia). No presente ano lectivo estão a ser desenvolvidos quatro projectos eTwinnig no Jardim--de-infância de Vila Nova da Baronia.

BIBLIOTECA NA BARONIA No ano de 2005 o concelho

de Alvito foi integrado no Programa Rede de Bibliotecas Escolares, do Ministério da Educação. Em parceria com o Agrupamento de Escolas do Concelho de Alvito, a autar-quia apresentou uma candi-datura com o objectivo de ins-talar uma biblioteca na EB1/JI de Vila Nova da Baronia. Já em 2006 a Câmara procedeu às obras necessárias na sala onde já funciona a biblioteca, comprou mobiliário e outro equipamento, informatizou o espaço e adquiriu e tratou o fundo documental, que neste momento é composto por cerca de 500 documen-tos. Segundo a autarquia de Alvito, a nova biblioteca, que integra uma Rede de Bibliote-cas Escolares, “pode desempe-nhar um papel fundamental nos domínios da leitura e na formação dos alunos, no favorecimento do sucesso escolar e no aprofundamento da cultura literária, científi ca, tecnológica e artística”.

ANIVERSÀRIO DA TLA A TLA – Telefonia Local de Al-

justrel está a comemorar cinco anos de emissões regulares. Para assinalar este aniversário, a vila mineira foi palco para um espectáculo, dia 30, no pa-vilhão multiusos do Parque de Exposições e Feiras. “A Rádio em festa com a música portu-guesa” foi o tema do concerto que juntou os artistas Luís Filipe Reis, Banda Lusa, Nikita, Toy, Non Stop, Bombocas, Ménito Ramos e Vamp.

trapartidas fi nanceiras”, também “pesam” no orçamento camarário para 2007.A proposta orçamental prevê a con-solidação das despesas correntes, contemplando uma redução de cer-ca de 1,5 milhões de euros, com es-pecial incidência nas denominadas despesas de funcionamento.A transferência de verbas para as Juntas de Freguesia também irá so-frer uma redução de 2,5% compara-tivamente com o ano em curso, num valor de quase 1,1 milhões de euros.No entanto, comprometeu-se Fran-cisco Santos, a autarquia vai efectuar em 2007 “investimentos em todas as freguesias rurais, tendo por base um cálculo de 50 euros por habitante, o que corresponde a um investimento global de 672.200 euros”.Quanto às Grandes Opções do Pla-no, o ano de 2007 vai estar centrado nas áreas do desporto e da cultura e na conclusão de projectos em curso.No capítulo dos novos investi-mentos, destaca-se o arranque da construção da “Cidade Desportiva”, um projecto que Francisco Santos considerou “um dos mais arrojados

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desafi os que o município pretende concretizar nos próximos anos”.Integrado na segunda fase do Parque Urbano de Beja, o projecto, com um investimento total de cinco milhões de euros, prevê, até fi nal de 2008, re-qualifi car, através da construção de novas infra-estruturas, as áreas de desporto e lazer compreendidas en-tre a Rua António Sardinha e o actual Parque da Cidade.Na área cultural, as apostas passam por um projecto internacional que pretende “afi rmar” Beja como a “ca-pital do livro infantil”, a remodelação da Biblioteca Municipal e a transfor-mação da Casa da Cultura numa es-cola de artes, apostando nos ateliers que o espaço já promove.O reinício das publicações regulares das revistas “Rodapé” e “Arquivo de Beja” e o regresso da animação da ci-dade nas noites de Verão, através do projecto Anibeja, serão outras das apostas culturais.A autarquia pretende ainda concen-trar “grande parte das suas sinergias”, segundo o autarca, na melhoria dos serviços de limpeza urbana e con-servação de espaços verdes.

Orçamento da Câ-mara de Beja para 2007 ascende a 29,6 milhões de euros – menos 1,9% do que o de 2006.

Pedro do Carmo PRESIDENTE DA CÂMARA DE OURIQUE [pág. 5]

O caminho das ilusões e do fi ngimento orçamental, que disfar-çou os resultados e adiou a resolução dos problemas estruturais, não podia levar o concelho a lado nenhum.“

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