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Director: Abel Matos Santos Ano 1 Número 2 Maio de 2006 Mensal Tiragem: 5 000 exemplares Preço: 1 Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Todos os dias há empresas a fechar, todos os dias há notícias de mais desempregados! Mas em Coruche vão ser criados mais de 300 postos de trabalho. Estimular e cativar investi- dores para apostarem no con- celho de Coruche, é uma tarefa assumida desde cedo pelo próprio presidente da Câmara, Dionísio Mendes. “Felizmente aqui está a passar-se o con- trário daquilo que está a acon- tecer noutros concelhos, ou seja, estamos a conseguir fixar empresas em Coruche” afirma o autarca, que sublinha ainda “é a prova de todas as nossas potencialidades e dinamismo! Numa altura de crise como a que vivemos, estamos a con- seguir atrair para cá alguns investimentos importantes”. Desde a indústria da cortiça, às rações animais, ao engarra- famento de águas, na fixação de mais uma superfície comer- cial de média dimensão e de um banco, Coruche tem sido nos últimos tempos escolha privilegiada de vários grupos económicos e industriais. O Grupo Amorim, que já estava presente no concelho, reforçou a sua presença, com a aquisição total da Equipar (fá- brica de cortiça de produtores locais). De Coruche vão sair para o Mundo, 1 milhão de ro- lhas de cortiça por dia, são ainda criados mais 170 postos de trabalho. O grupo ETSA volta tam- bém a preferir Coruche, desta feita para instalar a sua nova fábrica de rações para animais, onde vão ser criados pelo menos 30 novos postos de trabalho. Coruche “ganha” esta unidade industrial à Venda do Pinheiro, onde antes estava instalada. A multinacional Nestlé optou igualmente por Coruche, pela Lamarosa, onde vai ser fixa- da a nova unidade de engar- rafamento industrial de águas. Biscainho – Branca – Coruche – Couço – Erra – Fajarda – São José da Lamarosa – Santana do Mato Visite Coruche, fique por cá ... e Divirta-se! Destaques Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. A DAI não fecha, é a convicção de Diamantino Diogo, presidente da Caixa Agrícola de Coruche. Página 3 Rafael Rodrigues, comandante dos Bombeiros Municipais, em entrevista exclusiva. Página 16 A excelência do pensamento, do ilustre Arq. Gonçalo Ribeiro Telles. Página 6 Coruche cria mais 300 empregos – enquanto no País o desemprego continua a subir De novo em Grande! continua na pág. 8 > António Ribeiro Telles, triunfa na re-inauguração do Campo Pequeno. Páginas 4

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Page 1: Director: Abel Matos Santos – Ano 1 Número 2 Maio de 2006 – … A1N02 site.pdf · 2010-11-02 · de publicidade ao jornalismo. Agora venho agradecer pu- ... O agradecimento esten-de-se

Director: Abel Matos Santos – Ano 1 • Número 2 • Maio de 2006 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Todos os dias há empresas afechar, todos os dias há notíciasde mais desempregados! Masem Coruche vão ser criadosmais de 300 postos de trabalho.

Estimular e cativar investi-dores para apostarem no con-celho de Coruche, é uma tarefaassumida desde cedo pelopróprio presidente da Câmara,Dionísio Mendes. “Felizmenteaqui está a passar-se o con-trário daquilo que está a acon-tecer noutros concelhos, ou

seja, estamos a conseguir fixarempresas em Coruche” afirmao autarca, que sublinha ainda“é a prova de todas as nossaspotencialidades e dinamismo!Numa altura de crise como aque vivemos, estamos a con-seguir atrair para cá algunsinvestimentos importantes”.

Desde a indústria da cortiça,às rações animais, ao engarra-famento de águas, na fixaçãode mais uma superfície comer-cial de média dimensão e de

um banco, Coruche tem sidonos últimos tempos escolhaprivilegiada de vários gruposeconómicos e industriais.

O Grupo Amorim, que jáestava presente no concelho,reforçou a sua presença, com aaquisição total da Equipar (fá-brica de cortiça de produtoreslocais). De Coruche vão sairpara o Mundo, 1 milhão de ro-lhas de cortiça por dia, sãoainda criados mais 170 postosde trabalho.

O grupo ETSA volta tam-bém a preferir Coruche, destafeita para instalar a sua novafábrica de rações para animais,onde vão ser criados pelo menos30 novos postos de trabalho.Coruche “ganha” esta unidadeindustrial à Venda do Pinheiro,onde antes estava instalada.

A multinacional Nestléoptou igualmente por Coruche,pela Lamarosa, onde vai ser fixa-da a nova unidade de engar-rafamento industrial de águas.

Biscainho – Branca – Coruche – Couço – Erra – Fajarda – São José da Lamarosa – Santana do Mato

Visite Coruche, fique por cá ... e Divirta-se!

Destaques

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

A DAI não fecha, é a convicçãode Diamantino Diogo, presidenteda Caixa Agrícola de Coruche.

Página 3

Rafael Rodrigues, comandantedos Bombeiros Municipais, ementrevista exclusiva.

Página 16

A excelência do pensamento, doilustre Arq. Gonçalo Ribeiro Telles.

Página 6

Coruche cria mais 300 empregos– enquanto no País o desemprego continua a subir

De novo em Grande!

continua na pág. 8 >

António Ribeiro Telles, triunfa nare-inauguração do Campo Pequeno.

Páginas 4

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2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006

Director e Proprietário: Abel Matos Santos ([email protected])Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 Lisboa

Rua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche • Fax: 243675693Editor: ProCorucheNIPC: 507700376Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06ISSN: 1646-4222Periodicidade: MensalCoordenação, Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto

Agenda e Notícias: ([email protected])Redactor Principal: João Carlos Louro (CP7599)Assinaturas e Publicidade: Conceição Louro e Fernanda Balhé

([email protected]) • Tlm: 914360796 e 934674320Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda.Tiragem: 5000 exemplaresColaboraram neste número: Domingos da Costa Xavier, Gonçalo RibeiroTelles, João Alarcão Carvalho Branco, João Carlos Louro, José ManuelCaeiro, Manuel Alves dos Santos, Manuel João Balhé, José Fernando Potier,Maria Ambrósio, Marlene Mendes, Miguel Mattos Chaves, Moreira da Silva,Pedro Nascimento, Gabinete de Imprensa da CMC, Gov. Civil Santarém,ANF.Fotografias: Carlota Barros Alarcão, Inácio Ramos Jr., João Carlos Louro,Manuel Pinto, Norberto Esperança, CMC, GCS.Web: Henrique Lima

www.ojornaldecoruche.comNota do Director: No artigo sobre a reparação das pontes do número anterior, uma das fotosonde se vê a queda da ponte, pertence ao arquivo Foto África. Ao Pedro Ribeiro agradeço acedência da mesma e a disponibilidade para colaborar com o Jornal de Coruche.

Como é sabido o desideratode criar e manter um jornal,requer cumprir uma série deexigências legais e funcionais,que possam permitir a sua via-bilização. Tudo isto tem valo-res associados elevados, que sefossem todos pagos, tornariainviável a existência deste pro-jecto. Já tive oportunidade deagradecer no primeiro Editorialque fiz neste jornal, o trabalhovoluntário, abnegado e altruístada equipa deste jornal em prol

da nossa terra, desde a angariaçãode publicidade ao jornalismo.

Agora venho agradecer pu-blicamente ao Sr. AntónioJoaquim Pinto Pereira, emi-nente e conhecido programa-dor informático, natural e resi-dente em Coruche, que conce-beu e ofereceu, um moderno efuncional programa de conta-bilidade e facturação ao Jornalde Coruche, disponibilizando--se para prestar assistência técni-ca sempre que necessário.

É mais uma importante aju-da que este Jornal recebe, querpelo elevado valor de mercadoque não tem de despender parao adquirir, já que foi oferecido,quer pela avançada concepçãoinformática que facilita sobre-maneira o trabalho contabilís-tico e de cumprimento das obri-gações fiscais.

Ao António Joaquim, o nossoobrigado!

Abel Matos Santos

No passado dia 22 de Abril,o Número 1 do Jornal de Co-ruche chegava à vila.

Parte da equipa – ConceiçãoLouro, Fernanda Balhé e ManuelPinto – reuniu-se no café “OCampino” para, juntamente como cafézinho da manhã, “saborear”pela 1.ª vez, o nosso trabalho.

Veio o café, mas o jornal, comaquele cheiro a notícias e tintafrescas, tínhamos sido nós a“fazê-lo”. Momento de suprema

emoção, devo confessar.Feitas as críticas e parabeni-

zações veio o momento de satis-fazer a curiosidade, saber a opi-nião do público, o verdadeirodestinatário deste novo Jornal.

Estávamos no sítio ideal paraisso e resolvi desafiar os empre-gados a serem os primeiros acomprar o n.º 1 do jornal e, assim,ficar na história (do Jornal deCoruche, bem entendido).

Atrás do balcão, atento, estava

o Nuno Ribei-ro, que pronta-mente levan-tou a mão:

– Eu, sou eu, eu compro...Pagou o primeiro Euro e per-

guntei-lhe o que achava destenovo jornal. Enquanto o folhe-ava foi dizendo, “...é um jornalbem vindo. É necessário!”.

Obrigado Nuno e parabéns.

Manuel Pinto

Como curiosidade e para que conste, ficam os nomes do primeiro Assinante e do primeiroAnunciante do Jornal de Coruche;

Assinante n.º 1 – Sr.ª Dona Maria Luísa Santos da Costa Freire Moreira1.º Anunciante – Sociedade Agrícola Gados Sorraia, Lda.

O Jornal de Coruche Agradece!

Já nasceu... e agora?

O Primeiro a comprar o Jornal de Coruche

Parabéns aos Primeiros

Passou um mês depoisdo lançamento do pri-meiro número do Jor-

nal de Coruche. A expectati-va era grande por parte dosleitores, mas a nossa não eramenor, tal era o desejo deouvir e sentir o que se iriadizer e comentar. E recebe-mos muitas cartas de apoio,muitas sugestões, muitos pe-didos de assinaturas, publi-cidade, enfim… fomos bemrecebidos! Claro que o sen-timento que agora críamos ea boa receptividade de Coru-che e das suas gentes, exigede nós mais trabalho, maisrigor e ainda mais exigência.Contamos com o apoio e a

colaboração de todos, semexcepção.

Neste segundo número, ojornal cresceu, em páginas,diversidade de conteúdos eem participação. Temos a co-laboração do nosso conterrâ-neo e conceituado arquitectopaisagista, Gonçalo RibeiroTelles, que nos honra comum artigo sobre a transfor-mação da paisagem, na suarúbrica “Sobre Território”.Muito agradeço ao SenhorArquitecto pela disponibili-dade da sua colaboração, quese traduz numa mais valia paraa nossa terra e o nosso Jornal.

O agradecimento esten-de-se naturalmente a todosos que participaram nestenúmero dois. Neste caso, asnovas personalidades, quecom artigos de opinião e rú-bricas, surgem nesta edição.É o caso do Dr. Miguel MattosChaves, um especialista emquestões europeias, que vemdar um contributo muito

importante para o conheci-mento e a discussão da nos-sa vivência europeia. Criou--se o espaço Legis, onde nestenúmero a Dr.ª Marlene Men-des, nos fala do contrato detrabalho. E o historiador, JoãoAlarcão de Carvalho Branco,apresenta-nos um tema actu-al, sobre uma questão políti-ca determinante para a nossasoberania.

Depois, recebemos váriasnotícias, fotografias e textospara publicação, de váriaspessoas que constam da fichatécnica, e que vieram enri-quecer esta edição pela suadiversidade e interesse. Con-tinuem a enviar!

O nosso incansável jor-nalista, João Carlos Louro,fez reportagem sobre temasimportantes como, a possibi-lidade do encerramento daDAI, sobre os desafios quese colocam nos 110 anos daSociedades Instrução Coru-chense (instituição centená-

ria de ensino da música), aentrevista ao comandante dosBombeiros de Coruche, ques-tões da vida política local, ea página desportiva, entre ou-tros assuntos.

Os temas de capa. De sali-entar a reabertura da praça detoiros do Campo Pequeno, como soberbo triunfo de AntónioRibeiro Telles, na excelênciada escrita do Dr. Domingosda Costa Xavier, nas páginasda rúbrica “Sobre Toiros”,onde se podem ler outrostemas taurinos. Perdoe-me oestimado médico veterinário,mas é para mim uma honra,ter neste jornal, aquele queconsidero ser actualmente apessoa que melhor escrevesobre toiros em Portugal.

Por último, a fixação deempresas e actividades noconcelho de Coruche, crian-do-se assim mais de 300novos postos de trabalho,que permitem o desenvolvi-mento da nossa terra, é um

tema que reflecte uma reali-dade oposta ao todo nacional,e que parece resultar, entreoutros factores, também daatitude deste executivo cama-rário e do seu Presidente, nacaptação de investimento ede desenvolvimento de con-dições à fixação de empresas.

Esperemos que outrasmedidas estruturais e impor-tantes para Coruche, possamvir a ser tomadas e que esteJornal possa servir para fo-mentar as ideias e a sua dis-cussão. Além de que já vaisendo tempo de pensar nacorrecção de medidas erra-das do nosso passado já lon-gínquo que vieram preju-dicar muito a nossa terra eque hoje podem ser umamais valia importante paraCoruche. A seu tempo, láiremos.

Espero que gostem!____

Abel Matos Santos

EE D I TD I T O R I A LO R I A L

António Carrilho GalveiaMEDIADOR DE SEGUROS

Escritório:Rua 5 de Outubro, 21 - 1.ºTel./Fax 243 675 638

Contactos:Tlm. 914 196 527Tel. (resid) 243 679 495

Assine e Divulgue o nosso Jornal

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A Corart, Associação deArtesanato de Coruche, pro-move a venda de velharias ede artigos de coleccionismo,através de uma feira de rua,que se realiza na Rua deSantarém, em Coruche, to-dos os segundos Sábados decada mês, até ao final do cor-rente ano.

Esta iniciativa que é delouvar, traz a uma das princi-pais ruas da vila de Coruche,muita gente e animação, sen-do também um estímulo parao comércio local.

Velharias na Rua

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 3

O Dr. Diamantino Diogo,esclarece-nos em entrevistaao Jornal de Coruche.___

A DAI – Sociedade deDesenvolvimento Agro-Indus-trial, SA, é responsável por umdos maiores projectos agro-industriais em Portugal, tendocomo actividade principal ofabrico e comercialização deaçúcar, bem como dos sub-pro-dutos derivados da beterrabasacarina, as polpas e o melaço.

O Estado Português atri-buiu à DAI a quota nacional deprodução de 69.718 toneladasde açúcar branco, que repre-senta aproximadamente 25%das necessidades do mercadoportuguês.

A sociedade tem a sua uni-dade produtiva, no Monte daBarca, perto da vila de Coru-che (em plena região ribateja-na a cerca de 80 km de Lis-boa). A Fábrica da DAI, teve oseu início de construção em1994, depois de assinado umcontrato de investimento entreo Estado Português e a Socie-dade. O valor global do inves-

timento ascendeu a80 milhões de Eurose o início de labora-ção ocorreu no se-gundo semestre de1997.

A unidade ocupauma área total de750.000 m2 e estáequipada com a maismoderna tecnologia,estando apta a trans-formar 600.000 tone-ladas de beterrabasacarina/ano. Estaunidade fabril tor-nou-se um grande pólo de recu-peração económica, induzindoum desenvolvimento integradode toda a região.

Com 140 colaboradores per-manentes, chega a contar comperto de 300 durante o períododa campanha agrícola, sendo onível etário médio dos funcio-nários de 37 anos e a antigui-dade média de 5 anos. No quese refere à formação académica,cerca de 1/3 dos efectivosmédios da DAI possui habilita-ções de nível superior (Polité-cnico ou Universitário).

Nos últimos tempos, têm

surgido alguns rumores do pos-sível encerramento da fábrica.Um dos grandes impulsiona-dores do projecto para Coru-che, foi Diamantino Diogo, presi-dente da Caixa Agrícola de Co-ruche, entidade accionista daDAI.

Em declarações ao Jornalde Coruche, adiantou que “nãoposso garantir que a DAI irácontinuar a laborar, mas tudoestá encaminhado para que afábrica não encerre as suasportas. Os accionistas, onde aCaixa Agrícola está incluída,não querem o encerramento da

fábrica, mas têm denos criar condiçõespara que não feche.

O maior accio-nista, Dr. Maraldi,não quer o encerra-mento da fábrica”.Apesar de “O preçoda beterraba baixoucerca de 6 euros,estava a 44 eurospor tonelada, e ago-ra a União Europeiacolocou o preço a 38euros por tonelada,temos necessidade

que os agricultores façam,pelo menos 50%, da beterrabanecessária para que a fábricafuncione, na medida em quetemos uma quota de 65.000toneladas de ramas de cana deaçúcar”.

Diamantino Diogo, disseainda que é preciso fazer con-tas “de maneira que a fábricaseja rentável, precisamos doapoio dos agricultores e dogoverno sobretudo para lutarpor mais quota. Em vez das65.000 toneladas, de rama decana de açúcar, que a UniãoEuropeia nos dê a possibili-

dade de fazer 100.000 tonela-das de rama de cana de açú-car. Nós estamos preocupados,com a fábrica, com os agricul-tores e com cerca de 300 tra-balhadores”.

Acrescentou que é precisoacreditar e que “tudo iremosfazer para que a fábrica nãoencerre e se me perguntar aminha opinião, creio que há90% de possibilidades de nãoencerrar e 10% de encerrar asportas. Fizemos um investi-mento para ganhar dinheiro eagora surgiu a novidade, queé darem-nos cerca de 10 mi-lhões de contos para encerrara fábrica”.

“Seria preocupante encer-rar a maior unidade fabril, agro--industrial do País. Foi umaunidade com 10 milhões decontos de subsídios para abriras portas e agora davam-nos10 milhões de contos paraencerrar. Os accionistas, nãoestão na disposição de encer-rar a fábrica e começo a acre-ditar que a fábrica vai labo-rar”, concluiu DiamantinoDiogo.

João Carlos Louro

Diamantino Diogo, presidente da Caixa Agrícola deCoruche, não acredita que a fábrica da beterraba feche.

DAI, será que fecha?As dúvidas persistem...

Esteve patente ao público,desde o passado dia 25 deAbril e até ao dia 20 de Maio,na sala de exposições da agên-cia de Coruche da Caixa deCrédito Agrícola Mútuo, umaexposição de Banda Desenhadasobre o 25 de Abril.

Esta exposição foi organiza-da pela associação cultural Con-ta Cenas.

ExposiçãoBD's Abril

Espantalhos em festa...

R. Salvaterra de Magos, 19 – 2100-198 Coruche

Tel./Fax: 243 618 482

PRODUTOS PARA AGRICULTURA, HORTICULTURA,JARDINAGEM, COLUMBOFILIA, E PEQUENOS ANIMAIS

Ramos de NoivaDecoração de IgrejasCoroas e Palmas para Funeral

Mercado Municipal, Lj. 18 – 2100 CorucheTel. 243 675 683 – Tlm. 964 092 957

A Ludoteca da Câmara deCoruche, em parceria com a

Cantar de Galo, realizou o con-curso “Espantalhos em Festa2006”, destinado a preservar ea recriar tradições e saberesantigos.

Este concurso destinou-sea todas as turmas do ensino pré-escolar e básico das escolas deCoruche. Cada turma teve defazer um espantalho, com osmateriais e aspecto que enten-dessem. Os prémios serãoentregues no mês de Junho, nodecorrer do evento “Escola emFesta” e “Feira do Livro”,onde será montada uma expo-sição com todos os espantalhosconstruídos.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 20064

Por amável convite da admi-nistração, foi-me dado assistirdia 16 de Maio, à festa de apre-sentação do que insistem emchamar de “centro de lazer Cam-po Pequeno”. Aqui, uma primeiranota, nem que chovam picaretasjamais nos anos mais próximos

alguém chamará ao espaço outracoisa que “Praça de Toiros doCampo Pequeno”. Esta mudançade designação tem para mim omesmo aroma que a mudança denome da “Ponte sobre o Tejo”, aque alteraram o título em vinte equatro horas. Está bem de ver

que sem sucesso, excepto nosinformativos de trânsito e tão sóporque a defunta Expo obrigoua que se construísse uma outraponte, que designaram de Vascoda Gama.

Malgrado considerar que otempo de espectáculo foi excessi-vo, convenhamos que decorreucom algum ritmo e a contento,exceptuando o mau gosto deFilipe La Féria de nos fazer escu-tar a “tourada”, que Tordo cele-brizou com poema de Ary dosSantos. Que vos diga que é can-ção que faz parte do meu imagi-nário, que considero Ary um dosmaiores poetas portugueses doséculo XX, que à época o poetase empenhou numa nítida críti-ca de costumes e conseguiu umaverdadeira pedrada no charco,etc., etc., que tudo estará certo.

Agora enquanto aficionado

que rejubila por ver devolvidaao País a sua primeira praça,senti-me ofendido, o que pare-ce não ter incomodado a maio-ria que efusivamente bateu pal-mas, calhando porque não erammuitos os aficionados.

Aliás, o público convidadoera heterogéneo o que baste eadequado ao pretendido. A em-presa quis deixar provado queo espaço e multiusos e conse-guiu o seu objectivo. No entanto,eu, enquanto aficionado que parafruir toiros gosta de sol e moscas,confesso que acusei o calor e sentialguma claustrofobia enquantonão recolheram a cobertura.

Igualmente confesso que nãome é grato assistir aos toiros coma carga de artilharia cénica queé patente sobre a arena. São ferrosa mais para quem se contenta-va com os ferros das farpas.

O País assistiu ao que digoatravés da RTP1 e dispenso-mede comentários, mas sempre vosdigo que foi um luxo ver quemestre Luís Miguel da Veigaapesar de retirado, se não esque-ceu e continua sendo um espelhopara os seus pares. Foi tambémbonito constatar que perante“El Publico del Corazon” Pedri-to de Portugal mantém incólumea sua capacidade para triunfar.

O gadinho portou-se a con-tento e os amadores de Évoraestiveram bem.

O espectáculo foi divertido,mas face ao teor, nós portugue-ses que temos esta tendência,vieram-me à memória as sau-dades do velho grupo de dança“Verde Gaio”.

____

* Médico Veterinário, crítico taurino

Datas existem, por si sós,inapagáveis da memória doaficionado. A data de re-inau-guração da Praça de Toiros doCampo Pequeno é sem dúvidauma delas, razão porque o queocorreu na circunstância, pordireito entra para a história.

O evento, que uma praçatotalmente esgotada presenci-ou e que a TVI transmitiu parao País, sendo como era umacontecimento, foi dotado decartel de luxo. Três grupos deForcados de prestígio firmado;Santarém, Montemor e Lisboa,três Cavaleiros da primeira fila;João Moura, António RibeiroTelles e Rui Fernandes, enfren-taram um bom curro de toiroscom ferro Vinhas.

Moura, génio do toureio, quefoi e é, montou cátedra e deulição magistral no seu primeiro.Fernandes, credenciado com osseus êxitos em arenas de Espa-nha, deixou constância da razãode ser de tal sucesso, mas, foi onosso conterrâneo AntónioRibeiro Telles que se credencioucom o quadro de honra da noite.

Faltou entre barreiras o sau-doso Ludovino Bacatum pedindoorelhas ao agitar o seu constantelenço branco, mas lá onde estiver,estará feliz com a excelênciaexibida pelo seu apoderandode sempre. Face ao tremendosucesso lembrei-me dele, quebem gostaria de ter compartidotriunfo tão grande.

Lembrei também na altura,com as emoções ao rubro e osparcos cabelos em pé, o quantoestaria feliz Mestre DavidRibeiro Telles ao assistir ao mo-mento magistral de seu filhoAntónio. Professor jubilado eemérito da sua Universidade daTorrinha, versão actual do queforam em sua época os famo-sos “Banhos das Caldas” deVictorino Froes, Mestre Davidpor certo que montes de vezesse tem sentido realizado com obem fazer de seus filhos e netostoureiros.

Mas é certo que o plano atin-

gido por António em Lisboa nanoite de 18 de Maio de 2006,atingiu um nível tal que meparece insuperável e o que digoque me o perdoem os demaismembros da família e o própriotoureiro que agora (e já escrevoa frio…) exalto.

Muitas coisas se têm escritoe dito nos últimos tempos sobrea nobre arte de tourear a cava-lo, que notem, em regra chamolidar. Na re-inauguração doCampo Pequeno, em duas lidestranscendentes, António toure-ou a cavalo com tal verdade eclasse que em verdade se situou

num plano inexcedível.Mexeu nos toiros como enten-

dido que é, exibiu uma montedigna do melhor que se conce-be em gineta e alta escola, citoue reuniu de poder a poder dan-do vantagens seguindo os câ-nones mais ortodoxos, rematoucom classe, senhorio e rigor,executou desplantes triunfais,chegou aos mais recônditoslugares das bancadas, em sumaesteve perfeito e definitivo,asesourando tal mérito que difi-cilmente alguém o esquecerá.Responsabilidade tão grande epesada, que sendo alto motivo de

orgulho é também complicada.Que os Deuses, e, nossa Se-

nhora do Castelo, de quem suaavó e sua mãe tanto gostavame eu sentidamente recordo (fuiautor da única entrevista autori-zada de Dona Isabel, “Conversacom uma Mãe”, in Público de23/12/1990), lhe consintam aconfirmação de tal triunfo,dado que a noite histórica deque vos falo, passa na carreirade António a ser espelho e fielda balança e é por demais sabi-do que um artista de verdadenecessita de factores váriospara se expressar em plenitude.

Cá por mim, na ressaca dasemoções, somente me restaagradecer os momentos queme fez viver.

Obrigado António!!!

N.O. – Os toiros “Vinhas” queconsentiram o soberbo êxito deAntónio, tinham qualidade, bravura,peso e nome, razão que me leva aque aqui os deixe para recordaçãoda história; o segundo da ordemque lidou de nome “Pontonero”com 524 quilos brutos, que Antó-nio recebeu à gaiola e lhe propor-cionou após cravagem uma ova-ção de luxo, e, o quinto da ordem“Aguador” na papeleta, com 550quilos anunciados, o toiro queAntónio soube entender, na maiscumpre das lides a cavalo que oslongos anos que levo disto meconsentiram ver. Para que conste!

__

A Festa Foi Bonita!

A Excelência deAntónio Ribeiro Telles Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 5

Em Moura, no passado dia13 de Maio, e envolta empolémica dado que a organiza-ção particular que tutela os for-cados se revelou contrária aoevento, decorreu uma corridade toiros, em que os toirossaíram à arena arranjados masdesembolados.

Patente e claro se revelouque a emoção é diferente e peseo ter sido despontado (nalgunscasos excessivamente… mes-mo com tacos, sangravam), essenobre animal que é o toiro, aomenos parecia-se consigo mes-mo, ao invés de quando apa-rece embolado em que nem seassemelha aos seus primos.

Os artistas em praça lida-ram normalmente, como aliáslhes competia, sem qualquer

problema e os três grupos deforcados em praça pegaramcom maior ou menor dificul-dade, como se nada fosse, pesea modéstia do seu nome.

De há muito que afirmo quea nossa corrida, com a falta deemoção que cada vez mais acaracteriza, se está a auto-anu-lar, o que é pena e é bom que asfiguras repensem o seu estar edevolvam à nossa festa o queele tem perdido – Verdade!

Em Moura, ficou provado eà evidência que é possível,através de Tito Semedo, MarcoJosé, Francisco Cortes, JoãoZuquete (o mais regular nacravagem), Pedro Salvador (aenfrentar o melhor toiro e comuma lide alegre), e ManuelTelles Bastos, sem dúvida pelo

que fez, o triunfador da corri-da, pese o ter lidado sem con-cessões ao populismo.

Os Amadores de Cascais,Amareleja e Póvoa de SãoMiguel, com destaque para osprimeiros, souberam honrar asjaquetas que envergavam.

Que vos diga que o factorprimordial, os toiros, com ferroGrave, pese o evidenciaremboa apresentação, não foramde todo o elemento de sucessoda corrida.

Que se louve a empresapela audácia!

As coisas são o que são, enão raro necessitamos de nosmunir de algum distanciamento,para que friamente analisemosos fenómenos. Porque incipi-entes e incultos, os “piquenos”que os órgãos de comunicaçãosocial põem na rua para cobriros diversos eventos, parecem--me ávidos de confusão, quiçáporque a pouca tarimba aindanão lhes permite discutir aquelaanedota que corre nas redac-ções que reza que notícia é ocontar-se que um homem mor-deu um cão, dado que o contrá-rio é normal e banal.

Nesta ordem de raciocínio écerto e sabido que quando umgrupelho que se proclama defen-sor dos animais se posta provo-catoriamente à porta de umapraça de toiros é sempre notí-cia e se se congregam váriosgrupelhos, meia página nosgrandes diários está garantida.

Foi assim que na recenteinauguração da praça de toirosdo Campo Pequeno aconteceu;um jornal de referência em quejá escrevi vários anos, “OPúblico”, deu-se ao luxo deconceder meia página paranoticiar que um grupo de con-testatários ofendia quem ia aostoiros em noite de festa, esca-

moteando os palavrões indeco-rosos que se liam nalgumaspancartas e provocatoriamenteinquirindo o presidente da Câ-mara de Lisboa, como se fossecrime ele ir aos toiros, ao invésde o ouvirem sobre o que pen-sa do reatar na “sua” cidade deeventos que de forma indis-solúvel fazem parte da matrizcultural da cidade.

É triste...! É triste que sevalorizem grupelhos e se des-respeitem os milhares queesgotaram a praça até às ban-deiras, o que nos faz pensarque os anos que já passaramainda não nos consentem quenos consideremos um paísdemocrático.

No entanto, deixem-me queaqui justifique a forma e o porquêdo título deste naco de prosa;graças ao Miguel Moutinho,“O Público” noticiou a inaugu-ração da praça, já que o não fezde outra forma, e assim temosque lhe estar gratos. Por outrolado os gritos malcriados queproferiram, ao invés de respeitosuscitaram repulsa, o que tam-bém é de agradecer, dado quese se tivessem portado comopessoas ao invés de se revela-rem como um bando, as propos-tas proclamadas ainda podiam

enganar alguém e assim todosficaram sem dúvidas.

Temos ainda que mostrargratidão ao Miguel (que à mar-gem das manif`s… até me pare-ceu educado, quando o conhecipessoalmente…) por nos terpermitido que ficasse registadopor escrito o grau elevado dementira que as suas propostascontêm – distribuíram umprospecto (que como semprecom cuidado guardei) em queum indivíduo adiposo e iracundo,com quem também já lá vãouns anos largos tercei argumentosnum programa de rádio deJoaquim Letria, afirma sempudor que os cavalos de toirostêm as cordas vocais cortadas(sic!!!), que se encontra emvigor uma bula de Pio V, igno-rando os textos do seu sucessorGregório VII e o papel de D.Sebastião na circunstância e pas-me-se extraindo aleatoriamenteconclusões com base numafrase atribuída a Hemingway,como se o escritor renegasse oseu pensar aficionado, o queestou em crer que nem os anti-taurinos convence.

É por tudo isto que reiteroos meus agradecimentos aoMiguel Moutinho; caducos queestão os outros militantes, é ao

O associativismo Taurinoem Portugal, pese o que se di-ga em contrário, está bem vivo,e talvez por assim ser, a Tertú-lia Tauromáquica Sobralense,montou no 25 de Abril mais umdos seus costumeiros festivaisde promoção de jovens, eventoque decorreu com sucesso.

A pé, um novilheiro de VilaFranca que insiste em anun-ciar-se com, alcunha de artistade circo “Tó Jó”, António JoãoFerreira de seu nome, deixouprovado e à evidência que seencontra muito cru para osanos que leva de “promessa”;com o mesmo tempo de toirosjá o “Jesulin” e “El Juli” esta-vam ricos.

Sobra-lhe que tendo jeiti-nho confirmado com as banda-rilhas, lhe é sempre possívelganhar dinheiro na festa vesti-do de Prata, por muito que oque digo nos custe, tal a pobre-za do nosso meio.

Um mexicano, Jozelito Ada-

me, mostrou ganas de agradare pouco mais, mas contudomostrou que a espaços sabedespejar os novilhos para trásdas costas, com a cintura bempartida.

A cavalo, Marco Tenório,deixou provado que é filho deJoaquim Bastinhas, e ManuelTelles Bastos com duas lidesde luxo, exibiu o quanto sãoprofícuas as lições que se mi-nistram na “Universidade daTorrinha”. Tem maneiras ocachopo, e exibindo uma mon-te de luxo, deu-nos constânciade que o rigor clássico conti-nua a ter sítio no tecido taurinonacional.

Que se diga que Tenório eBastos lidaram reses com ferroRibeiro Telles, que foram pe-gados pelos Amadores deAlcochete e que nas lides a pése lidaram novilhos Palha, queembora sem trapio, consegui-ram estar por cima dos novi-lheiros que os enfrentaram.

Por melhor que seja a estu-cada, jamais ouvi clamar numapraça de toiros espanhola aomatador que executasse maisuma, consciente que está o res-peitável, que a sorte supremasó por infelicidade se repete.

Quiçá porque assim é, ébom que aqui refira quão tristefico ao verificar o que se passanas nossas praças. O toiro dehá muito mostrou que acabou,o cavaleiro já suou as estopinhas

para despachar o ferro que supor-tava na mão e um conclave querevela saber de toiros o que eusei de língua chinesa, quandocom honra o cavaleiro com amissão cumprida, pretende reti-rar-se, clama desalmadamente– Mais Um…!

Por vezes, as coisas corrembem, nem sempre… e ai, é bomque se diga que cabe à figuraadministrar a sua lide a contento.Diz-se, e a maioria das situações

parece que o confirma, que “nãoexistem figuras do toureio seminteligência”. Que bom seria queas nossas figuras da cavalaria nãoestropiassem o que de bem feitojá fizeram, e cedendo à tentaçãodo “mais um…!” nos deixem comdúvidas da veracidade da frasefeita que supra deixei citada.

Que assim seja… Que a nossafestazinha anda tão mal, que jánão deixa espaço a concessõesgratuitas.

No Sobral

Mais Um …

Obrigado Miguel Moutinho

O P I N I Ã O

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Passados anos de incerte-zas, a Praça de Toiros do Cam-po Pequeno abriu as portas sobo slogan feliz “De Novo emGrande”.

Rejubilamos, dado que talpraça, a única de temporada quetemos, tem valor inestimável noque reporta ao pautar a nossaFesta. Souberam os seus admi-nistradores encarregar Rui BentoVasques da gestão taurina, econhecidas que são as suas carac-terísticas profissionais e huma-nas, tal facto só por si é motivode esperança para a aficion,dado que o matador nos habi-tuou a fazer bem feito.

As datas ai estão, dando-nosa certeza de que tudo está atem-padamente programado e já agora,que vos deixemos com os nú-meros que a empresa nos deu,para que os aficionados possamefectuar as suas reservas.217 998 450 e 217 998 456

Boas Corridas…!

Rejubilamos…TTEEMMPPOORRAADDAA

TTAAUURROOMMÁÁQQUUIICCAA 22000066

• 15 Corridas de Toiros •

Nocturnas de 5.ª Feiraestão de Volta

18 de MaioCorrida de Inauguração

25 de MaioFabulosa Corrida Mista

1 de JunhoNovilhada de Promoção

8 de JunhoAlternativa de João Moura

Caetano…

21 de SetembroGrandes Triunfadores do

Campo Pequeno

Afinal é Possível !!!

momento a figura visível domovimento de contestação àFesta e é jovem e por certo estápara lavar e durar. Por isso nãodesista, continue, dado que quan-do se manifesta e convoca osmiúdos dos jornais é de suces-so garantido, e nós agradece-mos porque se fala da Festa detoiros, e como diria o meu sau-doso avô Domingos, de nósque digam qualquer coisa nemque seja mal.

E Miguel, já agora, na próxi-ma “manif” ponha lá aquelegrupo de despidocas que costu-mamos ver em Pamplona a gri-tar de maminhas badalantes,

que ao menos o pagode diver-te-se, já que, desta vez, arregi-mentou para o grupinho aSofia Aparício, que sabe-se láporquê mais parece uma passade figo que já nem peito tem.Vale…?

Este artigo é cortesia darevista

Nenhuma tragédia me conseguiuinteressar tanto… cruel ou não, esteespectáculo tem tais atractivos… quenão se pode nem consegue renunciara ele.

Prosper de Mérimée

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 20066

A Transformação da PaisagemArq. Gonçalo Ribeiro Telles

SOBRE TERRITÓRIO

A expansão urbana continuaa alastrar por vastas áreas onde,antes dominava a ruralidade ea sua paisagem, substituindouma e outra pela densa massado betão.

A transformação da paisa-gem, face à expansão do fenó-meno urbano, não deveria cons-tituir uma simples substituiçãomas, pelo contrário, uma trans-formação que estabelecesse denovo um relacionamento entrea cidade e o campo.

As paisagens rurais tradicio-nais que ainda estão em equilí-brio, apresentam uma estruturaviva, permanente de protecção.Nas zonas secas as matas, ma-tos e sebes, constituem uma redeque compartimenta e abriga oscampos cultivados e os monta-dos, enquanto, nas zonas húmi-das das lezírias e aluviões dosvales, as cortinas de arvoredo,as galerias ripícolas e a vege-tação própria das margens daslinhas de água, protegem oscursos de água e as culturas. Oequilíbrio do sistema hídrico,quanto à infiltração, retenção edrenagem, é fundamental man-ter-se na transformação da pai-sagem.

A política de ordenamentodo território tem esquecidoaqueles valores e os sistemasecológicos que substanciam apaisagem, não só, no planea-mento das áreas de maior inci-dência urbana, como também,nas áreas rurais, onde num casoe outro é indispensável mantero zonamento ecológico e acompartimentação da paisa-gem, como estrutura de pro-tecção às áreas cultivadas e àsustentabilidade ecológica efísica do território.

A expansão urbana con-tinua inconscientemente aocupar os solos mais férteisdos vales e planaltos, eliminan-do a agricultura de vastas

áreas e a destruir a estruturaecológica de que depende asustentabilidade, não só daagricultura, como também dascidades, vilas e novas áreasurbanas.

Na “Área Metropolitana deLisboa”, uma massa edificadaalastra indiscriminadamentepor todo o território. Em 20 anos,segundo a CRRARO (ComissãoRegional de Reserva Agrícolado Ribatejo e Oeste), calcula--se em 20.000 hectares as áreasclassificadas com RAN (ReservaAgrícola Nacional) já desafec-tadas da sua aptidão na regiãode Lisboa e Vale do Tejo.

Tal facto, é devido a umapolítica urbanística que se pre-ocupa exclusivamente, com amáxima edificabilidade, preen-chendo, preenchendo todos os“espaços vazios” que sejamservidos pela rede viária ouferroviária, e donde é expulsa aagricultura.

Nos vales ocuparam-se leitosde cheia e linhas de água. Surgi-ram urbanizações nas terras damelhor aptidão agrícola e emencostas declivosas de frágil esta-bilidade. Destruíram-se matas,montados e pinhais.

Conjuntos urbanos de densi-dade excessiva e de grande volu-metria alastram casuisticamentepelo território, à custa da des-truição de quintas, casais e paisa-gens notáveis, comprometendoa circulação da água e a vidasilvestre.

A agricultura diversificada,de cariz mediterrânico e aestrutura ecológica da paisa-gem, bases da sustentabilidadedo território, são hoje aspectosconsiderados como dispensá-veis, ou mesmo, são obstáculos,ao desenvolvimento urbano,que alastra confusamente peloterritório.

A paisagem degradou-se edescaracterizaram-se os aglome-

rados históricos, prejudicando aseconomias regionais e a vidaquotidiana das suas populaçõespara, em seu lugar, surgiremurbanizações onde, em grandeparte, as habitações estão porvender ou alugar, enquantomuitas das coisas existentesentraram em ruína e estão aban-donadas

O espaço rural ficará redu-zido aos povoamentos flores-tais monoespecíficos e à agro-química, de expressão industrial,nos solos de fertilidade excep-cional.

A “florestação” tem no nossopaís povoado o despovoamento,a “morte” das aldeias e o desapa-recimento da agricultura familiar.

A chamada política de mo-dernização da agricultura temdesenvolvido as monoculturasde eucalipto e pinheirobravo ea vinha, tendo abandonado asrestantes culturas arbóreo-arbustivas mediterrânicas, pro-moveu o emprego de máquinasagrícolas desajustadas ao relevoe tipos dos nossos solos, comoúnica maneira, juntamente coma adubação química, de aumen-tar a produtividade por unidadede superfície e incrementou,indirectamente, a pecuária esta-bulada.

Não se tem defendido a mo-bilização mínima, benefician-do cada vez mais uma explo-ração da terra dependente deexternalidades energéticas eempobrecedoras do fundo defertilidade dos solos.

Nas áreas metropolitanasdo litoral e em redor das cida-des e vilas do interior tem-seprovocado o abandono da acti-vidade agrícola e destruído ma-tas, montados, soutos, pinhais eolivais, bem como expressivosvalores culturais como quintase estruturas de paisagens notá-veis com o fim de permitir aconstrução civil especulativa e

a florestação industrial emnome de uma falsa ideias deprogresso, sem admitir queestão a ser postos em causavalores culturais e sociais e aprópria saúde, subsistência edignidade das populações.

A beleza das paisagens des-perta nas pessoas que nelasnasceram ou nelas se integra-ram, sentimentos de reconheci-mento e amor e referências his-tóricas e familiares. Os laços devizinhança e o sentido comunitá-rio de uma população apoiam--se muito nesta realidade, quepor isso assume um valor trans-cendente de interesse nacional,porque é um dos principais ele-mentos que definem a identidadecultural duma região e de umpaís. A degradação das pais-agens que se verifica, assus-tadoramente, por todo o país,torna-as repulsivas para oshabitantes e desprezíveis parao turismo e não permite garan-tir o futuro dos nossos filhosnuma comunidade que se identi-fica numa cultura e tem umpassado. Há, portanto que recu-perar a agricultura local de abaste-cimento das cidades e vilas.

O desaparecimento da agri-cultura tradicional nas perife-rias urbanas tem tido as pioresconsequências para a vida esustentabilidade das popula-ções. As cidades e vilas depen-diam dos alimentos frescosproduzidos na sua periferia queestão, agora, a ser trazidos dezonas cada vez mais afastadas.

Muito em breve, não serápossível abastecer de alimentosfrescos as populações urbanaspor barco, avião, caminho deferro ou TIR. Transportar estesalimentos é transportar grandesvolumes da água a grandes dis-tâncias, o que acarreta, paraalém da perda da sua quali-dade, um custo elevadíssimo.

Nos primeiros anos do sécu-

lo XXI, mais de 80% da popu-lação mundial viverá em cida-des e mais de 200 milhões emgrandes metrópoles. Como ali-mentar essas populações quefugiram à degradação do mun-do rural e procuram melhorescondições de vida? Se é pos-sível transportar e conservar osamidos e as proteínas, maisdifícil será resolver o problemado abastecimento de frescos(vitaminas). O transporte dosalimentos de avião, camião,ferrovia ou barco obriga à uti-lização de energia fóssil que,para mais, tenderá a decrescera aprtir do ano 2010 devido àsnegativas consequências ambi-entais resultantes do seu uso,em especial a emissão crescentede gases.

Há que fomentar uma agri-cultura que responda às neces-sidades diárias e essenciais doabastecimento das populaçõescada vez mais urbanas. A urba-nização cresce, actualmente, àcusta da destruição de recursosnaturais e da degradação devalores culturais, avançandosobre o território sem olhar acustos energéticos e à susten-tabilidade ecológica. Em facede tal crescimento há que recriara unidade urbe-ager (cidade--campo) como um objectivofundamental do Ordenamentodo Território e do Urbanismo.

As revisões em curso dosPlanos Directores Municipais,não podem deixar de considerara criação da Estrutura Ecoló-gica Municipal, como estabe-lece o Decreto-Lei 380/99, e oabastecimento em produtos fres-cos dos mercados locais por umaprodução o mais próxima doconsumidor.

A seguir:

- AEstrutura Ecológica Municipal- A Defesa do Solo Vivo

PAPELARIA • LIVRARIAMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO DDEE EESSCCRRIITTÓÓRRIIOO LLEEVVIIRRAA

R. de Santarém, 76 • 2100-228 Coruche

Tel./Fax 243 679 422

Leituras ao Serão

23 de Junho, pelas 21 horas

Local:Museu Municipal de Coruche

Organização:Assoc. para o Estudo e Defesado Património Cultural e Natural

do Concelho de CorucheCoruche precisa de melhores acessibilidades !

Bairro da Areia, 122 – 2100-018 Coruche

Tel. 243 617 552

Grandes Salões deExposição

MÓVEIS SORRAIA

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 7

32º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRILAs imagens que ficam da festa em Coruche

PSD de Coruche, em Tra-balho Autárquico, CriticaMaioria do PS na Câmara.___

O Grupo Municipal do PSDde Coruche, aproveitou a co-memoração dos 32 anos do 25de Abril e encetou uma jornadade trabalho autárquico, em queouviu os autarcas das váriasFreguesias, tendo registado al-gumas preocupações.

Segundo Francisco Gaspar,vogal do PSD na AssembleiaMunicipal, “a inexistência deprotocolos e atraso na negoci-ação com a Câmara Municipal(CMC), a dificuldade com quese debatem as juntas de fregue-sia no que toca à gestão dosarruamentos e esgotos, com anão construção dos arruamen-tos já prometidos, nomeada-mente as promessas eleitoraisque na altura foram identifi-cadas como imediatas e funda-mentais.

Por exemplo na Branca, Bis-cainho e Couço. A necessidadeurgente da construção dasETAR´s do Couço, Branca eFajarda que não avançam e

parecem esquecidos na CULT,provavelmente devido à faltade influência da CMC, são out-ras das preocupações”.

“A indefinição no começode obras, como se verifica noBiscainho, com o arranque daconstrução do centro social, afalta generalizada de condi-ções desportivas nas váriasFreguesias e as assimetriasentre estas, pois algumas con-tinuam sem ringue, ao mesmotempo que outras já têm cam-pos e ringues relvados. Impõe--se no entender do PSD, umamaior equidade na gestão dosfundos comunitários, aplican-do uma maior proporcionali-dade na distribuição dos equi-pamentos sociais, pelas difer-

entes freguesias, só é possívelo aproveitamento dos fundos,se estes forem geridos commaior equidade. Era o que fariao PSD se estivesse no poderem Coruche e voltamos a ape-lar a uma maior justiça social,bem como a uma melhor políti-ca de juventude para o concelho.

Comemorar Abril, é come-morar o poder autárquico e lo-cal, reforçar o trabalho entreautarcas, dando voz a quemtodos os dias sente os proble-mas da sua terra e trabalhapara a sua resolução, comosão os presidentes de junta defreguesia e os seus vogais”,salientou Francisco Gaspar,através de nota de imprensa, doGrupo Municipal do PSD.

Mendes responde

O Presidente da Autarquiade Coruche, Dionísio Mendes,confrontado com estas críticaspor parte do PSD, adiantou que“não dou importância a estascríticas do PSD, embora emdemocracia tenhamos de res-peitar as opiniões. Por um lado,efectivamente são ditas coisas

que não correspondem à ver-dade e nomeadamente em rela-ção às reuniões do Grupo Muni-cipal do PSD com as juntas defreguesia. Fazendo uma ronda,pelas freguesias, tenho a noçãoque isso não corresponde àverdade, mais de metade dasjuntas não foram contactadas.

Outro aspecto, tem a vercom uma evidente procura deprotagonismo por parte dovogal Francisco Gaspar, quepretende ser candidato à con-celhia do PSD de Coruche ecomo tal está à procura dealgum destaque para ser con-hecido. Penso que, escolheumal o caminho, e não dominaos temas dos quais destaca.

Recordo que, no Biscainho,

estamos a fazer duas ruas queestavam no nosso programaeleitoral, no Couço estamos afazer a Zona Industrial e naBranca estão adjudicadas arua da cooperativa e do lagare foram abertas propostas,para a construção do camposintético na Branca”.

Relativamente às ETAR´s,o edil referiu que “tudo estáprogramado no âmbito do tra-balho com a CULT e não setrata de ter mais ou menosinfluência. No ano de 2005,investimos cerca de 450 eurospor munícipe no concelho deCoruche, na sequência do bomaproveitamento dos fundoscomunitários. Aliás devo dizer,que 2005 foi logo a seguir a2003 o ano em que mais inves-timento foi feito no concelhode Coruche desde sempre.

Para 2006 continuamos acumprir o que estava inscritono nosso programa eleitoral,com toda a seriedade. Temosreunido com as Juntas de Fre-guesia e com quem estamos adesenvolver protocolos”, salien-tou o autarca.

JCL

PSD critica a gestão da maioria PS na Autarquia

24 de JunhoFestival de Folclore e 41.º AniversárioRancho Folclórico Regional do Sorraia

Bairro da Areia - Coruche

Local:Sociedade Recreativa do Bairro da Areia

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 20068

SINTOMAS MAIS COMUNSPsíquicos– Isolamento e retraimento

face à família e amigos– Obsessão por conseguir um

peso muito baixo– Pânico de ganhar peso, que

se traduz por um abuso descon-trolado de laxantes e diuréticos

– Depressão e/ou mudançasbruscas e exageradas de humor

– Ideias suicidas– Constante preocupação com

o aspecto físico, não existindoconcordância entre a imagem cor-poral de si mesma e a realidade

– Auto-estima em função dopeso: “Se emagrecesse mais 5 qui-los, arranjava namorado, encontra-va trabalho...”

– Mentiras frequentes relacio-nadas com a comida ou o exercício

Físicos– Aumento das cáries, perio-

dontites, hiper-sensibilidade dentária– Dores abdominais, sensação

de saciedade, cólon irritável, pan-creatite, úlceras, gastrite

– Irregularidades na menstru-ação amenorreia, infertilidade,atrofia vaginal, decréscimo doapetite sexual

– Anemia, deficiência hormo-nal, queda de cabelo, pele seca,intolerância ao frio

– Perturbações renais e cardio-vasculares

– Osteoporose

OBESIDADE E BINGEEATING

A obesidade pode ser definidacomo um excesso de peso, prove-niente de um aumento de tecidoadiposo (gordura) no organismo,suficiente para provocar danos nasaúde do indivíduo.

Actualmente, os especialistasidentificaram já vários factores quecontribuem para o seu apareci-mento. Regra geral, há uma predis-posição genética, o que explica queem certas famílias a obesidade sejamuito frequente, enquanto noutrasé quase inexistente.

Além da predisposição gené-tica, os factores ambientais, comoos erros alimentares, também assu-mem grande importância. Estestraduzem-se numa ingestão caló-rica excessiva, dando preferênciaaos alimentos mais ricos em calo-rias (por exemplo, os doces e oálcool).

Aliado a tudo isto, está muitasvezes a diminuição do consumoenergético por falta de actividadefísica, ou seja, devido à vida seden-tária que se pratica.

A obesidade é um factor derisco decisivo para o desenvolvi-mento das doenças cardiovascula-res. Os obesos sofrem com maiorfrequência de hipertensão arterial,colesterol mais elevado e maiorresistência à insulina.

A medida para determinarqual o peso ideal para cada pessoaé o índice de Massa Corporal

(IMC), calculada através da divi-são do peso em Kg pela altura emmetros ao quadrado.

Índice de Massa Corporal até:19 – Magreza

19 - 24 – Normal25 - 29 – Excesso de peso30 - 39 – Obesidade

> 40 – Obesidade mórbida

Em termos médicos, um indi-víduo é considerado obeso quan-do a proporção de massa gordaem relação à massa corporal ul-trapassa os valores recomendados.Nos caso dos homens, este valornão deverá exceder os 10 por cen-to, enquanto que nas mulheres nãodeve ir além dos 20/25 por cento.

Aobesidade mórbida é caracte-rizada por um excesso de gorduracom um IMC superior a 40, geral-mente associado a um exagero naalimentação, à reduzida activi-dade física e a alterações endócri-nas e metabólicas.

Crise de voracidade alimentarsem purga é a tradução mais ade-quada para binge eating. Este dis-túrbio do comportamento alimen-tar caracteriza-se pela ingestãodescontrolada de comida e conse-quente aumento de peso.

Ao contrário do que é maiscomum nas situações de bulimianervosa, as crises de voracidadealimentar também afectam os ho-mens. O problema pode mesmoter início na infância, quando sãoformados os hábitos alimentares.

O indivíduo afectado vê nosalimentos a forma de ultrapassaro stress, os conflitos emocionais eos obstáculos do dia-a-dia. Quan-to mais peso ganha, mais se esfor-ça por fazer dieta. E são, normal-mente, as dietas que conduzem àingestão excessiva de alimentos,precedida de sentimentos de cul-pa e fracasso.

De um modo geral, o doentesente-se fora de controlo, mastem consciência de que os seushábitos alimentares não são nor-mais. Tal como na bulimia nervo-sa e comparando com os pacientesde anorexia, têm mais facilidadeem reconhecer o problema.

COMO TRATAR ASDOENÇAS DO COMPOR-TAMENTO ALIMENTAR?

O primeiro passo para o trata-mento destas doenças é consultarum médico especialista em distúr-bios do comportamento alimentar.Tendo como base este tipo de assis-tência, o plano de tratamento con-siste, numa fase inicial, em entenderas necessidades de cada indivíduo.

O tratamento depende do esta-do de cada doente, do conheci-mento das razões que estão pordetrás do desencadear destas doen-ças (personalidade e problemas psi-cológicos) e, sobretudo, da motiva-ção e cooperação da pessoa.

Habitualmente, o tratamento écomposto por quatro fases:

1.ª – Tratamento do problemaalimentar, juntamente com o

restabelecimento de um peso nor-mal e correcto padrão alimentar

2.ª – Encontrar os problemasque desencadearam a doença

3.ª – Fazer terapia individual efamiliar de forma a alterar com-portamentos que estão na base dodesenvolvimento da doença

4.ª – Criar um suporte a longoprazo para o restabelecimento deuma vida normal.

O tratamento exige ainda asupervisão e aconselhamento dedietas em conjunto com terapiaspsicológicas. Estas incluem ter-apia cognitiva, psicoterapias, ter-apia familiar e de grupo. Qualquerdestas doenças está associada àexposição de emoções fortes, oque significa que o tratamentoserá sempre encarado com algu-ma ansiedade, não só por parte dodoente mas também da família.

Estas perturbações alimenta-res envolvem sempre motivos desofrimento. Um deles é a debilita-da auto-estima. O indivíduo afec-tado rejeita-se a si próprio.

Estes doentes suportam mal asolidão e são invadidos por senti-mentos de culpa e vergonha.Outra fonte de dor é a má imagemque têm de si mesmos, não estãoconformados com o seu corpo etentam modificá-lo continuamen-te, sem nunca ficarem satisfeitos.

Obsessões com a Comida (PARTE II)

– Anorexia e Bulimia Nervosas

* Assistente Hospitalar EspecialistaServiço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria, LisboaMestre em Psicologia da Saúde

(continuação do número anterior)

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

A - ALMEIDARUA DA MISERICÓRDIA, 16 2100-134 CORUCHE TEL: 243 617 068

B - FRAZÃORUA DIREITA, 64 2100-167 CORUCHE TEL: 243 660 099

C - HIGIENERUA DA MISERICÓRDIA, 11 2100-134 CORUCHE TEL: 243 675 070

D - MISERICÓRDIALARGO S. PEDRO, 4 2100-111 CORUCHE TEL: 243 610 370

– OLIVEIRARUA DO COMÉRCIO, 72 2100-330 COUÇOTEL: 243 650 297

– S. JOSÉRUA JÚLIO DINIS, Nº 3 - B 2100-405 LAMAROSATEL: 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

www.hds.min-saude.ptMail: [email protected]

Tel: 243 300 860243 300 861

Linha AzulTel: 243 370 578

Extensão de Saúde CouçoRua Sacadura Cabral

2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

Biscaínho - 243 689 129Lamarosa - 243 724 113As farmácias do Couço e Lamarosa estão sempre de serviço, por serem as únicas.

Fonte ANFFARMÁCIAS DE SERVIÇO

JUNHO 2006

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S

O Pingo Doce vai abrir nacapital do Sorraia. O GrupoJerónimo Martins está atentoao mercado e decidiu avançarcom a abertura desta superfíciecomercial, com um investi-mento de dois milhões de eurose criando mais 83 postos detrabalho. O banco BPI vai tam-bém abrir um novo balcão emCoruche, confirmando o poten-cial de desenvolvimento da re-gião.

Saúda-se também a audáciados empresários locais que vão

investir forte em Coruche. Cercade 1 milhão e 250 mil eurosvão ser aplicados numa unida-de industrial de transformaçãode carnes, que empregará, pelomenos, 16 pessoas. A fábricafica instalada na zona industri-al do Monte da Barca, sendoque a partir de Outubro próxi-mo, começam a sair os primei-ros produtos. Dos enchidos àcarne embalada, a Tomás eFerreira promete entrar nomercado com excelentes preçose qualidade.

Na vila do Couço continuaem marcha a dinamização e fixa-ção de empresas, na finalmen-te, implantada Zona Industrial.“Esta vitalidade económica doconcelho deixa-me orgulhoso esobretudo confiante num futurorisonho para a nossa terra.Vejo no horizonte excelentesperspectivas para que pos-samos definitivamente fixarmais população, e especial-mente os nossos jovens, porcá” afirma convicto, o presi-dente Dionísio Mendes.

> continuação da 1.ª pág.

Coruche cria mais 300 empregosDr.ª ConceiçãoDr. Mendonça

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 9

Apresentação pública do Jornal de Coruche– no pátio do Museu Municipal

No passado dia 7 de Maiopelas 16 horas, no pátio doMuseu Municipal de Coru-che, decorreu a apresentaçãopública do novo Jornal deCoruche.__

A cerimónia, visou assinalarpublicamente o aparecimentodo novo órgão de comunicaçãosocial do Concelho de Coruche,tendo contado com a presençade muitos Coruchenses e ami-gos da nossa terra.

O Director do Jornal de Co-ruche, Dr. Abel Matos Santos,agradeceu a todos a presença eenalteceu o apoio que toda apopulação tem demonstradopor este projecto, e em particularà equipa que compõe o Jornal.Matos Santos, agradeceu aindao apoio incondicional do Presi-dente da Câmara de Coruche, Dr.Dionísio Mendes, que diz ter sido“decisivo para avançar com estainiciativa”.

Seguidamente, Dionísio Men-des, referiu a importância da cria-ção do novo Jornal de Coruche,tendo deixado palavras de estí-mulo ao Director e a toda a suaequipa. O edil, referiu aindaque “não deixa de ser curiosocomo muitas vezes são os natu-rais da terra, como o Dr. Abel

que está fora, e eu também es-tive, que a ligação, as raízes eas saudades da terra, nos mo-vem a fazer o bem pela nossaterra”. Dionísio Mendes, adian-tou ainda que “é necessáriamuita coragem e ousadia paralançar no mercado este projec-to que faz falta para Coruche.De alguma forma, é o comple-tar de uma lacuna que existiacom o final do jornal O Sor-raia. Por outro lado, foi neces-sária inovação neste jornal,porque ao preencher esta lacu-na, veio trazer e criar um novoespaço e projectar Coruchepara o exterior”.

Para o Dr. Diamantino Dio-go, Presidente da Caixa Agrí-

cola de Coruche, “é preciso tercoragem para lançar este jor-nal, mas é com corajosos queestes projectos avançam. O quesabemos é que há necessidadede termos um jornal em Coruchee temos de felicitar quem teve acoragem de arrancar com esteprojecto. Desejo as maiores feli-cidades, porque efectivamente énecessário um jornal. Agora,quem fez o estudo económicosabe da realidade deste conce-lho. De qualquer forma, a Cai-xa Agrícola apoia este projec-to, porque faz falta ao nossoconcelho, face ao encerramen-to do jornal O Sorraia”, adian-tou Diamantino Diogo.

Para Abel Matos Santos,

Director do Jornal de Coruche,“esta apresentação do Jornalfoi um evento simpático e algofamiliar. Foi agradável reverpessoas que há muitos anosnão via e foi bom ter as forçasvivas da nossa terra a apoiar--nos nesta iniciativa. Este Jor-nal só poderá ter continuidadecom o apoio que nos foi dado,através das pessoas que com-praram a 1.ª edição do jornal eque nele anunciaram. Na 1ªedição dos cerca de 5.000 exem-plares restam poucas centenase acho que foi um sucesso. Aspessoas do concelho, e aquelasespalhadas pelo País e peloMundo estavam sedentas echeias de vontade de voltar a

ter um jornal da sua terra.Espero que possamos melho-rar em próximas edições, tam-bém com o contributo daquelesque lêem o jornal, que devem

enviar críticas, sugestões eparticipar neste projecto. Pen-so que não faz sentido, poragora, este jornal ser quinze-nal, porque os factores da quali-dade do trabalho jornalístico,da qualidade gráfica e do su-porte em papel têm um preço.A credibilidade e isenção, alémdo rigor são outros factoresfundamentais para que esteprojecto se possa manter e pos-sa ser válido. Em termos econó-micos e de gestão de conteúdos,manter uma edição mensal tor-na viável este projecto. Coruchenão tem uma actividade eco-nómica que permita publicitarquinzenalmente. Penso que, nospróximos meses este Jornal,será sempre um mensário,para ter uma boa saúde finan-ceira e estabilidade redac-torial”, salientou o director doJornal de Coruche.

No final da apresentação,seguiu-se um beberete, servidopela pastelaria Arco Íris, ondese puderam apreciar alguns dostradicionais doces de Coruche.

___JCL

Na noite de 21 de Maio nodecorrer de uma vigília de“velada de armas” no Agrupa-mento 119 do Corpo Nacionalde Escutas em Coruche, assis-timos a um acontecimento quehá muito não acontecianeste agrupamento.

Um Clã, procla-mando publicamenteas suas regras eassumindo indivi-dualmente por cadaum dos caminheiros asua defesa e cumprimento.Um grupo de quase vinte pes-soas com umas capas vermel-has sobre os ombros, causou aprimeira admiração, poisnunca em público e ainda maisna Igreja; símbolo menor dasua “ordem” as capas tinhasido apresentado em público,juntamente com o seu “pendão”símbolo maior, surgiu numecrã o texto e as assinaturasdos elementos que compun-ham a quarta secção, confir-madas pelos chefes de clã e pelochefe do Agrupamento.

Ficou assim assinada e pro-clamada a CARTA DO CLÃ18 S.º PEDRO. Após o cerimo-

nial normal da Velada de Ar-mas, realizou-se um cerimonialque há mais de 30 anos, nãoacontecia no Agrupamento, a“Partida” de cinco Caminheiros.

Apresentaram-se rigorosa-mente uniformizados, apetre-chados com todo o equipamen-to necessário para a sua últimacaminhada. Toda a mística docaminheiro foi apresentada,foi-lhes entregue a tenda, o pão,o fogo (luz) a bíblia (pão parao espírito) e confirmada a ami-zade e irmandade de todo o clã,tudo carregado na mochila,símbolo do seu desprendimento.

O João Alves, a Rita Bordad’Água, o Rodrigo Lopes, a Lúcia

Prancha e a Ma-ria Rita Pirralhoapresentaram odesejo de “par-tir”, desde os seusverdes anos queao ingressaremnos Lobitos de-ram início a uma“carreira escutis-ta” que depois depassarem por maistrês secções, osExploradores, os

Pioneiros e por fim os Caminhei-ros.

E “PARTIRAM” Escuteirouma vez, Escuteiro para toda avida.

AS PROMESSASSOLENES

No Domingo 22 de Maio naIgreja Matriz, efectuaram-se ascerimónias de investidura, as“Promessas dos elementos doAgrupamento 119-Coruche”.Celebrada a Eucaristia peloPadre Elias Serrano, com apresença de alguns elementosda J.R. de Évora, de dirigentesde Mora, de Samora Correia edo Agrupamento 119 de Coru-che, fizeram a sua promessa de

LOBITOS os seguintes ele-mentos: Afonso Garcia, AfonsoRoque, Andreia Leitão, Ana LuísaCanhão, Beatriz Miranda, BrunaSalvador, Emanuel Vicente,Leonardo Lucas, Joana Ferreira,José Nuno Alves, Maria Leo-nor Capricho, Pedro Montoia.

Os EXPLORADORES fo-ram: André Galamba, BeatrizSantos, João Gomes, JoséDiogo Ferreira, Laura Tadeia,Maria Semedo, Maria Arcadi-

nho, Nuno Diniz, Mónica Fer-nandes, Miguel Macário, JoãoCarlos Ferreira, Pedro Costa,Raquel Palma Rita, Sara Jacintoe Samuel Arcadinho.

Os PIONEIROS que fizerama sua promessa foram: AndréCardoso, Cristina Dias, DiogoLucas, Joana Rita Oliveira, Luís

Nobre, Margarida Morais, Pe-dro Diniz e Madalena Simões.

Por último, fizeram a suainvestidura como CAMINHEI-ROS os noviços; Filipe Morais,Maria Ana Santos, Filipa Cara-pau, Bárbara Santos, Ana Mar-garida, Ana Luísa Alves, Bár-bara Montoia, Pedro Amaro,Ricardo Correia, Miguel Raposoe Luís Parreira.

Na escadaria da Igreja deS.º João Baptista, foi tirada a

habitual foto de famí-lia com os presenteselementos do 119 eos convidados. Emseguida rumaram àQuinta de Omniaonde se efectuou umalmoço partilhado edurante a tarde pro-cedeu-se a entregade diplomas aos ele-

mentos que fizeram a promes-sa neste dia, bem como asinsígnias de competências eespecialidades a quem as tinhaprestado.

Um dia em “GRANDE”.

Moreira da Silva

Cerimónias Escutistas em Coruche – Velada de Armas

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Decorreu no último fim-de--semana de Abril, no PavilhãoDesportivo Municipal, em Co-ruche, o I Encontro de Saúde eDesporto. Esta iniciativa daAjocor Social contou com oapoio da Câmara Municipal eCentro de Saúde de Coruche,Corpo de Dadores Benévolosde Sangue de Coruche e EscolaSuperior de Tecnologias daSaúde de Lisboa.

Neste encontro realizaram-serastreios de cardiologia, fisiote-rapia, ortoprotesia, dietética, au-las de grupo, colheita de sangue,

jogos e cicloturismo. Os objec-tivos do encontro foram a pro-moção da saúde e do bem-estar, através do fornecimentode informação relativa à pre-venção e ao despiste de doen-ças e da prática da actividadefísica, de modo a melhorar aqualidade de vida.

Em declarações ao Jornalde Coruche, Francisco Tomáz,elemento da Ajocor Socialadiantou que “o balanço é bas-tante positivo e os objectivoseram alertar e promover oscuidados de saúde das pes-

soas. Os rastreios foram muitoimportantes, pois as pessoastomaram a noção do real esta-do da sua saúde e a actividadefísica é um excelente meio deprevenção de várias doenças”.

Nesta iniciativa participa-ram largas centenas de pessoasde todas as idades, sobretudonos rastreios da responsabili-dade da Escola Superior Tecno-logias da Saúde de Lisboa.

Segundo Francisco Tomáz,“o objectivo da Ajocor Socialé continuar com esta iniciativano próximo ano em parceriacom diversas entidades”.

JCL

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200610

As questões Políticas (parte 1ª)

– Os conflitos-base, latentes, não resolvidos na Europa. Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

O divórcio entre os centrosde decisão política e opiniãopública.____

Este é um problema real,que ocupa o pensamento daspessoas mais lúcidas, dos nos-sos dias, e que ocupou a mentede pessoas esclarecidas da gera-ção dos fundadores, do presentemodelo de união entre os diversosPovos e Estados da Europa.

Enquanto que em algunspaíses se organizaram, e se con-tinuam a organizar, consultas àsrespectivas populações, noutros,como em Portugal, isso não foifeito. Na minha opinião, mal.Agora parece que se está a quereremendar a mão. Veremos se érealmente verdade. Estas consul-tas foram levadas a efeito sobreos temas mais importantes daconstrução europeia, tais comoa adesão às comunidades, aintrodução dos pilares políticosou da moeda única.

O não ter sido feito, em algunspaíses, levou a que, nesses países,os cidadãos não fossem devida-mente informados do que estavaem causa em cada momento.Não tomaram conhecimento dasopções defendidas pelas dife-rentes correntes de opinião e daspossíveis alternativas de mode-lo ou de forma de organizar a

vida comunitária que interessa,ou deve interessar, a todos.

Nos países em que a dis-cussão – e a informação de quedaí inevitávelmente nasce – foifeita, os resultados foram vari-áveis. Assim, quando em 1972foi levado a efeito o primeiroalargamento os Governos daDinamarca e da Irlanda organi-zaram um referendo para aus-cultar a opinião dos respecti-vos cidadãos, sobre se deviam,ou não, tomar a decisão de fa-zer aderir, os respectivos Esta-dos, às Comunidades. Nestesdois casos, a resposta dos cida-dãos foi positiva.

Mas melhor que a decisãode adesão ter sido ratificada eapoiada pela maioria das res-pectivas populações, foi estasterem ouvido e discutido a ques-tão. Em resultado disto, fica-ram melhor informadas e osGovernos dos dois países, (e osGovernos subsequentes), fica-ram mais escudados, e fortale-cidos, nas suas opções, garantidoque foi o apoio da maioria dapopulação a essa adesão.

De sinal contrário foi o resul-tado do referendo levado a efeitona Noruega. Nem por isso sepode dizer, na minha opinião,que este facto constituíu umaderrota ou uma vitória do pro-cesso europeu. Isto se aceita-

mos verdadeiramente a Demo-cracia Política e a Liberdade deExpressão e de Pensamento daspessoas. E como reflexão per-gunto!... O que teria acontecidoneste país (Noruega) se o PoderPolítico tivesse decidido, sózinho,sem consulta popular, levar pordiante a adesão às Comunidades?

Em qualquer dos processosas questões foram levantadas,discutidas, apreciadas. E livre-mente as populações decidiram.

Uma outra fase crucial foi aratificação do Tratado da UniãoEuropeia, que introduziu alte-rações significativas na nature-za da construção europeia, coma introdução dos pilares políti-cos e com a consignação doobjectivo de se instituir a uniãoeconómica e monetária, com opropósito anunciado de intro-dução de uma moeda única.

Este Tratado ficou conheci-do pela denominação de Tratadode Maastricht, nome da localida-de Holandesa onde foi assinado.

Mais uma vez se assistiuem alguns países a uma discus-são livre sobre o tema, o quelevou a que, por exemplo, emFrança que organizou um refe-rendo para o efeito a vitória dosim tenha sido por uma escassadiferença de cerca de 80.000 votos.

Escassa ou não o facto éque a vitória do sim foi aceite

por todos, democráticamente,pois tinha sido discutido o pro-blema, tinha sido feito o contra-ditório e toda a população miní-mamente ficou informada doque estava em causa. O resulta-do foi aceite pelos que votaramsim e pelos que votaram não,por isso mesmo. Por ter havidodiscussão e informação.

Em Portugal, isto não acon-teceu. E não aconteceu, apesardos alertas de pessoas tão dife-rentes como o Dr. Mário Soares,ou o Dr. Manuel Monteiro, quese pronunciaram sobre a maté-ria, pedindo que se discutissempúblicamente os assuntos. Nadafoi feito!

(para mais informação ver oProjecto de Resolução nº 82/VII doCDS-PP – Proposta de Referendosobre a Revisão do Tratado da UniãoEuropeia – Assembleia da República,Lisboa 2 de Março de 1998 in Diárioda Assembleia da República, IIª Série-A, nº 36, de 12 de Abril de 1998).

Na altura o Dr. Mário Soaresera o Presidente da RepúblicaPortuguesa e o Dr. Manuel Mon-teiro líder do CDS-PP. O Dr.Mário Soares é, como se sabe,da área Socialista, o Dr. ManuelMonteiro, da área da DireitaConservadora. Ambos pedirama discussão pública dos temasque o novo tratado introduzia.

O Dr. Manuel Monteiro pe-

dia a organização de um refe-rendo para que os portuguesesfossem chamados a pronunci-ar-se. O Dr. Mário Soares res-pondeu ser uma boa ideia eadvogou a organização de umaconsulta popular. Apesar dissonão foi o mesmo realizado, porfalta de vontade política doGoverno do Prof. Doutor Ca-vaco Silva, tendo-se perdidouma boa oportunidade, tambémna minha opinião, de discutir oproblema no nosso país.

Uns claramente favoráveisà construção de uma EuropaFederal; como por exemplo oDr. Soares; outros, como o Dr.Monteiro, claramente a favorde uma Europa de CooperaçãoIntergovernamental. O Dr. Má-rio Soares, em várias decla-rações concedidas às Televi-sões Portuguesas, afirmou quea classe política portuguesaestava a perder uma oportu-nidade de ouro de comprome-ter os cidadãos, em geral, como processo europeu, com osevidentes benefícios que daípoderiam resultar para a causaeuropeia e para a própriademocracia portuguesa.

(continua no próximo número)

* Mestre em Estudos Europeus pelaUniversidade Católica

Inspirado na grande figura do jornalismo Português de todos ostempos, Fernando Pessa, que aqui recordamos e singelamente home-nageamos, decidimos criar este espaço dedicado ao insólito e a situa-ções desadequadas e ou bizzaras, que passa agora a estar ao dispordos nossos leitores. Como não podia deixar de ser, dá pelo nome deespaço “E Esta Hein!”.

Basta para isso que enviem por email ou via CTT, as imagens ousituações do nosso Concelho que desejem ver publicadas.

Começamos por sinalizaçãocom erros de ortografia.

Será que “Excepto” agora pas-sou a “Exepto”. Este sinal está bemno centro da vila. Veja se o descobre!Já o outro, representa um perigosoacto de vandalismo, já que se vê umsinal de trânsito baleado. Esperemos

que quem disparou contra o sinal,esteja simplesmente zangado como mau estado da estrada onde estesinal se encontra e que nunca acerteem ninguém. Esperemos tambémque tenha a sua arma legalizada eque passe a usá-la dentro dos limi-tes da lei.

I Encontro Saúde e Desporto

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 11

CARTOON

Os Corujas Vencem Torneiode Patinagem Artística

A equipa de patinagem artística dos Corujas - Ginásio Clube de Coruche, par-ticipou no passado dia 23 de Abril no torneio de Torres Novas, tendo obtido oprimeiro lugar na categoria de Juvenis, com a seguinte classificação;

Iniciadas5.º lugar - Laurine Mesquita8.º lugar - Filipa Oliveira9.º lugar - Vanessa Tadeia

José Manuel Caeiro

Juvenis1.º lugar - Ana Coutinho3.º lugar - Bárbara Ribeiro4.º lugar - Ana Isabel Rita

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No distrital da II divisão de futebol, a equipa doÁguias do Sorraia, do Couço, está em último lugarcomo 8 pontos, onde o Ferróviários lidera com 67pontos. Desporto é, isto mesmo, participação e asÁguias merecem o nosso respeito e apoio.

Portugal está a fechar!

Existem estruturas e equi-pamentos que são de fun-damental importância

para a soberania de um povo epara a manutenção de uma iden-tidade cultural, de um patrimóniocomum e de um tecido socialdiversificado.

São disto exemplo as escolas,os correios, centros de saúde,hospitais e maternidades, viasde comunicação, locais de cultoreligiosos, património, entre ou-tros. Estes, não têm a obrigato-riedade de dar lucro ou ser viá-veis em função da análise econó-mica. Porquê? Porque a nossapátria não tem preço e ao encerraro País, como este governo está afazer, vamos ter mais litoraliza-ção e mais desertificação do inte-rior. E isto é um círculo vicioso.

Já fecharam a maior partedas estações dos CTT no interi-or, veja-se o que se passou em

Coruche, apesar de perto de Lis-boa, onde uma digna e funcionalestação de correios, foi encer-rada a troco de quê? Para darlugar a um edifício exíguo quenão satisfaz as necessidadesdos utentes nem tem a dignida-de que uma estação dos CTTexige. É caso para dizer que pas-samos de cavalo para burro!

É óbvio, que para combatera desertificação do interior efomentar a indústria, a agricul-tura, o comércio e os serviços,para o ressuscitar deste Portugalprofundo, a solução passa pelocaminho oposto. Passa peloEstado Português, que somostodos nós, através do Governoque alguns de nós elegemos,investir no interior!

Modernizando as escolasexistentes, apetrechando técni-ca e em meios humanos as 11maternidades que agora quer

fechar (negando em muitoscasos o direito soberano de umportuguês nascer em solo lusi-tano), desenvolvendo as viasde comunicação, não só estra-das, mas essencialmente o com-boio (não seria mais lógico eútil levar o comboio a todo opais do que o TGV, com todasas vantagens ecológicas e eco-nómicas de transporte de pes-soas e mercadorias), preservaro património e fomentar a liga-ção de todos nós à nossa terra eàs nossas raízes.

Do ponto de vista socioló-gico, o que vamos ter a médioprazo, são bizarrias de estrutu-ras sociais e de valores comple-tamente modificados por esteinsidioso, mas brutal ataque ànossa identidade e às estruturasque demoraram séculos a seremconsolidadas pelas nossas gera-ções passadas e que garantiam

uma segurança cultural e de fun-cionamento social que agora estáposta em causa.

Talvez venha a seguir o encer-ramento de todas as Freguesias,pois estas também não dão lu-cro? E depois fechamos as Câ-maras e criamos Regiões? Assim,depois fechamos o Governo, queé de facto a única coisa que nãodá lucro ao País!

Agora que se acabou de come-morar mais um ano após o 25 deAbril, será que foi esta a Liberdadeque o Povo quis? ALiberdade paraum Governo poder, contra os seuscidadãos, mutilar um País, des-truindo as suas estruturas, a suaidentidade.

Ainda por cima colocandoem causa a competência e o pro-fissionalismo de grupos profissio-nais, como os médicos no casodas maternidades, onde ao longode anos não criou condições nem

apetrechou devidamente os servi-ços e agora vem dizer que osutentes podem estar em perigo.

Afinal de contas esta gentetrabalhou sem todos os meiospossíveis e desempenhou umexcelente trabalho. Não seria ló-gico apoiar e dar os meios quefaltam, para poderem fazer me-lhor ainda, do que fechar, encer-rar, deslocalizar??

É esta a questão que deixo atodos. Mas mais de que a minhaopinião, peço a todos é a reflexão.

Olhemos a nossa história se-cular e com a reflexão necessáriae as maravilhas técnicas e cientifi-cas do nosso tempo, teremos comtoda a certeza melhores respostase soluções às dificuldades edesafios que este Portugal exige.

A Bem de Portugal e dasNossas Terras!

_____Abel Matos Santos

Águias ddo SSorraiaem úúltimo

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200612

Praticamente no final docampeonato, o Coruchenseficou longe dos objectivostraçados no início da tempora-da. O objectivo da subida dedivisão começou a dissipar-sea meio do campeonato, além

de tentar chegar à final da Taçado Ribatejo e vencer o troféu.Afastado destes dois objec-tivos, o Coruchense traçou umnovo rumo que era o 3º lugarna classificação.

Mas, diversos factores com

a equipa do Sorraia, arredaramos pupilos de Luís Sobrinhodesse objectivo. O Coruchensetermina a temporada a lutar

pelo 4º lugar, umobjectivo comsabor a pouco,para um conjun-to que colocou afasquia demasia-do elevada e semresultados práti-cos, falhando re-dondamente osseus objectivos.

O Figueirensedemonstrou seruma equipa, aolongo desta épo-

ca, a merecer o respeito dosseus adversários. Na segundavez em que participa nestecampeonato, o U. Figueirensebateu-se de igual para igualcom os seus adversários, mui-tos até com outros objectivos eorçamentos bastante elevados.A equipa de António Carlos(Tony), valorizou o concelho eo espectáculo do futebol,demonstrando que a boa ges-tão, a todos os níveis foi funda-mental.

O U. Figueirense podeorgulhar-se do bom desempen-ho na prova, ficando à frentede clubes com tradição no dis-trital de futebol e com outrascondições. A equipa do concel-ho de Coruche termina a épocacom o dever cumprido, a meioda tabela, e a manutenção asse-gurada entre os maiores dofutebol distrital. O Cartaxoconfirmou ser a melhor equipano campeonato e sem surpresacarimbou a subida à 3ª DivisãoNacional.

DESPORTO E LAZER

O CAD Coruche, os Patos,Sp. Tomar e CB Cartaxo são asequipas que estão a disputar aFase Final do CampeonatoDistrital de Futsal. Uma dasquatro equipas, irá representaro Distrito na 3.ª Divisão Nacionalna próxima temporada. Para já,e após três jornadas disputa-das, o Tomar leva vantagem.

A equipa do CAD Coruche,nos três jogos disputados so-mou três derrotas, e está afas-tada de lutar pela subida dedivisão. Nos dois primeiros jo-gos no pavilhão desportivo, oCAD Coruche poderá queixar-sede si própria, perante os Patose a CB Cartaxo, os erros e a des-concentração foram evidentes.

Já no terceiro jogo em To-mar, perante a equipa local, oCAD Coruche teve fortes razõespara se queixar da arbitragem.Chegou a estar a vencer por3–1, mas na ponta final saiuderrotado, perante um pavilhãocom 800 adeptos afectos à equi-pa da casa e onde a pressão

sobre os árbitros foi evidente.No final da partida, era clara arevolta e a indignação por par-te da equipa do CAD Coruche.Restam agora três jornadas eonde a equipa da terra irá dig-nificar o Clube, uma vez queestá longe da subida.

António Alves, treinadoradjunto do CAD Coruche, adian-tou que “as três derrotas nestafase final não estavam nos pla-nos da equipa. A derrota emTomar, deve-se à arbitragem ea equipa está revoltada e indi-gnada porque os árbitros afas-taram a equipa do principalobjectivo que era a subida.Face a este cenário, vamos en-viar uma exposição á Associa-ção de Futebol de Santarém.Apesar destas três derrotas,vamos lutar até ao fim para di-gnificar o Clube e a Vila. Nãotenho qualquer dúvida, o CADCoruche é a melhor equipadesta fase final de Futsal”,referiu António Alves.

Futsal – Fase Final DistritalSeniores Masculinos

No passado dia 13 de Maio,realizou-se uma autêntica ma-ratona desportiva, para assi-nalar a abertura oficial do novoPolidesportivo de Coruche compiso sintético. Situado junto aoPavilhão Desportivo Munici-pal, esta infra-estrutura vaimovimentar diariamente deze-nas de pessoas na prática des-portiva.

No dia deestreia destenovo espaço,realizou-se umjogo entre asequipas jovensdo CAD Coru-che e do Mari-nhais, onde avitória sorriu àequipa da casapor 6-4.

Seguiu-seuma maratona

de futebol pela noite dentro,com a participação das equipasque semanalmente irão utilizareste espaço desportivo. Reali-zou-se ainda, um jogo de volei-bol, uma vez que o espaço per-mite a prática desta modali-dade.

No dia da inauguração,Dionísio Mendes, adiantou que“o novo Polidesportivo abriu a

possibilidade de mais pessoaspraticarem desporto, é um pisosintético de última geração,que poderá ser utilizado den-tro dos horários previstos edentro do calendário habitual.

Tem o apoio dos balneários dopavilhão desportivo e ascondições para o desporto delazer e de competição”, referiuo edil de Coruche.

Novo Polidesportivo Inauguradocom Maratona Desportiva

Coruchense aquém, Figueirense bem!João Carlos Louro *

* Jornalista

FUTSAL

Resultados:CAD Coruche 2 – 3 Os PatosCAD Coruche 1 – 2 Cartaxo

Sp. Tomar 1 – 2 CAD Coruche

Classificação:1.º Tomar – 9 pts2.º Patos – 6 pts

3.º Cartaxo – 3 pts4.º Coruche – 0 pts

FUTEBOL – I DISTRITAL

Classificação:1.º Cartaxo – 75 pts

4.º Coruhense – 51 pts7.º Figueirense – 38 pts

Última JornadaCoruchense – União Santarém

Mação – União Figueirense

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 13

Jornadas de Gastronomia

As Jornadas de Gastrono-mia de Coruche são um cartãode visita do concelho, onde anoapós ano, milhares de visi-tantes se sentam à mesa dosmelhores restaurantes Coru-chenses.

A Corrida das Pontes foioutro atractivo que se juntou àgastronomia. A prova de atle-tismo que se realizou pela pri-meira vez o ano passado,esteve de volta este ano, nodomingo, dia 7 de Maio.

Às belezas naturais de Co-ruche e aos deliciosos argumen-tos gastronómicos, soma-seainda a simpatia e hospitali-dade das gentes ribatejanas, oque tudo junto proporcionouuma receita de sucesso!

O cardápio deste ano con-templou para além das iguarias

habituais, um vasto programade animação; na Sexta-feira, 5de Maio, no Pátio do MuseuMunicipal, a Orquestra TípicaScalabitana e dois coros alen-tejanos: Os Cardadores da CEPe as Papoilas do Corvo, deli-ciaram-nos com uma noitemusical inspirada nos pratosapresentados nas jornadas degastronomia, onde a cozinharibatejana se mistura com aalentejana.

No Sábado, 6 de Maio, naPraça da Liberdade, houveuma grande noite de fado, comAlexandra invocando Amália.

No Domingo, 7 de Maio, noParque do Sorraia, realizaram--se as 2ª Corrida da Pontes e 2ªCorrida das Famílias. Prova deatletismo abertas a todas a pes-soas, num fim-de-semana cheiode “pecados” gastronómicos.Ideal para manter a boa forma!

Durante os três dias do certa-me, houve animação nos restau-rantes, com fado e folclore.

Os restaurantes partici-pantes foram: Aliança, Bairro

Novo, Campino, Choupo,Farnel, Fonte de Pau, MiraRio, Ponte da Coroa, Quinta do

Lago Verde, Ros-sio e Tasca.

Dionísio Mendes, presidenteda Câmara, disseque “o balançodo certame ébastante positi-vo, houve boaaderência porparte das pes-

soas aos restaurantes que par-ticiparam nas Jornadas. Aspessoas continuam a entender

que Coruche tem em termosgastronómicos, um conjunto derestaurantes que serve muitobem e têm excelente qualidadequando se trata de servirrefeições”, adiantou o autarca.

Sugestão para continua-rem a vir até cá…

Uma de muitas e deliciosasementas: para entradas, peixi-nhos da horta ou favas comchouriço e toucinho, depoisbacalhau à Sorraia e açorda desável, segue-se um cabrito àlavrador ou um coelho frito àmoda de Coruche e, para fina-lizar, vai uma sobremesa?Claro que vai, um bolinho demel ou umas areias do Sorraia.Uma mesa farta, como é amesa coruchense, só ficacompleta com os bons vinhosdas Adegas da Quinta Grande eQuinta de Santo André.

____

GCI-CMC

– vieram a Coruche milhares de visitantes

A Ludoteca Municipal deCoruche, no âmbito das come-morações pascais e de dinami-zação da interrupção lectiva dosmais novos, promoveu um Con-vívio entre Gerações na Praça deÁgua do Parque do Sorraia, nopassado dia 11 de Abril.

A equipa do Cantar de Galo,apresentou um espectáculo pa-ra todos, tendo estado presen-tes as seguintes instituições doconcelho: Assoc. de Solidarieda-de Social S. José da Lamarosa,Assoc. de Solidariedade Socialda Fajarda, Centro Social e Paro-quial Nossa Sr.ª da Conceiçãoda Branca, Assoc. Recreativa eCultural Biscainhense, CRIC,Centro Paroquial do Couço, Cá-ritas, Vicentinas, Santa Casa daMisericórdia de Coruche, Confe-rência Masculina S. João Bap-tista, Bolsa do Canguru, PIP-

COR, Centro Materno Infantildo Couço, Lar de São José, Cre-che e J. I. da Azervadinha e Cre-che e J.I. da Quinta do Lago.

Este foi o primeiro espec-táculo realizado na Praça deÁgua do Parque do Sorraia,tendo a Câmara Municipal de

Coruche oferecido bonés e dis-tribuído águas a todos. Estive-ram presentes mais de 200 crian-ças e 51 idosos, directamenteconvidados pela LudotecaMunicipal de Coruche e mui-tos mais curiosos que se jun-taram à festa.

GCI-CMC

Convívio entre Gerações– no Parque do Sorraia

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200614

Contratação de Trabalhadores a Termo– As questões laborais estão na ordem do dia Dr.ª Marlene Mendes *

ESPAÇO LEGIS

Temos assistido nas últimassemanas através dos órgãos decomunicação social ao descon-tentamento que se gerou face àreforma laboral francesa, não sesabendo ainda qual o seu alcancee consequências. Os protestostêm sido desencadeados, essen-cialmente por jovens que pre-tendendo ingressar no mercadode trabalho, entendem estarpostos em causa os seus direi-tos, no âmbito da protecção doemprego.

Está igualmente anunciadopara o nosso concelho de Coru-che a criação de novos postosde trabalho através do inves-timento de várias empresas.

A reforma laboral francesa,assim como, estas novas per-spectivas de investimento noconcelho de Coruche, dão-noso “mote” para falar da reformalaboral portuguesa, que culmi-nou com a publicação do Códi-go do Trabalho, aprovado pelaLei nº 99/2003 de 27 de Agosto,em vigor desde 1 de Dezembrode 2003.

O Código do Trabalho, queprocedeu à revisão e unifica-ção das múltiplas leis que até

então constituíam a legislaçãolaboral, teve como medida prio-ritária não só sistematizar, sinte-tizar e simplificar a legislaçãolaboral em vigor, tornando-amais acessível para todos os seusdestinatários, mas também, pro-mover a adaptabilidade e a fle-xibilidade da organização dotrabalho, no intuito de aumentara competitividade da economiae das empresas.

Actualmente, o Código doTrabalho consagra como justi-ficações para a contratação atermo a existência de:

a) A satisfação de necessi-dades temporárias da empresa

b) A diminuição do riscoempresarial

c) A politica de empregoO regime da contratação a

termo para além da obrigato-riedade de forma escrita, con-tém os respectivos prazos máxi-mos admitidos, prazos essesque variam consoante o motivojustificativo invocado.

Assim, o Código do Trabalho,enumerando quais as neces-sidades temporárias da empre-sa, estabelece o prazo máximode três anos ou alternativamen-

te duas renovações, consoanteo limite que primeiro se veri-fique, para efeitos de contrata-ção por tempo determinado comesta justificação. Sendo que,cumprido qualquer destes limi-tes, poderá ainda ser celebradomais um contrato a termo deduração não inferior e um anonem superior a três anos, con-forme o regime estabelecidono artigo 139º nº 1 e 2 do Códi-go do Trabalho.

Quanto à diminuição dorisco empresarial como justifi-cação do trabalho a termo, o Có-digo refere-se ao lançamento deuma nova actividade de dura-ção incerta ou ao início de labo-ração de uma empresa/estabe-lecimento. Nestes casos o prazomáximo de duração do vínculoprecário é de dois anos.

Relativamente à politica deemprego, acima referida, é desalientar que no âmbito do arti-go 129º nº 3 do Código do Tra-balho, o carácter temporário docontrato encontra justificaçãonuma politica de fomento deemprego, tentando promover aadmissão de trabalhadores àprocura do primeiro emprego,

de trabalhadores desemprega-dos de longa duração ou de tra-balhadores em outras situaçõesanálogas previstas em legislaçãoespecial.

Deste modo, para um desem-pregado de longa duração oprazo máximo de contratação atermo certo é de dois anos.Quanto ao trabalhador à procurado primeiro emprego, a dura-ção do seu contrato não poderáexceder, incluindo renovaçõesdezoito meses (artigo 139º n.º3 do Código do Trabalho).

Ainda, em relação à contra-tação de jovens à procura doprimeiro emprego, acresce oregime da contratação sucessiva(possibilidade legal de, após otermo do limite máximo derenovações admitidas, poderexistir, entre as mesmas partes,a manutenção do vinculo pre-cário da contratação a termo).

Nestes termos e conforme odisposto no artigo 132º nº2, admi-te-se nova contratação, imedia-ta, de trabalhador à procura doprimeiro emprego, agora comos limites temporais do artigo139º nº 1 e 2, ou seja, com aduração máxima de três anos,

incluindo renovações ou o atin-gir máximo de duas renovações,consoante o limite que primei-ro se verifique, sem prejuízo deo contrato poder ser objecto demais uma renovação desde quea respectiva duração não sejainferior a um ano nem superiora três anos.

Ou seja, estaremos peranteum “alargamento legalmenteadmitido” do prazo de contra-tação a termo de dezoito meses,permitindo que, o jovem mante-nha o seu emprego, até ao limitemáximo de seis anos, emboracom um vínculo precário.

Em suma, a contratação atermo é uma medida vocacio-nada para agir em situações decrise económica, procurando,através da flexibilização damão-de-obra, vencer as maio-res resistências empresariais aoestabelecimento de vínculosduradouros em conjunturas adver-sas, e embora do ponto de vistaindividual seja encarado deforma negativa, do ponto devista colectivo apresenta-secomo uma medida eficaz paraa contenção do desemprego.

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implementar este projecto atra-vés da Divisão de ServiçosUrbanos, Água, Saneamento eMeio Ambiente, quis sensibi-lizar os alunos, as suas famíliase restante comunidade para as

questões ambientais e para arecolha selectiva dos resíduos.

A colocação do primeiroecoponto teve lugar no dia 9 deMaio, no Jardim de Infância doCouço, onde decorreu umapequena actividade de recicla-gem de papel, na qual os alunostiveram oportunidade de apren-der de uma forma fácil e diver-tida a reciclar papel.

Segundo o vereador daAutarquia, Francisco Oliveira,“o projecto consiste na colo-cação de mini-ecopontos nosestabelecimentos de ensino,sendo que a primeira fase doprojecto irá incidir no ensinopré-escolar abrangendo dozeestabelecimentos no total”,adiantou. __

JCL

Ecoponto vai à Escola

A exuberante DanielaMercury, vai estar de novo emPortugal a 14 de Junho, paramais um concerto. Desta vezno Estádio Municipal deLeiria, pelas 22 horas.

Os ingressos estarão àvenda com preços que variamentre os 15 e os 30 euros.Para saber mais contacte aLeirisport para o telefone 244848 420

Daniela Mercury, nasceua 28 de Julho de 1965, em Sal-vador da Baía. Começou a car-

reira artística pela dança. Ocanto veio mais tarde, porinfluência de nomes maioresda Música Popular Brasileira,como Elis Regina.

Com a Companhia Clic,editou dois álbuns, antes de selançar na carreira a solo que atransformou numa das princi-pais embaixadoras da músicabrasileira. “Furacão da Baía”ou “Rainha do Axé” sãoalguns dos títulos que os seusmuitos fãs carinhosamente lheatribuíram.

Daniela Mercuryem Leiria

Anuncie no Jornal de Coruche

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A Assembleia Municipal deCoruche, reunida a 28 de Abril,aprovou por unanimidade a

adesão à Associação Portu-guesa dos Municípios comCentro Histórico.

•Coruche adere aos Municípios com Centro Histórico

Decorreu muito animado e em ambiente defranca amizade e sã camaradagem o lanche con-vívio oferecido pela direcção do Clube aos seusassociados, para assinalar a passagem do 1º.Centenário da colectividade, ocorrido no dia 1.ºde Maio.

Com a presença de muitos sócios o convívio,que teve início pelas 14 horas, prolongou-separa lá da meia-noite.

Foi assado em porco inteiro no espeto, numarecriação do javali assado nos tempos medie-

vais, onde não faltou oassador trajando vestes

de então o que, paraalém de ter sidomuito bonito, foi umaiguaria muito aprecia-da por todos.

Foi prestada umajusta homenagem ao

sócio n.º 1 do Clube,Senhor JORGE EUGÉNIO

DA SILVA, o qual nos honrou com a sua pre-sença, apagando a vela do bolo comemorativodo 1º. Centenário, tendo-lhe sido oferecida umasalva de prata, com os seguintes dizeres:

HOMENAGEM DO C.A.C.C.AO SÓCIO Nº.1

SENHOR JORGE EUGÉNIO DA SILVA

Também não foram esquecidos os sócios já

falecidos por quem foi mandada celebrar missade sufrágio na Igreja Matriz de Coruche.

Foi uma festa simples, mas com muito calorhumano pelo que aqui deixamos ao C.A.C.C. osnossos sinceros parabéns e que continue ainda,por muitos e bons anos, a promover a boa har-monia entre as pessoas, num mundo, infeliz-mente, cada vez mais conturbado.

Manuel Alves Santos

No dia 22 de Abril, a Socie-dade Instrução Coruchense(SIC), a mais antiga Associa-ção Cultural do Concelho, fun-dada no dia 9 de Abril de 1896por Artur Peixoto Ferreira(Landal) e outros notáveisCoruchenses, assinalou o 110.ºAniversário.

A actual direcção da SIC,presidida pela jovem CatarinaLopes, elaborou um programaonde se destacou o concertomusical no Salão Paroquialcom a actuação da SociedadeFilarmónica “1.º Dezembro”do Montijo, Sociedade Filar-mónica Veirense do Concelhode Estremoz e a SociedadeInstrução Coruchense.

A comemoração do 110.ºAniversário terminou com umjantar onde estiveram pre-sentes diversas entidades e osmúsicos.

Catarina Lopes, actual presi-dente da Direcção, adiantouque “estar à frente da Colecti-vidade não é fácil quando seassinala o 110.º Aniversário.Há sempre dificuldades, sobre-tudo ao nível de espaço, veja--se a nossa actual sede. Aonível de músicos, nem sempretemos a quantidade necessária.Há vários anos, que a SIC

anda a tentar construir umanova sede social, para isso sãonecessários apoios de diversasentidades. Temos estabelecidocontactos com a Câmara Mu-nicipal, mas infelizmente aindanão temos novidades. Actual-mente, é muito difícil manter aactividade da SIC, face à faltade espaço e às condições queoferecemos aos músicos naactual sede.

Temos feito ao longo dosanos um enorme esforço, egraças à boa vontade dosmúsicos, que fecham os olhos,face às condições da nossahumilde sede, tem sido possíveldesenvolver a nossa activida-de. Temos uma escola de mú-sica a funcionar, aos Sábados,

com dois monitores e o mae-stro que fazem o acompanha-mento dos alunos. Para quemquiser aprender música, bastadirigir-se à nossa sede, e usu-fruir gratuitamente das aulasde música” adiantou CatarinaLopes.

A Presidente da Direcçãodeixou ainda um alerta às En-tidades e Empresas do Conce-lho, “a vida de músico não éfácil, porque todos nós traba-lhamos e depois fazemos umesforço extra para dar conti-nuidade a este projecto cente-nário. Nesta altura, precisa-mos do apoio das entidades eempresas para tentarmos aconstrução da nova sede so-cial, porque a actual sede nãooferece as mínimas condições.Este é o nosso objectivo princi-pal, se não o conseguirmossaímos com uma certa frustra-ção”, alertou Catarina Lopes.

Entretanto, na última reuni-ão da Câmara de Coruche, oexecutivo decidiu atribuir umsubsídio extraordinário à SICno valor de dois mil euros. Estaverba destina-se a colmatar asdespesas com as comemora-ções dos 110 anos da colectivi-dade.

JCL

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 15

Festa do Centenário do Clube ArtísticoComercial Coruchense

Sociedade Instrução Coruchensecomemora 110 Anos

Festejaram-se os 100 Anos desta Sociedade no 1.º de Maio1906 - 2006

A Prestação de Contas refe-rente ao exercício do ano de2005, foi “chumbada”, com ovoto de qualidade do Presi-dente da Mesa Fernando Sera-fim, que dirigiu os trabalhosface à ausência da PresidenteFernanda Pinto.

Neste ponto da ordem detrabalhos registou-se um em-pate técnico, com 13 votos afavor, da bancada do PS e 13votos contra por parte da ban-cada da CDU, enquanto o PSDoptou pela abstenção.

• CDU chumba contas de 2005

A primeira Revisão aoOrçamento e às Grandes Opçõesdo Plano para 2006, foramaprovadas, com os votos favo-

ráveis da bancada Socialista,enquanto as bancadas SocialDemocrata e Comunista opta-ram pela abstenção.

A Carta Educativa do Con-celho de Coruche foi aprovadacom os votos favoráveis do

Partido Socialista e da CDU,tendo o PSD votado contra odocumento.

•Aprovados Orçamento e Plano para 2006

•Carta Educativa aprovada

Deliberações

Catarina Lopes, Presidente da SIC

AssembleiaMunicipal

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200616

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

O comandante dos Bombei-ros Municipais de Coruche,Rafael Rodrigues, nomeado a1 de Abril de 2004 pelo actualpresidente da Câmara, numprocesso que fez “correr muitatinta”, quebra o silêncio nestaentrevista ao novo jornal deCoruche.___

O Jornal de Coruche: Qualo balanço de dois anos nocomando dos bombeiros?

Rafael Rodrigues: O balan-ço é positivo, em termos opera-cionais e desempenho do corpode bombeiros, num esforço demudar algumas coisas em ter-mos de conduta operacional.Hoje em dia, estou satisfeitocom o comportamento do pes-soal na resposta ao socorro eno relacionamento no própriocorpo de bombeiros.

O J.C.: A reestruturaçãointerna no Corpo de Bombei-ros, não foi tarefa fácil?

R.R.: Sim, mas com odecorrer dos dias o pessoal foisentindo essa necessidade. Atéporque, num esforço do execu-tivo da câmara, foram dadas duasviaturas, no sentido de moder-nizar o equipamento. Fazia-nosfalta um pronto-socorro e umauto tanque de grande capaci-dade, felizmente a câmara res-pondeu positivamente. Agora,o grande problema é a dificul-dade nos recursos humanos,tentamos colmatar a todo o mo-mento, com concursos em abertoe onde foram colmatadas algu-mas vagas. Com a nova lei dosreformados, houve um vazio noaspecto de comando na partedos níveis superiores, catego-rias superiores, sendo necessá-rio rejuvenescer esta área.

O J.C.: O Corpo de Bom-beiros está bem equipado anível material, mas actual-mente a grande lacuna é oquadro de pessoal?

R.R.: Sim. A prestação desocorro hoje em dia, não secompadece com um quadroamador, mas com um quadroprofissional. Tudo para a segu-rança estar ao melhor nível e aspessoas sintam mais conforto econfiança dos profissionais que

têm formação própria e contí-nua. Admito, que na área dosrecursos humanos têm existidoalgumas falhas, mas compreen-do as contenções orçamentais da

câmara para que haja restriçõesno pessoal. Todos nós, temos deperceber que é necessário reju-venescer o quadro de pessoal,sobretudo daqueles que se refor-mam.

O J.C.: A construção donovo quartel é uma neces-

sidade, poderá estar numhorizonte de curto prazo?

R.R.: Todos temos consciên-cia, seja o comando, bombeirose executivo da câmara que hánecessidade de um novo quar-tel. Há um enorme esforço,temos o projecto concluído edefinido o terreno, falta agorafazer a ponte entre a autarquiae governo central para a entra-da em Programa de Investi-mentos e Desenvolvimento daAdministração Central (PID-DAC). Lógico que, um novoquartel não fica barato, sendonecessária a comparticipaçãodo governo central, sei que opresidente da câmara está a des-dobrar-se em contactos, e pensoque a médio prazo teremos umnovo quartel.

O J.C.: Que balanço daépoca de incêndios em 2005?

R.R.: Temos uma sintonia e

faz o balanço dos dois anos na corporação,nesta entrevista ao Jornal de Coruche.

Rafael RodriguesO Comandante dos Bombeiros Municipais

Há necessidade de admitir mais bombeiros•

Os incêndios em 2005 subiram 19%e a área ardida desceu 118%

•Um novo quartel é uma necessidade

•Há bombeiros no verão a ganhar

acima do meu ordenado

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colaboração na área da preven-ção com a Associação de Bom-beiros Florestais. È de realçar,o número de incêndios no anopassado subiu 19%, mas a áreaardida desceu 118%. Em ter-mos de área de floresta ardidaregistamos 27 hectares e meio(vinte e sete campos de fute-bol) e num concelho que tem1.121 kms quadrados, é umaárea mínima. Mas, no entanto,temos de registar um acrésci-mo no número de incêndios,subiram 20%, tivemos umapronta intervenção do pessoal,sobretudo da primeira interven-ção, que esteve disponível noverão. Queria referir também, otrabalho da Associação de Pro-dutores Florestais de Coruche,no sentido da limpeza da flo-resta, junto dos associados.

O J.C.: Em relação aotransporte de doentes, confir-ma uma diminuição nesteserviço, face a outras corpo-rações efectuarem esse servi-ço no concelho?

R.R.: Temos de ter a noção,que o Corpo de Bombeiros temum número reduzido de pesso-al profissional disponível etemos de ter a noção que o trans-porte de doentes representacerca de 70% da nossa activida-de. Sempre que se faz um trans-porte de doentes, hà um empe-nhamento de dois bombeiros,para o transporte a Santarém ouLisboa. Com este cenário e facea estas distâncias, o transportede doentes a uma consulta repre-sentam cerca de 15% dos nos-sos serviços. Cada vez que sefazem fisioterapias, represen-tam cerca de 18% dos serviços,o que acontece é que estamos adiminuir a qualidade no pri-meiro e segundo socorro. Maisimportante é se ocorrer um aci-dente, poder-mos socorrer ossinistrados com vida e colocá-los com vida num hospital.Colocar um doente para umaconsulta, não é na minha opi-nião, considerado um primeiroou segundo socorro. O serviço

de saúde, é um problema que oorganismo tem de resolver coma colaboração dos bombeiros.Este serviço é prestado por out-ros Corpos de Bombeiros,porque não temos capacidadede resposta. Defendo a criaçãode uma empresa de transporte dedoentes, para realizar este ser-viço, porque o serviço não temnada a ver com o primeiro esegundo socorro. Houve umentendimento com o próprioCentro de Saúde, em evitar arequisição de ambulâncias parao transporte de doentes que nãosejam acamados e houve umadiminuição dos nossos serviços.

O J.C.: Qual a explicaçãopara terminar o toque dasirene, nestes dois anos decomando nos Bombeiros?

R.R.: Terminou porque nãoé necessário alarmar a popu-lação e criar alguma ansiedadena própria população. Com otoque da sirene compareciambombeiros a mais no quartel, epara quem está a fazer a gestãode comando, não há necessi-dade de alarme e há só a neces-sidade de chamar elementosnecessários para o serviço emquestão. O anterior cenário tra-zia custos emocionais e mone-tários, sendo necessário tomaresta medida. A polémica nas-ceu, porque as pessoas estavamhabituadas ao toque da sirene,mas como tudo na vida há umaevolução e uma opção do co-mando que felizmente melho-rou neste aspecto. Em relaçãoàs mensagens por telemóvel,para requisitar o serviço dos bom-beiros para os serviços urgentes,devo dizer que não aumenta-ram os custos monetários.

O J.C.: Em relação ao seusalário muita “tinta correu”ao longo de dois anos?

R.R.: Ganho o salário a quetenho direito como chefe de di-visão, e mais um terço da pen-são de reserva a que tenho direito.Nunca estive preocupado comos vencimentos de ninguém,acho que as pessoas devem me-

recer o dinheiro que auferemao fim de cada mês, face ao seutrabalho. Em relação ao meuordenado, havia pessoas iludi-das e procuraram criar umasituação de mau estar, fazendocrer que ganhava mais do esti-pulado. Ganho abaixo de umchefe de divisão, porque foiacordado na altura, só estamosà espera da decisão superior,um ordenado ilíquido de mil esetecentos euros. Na altura doverão, há bombeiros a ganharacima do meu salário, e nemsequer comento esse facto, achoque as pessoas merecem odinheiro pela competência epelo desempenho.

O J.C.: Além de coman-dante dos Bombeiros, é coor-denador do serviço municipalde protecção civil. O serviçoestá preparado para responderem caso de uma calamidadeno concelho de Coruche?

R.R.: Para um nível decatástrofe no concelho, e parauma primeira resposta tinha-mos capacidade. Lógico que,num caso de calamidade tería-mos de nos socorrer dos con-celhos vizinhos e do próprionível distrital, porque só assim,tinha-mos condições de respon-der ao que tecnicamente se cha-ma uma catástrofe. Por exem-plo, num cenário de tremor deterra e olhando o que se passano Centro Histórico da Vila,falta de civismo dos conduto-res em relação ao estacionamen-to, admito que teríamos dificul-dades na prestação de socorro.Mas, temos de admitir que omaior número da população nãovive no Centro Histórico. Emrelação às pontes, oferecemcondições aos condutores, nãopodemos é esquecer, que setepontes são um grande estrangu-lamento, seja na área do socor-ro, industrial ou comercial. Emrelação aos pontões no conce-lho, os mesmos estão localiza-dos pelos serviços.

Entrevista deJoão Carlos Louro

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 17

Decorreu nos dias 6 e 7 deMaio de 2006, na ExpoSalãoda Batalha, o XXI Congressodo CDS-PP.

Em causa estava a clarifi-cação da liderança do partido,posta em causa por alguns mil-itantes. José Ribeiro e Castrofoi re-eleito presidente do

CDS-PP com expressiva maio-ria.

Em foco esteve a oposiçãoclara a este Presidente, do gru-po parlamentar afecto a PauloPortas, que saiu perdedora docongresso, reforçando a lide-rança de Ribeiro e Castro e dasua moção.

Ribeiro e Castro Re-eleitoLíder do CDS-PP

20 Anos1986-2006

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Ao abrigo do Artigo 21 dos Estatutos de “OsCorujas – Ginásio Clube de Coruche”, convocoa Assembleia Geral Ordinária para reunir nodia 28 de Junho de 2006, pelas 20h30m na sededeste Clube, nas traseiras do Pavilhão Despor-tivo Municipal, em Coruche, com a seguinteordem de trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS

1 - Apreciação e votação do Relatório e Contasda Direcção, do parecer do Conselho Fiscalrelativos ao ano transacto, e do orçamentopara o próximo ano.

2 - Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio2006/2007 e 2007/2008.

3 - Informações aos Sócios, se solicitadas.

De acordo com o disposto no Artigo 24.1 dosEstatutos, se à hora marcada para início daAssembleia não houver quorum, esta reunirá30 minutos depois com qualquer número depresenças.

Coruche, 30 de Maio de 2006.

Manuel Alves dos Santos

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200618

Foi em 2003 que nasceu ofestival de tasquinhas Saboresdo Toiro Bravo, que se tornounum sucesso gastronómico deexpressão nacional. Se Coruchejá se afirmava antes como umadas terras mais aficcionadas dopaís, desde de 2003 que se come-çou a afirmar também, como acapital da carne de touro bravo.

A constituição da ConfrariaGastronómica doTouro Bravo émais um passoque se dá em di-recção aos objec-tivos traçados,aquando do ar-ranque dos Sabo-res do Touro Bra-vo, “quando pen-samos no festivalde tasquinhas na praça detouros, não nos limitamos aquerer promover apenas e sómais um festival de comes ebebes, tínhamos já em mente aafirmação da carne de tourobravo e consequentemente deCoruche” explica DionísioMendes presidente da autarquia.

A assinatura da escrituraque oficializou a Confraria foicelebrada na Sexta-feira, dia 5de Maio, pelas 15 horas no Car-tório Notarial de Coruche e teveas seguintes individualidadescomo Confrades fundadores:

Dr. Dionísio MendesArq. Luís MarquesDr.ª Isabel AmadoDavid LeandroArq. Manuel CouceiroFrancisco TomásDr. Domingos da Costa XavierAmílcar MalhóDr. Armando FernandesDr.ª Sofia Sousa

A novel associação, comsede na Biblioteca Municipalde Coruche, integra um con-junto de apreciadores da carnebrava, embora nem todos, ver-dadeiros aficionados das lidestauromáquicas. Aliás, comoreferiu na ocasião um dos fun-dadores “alguns apreciam-nono redondel, mas todos comun-gamos do apreço por ele, noredondo do prato”.

Constituem objectivos destaconfraria a investigação, defesa,promoção e consumo da carneda raça do Touro Bravo atravésde iniciativas próprias, ou emconjunto com outras associa-ções nacionais e internacionais,nomeadamente de Espanha.

De entre as iniciativas alevar a cabo por esta confrariadestaca-se a promoção e apoio

à realização de even-tos gastronómicosque incluam a car-ne de touro bravo,bem como, a real-ização de concursoscuja finalidade sejaa promoção e di-vulgação do con-sumo da carne de

Touro Bravo, desi-gnadamente a eleição do cozi-nheiro, do talho e do restau-rante que em cada ano maistenham contribuído para adivulgação deste produto.

Constituem igualmente objec-tivos da Confraria, a promoçãoda investigação do patrimóniogastronómico nos seus múlti-plos aspectos, nomeadamente,receituário, arte, técnica daconfecção da carne de tourobravo e investigação histórica.

Os fundadores da ConfrariaGastronómica do Touro Bravovão agora preparar o acto elei-toral que designará os primei-ros órgão sociais e começaramjá a efectuar convites à inclu-são de novos confrades quepoderão ser pessoas singularese colectivas que desenvolvamdirecta ou indirectamente acti-vidades relacionadas com oTouro Bravo. Poderão ser tam-bém Confrades as pessoas sin-gulares e colectivas que desen-volvam ou venham a desenvol-ver actividades consideradasde interesse para a Confraria.

A Confraria Gastronómicado Touro Bravo conta, desde oinício do processo de constitui-ção, com o apoio da CâmaraMunicipal de Coruche, prevendoa apresentação a outros orga-nismos locais e nacionais, ime-diatamente após a eleição doscorpos sociais.

Nasceu em Coruche aConfraria Gastronómicado Touro Bravo População da Malhada

Alta, sente-se excluída e revol-tada, pelas Estradas de Por-tugal não terem incluído naempreitada o troço da EN 251,entre a Quinta Grande e aArriça.__

Na 1ª edição do Jornal deCoruche, mereceu destaque adegradação do piso da EN 251(Quinta Grande – Canha) numtroço de 17 Kms. Desta vez, apopulação da Malhada Altarecolheu mais de 200 assina-turas através de abaixo-assinado,onde exige por parte das Estra-das de Portugal (EP) a repara-ção da EN 251 no troço QuintaGrande – Arriça.

Há cerca de uma dezena deanos que a população da Malha-da Alta, freguesia e concelhode Coruche, esperam pacien-temente pela reparação da EN251, no troço entre o cruza-mento da Quinta Grande-Arri-ça, numa distância de 17 Kms.

Esta via dá ligação parauma parte do Alto Alentejo eBaixo Alentejo, mais propria-mente ao Porto de Setúbal,muito utilizado por veículospesados e única via que a popu-lação tem para se deslocar para

outras localidades, nomeada-mente para a sede do concelho.

A circulação nesta estrada éfeita de forma deficiente e comgraves riscos para as pessoas eviaturas. A EN 251 vai ser re-parada entre o cruzamento doMonte da Barca e o limite doconcelho de Coruche em direc-ção a Mora, ficando o troçoque apresenta as maiores carên-cias fora desta reparação porfalta de verba por parte das EP.

No abaixo assinado, a popu-lação da Malhada Alta adiantaque, “sente-se excluída e porisso revoltada com as Estradasde Portugal por não incluir naempreitada o troço entre aQuinta Grande–Arriça”. Segun-do a população, depois de tan-tos anos de espera, sente-se

marginalizada por mais umavez esta via não ser reparada enão sabe quanto mais tempoterá de esperar para ter umaestrada com condições aceitá-veis de circulação.

A população apela a quemde direito, para que esta injus-tiça possa ser reparada paraque possa sentir o bem-estarrodoviário, a exemplo de outraslocalidades.

Entretanto, na AssembleiaMunicipal de Coruche, realizadaa 28 de Abril, os eleitos toma-ram conhecimento do abaixoassinado da população daMalhada Alta e manifestaram asua total solidariedade paracom os seus subscritores, pelajusteza das suas pretensões.

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EP não arranja troço da EN 251,Quinta Grande - Arriça

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O Presidente da CMC,Dionísio Mendes, revelou quea autarquia está a negociar aaquisição de um terreno comcerca de 45 hectares, para aampliação da zona industrial,para atrair a fixação de maisempresas e negócios no con-celho de Coruche.

Isto deve-se ao facto deCoruche ficar cada vez mais“próxima” de Lisboa, devidoà nova ponte entre Benaventee o Carregado, o que propiciaa deslocalização empresaspara esta zona.

Dionísio Mendes, contalevar já em Junho esta pro-posta à sessão de Câmara.

Câmara queratrair mais

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 19

Até 30 de Junho, o Governopretende encerrar os blocos departos das maternidades doHospital Santa Maria Maior,em Barcelos, do Hospital deSanta Luzia, em Elvas, doHospital Distrital de Lamego,do Hospital de São Miguel, emOliveira de Azeméis, e doHospital Conde de São Bento,em Santo Tirso.

Chaves é outra das unida-des que o PS quer encerrar.

Até 31 de Dezembro, espe-ra-se a concentração dos partosrealizados do Hospital de SãoGonçalo (Amarante) na uni-dade Padre Américo (Vale doSousa).

Os partos do Hospital daFigueira da Foz terão que pas-sar para três unidades na regiãode Coimbra: Hospitais Univer-sitários de Coimbra, CentroHospitalar de Coimbra e Hospi-tal de Santo André, em Leiria.

Bragança e Mirandela,que integram o Centro Hospi-talar do Nordeste Transmon-

tano, ficarão concentrados numúnico local, que será definidopelo conselho de administra-ção deste centro hospitalar, até31 de Dezembro.

No caso dos partos realiza-dos nas unidades da Guarda,Covilhã e Castelo Branco, oministério determinou a concen-tração por proposta do Conse-lho de Administração numadestas três unidades que irãointegrar o futuro Centro Hospi-talar da Beira Interior.

Em Elvas, as decisões fo-ram de encerrar uma materni-dade mantida por uma Funda-ção privada com a qual o estadotem responsabilidades contra-tuais e de, assim, empurrar asmães elvenses não só paraÉvora ou Portalegre ou, atin-gindo foros de escândalo eatentado ao direito da naciona-lidade, para a maternidade doHospital Infanta Cristina, emBadajoz, através de um proto-colo que José Sócrates já tinhaassinado quando ainda afirmava

nada estar definitivamente deci-dido a esse respeito.

Isto, talvez numa sintoniamacabra com as declaraçõesprimárias, mas não menos in-sultuosas para a identidade dosmartirizados portuguezes, deum seu Ministro, Mário Lino,que em Espanha afirmava oseu Iberismo, em termos tãoinfantis como;

“Soy un iberista confeso.Tenemos una história comumy una lengua común. Hayunidad histórica y cultural. Esuna realidad que persiguetanto el govierno españolcomo el português”

Assim mesmo! Sem tirar nempôr, “uma língua comum!” Eque a união ibérica “é umarealidade que o governo por-tuguês tenta atingir”.

Não somos nós a dizê-lo.Não somos nós a inventá-lo. Éum ministro deste governo aafirmá-lo. E em visita a Espanha.

António Correia de Campos, ocolega de governo deste senhor,

e José Sócrates,o chefe de am-bos, parece que-rer na saúde oque este senhorquer na língua.

Mas, menosd e s a s t r a d o ,lembra um fac-to que é, aliás,verdadeiro:

– que o PSDcomeçou, “ebem” segundoele, na década

de 90 a concentração de blocosde parto, medida que agoracontesta.

– “O PSD encerrou, nadécada de 90 e com muita cora-gem, 150 maternidades, o quese traduziu em elevados ga-nhos em saúde”, disse.

E nós portugueses, que pen-samos haver diferenças, quandoentregamos o poder a uns e a ou-tros, somos obrigados a reco-nhecer aqui a verdade do que diz.

Seja como for, na origem detodas estas decisões, estaria oreduzido número de partos porano e a falta de técnicos espe-cializados, nomeadamente anes-tesistas, enfermeiros e médicosobstetras.

Mas as 11 maternidadesque o governo quer fecharagora não são as que apresen-tam maiores índices de mor-talidade dos recém nascidos.

Segundo um estudo da EscolaNacional de Saúde Pública rea-lizado para o período de 2000 a2004, nos 50 Hospitais portu-gueses que têm blocos de par-tos, no topo daqueles onde hámaior mortalidade está o Hos-pital de S. João do Porto e o deSão Marcos, em Braga, paraonde o Ministro da Saúde querencaminhar as parturientes deBarcelos.

Como se não bastasse, e paraque não tivéssemos que ser nós aencontrar milhares de razões paraduvidar destes decisores, a Bas-tonária da Ordem dos Enfer-meiros, Maria Augusta de Sou-sa, denunciou o facto de que a

Maternidade Alfredo da Cos-ta tem apenas 3 enfermeirosespecialistas de dia e 2 à noite,seis vezes menos do que os 12exigidos pela OrganizaçãoMundial de Saúde.

Segundo a Bastonária, esta-riam nas mesmas condições,entre outros, os Hospitais deBraga ou o de São FranciscoXavier, em Lisboa.

Ora atendendo a que um doscritérios mais constantementeinvocados pelo ministro parafechar as maternidades na pro-víncia é o de que não respeitamas condições exigíveis pela Or-ganização Mundial de Saúde,pondo, segundo ele, as parturi-entes em risco, impõe-se per-guntar:

Em que ficamos então? Umas fecham e outras não?Ou há filhos e enteados?E não venham dizer-nos

que isto é demagogia.Porque o que agora temos

assistido é virem estes políticos,uns atrás dos outros, e com omaior despudor, dizer que fe-cham a maternidade de Elvas emandam as mães elvenses terfilhos a Badajoz, porque as ricasjá lá iam e assim passam a irtambém as pobres.

Isto sim, é a mais desbra-gada das demagogias. E amais primitiva e desinteli-gente maneira de brincarcom os portugueses.

____

* Historiador eDirector do Jornal de Mondim

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Vamos nascer para Espanha– políticos iberistas e maternidades João Alarcão Carvalho Branco *

OPINIÕES

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Santarém e Dambovita, naRoménia, iniciaram processode geminação. O GovernadorCivil de Santarém, Paulo Fon-seca e responsáveis políticosromenos, acompanhados demembros do Conselho Estra-tégico Regional (CER), troca-ram informações sobre as car-acterísticas de cada região eanunciou-se formalmente oconvite para uma visita àquelepaís da Europa de Leste.

Fomentar os laços entre osdois países foi o desejo mani-festado pelo Governador Civilde Santarém e reiterado peloGovernador de Dambovita,Gheorghe Ana, para quem exis-

tem muitas semelhanças entreas duas regiões.

O Governador Civil deSantarém, aceitou o conviteefectuado pelo seu congénerepara conhecer in loco a reali-dade romena, convite extensí-vel aos membros do CER.

O Governador de Dambovitaespera uma troca de investi-mentos e está preparada para

integrar a União Europeia.O custo da energia eléctrica

em Portugal, a produção vitivi-nícola ribatejana e as pro-duções agrícolas dominantesforam alguns dos temas abor-dados. A comitiva romena fezainda questão de salientar queDambovita é a região-natal doverdadeiro Conde Drácula.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200620

Foi lançado no passado dia19 de Maio, no Governo Civilde Santarém, o Guia do Asso-ciativismo Juvenil do Distrito

de Santarém, ondese incluem associa-ções de Coruche.Elaborado pelaDelegação Re-gional do InstitutoPortuguês da Ju-ventude (IPJ) epela Federação dasAssociações Juve-nis do Distrito de

Santarém (Fajudis), a compi-lação pretende dar a conheceras associações e as suas activi-dades, bem como atrair mais

jovens a aderirem a este tipo decolectividades.

No lançamento da obra,esteve o Governador Civil deSantarém, Paulo Fonseca, oDelegado Regional do IPJ,Hugo Cristóvão, e Jorge Claro,Presidente da Fajudis

O Guia do AssociativismoJuvenil é composto por 76 pági-nas, onde se caracterizam todasas associações juvenis do dis-trito de Santarém e se explicamalguns dos programas do IPJ.

GI-GCS

IPJ lança Guia do Associativismo Juvenil

A Búzios – Associação deNadadores Salvadores de Co-ruche, realizou de 29 de Abril a11 de Maio, no percurso entreCoruche e Almeirim, apoio desocorrismo aos peregrinos deFátima. Este apoio de caráctervoluntário e humanitário tevedois objectivos fundamentais;a prevenção, através da dis-tribuição de águas e de um fo-lheto informativo e a respostaàs situações de socorrismo,através da realização de mas-sagens, tratamento de bolhas,alergias e inflamações.

O apoio foi prestado pelaviatura Búzios, no respectivotraçado, e nos dias de passa-gens dos grandes grupos deperegrinos foi montado umponto fixo na Raposa, atravésde uma tenda de campanha.Aos grandes grupos, que fizer-am a caminhada em etapasconsecutivas, foi prestadoapoio nos locais de pernoita,

através de equipas móveis devoluntários da Búzios.

Num esforço humanitárioque envolveu, em 2005, apoioa mais de 400 peregrinos em 7dias de auxilio, distribuição de300 garrafas de água, mais de1000 luvas usadas, 8 apoiosem pernoitas, mais de 2.000km percorridos pela viaturaBúzios e mais de 30 voluntá-rios, teve certamente este anoum papel indispensável naajuda aos peregrinos.

JCL

Na Natação, no fim de sema-na de 20 e 21 de Maio, a equipada ENB participou numa provanas piscinas municipais deSantarém e no Torneio Regio-nal do Nadador Completo,com 4 atletas. Todos se estrea-ram nestas provas e com bonsresultados.

Classificação Geral: JoãoPedro Pereira - 5.º (Infantis);Patrícia Vicente - 9.º (Juvenis);João António Silva - 19.º (Ju-venis); Adriana Lopes - 19.º(Infantis). Em Cadetes, a ENBparticipou com 5 atletas, tendotido uma excelente perfor-mance, com um 1.º lugar deJoão Carlos Pereira, com umavantagem de 100 pontos relati-vamente ao segundo. Os outrosatletas a participar foram DiogoBalsa, Filipe Dias, FranciscoSilva e Mário Amorim.

Nota: 2 atletas foram con-vocados para a SelecçãoDistrital, João Carlos Pereira e

Filipe Dias, representando anossa Associação Distrital deNatação em Sines.

No Triatlo, a Búzios par-ticipou pela primeira vez, emTomar, com 8 atletas, conse-guindo resultados muito idênti-cos aos atletas de topo, havendoaté um atleta, João PedroPereira, que ganhou esta etapano escalão de Juvenis.

Na Natação Sincronizada,a nossa equipa teve uma demons-tração conjunta com a Aldespem Coruche, sendo notada amuita participação de público.

No próximo dia 28 emAlmeirim a nossa equipa iráapresentar os seus esquemas aAlmeirim.

No Pólo Aquático, estamodalidade não está muitoimplementada no nosso distritoe as competições são esporá-dicas, mas irão ter um jogoparticular em Coruche com oCLAC em data a definir.

Apoio de Socorrismoaos Peregrinos de Fátima

Resultados da Escola deNatação BÚZIOS

CMC Renova acordo com a Búzios

Santarém e Dambovita estreitam relações

A Autarquia de Coruche aprovou, por unanimi-dade, a prestação de serviços de vigilância aosplanos de água das Piscinas Municipais, atravésda renovação do protocolo com a Búzios –Associação de Nadadores Salvadores de Coruche,no valor de € 2.965.

Escolas fecham no Concelho de CoruchePara Dionísio Mendes, presi-

dente da autarquia, “A câmaralimita-se a dar parecer e nãotem poder de decisão. Estasescolas com o critério que oMinistério da Educação definiu,com cinco ou menos alunos, nãotêm viabilidade no futuro esabemos que não se perspectivao aumento da população esco-lar nestas localidades. A deslo-cação das crianças, o que isso

significa para elas próprias e osencargos acrescidos que ascâmaras passam a ter com essadeslocação, são preocupaçõesde todos. Temos de reivindicarao governo medidas que mel-horem a situação do ensino noconcelho. As câmaras têm queser compensadas das despesasacrescidas que têm com trans-portes escolares, referiu o edil.

Na última Assembleia Muni-

cipal de Coruche, a Carta Edu-cativa do Concelho foi aprova-da com os votos a favor dosvogais do PS e CDU, tendo osvogais do PSD optado pelovoto contra o documento.

Como curiosidade, a cartaeducativa foi discutida durantetrês anos e só no dia 28 deAbril foi aprovado por maioriana Assembleia Municipal.

JCL

> continuação da última página

Preparando a Época Balnear2006, numa estratégia de pre-venção a BÚZIOS- Associaçãode Nadadores Salvadores deCoruche, encontra-se a realizarum projecto integrado de sen-sibilização aquática com osalunos e professores do agru-

pamento Educor, abrangendoexclusivamente as escolas do1.º ciclo: Coruche 1, Lamarosa,Vale Mansos, Azervadinha,Gaspar Alves, Branca, Coruche2, Rebocho, Erra, Olheiros eValverde. O presente projectovai abranger 275 alunos e 17

professores, até ao próximo dia16 de Junho de 2006.

Os objectivos são os de sen-sibilizar os Alunos e professo-res para as regras de segurançaaquática e dar formação aosprofessores sobre SuporteBásico de Vida.

Sensibilização Escolar

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 21

No passado domingo, dia30 de Abril de 2006, foi apre-sentado pelo Ministro daAdministração Interna Dr. An-tónio Costa, o dispositivo decombate a incêndios florestaispara o distrito de Santarém,numa cerimónia em que apelouao civismo de todos para acolaboração, principalmente nalimpeza da floresta. O Governa-dor Civil de Santarém, Dr. PauloFonseca, falou ainda da constitui-ção de Zonas de IntervençãoFlorestal (ZIF) no distrito.

Paulo Fonseca classificou oplano operacional apresentadocomo “mais moderno, mais efi-caz e mais apelativo”, o quepoderá contribuir para a reso-lução das dificuldades estrutu-rais, nomeadamente ao nívelda propriedade, da organizaçãoe das mentalidades. Quanto àpropriedade e à organização, oGovernador Civil apelou àadesão das ZIF’s, alertando paraa morosidade dos efeitos sendopor isso “fundamental aceleraras mentalidades”.

Segundo António Costa, “oprocesso de aquisição de mei-

os aéreos, realizado por concur-sos plurianuais com vista auma redução das despesas, au-

mentou a sua capacidade detransporte e de descarga em43%”. O Ministro defendeu autilização destes meios apenaspara incêndios nascentes, jáque “quando temos um incên-dio muito grande e já descon-trolado, a descarga de água demeios aéreos é o mesmo queuma gota de água sobre umalareira”, afirmando que o objec-tivo passa por assegurar a efi-cácia do combate nos primei-ros 15 minutos em cerca de90% dos fogos.

Para António Costa, a limpezada floresta não é medida sufi-

ciente, uma vez que importaigualmente evitar os comporta-mentos de risco, como a negli-gência e a incúria, responsáveispor uma larga percentagem dasocorrências registadas. Porisso, foi feito um apelo a todosao nível da “colaboração parauma floresta mais resistente aoincêndio”. Criticou ainda a máutilização dos foguetes em zo-nas florestais, dizendo que os“utilizados fora de época sãoum perigo real que tem que sererradicado”.

O Comandante Distrital deOperações de Socorro, Joa-quim Chambel, explicou que,

durante a fase Charlie (Julho aSetembro), o dispositivo deSantarém contará com a inter-venção de 428 elementos dosvários corpos de bombeiros,apoiados por quatro meios aé-reos, estacionados em Ferreirado Zêzere, Pernes e Sardoal. Atarefa da vigilância e detecçãoinclui ainda a participação de33 equipas da GNR, do Insti-tuto de Conservação da Natu-reza, das associações de Pro-dutores Florestais e dos Sapa-dores Florestais, num total de146 homens.

Sob o lema “Portugal semfogos depende de todos”, a cer-imónia incluiu a entrega àsvárias entidades do distintivoque as identifica como inte-grantes do dispositivo nacionalde combate aos incêndios flo-restais de 2006. A deslocaçãode António Costa a Santarém ea apresentação do plano opera-cional estão integradas numpériplo que o Ministro daAdministração Interna realizoupor todo o país.

____RPC – GCS

– já tem Dispositivo de Combate a IncêndiosDistrito de Santarém

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200622

A Câmara Municipaltem ao dispor dos muní-cipes com idade igual ousuperior a 65 anos, à datade 20-2-2006 e residên-cia com carácter de per-manência no Concelho deCoruche, o Cartão SéniorMunicipal que traz van-tagens ao seu possuidor.

O Cartão Sénior Muni-cipal pretende fomentar ainserção social dos idosos,promovendo o seu desen-volvimento social, assenteno princípio da discrimi-nação positiva.

Entre os benefícios

do Cartão destacam-sedescontos nas tarifas deágua para uso doméstico,nas tarifas de saneamentoe recolha de resíduossólidos, a isenção totalde taxas para frequênciadas piscinas municipais eos descontos percentuaisnas compras efectuadasnos estabelecimentos co-merciais aderentes.

Poderá apresentar asua candidatura ao Car-tão Sénior nos seguinteslocais; Serviço de AcçãoSocial da Câmara Muni-cipal, sito na Rua de SãoFrancisco, em Coruche,Delegação da CâmaraMunicipal na Vila doCouço, Juntas de Fregue-sia do Biscainho, Branca,Erra, Fajarda, São Joséda Lamarosa e Santanado Mato.

A candidatura deverá

ser feita através de fichade inscrição, acompanhadados seguintes documen-tos: cópia do B.I., do car-tão de contribuinte e deeleitor, duas fotografiastipo passe, declaração daJunta de Freguesia com-provativa da residênciana área da freguesia,declaração da Junta deFreguesia comprovativada composição do agre-gado familiar, documen-tos comprovativos do ven-cimento ou da pensãomensal de cada elementodo agregado familiar, oudeclaração do IRS doano anterior, cópia dorecibo de renda de casa,água e electricidade rela-tivos ao mês anterior aopedido do cartão e docu-mentos comprovativos dedespesas com a saúde.

Cartão Sénior Municipal

O Partido ComunistaPortuguês, no âmbito dascomemorações dos seus85 anos, realizou no pas-

sado dia 24 de Abril emCoruche, no Auditóriodo Museu Municipal, umdebate subordinado aotema debate “PCP – 85anos de história com fu-turo”, que teve a partici-pação de José Casanova,membro da Comissão

Política do Comité Cen-tral do PCP e director dojornal Avante. No diaseguinte teve lugar navila do Couço, um almo-ço convívio, com JorgePires, da Comissão Polí-tica do Comité Centraldo PCP.

PCP Comemorou Aniversáriono Couço e em Coruche

Fernando Costa, pre-sidente da Câmara dasCaldas da Rainha, quer acriação de uma Comis-são de Coordenação eDesenvolvimento Regio-nal (CCDR), englobandoparte do distrito de Leiriae as regiões do Oeste eVale do Tejo.

Segundo Fernando Cos-ta, esta região devia serconstituída pelos conce-

lhos da Batalha, Leiria,Porto de Mós, MarinhaGrande e Pombal, somandoo Médio Tejo e a Lezíriado Tejo, que inclui 33 con-celhos; Abrantes, Alca-nena, Alcobaça, Alen-quer, Almeirim, Alpiarça,Arruda dos Vinhos, Azam-buja, Benavente, Bom-barral, Cadaval, Caldasda Rainha, Cartaxo, Cha-musca, Constância, Coru-

che, Entroncamento, Fer-reira do Zêzere, Golegã,Lourinhã, Nazaré, Óbi-dos, Ourém, Peniche,Rio Maior, Salvaterra deMagos, Santarém, Sar-doal, Sobral de MonteAgraço, Tomar, TorresNovas, Torres Vedras eVila Nova da Barquinha.

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Venha e Divirta-se Connosco!

As pessoas ou enti-dades que estejam inter-essadas na exploração doquiosque do Parque doSorraia, em Coruche, de-verão apresentar as suaspropostas até às 16 horasdo dia 2 de Junho de2006, nos serviços da

Câmara Municipal deCoruche, onde poderãoobter mais informações.

O concurso para aexploração do quiosqueé público e realiza-se nodia 5 de Junho, pelas dezhoras, nos paços do con-celho.

Quiosque do Parque do Sorraiaabriu a concurso para exploração

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 2006 23

O segundo coman-dante dos BMC – Bom-beiros Municipais deCoruche, Manuel MariaRodrigues, reformou-seno passado dia de 2 deMaio, tendo a Câmara deCoruche, por proposta doseu comandante dosBMC, Rafael Rodrigues,decidido atribuir um lou-vor público, através daimposição das insígnias,durante a guarda dehonra realizada por oca-

sião das comemoraçõesdo 25 de Abril.

A proposta foi apro-vada por unanimidadeem reunião de Câmara,tendo sido justificada pela“competência, qualidadespessoais, dedicação eprofissionalismo à corpo-ração, tendo sido reco-nhecido o desempenho defunções com espírito demissão, merecido mérito,transmitindo confiança etranquilidade ao longo

de mais de dez anos naestrutura do comandoAlém da sua disponibili-dade sempre demonstradadurante a época de com-bate aos fogos flores-tais”

Bombeiros Atribuem Louvora Manuel Maria Rodrigues

No passado dia 3 deMaio, na reunião de Câ-mara, o vereador daCDU Rodrigo Catarino,propôs que se atribuísseum subsídio ao CentroSocial do Pessoal da Câ-

mara Municipal de Coru-che (CSPCMC), comoapoio às suas actividadespara 2006.

A Câmara de Coruche,deliberou atribuir porunanimidade um subsí-

dio de 20 mil euros, quesegundo Dionísio Men-des, “a juntar aos 15 mileuros de saldo positivodo CSPCMC, deverá sero suficiente”.

Autarquia atribui Subsídioao Centro Social do Pessoal da CMC

O bonito edifício dosPaços do Concelho, napraça da Liberdade, quefoi no passado prisão, tri-bunal e conservatória, aomesmo tempo que tinhaa vasta maioria dos ser-viços camarários, o gabi-

nete da pre-sidência e aAssembleiaMunicipal,

vai agora ser alvo deestudo para a sua recu-peração e remodelação.

A Assembleia Muni-cipal da Câmara de Co-ruche, decidiu abrir umconcurso público com ointuito de remodelar e

preservar o edifício queapresenta vísiveis sinaisde degradação.

O presidente, Dr.Dionísio Mendes, garan-te que o imóvel será alvode uma intervenção pro-funda, garantindo maissegurança e acessibilida-de, promovendo a qua-lidade dos serviços pres-tados.

Remodelação do Edifícioda Câmara

Depois da controvér-sia entre a ComunidadeUrbana da Lezíria doTejo (CULT) e a empresaintermunicipal Águas doRibatejo, que veio trazeralguma preocupação so-bre o inicio da obra do

emissário do Sorraia, Dio-nísio Mendes, edil local,assegura que a obra nãosofrerá qualquer alteração.

Coruche é a únicasede de concelho do dis-trito de Santarém quenão possui sistema de

tratamento de esgotos,indo parar directamenteao Rio Sorraia.

As boas notícias éque já se encontra im-plantado no terreno, oestaleiro da empresa quevai efectuar a obra.

Obras do Emissário do Sorraia

As bonitas zonas rur-ais e florestais do conce-lho de Coruche, forampalco de visita dos céle-bres Citroen dois cavalos.

O Raid 2cv Portugal

Autêntico passou porCoruche no passado dia25 de Abril, chegando àcapital do Sorraia porvolta das cinco da tarde,percorrendo as ruas da

vila e depois estacionan-do no Parque do Sorraia.

No dia seguinte, oRaid arrancou para apróxima paragem, que foia Sertã.

2cv passaram por Coruche

Tom de planícies a perder de vista

já douradas pelo sol,

quase a cheirar a pão,

salpicadas de papoilas vermelhas

de pétalas ao vento ou em botão.

Tom de matagais e jardins em flor,

onde abelhas na azáfama de produzir,

vão e vêm no fabrico da doçura

que nos delícia e nos dá cura.

Tom de tapetes matizados de flores

que inebriam o nosso olhar

e, quando em mãos decoradoras,

são bálsamo para os doentes,

encanto e adorno do nosso lar.

Tom do chilrear das aves

que, na sua liberdade e seu fulgor

lá vão de bico cheio construindo

os seus bercinhos de amor.

Tom de interioridade e de mais fé

a caminho dos pés da Virgem Mãe.

Uns talvez por graças alcançadas.

Outros no rogo do comutar da aflição.

Tão só, tantas vezes, só louvor e gratidão.

Maio é tom de festejar a vida

que aparece em qualquer lado exuberante.

Como tantos também eu nele entrei.

A Deus eu quero muito agradecer

este dom tão belo e tão sublime,

que é o de vir ao mundo - Nascer

Maria Ambrósio

Tom de MaioPOESIA

Música de Câmaraem Coruche

Dia de Portugal10 de Junho

A bonita igreja da Misericórdia, recebeu nopassado dia 28 de Abril, um concerto de músicade câmara, com o quinteto Artonus Ensemble,onde a flauta, a violeta, o cello, guitarra e o violino,nos transportaram numa “viagem pelo mundoencantatório da arte dos sons”.

Comemorações, com a inauguraçãodo Ciclo de Música “Sons doParque”, no Parque do Sorraia.

Todos os fins-de-semana, até 5de Agosto.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 2 • Maio de 200624

Vai realizar-se no próximodia 3 de Junho no Campo deGolfe de Santo Estêvão o 3.ºOpen de Golfe “Sal & Brasas”.

A origem deste Open teveinício em 2004, quando umgrupo de amigos, todos joga-dores de Golfe e a maiorianaturais de Coruche, apresen-tou à gerência do Restaurante“Sal & Brasas” a possibilidadede realizar um Open de Golfeem nome do referido restau-rante. Aceite o desafio nesseano inscreveram-se 14 jogado-res, e o mesmo realizou-se no

dia 11 de Setembro, no campode Golfe RibaGolfe II.

Dado o sucesso alcançadono 1º Open, logo se começou apensar no próximo, e em 15 deOutubro de 2005, realizou-seentão, no campo de Golfe deSanto Estêvão, o 2º Open “Sal& Brasas”, no qual já estive-ram presentes 53 jogadores, fili-ados a diversos clubes nacionais.

Para o próximo dia 3 deJunho está marcado o 3º Open“Sal & Brasas” e será, nova-mente, realizado no Campo deGolfe de Santo Estêvão.

As inscrições já estão encer-radas e vão estar presentes 72jogadores, alguns deles natu-rais ou radicados em Coruche.Durante a tarde será realizadoo almoço de convívio e entregade prémios, que se efectuará norestaurante de Coruche.

José Fernando Potier

3.º Open Sal & Brasas

As escolas do primeirociclo, antiga primária GasparAlves (Branca), Malhada Altae de Olheiros (Frazão), não vãoabrir no próximo ano lectivo.A decisão é da Direcção Re-gional de Educação de Lisboa,que a justifica face ao baixonúmero de alunos nestas esco-las. No passado dia 3 de Maiofoi discutida na reunião daCâmara de Coruche. A escolaGaspar Alves tem quatro alu-nos, Malhada Alta seis alunose Olheiros cinco alunos. Nopróximo ano lectivo os alunosque frequentam a Gaspar Alvestransitam para a escola daBranca, os alunos da MalhadaAlta para o Rebocho e os deOlheiros para a Erra.

Os vereadores da CDU,votaram contra e Ricardo Rapo-so afirmou que “A socializaçãocomo mais valia na pers-pectiva pedagógica é uma van-tagem. Mas, temos de ponde-

rar as desvantagens, desdelogo o afastamento dos alunosda sua residência, os proble-mas de integração e inserção$numa escola que é nova e aadaptação pode demorar, tra-zendo implicações pedagógi-cas. Os alunos que saem dasescolas de Olheiros e MalhadaAlta para a Erra e Rebocho,não têm vantagem em valo-rização do espaço físico, vistoque qualquer dos edifícios que

vão encerrar, têm melhorescondições físicas, à excepçãoda escola Gaspar Alves. Outroaspecto negativo, é a distânciaque os pais passam a estar dasescolas dos filhos, dificultandoo seu acompanhamento. As ho-ras de transporte para venceressas distâncias e a permanên-cia de várias horas na escoladistante da zona de residência,são problemas que têm de serponderados”.

Comemorações dda SSIC> Página 15

foto actual da Banda da Sociedade Instrução Coruchense

À 28.ª jornada, o Co-ruchense defrontou em casa oFerreira do Zêzere, e venceupor uma goleada de 8-1.

Com este resultado man-têm o 4.º lugar a 24 pontos dojá vencedor, Cartaxo, que go-

leou o MeiaViense por 5-0.Com este Resultado o Car-taxo ficou inalcançável com 8pontos de vantagem sobre o2.º classificado, o Fazenden-se, que venceu em casa oSamora Correia, por 3-0.

A Feira do Livro e a Escolaem Festa realizam-se este anoem simultâneo, de 1 a 6 Junho,no Pavilhão Desportivo Muni-cipal. A Feira do Livro vai já na22ª edição, enquanto a Escolaem Festa acontece pela terceiravez.

Dois eventos, que juntos,vão permitir ter à disposição emCoruche uma vasta gama deobras literárias, bem como umamostra dos projectos desen-volvidos ao longo do ano lecti-vo, nas diversas instituições deensino do concelho.

Coruchense Goleia!– mas Cartaxo é já o Campeão

LEAL & CATITA, LDA.Vendas e Assistência

Semi-Novos

Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 5P (Diesel) • 2005Opel Corsa 1.2 16V Twinport 5P • 2005Opel Corsa Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) • 2005Peugeot 307 Premium 1.6 HDI Break 5p (Diesel) • 2005 Ford Focus 1.4 16V Sport 5P • 2005Seat Ibiza 1.2 12V 5P – 2005Renault Megane 1.5 DCI Break 5p (Diesel) • 2005 Peugeot 206 1.4 XT 5p • 2004VW Polo 1.2 12V 5p • 2004

Retomas

Peugeot 307 XS Premium 1.4 HDI 5p(Diesel) • 2003Opel Corsa 1.2 16V Elegance 5P • 2003VW Polo 1.2 12V 5p • 2003VW Polo 1.2 12V 5p • 2002VW Golf 1.9 TDI 115CV 5P (Diesel) • 2001Opel Zafira 2.0 DTI Elegance (Diesel) • 2001Seat Leon 1.4 16V 5P • 2001

Comerciais

Opel Corsa 1.3 CDTI Van • 2004Opel Combo 1.7 DI Van • 2004Peugeot Partner 1.9 D Van • 2004Citroen Xsara 1.9 D Van • 2003Citroen Saxo 1.5 D Van • 2001Mazda B-2500 2.5 TD Slider CD 4X4 (Diesel) • 2001

Baratos

Opel Corsa 1.0 5P • 1998Honda CR_V 2.0 ES 5P • 1997VW Polo 1.0 5P • 1997Opel Corsa 1.2 GLS 5p • 1995

Stand 1:Rua do Cemitério

Stand 2:Rua Maria Emilia

Jordão

Oficinas:Rua do Cemitério Santo Antónino

Coruche

Telef. 243 675 020Fax 243 617 163

[email protected]

www.lealecatita.com

Créditosde 24 a 84 Meses

Está patente ao público, desde o dia 27 de Maio, até aodia 17 de Junho, nas Piscinas Municipais de Coruche, aexposição “O Desporto em Colecção”, organizada pelaCasa do Benfica de Coruche e Câmara Municipal.

A não perder!

Exposição

Feira do Livro

Três Escolas fechamno Concelho de Coruche

Escola Primária da Malhada Alta

continua na pag.20 >

As PPiscinnaass MMuunniicciippaaiissddee CCoorruucchhee,,

aabbrreemm aaoo ppúúbblliiccoonnoo iinníícciioo

ddaa sseegguunnddaa qquuiinnzzeennaaddee JJunho.