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Diogo Cassels (1844-1923) A Reforma em Portugal.Abertura_A Reforma em Portugal 04/12/18 16:27 Page ii

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A Reforma em Portugal

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Diogo Cassels

A REFORMA

EM PORTUGAL

estratégiascriativas

Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica

Introdução

António Manuel S. P. Silva

A história resumida já publicada na «Igreja Lusitana» nos anos de 1897 e 1898,

revista, aumentada e dividida em cinco capítulos

=

)

Reedição fac-similada da edição original (1908) por ocasião do 150º aniversário

da Igreja e Escola do Torne (Vila Nova de Gaia)

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Sumário

Introdução à 2ª ediçãoAlgumas notas de leitura à Reforma em Portugal ixAntónio Manuel S. P. Silva

A reforma em Portugal 1

O Rito Bracarense 3

I. A antiga Igreja Lusitana 5

Os iniciadores da Reforma em Portugal 28

II. As perseguições na Ilha da Madeira 47

III. A Reforma em Lisboa 65

IV. A Reforma no Porto 103

V. A organização da Igreja Lusitana, Católica, Apostólica e Evangélica como Igreja Católica e Nacional em Portugal 153

Índice onomástico xxi

Índice geográfico xxv

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Algumas notas de leitura

à Reforma em Portugal

Porquê reeditar, mais de um século depois, A Reforma emPortugal? O simples intuito de homenagear o seu Autor – que asprimeiras edições deixaram no anonimato – seria razão bastantepara a iniciativa. Mas a Reforma em Portugal, não sendo obra his-toriográfica no sentido técnico e moderno do termo, constitui umtestemunho pioneiro e de singular relevância no panorama dadocumentação histórica sobre o tardio protestantismo português.É uma narrativa na primeira pessoa, com as limitações e riquezasdo discurso de um sujeito-agente que é também testemunha ativade eventos, processos e movimentos cuja explicação e alcanceultrapassam, à luz da conceção do Autor, a mera lógica e iniciati-va dos protagonistas circunstanciais. O próprio título da obra,aliás, justifica hoje considerações que reputamos de interesse, nãosó para a compreensão do discurso no seu contexto como tam-bém para o entendimento da história da Igreja em Portugal notrânsito do século liberal para o Portugal republicano das primei-ras décadas de Novecentos.

Autoria e cronologia das edições d’A Reforma

Diogo Cassels não pretendeu construir ou tornar visível umacarreira ou percurso singular em nome próprio. Sempre teve aperfeita consciência de ser apenas um simples trabalhador naobra ingente de semear o Reino entre os seus contemporâneos, epor isso, mais que o autor humano interessava-o a Obra e Aquele

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a quem era dirigida. Neste quadro, são anónimos a maioria dosseus textos, designadamente no jornal Egreja Lusitana, do qualpor mais de três décadas foi diretor, editor e, na maioria dosnúmeros, seguramente redator quase exclusivo, quer com textospróprios, quer com traduções de outras fontes.

Não obstante, Diogo tinha opiniões claras e também nãohesitava em assinar a prosa quando assertivamente queria vincara sua opinião ou não corresponsabilizar qualquer colaborador.Deste modo, a obra assinada ou com segurança atribuída a DiogoCassels não é muito extensa, registando-se, além de textos naimprensa portuguesa e inglesa, a publicação de um folheto acer-ca do seu processo judicial (Uma ninhada de nulidades, 1869), aconferência O Jesuitismo (1901), um Compêndio de Moral Prática,Doutrina Christã e Noções elementares de História Geral (4ª ediçãoem 1916) e uma versão da Reforma em Portugal e da história daIgreja Lusitana para os leitores anglófonos: The Story of theLusitanian Reformed Episcopal Church by a presbyter of the Church,publicada em Dublin, sem data, após o ano de 1900.

A Reforma em Portugal terá surgido da necessidade sentidapor Cassels, como por alguns dos seus colaboradores, GuilhermeDias da Cunha e outros, da justificação histórica da IgrejaLusitana e do protestantismo português em geral. Uma das críti-cas atiradas pelos polemistas católicos aos protestantes ou segui-dores da «religião evangélica»1 era então, precisamente, a da suaalegada desnacionalização, pretendendo-se que estes defende-riam ideias religiosas importadas e alheias ao sentimento cristãotradicional no País.

A defesa dos reformadores esgrimia-se em dois planos: porum lado, sublinhando que os evangélicos pretendiam antes de maisrecriar a igreja neotestamentária e dos séculos apostólicos, despin-do-a dos rituais e «inovações do Romanismo»; por outro, e no qua-dro específico da corrente episcopal, a que Cassels aderiu em 1880,

algumas notas de leitura à Reforma em Portugalx

1. Termos que usamos no sentido amplo e de quase sinonímia com que se uti-lizavam no século XIX, sem as aceções de protestantismo histórico-formalou de evangelicalismo mais popular que mais modernamente por vezes osdistingue.

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xialgumas notas de leitura à Reforma em Portugal

vincava-se o catolicismo teológico essencial da Igreja, recuando-sea fundação histórica da Igreja Lusitana à igreja portuguesa antesda sua «submissão a Roma» no tempo do primeiro soberano por-tuguês2. Uma acirrada crítica aos desvios do clero secular e aosvícios do regular, com particular animosidade em relação aosJesuítas, e às práticas do catolicismo pós-tridentino, reuniam todasas sensibilidades do espectro evangélico-protestante, que nas últi-mas décadas de Oitocentos começava já a diversificar-se e a con-fessionalizar-se através de estruturas eclesiais próprias.

A Reforma em Portugal começou a publicar-se – como recor-da o subtítulo da monografia – nas páginas do jornal de Casselse do Torne, o Egreja Lusitana, em 1897 e 1898. No número deOutubro de 1897 surge, sob o título «A Egreja Lusitana» umlongo excurso histórico com inícios nos primeiros séculos danossa era; na edição seguinte, de Novembro, já sob a epígrafe «AReforma em Portugal», aparece o capítulo dois, sobre «as perse-guições na ilha da Madeira»3. Todavia, alguns trechos daReforma, nomeadamente os respeitantes à fundação e funda-mentação eclesiológica da Igreja Lusitana, haviam já sido esbo-çados em números anteriores do periódico, que remonta a 18924.Pela mesma altura, uma boa parte da obra foi também reprodu-zida no jornal oficial da Igreja Lusitana, O Evangelista, que desde1893 se editava em Lisboa.

2. Posição bem expressa em obras clássicas, como por exemplo a de Joaquimdos Santos Figueiredo, Factos notáveis da Historia da Egreja Lusitana.«Biblioteca António Maria Candal». 2ª série. 2. Porto, Typ. Mendonça,1910 [1ª ed. de 1909].

3. Relacionadas com as violentas perseguições de 1843-1846 ao médico epastor presbiteriano escocês Robert Kalley, que o obrigaram a fugir da ilha,seguido por alguns milhares de madeirenses. Ver a obra de Michael P. TestaRobert Reid Kalley. O Apóstolo da Madeira. 2ª ed., Lisboa, Igreja EvangélicaPresbite riana de Portugal, 2005 [1ª ed, 1963].

4. Sobre este jornal veja-se o nosso trabalho «Dos prelos como instrumentode missão. A boa imprensa e a imprensa protestante no último quartel doséculo XIX», in A. M. Silva e Jaime R. Dias (coord.), Actas do Colóquio VilaNova de Gaia de há 100 anos... V. N. Gaia, Junta Paroquial S. JoãoEvangelista, 1995. p. 93-130.

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