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DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO DE PASTORAL www.diocesedeerexim.org.br E-mail: [email protected] Fone/Fax: (54) 3522-3611 ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Ano 22 nº. 1.11703 de setembro de 2017 Agenda do Bispo: - Neste domingo, às 10h, por representante, Pe. Cleocir Bonetti, Crismas na comunidade Nossa Senhora da Salete, Faxinalzinho, Paróquia São Roque, Benjamin Constant do Sul. - Domingo próximo, às 10h, por representante, Pe. Cleocir Bonetti, Crismas na igreja N. Sra. das Dores, Capo-Erê; no mesmo horário, na igreja Santa Luzia, Atlântico, Erechim, oficialização de ministros da Palavra, da Caridade e extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística de Orlei João Elzinga, Anilto Pompermaier e Marisa Tormem Pompermaier e renovação de mandato dos ministros Cleci Maria Santa Catarina, Ivone Madalena Coczinski, Sulferina Antunes de Souza, Tereza Holdys de Almeida, Geni Maria Schmidt e Jaime Favretto; às 10h30, por representante, Pe. Dirceu Dalla Rosa, na comunidade N. Sra. de Lourdes, Cruzaltense, Paróquia N. Sra. dos Navegantes de Campinas do Sul, oficialização de ministra da Evangelização, da Caridade e extraordinária da Sagrada Comunhão Eucarística de Genilde Mendes Gasparetto. Agenda Pastoral: - Até quarta-feira, continuação da Semana Missionária em Recife, PE, antecedendo o Congresso Missionário Nacional. - Segunda-feira, das 08h30 às 17h30, reunião dos coordenadores paroquiais da Pastoral da Criança, no Centro Diocesano de Pastoral; às 14h, reunião das coordenadoras paroquiais das zeladoras das capelinhas, no Seminário. - De segunda-feira ao dia 24, peregrinação da imagem de Fátima na Paróquia da Catedral São José. - Terça-feira, das 08h30 às 15h, retiro com agentes diocesanos de Pastoral da Saúde e profissionais, no Seminário; 19h, reunião da área pastoral de Jacutinga, em Paulo Bento. - Quinta-feira, Dia da Pátria Dia de jejum e oração pela Brasil, sugerido pela CNBB. - De quinta-feira a sábado, Juventudes - Assessoria e Liderança Jovem Diocesana, em Porto Alegre. - de quinta-feira a domingo, 4º Congresso Missionário Nacional em Recife, PE. - De sexta-feira a domingo, Congresso Nacional da Pastoral Familiar, em Cuiabá, MT. - Sábado, reunião da equipe de Coordenação do Núcleo Diocesano dos Religiosos em Viadutos. - Domingo, Dia Mundial de prevenção ao suicídio Coleta Nacional para a CNBB das 08h30 às 17h, no Colégio Franciscano São José, encontro da Associação de Leigos missionários Franciscanos de Madre Bernarda, ALMABER, com a coordenação geral da mesma; às 10h, festa do padroeiro São Francisco de Assis, Progresso, Erechim, na comunidade N. Sra. da Saúde, Rio Tigre. 4º Congresso Nacional Missionário: De quinta-feira a domingo, em Recife, PE, será realizado o 4º Congresso Missionário Nacional que deverá reunir em torno de 700 pessoas de todo o País, entre bispos, padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas. O Congresso tem como tema “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, e o lema: “Meu espírito exulta em Deus, meu salvador” (Lc 1, 47). Aprofundará três blocos temáticos: A Alegria do Evangelho, Sinodalidade e Comunhão; e Testemunho e

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DIOCESE DE EREXIM

SECRETARIADO DIOCESANO DE PASTORAL

www.diocesedeerexim.org.br E-mail: [email protected]

Fone/Fax: (54) 3522-3611

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ano 22 – nº. 1.117– 03 de setembro de 2017

Agenda do Bispo: - Neste domingo, às 10h, por representante, Pe. Cleocir Bonetti, Crismas na

comunidade Nossa Senhora da Salete, Faxinalzinho, Paróquia São Roque, Benjamin

Constant do Sul.

- Domingo próximo, às 10h, por representante, Pe. Cleocir Bonetti, Crismas na igreja

N. Sra. das Dores, Capo-Erê; no mesmo horário, na igreja Santa Luzia, Atlântico,

Erechim, oficialização de ministros da Palavra, da Caridade e extraordinários da

Sagrada Comunhão Eucarística de Orlei João Elzinga, Anilto Pompermaier e Marisa

Tormem Pompermaier e renovação de mandato dos ministros Cleci Maria Santa

Catarina, Ivone Madalena Coczinski, Sulferina Antunes de Souza, Tereza Holdys de

Almeida, Geni Maria Schmidt e Jaime Favretto; às 10h30, por representante, Pe.

Dirceu Dalla Rosa, na comunidade N. Sra. de Lourdes, Cruzaltense, Paróquia N. Sra.

dos Navegantes de Campinas do Sul, oficialização de ministra da Evangelização, da Caridade e

extraordinária da Sagrada Comunhão Eucarística de Genilde Mendes Gasparetto.

Agenda Pastoral: - Até quarta-feira, continuação da Semana Missionária em Recife, PE, antecedendo o

Congresso Missionário Nacional.

- Segunda-feira, das 08h30 às 17h30, reunião dos coordenadores

paroquiais da Pastoral da Criança, no Centro Diocesano de Pastoral;

às 14h, reunião das coordenadoras paroquiais das zeladoras das

capelinhas, no Seminário.

- De segunda-feira ao dia 24, peregrinação da imagem de Fátima na

Paróquia da Catedral São José.

- Terça-feira, das 08h30 às 15h, retiro com agentes diocesanos de

Pastoral da Saúde e profissionais, no Seminário; 19h, reunião da área

pastoral de Jacutinga, em Paulo Bento.

- Quinta-feira, Dia da Pátria – Dia de jejum e oração pela Brasil,

sugerido pela CNBB.

- De quinta-feira a sábado, Juventudes - Assessoria e Liderança

Jovem Diocesana, em Porto Alegre.

- de quinta-feira a domingo, 4º Congresso Missionário Nacional em

Recife, PE.

- De sexta-feira a domingo, Congresso Nacional da Pastoral Familiar,

em Cuiabá, MT.

- Sábado, reunião da equipe de Coordenação do Núcleo Diocesano dos Religiosos em Viadutos.

- Domingo, Dia Mundial de prevenção ao suicídio – Coleta Nacional para a CNBB – das 08h30 às 17h,

no Colégio Franciscano São José, encontro da Associação de Leigos missionários Franciscanos de

Madre Bernarda, ALMABER, com a coordenação geral da mesma; às 10h, festa do padroeiro São

Francisco de Assis, Progresso, Erechim, na comunidade N. Sra. da Saúde,

Rio Tigre.

4º Congresso Nacional Missionário: De quinta-feira a domingo, em Recife,

PE, será realizado o 4º Congresso Missionário Nacional que deverá reunir

em torno de 700 pessoas de todo o País, entre bispos, padres, religiosos e

religiosas, leigos e leigas. O Congresso tem como tema “A alegria do

Evangelho para uma Igreja em saída”, e o lema: “Meu espírito exulta em

Deus, meu salvador” (Lc 1, 47). Aprofundará três blocos temáticos: A

Alegria do Evangelho, Sinodalidade e Comunhão; e Testemunho e

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Profetismo. Neles, há um eixo transversal que percorre todo o congresso: a Igreja em saída na

perspectiva ad gentes. É promovido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) em comunhão com o

Conselho Missionário Nacional (Comina) e a arquidiocese de Olinda e Recife. Tem como objetivo geral

impulsionar as Igrejas no Brasil para um dinamismo de saída e caminhar juntos no testemunho da alegria

do Evangelho, da comunhão e do profetismo, no compromisso com “as alegrias e as esperanças, as

tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que

sofrem” (GS 1). Tem também como objetivos específicos: Preparar o 5º Congresso Missionário

Americano (CAM 5), dias 11 a 15 de julho de 2018, na Bolívia; aprofundar o compromisso com a

proposta da Igreja em saída; promover a integração das forças missionárias da Igreja no Brasil;

incentivar a cooperação intereclesial e a missão para além-fronteiras; celebrar a caminhada missionária

da Igreja no Brasil.

Semana Missionária em Recife em vista do 4º Congresso

Missionário Nacional: Por iniciativa de Dom Antonio Fernando

Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife, que acolherá o quarto

Congresso Missionário Nacional, de 07 a 10 deste mês, o Conselho

Missionário daquela Arquidiocese programou uma Semana Missionária

nos seus nove vicariatos, de primeiro a seis deste mês. A Semana

Missionária desenvolve a mesma temática do Congresso Nacional, “A

alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, com o lema: “Meu

espírito exulta em Deus, meu salvador” (Lc 1, 47). Tem o objetivo de

acender no coração de toda a arquidiocese o ardor missionário. Além

dos missionários e missionárias locais, participam dessa Semana

especial, vários delegados de todo o Brasil inscritos para o Congresso

Nacional.

Padres da Diocese de Erexim em Curso Regional de Presbíteros: Quarenta e oito padres das 4

arquidioceses e 14 dioceses do Rio Grande do Sul

participam de curso de formação permanente, no

Centro de Espiritualidade Cristo Rei em São

Leopoldo. O curso iniciou dia 28 e se estenderá até

a quarta-feira. Trata dos seguintes temas: Bíblia,

espiritualidade, iniciação cristã, bioética, dimensão

humano-afetiva, aconselhamento pastoral, música

litúrgica, liturgia, cuidado aos presbíteros na velhice

e na doença. O Bispo de Montenegro, referencial

para a Comissão Regional de Presbíteros,

acompanha o curso como orientador espiritual. Três

padres da Diocese de Erexim participam do curso:

Waldemar Zapelini, Pároco de Viadutos; Gabriel

Zucco, Vigário paroquial de Áurea; Isalino Rodrigues, Vigário paroquial de Getúlio Vargas. Além deles,

Pe. Cleocir Bonetti, Vigário Geral da Diocese, coordenador da Comissão Regional de Presbíteros que

organiza o curso, único deste formato no Brasil, está presente em grande parte das atividades. Pe. José

Carlos Sala desenvolve o tema música litúrgica neste segunda-feira.

Agentes do Batismo refletem processo de Iniciação à vida cristã: Na manhã do dia 26 de agosto,

mais de 80 agentes da pastoral do batismo de 26 paróquias da diocese e 6 padres participaram de

encontro sobre o caminho de iniciação

à vida cristã. Pe. Maicon Malacarne

apresentou aspectos do documento 107

da CNBB - "Iniciação à vida cristã -

itinerário para formar discípulos

missionários", ressaltando os desafios

do mesmo para a pastoral do batismo.

Um deles é a necessidade de se superar

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a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis.

Depois de momento de reflexão, em grupos, os agentes partilharam as atividades de cada paróquia, bem

como os desafios que surgem diante dessa perspectiva proposta pela Igreja. Falou-se da necessidade e

urgência de uma pastoral do batismo que vai ao encontro dos pais e padrinhos, que acompanha as mães

desde a gestação, que escuta, acolhe, conduz ao mistério, à vida comunitária. Foram indicados 6 agentes,

junto com o Pe Maicon, para organizar uma proposta de itinerário do batismo na diocese, a ser

apresentada na reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, em novembro. Dom José também esteve

presente e dirigiu palavra de encorajamento a todos nesta caminhada, afirmando que já existem

experiências bonitas dando certo em todo Brasil que precisam nos animar.

Semana da Pátria com oração e jejum pelo Brasil: Em vista da crise política, econômica, social e de

outras dimensões, decorrentes da crise ética e moral, acompanhadas de

violência e desesperança em nosso País, a Conferência Nacional dos Bispos

do Brasil propôs uma jornada de oração pela Nação de primeiro a sete deste

mês. Os bispos indicam o dia 7, dia da Pátria, como dia especial de oração e

jejum pelo Brasil. Neste dia, em muitos lugares, é realizado o Grito dos

Excluídos, que neste ano tem como tema “Vida em primeiro lugar”, e como

lema “Por direitos e Democracia, a luta é todo dia”, pelos quais quer chamar

a atenção da sociedade para a urgência da organização e ação popular frente

à atual conjuntura do País.

Mutirão por recursos para a CNBB: A Conferência dos Bispos do Brasil, através de seus 18

Regionais, de seu Secretariado Nacional, de seus diversos

Conselhos e Comissões Pastorais realiza indispensável trabalho de

animação pastoral, litúrgica e caritativa em todo o País.

Impossível pensar a ação da Igreja Católica no Brasil sem a

Conferência Episcopal. Mas, como todas as organizações

humanas, ela também precisa de recursos para sua manutenção e

ação. Está também precisando de reforma urgente de sua sede

nacional. Por isso, solicita a ajuda solidária de todos os católicos

numa coleta nas celebrações de todas as comunidades nos dia 9 e 10 deste mês. Assim, cada comunidade

de nossa Diocese realize esta coleta, encaminhe à secretaria paroquial e esta para a Cúria Diocesana a

fim de repassar para a CNBB.

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Informações da semana

Do dia 31/8/17

Papa: fecundo momento de diálogo entre católicos e judeus

“No nosso caminho comum, graças à benevolência do Altíssimo, estamos atravessando um

fecundo momento de diálogo”.

Com estas palavras o Papa Francisco iniciou o seu pronunciamento aos Representantes da

Conferência dos Rabinos Europeus, do Conselho Rabínico da América e da Comissão do Grão Rabinato

de Israel em diálogo com a Comissão para as Relações religiosas com o Judaísmo da Santa Sé, recebidos

em audiência na manhã desta quinta-feira na Sala dos Papas, no Vaticano.

O Pontífice recebeu da delegação o documento “Entre Jerusalém e Roma” – elaborado pela

Comissão – “um texto – observou - que tributa particulares reconhecimentos à Declaração Nostra

Aetate, que no seu quarto capítulo constitui para nós a “carta magna” do diálogo com o mundo judaico”.

“Nostra Aetate – recordou o Papa – esclarece que o início da fé cristã encontra-se já, segundo o

mistério divino da salvação, nos Patriarcas, em Moisés e nos Profetas e que, sendo grande o patrimônio

espiritual que temos em comum, deve ser promovida entre nós o mútuo conhecimento e estima,

sobretudo por meio dos estudos bíblicos e colóquios fraternos”.

“No decorrer dos últimos anos pudemos nos aproximar, dialogando de modo eficaz e frutuoso;

aprofundamos o nosso conhecimento recíproco e intensificamos os nossos vínculos de amizade”.

O Pontífice observa que o documento “Entre Jerusalém e Roma” não esconde as diferenças

teológicas das respectivas tradições de fé, mas exprime o firme desejo de colaborar “de forma mais

estreita hoje e no futuro”:

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“O vosso documento dirige-se aos católicos chamando-os de “parceiros, estreitos aliados, amigos

e irmãos na busca comum de um mundo melhor que possa desfrutar da paz, justiça social e segurança”.

Francisco ressalta ainda que o documento reconhece que católicos e judeus compartilham crenças

comuns e que as religiões devem utilizar o comportamento moral e educação religiosa – não a guerra, a

coerção ou a pressão social – para exercer a própria capacidade de influenciar e de inspirar”. É tão

importante isto!”, exclama o Papa.

Ao concluir, o Santo Padre expressa seu melhores votos por ocasião do Ano Novo judaico - que

será celebrado dentro de poucas semanas – com o “Shanah towah!” e invoca “com os presentes e sobre

todos nós”, “a bênção do Altíssimo sobre o caminho comum de amizade e de confiança que nos

espera”, pedindo que “o Altíssimo conceda a nós e ao mundo inteiro a sua paz. Shalom alechem!”.

Fonte: Rádio Vaticano

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Dom Zuppi: Papa nos ajudará a olhar a esperança para além do medo

O Papa Francisco recebeu em audiências sucessivas na manhã desta quinta-feira (31/08), no

Vaticano, o arcebispo de Bolonha, Dom Matteo Maria Zuppi, e o bispo de Cesena, Dom Douglas

Regattieri, em preparação para a visita que fará em 1º de outubro próximo às duas cidades da região

italiana da Emília-Romanha.

“Substancialmente”, falou-se sobre essas duas visitas pastorais. “O Papa manifestou toda sua

alegria pelo fato de vir conhecer a nossa Igreja e a nossa cidade, porque jamais esteve em Bolonha”,

disse Dom Zuppi falando à Rádio Vaticano.

A visita a Bolonha tem “um significado particular” porque se dará na conclusão do Congresso

Eucarístico realizado com o tema “„Dai vós mesmos de comer‟. Eucaristia e Cidade dos homens”, em

coincidência com o Domingo da Palavra, que “o Papa indicou na „Misericordia et Misera‟ justamente

para colocar a Palavra de Deus no centro da escuta do cristão”, afirmou o arcebispo.

Dom Zuppi recordou os momentos principais da viagem: o abraço aos refugiados, o encontro

com o mundo do trabalho no Angelus, o almoço com os pobres na Basílica de São Petrônio.

Será uma “refeição extraordinária que fisicamente quer ser esta continuação com a mesa

eucarística: a Eucaristia continua na fração do pão e no dar de comer, que é também o pão para

quem não o tem”, ressaltou.

Depois se terá o encontro na Catedral com o clero e os consagrados e, por fim, o encontro

com o mundo universitário na Praça de São Domingos: “Na praça para poder acolher maior número de

pessoas e também para unir-se à memória de São Domingos que escolheu Bolonha justamente pela

presença da universidade”.

“Bolonha é uma cidade–encruzilhada. Esta é a sua vocação: a do acolhimento. Num momento

tão repleto de interpelações, pontos interrogativos e medos, creio que a visita do Papa nos ajudará a

olhar a esperança para além do medo”, frisou o Arcebispo Zuppi. (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

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EUA: Proximidade do Papa com as vítimas do furacão Harvey

O Papa Francisco expressa “a sua proximidade espiritual” aos atingidos pelo violento furacão

que devastou os Estados do Texas e Lousiana, nos Estados Unidos.

Na mensagem assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, e endereçada ao

Cardeal Daniel DiNardo, Arcebispo de Galveston-Houston e Presidente da Conferência Episcopal

estadunidense, o Santo Padre diz estar “profundamente comovido pela trágica perda de vidas e a imensa

devastação material” provocada “por esta catástrofe natural”.

O Pontífice assegura as suas orações “pelas vítimas e as suas famílias e por todos aqueles que

estão empenhados em uma vital obra de socorro”, confiando que “as necessidades imensas e imediatas

de assim tantos indivíduos e comunidades, continuarão a inspirar uma vasta corrente de solidariedade e

recíproca ajuda nas melhores tradições da nação” estadunidense.

“Com estes sentimentos” o Papa “envia a sua bênção como penhor de consolação, força e paz no

Senhor”.

Aumenta número de vítimas E cresce o número de vítimas pela passagem do Furacão Harvey que em 25 de agosto atingiu o

Texas, acompanhado de violentas chuvas, inundações e ventos de mais de 200km/hora.

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Segundo a CNN, os mortos seriam ao menos 37 e os cálculos dos danos indicam um valor

superior a 160 bilhões de dólares. 17 pessoas estão desaparecidas. Muitas pessoas foram salvas, mas

outras continuam presas em locais de difícil acesso.

O alarme mais preocupante chega da Central química da Arkema, próximo a Houston, onde

ocorreram duas explosões. O elevado nível das águas e a falta de luz não oferecem a possibilidade de

intervir no local. Os funcionários foram afastados do local e a área evacuada, disse o Presidente da

sociedade francesa Rich Rowe.

Em Lousiana, com o rebaixamento do furacão a “tempestade tropical”, foi decretado “estado de

calamidade natural”, sendo agora acompanhada de intensas chuvas.

Fonte: Rádio Vaticano

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Papa sobre Santa Rosa de Lima: “crescida como um lírio entre as pedras”

Uma Missa solene celebrada na Catedral de Lima concluiu na quarta-feira, 30, concluiu o Ano

Jubilar de em recordação aos 400 anos da morte de Santa Rosa de Lima.

A celebração foi presidida pelo enviado do Papa. Cardeal Raúl Eduardo Vela Chiriboga,

Arcebispo emérito de Quito.

Na ocasião, o purpurado leu a Mensagem enviada pelo Pontífice, onde exorta “a uma fervorosa

devoção por Santa Rosa de Lima, para que obtenha de Deus muitos benefícios para toda a Arquidiocese

de Lima, no Peru, e em todo o mundo”.

O Papa define Santa Rosa de Lima com uma passagem do Cântico dos Cânticos: uma mulher

“crescida como um lírio entre as pedras”. Submeteu-se, de fato, a severas penitências – recordou o Papa

– “tornando-se amiga do Senhor desde a infância”, consagrando-se como virgem e cultivando as

virtudes desde pequena.

“Desde então, inflamada pelo exemplo e pela intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e de

Santa Catarina de Sena, ofereceu totalmente a sua vida a Deus”, vestindo o hábito da Terceira Ordem

dominicana.

O Pontífice recorda por fim o amor de Santa Rosa de Lima por “toda a criação”, em particular

quando convidava “todo ser vivo a louvar o Criador”.

Nascida em Lima em 20 de abril de 1586, décima de treze filhos (Isabel era seu nome de

Batismo) era descendente de conquistadores.

Desde pequena, sentiu a chamada vocacional, inspirando-se em Santa Catarina de Sena. Como

ela, aos vinte anos vestiu o hábito da Terceira Ordem Dominicana.

Preparou na casa materna um local para receber os mais necessitados, prestando assistência às

crianças e aos idosos abandonados, sobretudo os de origem indígena.

Desde 1609 recolheu-se em oração em uma cela de apenas 2m² construída no jardim da casa

materna, da qual saía somente para as funções religiosas. Morreu em 24 de agosto de 1617.

Canonizada em 1671 por Clemente X, foi a primeira entre os Santos da América. É a Padroeira

do Peru, no Novo Mundo e das Filipinas.

Fonte: Rádio Vaticano

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Dia de Oração pelo Cuidado da Criação

O Dia de Oração pela Cuidado da Criação que se celebra este 1º de setembro terá uma

importância especial neste terceiro ano. De fato, será publicada uma Mensagem conjunta do Papa

Francisco e do Patriarca Ecumênico Bartolomeu, que pela primeira vez escrevem juntos sobre os temas

deste Dia, convidando todos os fiéis a e os homens de boa vontade à oração e à reflexão sobre como

viver de modo simples e solidário, usando responsavelmente os bens da terra.

As Igrejas particulares, os institutos de vida consagrada e as agregações eclesiais são convidadas

a elevar ao Senhor a oração por esta intenção, em união espiritual com as outras Igrejas e Comunidades

cristãs. A Mensagem será difundida ao mesmo tempo e em sete línguas esta sexta-feira, 1º de setembro,

pela Sala de Imprensa da Santa Sé e pelo Fanar, às 8h de Roma, lê-se num comunicado da Sala de

Imprensa da Santa Sé. Fonte: Rádio Vaticano

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Colômbia: "Semana da Paz" coincide com visita do Papa "amigo da paz"

A edição 2017 da “Semana para a Paz” - a ser celebrada na Colômbia de 3 a 10 de setembro -

coincide este ano com dois importantes eventos para o país: o início da construção do caminho de paz

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depois dos acordos de 24 de novembro de 2016 e a visita pastoral do Papa Francisco, que irá “injetar

entusiasmo e reconciliação nos corações dos colombianos”.

Foi o que destacou o Presidente da Conferência Episcopal da colômbia (CEC), Dom Oscar

Urbina Ortega, Arcebispo de Villavicencio, ao apresentar a 30ª Semana para a Paz, criada em 1987 por

iniciativa da Igreja, que sempre renovou o compromisso em trabalhar para a construção da paz e da

reconciliação no país, sobretudo neste período histórico.

Semente de paz e reconciliação Dom Urbina Ortega, segundo as informações divulgadas pela CEC, destacou que “a paz é um

dom de Deus, uma missão confiada à responsabilidade das pessoas” e “o Papa tocará os corações de

todos os colombianos e lançará uma semente. Para nós, no Evangelho, a semente é muito importante,

porque quando se dá uma mensagem é uma semente que cai no terreno que é o coração, o terreno que

acolhe a semente permite que ele se abra, cresça e dê frutos. Esta é a dinâmica que sem dúvida estará

presente nas mensagens que o Papa Francisco nos trás”.

Programa quer dar visibilidade às iniciativas de paz São mais de mil as iniciativas pela paz que se realizarão em toda a Colômbia durante a Semana e

nos dias precedentes e seguintes, organizados por cerca de cem instituições, organizações, movimentos,

universidades, ongs e outras realidades, que refletem uma ampla pluralidade religiosa, social, étnica,

cultura, econômica e política.

O objetivo é dar visibilidade aos esforços realizados a cada dia por milhares de pessoas que

trabalham para a construção da paz e às iniciativas que promovem a dignidade da pessoa humana.

Foco nos jovens A Semana, voltada de modo particular aos jovens, tem por tema “Muitos passos para a paz e a

reconciliação”, e se inspira na mensagem do Papa Francisco para o Dia da Paz de 1º de janeiro de 2017.

Entre as iniciativas de maior destaque a Marcha pela Paz, que terá lugar nos dias 6 e 7 de

setembro em diversos lugares do país, culminando com o encontro com o Papa Francisco em

Villavicencio no dia 8.

Também um ato de reconciliação entre os diversos protagonistas do conflito armado que ser

realizará em 4 de setembro; uma mostra fotográfica sobre os 30 anos da Semana e o Prêmio nacional

pela defesa dos direitos humanos na Colômbia.

Fortalecer os esforços de paz “O encontro com o Papa Francisco, amigo da paz, com o povo colombiano, amigo da paz,

fortalecerá as capacidades e os esforços na construção da paz como expressão da justiça, da democracia,

da reparação das vítimas e da reconciliação”, lê-se na carta de convocação da Semana.

Fonte: Rádio Vaticano

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Bartolomeu: refletir sobre nossa responsabilidade com a natureza

“A devastação em andamento na região do Golfo do Texas, e em particular em Houston, a quarta

maior cidade dos EUA, causada pelo furacão Harvey (agora tempestade tropical) é uma severa

evocação ao terrível poder da natureza.”

Inicia-se com essas palavras um comunicado do Patriarca Bartolomeu I dedicado à devastação

provocada nos EUA pela tempestade tropical Harvey. O Patriarca ecumênico de Constantinopla é

conhecido no mundo inteiro por seu empenho em favor do ambiente a ponto de ser definido como o

“Patriarca verde”.

Bartolomeu I assegura orações por aqueles que perderam a vida, pelas famílias atingida por esta

calamidade e por aqueles que agora se encontram envolvidos nas operações de socorro. “Que Deus lhes

conceda força nestas horas de necessidade”, pede ao Senhor.

No comunicado o Patriarca convida também a refletir sobre a responsabilidade que os homens

têm com a proteção da terra, convite este feito na véspera do Dia mundial de oração pela criação,

celebrado este 1º de setembro.

“É tempo de refletir sobre o terrível poder da natureza e sobre a nossa responsabilidade

humana de ser bons e sábios administradores do ambiente”, escreve Bartolomeu.

“Somos todos chamados a participar da redenção e da gestão do nosso mundo, trabalhando

para conter a força destrutiva de tais furacões com uma melhor planificação ambiental; ou

comprometendo-se mais seriamente para combater o grave problema da mudança climática e do modo

em que interfere com o nosso planeta; ou até mesmo assumir pessoalmente a causa com projetos

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caritativos que possam ajudar e apoiar aqueles cuja vida mudou drasticamente de uma hora para outra

devido às mudanças climáticas.”

O comunicado do Patriarca Bartolomeu conclui-se recordando a Aliança entre Deus e toda

criatura sobre a terra e o versículo do Gênesis “Nunca mais as águas se transformarão num dilúvio

para destruir toda carne”. (RL/Sir)

Fonte: Rádio Vaticano

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Universidades Pontifícias criam curso em Ecologia Integral

Na expectativa pela divulgação da mensagem conjunta do Papa Francisco e do Patriarca

Ecumênico Bartolomeu I no Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação - celebrado em 1º de

setembro - as Universidades Pontifícias romanas procuram dar uma resposta aos pedidos do Papa

Francisco na Laudato Sii, em particular no que tange ao “desafio educativo”.

De fato, após um processo de análises e avaliações, as Universidades Pontifícias romanas

decidiram dar início a um itinerário formativo quinquenal, dividido em diplomas anuais.

Pela primeira vez, um projeto conjunto reúne todas as sete Pontifícias Universidades romanas,

assim como um Pontifício Instituto.

O programa O programa – apresentado ao Santo Padre em 22 de junho passado durante uma audiência

privada com o jesuíta Prem Xalxo e o Cardeal Telesphore P. Toppo - tem por objetivo difundir a visão e

a missão que a Laudato Si confia à Igreja por meio dos instrumentos específicos da formação.

O “Joint Diploma em Ecologia Integral” se desenvolverá em seis módulos, correspondentes aos

seis capítulos em que se articula a Laudato Si.

O primeiro módulo, concentrado na pergunta “O que está acontecendo à nossa casa comum?”,

será coordenado pelo Prof. Joshtrom Isaac Kureethadam (Universidade Pontifícia Salesiana).

O segundo módulo aprofunda “O Evangelho da Criação” e foi confiado ao Prof. Prem Xalxo

(Pontifícia Universidade Gregoriana), coordenador do curso.

O terceiro módulo trata da “Raiz humana da crise ecológica” e terá a supervisão da Prof. Giulia

Lombardi (Pontifícia Universidade urbaniana), enquanto o sucessivo,sobre “Ecologia integral”, foi

confiado à coordenação do Prof. Massimo Losito (Pontifício Ateneu Regina Apostolorum).

O quinto módulo, coordenado pelo Dr. Tomás Insua (The Global Catholic Climate Movement,

Washington DC/Roma), concentra-se sobre as linhas concretas de ação.

O último módulo - sobre “Educação e espiritualidade ecológica” – será coordenado pelo Prof.

Evan Colagé (Universidade Pontificia Antonianum).

As aulas terão lugar de novembro a junho, em cada segunda quinta-feira do mês.

Aos estudantes será exigida a participação em um Simpósio e em dois laboratórios “Sinais de

esperança” – coordenados por Cecília Dall‟Oglio (Global Catholic Climate Movement, Roma) e a

elaboração de uma tese e um exame final.

O Joint Diploma não é dirigido somente aos estudantes das várias faculdades pontifícias e dos

institutos superiores das ciências religiosas, mas a todos os profissionais das diversas áreas, agentes de

pastorais e sociais, sacerdotes, religiosos e leigos que se sentiram interpelados pela Encíclica Laudato Si.

A inscrição poderá ser feita na Secretaria da Pontifícia Universidade Gregoriana, onde se

realizarão todas as aulas do Ano Acadêmico 2017-2018.

Ao final do percurso de estudos, será concedido o Joint Diploma em Ecologia Integral.

Fonte: Rádio Vaticano

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Filipinas: exército liberta Catedral de Marawi

Depois de três meses sitiada, a Catedral de Saint Mary, em Marawi, nas Filipinas, foi libertada

pelo exército em 29 de agosto. O local havia sido profanado por terroristas islâmicos do grupo Maute,

em 24 de maio passado.

Um vídeo realizado pelos militares mostra o muro da Catedral crivado de balas e no pavimento

fragmentos de ícones e de outros símbolos religiosos destruídos. Também o altar foi bastante danificado,

ao lado do qual se vê uma estátua decapitada.

Incerto, porém, o destino dos cristãos sequestrados durante o ataque à Catedral. Entre eles está o

Vigário Geral da Prelazia do território, Teresito Soganub.

Bispo de Marawi: restaurar a comunidade cristã e as relações com os muçulmanos

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O Bispo de Marawi, Dom Edwin de la Peña, declarou que a prelazia territorial pode agora pensar

no futuro: não somente na reconstrução, mas também na atenção pastoral aos fiéis.

“Mais do que a Catedral, é importante restaurar a comunidade cristã e as relações com os

muçulmanos”, declarou o prelado.

Não obstante a ação militar, em Marawi permanecem 30 dos cerca dos 200 extremistas que em

maio assumiram o controle da cidade e que continuam a usar civis como escudos humanos.

O autoproclamado Estado Islâmico – indicam os analistas – conseguiu impor a sua presença no

sul das Filipinas graças à ação de alguns grupos locais, que agem onde historicamente concentra-se a

guerrilha autonomista e islâmica.

Apoio vindo da Síria Ainda não está claro quanta ajuda grupos locais filipinos tenham recebido do Estado Islâmico.

Inicialmente, parecia que estas ajudas eram muito limitadas, mas um novo e completo estudo

realizado pelo Institute for Policy Analysis of Conflict - centro de pesquisa com sede em Jacarta

(Indonésia) – revelou que no último ano o comando central do Estado Islâmico sírio enviou dezenas de

milhares de dólares aos milicianos filipinos, permitindo o fortalecimento deles a ponto de sitiar Marawi.

Fonte: Rádio Vaticano

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Decreto anti-Amazônia suspenso, mas luta da Igreja continua

O juiz federal Rolando Valcir Spanholo suspendeu o decreto que extingue a Reserva Nacional do

Cobre e Associados (Renca), assinado pelo presidente Michel Temer nesta segunda-feira, informou a

Justiça Federal. A decisão foi publicada no site da Justiça Federal às 16h06 desta terça-feira.

Os bispos do Regional Norte II (Pará e Amapá), reunidos em Belém, publicaram uma nota em

seu site manifestando apoio aos povos indígenas, quilombolas e grupos tradicionais moradores na

região. Confira:

“Senhor, salvai o vosso povo e Libertai-o” (Salmo 27,9) “Reunidos em Belém, de 28 a 31 de agosto de 2017, nós, bispos do Regional Norte II da CNBB

(Para e Amapá) nos deparamos mais uma vez com a realidade preocupante em que os povos indígenas,

quilombolas e outros grupos tradicionais se encontram. Apesar de inscritos na Constituição Federal de

1988 (Art. 231 e 232) os direitos indígenas estão seriamente ameaçados pela Proposta de Emenda a

Constituição (PEC) 215/2000 que pretende passar a decisão final da demarcação de terras indígenas do

Executivo para o Legislativo e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n° 3239, que prevê a Lei

do Marco Temporal para definir um limite de tempo para a ocupação e o reconhecimento de terras

indígenas e questiona a existência dos territórios quilombolas.

Para favorecer o agronegócio, as empresas mineradores e os criadores de gado, grupos

representados pela bancada ruralista no Congresso propõem a anulação ou diminuição de éreas

tradicionalmente habitadas por povos indígenas e quilombolas e a abertura de Áreas de Conservação a

empresas mineradoras. Projetos de mineração e agronegócio do jeito como vêm sendo implementados na

Amazônia trazem consequências desastrosas e irreversíveis para o meio-ambiente e os povos que

habitam essa região. O recente decreto presidencial sobre a extinção da Reserva Nacional do Cobre e

Associados (Renca) emanado sem nenhuma consulta prévia dos povos diretamente atingidos como prevê

a Constituição Federal é mais um golpe contra a Amazônia.

Como pastores da Amazônia não podemos nos calar diante dos desmandos governamentais e

conclamamos a todos os homens e mulheres de boa vontade a se opor às continuas investidas contra a

Amazônia e seus povos “utilizando inclusive legítimos mecanismos de pressão, para que o governo

cumpra o dever próprio e não-delegável de preservar o meio ambiente e os recursos naturais (...) do seu

pais, sem se vender a espúrios interesses locais ou internacionais” (LS 38).

"Pedimos ao Senhor da Vida que salve os seus povos da extinção física e cultural e liberte a

Amazônia da destruição e ruina”.

Ouça Dom Erwin Krautler, Presidente da REPAM-Brasil e Secretário da Comissão

Episcopal para a Amazônia, o bispo emérito de Xingu. Para ele, que já ontem, em entrevista, havia

denunciado que a segunda versão era uma edição „light‟ da anterior, a Igreja deve continuar

lutando. “Nós continuamos lutando, não nos aquietamos, como Igreja, como Igreja na Amazônia,

inclusive necessitamos também do apoio internacional para isso, porque a Amazônia, como o próprio

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Papa já falou na Laudato si, a Amazônia não é assunto isolado; diz respeito ao mundo inteiro. A

sobrevivência da Amazônia tem a ver com a sobrevivência do planeta”.

“Temos a obrigação e responsabilidade de lutar por este macro-bioma que garante a

sobrevivência do planeta e de outros macrobiomas pelo mundo afora". Aqui, a entrevista na íntegra:

A carta do Regional Norte 2 da CNBB é assinada por:

Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém

Dom Bernardo Johannes Bahlmann, Bispo da Diocese de Óbidos

Dom Irineu Roman, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém

Dom Teodoro Mendes Tavares, Bispo da Diocese de Ponta de Pedras

Dom José Maria Chaves dos Reis, Bispo da Diocese de Abaetetuba

Dom Jesus Mari Cizaurre Berdonces, da Diocese de Bragança

Dom Carlos Verzeletti, Bispo da Diocese de Castanhal

Dom Pedro José Conti, Bispo da Diocese de Macapá

Pe. João Timóteo de Oliveira, Administrador Diocesano da Diocese de Cametá

Dom Erwin KrautIer, Bispo Emérito da Prelazia do Xingu

Dom Flavio Giovenale, Bispo da Diocese de Santarém

Dom Evaristo Spengler, Bispo da Prelazia do Marajó

Dom João Muniz Alves, Bispo da Prelazia do Xingu

Dom José Luis Azcona Hermoso, Bispo Emérito da Prelazia do Marajó

Dom Vital Corbellini, Bispo da Diocese de Marabá

Fonte: Rádio Vaticano

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“Seguimos mobilizados até que o governo anule a portaria que retira nosso direito

originário”, afirmam os Guarani

"Medida do Ministério da Justiça do governo Temer anulou a demarcação da Terra Indígena

(TI) Jaraguá, em São Paulo

por Guilherme Cavalli e Tiago Miotto

Desde cedo, esta quarta-feira (30) está sendo um dia de muita luta para os Guarani, que

mobilizam-se contra a medida do Ministério da Justiça do governo Temer que anulou a demarcação da

Terra Indígena (TI) Jaraguá, na região metropolitana de São Paulo.

Ainda antes do amanhecer, cerca de 40 Guarani acamparam em frente ao Ministério da Justiça,

em Brasília (DF), exigindo uma audiência com o ministro Torquato Jardim e a revogação imediata da

portaria que anulou a demarcação da Terra Indígena Jaraguá. Paralelamente com as manifestações na

capital federal, em São Paulo, cerca de 200 indígenas ocuparam a secretaria da Presidência da

República, na Avenida Paulista. As ações integram o conjunto de mobilização que antecipam um ato

público, marcado também para hoje, às 17h, com concentração no Vão do Masp, em São Paulo.

Pela manhã, para reforçar o pedido de agenda com o ministro, os Guarani protocolaram um

documento no ministério da Justiça solicitando uma audiência. Logo que chegaram ao MJ, eles foram

informados de que o ministro Torquato Jardim estava em viagem; não conseguiram saber, entretanto,

para onde Jardim havia viajado, e sua agenda no site oficial do governo também está vazia.

“Fomos informados de que ele volta de viagem amanhã, e que poderia estar em São Paulo. Só

sairemos daqui depois da revogação da portaria que anula a demarcação da nossa terra ou depois de

sermos recebidos por ele, no acampamento daqui ou na ocupação de São Paulo”, afima Karai Popygua,

liderança do Pico do Jaraguá que se encontra em Brasília. “Em São Paulo é a mesma coisa. A ocupação

não vai acabar enquanto a portaria não for revogada”.

A liderança denunciou ainda os retrocessos da iniciativa do governo Temer de anular a

declaração de tradicionalidade Guarani da terra indígena Jaraguá. “Essa anulação representa um golpe

contra nossos direitos originários. Nunca na história houve anulação de portaria declaratória”, comenta

Karai (veja no vídeo abaixo).

“É injusto o que o governo está fazendo com a gente. Só queremos o nosso lugar pra dar

continuidade a nossa cultura. O que queremos é garantir a terra para os nossos filhos”, ressalta Neusa

Poti Guarani.

Ao anular a portaria 581/15, que reconhece como de posse permanente dos Guarani uma área

aproximada de 532 hectares, por meio da Portaria 683/17, o governo Temer condena mais de 700

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Guarani a viverem confinados em 1,7 hectare de terra, espaço flagrantemente insuficiente para os

mesmos viverem de acordo com seus usos, costumes, crenças e tradições.

Logo que deflagraram a ocupação do prédio da Presidência da República na capital paulista, a

Comissão Guarani Yvyrupa divulgou um vídeo manifesto (veja abaixo) onde os Guarani explicam as

razões de sua luta e pedem, também, a revogação do Parecer anti-demarcações da Advocacia-Geral da

União (AGU).

Em carta, as lideranças Guarani questionam as ações do governo referentes às políticas que

paralisam e anulam demarcações de terras indígenas. “600 guaranis serão despejados com essa decisão

genocida. Para onde Temer acha que nós vamos? O governo quer nos matar?”, interrogam. “Essa

decisão serve apenas para agradar o Governo Alckmin que quer vender nossas terras e privatizar o

parque do Jaraguá, que nós sempre protegemos”.

Fonte: CIMI.

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Angola: Nota pastoral dos Bispos católicos sobre as Eleições de 2017

No termino do nosso retiro espiritual, nós Bispos da CEAST, reunidos em conselho permanente

alargado, no dia 29 de Agosto do ano em curso, saudamos, efusivamente todo o povo que no passado dia

23 de agosto 2017, respondeu com alegria, nobreza, civismo e dignidade á convocatória eleitoral.

Mostramos que somos um povo que pugna pelo convívio social multicultural, fomentador da

unidade na diversidade, da reconciliação efetiva do desenvolvimento autentico e da paz que parte do

coração. A todos manifestamos o nosso reconhecimento, estima e admiração.

Neste momento, cabe aos políticos dos partidos e coligação concorrentes dar corpo e sentido ao

convívio de vontades expresso nas urnas, aceitando com serenidade e vontades responsabilidade o

veredicto final, apostando no dialogo sincero, fecundo e construtivo, utilizando os instrumentos legais

para dissipar possíveis equívocos e buscando, acima de tudo, o bem da Nação assente na justiça, na paz

e na verdade.

O olhar de todos os angolanos e dos amigos de Angola está virado para Comissão Nacional

Eleitoral (CNE) a quem cabe o peso da responsabilidade de gerir e publicar, com a máxima

transparência e nos termos da lei, tudo quanto os eleitores exprimiram nas urnas. É preciso que tudo se

faça sem margem para duvidas, munindo-se unicamente com armas da verdade, justiça, transparência e

do diálogo inclusivo entre as partes em jogo. O povo fez a sua parte, fê-la muito bem. O mesmo

auguramos para Comissão Nacional Eleitoral.

Enquanto aguardamos pela publicação dos resultados definitivos, reiteramos o apelo que fizemos

na ultima mensagem Sobre as Eleições, para que os futuros governantes, que saírem da vontade expressa

nas urnas, a quem felicitamos de antemão, a trabalharem pelo bem de todos angolanos,

independentemente das suas cores partidárias, colocando o acento tónico, não na militância partidária,

mas na cidadania e no patriotismo. Outrossim, que a oposição seja forte e obrigue quem governa a dar o

melhor de si em prol do bem de todos. “Deste modo, tanto a oposição desempenha uma função nobre e

necessária ao bem do país, devendo servi-lo através de uma atitude de diálogo construtivo, o mais

consensual possível, particularmente sensível e atento ás necessidades dos membros mais vulneráveis da

sociedade”.

Um veemente apelo vai para os órgãos de comunicação social e utentes das redes sociais: Não

transformem estes instrumentos de promoção do bem, da integração, da paz, diálogo e do convívio em

instrumentos de instigação e propagação do terror do medo, da insegurança, da desordem, da divisão e

da difamação gratuita.

Abramos os nossos corações uns aos outros e unamos as nossas vontades e inteligências para

todos trabalharmos por uma Angola fraterna, plural, inclusiva, bela e próspera. Por isso apelamos a

todos angolanos e angolanas a mantermos as lâmpadas da fé, da harmonia, do diálogo, da calma, da paz

e do respeito mutuo bem acesas, para que tudo corra para o bem da Nação e para a nossa edificação

condigna. Todos somos chamados a vigiar para que o bem comum satisfaça a todos.

Para tal, nesta hora singular do nosso País, devemos incorporar “tudo o que é verdadeiro e nobre,

tudo o que é justo e puro, tudo o que é amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de

louvor”, para que o Deus da paz esteja sempre conosco (CF.FIL. 4,8.9B).

Viva Angola e todos os seus filhos e filhas.

Luanda, 30 de Agosto de 2017

Fonte: Catolicos.

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EUA: Sacerdote partilha vídeo de sua paróquia totalmente inundada

Um sacerdote do Texas, nos Estados Unidos, compartilhou um vídeo doloroso no qual mostra a

sua paróquia inundada depois das fortes chuvas provocadas pelo furacão Harvey.

As imagens da inundação da paróquia de Santo Inácio de Loyola, localizada na cidade de

Houston, foram divulgadas pelo Pe. Norbert Maduzia através de uma transmissão ao vivo na página do

Facebook deste templo.

O vídeo foi publicado em 28 de agosto e, até então, teve mais de 480 mil visualizações e foi

compartilhado por mais de 7 mil usuários.

“Fiquei sem palavras. Perdemos tudo”, manifestou o pároco quando começou a filmar a área do

altar.

No vídeo é possível ver que o nível da água quase cobre os bancos, o batistério, a área do coro e

os instrumentos musicais. Também se vê que o sacerdote encontra quebrada e embaixo da água a cruz

que a paróquia usava para as procissões.

Pe. Norbert se dirigiu à entrada do templo para mostrar que os jardins estavam completamente

inundados. Assim como a capela dedicada à Virgem Maria e a sacristia.

Conforme caminhava pelo templo, o sacerdote continuava dizendo: “Amigos, tudo está perdido,

estamos completamente acabados”.

Em seguida, Pe. Norbert entrou no local junto com um grupo de homens que tentaram tirar todos

os objetos que podiam salvar, como os paramentos litúrgicos que estavam nos armários da sacristia.

Durante a transmissão ao vivo, os usuários escreveram comentários manifestando sua

solidariedade, sua tristeza pelas perdas materiais e também escreveram mensagens de encorajamento.

“„Quando Deus fecha uma porta, em algum lugar abre uma janela‟. Quando tudo estiver

resolvido, será mais bonito ainda. Recordem que a Igreja são as pessoas e não o lugar. Continuem

celebrando a Missa e percebam que Ele quer ver que superamos isso! Deus está com vocês e lhes dará a

força nestes momentos”, escreveu um usuário.

Outra usuária indicou que Jesus e Maria “nunca os abandonarão. Estamos rezando por vocês”.

Em outra transmissão ao vivo, Pe. Norbert indicou que, no momento, terá que celebrar a Missa

em outros lugares.

“A Igreja somos nós, temos que seguir em frente”, manifestou.

Do mesmo modo, através do seu Facebook, a paróquia indicou que alguns fiéis se

disponibilizaram a acolher algumas vítimas das inundações em suas casas.

Também convocaram através das redes sociais para rezar a Oração da Divina Misericórdia pelas

vítimas do furacão Harvey desde o dia 26 de agosto em sua passagem pelo Caribe e pelo estado do

Texas. Até agora, causou a morte de 16 pessoas, 30 mil evacuados e milhares de atingidos.

Por outro lado, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) anunciou a

organização de uma coleta nacional para arrecadação e ajuda aos atingidos pela passagem do furacão

Harvey no país. As possíveis datas serão nos fins de semana de 1º e 2 de setembro ou 8 e 9 do mesmo

mês. Fonte: Catolicos.

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Doutrina Social da Igreja sempre se preocupou com a ecologia, diz padre

Padre resgata relação entre Doutrina social e ecologia, por ocasião do Dia de Oração pelo

Cuidado da Criação

Padre Antônio Aparecido Alves

Em agosto de 2015, o Papa Francisco instituiu na Igreja Católica o “Dia Mundial de Oração pelo

Cuidado da Criação”, a ser celebrado sempre no dia 1º de setembro de cada ano.

Como enfatiza em sua carta endereçada na ocasião aos cardeais Peter Kodwo Appiah Turkson,

Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, e Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho

para a Promoção da Unidade dos Cristãos, “o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação oferecerá

a cada fiel e às comunidades a preciosa oportunidade para renovar a adesão pessoal à própria vocação de

guardião da criação, elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso

cuidado, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos

contra o mundo em que vivemos”.

Doutrina social e ecologia

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A celebração deste Dia Mundial de Oração pelo cuidado com a Criação interessa muito à

Doutrina Social da Igreja, que sempre teve preocupação pela ecologia, mesmo antes que ela entrasse na

pauta de preocupações da Organização das Nações Unidas, dos Governos e dos movimentos sociais.

O Papa Paulo VI, em 1971, denunciou a crise ecológica como uma atividade descontrolada do

ser humano sobre a natureza, onde esse a estaria destruindo, bem como a si mesmo (Octogesima

Adveniens, n. 21).

Depois dele, João Paulo II alertou para o perigo de uma mentalidade consumista, que enxergaria

a natureza como mero objeto de consumo (Redemptor hominis, n. 15), sem se dar conta do mal que o

homem estaria causando ao mundo e a si mesmo. Afirmou, ainda o Santo Padre, em uma de suas

mensagens para o Dia Mundial da Paz que, para estar em paz com Deus, deveria-se também estar em

paz com a criação (1º/01/1990).

Mais ainda, em outra ocasião, asseverou o Pontífice que a preocupação com os animais em

extinção não deveria levar ao descuido com uma “ecologia humana”, isto é, ao esquecimento da vida do

ser humano (Centesimus Annus, n. 38). Por fim, ele cunhou a feliz expressão “conversão ecológica”, no

sentido de que a preocupação ambiental não é somente algo natural, mas tem também uma dimensão

espiritual e teológica (Catequese do dia 17 de Janeiro de 2001). Bem mais próximo de nós, o papa Bento

XVI na Encíclica Caritas in Veritate denuncia um modelo de crescimento predatório, fruto da cultura

moderna que tem uma racionalidade instrumental (n. 51).

O Papa Francisco

A preocupação com o cuidado com a Criação está no centro do pensamento social do Papa

Francisco. Ele entende que há um nexo profundo entre as agendas social e ambiental, pois tanto a

experiência comum da vida cotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais

graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres (LS 48). Por isso, Paz,

Justiça e Conservação da criação são três questões absolutamente ligadas e que não se podem separar

(LS 92).

Ao instituir o Dia Mundial de Oração pelo cuidado com a Criação na Igreja Católica o Pontífice

fez questão de frisar que o faz em comunhão com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu da Igreja

Ortodoxa, onde esta data é celebrada desde 1989, compartilhando de suas preocupações pelo futuro da

criação. Neste sentido ecumênico desejou que esta iniciativa envolva outras Igrejas e seja celebrada em

sintonia com o Conselho Mundial das Igrejas. Enfim, na perspectiva desta data, a natureza não é um

problema a ser resolvido, mas um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor (LS 12).

Fonte: Canção Nova

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Cuidado da criação: Incêndios alertam para a urgência de «conversão» dos «donos e

senhores do mundo»

A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH) afirmou que os que

se consideram “donos e senhores do mundo” precisam de “conversão” e lembrou os “impactos

negativos” nas populações “atingidas pelos incêndios”.

Num documento divulgado hoje sobre o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação que o

Papa Francisco instituiu em 2015 e que se assinala, em cada ano, no dia 1 de setembro, os bispos que

integram esta Comissão da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) referiram-se às consequências dos

fogos, deste verão.

A Comissão Episcopal refere “a morte de tantas pessoas, a perda de habitações permanentes, o

desaparecimento de postos de trabalho (em zonas onde já não abundam), a morte de animais e a

destruição de pastos”.

“Todos temos presentes o impacto psicológico e o desalento que estas situações inevitavelmente

comportam”, acrescenta o organismo da CEP.

Para os bispos da CEPSMH, as alterações climáticas “são evidentes” num ano de tão grande

seca.

A Comissão Episcopal lembra o documento da CEP sobre os incêndios, publicado em abril deste

ano, que tem por título «Cuidar da casa comum, prevenir e evitar os incêndios», e convida as

comunidades cristãs a “dar graças a Deus pela Criação e a pedir ao Criador a conversão do coração

daqueles que se consideram donos e senhores do mundo”.

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“Que nunca mais sejam esquecidos os milhões de pessoas, nossas irmãs e irmãos que, em tantas

zonas do planeta, sofrem de fome, de doenças e de miséria devido à má distribuição dos bens da Criação

que Deus destinou a todos”, conclui a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade.

O Papa instituiu, em 2015, na Igreja Católica o "Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da

Criação", que se realiza anualmente a 1 de setembro, na mesma data em que já era comemorada pela

Igreja Ortodoxa.

A 18 de junho do mesmo ano, o Papa publicou a encíclica „Laudato si‟, na qual Francisco propõe

uma mudança de fundo na relação da humanidade com o meio ambiente, alertando para as

consequências já visíveis do aquecimento global e das alterações climáticas.

Fonte: Agência Ecclesia

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A caminho do Santuário de Aparecida, menino é resgatado em meio a engavetamento

Por Natalia Zimbrão

No meio do engavetamento de 36 veículos em uma rodovia em Jacareí (SP), a história do resgate

do pequeno Pedro, de 3 anos, foi considerada por familiares um milagre, com a intercessão de Nossa

Senhora Aparecida.

O fato aconteceu na manhã de quarta-feira, 30 de agosto, quando um acidente envolvendo 36

veículos na rodovia Carvalho Pinto (SP-70), em Jacareí (SP), causou um incêndio e deixou 2 mortos e

20 feridos.

Entre os carros envolvidos no engavetamento estavam os de duas famílias que não se conheciam,

mas seguiam para o mesmo destino, o Santuário Nacional de Aparecida.

Carlos Eduardo Antoneli estava em um dos carros prensados e incendiados no acidente. Ele e a

esposa, que ficou ferida, conseguiram sair do automóvel e logo perceberam que no veículo ao lado havia

uma família com uma criança, o pequeno Pedro, de 3 anos.

Antoneli conseguiu socorrê-los, tirou Pedro e ajudou a mãe do menino, Amanda Lima Alves, e

os avós dele a saírem a se afastarem do local.

Entretanto, Amanda e seus pais estavam feridos e foram levados para um hospital em São José

dos Campos. Para que Pedro não ficasse sozinho, Antoneli decidiu cuidar dele e aguardar até que um

parente chegasse.

O caso foi presenciado pela repórter Ana Lúcia Inocêncio, da Rádio Mensagem da Diocese de

São José dos Campos. No Facebook da emissora, ela contou que encontrou Carlos Antoneli com Pedro

no colo “no meio do caos”. De acordo como ela, o menino “não largava de Carlos de jeito nenhum” e

encontrou no colo dele “o colo de Nossa Senhora”.

Antoneli declarou à rádio que “foi Deus que abençoou e protegeu, pois nenhum de nós se

machucou tanto”. “Acho que Nossa Senhora me colocou aqui para ficar com ele (Pedro). Ela me

escolheu para ficar aqui e ajudar um pouco no meio dessa tragédia toda”, acrescentou

A família de Pedro se reencontrou na tarde de quarta-feira, depois que a mãe do menino teve alta

hospitalar.

“Fiquei morrendo de medo porque no começo não sabia com quem ele ia ficar. A esposa dele (de

Antoneli) se machucou também e foi na ambulância com a gente. Por isso, ficamos mais tranquilos. Ele

foi um anjo nas nossas vidas”, testemunhou Amanda ao portal G1.

O pai do menino, Thales Tizuco, disse ter ficado desesperado com a notícia do acidente. Mas, ao

saber que o homem que havia salvado sua família também seguia para o Santuário Nacional de

Aparecida, esta sensação foi substituída pela certeza de que tinham vivido um milagre.

“É algo de Deus, foi Deus que o colocou perto da minha família”, garantiu, ressaltando que sua

“família nasceu de novo”.

“Eu agradeço muito ao Carlos Eduardo por tudo que ele fez pelo meu filho. Vou ser eternamente

grato”, completou. Fonte: ACIDigital

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Furacão Harvey tirou tudo deste pai de família, mas não a fé em Deus

Um pai de família que perdeu tudo depois da passagem do furacão Harvey em Houston (Estados

Unidos) viralizou nas redes sociais devido à sua resposta impressionante ao agradecer a Deus, embora

ele e a sua família tenham ficado desabrigados.

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A passagem do furacão Harvey pelo Caribe e pelo estado do Texas (onde está localizado

Houston), em 26 de agosto, provocou a morte de aproximadamente 16 pessoas, entre elas 15 nos Estados

Unidos e 1 na Guiana.

“Agradecemos a Deus. Agradecemos a Deus. Isso é tudo o que nós tínhamos. Perdemos o nosso

carro, todas as nossas roupas. Perdemos tudo”, disse com um sorriso Jeremias, o pai de família que

aparece no vídeo percorrendo a cidade inundada e, ao mesmo tempo, segurando a mão do seu filho de 6

anos, procurando um lugar onde pudessem estar seguros .

Jeremias foi entrevistado por um repórter da rede de televisão American Broadcasting Company

(ABC), que primeiramente pediu que contasse o que havia ocorrido.

“Chegamos em casa ontem e não estava chovendo, 45 minutos depois sofremos uma inundação.

Moramos no primeiro andar de um apartamento e a água começou a entrar, então subimos para o

segundo andar. Saímos pela janela com as portas deslizantes, mas ficou tudo inundado”, relatou o pai da

família.

Em seguida, o jornalista perguntou para onde ele estava indo e Jeremias respondeu: “Eu não sei”.

Com um sorriso no rosto, o pai agradeceu a Deus, apesar da adversidade, dizendo “agradecemos a

Deus”. Fonte: ACIDigital

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Iniciação à Vida Cristã e a Palavra de Deus são duas prioridades de evangelização da

Igreja do Rio Grande do Sul

A Iniciação à Vida Cristã e a Palavra de Deus fazem parte das cinco prioridades de evangelização

da Igreja do Rio Grande do Sul e têm a finalidade de fortalecer as comunidades de fé, tendo como fonte

a Palavra de Deus. Em entrevista à assessoria de imprensa do Regional Sul 3, padre Décio José Walker,

coordenador da Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos

do Brasil (CNBB), falou sobre o belo trabalho realizado na Igreja gaúcha. Confira a entrevista:

Encontro de estudo para assessores diocesanos da catequese

Após a II Jornada Estadual de Catequese, ocorrida em maio de 2017, em Caxias do Sul, as

atividades de articulação e assessorias às dioceses que compõem o Regional Sul 3 da CNBB continuam.

Nas dioceses visitadas se percebe o esforço bonito de introduzir e reforçar cada vez mais a iniciação à

vida cristã. Para continuar o processo ocorrerá um encontro de estudos nos dias 13 e 14 de setembro de

2017, para representantes das coordenações de todas as dioceses.

Segundo padre Décio José Walker, o assessor convidado será da PUC do Rio de Janeiro,

especializado em trabalhar nas paróquias a Iniciação à Vida Cristã (IVC). “Ele trará coisas práticas para

nos ajudar e inspirar no aprofundamento da experiência que vem acontecendo do estado”. Atualmente,

existe um processo de articulação nas dioceses. “Isso é uma alegria que agradecemos a Deus pelo

esforço de tanta gente neste momento da história em que fomos solicitados pela Igreja a construirmos

juntos o grande projeto comum. Não é um projeto da catequese, mas de toda a Igreja”, lembrou padre

Décio.

Visitas realizadas nas dioceses

O padre Décio ainda não conseguiu visitar todas as 18 dioceses e explicou que algumas delas a

proposta está andando bem por si mesmas, através de seus padres e assessores. “Vou sempre a convite e

tenho minha agenda cheia. Mas em algumas das dioceses fui diversas vezes. Fizemos encontro com os

padres, os catequistas, com coordenações, participação em assembleias diocesanas. As opções de ação

evangelizadoras são apontadas em assembleias”, salientou.

Frutos da II Jornada Estadual de Catequese

A Jornada foi um marco histórico para a catequese regional. O formato que ela foi realizada

marcou os participantes. “Procuramos um encontro mais celebrativo, isto é, pouco conteúdo e mais

celebração. Isto tocou muito as pessoas e cada lugar que vou as pessoas vem comentar o que tocou e

dizem: „Esta jornada nos impulsionou para frente‟. „A partir da jornada estamos mais animados e

enfrentando algumas dificuldades e resistências‟. As vivências propostas pelo RICA (Rito de Iniciação

Cristã de Adultos) está sendo um impulso muito grande. Isto é visível por onde a gente passa e se

percebe a busca por mais aprofundamento e estudos”, salientou padre Décio.

Experiência de fé

O grande passo que a Iniciação à Vida Cristã está possibilitando para a catequese e todas as

pastorais é o despertar para o orante e celebrativo. Menos racionalidade e discursos, menos palestra e

mais vivência e experiência de fé, pois é isto que toca as pessoas. “Trabalhamos para que as pessoas

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mergulhem sempre mais no mistério de Jesus Cristo. Para fazer isto, o celebrativo, o litúrgico, o orante é

o caminho mais adequado para um encontro com Jesus Cristo, uma experiência de Deus para ser

discípulos. A Bíblia é o centro que desperta as pessoas para a leitura orante, cursos e formações bíblicas.

Isso vai dando uma outra mística dentro das nossas comunidades”, frisou o padre.

Encontro com a Pessoa de Jesus Cristo hoje

Os métodos são os mais diversos, mas é preciso recuperar a metodologia do próprio Jesus.

Através da cultura do encontro, do toque e do olhar Ele tocava de modo personalizado. “Hoje as pessoas,

ao perceber isto, vão sentindo ânimo de continuar e querem ser discípulas com uma fé mais madura,

coerência de vida. Com isso vamos superando a dissociação das pessoas que eram batizadas, mas a vida

que não condiz muito com o sacramento recebido. Os sacramentos continuam sendo a grande

preciosidade da Igreja, mas precisamos ir além. Os sacramentos são forças para o discipulado e não

conclusão e formatura”, afirmou Walker.

Foco da catequese

A catequese tem presente todos os membros da família. Com o RICA se focaliza nos adultos.

“Temos muitos adultos sacramentalizados, mas não evangelizados e iniciados na vida cristã. Precisamos

recuperar aquela experiência que não foi profunda e marcante no tempo de criança. Toda catequese que

estamos oferecendo passa pelo espírito catecumenal. O foco maior são os adultos e todos os membros da

comunidade. Esses que queremos atingir para entrar numa nova dinâmica de Igreja”, salientou o padre

Décio.

Projeto de Iniciação à Vida Cristã

Com este projeto, a Catequese, a Pastoral da Liturgia, a Pastoral Familiar, a Pastoral do Batismo

e todas as demais pastorais estarão a serviço da Iniciação à Vida Cristã. Com o tempo e o processo toda

a comunidade assumirá essa dinâmica. Fazer novos membros discípulos de Jesus Cristo compete a toda

comunidade. É um novo paradigma para entender o discipulado de Jesus. “Precisamos compreender a

tarefa de fazer discípulos de uma forma nova e com mais pessoas envolvidas. Isso criará novas

lideranças. Se as bases da catequese forem bem-feitas, todas as outras pastorais vão ter muito mais

lideranças formadas na Igreja”, disse padre Décio.

Mudança de mentalidade

Para mudar, é preciso mudar completamente de mentalidade. “Aqui está um nó bastante grande,

ou seja, a mentalidade de um povo não se muda facilmente. Albert Einstein dizia: „É mais fácil quebrar

um átomo do que mudar a mentalidade de um povo‟. Precisamos apostar e ter muita paciência histórica e

não podemos forçar. Estamos conseguindo mais que o esperado e as pessoas estão percebendo o valor e

diferencial de realizar algo diferente. Assim, temos uma longa caminhada pela frente”, concluiu.

Por Judinei Vanzeto – Assessor de imprensa do Regional Sul 3 da CNBB

Porto Alegre, 31 de agosto de 2017

Do dia 30/8/17

Papa encontra jogadores da Chapecoense, "um time em reconstrução"

A delegação da Associação Chapecoense, entre comissão técnica, atletas e familiares, esteve

presente na Audiência Geral desta quarta-feira (30). Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa, o

Papa Francisco deu as boas vindas em italiano:

“Saúdo todos vocês, especialmente os membros da Associação Chapecoense de Futebol e os

alunos tanto do Colégio de São Paulo como do Colégio Pio Brasileiro de Roma. Desejo a vocês de

prosperar na sabedoria que vem de Deus a fim de que, tornados peritos das coisas de Deus, possam

comunicar aos outros a sua doçura e o seu amor. Desça sobre vós e suas famílias a abundância das

suas bênçãos.”

Na delegação, além do técnico, grande parte dos reservas e outra pequena de jogadores titulares,

estavam Jackson Follman e Alan Ruschel, sobreviventes do trágico acidente do voo com a Chapecoense

ocorrido em 29 de novembro do ano passado que vitimou 71 pessoas - principalmente atletas do time de

Santa Catarina. Neto foi o único dos jogadores sobreviventes que, devido a problemas particulares, não

veio junto com o grupo para Itália.

Alan Ruschel já está de volta aos gramados e, na sexta-feira, 1 de setembro, estará em campo

junto à equipe que irá disputar um amistoso beneficente contra o Roma, no Estádio Olímpico. A relação

entre os dois clubes ficou muito próxima depois da tragédia do ano passado já que o Roma teria sido um

dos únicos clubes do exterior a oferecer ajuda concreta, além do Barcelona.

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Em entrevista à Rádio Vaticano, o presidente da Chapecoense, Plínio David de Nês Filho,

comentou sobre o apreço e a solidariedade do Papa Francisco com toda a equipe:

“É uma manifestação muito humana por parte da Sua Santidade, o Papa Francisco, receber a

nossa agremiação que sofreu um grave acidente e que se recupera daquelas feridas abertas durante

aquela trágica noite. E receber a sua bênção, um Papa que tem no seu coração, o amor, o carinho e a

dedicação para com as pessoas, um ser humano de inigualável grandeza e de uma forma muito aberta

de receber as pessoas e, recebe aqui, um time de futebol em reconstrução. Nada mais justo de

agradecermos e fazermos neste momento uma oração por todos aqueles que ainda tem a oportunidade

de conviver conosco e estarem aqui, neste dia, que é uma dádiva para todos nós.” (CM/AC)

Fonte: Rádio Vaticano

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"Viramos ainda mais fãs do Papa", diz Follmann, da Chapecoense

Nem eles acreditavam que um dia poderiam conhecer o Papa Francisco tão de pertinho e, o

melhor, receber uma bênção especial e individual do Santo Padre.

Alan Ruschel, um dos sobreviventes do acidente aéreo que envolveu o time da Chapecoense em

novembro do ano passado e que vitimou mais de 70 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e

jornalistas que viajavam para a Colômbia, diz ter vivido um momento único junto ao Papa Francisco na

manhã desta quarta-feira (30), na Praça São Pedro.

Alan Ruschel - “Eu que fui muito abençoado por Deus depois de tudo que aconteceu, chegar

aqui e ter a bênção do Papa, ter a presença dele pertinho, botando a mão na minha cabeça,

abençoando o meu terço, acho que não tem coisa melhor e mais satisfatória, então estou muito feliz pelo

que estou vivendo.”

Outro sobrevivente da tragédia da Chapecoense, Jackson Follmann, estava junto com a delegação

na Audiência Geral. O atleta, que virou embaixador do time catarinense, faz coro com o colega de

profissão e com quem dividiu, lado a lado, a pior noite da sua vida e, nesta quarta-feira, aquela manhã

realmente inesquecível.

Jackson Follmann - “Com certeza um momento histórico que ficará marcado para o resto da

minha vida, porque consegui vir até Roma e ir até o Vaticano para receber a bênção do Papa. Isso foi

uma alegria e uma emoção muito grande! Um momento ímpar, acho que não só pra mim, mas pra todo

mundo que estava ali. E o Papa foi muito humilde, foi muito gentil em poder vir até a gente e

cumprimentar a todos. A gente ainda teve a sorte dele chegar, e dar a bênção pra mim e pro Alan. Isso

nos deixou muito motivado pra tocar a nossa vida, pra gente poder dar sequência também à nossa

recuperação. Uma motivação a mais, uma bênção a mais, ainda mais vindo do Papa, então, é uma

manhã que vai ficar marcada para o resto das nossas vidas, com certeza.”

Alan Ruschel estará em campo na sexta-feira (1) no jogo amistoso contra o Roma, no Estádio

Olímpico. O atleta acredita que a vida deles, como sobreviventes e abençoados – agora inclusive pelo

Papa, consegue inclusive direcionar o caminho do resto da equipe:

“A gente tenta ser um espelho pra eles de um modo positivo, ser um exemplo bom. Tudo aquilo

de bom que a gente tenta passar pra eles são as coisas boas que a vida nos oferece e nos apresenta, e

que eles aproveitem da melhor maneira possível. Foi isso que a gente fez hoje e, acredito, que eles

também.”

Um exemplo de vida e de paixão pelo esporte que acabou se refletindo ainda mais na figura do

Papa Francisco, de quem viraram ainda mais fã, como declara Follmann:

“O Papa, poxa, o Papa, além de ser o nosso Papa é um amante do futebol. E a energia que ele

passa pros fiéis, pras pessoas, é uma energia muito contagiante! Isso nos deixou muito à vontade

também e viramos ainda mais fãs do Papa.” (AC)

Fonte: Rádio Vaticano

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Dom Erwin: "Novo decreto é versão 'light' do primeiro"

Diante da repercussão negativa causada pelo decreto que extinguiu a Reserva Nacional de

Cobre e seus Associados (Renca), localizada entre o Pará e o Amapá, na Amazônia, o governo Michel

Temer revogou o texto e editou um novo decreto na noite desta segunda-feira (28/08), em edição extra

do Diário Oficial da União.

A nova redação mantém, contudo, a extinção da Renca, abrindo o território a empresas

mineradoras interessadas na exploração de ouro, ferro, manganês e tântalo, o que aumenta a

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pressão sobre as nove unidades de proteção que se sobrepõem à reserva, incluindo duas terras

indígenas. Dentro da Renca, uma área de 46.450 quilômetros quadrados do tamanho do Estado do Espírito

Santo, estão nove áreas de conservação ambiental e reservas indígenas. Até então, somente a

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), uma empresa pública pertencente ao Ministério

de Minas e Energia, podia fazer pesquisa geológica para avaliar as ocorrências de minérios neste

território com alto potencial de ouro e outros metais preciosos.

O caso continua repercutindo, justamente na semana em que se celebra o Dia Mundial de

Oração pela Criação, uma data instituída pelo Papa há 3 anos.

Conosco, o Presidente da REPAM-Brasil e Secretário da Comissão Episcopal para a

Amazônia, o bispo emérito de Xingu, Dom Erwin Krautler: “É uma afronta à Amazônia. Agora, pela pressão por parte da Igreja, de outras entidades,

ambientalistas e celebridades brasileiras, ele recuou. Mas recuou só parcialmente. O amago da questão

continua em vigor e o cerne deste decreto continua firme".

"Esta é, por assim dizer, uma edição „light‟ do decreto, mas não muda o contexto da agressão

à Amazônia". "Praticamente acontece que a Amazônia, mais uma vez, está sendo degradada a uma „província

mineral‟ sem respeito às populações que aqui se encontram, indígenas ou não. Simplesmente se decreta:

uma canetada do Presidente da República, simplesmente decidem sobre a Amazônia. Os povos

locais não são consultados, não têm direito de opinar, são colocados diante de um fato consumado;

é um absurdo numa democracia, afinal de contas, nós fazemos parte deste Brasil grande, somos povos

que vivem desta terra e lutam pelo futuro das gerações vindouras. Não podemos admitir que o Presidente

sem mais nem menos decida, acatando interesses e ambições destas mineradoras”.

“Olhe, onde isso acontece – eu tenho experiência nisso, eu vi lá no Xingu – onde mineradores

estão passando, o que sobra é uma paisagem lunática, de crateras: não tem mais condição de uma

vida normal, nem para animais nem para seres humanos”. “Vão agredir a selva, vão agredir o meio ambiente, e muito! As consequências são irreversíveis.

Não tem fiscalização coisa nenhuma, eles fazem o que bem entendem, e não há poder que possa se opor

ou fiscalizar estas empresas. Depois, fala-se que o Brasil vai ganhar „royalties‟... sabem aonde ficam?

"Nós ganhamos umas migalhas, mas o grosso mesmo, o ouro puro, estão levando para o

exterior. E o Brasil está sendo fraudado”.

Fonte: Rádio Vaticano

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Hoje se recorda as vítimas de desaparecimentos forçados, em data instituída pela ONU

Hoje é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, instituído pela ONU em

dezembro de 2010, mas celebrado, pela primeira vez, em 2011. O objetivo deste dia é unir os líderes dos

países para combater o desaparecimento forçado de pessoas em todo o mundo. Esta resolução confirmou

a entrada em vigor da Convenção Internacional para a Proteção de todas as Pessoas contra os

Desaparecimentos Forçados, adotada em 2006.

Detenções Associados às ditaduras militares, os desaparecimentos forçados são cometidos, hoje, em várias

situações de conflito interno, como meio de repressão política dos adversários ou opositores. Milhares de

pessoas são detidas, sem as mínimas condições de sobrevivência, em lugares secretos, desconhecidos até

por seus familiares.

O Dia Internacional das Vítimas do Desaparecimento Forçado recorda o destino das vítimas

sequestradas, muitas vezes com o conhecimento das autoridades; o evento presta tributo também aos

familiares das vítimas, em constante sofrimento.

A ONU e a Amnistia Internacional lançam seu apelo, neste dia, para que os países do mundo se

unam para ratificar a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra os

Desaparecimentos Forçados, para que acabe, finalmente, esta triste realidade.

América Latina A experiência das violações dos direitos humanos na América Latina foi fundamental para

estabelecer mecanismos globais contra esse crime.

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Neste ano, esta data é importante, de modo particular, para o Brasil, por duas razões: o

estabelecimento da Comissão da Verdade e a proposta do novo Código Penal, que, pela primeira vez,

cria uma legislação específica para enfrentar os desaparecimentos forçados.

Este crime é difícil de ser definido porque envolve elementos de prisões ilegais, sequestros,

assassinatos e ocultação de cadáveres. Este era o método repressivo utilizado frequentemente pelos

regimes militares latino-americanos nas décadas de 1960-80. Na época, não se reconhecia a detenção das

pessoas, que eram levadas para centros clandestinos de tortura ou de extermínio.

Mobilização Desde então, Movimentos de Direitos Humanos, como a Anistia Internacional, começaram a se

mobilizar para coibir esse tipo de atrocidade, fazendo pressão aos governos para a criação de acordos

diplomáticos.

A primeira resolução da Assembleia Geral da ONU sobre este tema ocorreu em 1978, mas só em

2011 entrou em vigor a Convenção Internacional para a Proteção de todas as Pessoas contra

Desaparecimentos Forçados.

Brasil No Brasil, estima-se que, durante o regime militar, houve 379 mortos e desparecidos; em muitos

casos, sobretudo os desaparecimentos forçados de combatentes na guerrilha do Araguaia. Até hoje não

se tem informações sobre o paradeiro dos seus restos mortais.

O governo brasileiro foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por se omitir

em fornecer esses dados, violando assim o direito de se saber a verdade de como tais crimes ocorreram.

Fonte: Rádio Vaticano

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Padre Jaime C. Patias: despedida rumo a novos caminhos

"Após cinco anos servindo como secretário nacional da Pontifícia União Missionária e assessor

de comunicação das POM, padre Jaime C. Patias, IMC, assume nova missão

Nesta quarta-feira, 30 de agosto, em Brasília (DF), a direção das POM reuniu amigos e

colaboradores para uma missa e um almoço de despedida do padre Jaime Carlos Patias, IMC.

Reflexão sobre a dinâmica da missão na vida

Como discípulos missionários de Jesus somos cooperadores na missão de Deus. Na verdade,

somos missão de Deus no mundo e na história. A disponibilidade e a generosidade do nosso “sim”, na

consagração religiosa e na ordenação, conduzem-nos por caminhos que não escolhemos. É Deus quem

escolhe, nós confirmamos.

Cheguei em Brasília (DF) para colaborar na Equipe das Pontifícias Obras Missionárias (POM),

no dia 9 de agosto de 2012. Após cinco anos servindo como secretário nacional da Pontifícia União

Missionária e assessor de comunicação, deixarei esse trabalho, no dia 10 de setembro de 2017, para

assumir nova missão como Conselheiro Geral do Instituto Missões Consolata (IMC). Para os próximos

seis anos, devo residir em Roma e acompanhar as missões nas seis províncias da congregação no

continente americano.

Na perspectiva da fé, posso afirmar que, no mês de junho de 2017, Deus me falou por meio de

diversos acontecimentos. Neles reencontrei as raízes da família, da Igreja e da minha Congregação.

1. Estive na Itália onde participei do XIII Capitulo Geral dos missionários da Consolata. Visitei

Aviano, na Província de Pordenone, cidade natal do meu avô, Costante Patias. Rezei missa junto à pia

batismal onde ele e outros parentes que imigraram para o Brasil foram batizados. Foi um reencontro com

as origens da família.

2. No dia 5 de junho, com vários colegas missionários e missionárias da Consolata, tive a graça

de apertar a mão do papa Francisco e receber sua bênção. Em Roma, no centro da fé católica,

reencontrei as origens da Igreja.

3. O Capítulo Geral é um tempo forte para reencontrar as origens da Congregação, o carisma e

identidade que para nós é a missão ad gentes. À luz do carisma refletimos sobre a revitalização e a

reestruturação. Foi nesse ambiente multicultural e internacional que, no dia 13 de junho, fui eleito

Conselheiro Geral do IMC. A posse ocorreu no dia seguinte e à noite regressei antecipadamente ao

Brasil para acompanhar o meu pai, Arlindo em sua passagem para a eternidade. Partiu no dia 22,

rodeado dos nove filhos, mistérios de Deus! A ele e à mamãe Maria, que nos deixou em 2012, a minha

gratidão pela vida, humana e divina. Obrigado também aos meus irmãos e irmãs pelo carinho.

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Sou natural de Esquina Buriti, comunidade no interior de Tuparendi (RS). Conduzido por Deus,

nestes 24 anos de ministério não me faltaram oportunidades e opções na missão. No Brasil, em meus

estudos e formação; na Colômbia (Noviciado); depois na Inglaterra (estudos de teologia); em

Moçambique (1994-2001) na missão, formação e ensino. De volta ao Brasil, em São Paulo, por dez

anos, na comunicação com a revista Missões, na animação missionária e direção da Congregação.

Nas POM em Brasília, foram cinco anos intensos colaborando na formação, animação

missionária, produção de subsídios e comunicação. Tive a oportunidade de estar em vários regionais e

dioceses, participei de muitos eventos, alguns deles no exterior e encontrei inúmeras pessoas

apaixonadas pela missão. Foi um tempo de graça, lutas e aprendizado. Por tudo, Deus seja louvado!

A minha gratidão especial aos colegas das últimas duas direções das POM pela comunhão e

convivência. Aos funcionários e colaboradores, pela dedicação e profissionalismo. À Igreja no Brasil,

obrigado pela abertura e sinodalidade. Agradeço, enfim, a confiança da minha família religiosa

Consolata e o apoio de todos. Pelas falhas, peço perdão na certeza de que o maior desafio da missão é a

minha própria conversão.

Quero destacar com alegria, nos últimos anos, a maior atenção com a formação missionária dos

seminaristas. Houve também, o fortalecimento dos Conselhos Missionários de Seminaristas (Comises) e

diversas experiências missionárias na formação. O 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas

(julho de 2015), a celebração do Centenário de fundação da Pontifícia União Missionária (outubro de

2016) e a 1ª Assembleia Nacional de coordenadores regionais de Comises (julho de 2017) foram

momentos significativos na caminhada. Por isso, o meu muito obrigado aos seminaristas, formadores,

bispos e lideranças que apoiam e valorizam o nosso trabalho. Gostaria de agradecer ainda, o importante

papel da Comissão Nacional dos Comises e a comunhão com os organismos e comissões da CNBB, e o

importante apoio da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

Movido pela paixão por Cristo e pela humanidade, diante dos novos desafios, peço ao Senhor a

capacidade de continuar a ser um semeador que ame o chão da missão e que nunca se canse de espelhar

a Boa Semente! “Tudo com missão, nada sem missão”.

Fonte: POM

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Infância e Adolescência Missionária divulga resultado dos cofrinhos

"Gesto concreto das crianças e adolescentes do Brasil ajuda outras crianças e adolescentes no

mundo

A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) acaba de divulgar, o relatório

dos cofrinhos referente ao ano de 2017. Segundo dados enviados até 31 de julho por grupos de 90

dioceses de todo o Brasil, foi arrecadado um total de R$ 57.218,17. Fruto dos sacrifícios de centenas de

crianças e adolescentes que fazem a sua partilha em favor de outras crianças e adolescentes no mundo.

“Cada mês, as crianças e adolescentes, com alegria, entregam suas ofertas para as crianças

necessitadas do mundo. As crianças e os adolescentes missionários comprometem-se a: Repartir seus

bens com os que não têm, mesmo à custa de sacrifícios, conforme o 3º Compromisso da Obra”, explica

Irmã Patrícia Souza, secretária nacional da IAM.

Jornada Nacional da IAM

Os grupos de IAM em todo o Brasil realizam todos os anos, no último domingo do mês de maio,

uma Jornada Nacional. O roteiro da celebração inclui a consagração das crianças e adolescentes durante

a Coroação de Nossa Senhora, a entrega do lencinho e do escudo da IAM, e a coleta do cofrinho com a

oferta que se destina, a cada ano, a um continente que neste ano se destina a Oceania.

“Queremos agradecer a cada criança e adolescente que realizou seu sacrifício e sua oferta em

favor das crianças e adolescentes da Oceania. De moeda em moeda nesse ano juntamos essa quantia

considerável. Com as palavras do pensador Eduardo Galeano, queremos afirmar: „muita gente pequena,

em pequenos lugares, fazendo coisas pequenas podem transformar o mundo‟”, sublinha Irmã Patrícia

Souza.

“Agradecemos também, as crianças, adolescentes, assessores e assessoras que se dedicam à Obra

da IAM em todo o Brasil. Com o seu esforço, juntos vivem o carisma desta Obra: „Oração e Sacrifício‟,

complementa a religiosa.

Do Regional Sul 3 da CNBB

Diocese de Caxias do Sul: R$ 375,00

Diocese de Pelotas: R$ 70,00

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Diocese de Osório: R$ 644,09

Diocese de Novo Hamburgo: R$ 62,00

Arquidiocese de Passo Fundo: R$ 218,97

Diocese de Erexim: R$ 778,00

Diocese de Uruguaiana: R$ 80,00

Fonte: POM.

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Lei sancionada define o dia 30 de agosto como o Dia Nacional do Perdão no Brasil

A partir deste ano, 30 de agosto será lembrado como o Dia Nacional do Perdão. A lei que institui

a data foi sancionada dia 19 de agosto pelo presidente Michel Temer e publicada dia 20 do mesmo mês

no Diário Oficial da União.

O projeto de lei foi aprovado em abril de 2015 na Câmara dos Deputados e no último dia 28 nos

Senado Federal. A deputada Keiko Ota (PSB-SP), autora do texto, escolheu a data em alusão ao dia da

morte de seu filho, Ives Ota, sequestrado e assassinato aos 8 anos.

Na justificativa para o PLC 31/2015, Keiko afirma que o objetivo é propor uma reflexão sobre o

tema, além de ressaltar a luta de diversos movimentos sociais e parentes por justiça. Ela e o marido,

Masataka Ota, fundaram, em 1997, o Movimento Paz e Justiça Ives Ota.

“Lembro a memória de meu filho, Ives Ota, sequestrado e assassinado brutalmente aos 8 anos.

Eu e meu marido, Masataka Ota, perdoamos aqueles que causaram esse mal à minha família”, destacou

a deputada.

Para entender o caso

Ives Ota foi sequestrado em casa, na zona leste de São Paulo, em agosto de 1997. Por ter

reconhecido um dos homens, que era policial militar e fazia bico como segurança em uma loja da

família, o garoto foi morto na madrugada do dia seguinte. Mesmo depois da execução, o grupo

continuou negociando o resgate. Os três envolvidos no caso foram condenados.

Na Audiência Geral, dia 21 de setembro de 2016, na Praça São Pedro (Roma), o Papa Francisco

disse que “perdoar é o primeiro pilar que sustenta a comunidade cristã”. O segundo, segundo o pontífice,

é doar-se. Estar disposto a doar-se obedece a uma lógica coerente: na medida em que se recebe de Deus,

se doa ao irmão, e na medida em que se doa ao irmão, se recebe de Deus”, disse.

Fonte: CNBB

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Diocese de Macapá (AP) se posiciona contra o decreto de extinção da Renca

Diocese de Macapá (AP) se posiciona sobre a decisão do Poder Executivo de extinguir a

Reserva Nacional do Cobre e Associadas (Renca).

“A política não deve submeter-se à economia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao

paradigma eficientista da tecnocracia. Pensando no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a

política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, especialmente da vida

humana.(…) Convém evitar uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se

resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos. Será realista esperar que

quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que

deixará às próximas gerações?” (Papa Francisco – Laudato si, 189)

O clero da Diocese de Macapá, reunido em Macapá (AP), nos dias de 22 a 24 de agosto de 2017

e a liderança leiga de nossa Diocese, reunida em 26 de agosto, na mesma cidade, manifestam sua

posição a respeito do Decreto 9142/2017 de autoria do Poder Executivo.

Este decreto extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associadas (Renca), uma área de 47 mil

km2 entre o Pará e o Amapá, rica em ouro e outros minérios, mas também fundamental para a

conservação da biodiversidade do bioma amazônico e a sobrevivência de comunidades locais. “Segundo

relatório divulgado no mês passado pela WWF-Brasil e Jazida.com, a extinção da Renca deverá gerar

uma série de conflitos entre a atividade minerária, a conservação da biodiversidade e os povos indígenas.

A Renca engloba nove áreas protegidas, sendo três delas de proteção integral: o Parque Nacional

Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de

Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento

Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este. ” (www.wwf.org.br)

A liberação da atividade minerária neste local colocará em risco:

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A preservação do bioma Amazônico, um dos focos da CF 2017 – CNBB, com o desmatamento e

a perda da biodiversidade

As áreas protegidas, podendo causar impactos irreversíveis ao meio ambiente e aos povos da

região que, na sua maioria, estão dentro da circunscrição geográfica de nossa diocese;

Haverá exploração e comprometimento dos recursos hídricos;

Haverá também o acirramento dos conflitos fundiários e ameaça a povos indígenas e populações

tradicionais;

Diante disso demonstramos uma grave preocupação com o Bioma Amazônico que foi colocado

em risco por esse decreto e um repúdio a falta de respeito e diálogo com toda a população local e

organismos de proteção.

Convocamos todos os cristãos, de modo especial, os membros das nossas comunidades e pessoas

de boa vontade para se unirem na defesa da Casa Comum, como nos pede o Papa Francisco. Neste caso

concreto se propõe a defesa do Bioma Amazônico que é a nossa casa e de onde vem o nosso sustento.

Nossa intenção não tem outro interesse que não seja o de buscar o melhor para o nosso povo,

principalmente os mais fragilizados.

Na celebração do Ano Mariano Nacional, confiamos o povo brasileiro à intercessão de Nossa

Senhora Aparecida. Deus nos abençoe!

Macapá, AP, 26 de agosto de 2018.

Fonte: CNBB

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Fiéis se despedem de “Dom Pelé” na catedral de João Pessoa (PB)

Desde a madrugada desta terça-feira, os fiéis se despedem de arcebispo emérito da Paraíba, dom

José Maria Pires, que faleceu na noite do último domingo (27/08), aos 98 anos. Dom José Maria Pires

residia na casa dos padres jesuítas em Belo Horizonte e faleceu um hospital da capital mineira, vítima de

complicações de uma pneumonia.

O caixão com o corpo do Arcebispo Emérito chegou a João Pessoa em um voo comercial e foi

levado para o hangar do Governo do Estado, onde o Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Delson,

e um grupo de padres e representantes de pastorais da Arquidiocese da Paraíba, esperavam para dar

início ao cortejo até a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa, onde se

realiza o velório.

A Catedral vai ficar aberta durante todo o dia para as despedidas do Povo de Deus a Dom José.

Várias missas vão ser celebradas durante o dia. Às 16h, haverá a última celebração, de Corpo Presente,

presidida pelo Arcebispo Dom Delson. O sepultamento será em seguida na própria Catedral.

“Dom José foi um dos catequistas mais ativos e humildes à frente do seu rebanho, e que soube

impor a sua voz, sempre que necessário, em defesa dos menos favorecidos. O „Dom Pelé‟, como ficou

carinhosamente conhecido, faz a sua passagem deixando em nós o exemplo de como ser Igreja, de como

estar à frente do Povo de Deus”, afirmou o Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Sobre Dom José – Dom José Maria Pires nasceu no dia 15 de março de 1919, na cidade de

Córregos (MG). Foi ordenado presbítero no dia 20 de dezembro de 1941, em Diamantina (MG). No dia

25 de maio de 1957 recebeu a nomeação episcopal, e a sagração ocorreu no dia 22 de setembro de 1957,

em Diamantina.

Foi formado em Teologia e Filosofia pelo Seminário de Diamantina (MG). Atuou como Bispo

em Araçuaí-MG (1957-1965), de onde veio para ser Arcebispo da Paraíba (1966-1995). Foi também

membro da Comissão Central da CNBB e Presidente da Comissão Episcopal Regional-NE2.Dom José

tinha como lema episcopal: “Scientiam Salutis” (A ciência da Salvação). Foi o quarto Arcebispo da

Paraíba. Dom José Maria Pires ficou à frente da Arquidiocese de 1966 até 29/11/1995. Foi sucedido por

Dom Marcelo Pinto Carvalheira.

Fonte: Catolicos.

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Em Coletiva, Santuário apresenta detalhes sobre a Festa da Padroeira

Este ano, celebrações assumem caráter ainda mais especial em virtude dos 300 anos da imagem

de Aparecida

A programação da Novena e Festa da Padroeira 2017 foi apresentada na manhã desta quarta-feira

, 30, em coletiva de imprensa no Santuário Nacional. Neste ano, as celebrações assumem caráter ainda

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mais especial em virtude dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio

Paraíba do Sul.

Atenderam a imprensa o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, o reitor do Santuário

Nacional, padre João Batista de Almeida, e o administrador do Santuário, padre Daniel Antonio da

Silva.

Nas celebrações dos 300 anos, Dom Orlando disse que algo que chama sua atenção, ele que está

há pouco tempo à frente da arquidiocese de Aparecida, é a fé dos romeiros. Ele destacou a importância

da coletiva de hoje, um momento para levar a todos as informações sobre o que acontece no Santuário

nesse tempo de preparação ao grande Jubileu do tricentenário.

Padre João Batista destacou o caráter jubilar da festa desse ano, que na verdade começou em

2016, com a abertura do Ano Mariano na igreja no Brasil em 12 de outubro do ano passado. Ele

informou que a festa começa na próxima semana, com a visita da imagem às escolas de Aparecida e

Potim, até 29 de setembro. Atualmente, a imagem já está visitando as várias dependências do Santuário

Nacional.

O grande momento da festa começa com a novena. Justamente por ocasião dos 300 anos, a

programação foi um pouco alterada neste ano, com a novena começando já no dia 1º de outubro. Um dos

diferenciais para esse ano será a participação de categorias de personagens que fizeram parte desses 300

anos de história, como pescadores.

Terminando a novena, a festa será estendida por mais três dias: 10 a 12, quando o Santuário

receberá a presença do representante do Papa para as celebrações do tricentenário: o Cardeal Giovanni

Battista Re. Ele vai presidir missas no santuário nos dias 11 e 12.

Para o dia 11 de outubro, está programada uma “procissão da memória“, que vai levar a imagem

de Nossa Senhora até o Porto Itaguaçu e lá ela vai permanecer até dia 12, quando será levada em

procissão ao Santuário Nacional passando pelas ruas de Aparecida e pelos principais pontos desses 300

anos de história, como a Basílica Velha.

No dia 12, a missa oficial da festa será às 10h. Nesse dia, o Santuário deve receber diversas

autoridades e pessoas com uma estreita relação com Nossa Senhora devido ao recebimento de graças.

Uma delas será a esposa do embaixador da Ucrânia, que recebeu uma graça por intercessão de Nossa

Senhora Aparecida ainda quando criança.

Quanto às celebrações, os preparativos estão acertados. “Estamos praticamente com os textos

prontos e horários definidos. Aguardamos apenas um acerto com o Núncio Apostólico sobre a presença

do legado papal. Nossa festa está preparada e estamos no embalo dela”, declarou padre João Batista.

“Para nós é muito importante que a juventude esteja marcando essa presença dentro da novena”.

Inauguração da cúpula

Um dos grandes destaques não só da Festa da Padroeira 2017 mas também das comemorações

desses 300 anos será a inauguração da cúpula central do Santuário. Segundo padre Daniel, uma obra-

chave das comemorações do tricentenário.

Após a inauguração da cúpula, será inaugurado o acesso a cúpula, na segunda quinzena de

outubro. Ela será aberta à visitação do público. O acesso foi preparado levando em conta a acessibilidade

e traz informações sobre os 300 anos de Nossa Senhora Aparecida.

Padre Daniel recordou ainda que, ao longo desse ano Jubilar, outras inaugurações foram

marcantes, como a do monumento em homenagem à Nossa Senhora Aparecida no Vaticano, no

Santuário Nacional e na sede da CNBB em Brasília, além da inauguração do campanário.

Festival da Padroeira

Com relação aos eventos, a festa desse ano também terá algumas novidades. Nos dias 6 e 7 de

outubro, haverá um show especial com o grupo italiano Genrosso, uma realização em parceria com a

Fazenda da Esperança.

Outro destaque é o Festival da Padroeira que será realizado em dias 10 e 12 de outubro. No dia

10, show de padres cantores. No dia 12, show com artistas da música brasileira e, no repertório, músicas

que falam de Maria. Já estão confirmadas a participação de 12 cantores. Em ambos os dias, os shows

serão gratuitos e realizados a partir das 20h30 na Tribuna Bento XVI.

Futuro

Concluídas as comemorações dos 300 anos, os projetos não param. Para 2018, padre Daniel

informou que um projeto foco do Santuário será o “Caminho do Rosário”. Trata-se de um percurso de

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caminhada desde o Hotel Rainha do Brasil até o Porto Itaguaçu. Mais detalhes sobre o projeto estarão

disponíveis posteriormente.

Fonte: Canção Nova

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Furacão Harvey: Bispos dos Estados Unidos organizam coleta nacional para atingidos

Dom José Gómez, Arcebispo de Los Angeles e vice-presidente da Conferência dos Bispos

Católicos dos Estados Unidos (USCCB), anunciou a organização de uma coleta nacional para

arrecadação e ajuda aos atingidos pela passagem do furacão Harvey no país.

Em uma carta publicada em 28 de agosto, divulgada pelo site da USCCB, Dom Gómez propôs as

datas para a coleta nos fins de semana de 1º e 2 de setembro ou 8 e 9 do mesmo mês.

A passagem do furacão Harvey pelo Caribe e pelo estado do Texas em 26 de agosto provocou a

morte de aproximadamente 16 pessoas, entre elas 15 nos Estados Unidos e uma na Guiana.

As perdas econômicas causadas pelo desastre natural são calculadas em aproximadamente 40

bilhões de dólares.

Em sua mensagem, Dom Gómez assinalou que “nossos corações e orações vão para as famílias

que perderam seus entes queridos e todas as pessoas que perderam suas casas e negócios, junto com sua

sensação de paz e normalidade”.

“Também estamos junto com nossos irmãos bispos na região, que têm a árdua missão de oferecer

cuidados pastorais nestes momentos difíceis, enquanto resolvem as suas próprias perdas”.

“A nossa oração e ajuda financeira para as suas necessidades urgentes”, disse.

O dinheiro arrecadado na coleta ajudará os esforços humanitários da Catholic Charities USA.

Dom Daniel DiNardo, Arcebispo de Galveston-Houston, uma das regiões atingias, e presidente da

USCCB, pediu a Dom Gómez que lidere a coordenação do esforço solidário.

“Junto com o Cardeal DiNardo e os bispos em toda a região afetada, manifesto a minha profunda

gratidão aos primeiros que responderam e aos inúmeros voluntários que estão ajudando na região da

Costa do Golfo de diversas maneiras”, assinalou Dom Gómez.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 29/8/17

Dia contra testes nucleares: Francisco por um mundo sem armas atômicas

Celebra-se neste 29 de agosto o Dia internacional contra os testes nucleares, aprovado em 2009

pela Assembleia da Onu com o objetivo de promover o princípio de que “deveria ser feito todo esforço

para dar fim aos testes nucleares e desse modo eliminar seus efeitos devastadores sobre a vida das

pessoas”. Desde o início de seu Pontificado, Francisco tem se pronunciado com veemência em favor da

eliminação das armas nucleares.

Em 7 de dezembro de 2014 o Santo Padre enviou uma mensagem para a Conferência de Viena,

na Áustria, sobre o impacto humanitário das armas nucleares. Para o Papa “é preciso uma ética global se

quisermos reduzir a ameaça nuclear e trabalhar por um desarmamento nuclear”.

Impacto sobre as gerações vindouras e sobre o planeta Francisco afirma que as armas nucleares constituem um problema global tendo impacto sobre as

gerações vindouras, bem como sobre o planeta – que é nossa casa comum.

Evidencia a necessidade de uma ética global se quisermos diminuir a ameaça nuclear e trabalhar

para o desarmamento nuclear. Evocando a encíclica Sollicitudo rei socialis, n. 38, de João Paulo II,

reitera que agora, mais do que nunca, a independência tecnológica, social e política exige urgentemente

uma ética de solidariedade.

Ao lembrar que as consequências humanitárias das armas nucleares são previsíveis e planetárias,

com potencialidade de destruir nós e a civilização, adverte que em vez de nos concentrarmos muitas

vezes sobre a potencialidade das armas nucleares para os massacres em massa, deveríamos prestar mais

atenção aos “sofrimentos desnecessários” causados pelo seu uso.

Contrastar lógica do medo com ética da responsabilidade Outro ponto importante de grande atualidade destacado por Francisco é o de que a dissuasão

nuclear e a ameaça da destruição recíproca assegurada não podem ser a base de uma ética de

fraternidade e de coexistência pacífica entre povos e Estados. “Agora é o tempo de contrastar a lógica do

medo com a ética da responsabilidade, de forma a promover um clima de confiança e de diálogo

sincero”, exorta o Pontífice.

Page 24: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

Francisco chama a atenção para o fato que gastar em armas nucleares dilapida a riqueza das

nações e que quando estes recursos são desperdiçados, os pobres e os mais frágeis que vivem às margens

da sociedade pagam o preço.

A paz não “é ausência de guerra; nem se reduz ao estabelecimento do equilíbrio entre as forças

adversas, nem resulta de uma dominação despótica”, lembra ainda o Pontífice citando uma passagem

solene do documento conciliar Gaudium et spes, 78.

Mediante a confiança recíproca estabelecer paz verdadeira e duradoura Devemos estar profundamente comprometidos em fortalecer a confiança recíproca, pois só

mediante esta confiança é possível estabelecer uma paz verdadeira e duradoura entre as Nações: é a

exortação do Pontífice fazendo eco às palavras do Papa João XXIII na histórica encíclica Pacem in

terris, n. 113.

Em março deste ano Francisco encorajou com uma mensagem os participantes da Conferência da

Onu para a aprovação de um tratado sobre a proibição das armas nucleares.

Empenhar-se por um mundo sem armas nucleares O Pontífice reiterou a urgência de empenhar-se por um mundo sem armas nucleares. “Devemos

também perguntar-nos como é possível um equilíbrio baseado no medo, quando este tende efetivamente

a aumentar o medo e a minar as relações de confiança entre os povos – escreve na referida mensagem.

“O objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se tanto um desafio quanto um

imperativo moral e humanitário”, conclui o Papa. (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

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Bispos aconselham que o Papa não use o termo “Rohingya” de minoria religiosa

A Conferência Episcopal de Mianmar sugeriu ao Papa Francisco de não usar o termo “Rohingya”

durante a sua viagem apostólica ao país - anunciada nesta segunda-feira (28) e prevista para novembro.

A notícia foi divulgada pela agência católica asiática Ucanews.

Dom Alexander Pyone Cho, arcebispo de Pyay, da diocese do Estado Rakhine, local onde mora a

minoria muçulmana perseguida pelo governo, comentou que “a palavra Rohingya faz parte de um tema

sensível no país e seria melhor que não fosse usada durante a visita”.

No último domingo (27), depois da oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, o Papa

Francisco chegou a fazer um apelo por ajuda e plenos direitos à essa comunidade étnica em fuga por

causa da violência desde 2012, e chegou a citá-los como “irmãos Rohingya”. A viagem apostólica do

Santo Padre, porém, visa a promoção do diálogo entre as religiões, tanto que o lema da visita ao país

será “Amor e Paz”. (AC/SIR)

Fonte: Rádio Vaticano

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Cristãos europeus unidos pelo cuidado da Criação

Católicos e protestantes unidos para celebrar o Tempo da Criação. Um período, que será

celebrado de 1º de setembro a 4 de outubro próximo, dedicado pelos cristãos do mundo inteiro à oração

e à ação pelo cuidado da Criação.

A iniciativa tem o apoio do Papa Francisco, do Patriarca ecumênico Bartolomeu I e do Conselho

Mundial de Igrejas – que representa 500 milhões de cristãos no mundo – e da Comunhão Anglicana,

bem como de outras comunidades cristãs.

As celebrações comuns de católicos e protestantes têm um significado particular este ano em que

se celebram os 500 anos da Reforma. Católicos e cristãos protestantes encontram-se unidos para

enfrentar os desafios ambientais e sociais que colocam à prova pessoas no mundo inteiro. Essa busca

colaborativa para encontrar soluções às comuns crises ambientais e sociais responde ao espírito de

partilha e proximidade sobre a qual se funda toda fé cristã.

Haverá eventos no mundo inteiro como nas Filipinas, onde o Cardeal Luis Antonio Tagle

celebrará uma missa pela Criação; na Suíça se terá uma celebração eucarística anglicana às margens de

um riacho poluído; e nos EUA algumas religiosas rezarão nas proximidades de uma zona radioativa.

Ainda no âmbito das iniciativas nesse sentido, em 24 de setembro próximo terá lugar em Taizé,

na França, uma ação simbólica especial intitulada “Comunhão para responder ao grito dos pobres e da

terra”, promovida pela Conferência das Comissões Justiça e Paz Europeias. Taizé acolhe uma

comunidade monástica com mais de 100 irmãos católicos e protestantes.

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Representantes das Comissões Justiça e Paz das Conferências Episcopais Europeias, do

Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Conselho das Conferências

Episcopais Europeias (CCEE), da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia

(COMECE) e da Conferência das Igrejas Europeias (CEC) participarão de uma oração comum para

renovar seu compromisso em favor da justiça, da paz e do cuidado da Criação. (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

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Água (direito humano) para o Crescimento Sustentável

Às vésperas do Dia Mundial de oração pelo Cuidado com a Criação, cerca de 3.00 pessoas de

mais de 230 países estão na capital sueca, Estocolmo, reunidas em torno do tema „Água para o

Crescimento Sustentável‟, na 26ª Semana Mundial da Água. O evento é o maior encontro anual para

questões relacionadas à água e ao desenvolvimento.

Participam representantes de governos, setor privado, organizações multilaterais, sociedade civil

e academia buscam soluções para problemas globais relacionados à água.

Em fevereiro deste ano, o Papa Francisco participou no Vaticano do encontro 'Direito Humano

à Água' promovido pela Pontifícia Academia das Ciências. Especialistas do mundo inteiro debateram

o tema inspirado, inclusive, em passagens da Encíclica Laudato si.

No seu discurso, o Papa Francisco saudou a iniciativa de debater a problemática do direito

humano à água e a exigência de políticas públicas no setor, para dar uma resposta à essa necessidade que

vive o homem de hoje.

Na ocasião, o Papa mencionou o Livro do Gênesis para tratar a questão de maneira

fundamental e urgente: “A água está no princípio de todas as coisas”, fonte de vida e de

fecundidade. Francisco citou dados “graves” das Nações Unidas que não podem nos deixar indiferentes: “mil

crianças morrem todos os dias por causa de doenças ligadas à água e milhões de pessoas

consomem água contaminada”. “Ainda não é tarde demais”, disse o Papa, “mas é urgente estarmos

cientes da necessidade da água e do seu valor essencial para o bem da humanidade”. O Pontífice também

abordou o tema do respeito à água como “condição para o exercício dos outros direitos humanos”.

Um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo das Nações Unidas

para a Infância, Unicef, mostra que 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso seguro à água.

O número de pessoas sem acesso ao esgotamento sanitário seguro é de 4,5 bilhões.

A ONU News conversou com relator das Nações Unidas para o direito humano à água e ao

saneamento, Leo Heller, sobre os dados do documento. Leo Heller fala sobre a situação em países de língua portuguesa. Segundo o relatório, 62% da

população de Portugal tem acesso seguro ao esgotamento sanitário; no Brasil a proporção é de 39%.

O relator da ONU falou ainda sobre dados em Moçambique onde houve um progresso na questão

da defecação a céu aberto: 36% da população em 2015 em comparação a 57% em 2000.

Fonte: Rádio Vaticano

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Tribunal Tiradentes julgará a legitimidade do Congresso Nacional

III Tribunal Tiradentes condenou Lei da Anistia, que protegeu os torturadores, na PUC-SP, em

2014

IV Tribunal Tiradentes - Pela Democracia no Brasil

O Tribunal Tiradentes é um evento simbólico de comunicação pedagógica, promovido pela

sociedade civil brasileira, visando ampliar a discussão dos diferentes setores da sociedade sobre temas

de seu interesse. Sua realização se inspirou no Tribunal Russell, do nome do filósofo inglês que o criou

em 1966 em Estocolmo, na Suécia, também conhecido como Tribunal Internacional de Crimes de

Guerra, Tribunal Russell-Sartre ou Tribunal de Estocolmo.

A primeira sessão do Tribunal Tiradentes foi realizada em 1983 no Teatro Municipal de São

Paulo, por iniciativa da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese dessa cidade, quando seu pastor era o

Cardeal D. Paulo Evaristo Arns. O Tribunal então julgou e condenou a Lei de Segurança Nacional. Em

1984, ano em que o Brasil se mobilizava pelas Diretas-Já, o Tribunal Tiradentes II julgou e condenou o

Colégio Eleitoral. Em sua terceira sessão, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC em

2014, após a instalação da Comissão Nacional da Verdade, julgou e condenou a Lei de Anistia com a

extensão decorrente de interpretação do STF.

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No Tribunal Tiradentes IV será julgada a representatividade e a legitimidade da atual maioria

parlamentar no Congresso Nacional que, em nome do povo brasileiro, está impondo ao país reformas

não discutidas pela sociedade e a desconstrução de Direitos estabelecidos pela Constituição de 88.

Seus organizadores pretendem, com essa iniciativa, contribuir para a conscientização dos

eleitores sobre a importância da representatividade efetiva do Parlamento, que, numa democracia, legisla

sobre as normas de vida coletiva e sobre a ação do governo e o fiscaliza.

A IV Sessão do Tribunal Tiradentes se realizará em 25 de setembro, no Auditório Tucarena,

conhecido por TUCA, local que historicamente aconteceram momentos memoráveis da luta pela

democracia e dos direitos humanos no Brasil.

Fonte: Comissão Justiça e Paz.

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"Morre um profeta, um homem de Deus!"

Estou profundamente sentida. Acabo de receber a triste notícia do falecimento de um amigo e

grande pastor da Igreja no Brasil - Dom José Maria Pires.

Tive o enorme privilégio de conviver e trabalhar com ele, na Paraíba, na década de 60, em plena

ditadura militar; ele, Arcebispo, e eu, Assistente Social, ambos envolvidos na luta contra a ditadura

militar e pela Reforma Agrária, na Pastoral da Terra da Arquidiocese.

Nos finais de semana, íamos para o campo, lá pelas bandas de Sapé, conversar, debaixo de

latadas, com os camponeses que estavam dispersos e com medo, pois viviam o rescaldo do massacre às

Ligas Camponesas naquela região.

Dom José era um dos dedicados pastores, no Brasil, da Teologia da Libertação e das

Comunidades Eclesiais de Base, da estirpe e grandeza de outros pastores, como D. Hélder Câmara, D.

Paulo Evaristo Arn's, D. Luciano Mendes, D. Angélico Sândalo, D. Casaldáliga e tantos outros Bispos

que resistiram com destemor ao regime de força que perseguia e punia quem se opusesse a ele,

denunciasse seus crimes bárbaros, e se mantivesse do lado dos perseguidos e oprimidos.

Em razão desse trabalho junto com ele, tive que sair do meu Estado, fugindo da perseguição e

para escapar do pior.

Vim para São Paulo magoada por ter que deixar a luta pela democratização da terra no campo,

contra o latifúndio e os latifundiários que, poucos anos depois, assassinaram, bárbara e covardemente, a

sindicalista Margarida Maria Alves, e, até os dias de hoje, continuam matando índios e trabalhadores que

lutam pelo direito à terra, pelo direito à vida.

Trabalhando nas favelas e cortiços da periferia de São Paulo, me dei de que a luta lá e cá era a

mesma: seja pelo direito à terra, para trabalhar, seja, para morar.

Dom José, o bispo negro, também assumiu a luta em defesa dos afrodescendentes, e contra a

opressão aos milhares de jovens negros e pobres assassinados na periferia das grandes cidades.

Obrigada, portanto, Dom José, por tudo o que fez pela Igreja e pelo povo sofrido do nosso país.

De onde estiver o seu espírito que nos inspire e nos anime a continuarmos a luta pelos direitos

humanos e sociais do nosso povo, que hoje, como no passado, estão sendo gravemente violados por um

governo ilegítimo e corrupto.

Que Deus o acolha no Seu seio e nos conforte neste difícil momento de perda e dor.

Deputada Luíza Erundina

Fonte: CRB

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Jovem surpreende namorada e o Papa Francisco com pedido de casamento

Um jovem legislador venezuelano surpreendeu a sua namorada e o Papa Francisco ao pedir a

mão da jovem em casamento no domingo, 27 de agosto, na Sala Clementina do Vaticano.

O pedido de casamento foi feito durante uma audiência privada do Santo Padre com os 80

delegados de vários países que participavam da reunião anual da International Catholic Legislators

Network (ICLN), em Roma.

Em declarações ao National Catholic Register, Darío Ramírez disse que naquele dia, ele e a sua

namorada Maryangel Espinal conversaram com o Papa sobre a situação da Venezuela e, em seguida, o

jovem lhe mostrou as fotografias do grupo de teatro para adolescentes que apoia no Panamá, onde vive

há três anos.

Depois, pediu ao Pontífice que lhe desse uma bênção especial e disse que a sua namorada “não

tinha ideia” do que ia acontecer.

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“Eu via que Maryangel estava pensando: „O que você vai fazer? Pedirá que nós façamos uma

selfie?‟ Ela ficou surpresa. Expliquei ao Santo Padre que a mulher que estava ao meu lado era a mulher

da minha vida. Que eu a conheci em uma igreja, que Deus a colocou na minha vida e que eu queria pedir

a sua mão em casamento. Então ajoelhei no chão e lhe perguntei”, contou.

Recordou que o Pontífice disse: “Uau, diante do Papa! Ela não está falando. Ele te pediu em

casamento, o que você vai responder?”.

“Ela respondeu: „É claro que sim!‟. E ele nos abençoou”, explicou Darío.

Rodríguez disse que todas as pessoas que estavam presentes os felicitaram e até alguns delegados

estrangeiros disseram que queriam ir ao casamento.

O jovem venezuelano indicou que, para fazer o seu pedido de casamento, pediu a permissão do

Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena e promotor da ICLN.

No exílio

Darío Ramírez fugiu há três anos da Venezuela para o Panamá devido à repressão do governo de

Nicolás Maduro contra a oposição.

“Perdi tudo. Perdi o meu emprego, tive que deixar a minha casa, há três anos não posso voltar

para a Venezuela. Sinto falta dos meus amigos, sinto falta da minha família”, expressou.

Este legislador já havia cumprimentado o Papa Francisco em uma audiência privada concedida

ao ICLN em 2015, mas para poder viajar nesta ocasião teve que conseguir um passaporte de refugiado

no Panamá, pois se renovasse o seu passaporte venezuelano poderia ser preso.

Conheceu a sua namorada, Maryangel Espinal, há 18 meses em uma igreja no Panamá e há seis

meses pensou na possibilidade de casar-se com ela.

“Rezei para ter uma orientação e, quando decidi, pensei em pedir-lhe em casamento da melhor

forma possível”, manifestou.

Os seus amigos pagaram a sua viagem a Roma e ele mesmo fez o anel de noivado, depois de

frequentar aulas com um joalheiro.

Atualmente, Darío está realizando campanha a fim de que outros venezuelanos possam conseguir

o passaporte de refugiado. “Muitas pessoas precisam disso. Eu realmente quero ajudá-los”.

“Estou muito feliz de poder ajudar a Deus como posso e também estou tentando ajudar a

Venezuela estando do lado de fora. Um bom amigo me disse: „Quando você coloca seus talentos a

serviço de Deus, o impossível pode acontecer‟”, destacou.

“Nem sequer nos meus sonhos mais loucos pensei que isso aconteceria”, afirmou.

Fonte: Catolicos.

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Dia Nacional de Combate ao Fumo conscientiza sobre danos do tabaco

Psicóloga do INCA destaca que recaída é esperada no processo de parar de fumar, mas não

significa fracasso

Data nacional atenta para ações de conscientização sobre danos do tabaco / Foto: Arquivo

Canção Nova

Nesta terça-feira, 29, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O principal objetivo

desta data é acentuar ações nacionais de sensibilização e mobilização da população acerca dos danos

sociais, políticos e econômicos causados pelo tabaco.

Considerada uma droga de caráter psicoativa, o tabaco produz alterações no humor e gera

dependência, devido à nicotina. Largar o vício não depende única e exclusivamente do dependente,

como esclarece a psicóloga Vera Borges, da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de

Câncer (INCA) órgão que realiza atividades periódicas de combate ao fumo.

“Essa esperada „força de vontade‟ é entendida por muitas pessoas como um poder de superação

expressivo do tabagista, que ao exercitá-lo, terá resolvido o problema e deixará de fumar. Na prática não

é exatamente assim, porque a dependência química compromete seu poder de escolha. Muitas vezes o

tabagista promete para si mesmo e aos outros que deixará de fumar, mas tem dificuldades”, explicou

Vera.

Daniel Claro deixou de fumar há oito anos e hoje pratica esportes diariamente / Foto: Arquivo

Pessoal

O carioca Daniel Claro deixou de fumar há oito anos com a ajuda de um remédio. O que o

motivou a abandonar o vício em caráter definitivo foi a morte por câncer de pulmão de um amigo

próximo. “Fui vê-lo no hospital e me assustei com seu estado, pois ele não reconhecia ninguém. Desde

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então, nunca mais fumei e passei a praticar diversas atividades físicas”, relatou. Atualmente, Daniel

pratica esportes e atividades físicas regularmente.

Há tratamentos disponíveis para abandonar este vício, mas a eficiência vai de acordo com cada

indivíduo. “Em todas as dependências químicas, a recaída pode ocorrer, e com o tabagismo não é

diferente. Isso se dá ao fato de haver nicotina nos produtos do tabaco, que ao ser retirada pode produzir

grande desconforto físico, fazendo com que o tabagista volte a fumar, ou seja, recaindo”, esclareceu

Vera.

Roberta Cardoso viveu uma experiência similar ao quadro apresentado pela psicóloga. Fumante

há muitos anos, passou os últimos seis meses sem tocar em um cigarro, mas acabou tendo uma recaída

recentemente. “Resolvi parar no final do ano passado. De uma hora para outra. Parei por algum tempo,

mas em alguns meses voltei. Foi aquela história, „só hoje‟”, disse. “Minha meta é parar. Minha mãe

parou depois de 40 anos fumando. Se ela conseguiu, eu também consigo”, reiterou, esperançosa.

A recaída é um efeito esperado, o que não significa que a pessoa não conseguirá se livrar do

vício. “É importante entender que a recaída é esperada, mas não significa fracasso. Ela faz parte do

processo para deixar de fumar, até que o tabagista aprenda a lidar com a dependência química”, relatou

Vera Borges, acrescentando que os esforços em prol das ações para acabar com o tabagismo continuam,

apesar das tentativas contrárias por parte da indústria do tabaco. “O compromisso de reduzir a

prevalência de tabagistas no mundo é meta de que a saúde pública não abre mão”, ressaltou a médica.

O tabagismo pode trazer os mais diversos malefícios: câncer no pulmão, boca, laringe, faringe,

esôfago, pâncreas, rim, bexiga, estômago e fígado são os mais comuns. “Além de comprometer a

qualidade de vida de seus usuários, ainda causa danos financeiros pelo fato de comprar cigarros

diariamente e adoecer fumantes passivos”, finaliza Vera.

Fonte: Canção Nova.

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Repam mantém posição contrária a decreto sobre a extinção da Renca

Apesar da reedição proposta pelo Governo Federal, a REPAM declarou que permanece contra à

extinção da Renca

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), ligada ao Conselho Episcopal Latino-Americano e

do Caribe (CELAM), e no Brasil, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos (CNBB),

afirmou nesta terça-feira, 29, por meio da assessoria de comunicação, que mantém sua posição contrária

à medida do Governo Federal de extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), mesmo

após a reedição do decreto, proposta nesta segunda-feira, 28, pelo Palácio do Planalto.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a edição do decreto vai

esclarecer ponto a ponto a extinção da reserva, de forma a preservar as reservas indígenas e de

conservação existentes na região e impedir exploração de minérios de forma ilegal na área. Para isso, o

decreto assinado na semana passada será revogado, segundo informou o Planalto.

Por outro lado, a porta-voz da REPAM, Irmã Osnilda Lima, afirmou à redação do

noticias.cancaonova.com, que o novo decreto não muda em nada, na prática, os efeitos provocados pela

medida, principalmente, contra os povos indígenas e comunidades tradicionais da região amazônica.

Portanto, a nota emitida nesta segunda-feira, 28, pelo órgão católico, permanece em seu teor, segundo

confirmou a porta-voz.

No texto, a REPAM considera que, ao contrário do que afirma o Governo em nota, ao abrir a

região para o setor da mineração, não haverá como garantir proteção da floresta, das unidades de

conservação e muito menos das terras indígenas – que serão diretamente atingidas de forma “violenta e

irreversível”.

“Basta observar o rastro de destruição que as mineradoras brasileiras e estrangeiras têm deixado

na Amazônia nas últimas décadas: desmatamento, poluição, comprometimento dos recursos hídricos

pelo alto consumo de água para a mineração e sua contaminação com substâncias químicas, aumento de

violência, droga e prostituição, acirramento dos conflitos pela terra, agressão descontrolada às culturas e

modos de vida das comunidades indígenas e tradicionais, com grandes isenções de impostos, mas

mínimos benefícios para as populações da região”, diz o texto publicado assinado pelo Cardeal Cláudio

Hummes e Dom Erwin Kräutler.

“Riscos ambientais e sociais incalculáveis ameaçam o „pulmão do Planeta repleto de

biodiversidade‟ que é a Amazônia”, destaca ainda o texto, citando o Papa Francisco que, na carta

Page 29: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

encíclica Laudato Si, alerta sobre “propostas de internacionalização da Amazônia que só servem aos

interesses econômicos das corporações internacionais” (LS 38).

“A política não deve submeter-se à economia e aos ditames e ao paradigma eficientista da

tecnocracia, pois a prioridade deverá ser sempre a vida, a dignidade da pessoa e o cuidado com a Casa

Comum, a Mãe Terra. Em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 9 de julho de 2015, o Papa Francisco

não hesitou em proclamar: “digamos não a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro

reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a mãe terra”,

diz a nota da REPAM.

A Renca

A Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca) é uma área de reserva, na Amazônia,

com 46.450 km2 – comparada ao tamanho do território da Dinamarca. A região engloba nove áreas

protegidas, sendo três delas de proteção integral: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as

Florestas Estaduais do Paru e do Amapá; a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a

Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras

Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este.

Fonte: Canção Nova.

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Furacão Harvey: Sacerdote em caiaque cruza inundações para celebrar Missa com fiéis

Depois de passar a noite do sábado, 26 de agosto, a bordo do seu veículo, rodeado de água, em

meio das inundações causadas pelo furacão Harvey na região de Galveston-Houston, Texas, o Pe. David

Bergeron se aventurou em seu caiaque a fim de chegar aos locais, procurando alimentos para a sua

comunidade e vinho para celebrar a Missa com as pessoas que ficaram presas neste local.

Durante o seu percurso, na manhã de domingo, 27, o sacerdote da sociedade de vida apostólica

Companheiros da Cruz foi entrevistado ao vivo por um jornalista da rede ABC13-KTRK.

Pe. Bergeron é natural de Quebec (Canadá), mas vive junto com a sua comunidade em Houston.

Ele assinalou: “Tentei voltar para casa para a Missa e assumo que não consegui”.

“Inclusive tentei comprar vinho agora para celebrar Missa com algumas pessoas que estão presas

aqui, mas isso não foi possível, pois ainda não é meio dia. Precisamos esperar até o meio-dia para

comprar álcool no domingo”, disse o sacerdote, devido às leis locais.

“Eu normalmente não costumo comprar álcool de manhã tão cedo, mas queria celebrar a Missa

com algumas pessoas que estão presas”, assinalou.

O furacão Harvey atingiu a região metropolitana de Houston no sábado, 26 de agosto,

provocando a morte de cinco pessoas. Mais de duas mil pessoas foram resgatadas e dezenas de milhares

estão deslocadas na região.

Além disso, o sacerdote destacou a semelhança do seu caiaque com as canoas nas quais

chegaram os primeiros evangelizadores a diversos locais do continente americano.

“Acho que assim evangelizaram a América, com canoas e isto é um caiaque”.

Ao receber mensagens de texto, Pe. Bergeron percebeu que a entrevista estava sendo transmitida

ao vivo e aproveitou a oportunidade para enviar uma mensagem de esperança e as suas orações aos

espectadores.

“O Senhor está vivo e o Senhor também está sempre conosco, eu realmente rezo pela proteção de

todas as pessoas”, disse.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 28/8/17

“Extinção da Renca vilipendia democracia brasileira”, afirma Repam em nota

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) divulgou nota nesta segunda-feira, 28, na qual repudia

a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), feita pelo Governo Federal na última

quarta-feira. No texto, o organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

considera que o decreto baixado pelo Executivo “vilipendia a democracia brasileira, pois com o objetivo

de atrair novos investimentos ao país o Governo brasileiro consultou apenas empresas interessadas em

explorar a região”.

De acordo com a Repam, nenhuma consulta aos povos indígenas e comunidades tradicionais foi

realizada, como manda o Artigo 231 da Constituição Federal de 1988 e a Convenção 169, da

Organização Internacional do Trabalho (OIT). “O Governo cede aos grandes empresários da mineração

Page 30: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

que solicitam há anos sua extinção e às pressões da bancada de parlamentares vinculados às companhias

extrativas que financiam suas campanhas”, lê-se no texto.

A manifestação da Repam ainda cita como consequências à extinção da área o aumento do

desmatamento; a perda irreparável da biodiversidade; a impossibilidade de garantir a proteção da

floresta, das unidades de conservação e das terras indígenas; além de representar uma ameaça política

para o Brasil inteiro, “impondo mais pressão sobre as terras indígenas e Unidades de Conservação”.

Leia o texto na íntegra, que é assinado pelo presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia

da CNBB e também da Repam, cardeal Cláudio Hummes, e pelo Presidente da Repam-Brasil e

Secretário da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, dom Erwin Kräutler:

Brasília, 28 de agosto de 2017

Nota de repúdio ao Decreto Presidencial que extingue a RENCA

Ouvimos o grito da terra e o grito dos pobres

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), ligada ao Conselho Episcopal Latino-Americano e

do Caribe (CELAM), e no Brasil organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

(CNBB), juntamente com a Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, por meio de sua

Presidência, unida à Igreja Católica da Pan-Amazônia e à sociedade brasileira, em especial aos povos

das Terras Indígenas Waãpi e Rio Paru D‟Este, vem a público repudiar o anúncio antidemocrático do

Decreto Presidencial, altamente danoso, que extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados

(RENCA) na última quarta-feira (23).

A RENCA é uma área de reserva, na Amazônia, com 46.450 km2 – tamanho do território da

Dinamarca. A região engloba nove áreas protegidas, sendo três delas de proteção integral: o Parque

Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá; a Reserva

Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de

Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este. A

abertura da área para a exploração mineral de cobre, ouro, diamante, ferro, nióbio, entre outros,

aumentará o desmatamento, a perda irreparável da biodiversidade e os impactos negativos contra os

povos de toda a região.

O Decreto de extinção da RENCA vilipendia a democracia brasileira, pois com o objetivo de

atrair novos investimentos ao país o Governo brasileiro consultou apenas empresas interessadas em

explorar a região. Nenhuma consulta aos povos indígenas e comunidades tradicionais foi realizada,

como manda o Artigo 231 da Constituição Federal de 1988 e a Convenção 169, da Organização

Internacional do Trabalho (OIT). O Governo cede aos grandes empresários da mineração que solicitam

há anos sua extinção e às pressões da bancada de parlamentares vinculados às companhias extrativas

que financiam suas campanhas.

Ao contrário do que afirma o Governo em nota, ao abrir a região para o setor da mineração,

não haverá como garantir proteção da floresta, das unidades de conservação e muito menos das terras

indígenas – que serão diretamente atingidas de forma violenta e irreversível. Basta observar o rastro de

destruição que as mineradoras brasileiras e estrangeiras têm deixado na Amazônia nas últimas

décadas: desmatamento, poluição, comprometimento dos recursos hídricos pelo alto consumo de água

para a mineração e sua contaminação com substâncias químicas, aumento de violência, droga e

prostituição, acirramento dos conflitos pela terra, agressão descontrolada às culturas e modos de vida

das comunidades indígenas e tradicionais, com grandes isenções de impostos, mas mínimos benefícios

para as populações da região.

Riscos ambientais e sociais incalculáveis ameaçam o “pulmão do Planeta repleto de

biodiversidade” que é a Amazônia, como nos lembra Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si,

alertando que “há propostas de internacionalização da Amazônia que só servem aos interesses

econômicos das corporações internacionais” (LS 38). A política não deve submeter-se à economia e aos

ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia, pois a prioridade deverá ser sempre a vida, a

dignidade da pessoa e o cuidado com a Casa Comum, a Mãe Terra. Em Santa Cruz de la Sierra, na

Bolívia, em 9 de julho de 2015, o papa Francisco não hesitou em proclamar: “digamos não a uma

economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta

economia exclui. Esta economia destrói a mãe terra”.

Na LS, o papa Francisco alerta ainda que “o drama de uma política focalizada nos resultados

imediatos (…) torna necessário produzir crescimento a curto prazo” (LS 178).

Page 31: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

Ao contrário, para ele “no debate, devem ter lugar privilegiado os moradores locais, aqueles

mesmos que se interrogam sobre o que desejam para si e para os seus filhos e podem ter em

consideração as finalidades que transcendem o interesse econômico imediato” (LS 183).

A extinção da Renca representa uma ameaça política para o Brasil inteiro, impondo mais

pressão sobre as terras indígenas e Unidades de Conservação, e abrindo espaço para que outras pautas

sejam flexibilizadas, como a autorização para exploração mineral em terras indígenas, proibida pelo

atual Código Mineral.

Por todos esses motivos, nos unimos às Dioceses locais do Amapá e de Santarém, aos

ambientalistas e à parcela da sociedade que, por meio de manifestações nas redes sociais e de abaixo-

assinados, pedem a imediata sustação do Decreto Presidencial que extingue a Reserva.

Convocamos as senhoras e os senhores parlamentares a defenderem a Amazônia, impedindo que

mais mineradoras destruam um dos nossos maiores patrimônios naturais.

Não nos resignemos à degradação humana e ambiental! Unamos esforços em favor da vida dos

povos que vivem no bioma amazônico. O futuro das gerações vindouras está em nossas mãos!

Que Deus nos anime no mais fundo de nossos corações e nos ilumine e confirme na busca da tão

sonhada Terra Sem Males.

Dom Cláudio Cardeal Hummes

Presidente da REPAM e da Comissão Episcopal para a Amazônia

Dom Erwin Kräutler

Presidente da REPAM-Brasil e Secretário da Comissão Episcopal para a Amazônia

Fonte: CNBB

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Nota de condolências da CNBB pelo falecimento de dom José Maria Pires

Dom José Maria Pires, falecido neste domingo, 27 de agosto, fez parte da Comissão Central da

CNBB, o que seria equivalente nos dias atuais ao Conselho Permanente, no anos de 1960. O secretário-

geral da Conferência enviou mensagem de pesar, em nome do episcopado brasileiro, ao arcebispo da

Paraíba, dom Manoel Delson Pedreira.

O velório de Dom José Maria Pires coemçou nessa segunda-feira, dia 28, na Paróquia Nossa

Senhora das Dores – Rua Silva Jardim, 100 – bairro Floresta, em Belo Horizonte (MG), a partir das

10h30, com Celebração Eucarística às 12h, presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte,

dom Walmor Oliveira de Azevedo. O sepultamento será em João Pessoa, na Paraíba.

O corpo do arcebispo emérito da Paraíba, dom José Maria Pires, vai chegar a 01h55 no

Aeroporto Castro Pinto, na grande João Pessoa. O traslado será feito em carro aberto, num veículo do

Corpo de Bombeiros, até a catedral basílica de Nossa Senhora das Neves, no centro da capital. O cortejo

deverá ser acompanhado pelo arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Manoel Delson Pereira da Cruz,

padres, diáconos e religiosos da arquidiocese e representantes de pastorais e movimentos sociais

arquidiocesanos.

O velório começa ainda de madrugada. A catedral vai ficar aberta durante todo o dia para as

despedidas do povo de Deus a dom José. Várias missas vão ser celebradas durante o dia. Às 16h, terá a

última celebração, de corpo presente, presidida pelo arcebispo dom Delson. O sepultamento será, em

seguida, na própria catedral.

Nota de condolências da CNBB pelo falecimento de dom José Maria Pires

Prezado Irmão, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta seu pesar pelo falecimento do

bispo emérito da arquidiocese da Paraíba, dom José Maria Pires, ocorrido neste domingo, 27 de agosto.

O testemunho de vida de dom José Maria é um exemplo para todos nós. Ele tinha 70 anos de

sacerdócio sendo 60 como bispo. A fidelidade à Igreja e a corajosa posição em favor dos mais

desamparados sempre marcou passo a passo sua caminhada. A participação no Concílio Vaticano II fez

dele um decidido apóstolo em defesa da renovação eclesial conforme afirmou Papa Paulo VI, em

dezembro de 1965: “O Concílio […] não deixa apenas à posteridade a imagem da Igreja, mas também o

patrimônio da sua doutrina e dos seus mandamentos, isto é, o depósito que Cristo lhe confiou; depósito

que no decurso dos tempos os homens sempre meditaram, transformaram, por assim dizer, no próprio

sangue e exprimiram de algum modo no seu viver; depósito que agora, aclarado em muitos pontos, foi

estabelecido e ordenado na sua integridade. Este depósito, vivo pela divina virtude da verdade e da força

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que o constituem, deve ser considerado apto para vivificar todo o homem que o acate piedosamente e

dele alimente a sua própria vida”.

Dom José Maria foi um extraordinário pastor no acompanhamento e promoção, na Igreja e na

sociedade, das comunidades e da cultura religiosa afro-brasileira.

Destacamos ainda seu lema episcopal que era “Scientiam Salutis” (A Ciência da Salvação).

Expressão que pode sugerir uma lembrança constante à importância da Palavra de Deus: “A Igreja

funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela. Ao longo de todos os séculos da sua história, o

Povo de Deus encontrou sempre nela a sua força, e também hoje a comunidade eclesial cresce na escuta,

na celebração e no estudo da Palavra de Deus” (Verbum Domini, n.3).

Rezamos por dom José Maria Pires: “Confiamos, Senhor, na vossa imensa misericórdia, e

pedimos: concedei-lhe, por vossa bondade, o convívio dos apóstolos e mártires”.

Enviamos nossa saudação ao senhor, aos familiares de dom José Maria Pires, e a todas as

comunidades da arquidiocese da Paraíba.

Em Cristo,

Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília (DF)

Secretário-Geral da CNBB

Fonte: CNBB

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Anunciada viagem do Papa a Mianmar e Bangladesh

A Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou na manhã desta segunda-feira (28/09) que o Papa

Francisco aceitou o convite dos Chefes de Estado e Bispos de Mianmar e Bangladesh e fará uma

visita a ambos os países.

De 27 a 30 de novembro, o Papa estará em Mianmar e irá à capital, Yangon, e Nay Pyi

Taw. Em seguida, de 30 de novembro a 2 de dezembro, visitará Daca, em Bangladesh. O programa da viagem será publicado proximamente.

Em maio passado, Francisco recebeu no Vaticano a líder do governo de Mianmar e vencedora

em 1991 do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em um encontro que marcou o início das relações

diplomáticas bilaterais. Mianmar tem maioria budista e os cristãos são uma pequena parte da

população. Francisco será o primeiro Papa a tocar aquele solo.

De maioria muçulmana, Bangladesh, por sua vez, recebeu em 1986 o Papa João Paulo II. Em seu projeto de „internacionalizar‟ o colégio cardinalício, o Papa Francisco nomeou os

primeiros cardeais na história destes dois países: o arcebispo de Daca, Patrick D'Rozario, e o arcebispo

de Yangon, Charles Bo.

O lema da viagem em Bangladesh é “Harmonia e Paz” e o de Mianmar é “Amor e Paz”. Além de promover o diálogo entre as religiões, com esta viagem Francisco chama a atenção para

a perseguição que a minoria Rohingya sofre em Mianmar, denunciada e mencionada neste domingo

(27/08) pelo Papa no encontro dominical para a oração do Angelus.

Mais de um milhão de Rohingya vivem em Rakhine, onde sofrem uma crescente discriminação

desde o início da violência sectária de 2012 que deixou 160 mortos e cerca de 120 mil confinados em 67

campos de deslocados. O drama desta etnia impressionou a opinião pública em 2015, quando num êxodo

maciço, velhas embarcações com centenas de pessoas sem alimentos não puderam atracar em nenhum

país limítrofe, pois todos se recusavam em acolhê-los.

Fonte: Rádio Vaticano

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Afrocolombianos devem ser mais valorizados, dirão jesuítas ao Papa

Dia 6 de setembro o Papa Francisco parte para a Colômbia, para mais uma Viagem Apostólica

internacional de seu pontificado.

Além de Bogotá, Medellín e Villavicencio, o Papa irá à Cartagena, última etapa da visita antes de

retornar ao Vaticano.

O Provincial dos Jesuítas na Colômbia, Pe Carlos Correa, antecipou à Rádio Caracol alguns

detalhes da visita de Francisco à Cartagena.

"O Papa irá à Igreja de São Pedro Claver. Na parte externa, rezará o Angelus e logo entra na

igreja onde estão os restos mortais de São Pedro Claver para rezar alguns instantes, e logo vai até nossa

casa para nos saudar, um breve momento muito sensível".

Page 33: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

Padre Correa adiantou que no encontro com o Papa, os religiosos pretendem falar a ele sobre a

importância de valorizar mais os afrocolombianos:

"É muito importante dizer a ele que precisamos neste país reconhecer e valorizar muito mais os

afrocolombianos. Cartagena é uma cidade muito bela, porém, por outro lado, muito discriminatória,

muito excludente".

Para os jesuítas, em particular, esta visita do Papa tem um significado muito importante, pois "ele

vem falar da força da reconciliação e a paz espiritual".

Fonte: Rádio Vaticano

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Revista de teologia do CELAM dedica edição ao Magistério do Papa Francisco

Quando se interpreta o capítulo 8 da Amoris laetitia, em particular em referência à comunhão

eucarística por parte dos divorciados que se encontram em uma nova união, "é necessário partir da

interpretação que o próprio Francisco fez do texto, explícita na resposta aos bispos da região de Buenos

Aires.

Francisco propõe um passo em frente, que implica uma mudança da disciplina vigente. Mantendo

a distinção entre bem objetivo e culpa subjetiva, e o princípio que as normas morais absolutas não

admitem exceções, ele distingue entre a norma e a sua formulação e sobretudo pede uma atenção

especial às condições atenuantes. Estas não estão ligadas somente à consciência da norma, mas também,

e sobretudo, às possibilidades reais das decisões dos sujeitos na sua realidade concreta".

É o que escreve o Arcebispo Victor Manuel Fernández, Reitor da Pontifícia Universidade

Católica argentina, no artigo publicado na última edição de "Medellín", a revista de teologia do

Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), inteiramente dedicada ao magistério do Papa

Francisco, em vista de sua iminente viagem à Colômbia de 6 a 11 de setembro e ao Chile e Peru em

janeiro de 2018.

O prelado recorda no artigo "O Capítulo VIII da Amoris laetita: a quietude depois da

tempestade" como o Papa Francisco admite que "um discernimento pastoral no âmbito do "foro interno",

atento à consciência da pessoa, possa ter consequências práticas sobre o modo de aplicar a disciplina".

Esta novidade, "convida a recordar que a Igreja realmente pode evoluir, como já aconteceu na

história, tanto na compreensão da doutrina quando na aplicação das suas consequências disciplinares".

Mas assumir isto no tema que aqui se examina, "exige aceitar uma nova lógica, sem esquemas

rígidos. Todavia, isto não implica uma ruptura, mas uma evolução harmoniosa e uma continuidade

criativa em relação ao ensinamento dos Papas precedentes".

Já na conclusão de se artigo "Para compreender Amoris laetitia. Premissa e argumentos, resposta

à dúvidas e objeções, caminho e esperança", Rodrigo Guerra López escreve:

"Um dos parágrafos menos comentados da Amoris Laetitia é o último. A sua beleza e a sua

verdade são extraordinárias. Tenho a impressão de que este pequeno texto não tenha sido escrito

somente para concluir retoricamente a Exortação Apostólica. Em um certo sentido, nos permite

contemplar em modo sintético, sapiencial e pastoral a mensagem central de todo o documento.

Amoris laetitia não é um tratado sistemático e completo que esgota todas as matérias da teologia

moral do matrimônio e da família. É antes, um método para descobrir como Deus procura cuidar do

amor, do assistir o amor e de tratar do amor no decorrer da vida das pessoas. É um método para não

perder a esperança por causa de nossos limites".

Além do artigo de Dom Victor Manuel Fernández e de Rodrigo Guerra López, a edição de

número 168 de "Medellín" traz matérias e artigos assinados por Carlos Schikendantz, Santiago Madrigal

Terrazaz, Cesas Kuzma, Rafael Luciani, Julio Luis Mantínez, Afonso Murad, Félix Palazzi, Elias Wolff,

María Clara Lucchetti Bingemer e Virginia Azcuy.

Fonte: Rádio Vaticano

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Documento do episcopado francês sobre o uso dos locais de culto

Diálogo, vigilância, esperança: três palavras-chaves que poderiam bem sintetizar a reflexão

realizada pelo episcopado francês sobre o atual uso das igrejas.

Por ocasião da publicação do documento "Ces églises qui font l'Église", o Bispo de Sées, Dom

Jacques Habert - membro do Conselho para os Movimentos e as Associações de Fiéis e responsável pelo

grupo de trabalho "As igrejas, um novo desafio pastoral" - explica no site do episcopado que estes locais

não devem ser somente locais de culto onde se celebra a Eucaristia, mas devem abrir-se sempre mais às

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dimensões de acolhida, de ensinamento e da catequese. Áreas em que "o povo de Deus pode e deve

investir".

Como imaginar nos anos vindouros - pergunta-se o prelado - que "as nossas 42 mil igrejas

estejam sob a responsabilidade de um único pároco?".

A utilização delas está intimamente ligada à questões culturais e patrimoniais, também

influenciadas pelas leis de separação entre Igreja e Estado de 1905-1917.

Na configuração entre fé e cultura, "o diálogo é a primeira qualidade a ser cultivada" com os

políticos, com o mundo das artes e do turismo e com os residentes, primeiros custódios do local de culto.

Mas é necessário vigilância, adverte. Ainda que o Código de Direito Canônico preveja a

possibilidade de que uma igreja acolha manifestações culturais, tal uso - observa o bispo - deve ser

objeto de atenta avaliação: "não se pode passar do culto à cultura do mundo indiferenciado".

Por fim, a esperança. Não basta a convivência com o mundo da cultura ou do patrimônio estatal.

Tal realidade deve suscitar "a esperança de que a nossa Igreja seja sempre, por meio de suas igrejas,

local de encontro, acolhida e diálogo".

Não obstante o peso financeiro e material de certas situações, os católicos devem sempre

considerar as igrejas "como uma chance e não como um fardo a carregar".

Por fim, o convite de Dom Jacques para que cada diocese constitua "células de vigilância"

encarregadas de controlar e monitorar a melhor utilização possível dos templos.

Fonte: Rádio Vaticano

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França: Igrejas cristãs criam "Selo Igreja Verde"

O dia 16 de setembro - Dia Nacional do Ambiente - verá na França o lançamento do "Selo Igreja

Verde", iniciativa ecumênica lançada pela Conferência Episcopal Francesa, Federação Protestante da

França, Assembleia dos Bispos Ortodoxos da França e o Conselho das Igrejas Cristãs na França.

O objetivo - explicou ao "La Croix" Martín Kopp, Coordenador do grupo de trabalho sobre o

clima da Federação Protestante - é incentivar uma "conversão ecológica" das paróquias, no âmbito da

harmonia ecumênica vivida no país.

O anúncio da criação do selo havia sido feito em 2 de agosto, ao final do Earth Overshoot Day

(Dia da excedência dos recursos da terra).

"Serão oferecidos instrumentos para permitir às paróquias e comunidades evitar o desperdício de

energia, a criar hortas comunitárias ou a multiplicar nas homilias referências ao respeito à criação",

salientou Martín Kopp.

Segundo o Global Footprint Netwok - organização de pesquisa internacional que iniciou o

método de medida da "marca ecológica" para o cálculo do consumo de recursos - o 2 de agosto deste

ano foi o dia em que a humanidade consumiu toda a quantidade de recursos naturais prevista para todo o

ano de 2017. 60% deste total é representado pela exigência da natureza para absorver as emissões de

anidrido carbônico.

O Earth Overshoot Day representa o dia em que o consumo de recursos naturais pela humanidade

supera a quantidade de recursos que a Terra é capaz de gerar naquele ano. A partir de então, a

humanidade passa a viver de "crédito".

Em 2017 caiu antes no calendário, em 2 de agosto, enquanto em 1997 havia sido no final do mês

de setembro.

Em outras palavras: a humanidade está usando a natureza em um ritmo 1,7 vezes superior ao da

capacidade de regeneração dos ecossistemas.

"É como se fossem necessários 1,7 Planetas Terra para satisfazer as nossas necessidades atuais de

recursos naturais - explica a organização. Os custos deste crescente desequilíbrio ecológico estão se

tornando sempre mais evidentes no mundo e são perceptíiveis sob a forma de desmatamento, secas,

escassez de água doce, erosão do solo, perda de biodiversidade e acúmulo de anidrido carbônico na

atmosfera".

Fonte: Rádio Vaticano

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Dom Pizzaballa: salvação do cristianismo será o estar radicado em Cristo

“O Oriente Médio encontra-se totalmente fragmentado, as guerras dizimaram as populações, a

presença cristã foi reduzida a números decimais. Na Síria, onde a guerra parece caminhar para o fim, o

maior desafio é convencer as pessoas a voltar, a entrar novamente em suas casas. Mas as perspectivas

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são incertas, as vidas devem ser construídas, nada será como antes. Há iniciativas louváveis levadas

adiante pelas Igrejas locais, pelos franciscanos, pelos jesuítas, pelos salesianos. Mas não basta. Muitos

cristãos esperam emigrar definitivamente, como testemunham tantos jovens iraquianos deslocados com

os quais tipo oportunidade de falar.”

Foi o que disse o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista

Pizzaballa, durante pronunciamento no Encontro de Rimini – centro-norte da Itália – concluído este

sábado (26/08).

Para o religioso franciscano “não basta reconstruir, é preciso dar uma orientação. Ligar nossa

esperança e nosso futuro a soluções políticas ou sociais criará somente frustração”, acrescentou o

administrador apostólico citando as palavras de um jovem palestino que havia encontrado.

Testemunhar o belo, o bom e o verdadeiro que existe no Evangelho e na Tradição “Aquilo que salvará o cristianismo será o estar radicado em Cristo. Os cristãos são chamados a

evangelizar e a testemunhar o belo, o bom e o verdadeiro que existe no Evangelho e na Tradição, sem

lamentar-se por aquilo que foi perdido.”

Cristo é o que de melhor se pode encontrar “É preciso ser capazes de um anúncio compreensível e atraente. Não se pode falar de valores

cristãos sem dizer que Cristo é o que se pode encontrar de melhor”, explicou o arcebispo.

“Nada de muros que separam porque não há nada que não possa ser valorizado pela experiência

do Evangelho”. Que é uma experiência “grande” porque “é desejo de esperança”. “Nossos pais com esse

desejo construíram catedrais e fizeram tudo aquilo que vemos.”

Reconhecer a glória de Deus no cotidiano Aquilo que fazemos deve ser caracterizado pelo estilo cristão com um anúncio e uma proposta

que encontrará expressão na vida civil, social, política e econômica. É o modo cristão de dizer que Cristo

se fez homem. Reconhecer a glória de Deus no cotidiano. O que conta é a transmissão do desejo de uma

geração para a outra.

O homem dos nossos dias espera essa tal „boa nova‟ Portanto, recordar “não por saudade, mas para despertar o desejo. É o modo com o qual nossos

pais testemunharam que se pode viver com estímulo, com satisfação”. E precisa encontrar os modos para

comunicar a beleza, “porque o homem contemporâneo, inconscientemente, está esperando essa tal „boa

nova‟, que o revela a si mesmo”, afirmou ainda o administrador do Patriarcado Latino de Jerusalém.

(RL/Sir)

Fonte: Rádio Vaticano

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Custódia da Criação: Congresso em Assis por futuro sustentável e feliz

Vai se realizar na próxima quinta-feira, 31 de agosto, em Assis, por iniciativa do município local,

da Conferência Episcopal Italiana (CEI), da Diocese de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino e da

Diocese de Gubbio, o Congresso “Nas costas de gigantes – Propostas para um futuro econômico e social

sustentável e feliz”.

A conferência, que terá lugar na Sala de Imprensa do Sagrado Convento de Assis, faz parte da

iniciativa no Tempo da Criação, que vai de 1º de setembro, Dia Mundial de Oração pela Criação, até 4

de outubro, festa de São Francisco.

Tutela da casa comum e desenvolvimento sustentável “O convênio quer ser um momento de debate e reflexão para falar também concretamente de

ações e iniciativas voltadas para a tutela da „casa comum‟ e o desenvolvimento sustentável do planeta”,

lê-se numa nota.

Após as saudações, entre outros, do custódio do Sagrado Convento, Frei Pe. Mauro Gambetti, e

do bispo de Gubbio, Dom Mario Ceccobelli, será dado espaço à explanação de vários especialistas.

Espírito de Assis à luz do diálogo inter-religioso Segundo a nota, “se falará também do Espírito de Assis à luz da justiça climática, da igualdade

social e do diálogo inter-religioso, com Pe. Egidio Canil”. Seguirão os testemunhos e as perspectivas

finais que serão traçadas pelo bispo de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino.

Para a noite está prevista uma vigília junto ao túmulo de São Francisco, situado na parte inferior da

Basílica dedicada ao pobrezinho de Assis. (RL/Sir)

Fonte: Rádio Vaticano

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Atentado na Finlândia gera debate na sociedade e ódio contra imigrantes

"Depois daquela sexta-feira a cidade de Turku continuou pacífica, mas todos estão chocados. O

clima é de recolhimento. A Finlândia foi e permanece, não obstante estes eventos recentes, um país

pacífico".

Com estas palavras o Pároco da comunidade católica de Turki, Padre Jean Claude Kabeza,

revela o sentimento reinante no país, depois que um jovem marroquino de 18 anos, residente em um

centro de acolhida para solicitantes de asilo, criou pânico na Praça do Mercado Kauppatori ao esfaquear

e matar duas mulheres e ferir outras 18 pessoas.

Solidariedade "Nestes dias os habitantes da cidade visitam Kauppatori, onde ocorreu esta tagédia, e colocam

flores e velas acesas em memória das vítimas".

Desde o dia do atentado "pessoas especializadas estão no local para escutar quem tem

necessidade de falar. A vida é retomada, mas a dor está lá", conta o sacerdote.

Comunidade católica A comunidade católica "se sentiu diretamente tocada, porque entre os feridos está também uma

de nós, que ainda está no hospital e que nós colocamos nas nossas orações com toda a sua família e

naturalmente com todas as outras", diz Padre Kabeza.

Também os católicos, assim como todos os habitantes de Turku, "estão se perguntando sobre o

por quê de tanto ódio e tanta violência, o por quê atingir pessoas inocentes".

Raiva contra imigrantes O atentado acabou provocando uma "calorosa discussão na sociedade e sentimentos de ódi" pelos

imigrantes, como confirma à Agência SIR o Bispo luterano Kaarlo Kalliala, coadjutor de Turku e

Presidente do Fórum Nacional para a Cooperação Inter-religiosa (Uskot), rede nascida em 2011 e que

hoje reúne cristãos, judeus e muçulmanos.

Palavras de ódio viralizaram nas redes sociais, levando a um "irracional crescimento do

populismo". Discute-se se "a legislação sobre os solicitantes de asilo e a imigração é correta, se não seria

necessária uma maior eficiência, se estas leis não acabam levando a situações de desespero", como

aquela do jovem autor do ataque.

Finlândia multicultural A multiculturalidade atual da Finlândia é revelada também pelos últimos dados estatísticos sobre

o país, que indicam que um terço dos 5,5 milhões de habitantes é formado por imigrantes.

A Finlândia é um "país muito forte e estável, onde se vive em paz"; entre as pessoas "a confiança

é forte" não obstante tudo, diz o bispo.

Quem agiu em Turku, assim como em Barcelona ou em Manchester, "não pode representar o

Islã, nem nenhuma outra religião: são pessoas que buscam justificar seus atos com a religião", mas "na

realidade é a infelicidade pessoal" que as leva a fazer isto.

Para o futuro da cooperação inter-religiosa será porém necessário "encontrar vias de encontro e

compreensão nas comunidades, não somente entre as lideranças. É necessário aprender a conhecer-se

melhor para poder assim cuidar uns dos outros". (JE/LZ)

Fonte: Rádio Vaticano

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Mais de 1,7 milhão de pessoas já chegaram à Arábia Saudita para peregrinação

A Arábia Saudita recebeu mais de 1,7 milhão de pessoas, entre elas 930 mil homens e 804 mil

mulheres, para a realização da peregrinação anual à cidade santa de Meca, informou nesta segunda-feira

o Departamento Geral de Migrações saudita.

Em comunicado, o departamento detalhou que mais de 1,72 milhão de peregrinos chegaram à

terra sagrada, entre eles 88.374 através de vias terrestres, enquanto mais de 1,6 milhão usaram avião e

mais de 14 mil viajaram pelo mar.

É esperado que neste ano participem da peregrinação cerca de 2,6 milhões de pessoas, número

superior ao do ano passado, quando 1,8 milhão de peregrinos visitaram Meca.

A peregrinação que qualquer muçulmano deve fazer de forma obrigatória pelo menos uma vez na

vida, conhecida como o "hach", deve ser realizada durante o 12° mês do calendário islâmico.

Os atos centrais da peregrinação acontecerão quarta-feira e quinta-feira, ainda que os peregrinos

costumem chegar vários dias antes às cidades santas da Meca e Medina.

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As autoridades sauditas são encarregadas de organizar e supervisionar a peregrinação à Meca, um

dos cinco pilares do Islã, que a cada ano realizam milhões de crentes que chegam de todo o mundo à

Arábia Saudita.

Fonte: Catolicos.

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Igreja: Missão tem de ser «relação, credibilidade, desinstalação»

Curso de Missiologia definiu critérios para a ação evangelizadora da Igreja Católica na

sociedade

A edição deste ano do Curso de Missiologia, um projeto dos Institutos Missionários Ad Gentes e

das Obras Missionárias Pontifícias, apontou para a necessidade de um “novo paradigma de missão”.

De acordo com as conclusões do evento, enviadas hoje à Agência ECCLESIA, é essencial uma

evangelização virada para as pessoas, no seu contexto local, e que a transmissão da fé surja como um

reflexo natural das relações humanas que se estabelecem.

“A evangelização começou, muitas vezes, a partir da imposição de uma imagem estereotipada de

Cristo, procurando-se, então, adaptar as realidades culturais a tal sólida imagem. No entanto, o ponto de

partida terá de assentar nos fundamentos da natureza humana”, pode ler-se.

Mais do que pessoas que vão para uma terra “ensinar”, os missionários devem assumir-se como

“instrumentos através dos quais Cristo ensinará”, no contacto com os povos, com as diferentes culturas e

costumes, sem imposições.

“A nossa atitude terá de ser aquela de quem vai ao encontro do diferente com o coração de portas

abertas à escuta”, realça o padre Adelino Ascenso, presidente dos Institutos Missionários Ad Gentes e

que foi um dos oradores deste curso.

O sacerdote levou aos trabalhos uma reflexão sobre a vida e obra do escritor católico japonês

Sh?saku End?, autor da obra „Silêncio‟, que foi recentemente adaptada para cinema, e que deixou um

relato essencial sobre os anos da evangelização cristã do Japão.

No curso de Missiologia, que decorreu em Fátima, participaram cerca de 60 pessoas, vindas de

nove países e quatro continentes.

Entre os formadores estiveram nomes como D. António Couto, bispo de Lamego, que realçou a

importância de missionários “sempre abertos à surpresa e com a sensibilidade apurada”; também o

historiador José Eduardo Franco, que alertou para a necessidade de um testemunho feito de

“credibilidade”; e a teóloga Teresa Messias, que definiu a missão como “uma espiritualidade da

desinstalação”.

O programa de oradores foi encerrado pelo padre José Nunes, que salientou que “a par da

libertação e da inculturação –, o diálogo inter-religioso é um tema que não poderá, de forma alguma, ser

ignorado”.

“De facto, todas as religiões têm elementos estruturantes comuns, tais como o âmbito do sagrado,

o mistério, a atitude religiosa e as mediações”, recordou o sacerdote.

Os participantes no curso de Missiologia, nas instalações dos Missionários da Consolata, tiveram

ainda oportunidade de visitar a exposição “As cores do sol: a luz de Fátima no mundo contemporâneo”,

inserida na comemoração do Centenário das Aparições (1917 – 2017).

Fonte: Agência Ecclesia.

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Papa Paulo VI escreveu duas cartas de renúncia ao pontificado

O vaticanista italiano Andrea Tornielli compartilhou no sábado, 26 de agosto, um artigo no qual

conta que o Beato Papa Paulo VI escreveu à mão duas cartas de renúncia ao pontificado, que só

deveriam ser publicadas caso perdesse a capacidade de liderar a Igreja por um longo período de tempo.

Tornielli, vaticanista do jornal italiano „La Stampa‟ e diretor do „Vatican Insider‟, diz que apesar

de Paulo VI nunca ter chegado a apresentar as cartas, elas existem. Isto foi confirmado pelo Cardeal

Giovanni Battista Re, Prefeito Emérito da Congregação para os Bispos.

O Cardeal fez essa revelação à revista italiana „Araberara‟, onde comentou que “João Paulo II me

mostrou” as duas missivas.

Em declarações à „La Stampa‟, o Cardeal italiano explicou que “eram duas cartas escritas à mão,

não lembro exatamente a data, mas não se tratava do último período de vida do Papa Montini. Parece

que eram do final dos anos 1960 ou 1970”.

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Paulo VI, continuou o Cardeal, “estava preocupado com uma possível incapacidade no futuro, de

um grave impedimento que não lhe permitisse realizar o seu ministério, e por isso quis ser cuidadoso”.

Paulo VI, cujo nome de nascimento era Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini, foi

Papa de 1963 a 1978, ano da sua morte.

Tornielli recorda que Paulo VI queria se prevenir diante da possibilidade de perder o uso das suas

capacidades mentais, considerando também que em novembro de 1967 o Papa sofreu uma cirurgia de

próstata com anestesia total em uma sala de cirurgia improvisada no quarto papal.

“O que aconteceria se, por exemplo, ele não tivesse acordado e tivesse permanecido em estado de

coma por um longo período? Para tentar resolver o dilema, diante da maior longevidade das pessoas

devido às descobertas da medicina, o Papa decidiu advertir com duas declarações assinadas”, explicou

Tornielli.

Essas cartas, continuou, “somente deveriam ser publicadas caso não tivesse sido capaz de

manifestar a sua vontade (o que Bento XVI fez claramente em 2013, com total domínio das suas

faculdades e da sua liberdade para decidir, por isso que ambos os casos não podem ser comparáveis)”.

“Estamos diante de um caso histórico muito diferente do caso da renúncia por idade ou falta de

força, como aconteceu pela primeira vez na história da Igreja, em fevereiro de 2013, com o gesto de

Bento XVI”, escreveu Tornielli.

A renúncia do Pontífice Romano entrou no Código de Direito Canônico em 1917 e continua no

atual Código vigente, promulgado em 1983.

Uma das cartas de Paulo VI tinha a finalidade de apresentar a renúncia, enquanto a segunda pedia

ao Cardeal secretário de Estado “pro tempore” – seu principal colaborador – que insistisse para que os

cardeais aceitassem a primeira.

As cartas deveriam estar nos arquivos da Secretária de Estado, mas o secretário particular de

Paulo VI, Pe. Pasquale Macchi, que faleceu em 2006, guardou uma cópia.

Mons. Ettore Malnati, amigo do Pe. Macchi, também confirmou a existência dos documentos e

disse que o Cardeal Joseph Ratzinger sabia da existência dessas cartas.

Mons. Malnati relatou que isso aconteceu em outubro de 2003 e compartilhou a reação de quem,

em 2005, se tornaria o Papa Bento XVI.

“Recordo que o Cardeal Ratzinger disse algo assim: „Esta é uma coisa muito sábia, que cada

Papa deveria fazer‟”.

A reflexão de outros Papas

Antes do Papa Paulo VI, outros Papas tinham considerado a possibilidade de renunciar: “Pio XI

falou sobre a possibilidade de abandonar o seu ministério em caso de doença, enquanto Pio XII

predispôs algo semelhante em caso de deportação pelos nazistas: „Se me sequestrarem, terão o Cardeal

Pacelli, mas não o Papa‟”, escreveu Tornielli.

Também é significativo, destacou o vaticanista, “que João Paulo II tenha ensinado esses

documentos ao Cardeal Re, pois o Papa polonês sofria de Parkinson e, com a degeneração da sua saúde,

também levou em consideração a possibilidade de renunciar”.

O Papa Francisco também se referiu em várias ocasiões a respeito da possibilidade de renunciar

ao pontificado, agradecendo inclusive a Bento XVI por ter aberto a porta da existência dos Papas

Eméritos.

Em junho deste ano, ao receber os bispos panamenhos e conversar com eles sobre vários temas,

como a Jornada Mundial da Juventude programada para janeiro de 2019, Francisco disse sobre o evento

que “o Papa participará. Não sei se serei eu ou o outro, mas o Papa irá”.

Fonte: ACIDigital.

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Setores Juventude partilham experiências no 1º Seminário de Práticas de Evangelização da

Juventude do Rio Grande do Sul

As ações desenvolvidas pelos setores diocesanos da juventude que tiveram como tema

transversal o cuidado com a vida foram apresentadas durante o 1º Seminário de Práticas de

Evangelização da Juventude, realizado nos dias 26 e 27 de agosto, em Santa Maria. O evento marcou a

culminância do Plano Bienal para 2016 e 2017, elaborado e assumido pelas lideranças dos setores

diocesanos de juventude e pelo Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB, e

que propunha um olhar especial para as questões ligadas à vida e o desenvolvimento de ações voltadas

ao cuidado e preservação de todas as formas de vida, em consonância com a proposta do Papa Francisco,

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trazida pelo documento, e por meio dos processos de missionariedade, formação e estrutura de

acompanhamento.

Uma leitura orante da passagem bíblica que traz a parábola do semeador abriu o Seminário, no

sábado pela manhã. Em seguida, a coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude, Irmã

Zenilde Fontes, e as assessoras jovens Bruna Vasconcelos e Luana Padilha fizeram uma retomada da

história do Serviço, desde a sua criação, em 2010, com o propósito de fazer memória de todo o processo

vivenciado até agora para, a partir do olhar para o caminho que já foi trilhado, estimular a percepção

sobre quais os rumos da evangelização da juventude.

Os assessores Márcio Amaral, Frei Arno e Frei Rubens foram os debatedores das três mesas

redondas que ocorreram ao longo do Seminário. A primeira delas tratou dos desafios para a

Evangelização das Juventudes, numa abordagem sobre os paradigmas e posicionamentos da juventude

como sujeitos políticos, que estão abertos à diversidade e que se comprometem em tornar o Evangelho

possível.

Durante a tarde de sábado, as dioceses apresentaram as práticas pensadas e realizadas pelos

setores diocesanos dePráticas SJ juventude, com o envolvimento dos grupos de jovens. “Para mim a

partilha das práticas foi um momento muito rico, de escuta, de sabermos escutar e também foi um

espaço de celebrarmos as práticas que realizamos na nossa diocese. Estar junto nesse espírito de unidade

é bom porque assim também conhecemos realidades diferentes e isso nos inspira”, disse Raquel Porto,

comunicadora da Diocese de Rio Grande.

Após as apresentações, em grupos, os participantes refletiram e debateram sobre como as práticas

apresentadas podem inspirar novas experiências nas demais dioceses. Esse debate foi levado a uma

plenária e encerrou com uma mesa redonda com o tema “Um olhar sobre a prática: as percepções sobre

o processo e suas metodologias”.

“Essas práticas ajudam a compreender que Igreja estamos refletindo, que caminho de fé

conseguimos interiorizar, transmitir, evangelizar, que metodologia estamos usando, como nós

interagimos com as pessoas, com os jovens entre si, humanamente falando, e como conseguimos

interagir com a caminhada da ação evangelizadora de cada uma das nossas dioceses, visto que a

evangelização da juventude é a Igreja”, avalia Dom Adelar Baruffi, um dos bispos referenciais para a

Evangelização da Juventude do estado.

De acordo com o bispo essas inquietações recolhidas e aprofundadas dão uma perspectiva para

olhar para a frente e não isoladamente, mas a partir das dioceses do Rio Grande do Sul, da Igreja do

Brasil e do último documento aprovado no sínodo dos bispos, que trata da Iniciação à Vida Cristã, na

qual também se situa a juventude. Em Brasília, ocorre nos próximos o 2º encontro de Revitalização da

Pastoral Juvenil que, junto com as intuições daqui também ajudará a projetar os próximos anos. Dom

Adelar lembra que também estamos inseridos numa caminhada de Igreja no mundo inteiro, já que o

Papa Francisco chamou os bispos para o próximo Sínodo que terá como tema os jovens, a fé e o

discernimento vocacional.

As atividades do primeiro dia de Seminário foram encerradas com uma celebração eucarística

presidida por Dom Adelar Baruffi e concelebrada pelos padres que estavam do Seminário. Também

houve uma confraternização com alimentos trazidos pelos participantes e que representam a culinária

típica das suas cidades.

A manhã de domingo foi dedicada à reflexão e debate sobre como as ações desenvolvidas nas

dioceses ao longo do biênio podem inspirar outras práticas. Na última mesa redonda do encontro, os

assessores falaram sobre as metodologias de trabalho com as juventudes, formação, cuidados com o

processo e acompanhamento.

Após, os grupos pensaram em práticas inspiradas pelas reflexões e experiências partilhadas ao

longo do encontro. Foram apontadas como proposta de caminho a partir de agora a continuidade das

ações voltadas ao mapeamento e acompanhamento dos grupos paroquiais, além da formação permanente

de assessores e lideranças juvenis.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude, Irmã Zenilde Fontes,

o seminário cumpriu com seu propósito de dar início a um caminho a ser aprofundando de reflexão e

estudo a partir das nossas iniciativas pastorais. “Iniciar processos de formação e percepção do quanto o

fazer pastoral incide primeiro na pessoa envolvida direta ou indiretamente bem como na comunidade

local/Diocesana e na sociedade, no nosso cotidiano. Foi muito válida a experiência única de, na

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diversidade de carismas apresentar iniciativas comuns. É possível fazer comunhão pela participação,

assumindo a mística da alteridade e da gratuidade, do permanecer para pertencer”, disse a coordenadora.

A presença de Assessoria consagrada e de assessoria jovem, que já viveu o caminho pela

articulação e comunicação, além dos jovens que estão na liderança e jovens recém se inserindo no

caminho nos aponta a seguridade da caminhada que vem dialogando com serenidade o ontem e hoje. A

presença do bispo referencial para Evangelização da Juventude no estado em nome dos Bispos

Diocesanos nos anima com o compromisso e opção preferencial às Juventude s dos nossos pastores.

Agora em novembro aprofundamos as aprendizagens do seminário, a fim de gestar os próximos passos

do trabalho com a Juventude no estado”, concluiu Ir. Zenilde.

O Seminário foi animado pela Banda Hava e encerrou com uma missa de envio, também

presidida por Dom Adelar Baruffi.

Fonte: Regional Sul 3 da CNBB

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Do dia 27/8/17

Apelo do Papa pelos Rohingya, minoria em fuga da violência em Myanmar

Após a oração do Angelus e antes de saudar os presentes na Praça São Pedro, o Papa Francisco

expressou sua proximidade às populações de Bangladesh, Nepal e Índia, atingidas por grandes

inundações nos dias passados, rezando “pelas vítimas e por todos aqueles que sofrem por causa destas

calamidades”.

A seguir, o Papa voltou seu pensamento e orações à Myanmar:

“Chegaram tristes notícias sobre a perseguição contra a minoria religiosa, os nossos irmãos

Rohingya. Gostaria de expressar toda a minha proximidade a eles, e todos nós pedimos ao Senhor para

salvá-los e para suscitar homens e mulheres de boa vontade para ajudá-los, que deem a eles plenos

direitos”.

De fato, no país, em particular no Estado de Rakhine, são cerca de 92 os mortos causados pelas

violências que explodiram na última sexta-feira e que deixaram sobretudo vítimas civis.

Nestas últimas horas, milhares de civis da minoria muçulmana dos Rohingya se aglomeram na

fronteira com Bangladesh, em fuga da violência do exército.

Segundo um jornalista da Agência France Press que está no local, guardas de fronteira relatam

que “dispararam contra mulheres e crianças que haviam encontrado abrigo atrás das colinas próximas à

fronteira, usando morteiros e metralhadoras, sem terem nos avisado”.

No sábado, 26, uma Comissão nomeada pelo Governo e guiada pelo ex-Secretário Geral da

ONU, Kofi Annan, publicou um relatório sobre o Estado de Rakhine onde vive esta minoria muçulmana,

recomendando não somente que se organize para que sejam concedidas a eles a cidadania, mas também

que sejam implementadas medidas que promovam o desenvolvimento econômico e a justiça social.

Myanmar passa por uma grave crise. Nem mesmo a posse no governo da Prêmio Nobel Aung

San Suu Kyi, em março de 2016, após 49 anos de ditadura militar, trouxe o fim dos conflitos e a

perseguição contra a minoria Rohingya.

Este povo - formado por 1 milhão de pessoas entre os 54 milhões de habitantes do país, com 90%

de budistas – é muito discriminado. Eles são privados de cidadania e de direitos fundamentais por uma

lei aprovada em 1982.

Não sendo considerados como pertencentes a nenhum dos 35 grupos étnicos oficialmente

reconhecidos, são impedidos de votar. A bem da verdade, eles formam uma “casta” invisível de

refugiados internos, que não têm acesso ao mundo do trabalho e somente um acesso parcial à saúde.

Em 2016 ao menos 72.000 Rohingya fugiram para Bangladesh, mas ninguém quer acolher estas

embarcações cheias de desesperados e se fala até mesmo de uma ilha onde confiná-los.

Ao final da Audiência Geral de 8 de fevereiro o Papa Francisco já havia lançado um apelo em

favor deles:

“Eu gostaria de rezar com vocês, hoje , de modo especial pelos nossos irmãos e irmãs Rohingya:

expulsos de Myanmar, vão de um lugar a outro porque não os querem, ninguém os quer. É gente boa,

gente pacífica. Não são cristãos, são bons, são irmãos e irmãs nossos! Há anos sofrem. Foram torturados,

mortos, simplesmente porque levam em frente as suas tradições, a sua fé muçulmana”.

Para a Secretária Geral das relações Itália-Myanmar, Cecilia Brighi, a Igreja tem um papel

importantíssimo para a construção do diálogo nesta região.

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Em um relatório publicado recentemente pelo Escritório dos Direitos Humanos das Nações

Unidas, cerca de 220 testemunhos relataram “assassinatos de crianças, mulheres e idosos, estupros e

violências sexuais sistemáticas em grande escala, destruição intencional de alimentos e fontes de

sustento”, o que leva a crer em “limpeza étnica”.

Os abusos contra os Rohingya tiveram origem nos 50 anos de uma ditadura militar, que sempre

reprimiu as minorias étnicas budistas e muçulmanas para atingir os seus objetivos, entre os quais a

exploração das riquezas naturais.

Fonte: Rádio Vaticano

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Papa a parlamentares católicos: leis que construam pontes em favor dos indefesos

Leis que construam pontes e que promovam um maior cuidado pelos indefesos e marginalizados,

recordando que ninguém deve ser descartado, em qualquer fase da vida.

Esta foi em síntese a exortação do Papa Francisco, ao receber após o Angelus na Sala

Clementina, no Vaticano, os participantes do encontro da Rede Mundial de Legisladores Católicos.

Francisco alegrou-se, em particular, em saber do aumento do número de participantes no

encontro, o que faz crescer assim a “representação de uma ampla gama de experiências políticas e

legislativas, evidenciando ainda mais claramente uma realidade humana coletiva que reflete a

universalidade da Igreja”.

De modo particular, esta alegria deveu-se ao crescimento da participação de legisladores vindos

de países africanos:

“Este ano, não obstante o cenário seja caracterizado por uma série de temas urgentes, vocês

colocaram a atenção na visão cristã da pessoa humana. Vos encorajo, uma vez retornados às vossas

respectivas nações, a fazerem referência aos frutos de vossa reflexão sobre como a fé católica leva a uma

justa compreensão da pessoa”.

“Mesmo que a contribuição da Igreja às grandes questões da sociedade de nosso tempo possa ser

muitas vezes colocada em discussão - observou o Papa - é vital que o vosso empenho seja permeado

continuamente pelos seus ensinamentos morais e sociais, para construir uma sociedade mais humana e

justa”.

“As leis que vocês promulgam e aplicam – exortou o Papa - deveriam construir pontes de diálogo

entre as diversas perspectivas políticas”, para “promover um maior cuidado pelos indefesos e

marginalizados, especialmente os muitos que são obrigados a deixar a sua pátria, como também em

ordem a favorecer uma correta ecologia humana e natural”.

“Em meio aos sofrimentos dos povos – disse Francisco – vos exorto a olhar para Cristo, cujo

amor vos inspirará a fazer com que o Espírito, por meio de uma troca de dons, possa nos conduzir

sempre mais à verdade e ao bem”.

Antes de conceder a sua bênção, o Papa recomendou os parlamentares a levarem em seus

trabalhos profissionais “a Boa Nova de Jesus de que ninguém é insignificante, ninguém deve ser

descartado, em qualquer fase da vida”, confiando por fim as populações por eles servidas à proteção de

Nossa Senhora, Mãe da Igreja.

Esta rede de parlamentares católicos (International Catholic Legislators Network) foi criada em

2010 com o apoio do Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn e de David Alton, membro

católico da Câmara dos Lordes. (JE)

Fonte: Rádio Vaticano

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Cáritas realiza 91ª reunião do Conselho Nacional e dos bispos referenciais

Agentes Cáritas e bispos referenciais dos diversos regionais se reuniram em Brasília entre os dias

23 e 25 de agosto com o objetivo de articular as ações da rede e fortalecer a relação de mútua

responsabilidade com os temas mais sensíveis ao país neste momento de grandes retrocessos e retirada

de direitos do povo brasileiro.

Sob a inspiração da construção da sociedade do Bem Viver, o grupo refletiu sobre temas como A

Cáritas na atual realidade brasileira, além de realizar uma Roda de análise de conjuntura com a presença

do assessor político da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Paulo Renato, e do

assessor da CNBB para a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora, Frei Olávio

Dotto.

Análise de conjuntura

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Na análise apresentada, padre Paulo Renato destacou a gravidade dos caminhos econômicos que

o Brasil tem empreendido: “a primeira questão que precisamos refletir diz respeito ao neoliberalismo e a

democracia, a representação polícia em questão. O projeto neoliberal submeteu a sociedade e a

economia real à lógica lucrativa do mercado financeiro, nós não estamos mais falando em capitalismo

industrial, nós estamos falando do capitalismo financeiro e especulador. É um mercado de especulação,

o seja, esse mercado não tem nenhum compromisso com a sociedade onde ele se encontra, não tem mais

o jogo da opressão e servidão é o jogo do lucro e ponto final. É com essa lógica que o projeto neoliberal

mergulha na sociedade brasileira nesse momento, uma lógica rentista. É essa lógica que encontramos no

Congresso Nacional, essa é uma lógica nefasta”, destacou o assessor.

Padre Paulo Renato enfatizou ainda que compreendendo essa lógica fica fácil entender a

dinâmica do atual sistema político do Brasil que insiste em convencer a população a desacreditar da

política genuína e a apostar em gestores no executivo. “Os agentes desse mercado são chamados a ser

gerentes do Estado, porque do jeito que ele cuida do mercado e consegue lucros, ele precisa cuidar do

Estado para que este também obtenha êxito, e aí a população começa a acreditar que é melhor não ter um

político, mas ter um gestor do mercado, porque esse cara tá dando certo. Só que a função do mercado

não é a mesmo do Estado, a função do mercado é dar lucro, e um gestor que vem para a administração

pública vai aplicar essa lógica do lucro mesmo que para isso seja necessário desprezar completamente o

objetivo do Estado que é cuidar da população promovendo justiça social”, enfatizou.

Ampliar a democracia

De acordo com padre Paulo Renato, para reverter esse momento crítico é preciso superar a

repugnância da política, a apatia e o sentimento de que a política não serve mais para nada. “Esse

discurso é o discurso do poder, não podemos entrar nesse discurso. Não existe democracia sem política e

sem político. Nós precisamos resgatar a política, não reafirmar o discurso de que a política já não serve

para nada, esse discurso é atrapalhado e não pode ser o nosso”, adverte.

Por fim, padre Paulo Renato lembrou que a melhor forma de reagir ao cenário de retrocessos que

estamos vivendo é ampliar a democracia com participação popular, “não existe possibilidade de

acharmos que vivemos em um país democrático simplesmente votando no dia da eleição, assim como

não podemos perder o horizonte da fé, e neste sentido, compartilho com vocês esta inspiração bíblica: „O

pobre não ficará esquecido para sempre, a esperança dos pobres dos pobres jamais se perderá‟, (Sl

9,19)”, concluiu.

Agenda de ações

Na agenda de atividades destes dias, as agentes Cáritas atualizaram e trocaram informações sobre

uma intensa agenda de campanhas, incidências e ações para a toda rede. A próxima ação conjunta será o

lançamento da Campanha Mundial Compartilhando a Viagem, trata-se de uma resposta ao grave

momento que se caracteriza pelo aumento dos processos migratórios no mundo e suas tristes

consequências. Na agenda da campanha que vai ser de dois anos, o lançamento mundial se dará no dia

27 de Setembro no Vaticano, com um gesto simbólico do papa Francisco. Aqui no Brasil o lançamento

se dará na mesma data com atos simbólicos por todo país em comunhão e acolhida solidária aos

sofrimentos e dramas dos migrantes do mundo inteiro.

Além da Campanha 10 Milhões de Estrelas já em curso e a participação nos processos do Grito

dos Excluídos e das Excluídas no dia 7 de setembro, no horizonte das ações da Cáritas ainda estão a

Semana da Solidariedade, uma jornada pelo Dia Mundial dos Pobres que será realizada de 12 a 19 de

novembro de 2017, uma iniciativa do papa Francisco como gesto concreto ao final do Ano Santo da

Misericórdia e a participação no Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), a ser realizado

paralelamente ao Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília em março de 2018 com o lema

“Água é direito, não mercadoria”.

Fonte: Cáritas

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Agentes Cáritas da América Latina e Caribe participam das comemorações do centenário

de nascimento do beato Oscar Romero

Representantes de 22 Cáritas da América Latina e Caribe participaram da cerimônia

comemorativa pelo primeiro centenário do nascimento do beato Oscar Arnulfo Romero. A celebração

aconteceu na catedral de San Salvador, El Salvador no dia 15 deste mês de agosto.

Page 43: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

Diante de uma catedral cheia de fiéis, a missa foi presidida pelo arcebispo de Santiago, Cardeal

Ricardo Ezzati, enviado especial do Papa Francisco para representá-lo no país da América Central

durante a comemoração.

A cerimônia contou com a presença de diversas lideranças da Igreja, bispos e arcebispos,

inclusive os que estão em El Salvador, participando do Encontro Latinoamericano e Caribenho sobre o

50º aniversário da encíclica Populorum Progressio.

Cardeal Ricardo Ezzati, enviado especial do Papa Francisco para representá-lo nas

comemorações do primeiro centenário do nascimento do beato Oscar Romero em San Salvador

Cardeal Ricardo Ezzati, enviado especial do Papa Francisco para representá-lo nas

comemorações do primeiro centenário do nascimento do beato Oscar Romero, em San Salvador

São Romero da América

O irmão do beato Oscar Romero, Gaspar Santos Romero Galdamez participou da celebração e,

profundamente comovido, ouviu o que foi dito sobre seu irmão que deixou marcas importantes na

história do país e da Igreja.

Em sua homilia, o Cardeal Ezzati recordou o itinerário da vida de Mons. Oscar Arnulfo Romero,

destacando alguns momentos de sua vida que o levou a se tornar padre e mais tarde a lutar pelos direitos

dos pobres e oprimidos. “Ao conhecer mais de perto a pobreza dos camponeses, ele percebeu que não

era suficiente acompanhar os mais pobres. Ele entendeu a dor dos mais pobres e excluídos. O fogo de

Deus queimou o coração do arcebispo e o fez superar a timidez e a tornar-se a „voz dos sem voz‟”, disse

o enviado do Papa.

“O Papa teve a amabilidade de me enviar como seu legado pessoal, para representá-lo neste

evento eclesial que nos reúne neste dia de júbilo. Vocês sabem tanto quanto eu, que ele tem um grande

carinho por esta terra que leva o nome do Divino Salvador, e também sabem do seu desejo reiterado de

que o martírio de Mons. Romero não deixe de dar frutos abundantes de comunhão eclesial,

reconciliação e solidariedade entre os salvadorenhos, a fim de construir uma sociedade justa e nobre.

Você tem sofrido muito… são ainda difíceis as circunstâncias que precisam continuar enfrentando. A

vida de cada Salvadorenho é preciosa, por isso é preciso superar a violência homicida com a violência

do amor. Nesta luta esperançosa pela vida, o Papa Francisco está convosco, exorta-os a humanizar e

partilhar com equidade o desenvolvimento do seu país e envia a sua bênção apostólica “, disse o Cardeal

Ezzati .

“Quem como dom Romero decidiu seguir radicalmente a Jesus, sabe que o martírio persiste, não

foi só uma bala assassina que penetrou seu coração, foi um punhal, uma espada de incompreensão, de

rejeição, de injustiça. Por isso, podemos dizer que Romero é o mártir da esperança. Eu creio que assim o

reconhecem os mais pobres do nosso continente, aqueles que lutam por justiça e igualdade, aqueles que

já o chamam de São Romero da América”. E citando as palavras de dom Oscar Romero, o cardeal Ezzati

concluiu sua homilia: “O martírio é uma graça que não creio merecer. Mas, se Deus aceitar o sacrifício

de minha vida, que meu sangue seja semente de liberdade e o sinal de que, em breve, a esperança se

tornará realidade…. Se chegarem a me matar, perdoo e abençoo aquele que o fizer”.

O diretor executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Lopes (Mandela) e participantes do

encontro diante do túmulo de dom Oscar Romero

O diretor executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Lopes (Mandela) e participantes do

encontro participaram da celebração do centenário do beato Oscar Romero e visitaram o túmulo do

mártir da esperança

Patrono da Cáritas

O beato Oscar Romero, a quem muitos chamam de “a voz dos sem voz”, foi o quarto arcebispo

de San Salvador. Foi assassinado a tiros no dia 24 de março de 1980 enquanto celebrava a missa para

pacientes com câncer na capela do hospital Divina Providência.

Durante estes últimos dias que antecederam a data do primeiro centenário do nascimento do

beato Oscar Romero, centenas de fiéis participaram em várias atividades celebrativas e culturais. Uma

das iniciativas foi a chamada peregrinação “Caminhando para o local de nascimento do Profeta”. Depois

de três dias de peregrinação, o bispo auxiliar de San Salvador, dom Gregorio Rosa Chávez, assim a

descreveu: “foi um espetáculo impensável, maravilhoso e esperançoso”.

Populorum Progressio

Cerca de 80 agentes Cáritas seguem reunidos no dia 16 no Encontro Latino-americano e

Caribenho onde refletiram e aprofundaram as orientações da encíclica do papa Paulo VI, Populorum

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Progressio. “Estamos aqui para ver e entender como a Populorum Progressio foi implementada na

América Latina e no Caribe. A Cáritas é uma grande família, está presente em vários países e nossa

presença aqui é uma forma de estarmos em solidariedade com vocês”, disse o arcebispo de Manila e

presidente da Cáritas Internacional, Cardeal Luis A.Tagle, na coletiva de impresa após a missa que

celebrou o centenário de nascimento do beato Oscar Romero.

Por meio de apresentações e grupos de trabalho, os participantes do encontro comparam

conhecimentos e experiências para potencializar o desenvolvimento das iniciativas nos locais e áreas de

atuação onde Cáritas lidera processos de protagonismo e transformação, lutando contra a cultura de

exclusão e motivando a cultura do encontro em harmonia com toda a criação.

Fonte: Cáritas.

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Do dia 26/8/17

Papa aos peregrinos de Czestochova: a Polônia tem um coração materno

O Santo Padre enviou uma vídeomensagem este sábado (26/8) - dia da memória litúrgica de

Nossa Senhora de Czestochova - pelos 300 anos da coroação da imagem milagrosa de Jasna Gora,

ocorrida em 8 de setembro de 1717.

Em sua mensagem aos peregrinos, o Papa os cumprimenta e os abençoa nesta longa peregrinação

ao Santuário de Jasna Gora, para venerar o quadro de Nossa Senhora da Virgem Negra, Padroeira da

Polônia. E afirmou:

“Se Czestochova está no coração da Polônia, significa que a Polônia tem um coração materno;

significa que toda palpitação da vida acontece com a Mãe de Deus. A ela, os peregrinos costumam

confiar tudo: o passado, o presente, o futuro, as alegrias e as aflições da vida pessoal e nacional”.

O Santo Padre recorda que ele também teve a graça de ir em peregrinação ao Santuário mariano

de Czestochova ano passado, por ocasião dos 1050 anos do Batismo da Polônia. E referindo-se ao

jubileu da coroação da imagem mariana, disse:

“Há 300 anos, o Papa concedeu que a imagem da Virgem de Jasna Gora fosse coroada como

Rainha da Polônia. Ela é uma Mãe verdadeira, que traz o rosto marcado pelos sofrimentos”.

Logo, recordou Francisco, este solene Jubileu é um momento favorável para que ninguém se

sinta órfão, pelo contrário, nossa Mãe está sempre ao nosso lado, nas tribulações e nas alegrias”.

Francisco conclui sua Mensagem recordando que Nossa Senhora, nossa Mãe e Rainha, nos

acompanha com a sua materna proteção. E a todos os peregrinos, que visitam o Santuário de

Czestochova, na memória litúrgica de Nossa Senhora de Jasna Gora, o Papa concede sua propiciadora

Bênção Apostólica. (MT)

Fonte: Rádio Vaticano

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Card. Schönborn: parlamentares católicos encorajados pelo apoio da Igreja

Este domingo, 27, o Papa Francisco receberá após o Angelus, na Sala Clementina, no Vaticano,

os participantes da Conferência do International Catholic Legislators Network.

Trata-se de uma rede de parlamentares católicos de todo o mundo, nascida em 2010 com o apoio

do Arcebispo de Viena Cardeal Christoph Schönborn e de David Alton, membro católico da Câmara dos

Lordes, e que a cada ano promove um encontro na cidade italiana de Frascati.

“Trata-se – explicou o Cardeal ao nosso colega do Programa Alemão, Padre Bern Hagenkord –

de um grupo informal de homens e mulheres que muito consciente querem estar na política como fiéis.

Muitas vezes têm algo em comum: são minoria em seus parlamentos. Mas se fazem portadores de temas

e valores importantes e pretendem realizar o seu serviço como católicos”.

“Os Papas – observa o Cardeal Schönborn – sempre nos encorajaram. Quer o Papa Bento como o

Papa Francisco, nos recebem a cada ano. E estes parlamentares católicos encontram grande

encorajamento por este “sim” da Igreja aos seus esforços, porque muitas vezes se sentem bastante

sozinhos em seus parlamentos e se encontram em situações difíceis. Sentem-se, portanto, encorajados

por estes encontros anuais, quer na fé pessoal como no agir político”.

“Um dos temas tratados desde o início – afirmou ainda o Arcebispo de Viena – é o da

perseguição contra os cristãos, que infelizmente já se tornou um fenômeno em escala mundial. Muito

países de onde provém os parlamentares são atingidos por isto ou são países que se esforçam em ajudar

os cristãos em outros países”.

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O purpurado fala de uma rede bem articulada que cresce. Em particular está em aumento o

componente africano: são provenientes sobretudo do Quênia, mas também de Uganda, do Zimbabwe, do

Malawi.

“Estes encontros – sublinha – são sempre uma ótima ocasião para debates e troca de ideias. O

fato que se encontrem juntas pessoas provenientes de todos os continentes, faz claramente bem a todos,

mesmo porque nascem contatos, nascem amizades”.

“O objetivo destes encontros anuais – explica o Cardeal Schönborn – é o fortalecimento na fé:

existem momentos fortemente religiosos, como a Missa diária, a reza comum do Terço, a Adoração

Eucarística, a possibilidade de confessar-se... existe portanto, certamente, também um apoio espiritual.

Os temas que são tratados nestes encontros são aqueles que mais comprometem os parlamentares e são

aprofundados com a ajuda de especialistas que guiam seminários que têm a função de ajudar na reflexão

política. Posso dizer – conclui o purpurado – que esta rede informal é um sucesso, uma bela iniciativa

que é um bênção”. (Fonte: Rádio Vaticano

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Não existem medidas adicionais de segurança no Vaticano, diz Parolin

Não existem medidas excepcionais de segurança. Ao ser interpelado por jornalistas no Encontro

da Comunhão e Libertação em Rímini, sobre um vídeo divulgado pelo Estado Islâmico contendo

ameaças ao Papa e ao Vaticano, o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin afirmou:

“Eu vi, sim, ontem, aquele vídeo que transmitiram na televisão. Evidentemente, não tem como

não preocupar. Sobretudo por este ódio insensato que existe. Mesmo assim, eu acredito que no Vaticano

não existam medidas adicionais. Até onde eu sei, se continua com o mesmo nível de atenção e de

segurança destes tempos”.

E a respeito do drone que na manhã deste sábado sobrevoou a área do Vaticano e que foi

investigado pela polícia, a vice-Diretora da Sala de Imprensa da santa Sé, Paloma Garcia Ovejero,

declarou que “não houve e não existe alarme”.

Ademais, acrescentou que o alerta de segurança no vaticano não mudou depois do atentado em

Barcelona.

Fonte: Rádio Vaticano

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Guarda Suíça preparada para eventual atentado, garante Comandate Graf

O Comandante da Guarda Suíça, Coronel Christoph Graf, afirmou recentemente em Solothurn,

Suíça, que no atual contexto de ameaça terrorista, a tropa de proteção do Pontífice “está preparada” para

enfrentar um atentado, como aquele ocorrido em Barcelona.

“É apenas uma questão de tempo que um atentado ocorra em Roma. Mas nós estamos preparados

para isto”, afirmou o Comandante durante a 27ª Assembleia Geral dos antigos guardas suíços, segundo

o portal católico suíço „Cath.ch‟

Ele ressaltou que a Guarda não é apenas um objeto de atração para as câmaras fotográficas dos

turistas, mas passa por constante formação e treinamento, utilizando as técnicas mais modernas para

estar sempre atualizada e preparada.

“Nível de segurança já é elevado” A formação inicial dos recrutas aumentou de dois para quatro meses. Em colaboração com a

polícia cantonal do Ticino, os novos guardas são iniciados em tiro, segurança próxima, proteção contra

incêndio, primeiros socorros e questões jurídicas.

Oficialmente o nível de segurança "já é muito elevado", não havendo necessidade de aumentá-lo

até que uma ameaça concreta seja detectada.

Desde o ataque em Barcelona, em 17 de agosto, a polícia italiana, que é responsável pela

segurança em torno do Vaticano, fortaleceu significativamente seus controles em torno da Praça de São

Pedro.

A Via della Conciliazione, a principal artéria que leva ao Vaticano a partir do Rio Tibre, desde o

atentado em Nice já havia sido bloqueada com barreiras de metal e floreiras de concreto, e numerosos

veículos da polícia e do exército estão postados de forma visível também nos acessos ao Vaticano.

As revistas da polícia italiana, responsável pelo acesso à Praça de São Pedro, também estão

sendo mais minuciosas no domingo para o Angelus e para a Audiência Geral na quarta-feira, que neste

mês de agosto está se realizando na Sala Paulo VI.

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Após os atentados em Barcelona, uma mídia próxima ao Estado Islâmico divulgou um vídeo com

ameaças de ataques contra o Papa e a cidade de Roma.

O Cardeal Parolin, interpelado este sábado, 26, por jornalistas sobre estas ameaças, garantiu que

não houve um aumento na segurança por isto, confirmando as palavras do Comandante da Guarda Suíça

que garante que o nível de segurança já é elevado.

Fonte: Rádio Vaticano

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Editorial: Escravidões de ontem e de hoje interpelam nossas consciências

Na última quarta-feira, 23 de agosto, foi celebrado o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico

de Escravos e sua Abolição. A data escolhida pela ONU para esta celebração refere-se à noite de 22 para

23 de agosto de 1791, em que escravos de São Domingos se revoltaram contra o sistema de escravidão,

resultando na independência do Haiti. O ocorrido constituiu um ponto de virada na história da

humanidade, exercendo um grande impacto no estabelecimento dos direitos humanos.

Para recordar a data, na quarta-feira o Papa Francisco lançou um tuíte em sua conta @ Pontifex –

“O Senhor se faz próximo daqueles que são vítimas de antigas e novas escravidões: trabalhos

desumanos, tráficos ilícitos e exploração”.

O breve texto do Santo Padre recordou a data chamando a atenção para o fato de não tratar-se

somente de uma data histórica, mas de uma realidade por demais atual: apontando algumas das novas

formas de escravidão.

Antes de ater-me por um momento sobre estas, gostaria de ressaltar que a recordação do tráfico

de escravos e da sua abolição é algo que deve ser premente para nós brasileiros, vez que a escravatura

em nosso país durou mais de três séculos e meio (1530 – 1888), sendo o último do Ocidente a aboli-la.

Dos 12,5 milhões de escravos transportados da África para as Américas, 2,5 milhões morreram

nas viagens e chegaram ao destino 10 milhões de escravos para todos os portos. Desse contingente,

chegaram ao Brasil 5.800.000 escravos, quase 60% do total, fazendo hoje do Brasil o maior país africano

fora da África.

Sabemos em quais condições se deu a famosa lei áurea assinada pela Princesa Isabel – sob

pressão inglesa – resultando na abolição da escravatura e em que condições os negros se encontraram a

partir de então com uma abolição muito mais simbólica que concreta, cujas consequências bem as

conhecemos (70% dos pobres no Brasil são negros, vale lembrar).

A celebração do Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição deve ser

também para nós uma ocasião de reflexão e de tomada de consciência da dívida histórica que o Brasil

tem para com os negros que por três séculos e meio com seu trabalho forçado lançaram as bases da

economia do nosso país trabalhando de modo particular nas lavouras de canas de açúcar, café e algodão

– os produtos de ouro da época; e hoje, a dívida social do Brasil para com seus descendentes. A

escravatura foi uma página triste na história, um crime contra a humanidade que muitas nações ainda

hoje relutam reconhecer.

Igualmente triste é saber que as escravidões e não são um fato do passado, apenas uma

recordação histórica, mas uma tema por demais atual. Antigas e novas formas de escravidões, tantas elas

nos dias de hoje: trabalhos desumanos, tráficos ilícitos e exploração de todo tipo, realidades que bradam

aos céus e interpelam nossas consciências tantas vezes adormentadas.

Um delas, certamente, a realidade dos refugiados e deslocados, um verdadeiro drama

humanitário em várias partes do mundo, constituindo o maior movimento migratório desde a II Guerra

Mundial.

A esse propósito foi divulgada na segunda feira, 21 de agosto, a mensagem do Papa para o Dia

Mundial do Migrante e do Refugiado a ser celebrado em 14 de janeiro do próximo ano, com o tema

“Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados”.

Diante de situações dramáticas como as que se têm verificado e das quais temos conhecimento

todos os dias através da imprensa, o Santo Padre ressalta, entre outras coisas, a necessidade de abrir

corredores humanitários par os refugiados mais vulneráveis. Todos os migrantes devem ser colocados

em condição de se realizar como pessoas, destaca o Pontífice. Francisco pede ainda que se favoreça a

cultura do encontroe e assegura que a Igreja está disponível a se comprometer “em primeira pessoa”

neste campo.

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Que as escravidões de ontem e de hoje não sejam apenas uma recordação ou data a ser celebrada,

mas uma imperiosa ocasião de tomada de consciência, aquela consciência crítica da humanidade à qual a

Igreja nos chama e à qual o Papa Francisco insiste a nos fazer.

(Raimundo Lima)

Fonte: Rádio Vaticano

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Cruz da Evangelização contagia sede do 4º Congresso Missionário Nacional

"O evento reunirá em Recife (PE), dias 7 a 10 de setembro, cerca de 700 pessoas representantes

dos 18 regionais da CNBB e convidados de todo o Brasil

A arquidiocese de Olinda e Recife acerta os detalhes para acolher o 4º Congresso Missionário

Nacional, com o tema “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”. O evento deverá reunir, dias

7 a 10 de setembro, no Colégio das Damas em Recife (PE), cerca de 700 pessoas representantes dos 18

regionais da CNBB e convidados de todo o Brasil. Para melhor acolher os congressistas, a comissão

organizadora criou WhatsApp Image 2017-08-24 at 14.40.14várias equipes de trabalho: infraestrutura,

acolhida, hospedagem, transportes, alimentação, liturgia, animação, comunicação, secretaria, entre

outras.

Com o objetivo de deixar-se contagiar pelo espírito do Congresso, os mais de 100 voluntários

que se dispuseram a servir nas diversas equipes de trabalho, realizaram no dia 19 de agosto, um retiro de

espiritualidade missionária orientado pelo padre Maurício da Silva Jardim, diretor nacional das POM e

coordenador geral do Congresso. Padre Rogério Silva, coordenador do Conselho Missionário da

arquidiocese de Olinda e Recife também participou.

Cruz Missionária

Um dos pontos altos do retiro foi a acolhida da Cruz Missionária da Evangelização jesuítica, que

marcou a missão na Bolívia e toda a América Latina, escolhida como principal símbolo do V Congresso

Missionário Americano (CAM 5) a ser realizado em 2018, em Santa Cruz de la Sierra.

No dia 9 de julho de 2015, durante sua viagem apostólica à Bolívia, o papa Francisco abençoou

40 cruzes idênticas: uma para cada país da América e 18 para as dioceses bolivianas. Idealizada por

artesãos da região boliviana de Chiquitos, a Cruz contém as relíquias da Beata Nazaria Ignacia March

Mesa, a primeira a fundar uma comunidade religiosa na Bolívia. A cruz e as relíquias querem inspirar

novos missionários a doarem suas vidas ao anúncio do Reino.

A Cruz chegou em Brasília, na sede das POM, no dia 5 de fevereiro de 2016 e esteve em alguns

eventos significativos nos regionais CNBB, a exemplo de congressos, simpósios e assembleias nacionais

para divulgar e animar a preparação do 4º Congresso Missionário Nacional. Finalmente foi recebida na

arquidiocese de Olinda e Recife para a realização do Congresso. A chegada da Cruz emocionou aos

presentes que renovaram seu espírito missionário na certeza de que viver a alegria do Evangelho se faz

necessário para uma missão eficaz e em saída.

“Participar do retiro foi motivador”, afirma a Irmã Josevânia Alves, que integra a Conselho

Missionário Diocesano (Comidi). “Além da rica reflexão do padre Maurício Jardim, a caminhada

conduzindo a Cruz do auditório até a capela, no do Centro de Pastoral onde acontecia o retiro, foi um

momento muito forte. Participar do retiro nos impulsiona e anima o coração para abraçar a missão, não

apenas na arquidiocese, mas também a missão universal, ad gentes”, resume a religiosa.

O Congresso é promovido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) em comunhão com o

Conselho Missionário Nacional (Comina) e a arquidiocese de Olinda e Recife.

Histórico

O 1º Congresso Missionário Nacional aconteceu em 2003, na arquidiocese de Belo Horizonte

(MG), o 2º em Aparecida (SP), em 2008 e o 3º na cidade de Palmas (TO), em 2012.

Fonte: POM

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Crianças com HIV terão emocionante encontro com o Papa Francisco na Colômbia

Um grupo de 22 crianças com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) terá um emocionante

encontro com o Papa Francisco quando poderão cumprimenta-lo no dia 8 de setembro, durante a visita

do Pontífice a Villavicencio, na Colômbia.

As crianças são atendidas pela Fundação „Llano Amor‟, criada em 2007 pelos missionários

Cristo Mestre, onde recebem atenção pastoral e formativa.

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Em conversa com o Grupo ACI, Pe. José Noguera, diretor espiritual da Fundação, explicou que

os pequenos serão levados ao Parque Fundadores, onde o Santo Padre, por volta das 17h (hora local),

plantará a árvore da vida e rezará diante da cruz da reconciliação.

Além das crianças da Fundação, o Papa “vai estar rodeado por diferentes comunidades de

crianças, algumas com deficiências, outras com doenças”.

Pe. Noguera indicou que “o Papa irá passar nos saudando e as crianças vão lhe entregar um

detalhe, uma pintura do que fazem em sua formação artística”.

O sacerdote explicou que se trata de menores que foram contagiados com o HIV no ventre

materno e que, na maioria dos casos, os familiares referentes são “algum tio, tia, avô que fica da

família”.

Por sua parte, a coordenadora da Fundação Llano Amor, Jenny Culma, indicou que “é uma

felicidade muito grande que Deus tenha me colocado nesta obra”.

“Antes de ser a coordenadora da fundação, sou a mãe das crianças”, expressou.

“Quando soubemos que o Papa vinha à Colômbia, foi emocionante (...), eles estão muito felizes,

como estamos cada um de nós”, afirmou em um vídeo divulgado pela Arquidiocese de Villavicencio.

Fonte: Catolicos.

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25 anos do Catecismo: Um dos redatores compartilha história inédita de redação

Este ano completa 25 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica (CIC) e, por esta

razão, o Grupo ACI conversou com o Cardeal Estanislao Karlic, um dos poucos escolhidos para a

elaboração deste documento importante.

O Cardeal Karlic, Arcebispo Emérito do Paraná (Argentina), de 91 anos, confessou que ficou

surpreso em 1986, quando foi convidado a ajudar em um “excelente trabalho” que vários bispos

propuseram e que “São João Paulo II aceitou imediatamente”.

“Excelente pelo que é, atrever-se a fazer neste tempo, neste século, depois de séculos, um

Catecismo que inclui, reúne uma visão completa, orgânica e ordenada para o mundo de hoje. É um

excelente trabalho que, depois de séculos foi feito com a graça de Deus”, disse o Cardeal, que recebeu a

notícia para se unir à comissão de redação do novo CIC quando já havia sido eleito Arcebispo do

Paraná.

Sobre o tempo que demorou para escrever o importante trabalho, o Purpurado recordou os

aproximadamente 7 anos de esforço para terminar a sua primeira edição, que logo depois foi publicada

em 11 de outubro de 1992, originalmente em francês.

“Foi um excelente trabalho, pois teve a participação de toda a Igreja. Não chegamos a completar

7 anos de trabalho e já foi concluído. Mas algo maravilhoso é que acabou sendo escrito em francês, mas

foi necessário esperar para prepará-lo para a edição típica de outros anos. Entretanto, foi entregue em 7

de dezembro de 1992 com tradução em italiano e castelhano. Logo depois de ser entregue nesta redação,

foi feita a edição típica para ser escrita em latim”, indicou.

Além disso, o Cardeal Karlic recordou que, naquele momento, o Papa São João Paulo II não

pediu esta missão a nenhum Cardeal, mas deu “esta honra” aos bispos e arcebispos que constituíram a

comissão de redação. Alguns deles, alguns anos depois, foram criados cardeais.

“Não posso deixar de recordar as pessoas com as quais trabalhamos ombro a ombro, em uma

parte do Catecismo: o Cardeal Jorge Medina Estévez, do Chile, com quem me tornei mais amigos e

disfrutamos as maravilhas de fazer esta síntese da doutrina católica”, recordou.

O Purpurado contou que os funcionários do CIC “tiveram belos encontros duas ou três vezes por

ano”, nos quais “expressaram todas as suas opiniões”.

“O Cardeal Joseph Ratzinger (atual Papa Emérito, Bento XVI) liderou os trabalhos com muita

sabedoria e, deste modo, chegamos com a visita ordinária do Papa em cada reunião para que pudéssemos

ser testemunhas fiéis da doutrina católica”, sublinhou.

Nesse sentido, o Cardeal disse que era “muito importante o trabalho em conjunto, de propor

realmente o que era a doutrina católica, e não simplesmente o que poderia ser uma escola dentro da

teologia da Igreja”.

“Era necessário ser estrito para propor somente o que poderia ser o Magistério ordinário da

Igreja. Esse esforço ajudou a viver em uma disciplina muito sincera e muito bonita. O Catecismo contém

a doutrina católica que pertence ao Magistério ordinário do Papa, como queria São João Paulo II”.

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Finalmente, o Cardeal Karlic assinalou que “era lindo escutar o Papa quando, no final do nosso

trabalho, nos dizia a sua breve mensagem e saudava pessoalmente cada um de nós, dando-nos um terço a

fim de encorajar-nos neste trabalho que deveria durar alguns séculos”.

Fonte: Catolicos.

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Desigualdade social ainda é o grande desafio atual, diz padre

Especialista em Doutrina Social destaca que luta pela desigualdade social acontece há mais de

dois séculos

Padre Antônio Aparecido Alves*

A revolução francesa no século XVIII tinha como lema liberdade, igualdade e fraternidade. Esses

ideais embalaram os sonhos e conduziram a luta dos revolucionários jacobinos que pretendiam implantar

na França uma república, baseada nos princípios de igualdade e virtude, acabando com todos os

privilégios da nobreza e do clero, promovendo educação para todos e disponibilizando para a população

os gêneros de primeira necessidade. Enfim, a proposta desta revolução era implantar a igualdade

reduzindo as desigualdades presentes na vida social.

Séculos depois, ainda permanece esse ideal da revolução francesa, em uma sociedade cada vez

mais desigual. O nascimento do liberalismo econômico com Adam Smith (1776) e sua vertente

neoliberal que começou em 1945 com as ideias da obra de Friedrich Von Hayek aumentou o fosso entre

ricos e pobres. No Brasil o neoliberalismo chegou em 1990 com Fernando Collor e foi se impondo nos

governos sucessivos, aumentando ainda mais a desigualdade em um país já socialmente desigual.

Justiça social e igualdade

De acordo com os cientistas sociais temos hoje duas posições que almejam promover a justiça

social para reduzir a desigualdade: uma que prioriza a “igualdade de posições” centrada nas classes

sociais e outra que luta pela “igualdade de oportunidades” centrada nas minorias étnicas e grupos

sociais.

A primeira vertente busca reduzir a distância entre as classes sociais mediante a distribuição de

renda, como por exemplo o Bolsa Família, enquanto a segunda luta contra as discriminações que

constituem obstáculos à realização do mérito, como as quotas nas Universidades Públicas para negros e

outros.

Em uma sociedade tão desigual como a brasileira é preciso saber conjugar essas duas posições,

priorizando, no entanto, a igualdade de condições, porque é um pecado social viver em uma realidade

que exclui tantas pessoas criando uma massa sobrante, que não importa nada para os interesses do

grande capital. Igualdade de oportunidade sim, como no caso das quotas, mas depois que diminuir o

escandaloso fosso que é o pecado social que brada aos céus.

É tempo de optar pela vida

João Paulo II disse que a mensagem social do Evangelho, proclamada pela Igreja através de sua

Doutrina Social, não é uma teoria, mas deve ser um fundamento e uma motivação para a ação

(Centesimus Annus n. 57). Por isso, a prática dos cristãos deve ser norteada por uma “ética de

solidariedade” que busque, acima de tudo, a valorização da pessoa e concretize os ideais de fraternidade

e igualdade, operando acima de luta e dos interesses de classe, com a defesa intransigente dos direitos

humanos e da dignidade de cada um, denunciado injustiças e violações.

Urge, ainda, que se forme e se difunda uma “cultura da interdependência solidária”, que deve

penetrar em todos os ambientes, sensibilizando o poder público e privado, bem como cada cidadão, para

o compromisso com os pobres.

Enfim, reduzir a desigualdade social continua sendo o grande desafio de nosso tempo. Como

disse o Papa Francisco aos membros dos movimentos sociais, é preciso lutar por três “t”: terra, trabalho

e teto. Desta maneira, mais de dois séculos depois estaremos realizando um dos ideais que moveram os

revolucionários franceses e empolgaram ativistas sociais em todos os tempos.

Fonte: Canção Nova

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Pastoral da Criança atende cerca de 33 mil crianças no Rio Grande do Sul - Por Judinei Vanzeto

A Assessoria de Imprensa do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

(CNBB) conversou com Ednilson Cunico, mestre em Educação pela PUC/SP e assessor técnico da

Page 50: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

Coordenação Nacional da Pastoral da Criança, por ocasião de sua visita ao Rio Grande do Sul, no início

do mês. Confira a entrevista:

O que a assessoria técnica da Pastoral da Criança realiza?

Faço parte da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança e presto assessorias às dioceses.

Vamos às dioceses para conhecer o relato de cada uma e apresentar a estrutura que existe na sede

nacional, em Curitiba, para colocá-la à disposição. Trazemos relatórios com indicadores e tentamos

programar algumas ações para que aumente o acompanhamento das crianças. Prestamos assessorias para

as coordenações nas dioceses.

Qual o desafio da Pastoral da Criança hoje?

Aumentar os operários, porque a messe é grande. Estamos sempre em busca de novos

voluntários, pessoas que possam assumir essa missão. Dentro dessa dinâmica sempre temos novidades,

como, por exemplo, nos anos 80, a ação da Pastoral da Criança estava voltada para a desnutrição, a

pobreza, a falta de acesso à saúde, as condições pouco favoráveis de moradias. Hoje não existem muitas

crianças desnutridas. Mas existe o outro extremo, que é a obesidade infantil. Para isso, criamos

estratégias para amenizar essa realidade. Incentivamos hortas caseiras, alimentação enriquecida com

aproveitamento de alimentos e outras tantas ações.

Como as famílias acolhem o atendimento oferecido pela Pastoral da Criança?

Aquilo que é desconhecido sempre tem um pouco de resistência. Mas na medida em que vamos

apresentando às famílias aquilo que a pastoral faz e como trabalha, elas vão abrindo as portas. Criam

confiança com o líder que vai visitar e com isso assimilam e aderem à proposta. Temos muitas mães que

foram atendidas quando crianças que se tornam líderes da pastoral. Na medida que as famílias vão

conhecendo a metodologia, a aceitação do projeto é maior.

Quais as alegrias da Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul?

A alegria é que está aparecendo gente nova. Estão percebendo que o trabalho voluntário é

gratificante. É um trabalho prazeroso para a pessoa. Na medida em que vai aderindo, a pessoa se sente

muito mais útil na comunidade. Fortalece o vínculo comunitário. Hoje as pessoas buscam no dia a dia o

sustento pelo seu próprio trabalho e caem, muitas vezes, no automático. E o contato com o trabalho

voluntário tem um prazer muito maior. Temos percebido isso nas pessoas. Tem muitos jovens que

querem conhecer a pastoral e doar um pouco de seu tempo para famílias que eles não conhecem.

Falando em juventude, que apelo faria aos jovens gaúchos?

A Pastoral da Criança está de braços abertos para acolher a juventude. Nós temos um trabalho

bastante interessante para a juventude. É o que chamamos de "Brinquedos e Brincadeiras". Essa é uma

ação que a juventude tem aderido. Na Celebração da Vida, que é quando as famílias se reúnem para ver

a medida e o peso das crianças, os jovens organizam brincadeiras com as crianças e adultos. Penso que o

pessoal que está saindo da Crisma e quer fazer um trabalho comunitário poderia procurar a Pastoral da

Criança, que está de braços abertos para acolhê-los.

A Pastoral da Criança tem alguma novidade para apresentar?

A novidade que estamos trazendo é o aplicativo Visita Domiciliar. As líderes da pastoral, quando

faziam a visita, iam anotando num caderno algumas informações, quantidade de crianças, alguma

doença que apresentavam naquele mês. Isso tudo era apresentado num caderno. Depois elas passavam a

uma outra folha que chamamos de acompanhamento. Essa folha era envida para Curitiba. Agora foi

desenvolvido um aplicativo para celular. Com ele, a líder faz a visita à família e preenche os dados no

próprio celular e na hora envia para Curitiba. Ao chegar em nosso sistema as informações ficam on-line.

As informações nos ajudam a programar novas ações, formações e perceber as deficiências.

O aplicativo já está disponível?

Temos todas as orientações dentro da revista da Pastoral da Criança. Também tem as orientações

em nosso site. Pode ser baixado pelas lojas normais de App ao digitar: Visita Domiciliar – Pastoral da

Criança. Ali tem as informações para cadastramento. O pessoal da Pastoral da Criança já pode baixar e

usar. Havendo qualquer problema é só entrar em contato conosco pelo site que vamos esclarecer as

dúvidas.

Às vezes algumas pessoas têm pouca habilidade com celular. Como fazer para usar o App?

Quando fazemos enquete sobre uso das redes sociais muitas pessoas levantam a mão. Usam

muito o Facebook. Para utilizar o nosso App é preciso ter acesso a rede de internet. Em muitas

comunidades os padres estão liberando a senha de wifi para as líderes da pastoral. Isso tem colaborado

muito. Há cidades que no centro tem sinal de internet gratuito. O celular tem que ter condições para

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baixar App. Não temos encontrado tanta resistência. Muitas senhoras estão começando a manejar o

celular a partir do uso do App, que é intuitivo.

Nos dados nacionais, olhando para o Rio Grande do Sul, o que chama atenção?

Em relação ao ano passado para cá o grande desafio é manter os voluntários. O número de

voluntário não alterou muito. No Rio Grande do Sul são 32.609 crianças acompanhadas. A diocese que

mais acompanha é Santo Ângelo, com 5.500 crianças sendo acompanhadas. Somando os líderes

capacitados, com o curso de 50h, e o pessoal de apoio, no dia da Celebração da Vida, temos no RS 5.700

voluntários. Das crianças atendidas cerca de 10% delas são de extrema pobreza. A Pastoral da Criança

atua em 304 paróquias e atende 1.295 comunidades gaúchas. Totalizando 27.900 famílias acompanhadas

no RS.

A Pastoral da Criança é a “Igreja em saída”?

A Pastoral da Criança vai ao encontro e, geralmente, atende famílias que não frequentam a Igreja

Católica e participam de outras denominações. Os atendimentos acontecem, principalmente, nos bolsões

de pobreza onde a própria Igreja Católica não consegue chegar. A pastoral é um órgão da CNBB e

realiza um trabalho ecumênico. Não fazemos distinção no quesito de religião. Ali formamos uma

comunhão com pastores que querem conhecer o trabalho da Pastoral da Criança. Somos uma pastoral da

Igreja Católica, mas desenvolvemos uma ação em conjunto com as demais igrejas quando há abertura e

desejo de comunhão.

Quem financia a Pastoral da Criança?

A Pastoral da Criança é financiada através de um grande convênio com o Ministério da Saúde

desde 1986. Tem outras empresas que fazem doações, mas são esporádicas. Em alguns Estados temos a

parceria com a companhia de distribuição elétrica, onde é descontado do usuário R$ 1 ou R$ 2 na conta

de luz, destinado para a Pastoral da Criança. No Rio Grande do Sul ainda não temos esse tipo de

parceria. Esse é um sustento muito interessante. Mas a maior força mesmo vem da comunidade através

de benfeitores. Precisamos muito de recursos para investir na formação de lideranças. Alguns párocos

colaboram com recursos para organização da Celebração da Vida.

Qual a finalidade da Campanha dos Reis Magos?

No Rio Grande do Sul temos motivado a Campanha dos Reis Magos. Algumas dioceses estão

fazendo. A sua finalidade é angariar recursos para enviar à Pastoral da Criança Internacional,

principalmente, para Guiné-Bissau, Angola e Haiti, que estão precisando de apoio. Essa campanha

acontece em conjunto com as crianças da catequese, na época de Natal. Elas vão até as famílias e

comunidades e levam uma mensagem, fazem uma inscrição de bênção na residência e recebem doações

espontâneas. Essa foi uma ideia que recebemos da Alemanha. Todos os bispos foram comunicados sobre

a campanha porque pensamos numa pastoral de conjunto. Para saber mais sobre a ação é só entrar em

contato com a coordenação regional da Pastoral da Criança, pois temos material de divulgação e

orientações. Fonte: CNBB Sul 3

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Do dia 25/8/17

Colômbia reforça controle em aeroportos para visita do Papa

As autoridades da Migração da Colômbia calculam que a visita do Papa Francisco ao país, entre

6 e 11 de setembro próximo, trará um incremento de 11% na entrada de cidadãos estrangeiros no país,

em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Assim, para atender aos viajantes, a “Migración Colombia” informou em um comunicado que irá

reforçar os postos de controle migratório de Bogotá, Medellín, Cartagena e Rumichaca (na fronteira com

o Equador).

Serão 20% a mais os agentes da imigração deslocados, incluindo especialistas em documentação,

grafólogos e datiloscopistas.

A Migração ademais, constituiu um grupo especial de agentes, que contará com as últimas

ferramentas tecnológicas para determinar o status migratório dos estrangeiros durante a visita do

Pontífice.

Da mesma forma, destinará um grupo de oficiais para atender às diferentes comitivas que

chegarão aos país por ocasião da visita.

Estima-se que o Aeroporto El Dorado, de Bogotá, registrará o maior número de entradas de

visitantes internacionais no país, estimado em 57%.

Segue o Aeroporto José María Córdova, de Medellín, com 20%, e o de Cartagena, com 13%.

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Francisco será o terceiro Papa a visitar a Colômbia depois das viagens de Paulo VI em 1968 e de

São João Paulo II em 1986.

Traslado dos restos mortais de Pe Pedro María Ramírez Na quinta-feira, 24 de agosto, os restos mortais do Padre Pedro María Ramírez foram traslados

do cemitério local para a Igreja de São Sebastião, município de La Plata, a oeste de Huila, de onde era

originário.

Mais de 100 sacerdotes e bispos de Huila y Tolima, além de autoridades do Departamento e

centenas de fiéis participaram da cerimônia.

O "Mártir de Armero", como é conhecido, será beatificado pelo Papa Francisco em 8 de

setembro na cidade de Villavicencio.

O sacerdote foi assassinado a golpes de facão em 10 de abril de 1948 por uma multidão de

liberais, um dia após o assassinato do líder político Jorge Eliecer Gaitán.

Fonte: Rádio Vaticano

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Medellín, cidade 'transformada', se prepara para o Papa

Uma Medellín renovada, com sistema de transporte reforçado, alto potencial turístico e mais

segurança receberá o Papa Francisco no próximo 9 de setembro. A cidade será uma das três do

itinerário na Colômbia.

O Comitê „Medellín Convention & Visitors Bureau‟ releva em comunicado que “se

compararmos com a Medellín do final da década de 80”, quando chegou à cidade o Papa e hoje

Santo João Paulo II, há uma transformação evidente”.

Um passado de violência ficou para trás Medellín registrava então uma de suas épocas mais violentas: mais de 6.300 homicídios em

1991, especifica a nota, assinalando que hoje “o panorama mudou drasticamente e o índice de violência

é 90% menor; 2016 se encerrou com 534 homicídios”.

A transformação permitiu o incremento do turismo, que cresceu 247% nos últimos nove anos. “Hoje, Medellín se propõe internacionalmente como destino para grandes eventos e acolheu

cúpulas como o Fórum Econômico Mundial (2015) e o Fórum Urbano Mundial (2014)”, acrescenta a

informação.

O desenvolvimento da capital do departamento de Antioquia inclui também o sistema de

transporte público, que hoje oferece metrô, teleférico, ônibus e bondes. O Aeroporto Internacional Olaya Herrera, que foi palco para uma missa de João Paulo II em

1986 com 1,2 milhão de pessoas, acolherá Francisco e cerca de 2 milhões de fiéis nesta visita iminente.

A cidade, com seus 2,4 milhões de habitantes, possui novos centros de esportes e modernas

infraestruturas urbanas como a grande escada rolante do bairro 13, que facilita a vida de milhares de

habitantes desta área pobre da cidade.

Fonte: Rádio Vaticano

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Jovem leigo católico em missão assassinado nas Filipinas

Chamava-se Domingo Edo o jovem leigo católico filipino assassinado enquanto se dirigia a um

remoto vilarejo, próximo à cidade mineira de Tampakan, Ilha de Mindanao. Ele havia sido enviado em

missão à localidade, pela Diocese de Marbel.

Ele estava acompanhado por Ramil Piang, um coroinha de 18 anos, que ficou ferido durante o

ataque realizado por um grupo de homens armados, ainda não identificados.

Domingo Edo, que trabalhava para o Social Action Center da Diocese de Marbel “era um jovem

muito amado por todos os habitantes daquela região montanhosa e, aparentemente não tinha inimigos”,

declarou à Agência Ucanews o Padre Ariel Destura, encarregado diocesano para as obras sociais.

A Diocese havia confiado a Domingo o trabalho de evangelização de algumas comunidades

rurais na região de South Cotabato.

Segundo as primeiras investigações, o assassinato pode ter ligação com o trabalho que Domingo

Edo realizava, com o apoio da Igreja local, na defesa das populações da região dos efeitos de uma mina

de cobre e ouro, que se estende por três Províncias da ilha, ainda que, segundo Padre Destura, “ele

realizava a obra que lhe foi confiada por meio do diálogo e sem nunca exasperar os ânimos da

população”.

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Em diversas oportunidades a Igreja Católica local reiterou a ilegitimidade das operação extrativas

minerais, que na maior parte das vezes causam sérios danos à agricultura e aos recursos hídricos,

colocando em risco a vida das populações.

Segundo os bispos da ilha, o aquecimento global, as mudanças climáticas e a falta de alimento

são ameaças imediatas que colocam em risco a vida humana. As atividades de extração em larga escala

não resolvem, mas contribuem para agravar estes problemas.

Há mais de dez anos a Conferência Episcopal filipina se opõe ao “programa para a revitalização

das minas”, lançado pelo então governo Arroyo.

O projeto permite a ampliação da extração também em áreas protegidas, entre as quais

importantes áreas de biodiversidade e reservas naturais.

Para os bispos, os benefícios econômicos prometidos pelas multinacionais de minérios não

compensam o deslocamento de inteiras comunidades, sobretudo indígenas, colocando em risco a saúde e

as condições de vida, além de provocar poluição.

As regiões com minas estão entre as mais pobres do país, também porque as grandes companhias

de mineração “destroem a cultura indígena e o ambiente”.

Foi neste contexto que ocorreu o ataque que matou Domingo Edo, ainda que seja prematuro

estabelecer com certeza os motivos do assassinato. As investigações da polícia não descartam nenhuma

possibilidade.

Fonte: Rádio Vaticano

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EUA: Bispos criam Comissão contra o racismo

A Conferência Episcopal dos Estados Unidos anunciou a criação de uma Comissão contra o

racismo, a ser presidida pelo Bispo de Youngstown, Ohio, Dom George V. Murry.

A missão da Comissão - refere a Agência Sir - será enfrentar "o pecado do racismo na nossa

sociedade e também na nossa Igreja", além de buscar para o problema "urgentes soluções, todos juntos,

como sociedade estadunidense".

"Não vejo a hora de trabalhar com os meus irmãos bispos e com todas as comunidades nos

Estados Unidos para ouvir as necessidades de quem sofre por causa do racismo e encontrar soluções

para esta epidemia de ódio", precisou Dom Murry, fazendo votos para que se encontre "um terreno

comum de valores onde o racismo não encontre mais lugar nos corações ou na sociedade".

Pecado do racismo continua a afligir os EUA "Os acontecimentos recentes revelam a medida com que o pecado do racismo continua a afligir

a nossa nação - declarou por sua vez Dom DiNardo, Presidente da Conferência Episcopal e idealizador

deste novo comitê.

A Comissão comprometerá a Igreja e a sociedade "a trabalhar juntos para desafiar este pecado,

ouvindo as pessoas que sofrem as consequências dele e favorecendo a consciência recíproca como

comunidade".

Grupos racistas ultrajam e desafiam a dignidade da vida humana O Cardeal especificou que "a missão da Igreja é ensinar e testemunhar a dignidade intrínseca da

pessoa humana. Marchas organizadas por grupos que fomentam o ódio como a Ku Klux Klan e os

neonazistas são ultrajantes e desafiam a dignidade da vida humana".

Neste sentido, o purpurado pediu a todos os fiéis para "empenharem-se com decisão na

eliminação do racismo" e a "quem se esconde por trás de capas brancas e símbolos nazistas", de

converterem-se, porque "as violências vis contra os afro-americanos e as outras pessoas de cor, o povo

judaico, os imigrantes e tantos outros, ofendem a nossa fé, mas ao mesmo tempo nos tornam tenazes em

buscar a solução ao problema".

Novo documento pastoral sobre o racismo A criação do Comitê segue a conclusão dos trabalhos da força-tarefa pela "Paz nas nossas

comunidades", instituída em julho de 2016, em resposta aos tiroteios de fundo racista ocorridos em

Baton Rouge, em Mineápolis e em Dallas.

Ademais, quase 40 anos depois da Carta Pastoral sobre o Racismo, onde se definiu "o racismo

como um pecado que divide a família humana, mancha a imagem de Deus entre os membros desta

família e viola a dignidade humana de quem é filho do mesmo Pai", os bispos anunciaram para 2018 um

novo documento pastoral sobre o tema.

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Para os próximos dias são esperados ulteriores esclarecimentos sobre as finalidades da nova

comissão. (JE)

Fonte: Rádio Vaticano

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Migração: a denúncia do arcebispo de Tanger, em Marrocos

“A sociedade europeia precisa urgentemente tomar consciência das repercussões da crise de

refugiados: manter as pessoas fora das fronteiras não pode ser solução”. É o que afirma Dom Santiago

Agrelo, arcebispo de Tanger, em Marrocos, entrevistado pela agência Ecclesia.

Pela proximidade geográfica de sua diocese ao problema, o arcebispo lida diariamente com

migrantes e refugiados subsaarianos que atravessam o deserto em busca de uma entrada na Europa.

A denúncia “No deserto morre muita gente e não se fala nem dos perigos, nem das humilhações, nem das

mortes que os migrantes sofrem na travessia. A Europa sabe o que acontece com os migrantes e

refugiados no Mediterrâneo, e no Estreito de Gibraltar, mas não parece que se incomoda muito com

isso”, lamenta.

O arcebispo espanhol, que dirige a Arquidiocese de Tanger há 10 anos, realça o desespero que

marca hoje a vida de muitas pessoas:

“Mesmo que entrem de forma legal num país, rapidamente entram na ilegalidade. Aí,

multiplicam-se os problemas no acesso a alojamento, alimentação, vestuário... são obstáculos que a

maior parte dos europeus não imaginam porque não passaram por isso”, aponta, acrescentando:

“A ilegalidade não escorre nas veias dos refugiados. As nações europeias é que os levam à

ilegalidade, quando não lhes deixam nenhuma alternativa de buscar o futuro, futuro a que têm todo o

direito de buscar onde lhes pareça melhor. É um direito reconhecido por todas as nações que assinaram a

Carta dos Direitos Fundamentais do Homem: o direito de migrar, o direito à integridade física, direitos

que se violam constantemente”, salienta.

Em relação ao trabalho da Igreja Católica, Dom Santiago Agrelo frisa que deve passar sobretudo

pela percepção das necessidades das pessoas e ajudá-las a vencer os problemas”.

“Respostas políticas cabem aos políticos, o que neste momento não estão fazendo. Não vemos

respostas políticas para esta crise, eles estão simplesmente ignorando o problema e tentando manter os

pobres fora de suas fronteiras”, conclui.

Fonte: Rádio Vaticano

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Dom Flávio: extinção da reserva no Pará será um massacre cultural

O governo brasileiro extinguiu quarta-feira (23/08) a Reserva Nacional do Cobre e seus

associados (Renca), uma área na região da Amazônia entre os estados de Pará e Amapá, de 47 mil

quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá – o equivalente ao tamanho do estado do Espírito Santo.

A região, que é rica em ouro e outros minérios, engloba também nove áreas protegidas, entre florestas

estaduais, reservas ecológicas e terras indígenas

Medida repercutiu negativamente em todo o mundo A extinção deve permitir que cerca de 30% da área, que hoje é protegida, seja usada pela

mineração privada. Apesar do nome, o local é muito conhecido por ter uma grande quantidade de

ouro. Criada em 1984, duas terras indígenas povoam a Renca. No lado paraense está a TI Rio Paru

d`Este, onde habitam duas etnias, os Aparai e os Wayana. No lado do Amapá, encontra-se o território

indígena do povo Wajãpi. Eles vivem em relativo isolamento, conservam modos de vida milenares, e

protegem uma área superior a 17 mil quilômetros quadrados de floresta amazônica.

Para o arcebispo de Santarém, Dom Flavio Giovenale, a concessão destas áreas à atividade

extrativista privada faz parte da negociação do governo para se manter no poder. “Foi uma decisão como tantas outras que estão acontecendo ultimamente... nos pegou totalmente

de surpresa, como um raio no céu sereno sem nuvens que avisasse „olha vai ter tempestade‟. Ninguém

suspeitava e ninguém esperava que uma das reservas mais antigas do Brasil pudesse ser aberta à

exploração mineral e agrícola, de madeira. Para nós, foi uma surpresa enorme mesmo e agora estamos

tentando ver o que fazer”.

Qual o interesse do governo nesta reserva?

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“Esta reserva tem muitas jazidas minerais, de ouro. E quando se fala de ouro, os olhos brilham

mais do que o ouro. Este é o interesse comercial. Depois, tem o interesse político, porque é uma resposta

ao apoio que a bancada agrícola e do poder mineral deu na luta contra o pedido de impeachment do

Presidente Temer. Ele está agora pagando o apoio que recebeu para se manter no poder”.

Quem vive nesta reserva e como será prejudicado? São duas populações indígenas, porque dentro desta grande reserva, há sub-reservas: duas são de

razão antropológica (de respeito aos indígenas) e duas ou três reservas de tipo ecológico. É o conjunto

todo desta mega-reserva que foi agora aberta. Então, historicamente, as populações indígenas são muito

afetadas... será um verdadeiro choque, através de doenças e de um massacre cultural. O receio é

que em poucos anos, aquelas populações percam a sua autonomia. O governo diz que não, que no

território das reservas indígenas não será permitida a atividade econômica, mas na Amazônia, é difícil

saber até aonde vai uma reserva indígena, onde começa outra e existe o histórico que os madeireiros

não observam absolutamente onde tem território indígena e onde não tem. Eles avançam onde é

de seu interesse”.

Como ajudar, além de tentar divulgar o que está acontecendo? A única forma é esta: conscientizar para algumas reações, como abaixo-assinados, ou

pessoas importantes que possam também dizer a sua opinião para fazer pressão, porque

atualmente, é um jogo de pressão: a pressão do grupo que apoiou a luta contra o impeachment do

Presidente, com interesses econômicos fortíssimos, com outros que podem defender as causas indígenas,

do povo, da ecologia, e que possam dizer „espera, tem uma responsabilidade não só econômica, porque o

ouro é importante dentro da economia de um país, e das empresas mineradoras', mas a vida é mais

importante! Então, penso que as pressões podem funcionar, sim”.

Fonte: Rádio Vaticano

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Mais de 1 milhão e 300 mil os sul-sudaneses que fogem da guerra e da fome

Não cessa o fluxo de refugiados sul-sudaneses em direção ao Sudão e Uganda: são 1,3 milhões

de pessoas que fogem da guerra civil e da fome provocada também pela seca. Boa parte delas, mulheres

e crianças.

O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa pelo Comissário para os refugiados do Governo

de Khartum, Ismail al-Gizouli. Ele afirmou que o fluxo de refugiados teve um grande incremento nesses

últimos meses e lançou um apelo à comunidade internacional para assistência humanitária a estas

pessoas.

Refugiados em fuga da guerra civil e da carestia

Além da guerra entre o Presidente Salva Kiir e o ex-Vice Presidente Riek Machar – apoiados

pelos respectivos grupos étnicos – o Sudão do Sul é atingido por uma grave carestia e pela crise

econômica. O conflito, aliado à seca, prejudicou as colheitas e a produção agrícola.

Apelo das Igrejas pela paz Pouco serviram nestes meses os apelos e as denúncias das Igrejas, apoiados também pelo Papa

Francisco, que em 26 de fevereiro, ao visitar a igreja anglicana de Roma, expressou o desejo de visitar o

país, acompanhado pelo Arcebispo anglicano Justin Welby.

Apelos estes reiterados pelo Presidente da Conferência Episcopal do Sudão (SCBC), Dom

Edward Hiiboro Kussala, na mensagem divulgada por ocasião do sexto aniversário de independência do

Sudão do Sul, após o referendum de 9 de julho de 2011.

No texto o prelado pedia um cessar-fogo total, apoio ao diálogo nacional proposto em julho

passado pelo Presidente Kiir e orações ininterruptas pela paz.

Entre as vozes mais duras contra os expoentes políticos de Juba, está a do Bispo auxiliar da

capital, Dom Santo Loku Pio Doggale, que em mais de uma ocasião nestes meses chamou em causa, em

particular, a responsabilidade do governo.

O auxílio da Igreja Para além das críticas, as Igrejas locais, a Santa Sé e as organizações caritativas católicas

internacionais se organizaram para levar apoio à martirizada população sul-sudanesa e aos refugiados.

Entre estes, o Catholic Relief Services, a obra caritativa dos bispos estadunidenses para ajudas

aos países do além-mar, que levou assistência a mais de um milhão de pessoas; a Caritas Itália, os

Médicos com a África Cuamm, além de diversas organizações religiosas.

Apoio do Papa

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Digno de nota, que em junho passado o Prefeito do Dicastério para o Serviço do

Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, apresentou à imprensa a iniciativa “O Papa

pelo Sudão do Sul”.

Com esta ação de apoio no campo da saúde, da educação e do trabalho agrícola - num montante

que chega à meio milhão de dólares – o Pontífice quis manifestar concretamente a caridade e a

proximidade à população da nação africana. (JE/LZ)

Fonte: Rádio Vaticano

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Igreja reza pelas vítimas de naufrágio que deixou ao menos 18 mortos na Bahia

A Arquidiocese de Salvador e a Nunciatura Apostólica no Brasil expressaram suas condolências

às vítimas e seus familiares do naufrágio de uma lancha, que deixou ao menos 18 mortos, na Baía de

Todos os Santos.

O acidente aconteceu na manhã de quinta-feira, 24 de agosto, quando a embarcação que fazia a

travessia entre Mar Grande e Salvador, virou com 120 pessoas a bordo, das quais 116 passageiros e 4

tripulantes. A barca tinha capacidade para 160 pessoas.

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que até a noite de quinta-feira, 89 pessoas

tinham sido resgatadas com vida. Dos 18 falecidos, 11 já foram identificados, entre os quais se

encontram uma criança, dois homens e oito mulheres.

Em mensagem enviada em nome do Papa Francisco, o Núncio Apostólico, Dom Giovanni

d‟Aniello, afirmou ter acolhido, “com profunda tristeza, a notícia da morte de inúmeras pessoas no

naufrágio de uma embarcação, ocorrido hoje na Baía de Todos os Santos”.

“Pela presente, em nome do Santo Padre, o Papa Francisco, quero manifestar sinceras

condolências às famílias das vítimas, como também orações ao Senhor da Vida para que acolha os

defuntos em seu Reino de paz e de vida eterna”, acrescentou.

Sublinhou ainda que, mesmo imaginando o “desespero” dos que foram atingidos pela tragédia,

“estou certo de que a confiança em Deus ajudará a acreditar sempre mais que: „Aquele que crê em mim,

ainda que esteja morto viverá‟ (Jo 11, 25)”.

“A solidariedade de quantos estão agora a lamentar este triste acontecimento contribuirá a

suavizar o sofrimento e a dor daqueles que choram e sentem a perda dos seus entes queridos, a fim de

poder aceitar, na certeza da ressurreição, a dolorosa separação humana”, afirmou.

Por sua vez, a Arquidiocese de Salvador publicou uma nota assinada por seu Arcebispo, Dom

Murilo Krieger, na qual manifestou que se une “a dor de todas e de cada uma das famílias atingidas com

a perda de um ente querido”.

“Sabemos que, em situações como esta, não há palavra que conforte o suficiente. Mas sabemos

também o quanto é importante estarmos ao lado de quem foi atingido pela dor”, sublinhou, ao pedir que

cada um “procure manifestar sua proximidade com todos aqueles que sofrem porque, direta ou

indiretamente, todos fomos atingidos por essa tragédia”.

“Mais do que nunca, em horas assim, somos convidados a ouvir o convite de Jesus: „Vinde a

mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso‟ (Mt 11,

28)”completou.

As causas do acidente estão sendo apuradas pela Capitania dos Portos. Porém, acredita-se que o

mau tempo e a desestabilização da lancha possa ter provocado o naufrágio, uma vez que os ventos

estavam a 31km/h no local, a maré estava alta e o mar agitado. Além disso, como chovia e ventava, as

pessoas passaram para um lado só da embarcação, o que teria feito com que virasse.

Fonte: ACIDigital.

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Em novo vídeo, ISIS rasga foto do Papa e ameaça Roma

O Estado Islâmico (ISIS) divulgou um vídeo em que está destruindo a Catedral de Marawi, nas

Filipinas, e no qual um dos terroristas rasga uma fotografia do Papa Francisco e ameaça dizendo que

chegará a Roma.

No vídeo intitulado “Dentro do Califado parte 3”, o grupo terrorista mostra cenas de destruição

da Catedral de Marawi, perpetrada em maio deste ano pelo grupo fundamentalista Maute, que jurou

lealdade ao ISIS e atacou esta cidade localizada na ilha filipina de Mindanao, de maioria muçulmana.

O vídeo, também mostra imagens cruéis de soldados assassinados, difundido em 20 de agosto

pelo Al Hayat Media Center, um dos principais órgãos de propaganda grupo terrorista islâmico.

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Este vídeo mostra os militantes destruindo imagens de Jesus, da Virgem Maria e de todos os

símbolos católicos. Também mostra um terrorista rasgando a foto do Papa Francisco e outro que fez a

mesma coisa com a foto de Bento XVI.

“Vamos fazer mais vingança”, afirma um dos terroristas. “Nós vamos estar em Roma,

inshallah”, repetiu várias vezes esta frase, antes de apontar o seu rifle para a foto do Pontífice.

Por sua parte, um narrador assinala que “depois de todos os seus esforços (dos jihadistas) a

religião da cruz será destruída. A inimizade dos cruzados contra os muçulmanos só serviu para encorajar

uma geração de jovens”.

No momento em que invadiram Marawi, os terroristas do Maute tomaram vários reféns católicos

que estavam na catedral, entre ele um sacerdote.

De acordo com o „Il Corriere della Sera‟, o grupo islâmico nas Filipinas – país de maioria

católica e onde os muçulmanos são 5% – foi reforçado com a chegada de militantes estrangeiros que

chegaram do Oriente Médio, onde o ISIS está sendo derrotado.

Além disso, este vídeo foi divulgado poucos dias antes de outro vídeo, no qual um terrorista

falou em castelhano para ameaçar a Espanha com mais atentados, como o que ocorreu em Barcelona.

Fonte: ACIDigital

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Igreja se manifesta diante dos trágicos naufrágios em águas brasileiras

Diante das duas tragédias envolvendo naufrágios, uma na Baía de Todos os Santos, na região

metropolitana de Salvador (BA), na manhã de quinta-feira (24) e a outra no rio Xingu, no Pará, na terça-

feira (22), a Igreja se manifesta através de uma nota assinada pelo arcebispo de Salvador (BA), dom

Murilo Krieger e uma poema/prece escrito pelo bispo emérito da Prelazia do Xingu (PA), dom Erwin

Krautler.

POEMA/PRECE DO BISPO EMÉRITO DO XINGU

O silêncio da morte paira sobre o Xingu.

Corpos inertes flutuam de braços erguidos

Nas águas verdes-esmeralda.

Uma mulher sem vida,

agarrada às suas crianças!

Xingu majestoso,

Xingu misterioso,

By-tire dos Índios!

Por que te revoltaste?

Por que ficaste tão furioso?

Por que agrediste o navio

Que singrava tuas águas?

Ou foram homens que te provocaram?

Ávidos de lucro, te desrespeitaram?

Ultrapassaram os limites de carga e passageiros?

Ó minha Porto de Moz querida,

Cidade de um povo

alegre e sorridente!

Agora o luto enche tuas casas,

A aflição e tristeza te abalam.

Gritos de dor ecoam pelas ruas,

Defuntos são levados à derradeira morada,

Insônia e pesadelos povoam a noite.

Ó minha Porto de Moz querida,

O silêncio sufocante da morte te invadiu!

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Mas será da morte a última palavra?

Não! Jamais! A morte foi tragada pela Vida!

Mesmo com o rosto desfigurado pelas lágrimas

Adoramos a tua Cruz, Senhor.

Mesmo com o coração traspassado de dor

Professamos nossa fé na Ressurreição.

Mesmo com a alma atônita,

Confiamos a Ti nossos irmãos e irmãs.

24 de agosto de 2017

Dom Erwin Krautler

Bispo emérito da Prelazia do Xingu (PA)

NOTA DA ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

A Arquidiocese de São Salvador da Bahia diante do trágico acidente na Baía de Todos os Santos

Neste momento de imenso sofrimento por que passa a população baiana, pelo trágico acidente

ocorrido na manhã de hoje na Baía de Todos os Santos, nós, da família da Arquidiocese de São Salvador

da Bahia, fazemos também nossa a dor de todas e de cada uma das famílias atingidas com a perda de um

ente querido. Pedimos a Deus que as reconforte e as ajude a superarem tanta dor. Nós nos unimos às

orações que fazem pelo descanso eterno daqueles que amavam, lembrados das palavras de Jesus: “Eu

sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, mesmo se houver morrido viverá” (Jo 11, 25).

Sabemos que, em situações como esta, não há palavra que conforte o suficiente. Mas sabemos

também o quanto é importante estarmos ao lado de quem foi atingido pela dor. Pedimos, pois, que cada

qual procure manifestar sua proximidade com todos aqueles que sofrem porque, direta ou indiretamente,

todos fomos atingidos por essa tragédia.

Mais do que nunca, em horas assim, somos convidados a ouvir o convite de Jesus: “Vinde a

mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11, 28).

A todos, com muita solidariedade, a minha bênção.

Salvador, 24 de agosto de 2017.

Dom Murilo S. R. Krieger, scj

Arcebispo de São Salvador da Bahia

Primaz do Brasil

Fonte: CNBB

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Padre Renato Chiera muda a realidade de meninos de rua vítimas de violência no Brasil

Quinto país do mundo em população, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU),

atualmente o Brasil tem 46 milhões de crianças e adolescentes menores de 14 anos. Censo divulgado

pelo Governo Federal mostra que há cerca de 25 mil crianças e adolescentes vivendo nas ruas de 75

cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. O estudo comprova que a maior parte dessas

crianças e adolescentes vivem nessa situação por conta de brigas familiares, violência doméstica e uso

de drogas.

A Revista “Bote Fé” deste trimestre, produto da “Edições CNBB” que conta com o apoio da

Assessoria de Imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta a história do

missionário piemontês, padre Renato Chiera, conhecido como “padre de rua” ou “padre das

cracolândias”. Ele tenta mudar a realidade dos meninos e meninas de rua no Brasil há mais de 40 anos.

O presbítero fundou a Casa do Menor São Miguel Arcanjo, no Rio de Janeiro, em 1986, e desde então

ajuda milhares de crianças e adolescentes em situação de risco pessoal. Chiera também dá ênfase ao

trabalho com as famílias, com o objetivo de promover a reintegração social dos abrigados.

Atendendo aos apelos do Evangelho expressos no pedido de socorro de diversos meninos nesta

situação, padre Renato Chiera fundou a Casa do Menor São Miguel Arcanjo, que de acordo com ele é

presença de amor, de família e de oportunidade. “Me sinto identificado com esta maravilhosa missão de

ser, com outros, amor de Deus ao lado de quem se sente rejeitado por todos. Descobri que esta é a nova

evangelização possível e fecunda para os não amados. O papa Francisco me confirma nesta missão de

Page 59: DIOCESE DE EREXIM SECRETARIADO DIOCESANO …€¦ · a prática de meros "cursinhos de batismo" e uma pastoral da manutenção que apenas espera os fiéis. Depois de momento de reflexão,

samaritano que se debruça sobre os caídos, de pastor que sente o cheiro das ovelhas e as procura e

carrega no colo as feridas”, afirma.

Em 30 anos de atuação, a entidade já acolheu mais de 100 mil crianças, adolescentes e jovens.

Atualmente oferece programas de acolhimento, desenvolvimento comunitário e reinserção social. “Em

tantos anos nos chegaram muitos clamores por parte dos nossos meninos, por fome, casa, escola,

profissão, futuro, família, visibilidade e protagonismo, mas o grito mais forte foi pela presença de

alguém que os faça sentir filhos amados”, sublinha Chiera.

Com o apoio da diocese de Nova Iguaçu e dos jovens da comunidade, o projeto cresceu e se

estendeu a outros lugares do Brasil. Hoje está presente em três estados brasileiros: Rio de Janeiro, Ceará,

Alagoas. “Nestes 30 anos, a Casa do Menor não resolveu o problema das crianças e adolescentes do

nosso Brasil, fruto e consequência, de muitos abandonos, ausências e exclusões, mas se tornou uma

referência para a Igreja e para a sociedade em geral”, observa.

“Muitas dioceses do Brasil nos esperam. Ainda temos o sonho de uma presença na Itália e na

África (Guiné Bissau), que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) adotou como missão.

Se sonharmos juntos, os sonhos se tornam realidade! A violência é o grito de quem não é amado, a

maior violência é ser rejeitado. Existe uma solução? Estes meninos precisam fazer a experiência de ser

filhos e precisam de perspectiva de futuro e de inserção na sociedade”, exorta padre Chiera.

Fonte: CNBB ------------------------------------------------------------.