dinÂ,mica dos elementos

332
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE PÔS-GRADUAÇAO EM GEOCIÊNCIAS DINÂMICA DOS ElEMENTOS , QUIMICOS E FERTILIDADE DOS SOLOS Par Dr. Jean L. Boyer EDITADO POR DR. IlSON G. CARVAlHO (CPGG/UFBA) 1985

Upload: nere-ribeiro

Post on 17-Feb-2015

140 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAINSTITUTO DE GEOCINCIAS~ ~ . . . . . - ' /CURSO DE PS-GRADUAAO EM GEOCINCIASDINMICA DOS ElEMENTOS,QUIMICOS EFERTILIDADEDOS SOLOSParDr. Jean L. BoyerEDITADO PORDR. IlSON G. CARVAlHO(CPGG/UFBA)1985tDINAMiCA DOS ElEMENTOS QUrMICOS E FERTILIDADE DOS SOLOSpo:rDr. Jean L. BeyerOffice de la Recherche Scientifique etTechnique d Outre-Mer (ORSTOM).Curso de Pos-Graduaao em Geocinclas1CPGG/UFBA) Editado pOl'Dr. Il.son Guimaraee Cal'valhoCUrso de Pos-Graduaao em Geocincias(CPGG). Departamento de GeoquImica doInstituto de Geocinclas da UFBA.VOLUME COMEMORATIVO no 159 ANIVERSARIO DO CPGG!UFBASal.vMol"-Ba1I.iaSotembro/1118S.1J68 ROYft2GOb lJb?:;f83-0e rI)'Nvl'\ F24Jj1FICHA BOYER, JEAN L., 192:5Dinimica dos Elcmcntos Quimicos e Fcrtilidndcdos Solos, Primeira ediao. I;ditaJo pOT Ur. IlsOIlGuimarics Catvalho - Instituto de UFBA - Dcpartamcnto de Geoqufmica - CUrso deGruduaio cm - Lm aosanos do Curso de cm Geoci6nciasUFBA, 328 pag., ilu.s.Publicado sob 05 auspfcios da Secl'ctariaAgricultura do Estado da Bahia, 1985.dal'os-1 SdadaDINAMICA DOS ElEMENTOS QUIMICOS E FERTIUDADE DOS SOLOSporDr. L. BoyerProfessor do Cllrso de P6s-Gradllao emGeocincias (CPGG) do Dcpartarnento de Instituto de Geocinciasda Universidade Federal da Bahia - Convnio UFBA!CNPq!ORS'l'OM.Editado porDr. Llaon CarvaZhoCoordcnador do Curso de Ps-Graduaaoem Gcocincias (CPGGI do Depa.rtarnentode Geoquimica do Instituto de Geocincias da UniversidadE: Federal da Bahia.80b ausp{cios doCurso de Pos -Graduaao em Geoc1nd asda UFBA e da Secretaria da Agriculturado Estado da Bahia.PREFAcroo estudo da dinamica dos elementos qulmi.cos no solotem sido objeto das muitas pesquisas que tm contribuido nificativamente no desenvolvimento de vrios setores das Clncias da Terra, dentre as quai.s a Prospecao Geoqu!mica, a qulmica de SuperfIcie, as Cincias do Meio Ambiente, a Pedelogia e as Cincias Agrarias. Em relaao a esses dois aimportncia de conhecimento da dinmica dos elementos quimicos provm, sobre tudo, da necessidade de solucionar os vfu:iJS P"2,blema.s relaciombs ferti lidade dos 80los. Por essa raziio, 0Curso de Pos-Graduaao cm Geocincias (CPGGl da UniversidadeFederal da Bahia tem no seu curriculo, na ordem de preparargeoquim:i cos , geomorfologos e pedologos. a discipHna flGEO 595Dinmica dos EZementoa Quimicos e Fertilidade doa eningum melhor do que 0 Prof. Dr. Jean Louis Boyer, terla 0gabarito de ministra-Ia, se responsabilizano pela mesma desde 1969 junto ao corpo discente do CPGG!UFBA. Este livro 0resultada da o::i!pilaao, em 17 capItulos, de suas not.as declasse e agui documentado 0 seu nivel de conhecimento e decompetncta. A presente ediao, como parte comemorativa do159 Ani versrio do Curso de Pos-Graduaao em Geocincias (cr'GG'j, uma tentativa de estimular as pesquisas a a ensino do assunta am pauta junto Ji comunidade de profissionals, Insti tutose Universidades e mesmo Centra de Pesquisas onde as facilidades para seus desenvolvimentos so precarias.o Curso de Ps-Graduaao em Geocincias (CPGG) temmuito que agradeoer ljl >llml l > .p >O.5mmdidade(CllI) Plll!ltagcmCuttura PastagemCultura Pas tllgemCultura(%) (I) (I)0- 18 81,9 61,9 7,9 11,4 4,5 10,318- 34 66,6 37,0 12,9 22,4 8,0 16,634- 61 33,8 24,0 17,9 19,3 20,9 24,661- 86 40,7 31,5 17,0 23,6 20,9 24,686-120 32,3 31,9 22,6 19,3 21,1 24,5120-148 25,8 30,2 21,6 21,1 24,5 24,8, 148-200 25,1 21,1 13,0 16,5 18,1 23,2111.4.3. Consequncias do Enfraquecimento da Estrutura pelaTrabalho do SoloUm outra exemplo d" varia5es da estruhlra 0 veri f!.cado com culturas mecanizadas sucessivas de algodo, arnendoim,arroz e milho em podzolico vermelho eutrfico da RepUb1lca Centroafricana,onde constat.a-se que (Tabela 111.5):para UN Is 19ua1 a 1,0 a superficie do solo se torna fragile apresenta uma crosta pouco "espessa (mais ou menos 1/2 a 1ceritimetrol, porm ela coesa e pouco permeavel. A agua dachuva se infiltra cam alguma dificuldade, corn tendncla a seescoar parcialmente pela superfIcie, podendo comear da! afase de erosao;- quando ols chegar a valor auperior al, 8, as ervas sel vagens brotam e tm dificuldades de se enralzarem. Par consequncia, 0 pous:to herhao se restabelece mui ta evagar e ,0solo fica parcialmente n. DaI sua fertlU.dade naD se belecer gradualmente, como acontece no casa de UN pousio espesso Dcm suprido cm ervas que crescern rapidamentc;31 .. Jt""'''-....."...- quando 0 Is estiver E'm tomo de 0,8 a estrutura do solo podeainda ser considerada boa para a agricultura. Essa uma importante razao, embora nao a nica, e pela quaI se cou, na 1\.frica, a se pretender estabelecer uma curta duraaodas culturas em relaao natureza do pousio, yom perIodosde! 3 a 4 anos de cultura de savana;2 a 3 anos de cultura com pousio florestal.TABELA IlI.S. Valorc5 de 15 durante a da Seca,segundo MOREL e QUANTIN. 1972).DURAAO DO CULTIVal'estemunha (Savana de Imperata)Depois de um anD de cultivaDepois de dois anas de cultivaDepois de tris a quatro anos de cultivaDepais de aito BDOS de cultivaDepois de nove anos de cultiva1 8(camada 0 - 15cm),--!----------,--0,60,81,01,7 - 1,81,9 - 2,1Depots da cultura, a solo tem que ficar coberto pelopousio em um periodo de pela menas oito a dozc anos.o pousio um melo econmico e conservar bem 0 pote!!cial de fertil!dade dos solos. Infelizmente, agora existe umatendncia, nItida em mu! tas regioes. cm diminuir 0 tempo depousl0. Dentre as varias razes que vm contribuindo corn estecomportamento, lem-se 0 aumento populacional e 0 aumento "pel"capita" das superficies cultivadas.111.5. MElHORAMENTO DA ESTRUTURA1115,1. Trabalho do Solo corn AradoNo exemplo anteriormcnle aprescntado, naD havia quedados rendimentos, apes al: da degradaao da es trutura . Portanto,32quando 0 5010 alcana um Is acima de 1,6 a 1,8, oup:uasermaispreciso em torno de 2,0, as raIzos das sementes se desenvolvem'UiT. bas tante diftculdade. Porm, quando este solo arado, agermirhl':';'-;:o e 0 desenvolvimento das raizes se prossarao normalmenle.De referncia a melhoria da estrutura do solo, a lavoura tem dois efeitos apostes:a) a curto prazo: a trabalho do solo melhara muito a estrutura, provocando uma agregao l'or aao mecnica (pressao) ,aliviando tarnbm 0 solo. Esta melhoria acaba depois de co tempo (3 a 4 meses) na malaria dos solos tropicais, 50bretudo nos solos 'arenOSOSi porm, bastante para um volvimento normal. das partes subterrneas das plantas.b)al.ongo prazo: 0 trabalho do solo tende a piorar pouco a co li sua estrutura. A cada lavoura efetuada, verifica-se umdcrscimo das qua.lidades estruturais em relao 0.0 ana anterior. Nos solos tropicais, naD se saba at quanto tempo acombinao desses dois efeitos {acurto e a longo prazasl de Ber compatlvel corn rendimentos elevados. No exemplo rior (solo podzolico eutrfico da Repblica Centroafricana),notamosque nao houve queda de rendimentos at nove anosde cultiva.Na pratica, parece mais razoavel a conservaao do Ysentre ID 0 e 1,5, naD u1trapassando esses limites principaJJnentenos solos "ferr-a7-ttiaos" (latossolos, solos podzolicos); nessecasa a erosao podera ser controlada faci1mente e a germinaaodas sementes se desenvolvera sempre nonnalmente.Nos solos do tipo "maditerl'neo" e nos solos temperados corn uma estrutura bem firme, parece possIvel (e muitas vezee isso ficou claramente provadol se trabalhar durante mui tosanos. Mas ainda nao se conhece bem este prazo para tropicais. Para 0 manejo dos solos tropicais, nao passIvel setomar como exemplo os 5010s da Europa cu1tivados ha quase 2:33mil Anos corn tcnicas tradicionais dos agricultores que misturam, ano ap6s culturas destruidoras da estrutura (i.e. cu!turas cap1nadas) e culturas que favorecem a renovao da gaio (cereals, pastagens artif!eiais). Alm disso, aquelesagr:l:.cultoras conduzem aos campos cul ti vados 0 "et{trume de COl'ts", cuja matria orgnlca, ja numificada, melhora muito a estrutura, i!llm de trazer outros beneffclos. 0 estrume de cort.eli do tipo de "compolJ t" ja fe.ITllentado fabricado a partir de Inas de cereais El excrementos de hovinos.II L 5 . 2. Ma t r ia Gr 9i fi ; CVimos que a matria orgnica sozinha ou misturada corno ferro ure dos fatares principais da formaao da estruturado horizonte superficial dos solos (fenrneno que ocorre tacilmente nos solos ricos em ferro) .Os adubos verdes provocam uma agregaao eficaz, contudo passagelra e rpfda. Os autores nao concordam no que dixrespeito a natureza das plantas usadas neste processo. No gal, par exemplo, a pesquisa ja comprovou 0 efeito favoraveldo Milho ou do milhete jovem corn adubo verde na estrutura destes solos arenosos de areia fina predominante Ca areia fina daa esses solos um carter compacto); a mudana da estrutura muito vls{vel, tornando 0 solo to paraso, sendo por 1sso chamacla "eatrutul'a miolo-de-pao". Na RepUblica Centroafricana setem negado este efeito favoravel do milho camo adubo verde; averdade , que esses solos podzolicos da frica Centralja possuem uma estrutura bem meThor do que 05 solos arenososmal do Senegal.Por outra lado, pesquisas efetuadas no sul da Costado Marflm demonstraram que a natureza da rnatria vegetal tarobm intervrn. Par exemplo, observou-se que os reslduos de anacaxi, epois da colheita, dao resultados hem melhores do queos residuos da bananeira (GODEFROY, 1974). De modo geral, as34plantas que dao resultados para 0 teor da tria orgnlca dO 6010 sao as plantas semi-llgnificadas cornagramIneas bas tante rnaduras e secas e nae plantas unicarnentecompostas de tec!dos verdes.111.5.3. Cereais e das PastagensNas regioes temperadas ou rnedlterrneas, onde a decornposiao natural do humus se processa bas tante lentamente, asraizes dos ceoceals e das ervas das pastagens fornecem te matria vegetal ao solo para gerar uma quantidade de htwuscapaz de conservar e melhorar a estrutura dos solos.Nos palses tropicais Gmidos e submidos, a decompos!ao do humus se processa de maneira mais rapida e completa doque nos climas ternperados. aoonselhavel devolver ao solo aspalhas provindas dos restos da cultura de cereals corn"o 0 arroz,o milho e 0 milhete, enterrando-as cuidadosamente para que osseus efeitos possam melhorar 0 estado orgnico desses solos.o teste realizado no centre da Costa do Marfim baseado numaproporao de dois cereais numa rotaao de trs ou quatro ras pareceu permltir cultives no ponto de vista do estade estrutural do solo (LE BUANEC, 1972). pouco conhecida a aao do pisoteio do gado sobre aestrutura dos solos sob pastagem. Os franceses (na frica) tmmulto recela sobre eventual compactao. Porm os ingleses, nafrica Oriental, conseguiram bons resultados corn cuibrrasanuaisestabelecidas depois de cultivar solos de pastagens onde 0 do havia pisoteado bas tante.As palhas e as ervas secas espalhadas em camadas espessas dao tambm bons resultados sobre a estrutura nos solos.III.5.'L Estrume de CorteDurante milhares de anos. antes do emprego do dos adubos q ulmi cos, 0 es tru.'Uc de corte se cons ti tut U 0 35cipal adube usado pelae camponeses europeus para manter a fertl1idade dos solos cultivados.o estrwne de corte uma roistura de palha de cereaise de excreroento. de bovinos fermentado em pilhas durante variasmeses 1 e preduto final tm a consistncia de uma '-pasta midamisturada corn reslduos meio decompostos de palha. Este tipo deestruroe at agora pouco empregado nas regioes tropicais. Qua!!do utl1izado, ele da resultados excelentes, inclusive quandose trata da estrutura dos solos. A sua aao praticamenteiguia aao das palhas, mas coro outros efeitos favoraveis devido asua riqueza em clementos quimicos (N, P, K, l e tambm ernhormonios. Um barn estrume possui de 6 at 12% de nit.rognio.Devemos observar que 0 estrume de corte , infelizme!2te, praticamente desconhecido no Brasil, apesar da origem europia da malaria dos agricultares.IIL5.5. Pous'loo pousio de usa garal nas regies tropicais, onde 0cultivo se faz de maneira itinerante. 0 pous10 combina 0 apo!te de matria orgnica, a aao das rafzes de gramIneas e 0 descanso do solo. ~ necessario que a vegetaao do pousi.o se desenvolva rapidamente, cobrinda totalmente 0 solo num curto p e r i ~do de tempo (dois mases par exemplol1 isso se rcaliza normalmente quando 0 Is estiver ahaixo de 1,7 ou l,a (1s ~ 1,8-1,7),ou seja, corn uma estrutura baa,pela menos mdia. Quando a Isfor igual ou maior do que 1,8 (ls ~ 1,8l 1 necessar10 arar 0solo para semear ure pouaio artif1cial (as ervas naturais brotaro mal corn Is > 1,8l. Mas 0 campons naD v Interesse em realizar um trahalho penosa para se obter ervaSi que naa sejam imediatamente rendosas.Praticamente a estrutura do solo se restabelece cmdois ou trs anos de pousl0 herbceo ou florestal. Na praticaaconselha-se 0 seguinte:36- ne ultrapassar quatro ana. de cultiva, quando Cl pousio herbaceo; a durao d.o poueto daveri& ISer pelo l'lIelnOEi duas outrs vezes mais longa do quo os cultives;- naD \).1 trapassar dois a t.ris an()$ de oultuJ:'li., quando 0 pousiofor florestal; nesse caso 0 tempo de pousio deve ser de 10anos pela menos.o pousl0 tero dois Inconvenientes: necessita-se deixarareas naD cultivadas e obriga-se a fazer, a cada ano, um trabalho de desmatamento bastante cansativo e penoso que d ao campons SOmente uma baixa produtividade.37CAP[TULO IVCARACTERfsTICA E VALORES FfsICOSIV.l. GENERAllDADENo presente capitula algumas das princ!pais propriedades ftsieas dos solos e que sao um tanto quantadependentes de suas caraeterfsticas morfo-estruturais e texturais.IV.l .1. Poros i dade e Compaci dadeAqui conceituamos a porosidade como sendo 0 volumGcorrespondente do solo nao ocupado pela matria solida.Estudar a porosidade tarobm estudar a estrutura deuma maneira um pouco diferente da estabilidade estrutural.p '" 100dP ,. (1 - 100fi M 100 - Conde:Il .. porosi.dadrJC .. aompa,oidadeo '" dsneidade totaZd dSnsidade aparsnteC " 100C ,. 100 - IlA compacldade somada porosldade total 100i. Dessa forma, corn uma porosldade medlda de 40%, por deflnlao, acompac1dade ser 60%. Os valores se esca10nam de 1 a 100 tan38to para a porosidade como para a compacidade. A porosidade ea compacidade padern tambm se representadas pelas expressesde HUMBEL (1974) .p O-d.. ..,,-C il cl1)p .. d- 1)Nesse caso os valores se escalonam de 0 a 1; e parauma porosidade igual a 0,40, a cornpacidade devera ser 0,60.No decorrer deste cap!tulo serao abordadosaspectes da porosidade.a1gunsIV.Ll. Alguns Valores Ffsicos dos Solos (principalmentelatossolos e p6dz51icos)aJ corrspende densidade dastIculas do solo peneirado a 2mm.2,7 valor mdioda densidade dos solosnos2,6Q-2,552,903,002,7solos arenosossolos argilosos corn minerais pesadossolos com multo ferro e minerais pesadossolos arenosos corn tendncia planosslica(correspondentes dos solos ferrl.1oinosos tropica!s da c1assificaao francesa). -b} Densidade densidade dosolo coma este ltimo se encontrana natureza. varia muitacam a rnatria ornica, que leve, e 0 Bolo". Paroutro lado, as galer1as pelas mortas ou pelosorganismos que vivem no solo (cup!na. form1gas, etc.) podemqerar baixas densidades aparentes; a densidBde aparente dossolos varia normalmente de 0,90 st 1,6-1,7 (diferentes harizontes). 0 valor mdio g1ra am torno da 1,2-1,3, pa.ra latoss2 densidades real e aparente. possuem 0 dimens'\onamento ffs1co de g/aW3.39los ou solos podzolizadoB nio muito hum!feros. Os valores 001,2-1,3 sio mais ou menO$ colos l1ita e morilon1ta. Os andossolos constltuem uma excessao notvel poisapresentam uma densidade aparente ttidamente 1nferior a 1.0s vezes chega a at1ng1r at 0,5. Total - os valores solosferra.UtiOOfl (1atossolos;a solos podzolisados) var.iam conforme a reqiio e a profundidade. ve:lamos: Solos Bob savana (Republica dos Camares)- cm superficie (O-15cml, P = 40 at 60% em profundidade (>25cml. p 37 at 50-55% Solos sob flores ta 6mlda (RepUblica dos Camaroes)- Q-15cm:- Q-Sem- >25cmP == SO-?O!GP 70-80%P == 40-50%Nos tipos acima, quando cultivados (O-lSqm), PPara outras tipos de latossolos:36-46% Latos5010s do Campo Cerrado: P '" 42-46% Nos solos ferruginosos tropicais (classificaao francesa):P == superfIcie 40-47%, sob cultural 35-45% Cambissolos de Irec (Fire clay - interestratificado, Il!ta, Montrnorilital: P == 55% cm superfIcie. Latossolos amarelo distrfico de Manaus, mui to argiloso corn70% at 90% de arqila (CAMARGO e RODRIGUES, 1979) ,0- Sem - Ap l? 47%8- 22cm - 11.3 - P == 50%22- SOan - Bl .- p '" 53%SO-125cm -B21 - P "" 53%125-265cm - B22 - P 54\40IV.2. POROSIDADE TOTAL E SEUS COMPONENTESIV.2.1. Porosidadc TotalE todo 0 volume do solo que naD ocupado pela matria solida. Calcula-se este volume corn a formula seguinte:p D-d d-,r- 100 (1 -"Dl 100A porosidade total se campee da: macroporosidade eda microporosidade.IV.Z.l. Macroporosidadee 0 volume que se torna ocupado pela ar quando um 5210 encharcado de agua perde toda sua 'gua de gravidae. A macroporosidade depende sobretudo da estrutura, podendo variarmuila sequndo a tipo do solo. Desea forma se estima que, paraos solos emgeral, a macroporosidade pode variar de 10 a 40%do dos mesmos. Nos solos ferrai!ticos (latossolos e 50los podzlicos) , essa variaao gira cm torno de 15-30' do volurne do solo. No cambissolo de Irec, pode diminuir para at10%.A lavour.a pode aumentar. bastante a macroporosidade.IV.2.3. Microporosidade para a Utile 0 volume ocupado pelagua entre a capa.cidade docampo (estgio cnde a gua de qravidade apenas escoada) eo ponte de murchamento (pF 4,2).podzl!.var.l.!arNos 50105 ferral!ticos (latossolos e soloscos), ela tem um valor mdio de 10 a 12%. porm podeentre 7 a 15% do volume do solo. Par outro lado, tam-semade a segulnte relao:est!.- solos ferra1iticos: 1/2 microporosldade, 1/2 41- 2/3 microporosldade, 1/3 macroporosidade.IV.2.4. Microporosidade Fechad& 0 volume da gua conti da nos poros fcchados sem l!.gaao corn a porosidade aberta. Esta agua naD aproveitvelpelas plantas. Geralmente ala representa uma parte daporosidade total, e equivalente a 15% do volume do solo,mas, as vezes, perle atingir t 25% e cm certos solos da na Francesa, a microporosidade fechada a Gnica porosidade dohor! zante B:2'IV.2.5. Microporosidade TotaiA m1croporosidade total (microporosidade para aguatl1 + microporosidade feehadaJ depende sobretudo da textura.Nos solos mais argilosos, 0 seu valor bem maior do que nossolos arenosos. Nos solos ferrali:tieos, a microporosidade total varia de 15 a 30% do volume do solo; no cambissolo de Irec qira em torno de 45% do volume do solo.IV.3. FATORES DA POROSIDADE Estrutura: condiciona a macroporosidade: Textura: condiciona a microporosidade: Peoclima: nos climas bastante seeos, corn uma estaao seeahem mtida, a parosidade superficial tende a diminuJ:.r.o desmatamento e a cultiva dos solos provocam uma diminuiao de 5 a 10% da porosidade total, ele afeta sobretudoa macroporosidade, coma foi comprovado na dos Camares e tambm nos tabuleiros do sul da Bahia (FERRElRA,1978).IV.4. ESCALAS DE FERTIlIDADE PARA A POROSIOADE TOTALAs plantas aprove1. ti&!! 0 voluxne livre do solo para seenraizar. Como consequncia, 0 desenvolvimenta delas, des dea germinaao at 0 enraizamcnto, ser funo da porosidade tatal' (Tabela IV.1J.42TABELA IV. l - Esci\la do Porosidade, segundo BOYER, 1982.POROSIDADE TOTALCern volume do solo)ntes brotalll mlll e asrS1zes se desenvqlvem mal40-45%45-50%50-60%>GO%midiafracaanulanulsmdiaaforte Terra frouxs, pouco favoriivel$ rai: zesDENSIDADE DO SOLO Cg/cm)MEDIDA DEPOIS DE 40mm DECHUVA, AP6s A ARAGEM1,60l,501,48POROSIDADEDO SOLO GO414447PESO DAS RAfzESmg/dm 3 DO SOLO195227321Quai a meihor /?ol'osidade para as pLantas? UnI lho de laboratrio realizado na !ndia mostrou que 0 valor otimo da porosidade total estaemtorno de 50%. Tem-se que sermuito cauteloso ao levar para os campos resultados obtidos emlaboratrio. Contudo, 0 algodoeiro cultivado na Costa do Marflm possu1. um enraizamento mais profundo e ensa corn uma sldade de 50\, do que corn uma porosldade de 45\ (desenvolv.!.mente bem menar da!> ra!zes). No eul da Bahia parece que cimento maiar da rnandloca acontcce corn solos de porosidade decerca de 55-58%. Por outro lada, graus de porosidadc superi2res a 60% padern ser desfavoraveis ao enraizamento normal, 50bretudo para os cereais (fenmeno da terra frouxa); neste ca50 as sementes germinam e se desenvolvem corn multa dl fieu!dade, e as ralzes javene tendem a se quebrar a medida que ,0solo desaba para se adensar.43IV.S. VARIAAO CA POROSIDADE EM DO TRABALHO DO SOLOcitaremos como exemplo um latossol0 roxo distroficoo Rio Grande do Sul, de releva ondulado, corn substrato basaltico par.MACHADO e BRUM (1918) (Taoeta.TV.2J.iABELA-IV.2.- Vadas da Porosldade e Dens1dade de urn solo Roxo Distrofico do Rio Grande do Sul am tu,!!ao do Trabalho do Solo, segundo HACHAOO e BRUM,1978.- DENSIDADE POROSmADE(ghm3) CI) DAllE M.O.Ccm) . C%} SOLO PAR'rf CULAScl d TOTAl MICRO .MACRO( &l'Parente) (real)T (}-15 4,4 1,20 2,79 57,0 36.5 20,5 15-)0 2,8 1,7.5 2.82 55,7 32,4 23,3fZ 0-15 3.4 1,24 '1.,79 55,6 41,2 14,4l9tagem) 15-30 3,0 1,22 2,71 55,0 39,3 15,7!3 .... g-15 3,4 1,21 2.67 54,7 40,4 l.f; ,3luvo llllinJOlro} 15-30 2,3 1,20 2,63 48,4 33,8 14,6T4 0-15 1,5 1,3512,67 49,4 42,5 6,9ltivo conven 15-30 0,7 1,27 :2,70 53,0 44 ,6 8,4WIll) -(CucioIV.S.2. Dim1nu1io Geral da Porosidade pelo Trabalho do SoloNo sul e centro da RepUblica dos Camaroes, notou-seque 0 desmatamento e 0 cultive (manuais) provocaram uma dim!niao da poresidade de 5 a 10%; as causas principais - do 8010 n ao SOlF- passagens dos homens (pisoteiol i- aaodaa ferramentas (aqui manuaisl o mesmo fenmeno, como es.:Je regis trado, foi rada apos desmatamento mecnico da floresta para solo detabuleiro do sul da Bahia (FERREIRA, 1978).'l'emos que separar dois efe! tas da lavra sobre a por2,sidade:- a curto prazo, pode existlr um adensamento superfi cial devido ao pisotel0 dos homcns e dos anlmais, s rodas, tratores e outras maquinas, podendo at, em certos casas, dicar' 0 enraizamento e a germinaao das sementes; a lpngo prazo, pode-se exagerar 0 adensamento natural do1\) ou BI' tornano-se uma verdadeira soleim impedindo a netraao das raizes cm profundidade.o mais extraordinario que este adensamento se cessa nos horizontes profundos, bem abaixo da camada da pelo arada; 0 exemplo dado por MOURA (ci tado por t1AMBEKE,1974) mostra bem uma diminuiao da macroporosidade at O,90mde profundidade Ce provavelmente mais) num solo de campo cerrada IV.l]. 0 mesmo fenmeno foi comprovado no sul doSenegal, onde, os estudos de micromorfologia mostraram que acausa provavel era a forte dimlnuiao da porosidade fechadaconsecutJva a uma reorganizaao do plasma sob influnc1a daforte secagem da estaao seca. Sendo essa secagem favorecidadentro do solo pela desaparecimento da vegetaao florestal natural que, antes, fornecia proteao contra a dessecao Defato, esse fenmeno am profundidade acontece, sobretudo, nosclimas com estaao seca n!tida e longa.IV.5,3. Aumento Passageiro e Rapido da Poros1dade pela Trabalho do SoloA lavra ou ato de arar aumenta imedlatamente a porosidade do solo superficial de 20 a 30\; isto quer dizer quearar um solo tendo 40% da porosidade poder aumentar a poros!dade desse solo a at 60 ou 70% (solo arenoso do Senegal, por4Sil!>i!d!@ll:Imillllilil III _. de 5eS cat.1.ons. Eles caem no solo corn as agulis83 OhUV4B VI.l1l. Essas quantidades de bases, embora nio 8aO niglenc1veis para 8010s muito pobre, tndo quando os carreqAm muita poelra. Na Tabeta VI que as quantidades relevantes de bases da poeiranie n.a sio computadas.TABElA VI.10 - Aporte de Elementos Qulm!cos no Solo pela va, megundo varias autores cltados par BOYER,US2.REGIO'ES K Ca Mgkg/ha!ano kg/ha/ano kg/ha/al1oComa (eul) 11,47 12,65 11 .31Cll:ilaroea (Yoroundi) 12.0(') 3,80 2.50Costa do Marfim 7,50 - -Norte do Zah'e (Multmgu) 3,04 4,08 1,25 do Jsngambi 2,05 3,88 1,15Sul do zaire KinchUlJe 1,41 4,58 0,92TABELA YI.ll - Bases Solveis na Aqua da Chuva Precipitada noPecncavo da Bahia, segundo BUAT-MENAR (comun!.caao verball4 'MESES Na K Ca Mgkg/ha kg/ha kg/ha ltglha (65Omm de chu 0,57 0,042 0,075 0,0051va) -Cl ,71) (0,126) (0,222) (0,153)Ctuz' du, AlmliB (314mm 0,09 0,012 a,Olli O,tH4&il chUVlll) (0,36) (0,048) (0,056) (0,056)Obs.: 08 uUmeros entre pmrnteses correspondem s extrapoiaoes dos valorea para a mdia anuai de chuva.Bz"l,o: 7',5kg/ha a quantidade de potssl0 (elerne!!ta) preclpitado corn a chuva anual no centro-sul da Costa doMarflrn; esta quantidade representa aproxirnadamente um dcima84das "fiIxportaoea" desse elemento por wna cultura de rltlLho,amendoim ou arroz. Chegou-se conclusao de que 0 nIvel anterior de potassio .trocavel pode ser dentro de10 anos de pousio, simplesmente 'om pelaatmosfara naquela regiao. Este racioctnio nio passa de qua!quer coisa por demais simples, porque ele outro9fatores que intervm no empObrecimento am potassio dos solos,como por exemplo a erosao, a lixiviaao a na recuperaao comoaquela resultante da formaao de K-trocavel. Entretanto eleda wna boa idia sobre possIvel contribuiao da atmosferano processo.85CAPfTULO VIINI TROGNIOVII.l. FORMAS DO NITROGtNIO DO SOLOo ni trognio se encontra no 5010 sob as seguintes formas:Nitrognio (NH4)Nitrognio dos nitratos (NO;)Nitrognio orgnico (no humus)quantidades num solo trop!.6/cal (R.C.A.)-4 ppm4 ppm902 ppmUma outra de nitrognio aquela sob a formade nitrates (NO;) que existe somente nos solos corn des redutoras, isto 'Iuer dizer solos encharcados de agua.Na pratica, podemos considerar que a quase totalidade do nitrognio do solo se encontra no humus ou seja na matria orgnica do solo. Nesta, fica todo 0 estoque de nio cm rese:tva, porque as plantas nao podern aprovei t'-'lo irnediatamente. E:: necessario que se torne aproveltiivel, oq1.1eocoEra sob as formas arnonical e e nitratos, no decorrer de mas transforrnaoes, chamadas de mineralizaao do humus, queatuam durante a destruiaa da rnatria orgnica (a matria orgnica do solo se forma, se transforma e se destroi, ao mesmotempo nos solos). Esta mineralizaao um fenmeno que intervm de maneira continua nossolas e tambm na sua reconsti tu!o. Um exemplo dissa observado sob a floresta de Gana, onde se estima que a mineralizaao do humus durante um ana corresponde a 170% da matria orgnica sob forma de 11teira (aCErapilheira), medida num dia dada. Apesar disso, 0 tsar de ma Gentroafricana.Amoni ficaao N do humus Nitritaao NH4 +Nitrataao N02 +trla orgnica fica estavel aproveitando dezenas de toneladaspar hectare de matria vegetal que cal no solo a partir dasarvores (NYE e 1960).VII.2. DIN1\MICA 00 NITROGtNIOA dinmica do nitrognio no solo foi sobretudo analisada par DOMMERGUES e MANGENOT (1970).VII.2.l. Mineralizaio da Matiria OrginicaNo decorrer da mineralizaao, 0 nitrognio do humus,por nao dizer da matria orgnica do solo em .garal, safre tJ:stransformaoes sucessivas denominadas:NH4NO;NO;A nitritaao uma reaao multo rapida que, no casogeral, passa despercebida. Os nitritos nao permanecem nos 50los, corn exceao dos solos encharcados de gua; felizmenteeles desaparecem rapidamente na .presena do oxignio; essaoxidaao importante, porque os nitrites sae toxicos para asplantas, simplificando-se em duas reaoesAmon! ficaaoNi tri ficaaoN-orgnicoNH4 +Os nitratas constituem a fonte da forma mais aprove!tavel desse nutriente a quaI , multas vezes, a unica vei no 5010. Contudo, certas plantas, sobretudo os dem aproveitar 0 amnio lsolado ou misturado com nitratos. arroz dos arrozais inundados constitui exceao, pois prefereo nltrognlo amoniacal.VI I. 2.2. Amoniff caaoA amonificaao se processa por causa da ao das trlas amonlficadoras. Estas sao relatlvamente pouco 87is condies do meio ambiente. A sofreo1a dos segu1ntes fatores:influnUmidad13 do Bolo: a amoniflcaao pooo continuar atopF 4,9,cmbora lenta.'Tlente. Processa-se nonnalmcnte nos solos tamente encharcados de gua (arrozais inundados, por exemplo). Ao ocorrer uma chuva, Iep:lls de uma seca, a amoni fi caao se torna ffilUto rapida e intensa. 0 esgotamento de aguano solo tende a diminuir a amonificaao, porro se'u a zar por (pele pF 4,9);- Temperatura do 8olo: a amonificaao prossegue quando a tempcratura varia de 10 at sooe, sendo que a temperatura otima se situa na faixa de 38 a 4SoC;- plI do soto: 0 pH timo para a arnonificaao est em torno depH 6 (Fl:gU'1'a VII.1). Acima de 6, fica mais ou menas cons tante corn uma ligeira tendncia a diminuir. Para valores de pHabaixo de pH 6,0 at pH S,S, a :l.ntensidade da arnonificao lentamente e, para valores de pH compreenidos entre S,S e 4,5, diminui rapidamente. Em torno de pH 4,5, epara valores de pH mais baixos, os cogumelos praticamentesubstituem as bactrias, mas corn rendimento menor. Esse fato explica as acumulaoes de matria orgnica mal decomposta que se produzem sob floresta cm certes solos acides (pH3,5 a 4,5), coma por exemplo, no Gabao, no Congo e na Amazonia;Vapiaes 8azonais: 0 processo de amonificaao nao interrompido durante 0 ano inteiro. Porm, durante aestaao saca, corn pF de 4,2 ou superior, ele se proccssalentamente. Contudo ai: urna acumulao do ni trognio amoniacal (NH4) se produz, pois nesse momento a nitrificaao ficatotal ou parc:l.almente paralizada. Logo depois da primeirachuva importante e durante pouco tempo (cerca de algUIllas manas), literalmente, a atividade das bactrias arnonificadoras estoura. Depois, durante toda a estao chuvosa, elafica constante a um nIvel redio de atividade(Figul'aVII.2).88Int'nlidod. daOMonificoao1 1 1 1 ..4 5 6 7 8pH do .010Fig.VII.1.lntensldoda do Amonlficooo am Funoodo pH do Solo.otiYidode do. boctirio.omonificodorosnla40 "CCl. , ~ c _1 tempo& .sto50 chu.osoprim.i,oSchuyo.. --------..4 a 6 ..monosFiOVl12.0esenvolvimentoAtividode dOldo Amonificocio em FunlloBactria. Amonificodorol.89doVIL2.3. Nitrifiaaao2 a transformaao de N amoniacal am nitratos,-> ->comparada corn a amonificaao, a nitrificao muitamais sensivel s condiaes ambientais do solo.Os fatares que afetam a nitrificaaa sac:. Umidado do soLo: i'l umidade tima do solo para a nitrificaao se situa aproxiwadamente na capacidade do campo. Abaixoclesse valor, a Intensidade da nitrificaao pouco apoueo at um teor de umidade do 50] 0 corrrespondente a pP 4,2(ponto de murchamentol onde cla totalmente paralizada. 0excesso de agua (23-25% de gua no solo) pede prejudicar!nUlto 0 processo de nitrificaao mas, geralmente, nao 0 paraI!za completamente.- Temperatura do soZo: otirna: de 2SoC at 40Cparada completa: para T 40C e < lOoe- * diminuiao progressiva: de 28 C ab 10 C- pB do soLo: observando a Figura VII.3, constatarnos que, ra:pH < 4,5: a nitrificaao nula ;pH 4,5 + 6,0 + 6,5: existe um auroento graduaI;pH 6,5 + 7,0 + 7,5: a nltrificaao tima corn 1igeira tendncla a aumento.DaI se poder veri ficar os bons- resul tados da calagem sobrea ni tri ficaao nos solos acidos, lembrando que a calagem tempor efeito uma subida do pH.- sa zonais (BLONDEL, 1971; BOYER; 1982): corn as melras chuvas dapois de um longo perIodo seco, ha, literaimente, uma explosao no fluxo de nitratas que ocorre no inI90In!lIl1sil!ce donilrifico"o ,- i'"3 4 5 6 1 IlpH dll solofig.VII3.lntensidodll do Nilrificoao em do pHdo Solo.cio da estaaa chuvosa e que perdura por um a ois meses(Figura VrI.4). Depois, a teor dos nitratas no solo fi.ca mU:!.bD balxo. Portanto, a nitriiicaao pareee continuar a se de maneira normal. A explicaao mais a seguinte: 0 consuma das plantas se torna suficientemen.te elevado, a "primavera"!, todas as plantas brotam e cre.:!cem, empobrecendo 03010 em nitratas, sendo que, no casa deum solo n, a drenagem leva os nitratas para fora das das superficials. Nos cllmas midos, 0 fenmeno se processade maneira semelhante, mas as amostragens indicam que cadachuva forte faz diminuir 0 teor de nitratas do solo.Vll.2.4. Perdas de N1trognio nos SolosA perda de ni trogn.io no solo pode !1er processada parum, dos sequintes fatores:91..2 ..=~c.."'",,0."1:1..1"'1el..,1,,1NI__J92...Cl-........-.:>."V'"'".",U-.~...,.>..t,Teor de nllr/lIOIdo 1010I: Lk I 2 0:3 Meus Ir-'-- - - -- - -...... le"'!li----------- - - -----I n f o ~ o $lCO I tslac1'o chuvosoTlIor de llitroll!Itdo '010I--L------........;.....-.,.----,r- _ __ 11"'!Ii: UlOc1'OlecCl : U10CiO chuvosoFiQ. VII .4. Variaes Estacionais do Teor de Nitratos do SoloaJ Deni trificaao (a partir dos nitratos): a deni tr!.flcaao, que transforma nitratos am amnia (NH) ou nio (N2), vern sendo bem estudada nos solos temperados; ela seproduz sobretudo: nos solos muito calcareosi nos 50105 corn excesso de agua, portanto corn deficincla deoxignlo:a deni trificaao pode acontecer nos solos bem drenados graas ausncia de al' nos microespaos sempre presentes n06 solos.Nos solos tropicais, am geral a denitrificaao seprocessa bem fracamente (solos acidos, multas vezes bem drenados). Estudos efetuados em Gana pOl' GEENLAND (1959) provaramque a adiao de hidratos de carbono (glucose) a um solo restal bem fornecido em n1.tratos pode garaI' perdas de N equ!.valentcs a at 100 kg/ha (experincia de laboratorio) . Emcondioes naturais, -essas perdas, quando existentes, tornam-se mascaradas pelos ganhos da nitrognio; seja pOl' fixaao apartir do ar, ou de aporte pelos de tri tas orgnicos, dentreoutras fontes.b) Perdas de Amnio peLa Drenagem e na Atmosfera: 0ction amnio NB: fica normalrnente retido pela complexa adsoEvente do solo at sua transformaao cm NO;. Isso damorapouco 3, 4, 5 dlas nos climas tropicais quentes e midos. Desse modo, as pardas de N 50b forma de NH4-NH3 sao normalmente ncgligenciveis. Em quantidades notveis eles so dam acontecer nas condioes abaixo:- sob vegetaao natural tipo floresta, corn pH muita acido (pH< 5,0), condiao em que a amonificaao se pracessa nitidamente mais rpida do que a nitrificaao, da! acumulaes de - NB) e perdas poss!veis para a atmosfera ou pelas guasde drenagem;93durante dias, quando as primelras chuv&s caem apos aCll. Neasa si.tuaio, 0 solo que j lilei enccnt.ra carregadc deamanto, devido que se processou lentamente,apesar da estiagem, fiea 5ujeito i perda de amnl0 pela drenagem. Neste perIode do ana 0 processo de amontficaao se !nuito, embora a nitrificas.o ainda se processedsvagarpcrque de ruais agua para atuar te. Isso 0 que acontece nos sclos nao cultivados e soloscultivados sem adubos minerais.o manejo dos fertilizantes nitrogenados pode conatitulI' uma terceira ocorrncia de perdas de amnio. Ao rem em superfIcie esses fertili zantes. sob fonna de amni.o ligui do , ureia ou clanamlda (os dois ultimos se transformam mui rapidamente em NH3-NH4l padem perdas. De tato,o se for concentrado na superficie do solo, faz comque 0 pH se eleve no local s veZelS at pH 8 (solo$ arenososl.provocando perdas. Perdas da ordem de 10 a 40% do aporte denitrognio foram medidas nas plantaoes de Havea da Malasia (COULTER, 1972). Por esta razo, aconselhado enterraI' esses fertillzantesl da! wna melhor distribuio na c.!.mada arada entre 7 a IDem de ezpessura, em vez de urna concentrao no primeiro meio eentlmetro do solo, 0 que impede 0 pHde ultrapassar 7, da! perdas ne gligencUive:l.s a) Perdas de Nitratos Lixiviao: os nitratas muito senslveis lixiviaao. Considera-se, par exemple, solos arenosos do Senegal e de Kenia, que cada millrnetrorie chuva faz progredir a frente dos nitratos de 0,5 a 0,7 cm,ist;o que d1zer que, corn 2QOmm de chuva, esta frente val atlm-l,40m de profundidade. resultado foi encontrado em um latossolo paulista, numa experincia de rio (KINJO, KIEHL e PRATT, 1918). Essas perdas exisbem roesmooum solo no perturbado: por exemplo 100-120 kg/ha de N numaf10resta da Costa do Marfim. Elas aumentam Bob culturas: 170-200 kg/ha de N, sobretudo no perfodo do fluxo dos nitratos(ROOSE, 1970). E1as padern se tornar enor.mes corn 0 usa dos fertillzantes nitrogenados, atinginda at trs quartas do aparte,se este fasse medido.VII.l.5. Problemas Decorrentes da Suscept1bi11dade dos Nitratos a li xiviaoNo ultimo pargrafo foram observados alguns problemas de muita importncia ligados sensibilldade dos nitratas lixiviao. De urn modo garaI, a falta de nitrognio nos 52los tropicais cultivados o'primeiro problema a aparece4 do as deficincias am nitrognio, rouitas vezes, a causa dosmuitos problemas que se tornam difIceis de resolver. IssoccoEre porque:- os adubas nltrogenados (minerais), que naD forero absorvidosimediatamente pelas raizes das plantas, ficam praticamente - 0 NO; dos nitratos naD vai embora sozinho sob forma inica.++Ele se combina com os cations do solo, Ca sobre tudo. masrob' ++ + dta em Mg e K forman a sais e ions complexos. Os saisCa(N03)2' Mg(N03)2 e KNO) sac certamente as formas nantes e vao embora corn as guas da drenagem. Em cia, verifica-se perdas de Ca, Mg e K proporcionais s das de N coma tambm uma diminuiao subsequente do pH.As Tabe Zas VII. la e VII. lb apresentam resultados onde se verificam 0 efeito de doses muito elevadas de sulfatode amnio sobre 0 pH e a soma das bases trocaveis num andossolo da Repblica dos camares, bastante rico, desenvolvido apartir de cinzas vulcnicas e com plantio de bananeira.11 xi vi aaoVejaJOOs alg.!;!No sabemos como resolver 0 problema dados nitratos. Existem somente soluoes parcials.mas delas:- fracionamento dos adubos nitrogenados em duas vezes,culturas anuais, quatro ou cinco vezes, para culturaspara 95nes. com a fina11dadc de adaptar melhar os aportes corn asneces5:l.dadas dl!l.s plantas,TABELA VII,la - Abaixamento do pH apos aporte de Sulfata de.Amn:1.oIESTENUNHO roSE 1 roSE 2Ql.lautidade 1350 kg/ha de sulf Il 2700 kg/ha de sul- - -cida de N 0 to de NH4 fata de NN"275 kg de N 550 kg de N--pH 6,4 6 5,1SB 21, 25.102TABELA VII.2 - Escalas citadas par MALAVOLTA (1976)FertilidadeSegundo CATANI e KUPPER Segundo GARGANTINI et(1946) al (1970)N total % N total %Solo pobre < 0.1 0,30 > 0.125Nos solos das regioes tropicais uma relaao C/N elevada (da ordem de 16-18) significa urna ma transformaao dosmateriais vegetais em humus e tambm uma ma deste humus, geralmente par causa de am pH baixo demais.bl Escala de Fertilidade de DABIN para 0 NitrognioA escala de DABIN (Figu:ro VII.?) conta naD somente 0teor de N-total dos solos, mas, tllTlbm, 0 pH que regula a rapidez e a intensidade da mineralizaao do humus. Ela foi belecida, em primeiro lugar, para arrozais .l..nundados e, depois, e.stendida s outras cu1turas corn modificaes.Parece valida para toda a zona intertropical desde condioesarldas at as muito iirn.idas.Nessa escala, nota-se que para 0 mesmo teor de N-tota1 de 0,5 % corresponde uma fert!lidade "mui to am pH7,0 e uma fertil1dade "muito baixa", corn pH 4,5.cl EsCala de E'ertiZidade com 0 teol' de Matl'ia nica: a Escala de SIS}A escala de SYS (1978) (Tabe ta VII. 3) leva em contasomente 0 teor de ma r!a orgnica do solo.103".fl.lnl,l ... .1 1. 1141ft'Z'OflL.TU..... OULY".&.~ . " A .,yl..c.... .. " cli .. ~'",. .. III ..Ig.. .. !l'" .. ..,f g .. .. .. Il..,C.. .... e ..".. .. .. .. Il ....,Il ..,li ~.., .... .. .... .. .. Il .. .... ..Il i .... .. ..f .. f-- '--".. ..'- .., Il~..'".. .. ..,..... ~"1 III :; ...." ..,- Il" ii .. .. ..Il1.. "-- -..III .. III.. 2..- 5- 1--- ;;>-,. IIIIII 11:.. .. ..! ~;;- --u ..-. li ..- gIII2 ,.....- -;.... e III .. III1 2. ~" .... IIIi .. .. ..II .. ;; -!:!.. .. ... 1---.. .. III .. ... ..li .. .. III ..1 III ..Z 2.. .. -e li li ..Il- >-!.. .. J .. M2 ... ;;.." .. ..,l! .. .B'"".f: S .. .. .... ..Il Il" ..'" " ..,.. ..li" .... ... ~: ..li .. ;;.. " .. .. III.. - - ;; ..~.. ;;'" " " .. liIl" .. ..c .. .. .. ;;- ..- .. .. IIIJI ;; ;;.. ...-III...Il"eo....."o,...fi.'....o..o.ISCALA OE DA GIN (1961)Fig'. VII. 7 - EBcala de fertilldade baseada em valores de IiI X 0/coNsegumo oo.BIN (1961)104TABElA VII.3 - Limitaoee AgrIcola. sm Relao ,corn 0 Tsor (,>de Matria Orgnica - camada Q-15cm - Solos deAlti tudes Inferiores a lS00m, segundo SYS (1978)LIMITAXO AGR'ICOLANula Ligeil'a ModeFei rte Huitorada ForteCulturas com ex! gi!lci as e1evadas 2.4 1,5-2,4 0,8-1,5 0,8 -Culturas com exig!lcias moderadas 2 1,0-2,0 1 - -Culturas com exig!lcilla fracas 1,5 0,8-1,5 0,8 - -VII.4. USD DOS FERTIlIZANTES NITROGENAOOS NOS SOLOS TROPICAISCUL II VAOOSVII.4.1. Rendimento das Culturas e FertilizantE\s NitrogenadosOs reridimentos das culturas sao, muitas vezes, PX2.porclonals ao teor de nitrognl0 do solo.Numa experincia reallzada no Togo, cam solos de pH6, observou-se seguinte:O , 5 ~ de N total no solo -> 30 t/ha de mandioca (raizes)1% de N total no solo --> 60 t/ha de mand10ca (rafzes)Os fertl1izantes nitragenados podem aumentar muito osrendimentos, coma comprovado na Tabs la VII. 4.Uro outra exempla 0 do rend1.mento ohtido noVol ta, indicando:- sem adubo de N: 3880 kg/ha de arroz em casca;- corn 125 kg/ha de N: 4550 kq/ha de arroz em ca.ca.lOSAltoTABELA YII.4 - Adubaao nitrogenada de culturas nos solos are1'IOS0S do Niger (NASOS, 1966)N dolS adubos Hi 1he te (grios) Sorgo (grios)kg/ha k.g/ha kg/ha25 1581 -1736SO 1772 19027S 1925 2040100 1869 2146125 1960 2050Naa precisa exagerar, mas am UnI outro exemple (Niger),abservou-se que em um aporte de N superior a 100 kg/ha nae fazaumentar os rendimentos.Orna adubaao nitrogenada pesada demais pode provocrdiminuio de rendimentos nas colheltas. Foi observado, imediatamente depois do desmatamento no norte dao Costa do que, em solo rIca cm matria orgnica, 0 arroz de aoreceber 100 kg/ha de nitrognio, produziu menas do que 0 arroz cultivado sem fertil:izante nitregenade. Corn 0 excesso denitrognio, as hastes se tornaram fracas e 0 arrez sofreu umareduao na produao em consequncia da podrido que afetou osgraos que permaneceram em contato corn 0 solo Um1do.o tipo e a dose da adubaac tm que levar cm conta 0teor de nitrognio do solo, a rapidez de mineralizaaa (pH dosolo) e, tambm, as necessidades nutricionais das plantas. Assim no mesmo solo, um arroz rstico, bem adaptado ao meio ambtente, nao agentara mais de 50 kg/ha de Ni contudo cultivasselecionados de arroz am condioes semelhantes, no mnimo, 100 kg/ha de nitrognio (no segundo casa, verificar-se-a um rendimento maior) lOGVII.4.Z. Principa1s Adubos Nitrogenadosal Nitrato da Amnionitra1:o de ",mnio, NH4N03, contm wn teor varivelde 22 a 32\ de N, se!gundo os varios adubos vendidos.Oa prlmeir adubos sintticos deste tipo eram higroscplcos c podiam explodir com carta facilldade. Atualmente eles sac condiclonados e voltaram a ser ut!l!zados nas regioes tropicais, embora os agrnomos e agricultores tm recela de uma lixiviaao fcil da forma "ni trato"; aque possibilita perdas pela drenagem maieres do que as tradas com as formas "amoniacaiB" ou com "uriia".hl SuZfato dG Amnioo sulfato de amnio de formula (NH4) 280,1' contm ce!:ca de 21% de N e 24% de S. Essa substncia foi 0 aduba nitr2genado mais utilizado nas regioes tropicais durante nu1.to anos.Atua1mente se encontra pareiai ou tetaimente substitulda pelauria. Entretanto tm a vantagem de conter ao mesma tempo N eS.cl Ul'iia _ ... NH2A de formula CO, 1 contm 45% de N. 0 usese desenvolvelbastante por causa de sel.! al to oram N e do preo razovel.dJ Cianamida CZcicaA cianamida clclca de frmula Ca-C-NH2, contm ,!:ca de 20% de N. Essa substi1cia tero a vantagem importante detrazer ao mesma tempo N El Ca. Entretanto muito pouco uti1izada sobretudo em meio tropical.il} Fosfato diI Amnioo fosfato de amnl0 de frmula (NH4)2HP04' contm18' de N e 46' de P20S' Tendo dois eleroentos uteis (N e P) emalta mas sendo de preo ele pouoo usado107sObretudo nos 1ugares distantes onde 0 custo do transporte setoma muito Il do ChiZe (Nitrato Naturalou Caliche)o nitrato de Chile, de composiao mdia aproximativaNaNC), contm cerca de 14 a 16' de N. 0 ni trato natural tem avantagem de trazer todos os elementos traos e a desvantagemde estar combinado com 0 sdio.g) Nitrato de C"lcioo nitrato de c1cio, de frmula Ca(N03l2, contm cerca de 19' de N se for puro. Trata-se de um produto s Int tieo, caro e muito pouco utiU.zado.hl Sangue Ressscadoo sangue ressecado conm eerca de 12% de N. um pr,2duto caro, de usa sobretudo am floricultura.il Estrume de CorteA eomposiao lm N no estrume de corte relativarnente baixa e varia na faixa de 1 a 12%, segundo a qua1idade doestrume. nitrognio se encontra sobretudo sob forma orgn!ca, da! uma lixiviaao prateamente nula, dentro do solo.VII.4.3. Usa dos Adubos NitrogenadosDo ponto de vista do fornecimento do nitrognio sculturas, praticamente todos os adubos nitrogenados anterioEmente deseritos sac equivalentes.Por parte do agrlcultor, a eseolha de uma dessas formas de suprimento de N depender sobretuda, das des do mercado e do prea da un1dade de N no adubo, 0 que querdizer do preo da , de N contido no adubo.Nos lugares distantes, onde 0 transporte de caminhaoencarece muito 0 produta, prefere-se escolher formas ooncentradas, como Cl uria e 0 fosfato de a.-OOnlo. Em alguns outrascases melhar fornecer uma adubaao corn forma determinada deN. Neste ltimo aspecte, tem-se il. sugerir que:108- quando 0 solo falta enxofre, a que bas tante comum, deve-se usar sulfato de amnio ou misturar e5te l Urno corn uria.De fatc 0 sulfato de amnl0 tem uma relaao W/S mente igual a 1, 0 que alto; pOGs!vel usaI' ae mesmo po uria de tai maneira que MIs" 2, 0 qU 1. Neste casosetorna fsfato tricalcico muito pouco assimilvel em pHalcalino;P-Al hem assimilvel a pH > 5,0, mas se torna progressivamente MO assimilvel corn valores de pH abaixa d5,0;P-Fe ..., certos autoras consideram 0 fosfato ligado ao ferrocomo niio assJ-milavel; porm parece que 0 fasfote li115P-CnP-Orggade ao ferro amorfo (xidos e hidrxidos de ferronae cristalizados) fica parcialmente assimilavel, sobretudo corn pH > 5,0; nio assimilvel; naa assimilvel; se toma assimilavel ao ser liberado pela mineralizaao da matrla orgnica.ESSdS consideraes e conclusoes nao de umsimples esquemo didatico para fixar as idias; teremos de corrigI-las ao estudar a dinmica do fsforo, principalmente nossolos acidos e muito cidos.As Tavelas VIII.l. VIII. 2 il VIII. 3 mostram os varios valaDes dos diverses tipos de fosforo obtidos para trsregioes intertropicale.VIII.2. DtNAMICA 00 FOSFORO NOS SOLOSVIII.2.1. Fraca Lix1vtaic do F6sforoA lixi viao tero pouca importncia para 0 fosfora dosolo. Ela ocorre fracamente em solos pouco acidos, pH 6,0 e7,0, onde ha rnaior proporao de fosforo soluvel e fosforo ligade ao caleie; este tipo sempre UnI pouco soluvel na agua.Estas formas padern ser lixiviadas pela agua de drenagem, mas,na realidade, as quantidades levadas sac geralmente fracas.Emtadas os outras solos, pode-se considerar que a lixi viaao dofisforo praticamente nula,. sendo que nos calcrios (pH > 7),oP-Ca (fosfato triclcicol considerad normalmente nao-solvel e nos solos acidos (plI < 6) 1 0 P-Ca (soluvel) existe emteores mm. ta fracas; as formas .mais abundantes, P-Al, P-Fe eP-Cn, tm fraca solubilidade na agua. Dai, uma lixiviaao dofsforo praticamente nula a partir das camadas superiores dosolo (2,Dm de espessura), como indicado peles dois exemplesseguintes da Costa do Marfim:- Ftopeata semi-deatdua: pluviometrla de 1800rnm - J,8 kg/ha/ano da F20S lixivlados pelas guas de drenagem e 1,0 kg/ha/ana pela erosao;116TABELA VIII.l - Trs Parfis de Solos de cacauais da Nigria, segundo WESSEL, 1971.Argila P mineraI (P-Q1 Mo incluioo)ho.fund.1dade pH C\% - P-al ~ P 'lbtal(an) P-Sol P-Al P-Fe p-ca 'l'ot..al FPU ~ I=PllfPIl I:Pl\ ppn ppn ppn-R1dt 0 - . 7,5 6,4 1,8 29 l 8 33 12 54 247 299 6007,5 - 30 5,8 0,6 30 0 3 23 9 3S 163 127 32530 - 80 5,7 0,2 44 0 l 16 7 24 183 93 3001-'80 - 108 5,7 - 41 0 l 16 6 23 181 86 2901-'....t 108 - 135 5,6 - 42 0 :2 19 6 27 173 no 310'135 - 185 SiS - 46 0 1 17 4 22 181 57 260Ils "lifT . 1Ikole 0 - 10 6,3 2,8 lB 1 '141 73 37 168 168 377 ?il10 - 35 6,0 0,8 13 0 23 75 19 117 212 146 47535 - 60 5,5 0,4 40 0 9 48 12 69 240 101 41060 - 150 5,2 - 47 0 4 2S 37 36 148 81 265Ik:udu 0 - 10 5,6 1,5 11 0 15 20 10 4S 15 230 29010 - 20 5,6 0,5 9 0 7 16 8 31 :'0 109 16020 - 35 5,0 0,4 15 Cl 1 1S 4 20 68 92 18035 - 65 4,5 - 40 0 1 17 6 24 271 120 41565 - li 4,5 - 42 0 1- 20 5 26 266 U8 410TABELA VIII.2 - Horizontes Superf.1ciais de Solos do Sul do Estado da Bahia, sequndo CABALA-ROSAND e FASSBENDER, 1970,P-reduzi P-MineralP Total P-0rg %PS ~ RIE P-SoI P-Al P-Fe p-ca do - P-Q'l totalt:P!I wn wn pt:m ppn ppn pp'!! RD" ~.....Srie O::!pec ~e 85 217 244 650 362 1558 3306 1748 52\Alfissolo net)tropH 6,5-6,8~0 8 139 169 554 464 lU3 3050 1637 54%... Srie Itabtna Al 0 3 29 19 90 22 162 360 197 55\1-e Alflsso10 .icido dist...-ufioo 1\) 0 0 25 ':1 64 24 122 :270 148 55'il---- ."-Srie Nazar_ Al 0 0 21 4 103 11 139 251 ua 46\Vertissolo acido distrfIcr.) A' 0 0 lB 2 77 14 lU 122 11 9%3. ...='"----srie Valera Al 0 0 5 14 163 18 200 514 314 61%Oxissolo adcb distrfiro .1\3 0 0 4 9 196 28 237 307 70 23%._-' - -TABElA VIII,!. do Fsforo Aplicado num Vertlsso1o de Juazeiro LBa) aps seis meses deIncubao Capac1dade de Campo, segundo PEREIRA e FARIA, 1978. Obs.: Amostracomposta tomada a 30cm de profundldade, pH 8,0 - CE. 0,4 mmhos/cm; P tota1140ppm; P fadsorao maximal 530 ppm; M,O. 1,01%; CO) - 4,90%; Arql1a 60'; Sllte27\; .!\reia 13%,F6sf0ro Apllcad:> F'sforo dispJn!vel r:Pll Fracicnarrento Chang-Jadon FPrIao solo (m:noffata de Ca) - Nf{ ClNHl NaOH IBray l Olsen Meh.lidt H2DP Sofve1 p- P-Fe Totalppua 0,3 1,0 1,8 0,2 0,0 7,2 7,9 6,4 24,525 2,2 4,7 4,8 0,3 0,5 13,7 17,4 8,4 40,0....50 5,5 9,6 9,3 0,5 1,4 25,0 29,4 10,5 66,3 1-'\D46,6 45,5 U,5 106,8 100 14,5 18,5 21,5 2,2 2,2l5I:l 30,0 30,9 39,4 6,2 6,2 77 ,9 51,9 18,3 154,3200 48,2 44,8 61,8 11,7 U,7 99,0 62,0 25,7 1.98,4250 62,5 57,1 88,1 18,1 19,2 122,8 75,0 34,0 251,0300 74,3 66,3 113,3 21,8 28,0 143,2 88,4 44,0 303,6- I, Hel O,025N + NH4F O,03N; Olsen, NaHCD3 a,SN; Mehlich Hel O,OSN + H:2S!l4 0,025NNB. : 0 Chang e JacksCn rrostra que 0 nonoffato de clcio se tnmsfo:rnoa no P-Al, dep:ds enP-Fe e en P-Ca" 0 tarp:J de incuao Mo fol suficiente p;na atingll- 0 equilibrio exist.ente no !ifOlo antes da (igualdade aproximada para P-Al, P-Fe e P-cal.- Bananat: pluviometria de 1800mm alm de um pouco deio, lllfetuadl1 durante a estiagem - 2,0 kg/ha/ano dela drenagem a 2,0 kg/ha/ano de P20S pela eroso numbastante enriquecido em P por adubaoes pesadas. P20S soloPouco importa 0 tipo de cobertura do solo, seja estado tipo floresta, savana, pastagem, culturas ouanuats .em todos OB casos, as perdas de fosforo por lixiviaao neoem fracas, Infimas mesma em relaao s perdas de potssio,clcio ou nitrognio. Em relao a mesma area do exemplo acima, na Costa do Marfim, as perdas de N e CaO so da ordem de100 kg/ha/ana e de K;p da ordem de 200 kg/ha/ano. t: evidenteque nos solos cultivados onde existe erosao, as perdas atravs da terra erodida padern se tornar c1evadas, 0 horizonte superior senda sempre 0 mais rieo cm fosforo.A ausncia da l1xiviaao do fsforo no solo poderialevar seguinte conclusao: a adubaao de fundo cam 0 fosforo possIve!. ao contrrio do que ocorre corn outros clementos(Ca, Mg, KeN). Contudo vamos ver que, depois de uma adubao fosfatada, 0 fsforo nem sempre esta tota1mente disponivel para as plantas.VIII.2.2. Retrogradaao2/ do Fosforo pelo SoloDe duas maneiras 0 fesfora dos adubos pode se tarnarisolve1 e inaproveitavel pelas plantas. Realmente esse fenmena acontece quando em presena de calcario (solo de pH ). 7) ,havendo forrnaao de fosfatos triclcicos que tm fraca solub!lidade, e em presena de oxido e hidrexido de ferro (solos depH 7l, quando ocorre uma fixaao muito forte nos compostosferruginosos, chamada de retrogradaao. "Fixaao" por mu; tos autores.120Os 50105 calcareos tm POUCe. extensae quando volvlda cm condies tropicais, enquanto que os solos de pHinferior a 7 constituem a maioria dominante dos solos geradosnesses condis: Os paragrafos seguintes referem-se a esteslt1mos.al Podor.Fixador do So1.o para 0 Feforo.-Todos os solos, que contm bastante xidos e hidrxidos de ferro e de alumInio tm um certo poder fixador. NOtadamente sao incluldos ncsta categoria os solos podzolizados,os latossolos, os cambissolos e certos solos hidromorfos. Neles 0 fsfbro fixado naD seria disponlvel para as plantas. 0poder fixador foi sobretudo medido nos solos -podzol!. zados e 12-tossolos onde 0 teor de fsforo varia de 14 ppm, at 1100 ppm,casa de certes latossolos do Hawai. Durante algum tempo sepensava que, antes da saturaao do poder fixador, nao haviafsforo disponlvel para as plantas. Felizmente esse naD 0caso, pois, se fosse verdadeiro, no solo de Hawai, com poderfixador de 1100 ppm de P, seria necessrio trazer 6 t/ha defasfato tric1cico natural para satura-lo, 0 que antiecon.mIco. Numa experincla fei ta am campo cerrado de Gois (ALME.!.DA e BRASIL, 1977), foi evidenciado que 0 me1hor rendimentodo Panicum foi obtldo cQm 220 ppm de P (introduzldo por adub2-ao) embora 0 poder flxador fosse de 500 a 700 ppm. Esse plo mostra que, pelo menos, uma parte do fsforo fixado perm2.nece dlsponlvel para as plantas.Devemos deixar clara que a mediao do poder fixadorno a forma correta de avaliar a fertilidade fosfrica do5010.bl Meoanismo da rstrogradaao b.1. Uroa transformaao raplda do P dos adubos am P-A1:a qulmica libera energia e, da! prosseque de manelraespontnea e rpldaJ estima-se em seis meses 0 prazo para atransformao completa do P-Sol dos adubos em P-Al.1210.2. Urna transformao em P-Fe, que, ao contrrio da energ1a. As formas P-Fe e P-Cn, senda maisestavais, a se desenvolver e absorver lentamente todoo testera lntroduzido.Resumindo:P-Sol + P-Al + P-Fe P-CnDo ponta de vista do agricultor, 15S0 explica 0 to resldual, praticamente oulo, da adubao am P no terceiroEl sobretudo no quarto ana apos a adubao. 0 tempo necessariopara essa t.ransrorTnao foi medido num solo podzolizado eutr.flco da Repblica Centroafricana (DABIN, 1970) e os resultados Indicaram que:- em 5 anos, 50% do P dos adubos se tornam P-Fe e P-Cn;- am 10 anos, 90\ do P dos adubos se tornam P-Fe e P-Cn.Os fateres principais que parecem desempenhar maierpapel na retrogradaao saOt a superficie especIf1ca das partIculas de xidos e hidroxidos e 0 grau de cristalizaao dessaspart!culas.De uma maneira gerai se pode considerai que um solosempre possui uma arrumaao bem definida entre as varias fOEmas de fesforo e as suas proporoes relativas, camo da pela composiao do solo (mineralogia, matria orgnica, etc),Ao procurar esse equilIbrio corn umaporte de fesforo, 0 5010tende a restabelecer a equil!brl0 prvio entre as proporoesrelativas, isolubilizando 0 P-Sol ou 0 P-Ca introduzido.cl Idiiaa atuais aobre 0 Meaanismo da RetrograaoConforme os pesqulsadores austra11anos, neo-zelandeses e americanos, dentre os quais HINGSTON et al., RAJANet al., 1974: RYDEN, McLAUDHLIN e SYERS, 1977a e b; Rym;N eSYERS, 1977, haveriam as segu1ntes formas de fixaao:122- uma flxaao "rt8i.aa" de sobre compostas ferruglnosos;trata-se aqui de uma adsoro em superfIcie, corn o de cargas poslt1vas;- uma substituio de molculas de "20 dos hidroxldosporlonsfosfatosFe - Hl P04+ HZPO; ... 1Fe - HO Fe - HOum fenmeno slmilar ocorre com Al, aqul 0 ptoduto torna-seasslmilavel;- uma substitulao "qutmica" de ions HO- por ions fosfatosFe - HlO Fe - HZO+ HZPO; ... + HOFe - HO Fe - Hl P04a mesma coisa acontece com Al, onde 0 produto flca assimilavela- 0 rompimento das pontes de oxidrilas na cadeia Al-OH-Al, 0que aumenta 0 nUmero dos s!tios de flxao;- uma transformaao da gibbslta (AICHO) em tarakanlta fato de alumin.to) e, provave1mente, dos hldroxidos de ferroem fostatos de ferro (nao so1veis) .Essas rea5es ocorrem uma depois da outra na ordemIndicada acima; cada etapa corresponde a uma flxaao cada vezmais forte.Tuda se passa como se houvesse uma penetrao do fosforo, de forma cada vez mais profunda. no interior dos oxidose hidroxidos de ferro e de alum!nlo. A penetrao mais f!cil e rplda nas formas amorfas sempre porosas, do que nas fo!.123mas j crlstallzadas de tamanho e, por esta razao,bas tante compactas. Inversamente, a fora de reteno de fosforo seri bem ma10r por parte dos oxidos e h1drxidas ja que terao tendncia a guardar a fsfora, do quepor parte dos compostos amarfas. Estes liberaro 0 fasfora txoqrado com certa lentidao e com uma facilldade .relativa que maier para os compostas de alumInio do que para os toiO de ferro. Reversibilidade da RetrogradaioDurante os primeires anos da dcada de 60, receiava-se que 0 fsfera retr6grado nunca mais fosse disponivel paraas plantas, a tal ponto que se temia que too 0 fasfera introduzldo pelos adubos e nao absorvido pelas ralzes, dentro dosprimeiro$l anas desde a adubaao, fosse perdido, prineipalme!!te nos solos l'ieos em Xidos e hidroxidos de ferro e, tambm,de alum1nlo. 0 que uma caracter!stica da maioria dos solosdas regioes tropicais.Agora se sabe que a retrogradaao nao um fenmenoirreverslvel, evidenciando que todas as formas do fesforo, clulndo-se tambm P-Fe dos cristais e P-Cn, podem contribuirpara a allmentaao das plantas. possIvel provocar a reversibilidade ao modificar osfatores que determinam 0 equilfbrio entre as varias formas defosforo do solo, tais camo:a) 0 pB: ao elevar a pH acima de 5,0 at valores prQxlmos de 7,0 a forma P-Al se toma mais importante am quant!dade e mais asslmilave11 par outra lado a forma P-Ca !/Para certos autores nia possfvel separar as formas amorfas das formas mi c rocri s tal i zlldas do tamanho das argi las. S!ria a casa da Goetita.124ra, sobretudo corn pH ultrapassando 6,0. Normalmente 0 aumentodo valor do pH provocado por calagem, de tal maneira que 0solo se encontra automaticamente bem provido em cale10.h) a matria orgnica: a matria orgnica introduz!da no solo (es trume, adubo verde, palha) apanha 0 fsforo di!,ponIvel e 0 incorpora ao humus. Por essa razo ooorre uma 'lu!:,bra do equilibrio entre as formas de fsforo do solo. Essaquebra causada pela transformaao de uma forma am outra ra se chegar a um novo equilrbrio corn mais P-org. em relaaoa P-Fe e P-Cn. Por outro lado, a matria orgnica sui acidos orgnicos (oxalico, tartarico, malico, lacticQ ebclque tm a propriedade de formar complexos com 0 fsforo. Poresta razao a matria orgnica atrasa, pela menos a retrogradaao pelos compostos de ferro.c) Remoaa do faefera peLae rataee dae pLantas. Asplantas aproveitam prime!ramente 0 P-Sol esgotando-o mente. Essa forma de f6sforo se restabelece a partir de P-ca,casa esta exlsta am quantidade sufic!ente, e depois a parttrda forma P-Al. Para restabelecer 0 equil!bria prvio, sario que a seguinte transformaao atue de maneira continua:P-Cn .... P-fe .... P-Al ... P-Ca .... P-SolNa prati.ca, foi. observado na RepUbli.ca centroafricana, que dez culturas sucessivas de algodao provocaram uma diminuiao de todas as formas de fosforo no solo cultivado, sendo a diminuiao de P-Cn mais forte dentre todas as outras, cetuando-se a forma P-Ca que nao foi deberminada. Parece queo P-Cn desempenha um papel de reserva, transformando-se dualmente em outras formas mais aprovettaveis pelas plantas.Essa sugestao bem comprovada (DABIN, 1971). 0 qu nao mos em todos os casos se a rapidez de transformaao suf!ciente, ou nao, para 0 abastecimento requ1ar das plantas cu!tivadas. No caso geral, parece que a resposta negativa. Por125esea razio. para se ter bons rendimentos, as culturas prectsam muitas veZElS de uma 11qelra adubao anual de fsforo, dependentemente do solo conter quantidade bas tante elevada 00fsforo total, a malaria senda fsforo retrogrado.VIII.3. DO FOSFORO APROVEITAvEl DO Vamos tentar colocar am evidncia alguns teores defosforo que padern ser considerados como n!veis crIticos decarncia e deficincia. Abalxo desses nivets cr!ticos, neoessario fornecer adubos fosfatos para evitar doenas de carncia ou eimplesmente para ooter rendimentos satisfatorios.Quando for passivel, escalas de fertilidade serao citadas notexto. Naturalmente melhor traduzir esses nivels de earncia, ou as escalas de fertilidade, cm nurneros precisos de. teores de fsforo do solo. Infelizmente, para a determinao dofosforo se precisa de anllses quiroicas. Para 0 fcsforo totalos diversos mtodos usados fornecem oGmeros semelhantes. Parao fesforo assim:!.lavel, entretanto, nenhum mtodo de analiseparece totalmente satisfatrio, como observado, cm todos oscasas. Por esta ra:io, ha dlficuldades corn a interpretaao bsdados das analises. Convm ainda lembrar que existem cerea detrlnta mtodos de analise de fsforo do solo, 0 que uma pr2va das dificuldade& do problema.Tratar-se--a aqui dos dadas obtidos pelos mtodos maisutll1zados.YIII.J.1. Anilise do 1'205 TotalOs mtodos que permitem obter c valor do fsforo t2tal do solo, coma por exemplo a fuso alcalina, .reagentes(fluor-perc15rico, etc), sac laborlosos, bastante complicadose, is vezes, perlgosos. Geralmente, na ratina, dessesreagentes sac substitu!dos por cidos concentrados quentes,puros ou misturados: H2S04, HCl, RNO). Esses acidos extraem126wu fosforo chamado de "total" que se aproxima bastant.e do va!.dadelro fsforo total, sobretudo nos solos sem minerais prim!rios or!undos da rocha-llIe (latossolos e solos podzolizadasprincipairnente de regioes tropicale).o mtodo francs, usando 0 NH03 fervente por 5 Indlcau os segulntes resultados:- 500 ppm F20S a teor cr!tico para a dendezeiro (Costa do MarHm, Amaznia);- 400 ppm P20S teor cr!tica para 0 coqueiro (Costa do Ma!.fim) ;- 560 ppm P20S = teor cr!tico para 0 cacaueiro (Costa do Marfim) ;- 500 ppm P20S = teor cr!tico para 0 (Costa do Marfim) ;- 200 ppm P20S = teor cr!tico para a amendoim (Senegal).Utilizando outra acido (HC1), os ingleses fixar&R em100 ppm 0 teor cr!t1co de P20S para a bananeira na Jamaica.Esses resultados levam em conta 0 fsforo total e nao fs foro assimi lavei (em proporao mui ta var! avel, mas segu,!}do 0 tipo do solo, em relaao ao fcsfora total); da! eles serem validos para um tipo determinado de solo e de clima, sendo bastante perigoso para outras regioes.VIII.3.2. Analise do Fsforo Soluvel em Reagentes AlcalinosPara esse tipo de anl1se, emprega-se sobretudo osmtodos sugeridos por:- SAUNDER (1956): reagente NaOH O,lN;- OLSEN et (1954): reagente NaHC03 O,5N a pH 8,5;- DALLAI.. (1973): reagente NaOH O,25N + Na20)30,lN.Esses mtodos extraem prlncipalmente p-Fe, forma co assimila.vel, uma boa parte de P-Cn e tambm um pouco deP-Org, arobos sao assimilveis; eles parecem nao ter ao sobre a maioria da forma P-Ca. Em consequncia, 0 fasforo ex127traldo, apesar de ser abundante, naD sempre bem representa-tivo do fsforo assimilavel.o crftico de carncia do P DallaI (Fsforo determinado pelo Mtodo Dalla1) de 50 a 140 ppm de P, com umalIldia em terno de 80 ppm. 0 tear cr!tico de carncia do PSaunder ({osfera determinade pele Mitodo Saunder). de 120-135ppm. Esses vaiores indlcam que os varios mtodos fornecem sultados diferentes, mas nao to discrepantes. 0 inconvenien-te deles 0 de medir sobretudo um fosforo ve1tavel !il curto prazo pelas ra!z6s das plantas. Contudo 0 mtodo propo$to par OLSEN et al. (1954) bastante utilizado.VIII.3.3. Anilise do Fsforo SoHivel em 1k1dos Diluidosal Mtodo - reagente 8254 O.002NEste mtodo extra! sobretudo P"Sal e P-Ca e validapara os solos corn pH entre 6,0 e 7,5, iato significa solos onde P-Sol e P-Ca sao hastante abundantes: 0 mtodo nao tem va10r para os solos cidos ricos em P-Al, forma vel, e tarnbm am P-Fe, geralmente uma forma pouco assimilavel.Ela foi usado durante 30 anos (at 1965) em toda a Africa Tr2pical corn resu1tados decepcionantes; agora esta completamenteam desuso.hl Mtodo Bondorf - reagente 82S04 O.2NEste mtodo no demonstrou muito valar para solost.ropicaiG, para os quais foi raramente uti1izado como mtodode rot.lna.0) Mitodo da Cal'o1-'t-Yi.Ci do Norte - l.'eagente HcrO.05N+82S04 G.025NEste mtodo, que utiliza 0 reagente de MEHLICH (1960)fot introduzido na Amrica Latina par tcnicas a de da Carolina do Norte (EUA). No Bras!l ele tem praticamenteo destaque de mtodo oficlal.128TABELA VIII.4 - Trs Bra811eiras de Fertilidade parao F5sfora coma citadas par MALAVOLTA (1976) -Mtodo Caroline do Norte. RIO GRl\N ID SOL LIPN:: (1972)al. (1.970)Sol Aren:> So1 Argil2. sic Paulo Minas Geraissos ppn P- SC6 WU P Eq. 1l'I9'- P/;lTl PM.l1to Baixo 1) -10 0 - -Baixa 10,1-20 4,1-8 12 >0,30 >30MJ1to Boa - - - -No Brasll se considera 10 ppm (9 ppm para a EMBRAPA)coma senda 0 teor crrtico de carencia e 30 ppm como sendo umtsor alto de fsforo no solo.Camo todos os mtodos que utillzam reagentes acidos,o mtodo Carolina do Norte extra! sobretudo P-Sol e P':Ca, emulto pouco P-Al e P-Fe. Da! ser passivel aflrmar que este tado sobretudo valida para os solos de pH perto da neutral!.dada ou de pH er.tre 6,0 e 7,5 e que a sua validade e seguran.a sao duvidosos para solos de mais acidez.VAN RAIJ (l978) confirma que este extrator acido nao adequado para os solos brasl1eiros que sac, em maioria, 82los acides a multo acidos.VIII.3.4. Mtodos M1stosAtravs desees mtOdOB ocorre a complexaao do P-Alpela FNH4 ao mesmo tempo que se processa Il extraio do f6sf2ro quer na forma acido-soluvel, se por um reagente icl&:\ queralcall-solvel, se por um reagente alcalino. Eles s80 connec!dos camo:129o.) Mitodo de Blr'GII (BRAY fi KURTZ. 1945) mtedo 50bretudo usado por pesquisadores defonnaae a.nqlo-americana na Alrica Oriental e no Extrell.o . Ele ut:UilUi 0 chamade reagente de Bray, e que foi mod1.fi duas vezes no sentido de aumentar as concentraoes, ficande cenhecldo camo:B:ID\Y l ... C1,JN NH4,F + O,025N Hel,- !3lWl :2 .. Ci,lN NH4F + O,lN HCI,- BRAY J .. Cl,SN NH4F + 0, IN HCl,senda a BRAY n'il 2 .to) g6raZmente hidratados: esta forma chega a representaraproximadamente urn dcima do estoque do enxofre na superf.!cie do solo. Este enxofre torna-se bem assimilavel pelasrafzes das plantas. EBsa caracteristica provm, em gcral,das sucessivas transformaoes at 0 processo de mineraI! za-ao da matria orgnica. Entretanto, par serem no gerai salveis, esses sulfatos poderiam ser levados a profundidadepelas aguas de drenagem, casa nao se transfonnassem El naofossem absorvidos pelas raIzes das plantas.IX. 2. DI NAMI CA DO nlxofREOs estudos da dinmica do enxofre no solo foram sabretudo efetuados na dcada de 60, destacando-se aqueles ' efetuados por WHITEHEAD (1964).142fisolo tauriIX.l.l. Incorporaao do Enxofre i Matrfa Orgn1ca do Soloo enxofre mineral trazido &0 8010 'rapidamente incorporado i matria organica Bobretudo na. reqioes tropicaismidas, onde 0 moio ambiente otimo para que ocorram os sequintes tipos de reaoes:- primeiro: enxofre primarto, sob a forma de sulfetos, enxofre native e 302 sac rapidarnente am sulfatos(e por bactrias especlficAs1 ,- sogundo: bactrias, tambm especlflcas, absorvem estes 6ulfabos, 0 sulfato primario (de rocha) e tambm 0 trazido am soluo e os incorporam matria orgnica doatravs de uma sucessao complicada de reaoes cujostos finais sac sulfo-prote!nas (cise!na, metionina,na, etc.). Como veremos adiante, parte do pode serxada pelos colides positivos do 6010.o enxofr orgnico trazldo ao solo (geralmente corn osreslduos orgnicosl passa pois pelo estgio su1fato antes daIneorporao ao humus. Esse estgio sulfato tambm observado como um produto da minera1izaao do material orgnico.IX.2.2. tfberaio do Enxofre a partfr da Matr1a Orgn1caNo decorrer da mineralizaao da matria orgnica, assulfo-protelnas sao deeompostas numa sucessao complicada dereaoes qulmicas. Os produtos finais sao os sulfatos assimilavais que representam aproximadamente a dcima parte do enxofre do solo. Esta liberaao de enxofre tem,muita semelhanacom a m1neral1zaao do nitrognio orgnieo que termina por duzir nitratos.COntudo, a 11berao do enxofre mais lenta do quea do ni 1: rognio Esse fato pode expliear porque certos 8010s,principalnent:e solos de savana ou de campo-cerrado, mostram e,!trema carneia em enxofre ao serem cultivados, ape8ar de umteor normal em s-total. 0 que ainda nio foi exp1icado camo143essas carnclas nunca acontecem sobre os mesmos tipas de salOl!l, me_ma quando solos mui ta vizinhos, mas que sac cobertosde floresta (antes do desmatamento e da cultural; tudo indicaque a carncia em enxofre, no casa dela existir, parece da ao humus gcrado pela vegetaao de savana. Nos solos queapresentam extrema carncia em enxofre no primeiro ano decultiva essa carncia tende a diminuir pouco a pouco duranteas lavouras sucessivas, at desaparecer completamentc a paEtir do berceiro ou do quarto ana, a que significa que a mineralizaao do enxofre entao se desenvolve corn intensidade normal. Supe-se que uma natureza algo diferente do am solos sob savana e sob floresta poderia explicar esses fenmenos, paralelamente mineralizaao lenta do enxofre orgnico.A cultura contribuira para 0 aparecimento no solo de hwnus nos estvel do que em solo sob svana, da! a abastecimento nOEmal am enxofre. Nesse ltimo casa, esta NrecuperaaoN podeocultar perniciosc empobrecimento do solo em enxofre; peEnicloso, porque no perceptivel, exceto corn 0 auxflio dasanalises quimicas.IlL2.J. Retenao dos Sulfatos pelas Colo'ldes do SoloDe uma certa forma, os anions padem ser fixadosparcialmente sobre os colides minerais do solo. No case, osseguintes mecanismes so argumentados:8uostituiao do do siricio pero anion nointerior do forheto da cauiinita: parees que a Importnciadeste feoomeno secundria;neutratiaaao das cargas positivaa dos coloides etetro-po8ftivos. ;;:ido8 e hidr:.r:idotJ de ferro 13 de alumlnio pB lo anion504 : a fixaao parees mais importante nos sol06 ricos cm

- l - l 1+++ - fa trocave e pois e provave que OB ions A ,jaixados no complexa absorvente do solo, tm ainda algumas valncias livres ao serem neutralizados par 144~ bom observar AYIIDRe, KARIM e QUIRK, 1967) que afixa.o