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Contraf CUT Federações Sindicatos BB PRIVADOS CAIXA Dilema ou Conquista?

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Dilema ou Conquista?

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MESA ÚNICA

03

Lutar para negociar.

Negociar para conquistar.

Bandeira da CUT, desde a fundação

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MESA ÚNICA

03

Lutar para negociar.

Negociar para conquistar.

Bandeira da CUT, desde a fundação

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MESA ÚNICA

04

MESA ÚNICA:que trem é esse?A categoria bancária sempre esteve navanguarda do movimento sindicalbrasileiro. A história das lutas dostrabalhadores no país está aí paracomprovar.

Somos a única categoria detrabalhadores no Brasil, por exemplo, adeter uma Convenção ColetivaNacional, negociada conjuntamentecom diferentes empresas. Significa quenenhum bancário ou bancária, doOiapoque ao Chuí, pode ter menosbenefícios do que aqueles estabelecidosno contrato coletivo de trabalho.

Nós,bancários,somos osúnicostrabalhadoresno Brasil adeter umaConvençãoColetivaNacional.

MESA ÚNICAMESA ÚNICA

0504

Olá!Esta cartilha ése prop e afornecerelementospara ampliare enriquecero debate emtorno daMESA NICAdenegocia o.

õ

Ú

çã

MESA ÚNICA que trem é esse? ...................

A experiência mundial ...............................

O 1º de Maio ...........................................

Enfim, oito horas de trabalho .....................

Cabresto nos sindicatos .............................

A mordaça da ditadura ..............................

Nasce um novo sindicalismo.......................

As conquistas dos Bancários.......................

MESA ÚNICA, dilema ou conquista?.............

O caminho é longo, mas frutífero ................

A era Collor e FHC ....................................

Os limites no governo Lula .........................

Por que negociar em conjunto ....................

O Comando Nacional e a MESA ÚNICA .........

Expediente ..............................................

05

07

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MESA ÚNICA

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MESA ÚNICA:que trem é esse?A categoria bancária sempre esteve navanguarda do movimento sindicalbrasileiro. A história das lutas dostrabalhadores no país está aí paracomprovar.

Somos a única categoria detrabalhadores no Brasil, por exemplo, adeter uma Convenção ColetivaNacional, negociada conjuntamentecom diferentes empresas. Significa quenenhum bancário ou bancária, doOiapoque ao Chuí, pode ter menosbenefícios do que aqueles estabelecidosno contrato coletivo de trabalho.

Nós,bancários,somos osúnicostrabalhadoresno Brasil adeter umaConvençãoColetivaNacional.

MESA ÚNICAMESA ÚNICA

0504

Olá!Esta cartilha ése prop e afornecerelementospara ampliare enriquecero debate emtorno daMESA NICAdenegocia o.

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MESA ÚNICA que trem é esse? ...................

A experiência mundial ...............................

O 1º de Maio ...........................................

Enfim, oito horas de trabalho .....................

Cabresto nos sindicatos .............................

A mordaça da ditadura ..............................

Nasce um novo sindicalismo.......................

As conquistas dos Bancários.......................

MESA ÚNICA, dilema ou conquista?.............

O caminho é longo, mas frutífero ................

A era Collor e FHC ....................................

Os limites no governo Lula .........................

Por que negociar em conjunto ....................

O Comando Nacional e a MESA ÚNICA .........

Expediente ..............................................

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MESA ÚNICA

07

A experiênciamundialQuando falham todas as tentativas dediálogo, é preciso valer-se doargumento que os patrões entendem:parar a produção. Esta lição, ostrabalhadores aprenderam cedo, nosprimórdios do capitalismo. Continuavalendo agora, em tempos deexpansão acelerada de tecnologia, denovos meios de produção. Ainda que,como conseqüência, a busca de novastáticas e estratégias de mobilização eluta seja, nestes tempos, imperativa.

Mas o que isso tem a ver com MESAÚNICA, tema central desta cartilha?

Os temposatuais tornamimperativa abusca denovasestrat gias deluta. Aindaassim, agrevecontinuasendo uminstrumentoimportante.

é

Nada veio de graça, muito menos pela benevolência dosbanqueiros. Tudo o que está contratado é fruto de muita, eárdua, batalha: coletiva. Demandou anos de negociações,de mobilizações estratégicas: protestos, manifestações egreves. Até para negociar.

Da jornada de seis horas ao piso nacional unificado. Dotíquete e vale-alimentação ao plano de saúde. DaParticipação nos Lucros e Resultados à MESA ÚNICA. TUDOÉ CONQUISTA.

Há quem discorde, quando o assunto é MESA ÚNICA: pordesconhecimento do processo, falta de compreensão ougosto pela polêmica. Tanto que é tema recorrente dediscussão em toda campanha salarial. Tem sido assim nosúltimos quatro anos. Coincidência ou não, o período dogoverno Lula, quando os trabalhadores dos bancos públicospassaram a se sentir mais à vontade para questionar eparticipar das mobilizações desenvolvidas pelos sindicatos.

Esta cartilha pretende fornecer elementos para ampliar eenriquecer o debate. É um compromisso que a diretoria doSindicato dos Bancários de Pernambuco resgata.

Para chegar lá, é preciso, antes, decifrar alguns conceitos.E rememorar um pouco da história da luta e das conquistasdos trabalhadores. Histórias que contam a difícil relaçãoentre capital e trabalho. Questões de classe.

MESA ÚNICA

06

GREVE

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MESA ÚNICA

07

A experiênciamundialQuando falham todas as tentativas dediálogo, é preciso valer-se doargumento que os patrões entendem:parar a produção. Esta lição, ostrabalhadores aprenderam cedo, nosprimórdios do capitalismo. Continuavalendo agora, em tempos deexpansão acelerada de tecnologia, denovos meios de produção. Ainda que,como conseqüência, a busca de novastáticas e estratégias de mobilização eluta seja, nestes tempos, imperativa.

Mas o que isso tem a ver com MESAÚNICA, tema central desta cartilha?

Os temposatuais tornamimperativa abusca denovasestrat gias deluta. Aindaassim, agrevecontinuasendo uminstrumentoimportante.

é

Nada veio de graça, muito menos pela benevolência dosbanqueiros. Tudo o que está contratado é fruto de muita, eárdua, batalha: coletiva. Demandou anos de negociações,de mobilizações estratégicas: protestos, manifestações egreves. Até para negociar.

Da jornada de seis horas ao piso nacional unificado. Dotíquete e vale-alimentação ao plano de saúde. DaParticipação nos Lucros e Resultados à MESA ÚNICA. TUDOÉ CONQUISTA.

Há quem discorde, quando o assunto é MESA ÚNICA: pordesconhecimento do processo, falta de compreensão ougosto pela polêmica. Tanto que é tema recorrente dediscussão em toda campanha salarial. Tem sido assim nosúltimos quatro anos. Coincidência ou não, o período dogoverno Lula, quando os trabalhadores dos bancos públicospassaram a se sentir mais à vontade para questionar eparticipar das mobilizações desenvolvidas pelos sindicatos.

Esta cartilha pretende fornecer elementos para ampliar eenriquecer o debate. É um compromisso que a diretoria doSindicato dos Bancários de Pernambuco resgata.

Para chegar lá, é preciso, antes, decifrar alguns conceitos.E rememorar um pouco da história da luta e das conquistasdos trabalhadores. Histórias que contam a difícil relaçãoentre capital e trabalho. Questões de classe.

MESA ÚNICA

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GREVE

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Vamos por partes.

A relação entre capital e trabalho nunca foi fácil. ARevolução Industrial trouxe consigo o trabalho assalariadoe, junto com ele, a exploração. Do final do século XVIII atémeados do século XIX, os operários tinham nenhum direitoe todos os deveres. Trabalhava-se em condições,absolutamente, desumanas: até 18 horas por dia, todos osdias do ano, e por salários de fome. Homens, mulheres ecrianças.

Em Londres, cidade-mãe da industrialização, a média devida dos operários era de 21 anos, por volta de 1820.

Não havia lei que garantisse direitos ou protegesse otrabalhador. Não havia sindicato, pois à classe operária eravedada a associação. Também não se permitiammanifestações de qualquer natureza. As revoltas brotavam,não obstante. E eram reprimidas violentamente. Resistia-se, apesar de tudo.

A primeira associação de trabalhadores - dos alfaiates –data de 1720. O primeiro sindicato estruturado nasce emManchester, capital da indústria têxtil inglesa, em 1825.

Liberdade total ao patrão

O 1º de MaioA primeira greve geral que a Históriaregistra é de 1842, no Norte daInglaterra. E a reivindicação não eraoutra que não redução de jornada. Aconquista viria cinco anos depois: umalei, aprovada pelo parlamento inglês,fixa em 10 horas a jornada do adulto –a partir de 1º de maio de 1848.

Dentre as greves gerais precursoras, amais famosa aconteceu em um 1º demaio, de 1896. Chicago era, então, oprincipal centro industrial dos EstadosUnidos. Milhares de trabalhadoresforam às ruas para exigir a redução dajornada de trabalho de 13 para oitohoras diárias. As manifestações foramreprimidas duramente. Além deprisões, o confronto entre os operáriose a polícia deixou feridos e mortos.Três anos depois, o CongressoSocialista, realizado em Paris,consagraria a data como Dia Mundialdos Trabalhadores.

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A institui odo

çã1º de Maio

como DiaMundial dosTrabalhadoresnasceu deuma grevegeral, em1896. Ossocialistas aconsagraram.

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Vamos por partes.

A relação entre capital e trabalho nunca foi fácil. ARevolução Industrial trouxe consigo o trabalho assalariadoe, junto com ele, a exploração. Do final do século XVIII atémeados do século XIX, os operários tinham nenhum direitoe todos os deveres. Trabalhava-se em condições,absolutamente, desumanas: até 18 horas por dia, todos osdias do ano, e por salários de fome. Homens, mulheres ecrianças.

Em Londres, cidade-mãe da industrialização, a média devida dos operários era de 21 anos, por volta de 1820.

Não havia lei que garantisse direitos ou protegesse otrabalhador. Não havia sindicato, pois à classe operária eravedada a associação. Também não se permitiammanifestações de qualquer natureza. As revoltas brotavam,não obstante. E eram reprimidas violentamente. Resistia-se, apesar de tudo.

A primeira associação de trabalhadores - dos alfaiates –data de 1720. O primeiro sindicato estruturado nasce emManchester, capital da indústria têxtil inglesa, em 1825.

Liberdade total ao patrão

O 1º de MaioA primeira greve geral que a Históriaregistra é de 1842, no Norte daInglaterra. E a reivindicação não eraoutra que não redução de jornada. Aconquista viria cinco anos depois: umalei, aprovada pelo parlamento inglês,fixa em 10 horas a jornada do adulto –a partir de 1º de maio de 1848.

Dentre as greves gerais precursoras, amais famosa aconteceu em um 1º demaio, de 1896. Chicago era, então, oprincipal centro industrial dos EstadosUnidos. Milhares de trabalhadoresforam às ruas para exigir a redução dajornada de trabalho de 13 para oitohoras diárias. As manifestações foramreprimidas duramente. Além deprisões, o confronto entre os operáriose a polícia deixou feridos e mortos.Três anos depois, o CongressoSocialista, realizado em Paris,consagraria a data como Dia Mundialdos Trabalhadores.

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A institui odo

çã1º de Maio

como DiaMundial dosTrabalhadoresnasceu deuma grevegeral, em1896. Ossocialistas aconsagraram.

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A conquistada jornada deoito horas detrabalho

Custou muitagreve e, at

éfruto debatalhashistóricas.

é, avida demuitostrabalhadores.

Enfim, oito horasde trabalhoA jornada de oito horas, entretanto,chegaria aos Estados Unidos em 1868,para os trabalhadores do serviçofederal. No setor privado, só em 1912,limitada aos ferroviários. Na maioriados países, a conquista levaria mais deduas d cadas - a contar da primeiragreve geral -, para tornar-se realidadepara todos os trabalhadores, em 1920.A custa de muitas greves e, até,revoluções - como a russa, de 1917.

No Brasil, a industrialização sócomeçou 100 anos após a deflagraçãodo processo na Inglaterra. Até àsvésperas do fim da Velha República,eram pouquíssimas as leis queasseguravam direitos aostrabalhadores. As primeiras foram asleis de Acidentes de Trabalho, em1919, e de Estabilidade no Emprego,1923, reformadas, posteriormente, nadécada de 30. Comerciários, em 1925,e bancários, em 1926, conquistaram odireito a férias de 15 dias. Em 1927, oCódigo de Menores proibiu o trabalhoabaixo dos 14 anos, regulamentado em1931.

é

Os sindicatos eram considerados inimigos do sistema e aorganização dos trabalhadores duramente reprimida.Qualquer greve era ilegal, mas greves aconteciam, algumascom caráter de insurreição. Recife foi palco de algumas.Dentre elas, a greve de ferrovi rios e estivadores pelajornada de oito horas, em 1903, paralisou a cidade por umasemana.

Somente em 1932, os trabalhadores urbanos conquistaramo direito à jornada de oito horas.

O decreto do entãopresidente Getúlio Vargas, porém, não contemplava ostrabalhadores rurais.

É dessa época, também, o descanso semanal remunerado;a limitação do trabalho noturno de mulheres e crianças; aLei das Convenções Coletivas de Trabalho e as Juntas deConciliação e Julgamento. A Lei de Férias é de 1933, massó para operários da indústria.

á

Também a peso degreves, perseguições e muitas mortes.

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A conquistada jornada deoito horas detrabalho

Custou muitagreve e, at

éfruto debatalhashistóricas.

é, avida demuitostrabalhadores.

Enfim, oito horasde trabalhoA jornada de oito horas, entretanto,chegaria aos Estados Unidos em 1868,para os trabalhadores do serviçofederal. No setor privado, só em 1912,limitada aos ferroviários. Na maioriados países, a conquista levaria mais deduas d cadas - a contar da primeiragreve geral -, para tornar-se realidadepara todos os trabalhadores, em 1920.A custa de muitas greves e, até,revoluções - como a russa, de 1917.

No Brasil, a industrialização sócomeçou 100 anos após a deflagraçãodo processo na Inglaterra. Até àsvésperas do fim da Velha República,eram pouquíssimas as leis queasseguravam direitos aostrabalhadores. As primeiras foram asleis de Acidentes de Trabalho, em1919, e de Estabilidade no Emprego,1923, reformadas, posteriormente, nadécada de 30. Comerciários, em 1925,e bancários, em 1926, conquistaram odireito a férias de 15 dias. Em 1927, oCódigo de Menores proibiu o trabalhoabaixo dos 14 anos, regulamentado em1931.

é

Os sindicatos eram considerados inimigos do sistema e aorganização dos trabalhadores duramente reprimida.Qualquer greve era ilegal, mas greves aconteciam, algumascom caráter de insurreição. Recife foi palco de algumas.Dentre elas, a greve de ferrovi rios e estivadores pelajornada de oito horas, em 1903, paralisou a cidade por umasemana.

Somente em 1932, os trabalhadores urbanos conquistaramo direito à jornada de oito horas.

O decreto do entãopresidente Getúlio Vargas, porém, não contemplava ostrabalhadores rurais.

É dessa época, também, o descanso semanal remunerado;a limitação do trabalho noturno de mulheres e crianças; aLei das Convenções Coletivas de Trabalho e as Juntas deConciliação e Julgamento. A Lei de Férias é de 1933, massó para operários da indústria.

á

Também a peso degreves, perseguições e muitas mortes.

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Cabresto nossindicatosJunto com a legislação trabalhista veioo reconhecimento e o controle dossindicatos pelo Estado. A Lei daSindicalização é de 1931. As grevescontinuam proibidas.

O estatuto-padrão dita as regras defuncionamento, a partir de 1939. Sópode haver um sindicato por categoria.É a chamada unicidade sindical. Em1940, cria-se o imposto sindical einstitui-se o salário-mínimo. No 1º deMaio de 1943, Getúlio Vargas entrega a

CLT aos trabalhadores, “como se fosse uma dádiva”,segundo Vito Giannotti em

Até a era Vargas, os sindicatos sofriam repressão pesada.Mas, dirigidos por anarquistas e comunistas, eram livrespara decidir suas formas de organização e de luta. Osindicalismo oficial pretendia extingüir a luta de classes. Pordecreto. Quem discordasse sofreria os rigores da lei. Arepressão recrudesce com o Estado Novo, de 1937 a 1945.

Vem dessa época o uso da palavra , cunhada pelossindicalistas de luta. “No dicionário significa a pele decarneiro colocada entre a sela e o cavalo para amaciar ochoque entre os dois”, escreve Giannotti.

História das Lutas dosTrabalhadores no Brasil.

pelego

MESA ÚNICA

12

A unicidadesindical atrelaos sindicatosao Estado.At a eraVargas, ossindicatos,mesmoreprimidos,eram livrespara decidirsuas lutas.

é

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Contec

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Cabresto nossindicatosJunto com a legislação trabalhista veioo reconhecimento e o controle dossindicatos pelo Estado. A Lei daSindicalização é de 1931. As grevescontinuam proibidas.

O estatuto-padrão dita as regras defuncionamento, a partir de 1939. Sópode haver um sindicato por categoria.É a chamada unicidade sindical. Em1940, cria-se o imposto sindical einstitui-se o salário-mínimo. No 1º deMaio de 1943, Getúlio Vargas entrega a

CLT aos trabalhadores, “como se fosse uma dádiva”,segundo Vito Giannotti em

Até a era Vargas, os sindicatos sofriam repressão pesada.Mas, dirigidos por anarquistas e comunistas, eram livrespara decidir suas formas de organização e de luta. Osindicalismo oficial pretendia extingüir a luta de classes. Pordecreto. Quem discordasse sofreria os rigores da lei. Arepressão recrudesce com o Estado Novo, de 1937 a 1945.

Vem dessa época o uso da palavra , cunhada pelossindicalistas de luta. “No dicionário significa a pele decarneiro colocada entre a sela e o cavalo para amaciar ochoque entre os dois”, escreve Giannotti.

História das Lutas dosTrabalhadores no Brasil.

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A unicidadesindical atrelaos sindicatosao Estado.At a eraVargas, ossindicatos,mesmoreprimidos,eram livrespara decidirsuas lutas.

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Contec

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A mordaça daditaduraA unicidade e o imposto sindicalvigoram até hoje, e dão sobrevida aentidades cartoriais como as Feebs - deAlagoas ao Maranh , e a Contec,nacionalmente. Sobreviveu aopopulismo do segundo governo Vargas(1950-54), e ao expansionismoeconômico e a efervescência político-cultural das eras JK (1955-60) e Jango(1960-64). Ganhou fôlego nos 21 anosda ditadura militar, e permaneceuintacto na chamada “ConstituinteCidadã”, de 1988. Apesar da forteretomada das mobilizações dostrabalhadores.

ão -

O atrelamento dos sindicatos ao governo ganhou for como golpe militar de 64. Um ano após, 452 sindicatos e 49federações e confederações, à esquerda – simbolizada, àépoca, pelo PCB e PCdoB, principalmente -, sofreramintervenção. Suas lideranças foram presas, banidas oumortas. Inclusive na maioria dos sindicatos de bancários,dentre eles o de Pernambuco. Até 1970, o número deintervenções chegaria a 652.

Forçado por atos institucionais como o AI-5, de 1968, omedo levou ao imobilismo, e assegurou condições paranova quebra de direitos: arrocho salarial e lei anti-greve;fim na estabilidade do emprego e criação do FGTS, o quefavorece a rotatividade da mão-de-obra. Além da censuraaos meios de comunicação, prisões, torturas e assassinatosem vários setores da vida nacional.

A tradição de luta dos sindicatos foi novamente atingida nocoração. Através de decretos-leis, os militares trataram demoldar a feição do sindicalismo brasileiro para oassistencialismo.

ça

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O cabresto nossindicatos foirefor

o deluta foisubstitu da peloassistencialismo.

çadodurante aditadura militar.A tradiçã

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Contec

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A mordaça daditaduraA unicidade e o imposto sindicalvigoram até hoje, e dão sobrevida aentidades cartoriais como as Feebs - deAlagoas ao Maranh , e a Contec,nacionalmente. Sobreviveu aopopulismo do segundo governo Vargas(1950-54), e ao expansionismoeconômico e a efervescência político-cultural das eras JK (1955-60) e Jango(1960-64). Ganhou fôlego nos 21 anosda ditadura militar, e permaneceuintacto na chamada “ConstituinteCidadã”, de 1988. Apesar da forteretomada das mobilizações dostrabalhadores.

ão -

O atrelamento dos sindicatos ao governo ganhou for como golpe militar de 64. Um ano após, 452 sindicatos e 49federações e confederações, à esquerda – simbolizada, àépoca, pelo PCB e PCdoB, principalmente -, sofreramintervenção. Suas lideranças foram presas, banidas oumortas. Inclusive na maioria dos sindicatos de bancários,dentre eles o de Pernambuco. Até 1970, o número deintervenções chegaria a 652.

Forçado por atos institucionais como o AI-5, de 1968, omedo levou ao imobilismo, e assegurou condições paranova quebra de direitos: arrocho salarial e lei anti-greve;fim na estabilidade do emprego e criação do FGTS, o quefavorece a rotatividade da mão-de-obra. Além da censuraaos meios de comunicação, prisões, torturas e assassinatosem vários setores da vida nacional.

A tradição de luta dos sindicatos foi novamente atingida nocoração. Através de decretos-leis, os militares trataram demoldar a feição do sindicalismo brasileiro para oassistencialismo.

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O cabresto nossindicatos foirefor

o deluta foisubstitu da peloassistencialismo.

çadodurante aditadura militar.A tradiçã

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Contec

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Nasce um novosindicalismoO atrelamento seria quebrado, naprática, antes mesmo da retomada dossindicatos, no voto, no final da décadade 70. De 1978/1979 uma onda degreves tomou conta do país, a partir deSão Bernardo do Campo, no ABCpaulista. Em 1980, uma greve de 45dias dos metalúrgicos encara aditadura e muda os rumos dosindicalismo. Sob a liderança de LuizInácio da Silva, o Lula. No país inteiroocorrem greves de todas as categorias.Os bancários têm participação dedestaque, sobretudo em Porto Alegre eSão Paulo.

Aqui, em Pernambuco, a luta paradesencastelar os representantes daditadura da direção do Sindicato aindalevaria 10 anos. Mas a exemplo do Sul-Sudeste, a oposição sindical,representada pelo MOB, já liderava asgreves, à revelia da direção daentidade. Suas lideranças tiverampapel importante na fundação do PT,em 1980, e da CUT, em 1983.

A CUT nasce em ato de desobediência civil aos ditamesmilitares, que proíbiam a existência de centrais sindicais.Em sua estrutura, cria-se o DNB – Departamento Nacionaldos Bancários, embrião do que viria a ser a CNB –Confederação Nacional dos Bancários. Na linha oposta àContec, que, no final dos anos 80, torna-se braço doneoliberalismo representado por Collor e, depois, por FHC .Governos e sindicalismo de resultados, em Pernambuco eparte do Nordeste representados pelos sindicatos ligadosContec. Para aglutinar a categoria e acabar com odivisionismo, os bancários da CUT criam a Fetec-NE –Federação dos Trabalhadores em Entidades de Crédito, em13/12/1992.

A Contraf-CUT – Confederação dos Trabalhadores do RamoFinanceiro nasce em 2006, fruto da necessidade de seunificar todos os trabalhadores do ramo. Reduzida àmetade em 12 anos de governos neoliberais, reengenhariade produção e restruturação financeira, a categoria dosbancários se fortalece quando agrega os trabalhadores dosetor. Somados, chegamos a um milhão. Sozinhos, somos400 mil.

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O atrelamentodos sindicatosao Estado foiquebrado, naprática, nofinal dos anos70. Em 1983,nasce a CUT,ato dedesobediênciacivil aosditamesmilitares.

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GREVE!

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Nasce um novosindicalismoO atrelamento seria quebrado, naprática, antes mesmo da retomada dossindicatos, no voto, no final da décadade 70. De 1978/1979 uma onda degreves tomou conta do país, a partir deSão Bernardo do Campo, no ABCpaulista. Em 1980, uma greve de 45dias dos metalúrgicos encara aditadura e muda os rumos dosindicalismo. Sob a liderança de LuizInácio da Silva, o Lula. No país inteiroocorrem greves de todas as categorias.Os bancários têm participação dedestaque, sobretudo em Porto Alegre eSão Paulo.

Aqui, em Pernambuco, a luta paradesencastelar os representantes daditadura da direção do Sindicato aindalevaria 10 anos. Mas a exemplo do Sul-Sudeste, a oposição sindical,representada pelo MOB, já liderava asgreves, à revelia da direção daentidade. Suas lideranças tiverampapel importante na fundação do PT,em 1980, e da CUT, em 1983.

A CUT nasce em ato de desobediência civil aos ditamesmilitares, que proíbiam a existência de centrais sindicais.Em sua estrutura, cria-se o DNB – Departamento Nacionaldos Bancários, embrião do que viria a ser a CNB –Confederação Nacional dos Bancários. Na linha oposta àContec, que, no final dos anos 80, torna-se braço doneoliberalismo representado por Collor e, depois, por FHC .Governos e sindicalismo de resultados, em Pernambuco eparte do Nordeste representados pelos sindicatos ligadosContec. Para aglutinar a categoria e acabar com odivisionismo, os bancários da CUT criam a Fetec-NE –Federação dos Trabalhadores em Entidades de Crédito, em13/12/1992.

A Contraf-CUT – Confederação dos Trabalhadores do RamoFinanceiro nasce em 2006, fruto da necessidade de seunificar todos os trabalhadores do ramo. Reduzida àmetade em 12 anos de governos neoliberais, reengenhariade produção e restruturação financeira, a categoria dosbancários se fortalece quando agrega os trabalhadores dosetor. Somados, chegamos a um milhão. Sozinhos, somos400 mil.

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O atrelamentodos sindicatosao Estado foiquebrado, naprática, nofinal dos anos70. Em 1983,nasce a CUT,ato dedesobediênciacivil aosditamesmilitares.

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GREVE!

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As conquistasdos bancáriosEm 1934, os bancários do Rio deJaneiro alcançam o direito deaposentadoria e pensões. Até o iníciodos anos 40, porém, a jornada detrabalho de todos os bancários era deoito horas. A conquista das seis horas,contudo, só chegaria para os bancários

da Caixa, por exemplo, em 1985. Quando deixaram de sereconomiários.

É de 1985, também, a primeira Convenção ColetivaNacional e o piso salarial unificado. Foram muitas ascampanhas, negociações e greves para se chegar aocontrato nacional. Até aí, o trabalhador do Nordeste e dointerior de Minas, por exemplo, ganhava menos do que o deSão Paulo.

Durante duas décadas, porém, o contrato nacional, em suatotalidade, só era cumprido pelos bancos privados eestaduais.

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Até o iníciodos anos 40, osbancáriostrabalhavamoito horasdiárias. Para osbancários daCaixa, ajornada de seishoras sóchegaria em1985. A pesode muitagreve.

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As conquistasdos bancáriosEm 1934, os bancários do Rio deJaneiro alcançam o direito deaposentadoria e pensões. Até o iníciodos anos 40, porém, a jornada detrabalho de todos os bancários era deoito horas. A conquista das seis horas,contudo, só chegaria para os bancários

da Caixa, por exemplo, em 1985. Quando deixaram de sereconomiários.

É de 1985, também, a primeira Convenção ColetivaNacional e o piso salarial unificado. Foram muitas ascampanhas, negociações e greves para se chegar aocontrato nacional. Até aí, o trabalhador do Nordeste e dointerior de Minas, por exemplo, ganhava menos do que o deSão Paulo.

Durante duas décadas, porém, o contrato nacional, em suatotalidade, só era cumprido pelos bancos privados eestaduais.

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Até o iníciodos anos 40, osbancáriostrabalhavamoito horasdiárias. Para osbancários daCaixa, ajornada de seishoras sóchegaria em1985. A pesode muitagreve.

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MESA ÚNICA,dilema ouconquista?Há quem diga que a MESA ÚNICAengessa a negociação, impederesultados mais favoráveis e nivelatodo mundo por baixo. A históriademonstra exatamente o contrário.

Quem ingressou mais recentemente naprofissão não sabe que o tíquete-refeição começou com lanche em umasacolinha. Depois de instaurados, ovalor era diferente para quemtrabalhava seis e oito horas. Só muitotempo depois se conquistaria o vale-alimentação.

Em 1995, conseguimos a cesta-alimentação para todos os bancáriosprotegidos pela Convenção ColetivaNacional. O Banco do Brasil sócumpriria esta cláusula em 2001, aindaassim, com valor menor ao do contratogeral. Até 2005, os empregados daCaixa recebiam cesta-alimentaçãomenor do que os demais bancários.Mesmo após as greves de 2003 e2004.

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O tíquete-alimentaçãodos bancárioscome ou comum lanche emuma sacolinha.Prosaico, n

ç

ão!?Fruto denegociacãocoletiva.

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21

O caminho élongo, masfrutíferoForam necessários 21 anos para que osbancários lograssem êxito nareivindicação de negociar em conjuntocom bancos privados e públicos. Em2006, pela primeira vez na história, osdois maiores bancos públicos federais -BB e Caixa - assinaram a ConvençãoColetiva Nacional.

Houve outra conquista importante, em2006: os acordos de PLR – Participaçãonos Lucros e Resultados foram os mais

Os estaduais já eramobrigados a cumpri-la. Ainda faltamBNDES, BNB e Basa.

21

A luta pelaMESA ÚNICAvem de 1985.Um longocaminho quesó começou aproduzir frutosem 2004.

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MESA ÚNICA,dilema ouconquista?Há quem diga que a MESA ÚNICAengessa a negociação, impederesultados mais favoráveis e nivelatodo mundo por baixo. A históriademonstra exatamente o contrário.

Quem ingressou mais recentemente naprofissão não sabe que o tíquete-refeição começou com lanche em umasacolinha. Depois de instaurados, ovalor era diferente para quemtrabalhava seis e oito horas. Só muitotempo depois se conquistaria o vale-alimentação.

Em 1995, conseguimos a cesta-alimentação para todos os bancáriosprotegidos pela Convenção ColetivaNacional. O Banco do Brasil sócumpriria esta cláusula em 2001, aindaassim, com valor menor ao do contratogeral. Até 2005, os empregados daCaixa recebiam cesta-alimentaçãomenor do que os demais bancários.Mesmo após as greves de 2003 e2004.

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O tíquete-alimentaçãodos bancárioscome ou comum lanche emuma sacolinha.Prosaico, n

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O caminho élongo, masfrutíferoForam necessários 21 anos para que osbancários lograssem êxito nareivindicação de negociar em conjuntocom bancos privados e públicos. Em2006, pela primeira vez na história, osdois maiores bancos públicos federais -BB e Caixa - assinaram a ConvençãoColetiva Nacional.

Houve outra conquista importante, em2006: os acordos de PLR – Participaçãonos Lucros e Resultados foram os mais

Os estaduais já eramobrigados a cumpri-la. Ainda faltamBNDES, BNB e Basa.

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A luta pelaMESA ÚNICAvem de 1985.Um longocaminho quesó começou aproduzir frutosem 2004.

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significativos dos últimos 10 anos.

É a conquista de uma luta que vem de 1985. A iniciativapartiu das entidades representativas dos bancários,referendadas por todas as instâncias de decisão dacategoria: assembléias, encontros locais e regionais, paísafora; e, finalmente, pela Conferência Nacional dosBancários, que anualmente precedem a campanha salarial.

Um longo caminho, queNaquele ano, pela primeira vez, representantes do

BB e da Caixa foram à Fenaban – Federação Nacional dosBancos e receberam a pauta de reivindicação. Assinaram,também, um pré-acordo. E assumiram o compromisso deseguir o que fosse acordado na mesa.

Em 2003 e 2004, ainda que não consolidada, a MESAÚNICA revelou-se instrumento importante para quebrar arigidez do cabresto da política econômica. Tanto que, em2004 e 2005, o reajuste ficou acima da inflação. Todavia,mesmo com a greve, não conseguimos fazer com que aCaixa respeitasse o acordo com a Fenaban. Pior ainda foino BNB e no Basa.

só começou a produzir frutos em2004.

A era Collore FHCOra, se fosse bom para os banqueiros,tanto Fenaban como o governoapoiariam, de cara, a MESA ÚNICA.Por que o governo levou 21 anos paraassinar a Convenção Nacional? Por quea Fenaban resistiu todos esses anos àpresença dos bancos públicos na mesade negociação? Na verdade ainda não adigeriu...

Os governos Collor/Itamar e FHC nãoaceitavam, sequer, discutir o assunto.Durante 12 anos os trabalhadoresassistiram a violentos ataques a seus

O terror e oassédio moralforam a basedas relaçõesde trabalhonos governosCollor e FHC.MESA ÚNICAera assuntoproibido.

MESA ÚNICAMESA ÚNICA

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significativos dos últimos 10 anos.

É a conquista de uma luta que vem de 1985. A iniciativapartiu das entidades representativas dos bancários,referendadas por todas as instâncias de decisão dacategoria: assembléias, encontros locais e regionais, paísafora; e, finalmente, pela Conferência Nacional dosBancários, que anualmente precedem a campanha salarial.

Um longo caminho, queNaquele ano, pela primeira vez, representantes do

BB e da Caixa foram à Fenaban – Federação Nacional dosBancos e receberam a pauta de reivindicação. Assinaram,também, um pré-acordo. E assumiram o compromisso deseguir o que fosse acordado na mesa.

Em 2003 e 2004, ainda que não consolidada, a MESAÚNICA revelou-se instrumento importante para quebrar arigidez do cabresto da política econômica. Tanto que, em2004 e 2005, o reajuste ficou acima da inflação. Todavia,mesmo com a greve, não conseguimos fazer com que aCaixa respeitasse o acordo com a Fenaban. Pior ainda foino BNB e no Basa.

só começou a produzir frutos em2004.

A era Collore FHCOra, se fosse bom para os banqueiros,tanto Fenaban como o governoapoiariam, de cara, a MESA ÚNICA.Por que o governo levou 21 anos paraassinar a Convenção Nacional? Por quea Fenaban resistiu todos esses anos àpresença dos bancos públicos na mesade negociação? Na verdade ainda não adigeriu...

Os governos Collor/Itamar e FHC nãoaceitavam, sequer, discutir o assunto.Durante 12 anos os trabalhadoresassistiram a violentos ataques a seus

O terror e oassédio moralforam a basedas relaçõesde trabalhonos governosCollor e FHC.MESA ÚNICAera assuntoproibido.

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Os limites nogoverno LulaA ascensão de um trabalhador àPresidência da República trouxeesperança. Entretanto, não tínhamosilusão de que a caminhada seria fácil.Governo é governo. E, neste caso, ogoverno é patrão.

Em 2003, os bancários aprovaram umacordo com a Fenaban, quecontemplava reajuste de 12,6%. Ogoverno resistiu em acatar o reajuste.Fomos à greve nos bancos públicos.

No Banco do Brasil, o acordo acabousendo cumprido, integralmente, naparte econômica. A greve continuou na

O governopresidido porum homemcom origem naclassetrabalhadora,levou quatroanos para sesentar à mesada Fenaban.

direitos: os salários foram reduzidos porque a inflação nãoera reposta; houve perdas de direitos; sucessivos planos dedemissões; desestruturação dos planos de cargo, carreira esalários; a PLR era insignificante para a maioria dosbancários.

O terror e o assédio moral foram a base das relações entreos bancos públicos e seus empregados. A organização dacategoria ficou bastante fragilizada.

Em 2001 e 2002, por exemplo, não houve negociação coma Caixa e com o Banco do Brasil. No BNB, o jejum durou osanos do governo Collor/Itamar e os dois períodos de FHC.

Nessa poca, era comum aos bancé ários dos bancos federaispedirem o cumprimento da Convenção Coletiva deTrabalho.

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CaixaBNB

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Os limites nogoverno LulaA ascensão de um trabalhador àPresidência da República trouxeesperança. Entretanto, não tínhamosilusão de que a caminhada seria fácil.Governo é governo. E, neste caso, ogoverno é patrão.

Em 2003, os bancários aprovaram umacordo com a Fenaban, quecontemplava reajuste de 12,6%. Ogoverno resistiu em acatar o reajuste.Fomos à greve nos bancos públicos.

No Banco do Brasil, o acordo acabousendo cumprido, integralmente, naparte econômica. A greve continuou na

O governopresidido porum homemcom origem naclassetrabalhadora,levou quatroanos para sesentar à mesada Fenaban.

direitos: os salários foram reduzidos porque a inflação nãoera reposta; houve perdas de direitos; sucessivos planos dedemissões; desestruturação dos planos de cargo, carreira esalários; a PLR era insignificante para a maioria dosbancários.

O terror e o assédio moral foram a base das relações entreos bancos públicos e seus empregados. A organização dacategoria ficou bastante fragilizada.

Em 2001 e 2002, por exemplo, não houve negociação coma Caixa e com o Banco do Brasil. No BNB, o jejum durou osanos do governo Collor/Itamar e os dois períodos de FHC.

Nessa poca, era comum aos bancé ários dos bancos federaispedirem o cumprimento da Convenção Coletiva deTrabalho.

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Caixa, mas ainda assim o acordo foi inferior ao da Fenaban.Nos bancos regionais, BNB e Basa, a paralisação seestendeu por mais tempo, e o resultado ficou abaixo do quese havia obtido na Caixa.

O processo se repetiu em 2004 e 2005, tanto na Caixacomo no BNB e no Basa. Apesar das greves. Mas houve umpequeno avanço na PLR e solução de pendênciasimportantes no BB e na Caixa. O Banco do Brasil acatou anova equação da PLR proposta pelo movimento: incorporou4% do lucro líquido para distribuição linear com todos osempregados. A reivindicação era de 5%. Este avançorepercutiria na distribuição do benefício, no ano seguinte,para a maioria dos bancários.

Finalmente, em 2006, Caixa e Banco do Brasil se sentam àmesa da Fenaban e assinam a Convenção Coletiva. De suaparte, o BNB se compromete em aplicá-la, embora somenteem maio de 2007 o acordo viesse a ser assinado.

Por que negociarem conjuntoO primeiro governo Lula foi marcadopor longas greves dos bancários: 16dias em 2003 31 dias em 2004 oitodias em 2005 e 15 dias em 2006.

É claro que o grau de mobilização nosbancos públicos é diferente do queocorre nos bancos privados, dadas ascondições objetivas. E este tem sidoum argumento de quem defende anegociação em separado, o que é umequívoco.

Por que fazer piquetes nos bancosprivados? Porque o piquete é umaferramenta da greve, desde que elaexiste. E se a greve é dos bancários,são os bancários que devem convenceros colegas que resistem a parar – pormedo ou conveniência.

Ao ajudar a fechar uma agência debanco privado, o movimento cresce. Aocrescer, aumenta a pressão sobre osbanqueiros do setor privado, e portantosobre a mesa da Fenaban, que é ondese dá o embate da negociação.

; ;Nunca é demaislembrar: dissídiocoletivo é umjogo bem aogosto dospatrões.Negociaçãocoletivapressupõeequilíbrio deforças.

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Caixa, mas ainda assim o acordo foi inferior ao da Fenaban.Nos bancos regionais, BNB e Basa, a paralisação seestendeu por mais tempo, e o resultado ficou abaixo do quese havia obtido na Caixa.

O processo se repetiu em 2004 e 2005, tanto na Caixacomo no BNB e no Basa. Apesar das greves. Mas houve umpequeno avanço na PLR e solução de pendênciasimportantes no BB e na Caixa. O Banco do Brasil acatou anova equação da PLR proposta pelo movimento: incorporou4% do lucro líquido para distribuição linear com todos osempregados. A reivindicação era de 5%. Este avançorepercutiria na distribuição do benefício, no ano seguinte,para a maioria dos bancários.

Finalmente, em 2006, Caixa e Banco do Brasil se sentam àmesa da Fenaban e assinam a Convenção Coletiva. De suaparte, o BNB se compromete em aplicá-la, embora somenteem maio de 2007 o acordo viesse a ser assinado.

Por que negociarem conjuntoO primeiro governo Lula foi marcadopor longas greves dos bancários: 16dias em 2003 31 dias em 2004 oitodias em 2005 e 15 dias em 2006.

É claro que o grau de mobilização nosbancos públicos é diferente do queocorre nos bancos privados, dadas ascondições objetivas. E este tem sidoum argumento de quem defende anegociação em separado, o que é umequívoco.

Por que fazer piquetes nos bancosprivados? Porque o piquete é umaferramenta da greve, desde que elaexiste. E se a greve é dos bancários,são os bancários que devem convenceros colegas que resistem a parar – pormedo ou conveniência.

Ao ajudar a fechar uma agência debanco privado, o movimento cresce. Aocrescer, aumenta a pressão sobre osbanqueiros do setor privado, e portantosobre a mesa da Fenaban, que é ondese dá o embate da negociação.

; ;Nunca é demaislembrar: dissídiocoletivo é umjogo bem aogosto dospatrões.Negociaçãocoletivapressupõeequilíbrio deforças.

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Negociação coletiva se sustenta com mobilização da base enão pela interpretação ou vontade de ju . Dá-se emcima de uma pauta específica, em torno da qual cada ladobrande as armas e o poder de argumentação de quedispõe.

Outro dado objetivo é que os acordos alcançadosdiretamente com os governos, nos três níveis, têm sidoinferiores aos acordos da iniciativa privada. Em diferentescategorias.

Quando cria parâmetros mínimos para que se possadesencadear o processo de negociação, a MESA ÚNICAfortalece o movimento. Além do que, nada impede que osbancos públicos apresentem propostas suplementares nasnegociações específicas. Em 2006, o acordo de PLR daCaixa e do Banco do Brasil, por exemplo, foi bastantesuperior ao dos bancos privados.

ízes

Mais pragmático, o setor privado procura evitar a greve ouresolvê-la, rapidamente. Enquanto o setor público deixaque ela se arraste.

No que nos diz respeito, essa última hipótese abre caminhopara a interferência do TST – Tribunal Superior do Trabalho.Com o auxílio luxuoso da Contec, que, por conveniência efalta de representatividade, confunde campanha salarialcom dissídio coletivo.

Nunca é demais relembrar: dissídio coletivo é diferente denegociação coletiva. Dissídio é um instrumento jurídico queos sindicatos podem recorrer para garantir a data-base,quando a negociação se torna inviável e a greve nãoresolve. É um recurso pouco recomendável para umaentidade de classe que se quer combativa. É um jogo bemao gosto dos patrões, seja governo ou banqueiro privado.

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Negociação coletiva se sustenta com mobilização da base enão pela interpretação ou vontade de ju . Dá-se emcima de uma pauta específica, em torno da qual cada ladobrande as armas e o poder de argumentação de quedispõe.

Outro dado objetivo é que os acordos alcançadosdiretamente com os governos, nos três níveis, têm sidoinferiores aos acordos da iniciativa privada. Em diferentescategorias.

Quando cria parâmetros mínimos para que se possadesencadear o processo de negociação, a MESA ÚNICAfortalece o movimento. Além do que, nada impede que osbancos públicos apresentem propostas suplementares nasnegociações específicas. Em 2006, o acordo de PLR daCaixa e do Banco do Brasil, por exemplo, foi bastantesuperior ao dos bancos privados.

ízes

Mais pragmático, o setor privado procura evitar a greve ouresolvê-la, rapidamente. Enquanto o setor público deixaque ela se arraste.

No que nos diz respeito, essa última hipótese abre caminhopara a interferência do TST – Tribunal Superior do Trabalho.Com o auxílio luxuoso da Contec, que, por conveniência efalta de representatividade, confunde campanha salarialcom dissídio coletivo.

Nunca é demais relembrar: dissídio coletivo é diferente denegociação coletiva. Dissídio é um instrumento jurídico queos sindicatos podem recorrer para garantir a data-base,quando a negociação se torna inviável e a greve nãoresolve. É um recurso pouco recomendável para umaentidade de classe que se quer combativa. É um jogo bemao gosto dos patrões, seja governo ou banqueiro privado.

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O processo denegociaçãocoletiva écomplexo.Envolvepreparo eacumulação deforças para oembate. É anossaparticipaçãoque sustenta opoder de fogodo ComandoNacional.

Outra base de argumentação contra a MESA ÚNICA residenas perdas históricas dos trabalhadores dos bancospúblicos. A quest

No Banco do Brasil, por exemplo, há 35 mil novosbancários sem memória de perdas. Estas se localizam nabase da pirâmide, onde o salário é defasado. Entre osantigos, com função de confiança, a gratificação de funçãoe o diferencial de mercado engoliram essas perdas. Claro,se se perde a função, cria-se um problema. Mas, aí, asdistorções têm que ser corrigidas no Plano de Cargos eCarreiras.

Quando os bancos públicos assinam a Convenção ColetivaNacional, qualquer governo é obrigado a cumpri-la,integralmente. E ainda podemos ter mais ganhos nasmesas específicas.

A unidade dos trabalhadores é o melhor caminho paraenfrentar os patrões, que trabalham e negociamorganicamente.

O processo de negociação da categoria é complexo.Enfrentamos a pior classe do patronato: os banqueiros. Naverdade, lidamos com os sanguessugas da sociedadeprodutiva.

ão pede um estudo mais detalhado nosdiferentes bancos. E é tarefa a ser entregue ao Dieese -Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-econômicos/Linha Bancários.

O ComandoNacional e aMESA ÚNICAComo já dissemos, o processo denegociação em MESA ÚNICA é umareivindicação antiga dos bancáriosbrasileiros. Foi uma conquistagradativa, apoiada e referendada pelamaioria dos trabalhadores, em todas assuas instâncias de decisão.

Em toda campanha salarial asreivindicações são aprovadas porassembléias, encontros locais eregionais. Levadas à ConferênciaNacional dos Trabalhadores do RamoFinanceiro, são debatidas e aprovadaspor centenas de delegados -representantes eleitos pela base Brasilafora.

A partir da entrega da minuta àFenaban, toda e qualquer propostapatronal relevante é levada àapreciação da base, nas respectivasassembléias. A assinatura daConvenção Nacional Coletiva deTrabalho garante os direitos básicos,econômicos e sociais. Não impede,

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O processo denegociaçãocoletiva écomplexo.Envolvepreparo eacumulação deforças para oembate. É anossaparticipaçãoque sustenta opoder de fogodo ComandoNacional.

Outra base de argumentação contra a MESA ÚNICA residenas perdas históricas dos trabalhadores dos bancospúblicos. A quest

No Banco do Brasil, por exemplo, há 35 mil novosbancários sem memória de perdas. Estas se localizam nabase da pirâmide, onde o salário é defasado. Entre osantigos, com função de confiança, a gratificação de funçãoe o diferencial de mercado engoliram essas perdas. Claro,se se perde a função, cria-se um problema. Mas, aí, asdistorções têm que ser corrigidas no Plano de Cargos eCarreiras.

Quando os bancos públicos assinam a Convenção ColetivaNacional, qualquer governo é obrigado a cumpri-la,integralmente. E ainda podemos ter mais ganhos nasmesas específicas.

A unidade dos trabalhadores é o melhor caminho paraenfrentar os patrões, que trabalham e negociamorganicamente.

O processo de negociação da categoria é complexo.Enfrentamos a pior classe do patronato: os banqueiros. Naverdade, lidamos com os sanguessugas da sociedadeprodutiva.

ão pede um estudo mais detalhado nosdiferentes bancos. E é tarefa a ser entregue ao Dieese -Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-econômicos/Linha Bancários.

O ComandoNacional e aMESA ÚNICAComo já dissemos, o processo denegociação em MESA ÚNICA é umareivindicação antiga dos bancáriosbrasileiros. Foi uma conquistagradativa, apoiada e referendada pelamaioria dos trabalhadores, em todas assuas instâncias de decisão.

Em toda campanha salarial asreivindicações são aprovadas porassembléias, encontros locais eregionais. Levadas à ConferênciaNacional dos Trabalhadores do RamoFinanceiro, são debatidas e aprovadaspor centenas de delegados -representantes eleitos pela base Brasilafora.

A partir da entrega da minuta àFenaban, toda e qualquer propostapatronal relevante é levada àapreciação da base, nas respectivasassembléias. A assinatura daConvenção Nacional Coletiva deTrabalho garante os direitos básicos,econômicos e sociais. Não impede,

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entretanto, a continuidade das mesas específicas, onde sãodiscutidas as particularidades de cada corporação. Estassão conduzidas pela comissões ou executivas deempregados, tanto nos bancos públicos como nos privados.

A negociação geral com os banqueiros é feita pelo ComandoNacional, ampliado desde 2005, de 11 para 25 membros.Coordenado pela Contraf-CUT, nele têm assento:

Um representante da Contraf - CUT

10 federações, que representam 107 sindicatos e 90%dos filiados na base bancária, majoritariamente da CUT:

Fetec NE - Federação dos Trabalhadores em Empresasde Crédito do Nordeste

Fetec São Paulo

Fetec Paraná

Fetec Santa Catarina

Fetraf-MG - Federação dos Trabalhadores no RamoFinanceiro de Minas Gerais

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Feeb Centro/Norte - Federação dos Empregados emEstabelecimentos Bancários do Centro/Norte

Feeb Bahia/Sergipe

Feeb Rio de Janeiro/Espiríto Santo

Feeb Rio Grande do Sul

Feeb São Paulo/Mato Grosso do Sul - esta, a únicaque não integra a Contraf-CUT.

Sindicato dos Bancários e Financiários de SãoPaulo, Osasco e Região

Sindicato dos Bancários e Financi do Rio deJaneiro

Seeb BH e RegiBelo Horizonte e Região

Seeb Brasília

Seeb Porto Alegre e Região

Seeb Curitiba e Região

Seeb Campinas

Seeb Bahia

Seec PE - Sindicato dos Trabalhadores emEmpresas de Crédito no Estado de Pernambuco

Seeb Ceará

Representantes das comissões de empregados do Bancodo Brasil, Caixa, do BNB e Basa participam comoconvidados.

Os 10 maiores sindicatos de bancários do país:

ários

ão - Sindicato dos Empregados emEstabelecimentos Bancários de

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MESA ÚNICAMESA ÚNICA

3332

Contra

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CUT

Federa

ções

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ADOS C

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Page 33: Dilema ou Conquista? - bancariosdecuritiba.org.br · Esta cartilha pretende fornecer elementos para ampliar e enriquecer o debate. É um compromisso que a diretoria do Sindicato dos

entretanto, a continuidade das mesas específicas, onde sãodiscutidas as particularidades de cada corporação. Estassão conduzidas pela comissões ou executivas deempregados, tanto nos bancos públicos como nos privados.

A negociação geral com os banqueiros é feita pelo ComandoNacional, ampliado desde 2005, de 11 para 25 membros.Coordenado pela Contraf-CUT, nele têm assento:

Um representante da Contraf - CUT

10 federações, que representam 107 sindicatos e 90%dos filiados na base bancária, majoritariamente da CUT:

Fetec NE - Federação dos Trabalhadores em Empresasde Crédito do Nordeste

Fetec São Paulo

Fetec Paraná

Fetec Santa Catarina

Fetraf-MG - Federação dos Trabalhadores no RamoFinanceiro de Minas Gerais

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Feeb Centro/Norte - Federação dos Empregados emEstabelecimentos Bancários do Centro/Norte

Feeb Bahia/Sergipe

Feeb Rio de Janeiro/Espiríto Santo

Feeb Rio Grande do Sul

Feeb São Paulo/Mato Grosso do Sul - esta, a únicaque não integra a Contraf-CUT.

Sindicato dos Bancários e Financiários de SãoPaulo, Osasco e Região

Sindicato dos Bancários e Financi do Rio deJaneiro

Seeb BH e RegiBelo Horizonte e Região

Seeb Brasília

Seeb Porto Alegre e Região

Seeb Curitiba e Região

Seeb Campinas

Seeb Bahia

Seec PE - Sindicato dos Trabalhadores emEmpresas de Crédito no Estado de Pernambuco

Seeb Ceará

Representantes das comissões de empregados do Bancodo Brasil, Caixa, do BNB e Basa participam comoconvidados.

Os 10 maiores sindicatos de bancários do país:

ários

ão - Sindicato dos Empregados emEstabelecimentos Bancários de

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MESA ÚNICAMESA ÚNICA

3332

Contra

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CUT

Federa

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EXPEDIENTE

Fontes de consulta

Seec PE - Sindicato dos Empregados em Estabelecimentosde Crédito do Estado de Pernambuco

MESA ÚNICA, Dilema ou ConquistaEdição: Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Maio de 2007Produção: Secretaria de ComunicaçãoRoteiro: Miguel Correia, diretor do SindicatoTexto e coordenação editorial: Sulamita Esteliam, jornalista- MG 02213 JP - Assessoria de ComunicaçãoProgramação visual e ilustração: Libório MeloImpressão: AGN Gráfica - RecifeTiragem: 10 mil exemplares

.IBGE/Ministério do Trabalho

.História da Luta dos Trabalhadores no Brasil – VitoGiannotti/Mauad-NPC, 2007. Estação Ferrugem - Sulamita Esteliam/Vozes, 1998.Mesa Única – O (falso) dilema dos bancários – MiguelCorreia, 2005.Mesa Única: que trem é esse? – Marlos Guedes, 2005.Jornal dos Bancários PE, edições 271, 272, 277, 278 e 299

Av. Manoel Borba, 564 - Boa Vista - Recife - PEPabx: 81 - 3231.4233// Fax: 81 - 3221.4323Sítio eletrônico: www.sindbancariospe.com.brCorreio eletrônico: [email protected]

A unidade dostrabalhadores éo melhorcaminho parase obterconquistas. Ospatrões, sejagoverno oubanqueiro dosetor privado,trabalham enegociamorganicamente.

MESA ÚNICAMESA ÚNICA

3534

Artigo VFica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.

Nunca mais será preciso usar

a couraça do silêncio

nem a armadura de palavras.

O homem se sentará à mesa

com seu olhar limpo

porque a verdade passará a ser servida

antes da sobremesa.

Thiago de Mello

Os Estatutos do Homem(Ato Institucional Permanente)Dedicado a Carlos Heitor Cony,

Jornalista e escritor)Abril de 1964 - Chile

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Seec PE - Sindicato dos Empregados em Estabelecimentosde Crédito do Estado de Pernambuco

MESA ÚNICA, Dilema ou ConquistaEdição: Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Maio de 2007Produção: Secretaria de ComunicaçãoRoteiro: Miguel Correia, diretor do SindicatoTexto e coordenação editorial: Sulamita Esteliam, jornalista- MG 02213 JP - Assessoria de ComunicaçãoProgramação visual e ilustração: Libório MeloImpressão: AGN Gráfica - RecifeTiragem: 10 mil exemplares

.IBGE/Ministério do Trabalho

.História da Luta dos Trabalhadores no Brasil – VitoGiannotti/Mauad-NPC, 2007. Estação Ferrugem - Sulamita Esteliam/Vozes, 1998.Mesa Única – O (falso) dilema dos bancários – MiguelCorreia, 2005.Mesa Única: que trem é esse? – Marlos Guedes, 2005.Jornal dos Bancários PE, edições 271, 272, 277, 278 e 299

Av. Manoel Borba, 564 - Boa Vista - Recife - PEPabx: 81 - 3231.4233// Fax: 81 - 3221.4323Sítio eletrônico: www.sindbancariospe.com.brCorreio eletrônico: [email protected]

A unidade dostrabalhadores éo melhorcaminho parase obterconquistas. Ospatrões, sejagoverno oubanqueiro dosetor privado,trabalham enegociamorganicamente.

MESA ÚNICAMESA ÚNICA

3534

Artigo VFica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.

Nunca mais será preciso usar

a couraça do silêncio

nem a armadura de palavras.

O homem se sentará à mesa

com seu olhar limpo

porque a verdade passará a ser servida

antes da sobremesa.

Thiago de Mello

Os Estatutos do Homem(Ato Institucional Permanente)Dedicado a Carlos Heitor Cony,

Jornalista e escritor)Abril de 1964 - Chile

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