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Consolidação Gestão para o crescimento Aprendizado Educação não é informação Ari de Sá Neto José Carlos Rassier EDIÇÃO 158 ANO 14 - MAIO 2011 Publicação mensal dos Sinepes, Anaceu, Consed, ABMES, Abrafi, ABM, Fundação Universa e Sieeesp Diferentes formas de aprendizagem A tecnologia e a interatividade na educação Ibero-América // Iberoamerica Metas Educativas 2021 // Metas Educacionales 2021 A escola e a tecnologia Muitas dúvidas e uma certeza Educação Infantil Experiências Sensoriais

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ConsolidaçãoGestão para o

crescimento

AprendizadoEducação não é

informação

Ari de Sá Neto José Carlos Rassier

EDIÇÃO 158ANO 14 - MAIO 2011

Publicação mensal dos Sinepes, Anaceu, Consed, ABMES, Abrafi, ABM, Fundação Universa e Sieeesp

Diferentes formas deaprendizagemA tecnologia e a interatividade

na educação

Ibero-América // Iberoamerica Metas Educativas 2021 // Metas Educacionales 2021

A escola e a tecnologia Muitas dúvidas e uma certeza

Educação Infantil Experiências Sensoriais

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Conselho consultivoAdemar B. PereiraPresidente do Sinepe/PR – CuritibaAirton de Almeida OliveiraPresidente do Sinepe/CEAmábile PaciosPresidente do Sinepe/DFAntônio Eugênio CunhaPresidente do Sinepe/ESAntônio Lúcio dos SantosPresidente do Sinepe/ROÁtila RodriguesPresidente do Sinepe/Triângulo MineiroBenjamin Ribeiro da Silva Presidente do SieeespCláudia Regina de Souza CostaPresidente do Sinepe/RJ Emiro BarbiniPresidente do Sinep/MGFátima TuranoPresidente do Sinepe/NMGGabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMESGelson Menegatti FilhoPresidente do Sinepe/MTHermes Ferreira FigueiredoPresidente do SemespIvana de SiqueiraDiretora da OEI em Brasília

Ivo CaladoAsepepeJorge de Jesus BernardoPresidente da Abrafi e do Semesg José Augusto de Mattos LourençoPresidente da FenepJosé Carlos BarbieriPresidente do Sinepe/NOPRJosé Carlos RassierSecretário nacional da ABMJosé Nunes de SouzaPresidente do Sinepe/PIKrishnaaor Ávila StréglioPresidente do Sinepe/GOManoel AlvesPresidente da Fundação UniversaMarco Antônio de SouzaPresidente do Sinepe/NPRMarcos Antônio SimiPresidente do Sinepe/Sul de MinasMaria Auxiliadora Seabra RezendePresidente do Consed Maria da Gloria Paim BarcellosPresidente do Sinepe/MSMiguel Luiz Detsi NetoPresidente do Sinepe/Sudeste/MGNatálio DantasPresidente do Sinepe/BA

Nelly Falcão de SouzaPresidente do Sinepe/AMOdésio de Souza MedeirosPresidente do Sinepe/PBOsvino ToillierPresidente do Sinepe/RSPaulo Antonio Gomes CardimPresidente da AnaceuSuely Melo de Castro MenezesVice-presidente do Sinepe/PAThiers Theófilo do Bom Conselho NetoPresidente da FenenVictor Maurício NótricaPresidente do Sinepe/Rio

Presidente Marcelo Chucre da Costa

Diretora ExecutivaLaila Aninger

EditoraJeane Mesquita – MG 09098 JP

Designer gráficoRafael Rosa

RevisãoCibele Campos

Tradução/Revisão espanholGustavo Costa Fuentes - RFT1410

Consultor EditorialRyon Braga

Consultor de Responsabilidade SocioambientalMarcus Ferreira

Consultor em Gestão Estratégica e Responsabilidade SocialMarcelo Freitas

Consultora para o Ensino SuperiorMaria Carmem T. Christóvam

Marcelo Chucre da CostaPresidente de Linha Direta

Marcelo Chucre da CostaPresidente da Linha Direta

6 Revista Linha Direta

As ideias expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da Revista. Os artigos são colaborativos e podem ser reproduzidos, desde que a fonte seja citada.

Pré-Impressão e ImpressãoRona Editora – 31 3303-9999Tiragem: 20.000 exemplares

(31) 3281-1537www.linhadireta.com.br

No mundo globalizado, informatizado e conectado, onde a disseminação de in-formações acontece segundo a segundo, a educação não pode negar que as novas Tecnologias da Informação e da Comuni-cação (TICs) abrem infinitas possibilida-des. Novas formas de pensar, comunicar-se e aprender são introduzidas cotidiana-mente, mediadas por tecnologias cada vez mais sofisticadas. As TICs permitem aulas mais dinâmicas, interativas e, hoje, não são uma opção do educador, e sim uma necessidade dos alunos, nativos digitais desse mundo tecnológico. Ciente disso, esta edição da Linha Direta traz, em sua re-portagem de capa, uma análise desse tema, com cases de sucesso sobre diferentes tipos de apren-dizagem. Além de outros assuntos de interesse do leitor, temos também uma reflexão em homena-gem às vítimas do ataque que matou 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 7 de abril. Não poderíamos deixar passar em branco o fato que chocou o Brasil e o mundo. Tenham todos uma boa leitura!

En el mundo globalizado, informatizado y conectado, en donde la diseminación de in-formaciones sucede segundo a segundo, la educación no puede negar que las nuevas Tecnologías de la Información y de la Comu-nicación (TICs) abren infinitas posibilidades. Nuevas formas de pensar, comunicarse y aprender son introducidas cotidianamente, mediadas por tecnologías cada vez más so-

fisticadas. Las TICs permiten clases más dinámicas, interactivas y, hoy, no son una opción del educador, y sí una necesidad de los alumnos, nativos digitales de este mundo tecnológico. Conciente de esto, esta edición de Linha Direta trae, en su reportaje de tapa, un análisis de este tema, con cases de éxito sobre di-ferentes tipos de aprendizaje. Además de otros asun-tos de interés para el lector, tenemos también una reflexión en homenaje a las víctimas de la masacre que mató 12 niños en la Escuela Municipal Tasso da Silveira, en Realengo, zona oeste de Rio de Janeiro, el último día 7 de abril. No podríamos dejar pasar en blanco el hecho que dejó en estado de conmoción a Brasil y al mundo. ¡Esperamos que tengan todos una buena lectura!

Tecnologiana educação

Tecnología en la educación

editorial

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contexto

Gestão para o crescimento

Presente em 12 Estados e mais de 50 municípios no país, o Sistema Ari de Sá de

Ensino (SAS) quadruplicou o nú-mero de escolas conveniadas nos últimos cinco anos. O segredo do sucesso? “Ter sempre as melhores pessoas , inspiradas e motivadas (...) na busca de construir uma organização de múltiplas com-petências”, afirma Ari de Sá Ca-valcante Neto, diretor executivo do SAS e do Colégio Ari de Sá. Ele é formado em Administra-ção de Empresas, com mestra-do pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e passagens pela Ernst & Young e Mckinsey. Confira entrevista à Linha Direta.

Em que se pauta a gestão do Sistema Ari de Sá de Ensino?

Nossa gestão busca a excelência na construção de material didá-tico de qualidade – serviço pres-tado pelo melhor grupo de pro-fissionais, à disposição das nossas escolas conveniadas.

Qual o segredo do sucesso de uma organização?

Ter sempre as melhores pessoas, inspiradas e motivadas. Não há força que substitua uma equipe qualificada, com objetivos alinha-dos e propósito firme. Procuramos ter um grupo de profissionais com backgrounds diversos, oriundos de áreas distintas, com o objetivo de construir uma organização de múl-tiplas competências.

O Enem induz a mudanças na educação do país. Como o SAS compreende essa forma de ava-liação?

O Enem nos obriga, como educa-dores, a buscar de forma cons-tante o mundo real, a sair da abstração dos conteúdos tradi-cionais para a contextualização. É um grande desafio, de longo prazo, mas é possível constatar alguns avanços, como o enxuga-mento de alguns conteúdos, as-sim como uma mudança na men-talidade do professor em relação à abordagem em sala de aula. Atualizamos anualmente todo o nosso material didático e, com o Enem, esse processo tornou-se ainda mais intenso.

E por falar em atualização, como promover um programa de tecnologia educacional que possa ser utilizado por todas as escolas conveniadas?

Acredito que o mundo exige que se promovam educação e tecnologia lado a lado. As mí-dias digitais, por exemplo, são uma poderosa ferramenta de ensino-aprendizagem. No SAS, utilizamos a TV Ari, que disponi-biliza ao aluno aulas, seminários e eventos 24 horas por dia, am-pliando em tempo real o acesso à informação, antes restrito à sala de aula.

Não há dúvidas de que caminha-mos para uma realidade em que o material didático será, em grande parte, entregue ao alu-no em versão digital, através de um e-reader. Já estamos desen-volvendo versões de livros ele-trônicos, disponíveis em nosso portal. Mas não podemos dei-xar que a tecnologia se torne distração, temos que manter o foco principal: a aprendizagem do aluno.

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“Trabalhar com educação significa estar aberto às mudanças e às novas tendências”. É nisso que acredita o Sistema Ari de Sá de Ensino, segundo o diretor executivo Ari de Sá Neto

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Os professores estão prepara-dos para isso?

Os professores e as escolas es-tão em busca de aperfeiçoa-mento. Trabalhar com educação significa estar aberto às mudan-ças e às novas tendências. Ser flexível não significa perder sua essência, e sim ter uma postura investigativa e de escuta sensí-vel às mudanças, para que pos-samos acompanhar a evolução da educação.

E os gestores escolares?

Os gestores são os maiores res-ponsáveis por essa formação, devendo organizar uma proposta pedagógica que permita a refle-xão e as discussões. O professor tem que se formar em exercício,

tornando-se modelo e referência para seus alunos.

Em cinco anos, o número de escolas conveniadas ao SAS quadruplicou. A que fatores se pode atribuir esse crescimento?

Sem dúvida, ao nível de qualida-de e consistência de conteúdos do material didático, aliado à qualidade dos serviços disponi-bilizados nas nossas escolas con-veniadas. Atualmente, estamos presentes em 12 Estados e mais de 50 municípios no país, sobre-tudo porque construímos uma equipe com grande capacidade de trabalho e talento. Contamos também com excelentes resulta-dos em vestibulares e institutos militares, que atraem olhares de alunos e de diretores de escolas

interessados em aliar seus resul-tados aos do Sistema Ari de Sá.

Quais os planos de crescimento e consolidação da marca no país?

Sonhamos estar presentes em todo o território nacional, mas faremos tudo com responsabili-dade. Recentemente, fizemos a aquisição da Rede Integral, na Bahia, que já possui um longo histórico de reconhecida educa-ção de excelência, da educação básica ao Ensino Superior. Vamos desenvolver a operação do SAS na Bahia a partir da plataforma já construída pela Integral, que possui material didático de alta qualidade e escolas conveniadas de destaque. ¢

www.portalsas.com.br

Ari de Sá Cavalcante Neto, diretor executivo do SAS

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capa

Diferentes formas de aprendizagemA tecnologia e a interatividade na educação

Salas de aula, webconferên-cias, TV interativa, ambientes virtuais, comunidades online.

Hoje, são muitos, e diversificados, os ambientes de aprendizagem. Diversas mídias se integram para compor o novo conceito deste am-biente de aprendizagem, aberto à interdisciplinaridade e possibi-litando novas relações entre edu-cador/educando e conhecimento. Assim, vivenciamos diferentes es-tilos e formas de aprender.

As Tecnologias da Informação e da Comunicação, ou TICs, como são conhecidas, trouxeram mudanças significativas para a educação ao romper paradigmas na sala de aula tradicional e transformar o espaço de aprendizagem em um lugar no qual educadores e edu-candos aprendam e ensinem de maneira democrática, criativa, participativa e autônoma. As TICs não são apenas uma opção do educador que quer inovar, tornar a aula mais atrativa e dinâmica, mas uma necessidade demanda-da pelo educando, conhecedor e praticante de seus recursos, ávido por novidades, com acesso cada vez mais cedo à tecnologia. A partir dessa perspectiva, a tec-

nologia na educação exige dife-rentes formas e estilos de apren-dizagem.

Para a doutora em educação Vani Moreira Kenski, “a inserção das TICs no ambiente educacional exige, inicialmente, a formação do professor em uma perspecti-va que procure desenvolver uma proposta que permita transformar o processo de ensino em algo di-nâmico, constante e desafiador”. Nesse contexto de mudança, o educador precisa internalizar e in-corporar as tecnologias em todas as etapas do processo pedagógi-co, garantindo que esse espaço de produção de conhecimento possa realmente sinalizar novos rumos para a aprendizagem inovadora.

A formação dos educadores para essa realidade educacional tem sido o maior desafio das políticas públicas e das universidades em nosso país. Nesse sentido, José Carlos Libâneo, doutor em educa-ção, evidencia a importância do educador como peça fundamen-tal para a mediação, articulação, socialização e sistematização dos conhecimentos na internalização dos saberes.

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Diferentes formas de aprendizagemA tecnologia e a interatividade na educação

O educador, ao desempenhar seu papel de parceiro, articulador, interlocutor, facilitador e orienta-dor do educando, precisa, sobre-tudo, ultrapassar a forma tradi-cional de organização curricular e definir novas relações entre a teo-ria e a prática, a fim de garantir condições para o desenvolvimento do trabalho coletivo e interdisci-plinar no espaço tecnológico de aprendizagem.

Assim, é preciso que o educador atenda às novas demandas peda-gógicas, articulando o conheci-mento às tendências tecnológicas, que chegam com grande impacto sobre o nosso dia a dia, como a robótica, a realidade aumentada (um ambiente que envolve a reali-dade virtual e elementos do mun-do real), livros interativos, 3D e muitos outros, contribuindo para a criação de novas estratégias de ensino. A tecnologia em 3D vem encantando milhares de pessoas, seja no cinema, jogos ou meios publicitários, e agora o educan-do pode vivenciar isso na prática, através da criação e desenvolvi-mento de projetos virtuais em 3D nas escolas. O que antes parecia algo distante, hoje é real.

A Microkids, na área da educação há mais de 16 anos, é uma das empresas que tem acompanhado essas tendências e, de olho na diversidade, facilidade e comple-xidade dos avanços tecnológicos que o mundo atual proporciona, traz uma proposta inovadora em sua tecnologia educacional. Seu material está fundamentado em concepções e teorias relevantes para a educação, como as pre-conizadas por Vygotsky, Piaget, Lévy e Perrenoud. Tem como proposta viabilizar a integração curricular, habilitar para o exer-cício da autonomia, estimular a pesquisa e a prática investigati-va, compartilhar saberes, inte-grar pais, alunos, professores, equipe técnica, comunidade es-colar e sociedade e preservar e incentivar a identidade cultural das regiões e instituições de en-sino.

Casos de sucesso

Segundo Paulo Eduardo de Mello, consultor da Unesco junto à Uni-versidade da Integração Interna-cional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), no Ceará, as tecnologias educacionais foram incorporadas,

recentemente, pelo Ministério da Educação (MEC) como um ele-mento de sua política de mate-riais educacionais destinados à educação básica.

Mas essa questão só passou a contar com uma ação específica do MEC a partir do Decreto nº 6094/07, que institui o Plano de Metas – Compromisso Todos pela Educação. Para captar esses ma-teriais e tecnologias educacio-nais e disponibilizá-los para as redes públicas de ensino, o MEC criou, segundo Mello, dois ins-trumentos: o Edital de Chama-da de Tecnologias Educacionais e o Guia de Tecnologias Educa-cionais. “Ao lançar a chamada pública para pré-qualificação de tecnologias educacionais, o MEC objetiva avaliar e pré-qua-lificar tecnologias educacionais que apresentem potencial para a melhoria da Educação Básica em suas diferentes etapas, além de atender às especificidades das modalidades de educação”, ressalta.

Uma das empresas pré-qualifi-cadas pelo MEC, em 2007, foi a Microkids, com um material que

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promove e apoia a qualidade da Educação Básica e, por isso, está presente no Guia de Tecnologias Educacionais do Governo Federal. A qualificação se deu após avalia-ção e seleção dos trabalhos que impactam, de forma positiva, os indicadores de qualidade, apon-tando a Coleção Microkids como material que explora a tecnologia voltada para a educação, elevan-do o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país.

Presente nos sistemas públicos de ensino, em grandes e pequenos municípios, a empresa vem con-tribuindo com o crescimento do Ideb. Um exemplo dos bons resul-tados gerados é o município de Santa Teresa, no Espírito Santo. “Sentimo-nos privilegiados pela parceria, há quatro anos, com a Microkids, que proporciona aos nossos educandos o desenvolvi-

mento de competências funda-mentais para o convívio na socie-dade atual”, afirma a secretária Municipal de Educação de Santa Teresa, Luzia Costa.

Para a coordenadora pedagógica Valdirene Mageski Cordeiro Ma-gri, da mesma cidade, a satis-fação está em “perceber que a educação no município, por meio da Microkids, ultrapassa os limi-tes da escola, tornando a apren-dizagem prazerosa, conduzindo o educando ao questionamento, à criticidade e à busca de solu-ções, cumprindo, assim, seu pa-pel social”. É inegável o fato de que as tecnologias despertam a atenção de toda uma geração de crianças e jovens, conectada ao mundo digital.

A educadora Levany Rogge, que trabalha com alunos do 1° ano

Da esquerda para a direita, Valdirene Magri, coordenadora pedagógica, e Luzia Costa, secretária de Educação de Santa Teresa/ES

Alunos da Escola Adventistade Palmas/TO

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do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação de Vila Velha, no Espírito Santo, acredita que a proposta da Microkids irá agregar valor às suas práticas em sala de aula. “Estamos ansiosos pela implantação do projeto em nosso município. Ele chegou para subsidiar o trabalho dos educado-res, que precisam de formação continuada para inserir a tecno-logia em seu planejamento e nas atividades do cotidiano escolar, fomentando a criação de uma postura reflexiva e investigativa por parte dos educadores e dos educandos”, defende.

Roselita Camargo, diretora peda-gógica do Sistema Microkids, des-taca que o educador, com o co-nhecimento de informática, será capaz de perceber, com maior precisão, as tendências emergen-tes. Com a atenção voltada para

essas necessidades, a robótica educacional foi incorporada à Coleção Microkids, com conteú-dos importantes, como a cultura digital e os temas transversais desenvolvidos nos projetos, valo-rizando a participação do aluno na aquisição do conhecimento e promovendo o prazer no processo de aprendizagem.

Foi o que aconteceu no Centro Educacional Souza, de Macaé/RJ. “O resultado foi maravilhoso”, en-fatiza a professora de informática Glaucia Bastos Monteiro, referin-do-se ao trabalho realizado com o material didático da Microkids. “Os alunos realizaram projetos interdisciplinares de robótica, desenvolvendo, com criatividade e dinamismo, um protótipo de um cavalo de pau (extração de petróleo) e uma esteira mecânica (indústria)”, conta.

Atividades com a Robótica Microkids no Centro Educacional Souza, de Macaé/RJ

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Consciente de sua responsabilidade social e acreditando que é pos-sível diminuir as desigualdades sociais a partir do acesso e incentivo ao uso da tecnologia, o Sistema Microkids atende à Educação Infan-til, ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio. Os livros apresentam a tecnologia como recurso pedagógico transdisciplinar, estimulan-do reflexões geradas a partir de atividades lúdicas e contextuali-zadas, que promovem a investigação, a comunicação e o espírito criativo, dispensando conhecimentos aprofundados dos aspectos técnicos. O material didático é desenvolvido para as plataformas Windows e Linux, acompanhado por CD-ROM com softwares edu-cacionais, biblioteca de livros virtuais, banco de imagens, vídeos e atividades que transformam a experiência em saber, em aprendi-zagem significativa.

“A Microkids possui um material através do qual os alunos se sen-tem mais motivados a aprender. Eles percebem que o educador está integrando o conteúdo da sua disciplina ao conhecimento tec-nológico”, ressalta a professora Karla Giovanny, do Colégio Dioce-sano, em Teresina, Piauí, onde o Sistema Microkids foi implantado há oito anos. “Os alunos aprendem a trabalhar os softwares de maneira divertida, e os educadores começam a ter um olhar peda-gógico sobre eles. Assim, a parceria vem, a cada ano, contribuin-do para a melhoria do desempenho acadêmico de nossos alunos”, reitera.

Já a coordenadora-geral das Escolas Adventistas no Estado do To-cantins, Marli Pereira Silva Guimarães, enfatiza: “Não basta apenas ensinar o conhecimento tecnológico, mas imbuí-lo num poder de criação e transformação. A Educação Adventista no Tocantins tem ampliado os saberes dos alunos através dessa parceria de sucesso”. O gestor da Escola Adventista de Palmas/TO, Air Filho, acrescenta: “O que mais me impressionou foi o custo-benefício e a praticidade do material, que dá abertura para o educando criar. Isso coaduna com um dos grandes objetivos da Educação Adventista: desenvol-ver cidadãos pensantes e não meros refletores dos pensamen-tos de outros. A Microkids contribui grandemente para a consecu-ção desses objetivos educacionais”.

Na certeza de que educação e tecnologia são indissociáveis, há ne-cessidade emergencial de rever, ampliar e modificar muitas formas atuais de ensinar e aprender, para que as tecnologias possam real-mente favorecer a melhoria da qualidade da educação brasileira.

Nesse contexto, a Microkids oferece condições para adequação das práticas pedagógicas nos sistemas de ensino estadual, municipal e privado, com a pré-qualificação do MEC em virtude de sua quali-dade técnica e pedagógica, da experiência de utilização na prática educacional e do seu potencial de disseminação em grande escala, abrangendo diferentes estilos e formas de aprendizagem. ¢

Saiba mais em www.microkids.com.br.

Tecnologia aplicada

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espaço ibero-americanoespacio iberoamericano

Metas Educativas 2021

Abr

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32 Revista Linha Direta 32 Revista Linha Direta

Segundo ele, também é importante a cooperação entre os programas para desenvolver alguns âmbitos específicos, como ampliar o programa de alfabetiza-ção, de educação básica de jovens e adultos, para conseguir superar os problemas de analfabetismo na região, e melhorar a atenção educativa na primeira infância, fator determinante para o desenvolvimento posterior.

O compromisso das Metas foi firmado pelos 23 paí ses ibero-americanos – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Es-panha, Guatemala, Guiné Equatorial, Honduras, Mé-xico, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezue-la –, a partir de uma iniciativa da OEI.

Sobre a participação da OEI no projeto, Tiana diz: “O papel é de incentivo, de apoio para que esse trabalho possa, realmente, ser cooperativo e conjunto. Mas o importante é que os países vejam a iniciativa como um projeto deles, ligado às suas prioridades e planos em matéria de educação”. ¢

partir del Informe, será posible colocar en primer plano los factores fundamentales de la educación y “no apenas aquéllos con los que nos detenemos en los datos cuantitativos”. Para el director gene-ral del Iesme, la idea es que el Informe también apunte las dificultades de cada país.

Tiana prevé la entrega del documento, con las evaluaciones y estadísticas de los países, en sep-tiembre de 2011, cuando será realizada la Con-ferencia Iberoamericana de Educación, en Para-guay. “Esperamos que los indicadores sirvan para seguir avanzando en el cumplimiento de las me-tas, pues, antes, teníamos dificultades de acceso a informaciones relevantes. Son más que indica-dores, faltan experiencias, vivencias”.

Según él, también es importante la cooperación entre los programas para desarrollar algunos ámbitos específicos, como desarrollar más el programa de alfabetización de educación bási-ca de jóvenes y adultos, para conseguir superar los problemas de analfabetismo en la región, y mejorar la atención educativa en la primera in-fancia, factor determinante para el desarrollo posterior.

El compromiso de las Metas fue firmado por los 23 países iberoamericanos – Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Ecuador, España, Guatemala, Guinea Ecuatorial, Honduras, México, Nicaragua, Pa-namá, Paraguay, Perú, Puerto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguay y Venezuela – a partir de una iniciativa de la OEI.

Sobre la participación de la OEI en el proyecto, Tiana dice: “El papel es de incentivo, de apoyo para que este trabajo pueda, realmente, ser co-operativo y conjunto. Pero, sin dudas, lo impor-tante es que los países ven la iniciativa como un proyecto de ellos, ligado a sus prioridades y planos en materia de educación”. ¢

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tecnologia

Antônio de Castro*

O discurso sobre o uso da tecnologia na educação é recheado de lugares-

-comuns: fala-se todo o tempo da rapidez das mudanças, da im-portância de se formar o usuário crítico, do desafio da formação continuada, das revoluções que se aproximam, das possibilidades abertas pela web 2.0 (e 3.0), das tecnologias móveis...

Há um oceano de incertezas com as quais rapidamente os educado-res se habituaram a conviver – prin-cipalmente porque, na maior parte das vezes, nossa escola continua num estágio bastante aquém des-ses dilemas. É como se alguém que ainda está no mundo das bicicletas passasse a alimentar preocupações com os avanços tecnológicos dos automóveis.

Contudo, é justamente aqui que se encontra o coração do problema que nós, educadores, vivemos, no que tange à tecnologia.

É verdade que a tecnologia ainda pouco mudou a escola. Mas isso não acontece por questões técni-cas, por hardwares, softwares ou mesmo pela aclamada resistência do professor. O ponto de viragem do uso da tecnologia vale tanto para um PC quanto para a aurora anunciada dos livros digitais: cha-ma-se projeto pedagógico.

Sim: o projeto pedagógico conti-nua. As experiências mais bem--sucedidas de assimilação dos recursos tecnológicos são, com-provadamente, aquelas em que a escola se organizou de forma di-ferente para atender às demandas

do mundo contemporâneo. Nessas escolas, são menos importantes as discussões sobre o que fazer com este ou aquele recurso (sejam lou-sas eletrônicas, celulares, tablets etc.). Entram em jogo outros fato-res muito mais desestabilizadores para a escola de hoje: elas tratam do tempo escolar, da organização da aprendizagem, do currículo, do papel do professor.

Nessas escolas, a tecnologia não detonou as mudanças. Ela foi natu-ralmente incorporada em um pro-jeto de ensino que não se conforma mais com as estruturas seculares que herdamos. E foram assimiladas como aquilo que são: ferramentas, como um dia o foram o livro, a lou-sa, o giz. A boa notícia é que não são necessárias revoluções. Trata-se mais de tomada de consciência, da qual o projeto político-pedagó-gico é a plena expressão.

Por isso, temos pela frente um de-safio mais sério do que introduzir à força as últimas novidades do mer-cado. Precisamos de uma vez por todas rever coletivamente o pro-jeto pedagógico, a fim de alinhar a escola com um tempo que não aceita mais as mesmas respostas – porque vive de novas perguntas. ¢

*Gerente de Mídias Digitais do Ético Sistema de Ensino e do Agora Siste-ma de Ensino

www.sejaetico.com.br

A escola e a tecnologia: muitas dúvidas e uma certeza

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gestão pública

Apreender significa reter, acumular um aprendi-zado, o que difere basicamente de ter acesso a muitas informações e, inclusive, de não saber

decodificá-las adequadamente. A sociedade da mídia, da informação instantânea, da rapidez das tecnologias de comunicação e informação avançou rapidamente no bojo da Revolução Tecnológica e Científica, mas as es-colas, espaço público onde a educação se pratica, não acompanhou a celeridade das transformações, o que nos leva a afirmar que temos razoáveis escolas originá-rias da Revolução Industrial e poucas da era contem-porânea.

Esse hiato entre duas épocas e tempos com ritmos di-ferenciados tem sido objeto de estudo de vários espe-cialistas com tendências filosóficas e políticas distintas. John Naisbit, em seu livro Megatendências, advertiu sobre o fato de que os Estados Unidos poderiam se tor-nar líderes na produção de informações, matéria-prima valiosa na era do conhecimento e lenta em promover as transformações que o sistema de ensino e educação requer para se adaptar à mudança de paradigma.

No início da era moderna, os iluministas vislumbravam, através do conhecimento, a possibilidade de os homens desvendarem, de forma científica, o mundo em que viviam, podendo se tornar sujeitos portadores de sabe-res. Ter conhecimento equivalia a desmistificar o mun-do antigo, em que determinadas explicações sobre os fenômenos não estavam baseadas em provas racionais. Ser indivíduo portador de conhecimento era o equi-valente a tornar-se cidadão livre, autônomo e capaz de refletir sobre o mundo. Desde então, a sociedade

José Carlos Rassier*

Educação não é INFORMAÇÃO Ctacik

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moderna nunca mais se dissociou da ideação da educação, enten-dida como forma de socializar os indivíduos no mundo da liberdade do saber.

As transformações econômicas e sociais advindas da Revolução Industrial e da economia de mer-cado ensejaram outra perspectiva para a educação, que deixou de ser tão somente a possibilidade de garantir o acesso dos homens às luzes do saber e da razão e passou também a educá-los para o mer-cado de trabalho e para as rela-ções sociais de troca. Deste modo, do século XVIII ao XX, a educação foi se moldando às outras dimen-sões da vida, especialmente as de natureza social e econômica, e se constituindo como um dos fatores de produção.

Na atualidade brasileira, a dicoto-mia entre a nova e a velha edu-cação é visível. Os contrastes se evidenciam no cotidiano escolar. Saudamos as escolas cujos alunos sabem ler e escrever razoavel-mente, como se essa habilidade não fosse premissa indispensável que todos devessem adquirir com a socialização educacional. Temos a oitava economia do mundo, ilhas de prosperidade e grandes bolsões de analfabetos funcionais, tecnoló-gicos e de saberes humanizantes.

Como sociedade, ainda não fomos capazes de concluir o projeto da modernidade proposta à educação e já nos deparamos com os desa-fios da mudança de era, e não ape-nas de época, que nos remete para amplos e complexos desafios.

Podemos, de forma crítica, as-sinalar o espírito idealizador dos pensadores da modernidade, que vislumbravam na educação a emancipação plena dos homens, sem deixar de reconhecer que não

há liberdade plena na ignorância. E é preciso assinalar também que devemos conjugar a questão edu-cacional com o desenvolvimento de habilidades e de competências cognitivas.

Sabemos que existe uma enorme diferença entre conhecimento e informação. Eis que muitas pes-soas têm acesso irrestrito, através das redes cibernéticas, a muitos dados, o que não significa que sai-bam lidar com eles em sua vida prática. O desejável é que os in-divíduos adquiram não apenas o conhecimento formal e técnico, mas, igualmente, sejam capazes de, através da educação, se apro-priarem de conhecimentos que lhes permitam adotar atitudes, comportamentos e competências para a vida.

Dirão os mais críticos que nessa afirmação reside um pouco da mesma utopia da modernidade, que vislumbrava na educação uma das maneiras de igualar os homens para a liberdade em sociedade. Nesse contexto, torna-se impor-tante registrar o posicionamento da Comissão Europeia, que tratou da problemática entre ensinar e aprender, salientando os três grandes choques que impulsionam a era pós-moderna: o advento da sociedade da informação, da ci-vilização técnica e científica e da globalização da economia. Desta-que-se que “o desafio será promo-ver uma educação de saberes que associe conhecimento humano e capacidade de aplicação de edu-cação formal e técnica”.

Da mesma forma, os críticos dirão que essa posição reduz ainda mais o papel da educação, moldando-a como mera coadjuvante do mer-cado de trabalho, subordinada apenas e tão somente às relações de mercado. Para não ficar imune ao debate, deve-se reiterar que a modernidade e sua evolução his-tórica se dão no âmbito da cen-tralidade dos homens e das condi-ções sociais do trabalho. O dilema é este: como desenvolver um sis-tema educacional que permita a evolução no sentido mais amplo e seja capaz de preparar os indiví-duos para o mundo real?

Talvez tenhamos que revalorizar, no sentido filosófico, os ensina-mentos de alguns pensadores, para refletirmos de forma mais intensa. Para Kant, “o homem não

é nada além daquilo que a edu-cação faz dele”. Reconhece-se, dessa maneira, o impacto da edu-cação para a vida. Paulo Freire, por sua vez, traz uma dimensão mais ampla sobre a problemática educacional, ao destacar que “a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. A conjunção das duas reflexões é uma boa porta de entrada para o debate e para con-tinuarmos a afirmar a máxima de Einstein: “Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou.” ¢

*Sociólogo e mestre em Gestão Pública

www.portalegp.adm.br

“Educação é aquilo que fica depois quevocê esquece o que a escola ensinou.”

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tecido

Experiências sensoriais na Educação Infantil

Janaína Navarro*Vanessa Valentim* Andréa Ribeiro*Tatiane Amaral*

Com o intuito de garantir um ambiente prazeroso e rico de experiências, além de favorecer a vivência dos familiares no âmbito escolar, a Educação Infantil do Colégio Objetivo realizou a exposição Experiências Sensoriais, com a participação de alunos de dois e três anos

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Considerando que a apren-dizagem abrange aspectos afetivos, sociais, físicos, lin-

guísticos e cognitivos, e que, nes-sa fase especialmente, a criança precisa ter contato com estrutu-ras tridimensionais, que permitam a exploração, foi desenvolvida esta proposta. Nos laboratórios, os alunos manusearam diferentes objetos, vivenciando e experi-mentando novas possibilidades de transformações, aprofundan-do, assim, temas específicos, de-senvolvidos nas diversas áreas do conhecimento.

Em Códigos, Comunicação, Ex-pressão e Representação, os alu-nos vivenciaram situações por meio de histórias, dramatizações, produção espontânea de desenho, interação com personagens e con-fecção de livros, pois, expressan-do seus desejos, sentimentos e ideias, ampliam, gradativamente, a possibilidade de comunicação e representação.

Na área de Introdução à Lógi-ca Natural e Atividades Pré-

-Numéricas, foram propostas atividades nas quais as crian-ças exploraram a comparação de grandezas, a descoberta de características e propriedades dos objetos e suas possibilida-des associativas, suas semelhan-ças e diferenças, envolvendo as cores e as formas geométricas. Um tapete de sensações, uma máquina com tinta e um quebra--cabeça gigante fizeram com que presenciassem a transformação, a reutilização e a construção de elementos e formas em um uni-verso rico em texturas, cores, volumes e contrastes.

Nessa perspectiva, houve situa-ções nas quais os conhecimen-tos foram adquiridos de for-ma espontânea e significativa, permitindo que os pais conhe-cessem aspectos relevantes do desenvolvimento do raciocínio lógico de seus filhos.

Muitos são os temas pelos quais as crianças têm interesse na área de Natureza e Cultura. Assim, para que pudessem co-

nhecer as partes do corpo e as diferentes possibilidades de movimentos corporais, foi pro-posto um ambiente de explora-ção em que todos se movimen-tavam e se observavam com o auxílio de sombras e espelhos.

É importante o contato com diferentes acontecimentos do mundo em que vivemos e o acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los. Por isso, foi construído um meio de transporte, com cadei-ras e pneus, o qual possibilitou que os alunos ampliassem o co-nhecimento de maneira lúdica e fizessem parte de um todo integrado ao meio social.

Essa proposta permitiu que, mais uma vez, a parceria entre escola e família pudesse ser en-riquecida, colaborando para o crescimento dos alunos. ¢

*Professoras da Educação Infan-til do Colégio Objetivo

[email protected]

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